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sábado, 24 de novembro de 2018

"O QUE PODEMOS PEDIR AO ESPIRITISMO?"

Há pessoas que procuram na religião a satisfação utilitarista. Acreditam que a religião deverá lhes dar a vitória, o sucesso, a felicidade para essa vida, e a salvação eterna para a outra. Hoje, algumas seitas religiosas pregam isso abertamente, e convidam os que querem deixar para traz a infelicidade, o fracasso, a se unirem a elas.
Algumas pessoas chegam a dizer, que resolveram mudar de religião, para serem felizes. No dia a dia dos centros espíritas temos deparados com essa situação. Muitos o procuram no desejo de obter benefícios imediatos, como: curas, enriquecimento, conquistas amorosas, anular um desafeto, e outras coisas mais.
Contudo, a finalidade do Espiritismo não é o de arranjar a vida das pessoas. Os espíritos superiores, embora nos amem e nos auxiliem, não são serviçais à nossa disposição para os pequenos interesses humanos.
Quando as pessoas insistem nesses pedidos, e não percebem o extraordinário novo campo de visão que se lhe abre à frente, acabam por perder a proteção dos bons espíritos, e os maus, os ignorantes tomam conta da situação, pois estão sempre prontos a atender a todos os pedidos, mesmo os injustos. Esses espíritos podem satisfazer certos pedidos, porém cobram muito caro a satisfação concedida.
Quando Jesus de Nazaré ofereceu a Água Viva do Evangelho para a mulher samaritana, afirmando que quem bebesse da água que ele oferecia nunca mais teria sede, a mulher pediu para que o Rabi Galileu lhe desse da tal água, porque assim ela não precisaria buscá-la diariamente. Ela não compreendeu que o Mestre não a isentava do trabalho, das lutas evolutivas, do aperfeiçoamento, mas alargava os seus horizontes espirituais.
O que devemos procurar no Espiritismo? Devemos procurar a elevada compreensão do processo que é a vida. O Espiritismo oferece essa compreensão. Ele é, no dizer de Herculano Pires, a plataforma para as novas conquistas da humanidade.
É proibido, então, à mãe que chora a perda de seu filhinho, buscar notícias que a console? É proibido ao homem que vê a esposa doente, em risco de vida, pedir a cura ou a esperança? Aquele que não consegue um emprego e precisa sustentar a família não pode pedir aos espíritos que o ajude a se empregar? O homem de negócios que está atormentado pelos fracassos sucessivos, não pode ir buscar orientação junto a uma casa espírita? Nada disso é proibido, e é natural que o centro espírita preste esse socorro e vários outros, mas é preciso que ensine a libertação, ou seja, o conhecimento espírita. É preciso que compreendam que os espíritos não fazem pelo homem, aquilo que ao homem compete fazer.
É comum ao ser humano, o desejo de se ver liberto das dores, angústias e dificuldades. É comum procurarem meios mais ou menos mágicos para resolver seus problemas. No Espiritismo não poderia ser diferente. Quase sempre, aqueles que se decepcionam com a Doutrina Espírita e a abandonam, são os que querem soluções mágicas. Não existem soluções sem esforços, luta, trabalho.
Não raro a dor, o problema aparentemente insolúvel, é o chamamento para uma nova postura, um novo caminho, um novo ideal. O fato de sermos espíritas ou médiuns, não nos dá privilégios, e sim responsabilidades. Não feche os olhos para a luz. Não peça o que o Espiritismo não lhe pode dar, e não se decepcionará com ele.



Amílcar Del Chiaro Filho

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

“MORTE” É APENAS UMA VIAGEM MAIS LONGA, O QUE LEVAR NA BAGAGEM?"

Se recebermos um convite para "Residir" no Japão ou outro País, com hábitos e horários totalmente diferentes, vamos nos preparar, quanto à comida, temperatura, costumes! O mesmo deveria ser quanto a nossa partida para o Além! Por isso Jesus, após suas maravilhosas "Parábolas" ou "Histórias", as finalizava dizendo: "Quem tem olhos de ver que veja, Quem tem ouvidos de ouvir que ouça"!

Por intuição, todos sabem que morrerão um dia, ou "Desencanarão" que é o termo mais correto, já que a Morte não existe, mas evitam tocar no assunto, achando que isto só poderá acontecer com o seu vizinho.

No entanto, muitos tem medo da morte porque desconhecem todo o processo de passagem para o Plano Espiritual e quando isto poderá acontecer. Temos a certeza que iremos morrer, mas não temos idéia que quando isto irá acontecer.

