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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

''OS MÉDIUNS NÃO DEVEM SER IDOLATRADOS.''

*NÃO IDOLATRE MÉDIUNS*
A mediunidade, para a maioria das pessoas, constitui-se do que se convencionou chamar de mediunidade de prova, ou seja, *surge na vida de alguém como meio para quitar antigos débitos com o passado*.
Por esta razão, *não há mistério algum em dizer que a maioria dos médiuns são espíritos ainda inferiores, portadores de chagas morais desoladoras*.
A Misericórdia Divina, infinita, *permite venhamos à Terra em tarefa de trabalho espiritual como medida saneadora de nossas próprias imperfeições à medida que pagamos o mal com o bem*.
Se os médiuns são, na maioria das vezes, espíritos inferiores, com pesadas dívidas com o passado, se comportarão santamente na Terra? Serão exemplos de virtudes? *Certamente, a maioria não*...
A imensa maioria lutará dia e noite *contra suas sombras interiores, contra os arrastamentos que existem dentro de si, esfomeados, buscando apenas uma brecha para fazer ressurgir o homem velho que estava trancafiado, porém, não morto*...
Por esta razão, é preciso ter muito cuidado para não confundir a pessoa (médium) com o exercício da mediunidade e *não pensar, por exemplo, que o médium daquela entidade que você tanto gosta de conversar seja tão evoluído quanto a entidade que por ele se manifesta*.
Embora *seja dever do médium se esforçar em viver tudo aquilo que as entidades falam por sua boca, a realidade é que, não raro, a personalidade dele e da entidade destoam tanto que os consulentes menos avisados chegam a se assustar quando o conhecem mais de perto*.
É preciso lembrar que a *potencialidade mediúnica não guarda relação com a moral e que um médium muito bom não necessariamente é uma pessoa muito boa*. Apenas o exercício mediúnico – e seus frutos - é que revelam o quanto o *médium está ou não compromissado com a moral e o quanto sua faculdade será capaz de render*.
Por esta razão, *devemos ter prevenções em relação à bajulação em torno de algum médium e muito menos tolerância em relação à idolatria*.
Se eu mesmo, que não sou nada, já foi chamado várias vezes de mestre, imagina com que lisonja não são tratados alguns médiuns, especialmente se portadores de faculdade mediúnicas expressivas?
Conta-se que a esposa de Peixotinho (que foi um dos maiores médiuns de efeitos físicos da história), certa feita surpreendeu uma pessoa admirada com as faculdades mediúnicas do seu marido, dizendo:
- Peixotinho, você é o maior médium do Brasil!
Foi então que ela disse:
- O senhor se engana... Ele é o maior médium do mundo! Agora, *falta só pendurar uma placa no pescoço dele e aguardar até que tombe... O que ele é na verdade, meu senhor, é um espírito muito endividado e que foi amparado pela bondade Divina com essa tarefa mediúnica*.
*É preciso cortar o mal pela raiz!*
Entre as chagas mais comuns dos médiuns *está a vaidade e quando o médium é vaidoso, não faltarão entidades infelizes que soprarão isso em seus ouvidos ao mesmo tempo em que instigarão nos consulentes, especialmente os que possuem baixa autoestima e excessiva carência, o ímpeto da bajulação e, não raro, o médium vaidoso estará sempre cercado de bajuladores!*
*Quando o médium erra, os bajuladores se afastam*.
*Os admiradores viram as costas. A língua ferina não tarda em chicotear e o médium se revolta, sentindo-se vítima de ingratidão*...
*Por esta razão, advirto*:
- Médium, *não se sinta superior aos demais por conta da faculdade mediúnica que você possui, pois bastaria um sopro Divino para tirá-la*.
*Não deixe os bajuladores transferirem para você as afeições e gratidões que são direcionadas às suas entidades*.
*Sinta-se feliz e honrado pelo trabalho que o ALTO LHE CONFIOU, mas REDOBRE SEUS CUIDADOS em RELAÇÃO à VAIDADE, ao ORGULHO, a GANÂNCIA, a LUXÚRIA e a todo tipo de PAIXÃO INFERIOR que PODE SERVIR DE ISCA às entidades perversas que aguardam o seu tombo!*
Ao consulente, digo:
- Por mais se sinta agraciado pela caridade obtida pelas entidades de um médium, por favor, *não crie maiores expectativas... O médium sob sua vista é um irmão de caminhada, lutando diariamente para ser uma pessoa melhor*....
Elevá-lo a um patamar que *ainda não é de seu merecimento servirá apenas para uma maior queda e decepção de sua parte!*
Saiba *ser grato e reconhecido pelo esforço do companheiro, incentivando-o sempre a continuar com seu trabalho, mas NÃO ALIMENTE NELE o fogo das paixões que, mais rápido do que se pensa, poderá consumi-lo ainda vivo!*
E que a *espiritualidade nos conserve sempre a disposição para reconhecermos o que ainda não somos*!
Leonardo Montes

