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quarta-feira, 7 de março de 2018

"O QUE FAZER QUANDO PERTURBAÇÕES ESPIRITUAIS INTERFEREM NO LAR?."


Muita gente se queixa que periodicamente o lar vira um pandemônio… Muita gente afirma que percebe que a família está em polvorosa… que alguma força negativa parece ter penetrado o lar… imaginam que houve trabalhos de magia, alguém fez algum trabalho forte… queremos atribuir aos outros questões que estão sob nossa responsabilidade.
No vídeo o médium e palestrante espírita Raul Teixeira explica estas e outras questões.
Para se compreender as perturbações espirituais é necessário entender primeiro como elas acontecem.
“É pelo pensamento que o homem goza de uma liberdade sem limites, porque o pensamento não conhece entraves. Pode-se impedir a sua manifestação, mas não aniquilá-lo”. (Livro dos Espíritos, questão 833).
E será que os espíritos podem influenciar nossos pensamentos e nossas ações? Esclarece a Doutrina Espírita, que muito mais do que supomos.
Esse intercâmbio entre as duas esferas, material e espiritual, acontece frequentemente e chamam atenção para a necessidade de cuidar da qualidade dos pensamentos, quando se deseja criar sintonias positivas.
Segundo  explica a física quântica, tudo que a mente pode conceber e acreditar, ela pode realizar, mostrando o grande poder das ondas do pensamento.
A partir desses conceitos compreende-se que quando essas frequências do pensar sofrem interferências negativas, as perturbações espirituais passam a acontecer, permitindo um elo entre emissor e receptor.
Muitas vezes, essas influências ocultas são tão sutis que nem mesmo se percebe, criando-se espaço para um processo obsessivo, cujo ponto de ligação entre obsessores e obsediados são os pensamentos e os sentimentos, que alimentam um ao outro.
Para se libertar dessas influencias espirituais menos felizes que causam o desequilíbrio é preciso buscar melhorar o padrão vibratório e a mudança no comportamento diário, procurando se afastar das influencias negativas pelo pensamento.
A harmonia espiritual nasce do desejo profundo de se libertar da influência de “mentes menos felizes”, perseverando no caminho da luz, capaz de combater a escuridão interior.
Enquanto a ignorância aprisiona, o despertar para a realidade do espírito com todo seu potencial criador sobre pensamentos e desejos, apresenta um caminho de infinitas possibilidades rumo à evolução.  Nos alertou Jesus:  “A minha paz vos deixo. A minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá.”
Sejamos o instrumento da paz, que começa em nós! Eis o grande antídoto para combater as perturbações espirituais.

MENSAGENS ESPÍRITAS e BLOG MUNDO MAIOR
Fonte: Chico de Minas Xavier

“MAGIA E FEITIÇARIA A LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA.”