O Espiritismo trouxe os devidos esclarecimentos, tirando as fantasias criadas por outras religiões, mostrando os mistérios para o retorno ao nosso verdadeiro lar, e que podemos encarar a morte com serenidade, nos dando as devidas informações de como podemos no preparar para este momento.

Emmanuel afirma que devemos cuidar do corpo humano como se ele fosse viver eternamente, e do Espírito como se fosse desencarnar amanhã.

Há uma frase muito famosa de Confúcio, antigo filósofo chinês, que resume o que foi dito acima: “Aprende a bem viver e bem saberás morrer!”

Em “Quem tem medo da morte” Richard Simonetti nos informa que “O ideal é estarmos sempre preparados, vivendo cada dia como se fosse o último, aproveitando integralmente o tempo que nos resta no esforço disciplinado e produtivo de quem oferece o melhor de si em favor da edificação humana. Então, sim, teremos um feliz retorno à Pátria
Espiritual.”

“Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar nossa hora, estejamos habilitados a um retorno equilibrado e feliz. O primeiro passo nesse sentido é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural. Há condicionamentos milenares nesse sentido. Há pessoas que simplesmente recusam-se a conceber o falecimento de um familiar ou o seu próprio. Transferem o assunto para um futuro remoto.

(...) O Espiritismo nos oferece recursos para encarar a morte com fortaleza de ânimo, inspirados igualmente na fé. (...) Uma fé inabalável de quem conhece e sabe o que o espera, esforçando-se para que o espere o melhor. (...) O despreparo para a morte caracteriza multidões que regressam todos os dias, sem a mínima noção do que os espera, após decênios de indiferença pelos valores mais nobres.

São pessoas que jamais meditaram sobre o significado da jornada terrestre: de onde vieram, porque estão no mundo, qual o seu destino. Sem a bússola da fé e a bagagem das boas ações, situam-se perplexas e confusas.”

Vejamos um depoimento extraído de “A Vida Triunfa”, mensagem ditada por Carlos Alberto Andrade Santoro, através de Chico Xavier:

“Acordei, achava-me num educandário-hospital dirigido por antigos benfeitores de São José do Rio Preto. Meu bisavô Santoro me afagava, minha tia Maria me falava com bondade, não precisaram doutrinar-me quanto à Grande Renovação. (...) compreendi que, mesmos nós Espíritas da mocidade e da madureza, o que penso, não nos achamos assim tão preparados para a transferência de plano, como julgamos,
porque o choro do Antoninho Carlos me arrasava e as lágrimas do senhor e minha mãe caiam sobre minha alma como se fossem gotas de algum ácido que me queimava por dentro todas as energias do coração.”

Este trecho desta carta de Carlos Alberto dirigida aos seus pais, relata claramente a falta de preparo, inclusive de nós Espíritas, para entrar no outro lado da vida.

Infelizmente este é o perfil da grande maioria dos habitantes de nosso planeta.

Liane Camargo de Almeida Alves, jornalista especializada em assuntos espirituais, editora da revista Bons Fluídos (Ed. Abril), fez o seguinte comentário: “Morrer não se improvisa, dizem todas as linhas espirituais do mundo. A preparação para o momento da morte acontece em cada instante de nossa existência. Cada segundo em que nos sentimos realmente vivos, com intensidade total, nos preparamos para a morte.

Nesses momentos de presença vibrante, em que vivemos o aqui e agora do corpo e alma, entramos em contato com as vibrações sutis que se armazenam na nossa memória, na nossa essência mais profunda, aquela que continua depois da morte. O conjunto desses momentos de alta vibração que podemos provar em nossas vidas condicionará o nível de energia que poderemos alcançar no momento da morte. É incrível, mas o viver condicionará o morrer.”

E é persistindo na prática diária da prece, da meditação, no exercício constante do amor e da compaixão, com a mente calma e um coração amoroso, teremos com certeza uma morte tranquila.

Fonte: Espirit book

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

"A TERRA É UM MUNDO DE EXPIAÇÃO E PROVAS OU UM LUGAR DE DESCANSO? EXISTE EXISTÊNCIAS LIGHT?