sábado, 12 de outubro de 2019

MARIA DE NAZARÉ NO PLANO ESPIRITUAL.

Há diversas mensagens e descrições sobre as obras de Maria no plano espiritual relatadas em obras psicografadas por Chico Xavier e Yvonne A. Pereira. Existem citações importantes a respeito dos trabalhos sublimes realizados junto aos sofredores e oprimidos nas esferas umbralinas.

O livro Ação e Reação, ditado por André Luiz, mostra o poder da prece à Maria que diz:

Mãe Santíssima! Anjo Tutelar dos náufragos da Terra, compadece-te de nós e estende-nos tuas mãos doces e puras! …

Sabemos que o teu coração compassivo é luz para os que tresmalham nas sombras do crime e amor para todos os que mergulham nos abismos do ódio…

Mãe, atende-nos!

Estrela de nossa vida, arranca-nos da escuridão do vale da morte! … �

Mais adiante nas páginas 155-158, André Luiz descreve a sua visita ao santuário Mansão da Esperança, situada em regiões de extrema dor no plano espiritual. O livro Memórias de um Suicida psicografado pela médium Yvonne A. Pereira, pelo Espírito de Camilo Cândido Botelho (cognome do suicida e escritor português Camilo Castelo Branco), descreve a tarefa da Legião dos Servos de Maria na ajuda aos suicidas.

Vejamos alguns trechos das descrições citadas na obra através de Camilo, espírito em sofrimento na época:

Imaginais uma assembléia numerosa de criaturas disformes – homens e mulheres- caracterizada pela alucinação de cada uma, correspondente a casos íntimos, trajando, todos, vestes como que empastadas do lodo das sepulturas, com feições alteradas e doloridas estampando os estigmas de sofrimento cruciantes!

Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida em densos véus de penumbras, gélida e asfixiante, onde se aglomerassem habitantes de além-tímulo abatidos pelo suicídio, ostentando, cada um, o ferrete infame do gênero de morte escolhido no intento de ludibriar a Lei Divina – que lhes concedera a vida corporal terrena como precioso ensejo de progresso, inavaliável instrumento para a remissão de faltas gravosas do pretérito!…

Porém, mesmo em lugar tão terrível, a misericórdia de Deus se manifesta: periodicamente, singular caravana visitava esse antro de sombras. Vinha à procura daqueles dentre nós cujos fluídos vitais arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do invisível intermediário, ou de transição. Supínhamos tratar-se, a caravana, de um grupo de homens. Mas na realidade eram espíritos que estendiam a fraternidade…

Senhoras faziam parte dessa caravana – Legião dos Servos de Maria.

Entravam aqui e ali, pelo interior das cavernas habitadas, examinando seus ocupantes. Curvavam-se, cheias de piedade, junto das sarjetas, levando aqui e acolá algum desgraçado tombado sob o excesso de sofrimento; retiravam os que apresentassem condições de poderem ser socorridos e colocavam-se em macas conduzidas por varões que se diriam serviçais ou aprendizes �.

