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domingo, 10 de março de 2019

''SINAIS DE QUE NOSSOS ENTES QUERIDOS DESENCARNADOS NOS ENVIAM PARA SE COMUNICAR CONOSCO.''

Nossos entes queridos já falecidos geralmente tentam se comunicar conosco através de mensagens para que possamos saber como eles se sentem, através de sonhos ou sensações.
"Vários dias depois da minha avó morreu, eu tive um sonho sobre isso. No meu sonho, minha mãe e eu fomos para casa da minha avó para limpar seu armário. Quando chegamos em casa, minha avó estava sentada no sofá. Fiquei espantado porque ninguém mais podia ver. Corri para onde ela estava sentada e disse: "Eu pensei que você estivesse morta." Ela me envolveu em seus braços e disse: "Eu morri, mas eu não podia sair sem me despedir de você." Eu tinha apenas seis anos de idade, mas me lembro perfeitamente todo o sonho."
Não necessariamente temos que ser médiuns para sentir a presença de um ente querido falecido. Estes sinais de comunicação podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, mas são mais comuns quando a pessoa está sozinha e ciente de seus arredores. A lista a seguir detalha as técnicas mais comuns utilizados pelos entes queridos falecidos para visitar-nos.
- Visitas através dos sonhos
Esta é a forma mais comum usada por espíritos, tanto por entes queridos falecidos como por guias espirituais. Tais sonhos são muito diferentes de sonhos "normais". Geralmente, estas visitas começam com um tipo de luz. No sonho, o espírito pode nos pedir para entregar uma mensagem particular, falar algum conselho para aliviar nosso sofrimento, ou para avisar de um perigo iminente.
- Sentir a sua presença
Muitas pessoas dizem que se sentem a presença dos entes queridos em torno de si após a sua morte. Neste caso, uma pessoa pode sentir uma mudança, seja uma energia, temperatura ou o movimento do ar. À noite, você pode sentir uma pressão do seu lado na cama, como se alguém estivesse presente e se sentasse ao seu lado.
- Sentir o seu toque
Um abraço, um toque suave no seu cabelo, são algumas das formas mais gratificantes de conexão que podem acontecer. Sentir o seu toque ou uma carícia simples é a experiência comum nos dias após a morte de um ente querido. No entanto, alguns espíritos continuam a usar essa habilidade sobrenatural muitos anos após sua morte.
- Sentir seu Cheiro
É possível que você sinta alguns cheiros que lembram o seu ente querido, como cheiros de perfume, flores ou comida. Se você sentir um cheiro de fumaça de cigarro, e ninguém fuma na casa, exceto o ente querido que morreu, provavelmente você ele quer que você saiba que ele está presente naquele momento.
- Vozes
Isso se chama clarividência. Você pode ouvir a voz de um ente querido falecido como ele estivesse fisicamente ao seu lado, ou internamente, através do pensamento. Clarividência interna é a forma mais comum de "ouvir uma voz" porque acontece dentro da mente.
- Pensamentos incomuns
Você pode experienciar pensamentos que sente não serem seus, quase como se seu monólogo interno seja ocupado por outra pessoa. Pode ser um sinal de que as pessoas falecidas ainda estão com você. Se você se sente com pensamentos externos, preste atenção a eles, especialmente quando eles começarem a conversar com você...
Texto: página: A luz do Caminho.👏👏

''O DESENCARNE NA INFÂNCIA. CRIANÇAS E ADOLESCENTES''