Quase todo mundo concorda que a Terra é planeta escola e nós os alunos – e devido á nossa formação de crenças; ousamos afirmar no altar da sapiência:
Escola, não colônia de férias!
Estamos aqui em tarefa e não a passeio, por isso, à medida que galgamos degraus evolutivos: a dificuldade das situações vividas aumenta.
Mas: não devemos recear novos conhecimentos e responsabilidades; pois nenhum professor cobra matéria de quinta série a um aluno de primeira.
Os ditados populares apurados na peneira do tempo trazem sabedoria, quem não conhece o ditado: “Deus nunca dá uma cruz que não possamos carregar!”, portanto, à medida que superamos experiências aguardemos dificuldades crescentes individuais e coletivas até o momento da formatura; mas dificuldades; que só não superamos se não quisermos (conceito de pecado).

Aqui na Terra, progredimos no plano físico na condição de encarnados, e no plano espiritual como desencarnados, em várias dimensões.
Num paralelo com a escola, o progresso se faz em muitas etapas; pois o aluno tem o direito de repetir um ciclo quanta vez deseje; embora carregue as conseqüências do atraso como sensação da culpa do dever não cumprido; porém a sua vaga sempre está garantida nesta escola ou em qualquer outra da rede universal de ensino; pois a constituição energética garante a eternidade.
O curso é gratuito, o roteiro é simples e todo material de trabalho é oferecido no dia a dia. Cada acontecimento é um ensinamento; Exemplo a doença: percebe-se que cada um tem a sua sob medida; Visto dessa forma não é tão difícil entender a finalidade de cada uma, sua origem e como conseguir cura.

Vivo pagando micos no “saber” – eu não admitia (minhas crenças) que fosse possível existências em 3 Dimensão de férias, lazer – mas é vero.
Muitas vezes tivemos existências barra pesada, dificultosas e nos saímos razoavelmente bem – daí, que a próxima pode ser light, de refazimento – tipo: nascer e viver num lugar bucólico, natureza extasiante, todos os recursos á mão, só alegria. Até para programar uma nova da pesada para quitar mais débitos e tentar zerar a conta negativa da consciência.
Claro que é preciso separar a existência light daquelas tarefas difíceis e perigosas que escolhemos; coisas banais como: riqueza, beleza, poder – para quem vive descuidado em 3 Dimensão isso parece o prêmio máximo – o sonho de consumo espiritual...
Lá em 4 Dimensão ou plano espiritual também há Resorts, hotéis 5 estrelas para curtir existências bem sucedidas, lucrativas (lucro é Divino – mas lucro é uma coisa onde todo mundo ganha e ninguém perde).
Se você foi um espírito de evolução classe média também vai ter suas férias ou tão curtas que parecem um feriadão: trânsito terrível (fora os caras que estão aprendendo a volitar e fazem barbeiragens) vai para uma colônia espiritual de férias onde falta tudo; tem que: cozinhar, limpar e ainda satisfazer um monte de chupins (familiares ou não) e ninguém te agradece – depois de um tempinho tu sentes uma vontade danada de voltar para o umbral do trabalho:
Reencarnar...é isso...
Fonte: Xepa Cósmica

"O MISTÉRIO DESVENDADO POR CHICO XAVIER DO MENDIGO NO ALPENDRE."

Narrou-nos Chico Xavier que um dia foi procurado por um médico seu particular, amigo de muitos anos, espírita militante e colaborador em suas obras psicografadas.
Ele queria saber o que fazer com um velho mendigo, que insistia em dormir no alpendre de sua casa. Não estava preocupado em tê-lo como hóspede em tão precário lugar mas, sim, com a má acomodação e a friagem da noite. Já o havia alertado de que se permanecesse ali acabaria por ficar doente.
Contudo, vendo que seus avisos eram ignorados, dedicou-se a arrumar um lugar onde o mendigo pudesse pernoitar. Depois de conseguir um quartinho na vizinhança, levou-o para lá.
Qual não fora sua surpresa ao dar com ele em sua varanda no dia seguinte!
Pensando que talvez não tivesse gostado do lugar, procurou um albergue que o tratasse melhor. De nada adiantara. O velho voltou a passar as noites no seu alpendre.
O médium então falou-nos:
– O que o médico amigo não sabia era que aquele espírito carregava consigo um grande complexo de culpa. Passei então a narrar-lhe as cenas que os amigos espirituais me haviam mostrado.
Aquele mendigo, doutor, na existência anterior havia sido um cruel fazendeiro que expulsara impiedosamente muitas famílias de suas terras, deixando-as ao relento, sem rumo…
Depois que desencarnou, a partir daquelas lembranças formara-se o complexo de culpa. E o sofrimento perdura até os dias atuais, não permitindo que ele permaneça alojado em lugar nenhum.
Chico concluiu:
– Então eu disse ao amigo: Não adianta tentar melhorar sua situação, deixe-o dormir no seu alpendre. Mais uns dias e ele procurará outro lugar para deitar-se ao relento. Essa situação perdurará até que o complexo de culpa deixe de atormentá-lo.
Em nossas cogitações, vem-nos à mente a lição: para exercer a caridade é necessário usarmos de bom senso e não insistirmos quando o necessitado se nega a receber o benefício. Sempre haverá uma razão que justifique situações como a que nos foi narrada.
Fontes: Sociedade Espírita Kardec Amor e Caridade
Chico de minas Xavier