O HOSPITAL DE MARIA DE NAZARÉ

Passaram-se os anos e finalmente Camilo tem condições de ser socorrido e é transferido para o hospital Maria de Nazaré. Vejamos o que ele nos narra:

Depois de algum tempo de marcha, durante o qual tínhamos a impressão de estar vencendo grandes distâncias, vimos que foram descerradas as persianas, facultando-nos possibilidade de distinguir no horizonte ainda afastado, severo conjunto de muralhas fortificadas, enquanto pesada fortaleza se elevava impondo respeitabilidade e temor na solidão de que se cercava…

Edifícios soberbos impunham-se à apreciação, apresentando o formoso estilo português clássico, que tanto nos falava à alma. Indivíduos atarefados, neles entravam e deles saiam em afanosa movimentação, todos uniformizados com longos aventais brancos, ostentando ao peito a cruz azul-celeste ladeada pelas iniciais: L.S.M.

Dir-se-iam edifícios, ministérios píblicos ou departamentos. Casas residenciais alinhavam-se, graciosas e evocativas na sua estilização nobre e superior, traçando ruas artísticas que se entendiam laqueadas de branco, como que asfaltadas de neve.

À frente de um daqueles edifícios parou o comboio e fomos convidados a descer. Sobre o pórtico definia-se sua finalidade em letras visíveis: Departamento de Vigilância. Tratava-se da sede do Departamento onde seríamos reconhecidos e matriculados pela direção, como internos da Colônia.

Daquele momento em diante estaríamos sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações pertencentesà Legião chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, Aquele que foi o redentor dos homens!…

A um e outro lado destacavam-se outras em que setas indicavam o início de novos trajetos, enquanto novas inscrições satisfaziam a curiosidade ou necessidade do viajante: À direita – Manicômio,
esquerda – Isolamento.

Ao contrário das demais dependências hospitalares, como o Isolamento e o Manicômio, o Hospital Maria de Nazaré, ou Hospital Matriz �, não se rodeava de qualquer barreira. Apenas árvores frondosas, tabuleiros de açucenas e rosas teciam-lhe graciosas muralhas… �.

A MANSÃO DA ESPERANÇA

A Legião dos Servos de Maria mantém também no plano espiritual outras instituições, em clima vibratório mais ameno. Uma dessas instituições é a Mansão da Esperança.

Camilo diz, Não me permitirei à tentativa de descrever o encanto que se irradiava desse bairro onde as cípulas e torres dos edifícios dir-se-iam filigranas lucidando discretamente, como que orvalhadas, e sobre as quais os raios do Astro Rei, projetados, em conjunto com evaporações de gases sublimados, emprestavam tonalidades de efeitos cuja beleza nada sei a que possa comparar!

Emocionados, detivemo-nos diante das escolas que deveríamos cursar. Em tudo, porém, desenhava-se augusta superioridade, desprendendo sugestões grandiosas, inconcebíveis ao homem encarnado.

Aqui e ali, pelos parques que bordavam a cidade, deparávamos turmas de alunos ouvindo seus mestres sob a poesia dulcíssima de arvoredos frondosos, atentos e inebriados como outrora teriam sido, na Terra, os discípulos de Sócrates ou de Platão, sob o farfalhar dos plátanos de Atenas; os iniciados de Pitágoras e os desgraçados da Galiléia e da Judéia, os sofredores de Cafarnaum ou Genesaré, embevecidos ante a intraduzível magia da palavra messiânica!

HORA DA AVE MARIA

Na terra quando o Sol se põe, muitos elevam suas preces à Mãe de Jesus.

No plano espiritual também assim acontece.

A suavidade do crepúsculo, as estrelas que principiam a surgir, a natureza que silencia, tudo convida ao recolhimento.

Acreditamos que isso que acontece na terra é reflexo de uma atitude muito maior e mais profunda que ocorre no Mundo dos Espíritos… �

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

CIRURGIA PLÁSTICA NA VISÃO ESPIRITA.