Apenas quem já perdeu um filho na infância pode descrever a dor que se sente neste momento tão doloroso. Como se o mundo girasse ao seu redor, você pensa estar vivendo um pesadelo e que, ao acordar, tudo voltará ao normal. Mas a realidade se mantém e você não entende o porquê de estar acontecendo tudo aquilo. Chega a duvidar da justiça divina e as perguntas constantes permanecem: Por que meu filho se foi tão jovem, cheio de vida, com um futuro promissor? Por que eu não fui em seu lugar? As indagações são muitas, mas a resposta só vem com o tempo. 
A família tem que estar muito unida em um momento como esse. A religião é um bálsamo para a dor que, em certos dias, parece ser infinita. Temos que ser fortes e acreditar que nada acontece por acaso. A revolta e o descrédito em Deus não são justos. Há momentos na vida em que precisamos passar por determinadas experiências, para que possamos ter uma visão de vida diferente da que temos atualmente.
O desencarne de uma criança comove até as pessoas que mal conhecemos. Richard Simonetti descreve em seu livro Quem tem medo da morte?: "O problema maior é a teia de retenção formada com intensidade, porquanto a morte de uma criança provoca grande comoção, até mesmo em pessoas não ligadas a ela diretamente. Símbolo da pureza e da inocência, alegria do presente e promessa para o futuro, o pequeno ser resume as esperanças dos adultos, que se recusam a encarar a perspectiva de uma separação".
LAMENTAR A PERDA PREJUDICA O ESPÍRITO
As lamentações, o choro e a fixação no ente querido que desencarnou prejudicam sua reabilitação no plano espiritual, fazendo com que ele sofra vendo tamanho desespero de seus familiares. A oração é o melhor remédio para todos. Pedir a Deus que proteja e auxilie seu filho no plano espiritual é a maneira correta de lhe fazer o bem.
Reviver a tragédia que ocorreu no plano terrestre pode ser um martírio, pois, no plano espiritual, há toda uma equipe de trabalhadores dando o suporte necessário ao desligamento do espírito do aparelho físico. Além do mais, conforme explica Simonetti, "o desencarne na infância, mesmo em circunstâncias trágicas, é bem mais tranqüilo, porquanto nessa fase o espírito permanece em estado de dormência e desperta lentamente para a existência terrestre. Somente a partir da adolescência é que entrará na plena posse de suas faculdades".
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta: "Por que a vida freqüentemente é interrompida na infância"? A resposta dos espíritos é a seguinte: "A duração da vida de uma criança pode ser, para o espírito que está nela encarnado, o complemento de uma existência interrompida antes de seu termo marcado e sua morte, no mais das vezes, é uma prova ou uma expiação para os pais".
Ernesto Bozzano, em Enigmas da Psicometria, escreve que não são desconhecidos os casos de mortes infantis nos quais o espírito já tenha progredido bastante para suprimir uma provação, mergulhando na Terra só com a finalidade de se revestir de elementos fluídicos indispensáveis ao perispírito desejoso de se preparar para a próxima reencarnação.
Com o tempo, você vai encontrando respostas para suas indagações. A lembrança daquele filho que se foi talvez nunca sairá de sua mente, mas sempre que pensar nele, pense com carinho, enviando boas vibrações, para que, onde ele se encontrar, possa senti r todo o amor que você emana.
REENCONTRO NO PLANO ESPIRITUAL
Em entrevista publicada na edição nº 11 da Revista Cristã de Espiritismo, Mauro Operti, quando perguntado sobre que mensagem daria às pessoas que perderam seus entes queridos e acreditam que nunca mais irão encontrá-los, respondeu:
"Para estas pessoas eu diria que Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia. Temos certeza e sabemos, não apenas acreditamos".
O Evangelho Segundo o Espiritismo diz que, quando Jesus falou "deixai vir a mim as criancinhas", Ele se referia ao fato de que "a pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade, excluindo todo pensamento egoísta e orgulhoso". Explica ainda que "é por isso que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como a tinha tomado para o da humildade. Somente um espírito que tivesse atingido a perfeição poderia nos dar o modelo da verdadeira pureza. Mas a comparação é exata do ponto de vista da vida presente, pois a criança, não podendo ainda manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Além disso, Jesus não diz de maneira absoluta que o reino de Deus é para elas, mas sim para aqueles que se lhes assemelham".
Fonte: 

Espirit book

quinta-feira, 7 de março de 2019

"MORRI E VIVI NOVAMENTE. FUI AO CÉU E VOLTEI."