PSICOGRAFIA DO "ESPIRITO DE UM EX-SENHOR DE ENGENHO", CONTANDO TODO SEU SOFRIMENTO NO ALÉM.

Estou aqui quase dois séculos e ainda hoje não consigo me perdoar de todas as maldades que fiz. Fui um rico dono de várias fazendas, muitas terras, muitos escravos. Era temido por todos, respeitado e também muito odiado e até hoje existem negros, ex-escravos que não conseguem me perdoar. Na minha principal fazenda, onde eu residia com a minha família eu tinha muitos, muitos escravos, e como “dono” de todos aqueles seres teria eu, hoje sei disso, que ter ajudado a quantos viviam sobre o meu domínio. Tratava aquelas pobres criaturas com mãos de ferro, tinha prazer de tratá-los com crueldade, me comprazia enormemente com isso.
Gostava de ver aqueles mais rebeldes serem castigados, terem suas costas abertas em feridas, aquilo me deixava feliz, pra mim eles não tinham alma.
As negrinhas da minha senzala eram todas abusadas por mim, quantas infâncias eu destrói.
Gostava de ver os pais daquelas pobres crianças assistindo toda a minha maldade e os mais atrevidos eram mortos sem pena, afinal era só um a menos em meio a tantos escravos.
Pratiquei as maiores crueldades que um ser humano pode praticar.
Meu Deus como me envergonho!
Mas vou dizer, preciso dizer. Quando descobria que as moças abusadas por mim esperavam uma criança eu nem me importava em pensar o que fazer, a ordem era a mesma para todas. Ao darem a luz, o capataz, homem igualmente ruim, pegava o recém nascido e enterrava vivo, muitas vezes sobre o protesto louco de suas mães, outras já tão sofridas com toda a humilhação nem se importavam, ficavam inermes vendo toda aquela barbárie.
Eu não podia me comprometer, odiava os negros, como explicar que gostava de me deitar com as jovens negrinhas da minha senzala?
Antes que alguma suspeita pudesse recair sobre mim eu eliminava a prova. Matei muitos filhos, sou um assassino cruel, matei meus próprios filhos.
Oh meu Deus que dor sinto agora, o que fazer para corrigir tantas maldades? Vivo atormentado, ouço choro de recém nascidos, esse som não para nunca, vejo mulheres a me acusar de assassino, homens a me xingarem.
Vivo num tormento sem fim.
Desespero, desespero e desespero é isso o que eu sinto, a vergonha de mim mesmo, a dor de ver como num ato contínuo todas as minhas maldades como um filme que não tem fim.
Hoje sou um pobre maltrapilho, um monstro sem face, preciso de ajuda, mas não consigo pedir, a vergonha não deixa, sofro a dor de todos os que eu fiz sofrer.
Se alguém ler essa narrativa e se sensibilizar com o sofrimento que causei aos meus irmãos, sim meus irmãos, aquelas pobres criaturas que eu tanto fiz sofrer são sim meus irmãos, peço que orem por eles, para que eles possam me perdoar, não por mim, pois que eu não mereço, mas por eles que sofrem terrivelmente até hoje por não me perdoarem, vivem igualmente a mim presos nas trevas do ódio e da vingança.
Ajude-os com suas orações, peçam a Jesus por eles?
Quanto a mim? Não mereço nada, nem o sofrimento de quase dois séculos paga a metade do que fiz sofrerem os outros.
Me desculpe fazer com que leiam coisas tão cruéis, mas precisava desabafar e pedir pelos os que fiz tanto mal.
Um ex-senhor de engenho.
Um pobre ser reduzido a nada pela própria consciência culpada.
Médium: Débora S C.

Fonte:

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...