Perguntaram a Chico Xavier:
          – Você faria uma plástica facial?
          – Claro, se me fosse possível, pois assim não assustaria tanto meus semelhantes.
          A resposta bem-humorada do médium nos conduz à problemática dessa especialidade médica, bastante desenvolvida na atualidade.
          Técnicas modernas tornaram os procedimentos mais simples e acessíveis.
          Há, porém, sob o ponto de vista espiritual, a impertinente questão:
          Será lícita essa iniciativa, buscando-se a beleza física, quando o que importa é o embelezamento espiritual?
          Bem, amigo leitor, costuma-se dizer que para sermos felizes devemos gostar de nós mesmos.
          Obviamente, isso envolve, também, a aparência.
          Razoável, portanto, que a pessoa não satisfeita com seu visual trate de melhorá-lo.
          Argumentam os opositores que seria incensar a velha vaidade humana, tão prejudicial à evolução do Espírito.
          Se assim considerarmos, deveremos renunciar aos cuidados com a roupa, os sapatos, os cabelos, a higiene pessoal.
          Todos apreciam uma pessoa bem trajada, cabelos bem penteados, suave perfume.
          Igualmente desejável boa postura, ar saudável, expressão jovial, harmonia nos traços, ausência das rugas que tanto incomodam a alma feminina.
          Há profissionais que devem observar cuidadosamente esses aspectos: modelos e artistas, por exemplo, cujo trabalho exige apuro com o visual.
          Condenável seria o excesso.
          Vejo pessoas que se submetem a tantas recauchutagens faciais que ficam com a aparência de uma boneca de cera, pele esticada, face inexpressiva.
          Ouvi, certa feita, famosa atriz já na madureza, a proclamar que jamais se submeteria à cirurgia rejuvenescedora facial, por considerar que rugas dão dignidade e respeitabilidade à velhice.
          Exemplar sua postura, embora não devamos levar sua observação a extremos, suprimindo até mesmo os recursos de preservação da saúde.
          Afinal, de certa forma contrariamos a Natureza quando lutamos contra a morte, buscando longevidade.

                                       ***

          Há a questão do carma.
          A cirurgia plástica estaria interferindo na programação cármica.
          Será?
          Consideremos a herança genética.
          Herdamos de nossos pais suas características físicas e não me parece que toda uma ancestralidade tenha enfiado o nariz onde não devia ou não ouviu os avisos da vida, justificando o nariz adunco ou as orelhas de abano.
          Mesmo quando há legítimo problema cármico relacionado com a aparência ou a funcionalidade física, isso não significa que não possamos corrigi-lo ou amenizá-lo.
          Na contabilidade espiritual, quando se trata do pagamento de débitos cármicos, a medicina, com seus avanços, é a própria Misericórdia Divina a nos oferecer generosos descontos, amenizando as dores do resgate.
           Consideremos, ainda, que a dor é apenas o estágio primário no processo de reajuste quando contrariamos as leis divinas e nos comprometemos no mal.
          Num segundo estágio, há os prejuízos que causamos.
          Um exemplo:
          Num exercício de vandalismo, chuto a vitrine de uma loja, fazendo-a em pedaços. No ato, corto a perna e vou parar no hospital.
          Dependendo dos recursos que venha a mobilizar, inclusive cirurgia plástica, posso demorar mais ou menos na recuperação, ficar ou não com cicatriz antiestética ou limitação de movimentos, mas o resgate de minha dívida com o comerciante será o meu compromisso maior.
          Somente estarei liberado quando ressarcir os prejuízos que lhe causei.
          Ainda que ele não necessite dessa reparação, sentir-me-ei em débito com minha própria consciência, obrigando-me a ações compensatórias dirigidas ao bem comum.
           Podemos considerar a cirurgia plástica uma espécie de maquiagem para o homem perecível, sem nenhum efeito na economia do Espírito imortal.
          Portanto, caro leitor, use-a, se o desejar, sem abusar, e lembre-se:
          O bisturi melhora precariamente o visual físico.
          Para melhorar o visual espiritual é preciso usar largamente outro bisturi: o empenho de renovação, extraindo mazelas e imperfeições de nossa alma, mão firme no esforço do Bem.

Richard Simonetti

Portal do Espirito.

''OS ESPIRITAS DEVEM SE ENVOLVER NA POLITICA??