A EQM – “Experiência de Quase Morte” nunca foi tão divulgada como tem sido ultimamente.
Relatos de todos os tipos, nos mais diversos pontos do Globo Terrestre, dão-nos conta das inúmeras situações vividas, seja em ambientes fechados como salas de cirurgia de hospitais ou em ambientes abertos.
A médica ortopedista norte-americana, Dra. Mary C. Neal vivenciou uma EQM e a relatou no livro cujo título é o mesmo deste ensaio.
Treinada em mergulho e canoagem, foi durante um passeio no Chile, onde estava com o marido e um grupo de amigos, para a prática da canoagem, que se deu a experiência.
A descer o Rio Fuy, aproximou-se de uma queda d’água, planejando a melhor forma de transpô-la, mas algo, no entanto, deu errado, e a força da água em movimento intenso e violento arrastou-a para o fundo do rio, mantendo-a submersa, sem chances de se livrar da situação.
De formação presbiteriana e católica, lembrou-se de rezar, fervorosamente, colocando-se nas mãos de Deus e aceitando, resignadamente, o “Seja feita a Sua vontade”, e então uma sensação de calma e paz invadiu-a e percebeu-se abraçada por alguém, que pensava ser Deus, sentindo-se afagada e confortada.
Múltiplos pensamentos vieram a sua consciência: a situação em que se encontrava, a vida que tivera até então, a família, os fatos e valores que desenvolvera e muito mais.
Acostumada a situações críticas, pressentiu a morte e revisou toda a sua vida.
Os esforços de resgate eram infrutíferos e o tempo passava rapidamente. Foram mais de catorze minutos submersa.
Foi então que se sentiu saindo do corpo e do fundo do rio, e ao emergir levitando sobre a água encontrou cerca de quinze a vinte espíritos – palavras dela – que entendia terem sido enviados por Deus para acompanhá-la naquela viagem rumo ao Céu. Esses espíritos a cumprimentaram com alegria e ela reconheceu alguns como sendo pessoas com as quais tinha convivido nesta sua vida e que tinham deixado o mundo físico pela porta da morte do corpo. Os corpos desses espíritos não tinham, nos seus limites, a nitidez que os corpos materiais possuem, apresentando certo embaçamento.
Desdobrou-se o fenômeno através da comunicação exclusivamente mental, do sentimento de amor absoluto, da percepção de um colorido intenso, e um grande corredor brilhante e belíssimo, sem comparação com algo na Terra. Nesse momento reviu o corpo na beira do rio, já resgatado, mas não houve nenhum interesse em voltar para ele, e sentiu o esforço que os envolvidos no resgate faziam para ressuscitá-la, e isso a enervava porque não queria mais voltar à condição de encarnada.
Ao se aproximar do fim do túnel, os espíritos que a acompanhavam disseram a ela que era preciso voltar. Aconselharam-na a voltar, porque ainda havia muito o quê fazer na Terra, seu programa de vida continuaria por muito tempo ainda. Protestou e protestou, mas teve que voltar para o corpo e assumi-lo novamente, acordando sob os cuidados dos socorristas que não haviam desanimado, embora tivesse passado tanto tempo.
Desde então aprofundou sua vivência nos valores espirituais, ajudando o próximo também a conseguir o mesmo, dando um novo sentido a sua vida.
Há muito mais para se ler em seu interessantíssimo livro que aqui não é possível registrarmos, mas cabe-nos ainda uma última observação: durante o período de recuperação dos traumas físicos causados pelo acidente a Dra. Mary começou a ter desdobramentos espirituais, e se via conversando com um mensageiro de Deus que a orientava sobre os aspectos transcendentes da vida, mas principalmente sobre o planejamento espiritual que traçamos para a vida física.
Tudo o que a Dra. Mary experimentou ajudou- lhe a solidificar a sua fé, e a certeza de uma vida melhor além da vida física. E, para nós, ao lermos seu relato, embora este não seja novidade, o que ela nos conta serve para verificarmos, na prática, o que temos aprendido através da Revelação Espírita que nos permite desenvolver a fé de forma racional e produtiva, para nós e para aqueles que nos circundam durante a vida física.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro

"MORTE E DESLIGAMENTO DO CORPO FÍSICO"

Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. A morte física se dá com a morte cerebral. O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo. No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais. O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia. Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
“Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!”
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
“Que morte horrível! Quanto sofrimento!”
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais. Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano. Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso. Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti

"'O PAVOR DA MORTE'' - Relato de um caso pelo espírito André Luiz

Puséramos-nos a caminho e, a breves minutos, estacionávamos 
diante dum edifício de vastas proporções. 

O colega, gentil, conduziu-nos ao interior de espaçoso 
necrotério, onde defrontamos um quadro interessante, 
O cadáver de uma jovem, de menos de trinta anos, ali jazia 
gelado e rígido, tendo a seu lado uma entidade masculina, em 
atitude de zelo. 

Com assombro, notei que a desencarnada estava unida aos 
despojos. Parecia recolhida a si mesma, sob forte impressão de terror. Cerrava as pálpebras, deliberadamente, receosa de olhar em torno. 

– Terminou o processo de desligamento dos laços fisiológicos–exclamou o facultativo atento –, mas a pobrezinha há seis horas que está dominada por terrível pavor. E apontando o cavalheiro desencarnado, que permanecia junto dela, cuidadoso, o receitista esclareceu: 

– Aquele é o noivo que a espera, há muito. Aproximamo-nos um tanto e ouvimo-­lo exclamar carinhosamente: – 

Cremilda! Cremilda! Vem! Abandona as vestes rotas. Fiz tudo 
para que não sofresse mais... Nossa casinha te aguarda, cheia de amor e luz!... A jovem, todavia, cerrava os olhos, demonstrando não querer vê-­lo. Notava­-se, perfeitamente, que seu organismo espiritual permanecia totalmente desligado do vaso físico, mas a pobrezinha continuava estendida, copiando a posição cadavérica, tomada de infinito horror. 

Aniceto, que tudo pareceu compreender num abrir e fechar de olhos, fez leve sinal ao rapaz desencarnado, que se aproximou comovido. 

– É preciso atendê­-la doutro modo 
– disse o nosso orientador, resoluto –, vejo que a pobrezinha não dormiu no desprendimento e mostra-­se amedrontada por falta de preparação espiritual. 

Não convém que o amigo se apresente a ela já, já... Não obstante o amor que lhe consagra, ela não poderia revê-­lo sem terrível comoção, neste instante em que a mente lhe flutua sem rumo... 

– Sim – considerou ele, tristemente –, há seis horas chamo-a sem cessar, identificando-­lhe o terror. 

Redargüiu Aniceto, conselheiral: 

Ausência de preparação religiosa, meu irmão. Ela dormirá, 
porém, e, tão logo consiga repouso, entregá­la-emos
aos seus cuidados. Por enquanto, conserve-­se a alguma distância. 

E fazendo-se acompanhar do facultativo, que assistira 
espiritualmente a jovem nos últimos dias, aproximou­-se 
da recém­ desencarnada, falando com inflexão paternal: 

– Vamos, Cremilda, ao novo tratamento. Ouvindo-­o, a moça abriu os olhos espantadiços e exclamou: 

– Ah, doutor, graças a Deus! Que pesadelo horrível! 
Sentia-­me no reino dos mortos, ouvindo meu noivo, falecido há anos, 
chamar-­me para a Eternidade!... 

–Não há morte, minha filha!–objetou Aniceto, afetuoso – creia na vida, na vida eterna, profunda, vitoriosa! 

– É o senhor o novo médico?– indagou, confortada. 

– Sim, fui chamado para aplicar-lhe alguns recursos em 
bases magnéticas. 

Torna­-se indispensável que durma e descanse. 

– É verdade... – tornou ela de modo comovente 
–, estou muito cansada, necessitando de repouso...

Recomendou­-nos o instrutor, em voz baixa, prestássemos auxílio, em atitude íntima de oração, e, depois de conservar­-se em silêncio por instantes, ministrou­-lhe 
o passe reconfortador. 

A jovem dormiu quase imediatamente. Deslocou­-a 
Aniceto, afastando-­a dos despojos, com o zelo amoroso dum pai, e, chamando o noivo reconhecido, entregou-­a carinhosamente. – Agora, poderá encaminhá­-la, meu irmão. 