O Brasil vivenciou nas últimas eleições, ocorridas em outubro recente, a maior manifestação histórica em defesa da democracia brasileira.
Nas redes sociais, campanhas a fim de enaltecer ou elevar candidatos desse ou daquele partido, tomaram vulto e inflamaram pessoas de todas as idades, credos, raças e nacionalidades, como nunca antes se havia visto, em todas as redes de comunicação, em uma velocidade incontrolável e desleal, onde, de maneira quase totalitária, prevaleceram os próprios interesses dos envolvidos.
Líderes religiosos e dirigentes governamentais do mundo inteiro se manifestaram sobre a situação política do Brasil e grupos foram criados, a fim de oferecer apoio a pessoas que se agregaram e se protegeram umas das outras, como se a nossa nação, que está fadada a desempenhar o seu papel de “coração do mundo, pátria do Evangelho”, estivesse dividida em dois lados totalmente distintos e inimigos.
Queiramos ou não, quem decide as coisas em um país são os políticos e apesar de muitos de nós, espíritas, dizermos que não suportamos política e que não temos nada a ver com isto, mesmo que não seja esse o nosso desejo, estamos envolvidos nessa grande roda de interesses, que direciona nossas escolhas para aquilo que acreditamos ser melhor para as nossas vidas.
Não estou querendo dizer com isso, que devemos fazer campanha partidária dentro das Instituições Espíritas, ou ressaltar e impor indicações sobre o nosso candidato preferido aos irmãos de ideal. A nossa posição, enquanto divulgadores e estudiosos das verdades espiritas, deve andar junto com a verdade e respeitar a opinião alheia, é o primeiro passo para uma convivência passiva e fraterna tal como nos ensinam os espíritos amigos.
Fatos que vivenciei através da redes sociais e no contato com pessoas, de vários credos religiosos e até espíritas, me mostraram o desrespeito à regras morais, éticas, e de convivência grupal. Segundo os mais afoitos, até Emmanuel, Chico e outros espíritos respeitáveis, indicaram candidatos através de suas mensagens, o que, de acordo com a vontade do expositor, eram exaltados ou denegridos perante a massa, fato totalmente contrário ao exercício da mediunidade exercida com discernimento e seriedade.
De minha parte, vejo esse momento de maneira extremamente preocupante. Ao serem autorizadas para que assim o fizessem, pessoas colocaram para fora suas ideias sobre assuntos que nem deveriam estar em pauta na vivência espírita, de maneira desordenada e deselegante, sem se preocupar se isso estaria ferindo aos seus irmãos de caminhada, assim como as verdades aprendidas desde que Kardec compilou a Doutrina Espírita.
Encontramos no acervo da FEB, Federação Espírita Brasileira, interessante livro que serve de reflexão para o momento que estamos vivendo. Trata-se da obra Espiritismo e política, de Aylton Paiva. Nela, o autor procura demonstrar que, “sob o aspecto filosófico, o Espiritismo tem muito a ver com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa”. Segundo ele, a proposição espírita da lei do progresso é um intenso e profundo desafio para que trabalhemos pela evolução intelectual e moral da humanidade. Com tal objetivo, o espírita deve estimular a sociedade humana a fim de que haja hábitos espiritualizados, desenvolvimento da inteligência e elaboração de leis justas, em benefício de todos.”
Segundo o autor, não se trata de estimular o leitor a participar da política partidária, nem também de afirmar que o espírita deve ou não deve participar, como membro atuante, de uma organização política. Trata-se, simplesmente, de reconhecer o direito de que, como membro de uma sociedade, o espírita escolha, livremente, a sua contribuição para que as relações humanas sejam, progressivamente, melhoradas no sentido da paz, da justiça e do amor fraternal.
Convém lembrar que espíritas respeitáveis atuaram na política. Dentre eles, o médico Adolfo Bezerra de Menezes – Conhecido como o “Médico dos pobres” e como o “Kardec brasileiro”, e que foi Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889 e de 1895 a 1900. Ocupando os cargos de: Vereador, Presidente da Câmara Municipal da Corte e Deputado Geral, sempre agiu em favor da justiça e da honestidade, tendo afirmado Freitas Nobre: “Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos, e nesse princípio nos firmaremos”.
Dentro dessa visão, também concordamos que o Movimento Espírita pode contribuir, e muito, para a solução dos problemas políticos e sociais que surgem durante o nosso processo evolutivo de nossa vida no planeta terra.