O rapaz agradeceu com lágrimas de júbilo e vi­o retirar-se 
de semblante iluminado, utilizando a volitação, a carregar 
consigo o fardo suave do seu amor. 

Nosso mentor fixou um gesto expressivo e falou: 

- Pela bondade natural do coração e pelo espontâneo cultivo da virtude, não precisará ela de provas purgatoriais. É de lamentar, contudo, não se tivesse preparado na educação religiosa dos pensamentos. Em breve, porém, ter­se­-á adaptado à vida nova. Os bons não encontram obstáculos insuperáveis. 

E, desejoso talvez de consubstanciar a síntese da lição, rematou:

– Como vêem, a idéia da morte não serve para aliviar, curar ou 
edificar verdadeiramente. É necessário difundir a idéia da vida 
vitoriosa. Aliás, o Evangelho já nos ensina, há muitos séculos, 
que Deus não é Deus de mortos e, sim, o Pai das criaturas que vivem para sempre.

Fonte - Os Mensageiros, psicografia Chico Xavier, pelo espírito André Luiz, trecho do Cap.48 "Pavor da Morte" 

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Nota do administrador da página Daniel Romão

Este exemplo de Cremilda é instrutivo para todos nós, ela tinha uma boa natureza, assim foi assistida pelo esposo e Aniceto, mas o pavor da morte, a ideia que a morte representa o fim, o nada a extinção da vida, dificultou o seu desprendimento, fez com que recusa-se a encarar a nova situação agarrando-se ao corpo físico já sem vida. 

No livro O Céu e o Inferno, Allan Kardec, tem exemplos muito instrutivos de espíritos sem formação e conhecimento espiritual, presos ao corpo físico e sentindo a decomposição do mesmo, pois enquanto encarnados levaram vidas materialistas, assim seu perispirito leva muito tempo para desprender-se do físico, trazendo sofrimento para o espírito que sente os horrores da decomposição, pois agarram-se aquilo que conhecem neste caso o corpo físico, sentem afinidade com a matéria corporal, em suma quanto mais espiritualizado mais rápido o desprendimento.

Na obra: Legião - Um Olhar Sobre o Reino das Sombras (psicografia Robson Pinheiro - ditado pelo espírito Ângelo Inácio, é relatada uma situação de uma modelo, que em vida se apegou à beleza física, sua preocupação era o culto do corpo acima de tudo, aconteceu que quando desencarnou ficou presa ao corpo em decomposição, durante vinte anos, por se recusar a abandonar o objecto de sua predileção. Só com ajuda de sua avó e da doação de ectoplasma, trabalhado por espíritos elementais (espíritos da natureza1) doado por um médium desdobrado foi possível tira-lá de sua sepultura.

Importante conhecermos o mundo espiritual, irmos nos habituando à ideia de que podemos desencarnar a qualquer momento, lermos as obras que nos descrevem a vida espiritual e compreendermos que recebemos o que tivermos dado. Façamos o nosso melhor ao nosso alcance e sustentemos a certeza de que quando nosso momento chegar, não haverá razões para termos pavor da "morte". Esse pavor, o medo de morrer é um obstáculo a que o perispirito se desprenda mais rapidamente do corpo físico.Para aquele que tem a consciência tranquila não há o que temer, pois que amigos, familiares, e nosso guia ajudam no processo de desligamento do perispirito e nos ajudam a ambientar mais rapidamente à nova vida. Devemos ir-nos mentalizando e compreendermos que a morte não é um mal, mas apenas mudança de dimensão, plano. Devemos ir-nos habituando a nos desprender dos bens materiais, a nos desligar do apego as coisas terrenas e afeiçoarmos aos valores espirituais, assim nosso desprendimento será mais suave e mais rápido por já nos identificarmos com a nova situação depois da "morte"

1.Espíritos Elementais ou Espíritos da Natureza - ver O Livro dos Espíritos, no cap.IX "Da intervenção dos Espíritos no mundo corporal" - Ação dos Espíritos sobre os fenômenos da Natureza

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...