Fátima Moura

Correio Espirita.

''AS RELIGIÕES, MUITAS VEZES, MAIS SEPARAM AS PESSOAS DO QUE AS UNEM''

São as religiões que mais nos ajudam na busca da nossa evolução, para que alcancemos, um dia, a perfeição semelhante à de Deus. Mas, para muitas pessoas, a sua religião é a causa principal de seus conflitos com seus irmãos e companheiros dessa nossa jornada evolutiva espiritual terrena. E isso apenas porque suas respectivas religiões são diferentes. Ademais, apesar de umas terem a mesma religião, elas ainda brigam também pelo modo diferente de elas praticarem a mesma religião. É que umas são mais religiosas e outras menos. E as que são mais querem que as que são menos sejam religiosas iguais a elas, o que é u erro, pois, ser muito religioso depende do nível evolutivo espiritual de cada pessoa. Umas brigam até com os padres! E as pessoas, frequentemente, dão mais valor às questões religiosas exteriores como a frequência às cerimônias, quando a verdadeira religião busca mais a religiosidade que é mais interior.
Jesus disse que se uma pessoa estiver no altar fazendo oferendas a Deus e se lembrar de que não está bem com alguém, deve interromper sua oferenda, procurar o seu adversário e reconciliar-se com ele, e só depois, então, é que a pessoa pode voltar ao altar e continuar sua oferenda. (Mateus 5: 23). Esse ensino mostra que estarmos em paz com todas as pessoas é mais importante do que estarmos fazendo oferendas a Deus. É que Deus não precisa de oferendas.
Ele está sempre muito bem e feliz, não precisando, pois, jamais de nada de nós, para que continue muito bem e muito feliz, mesmo porque Ele é imutável. Aliás, se Deus dependesse de nós para ser feliz, Ele estaria perdido, pois, nós somos ainda muito imperfeitos e, portanto, mais inclinados à prática dos males e vícios do que à prática das virtudes. Mas ainda bem que estamos evoluindo. Caímos muito, mas jamais nos faltarão novas chances para nós nos levantarmos. “Sete vezes cairá o justo e se levantará.” (Provérbios 24: 16).
E nossas faltas estão mais relacionadas à ausência de amor ao nosso próximo. Daí que o primeiro mandamento da lei divina ou natural, a dos Dez Mandamentos, manda-nos amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo no mesmo nível do amor que temos a nós mesmos. Lembremo-nos de que nós nos amamos a nós mesmos até demais, pois somos muito egoístas! Mas se amarmos de verdade nosso próximo, ou no mesmo grau com que nos amamos, está tudo bem, pois não vamos querer para nós e somente para nós tudo o que de melhor existe.
A etimologia da palavra egoísta é ‘ego’ em latim e que significa eu. O egoísta se considera o tal e pensa que tudo de melhor é com ele! Assim, automaticamente, ele está menosprezando ou desvalorizando seu próximo, o que vale dizer que ele não o está amando como ama a si mesmo, pois está considerando seu próximo inferior a ele.
O objetivo das religiões é nos unir como irmãos e, pois, como filhos de Deus, que é o Pai de Jesus e de todos nós, para que, assim, sejamos todos nós um com Jesus e, por consequência, também, um com Deus Pai. (João 17: 21). Se nossa religião, pois, for um meio de nos separarmos uns dos outros como se vê tanto, é melhor, espiritualmente falando, que a pessoa não tenha nenhuma religião, bastando-lhe a crença em Deus, já que, assim, ela estará melhor, pois em paz com seus irmãos, ela estará também em paz consigo mesma e com o próprio Deus Pai de todos nós!
Autor: José Reis Chaves
Portal do Espirito

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...