O querido Codificador da Doutrina Consoladora de Jesus, Allan Kardec, em A Gênese, ensina: “O mal é ausência do bem, como o frio é falta de calor. Onde o bem não existe, forçosamente existe o mal” (Cap. III: O Bem e o Mal).
Em uma reunião mediúnica, um Benfeitor Espiritual disse o seguinte: – “Mesmo que estejamos em um ambiente inteiramente escuro, se acendermos um pequenino fósforo, a obscuridade se dissipa”. Então, concluiu o amorável Guia: – “Trevas correspondem à falta de luz e basta uma pequenina chama luminosa para afastar a escuridão que nos assedia”.
Esse pequeno introito é importante para ressaltar que o mal só impera onde não há o bem, transitando o ser nas veredas da ignorância. O Evangelho instrui que cada pessoa receberá por suas obras, achando-se merecedor das vibrações negativas que lhe atormentam. Se o indivíduo está sintonizado em uma vibração elevada não será atingido pelos pensamentos malfazejos dos malsinados feiticeiros encarnados ou do Além, conforme apontou o querido Mestre: “Orai e vigiai para não cairdes em tentação”.
Assim fazendo, a defesa vibratória se fortalecerá contra as investidas do mal. Contudo, as forças trevosas podem contra-atacar, agindo indiretamente, isto é, investindo contra um parente ou amigo mais próximo daquele que possui imunidade contra o mal.
Exatamente o que aconteceu com o coroável e excelso Benfeitor Espiritual, Bezerra de Menezes, cognominado de “Médico dos Pobres”, conforme consta na sua obra A Loucura Sob Novo Prisma (edição FEB), escrito quando ainda encarnado. Um dos filhos de Bezerra, precisamente o que estudava medicina, foi acometido de uma tenaz obsessão, chegando a ser diagnosticado, de início, doença mental de grande expressão.
Em uma reunião de desobsessão, o Espírito não esclarecido dirigiu-se a Bezerra, declarando-lhe: – “Não posso fazer-te o que a ele faço, porque és mais adiantado; mas castigo-te indiretamente na pessoa do teu filho amado…”. Portanto, o Espírito maléfico não podendo entrar em sintonia vibratória com Bezerra para prejudicá-lo, agiu de forma insinuosa sobre um ser mais fraco, sabendo que iria causar sofrimento no pai.
A aflição vivenciada pelo filho foi importante para sua reeducação espiritual. Ele necessitava receber a lição necessária para o seu despertamento evolutivo. Colhe-se o que se planta. Por ter infringido as Leis de Deus, em transata experimentação física, passou pela expiação indispensável ao seu crescimento espiritual.
Importante ressaltar que, na questão 474 de “OLE” (O Livro dos Espíritos), é alertado que “a dominação espiritual inferior não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la”. Ao mesmo tempo, enfatiza a respeito de muitos casos de doença mental e de epilepsia não terem etiologia obsessiva. Realmente, nem todo distúrbio psíquico é causado pela ação espiritual; contudo, os quadros mentais são muito agravados pelo processo obsessivo.
Importante frisar que muitas são as criaturas terrenas que sofrem o assédio de maus espíritos, os quais são, infelizmente, evocados para a empreitada maléfica por pessoas adversárias. Uma ação perniciosa para prejudicar o próximo, iniciada por indivíduo perverso, buscando ajuda espiritual inferior, estando os dois em simbiose tenebrosa, em conluio regido pelas sombras. Se a Justiça Divina que é regida na própria consciência de cada um foi transgredida, o réu torna-se suscetível ao assédio espiritual trevoso.
A questão 549 de “OLE” versa a respeito da existência da “magia negra”, dizendo que “uma natureza má simpatiza com Espíritos maus. Por exemplo: queres atormentar o teu vizinho e não sabes como fazê-lo; chamas então os Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal; e para te ajudar querem também que os sirva com seus maus desígnios.
Mas disso não se segue que o teu vizinho não possa se livrar deles, por uma conjuração contrária ou pela sua própria vontade. Aquele que deseja cometer uma ação má, pelo simples fato de o querer chama em seu auxílio os maus Espíritos, ficando obrigado a servi-los como eles o auxiliam, pois eles também necessitam dele para o mal que desejam fazer. É somente nisso que constitui o pacto”.
Bem enfatizado pelos Instrutores Espirituais que somente sofrem o assédio inferior os que estão suscetíveis, exatamente os que estão sintonizados com os agentes perniciosos. O sofrimento sentido, sem rebeldia, com resignação, se constituirá em mais um impulso, mais um empurrão, no sentido de ser galgado um degrau acima, diante da evolução.
Felizmente, tudo está sob controle divino. Apenas padece pelo cerco espiritual não esclarecido o ser comprometido com a desarmonia vibratória dentro de si, em desacordo com a Lei. Seria injusto que um indivíduo, sem a obrigatoriedade de sofrer os mecanismos da prova e da expiação, seja atingido pelos dardos da obsessão.
A Harmonia Divina paira por todo o micro e macrocosmo; portanto, o indivíduo em sintonia com a essência divina (“O Reino de Deus”) dentro de si, não sofrerá qualquer assédio trevoso, por não haver receptividade com a vibração emanada de uma fonte inferior. Logo, em não havendo acolhida, não haverá lesão. Os que não estão suscetíveis ao mal, são amparados naturalmente pela Justiça Divina.
Nos casos de comprometimento espiritual, buscando a dissintonia do processo pernicioso, a ação benfazeja dar-se-á através de uma conjuração contrária àquela que foi usada na magia negra, utilizando-se do processo esclarecedor da desobsessão , nos arraiais espíritas e nos trabalhos feitos ou desmanches, nos terreiros de Umbanda.
Corroborando a presença divina, amparando os Espíritos já trilhando o caminho luarizado, a questão 551 de “OLE” é bem contundente e deve ser examinada dentro de todo o contexto de “OLE”, nunca de forma isolada. Allan Kardec pergunta se alguém poderia fazer mal ao seu próximo, com auxílio de um Espírito mau que lhe fosse devotado. A resposta é bem consoladora e justa: – “Não, Deus não o permitiria”.
Os Benfeitores Espirituais da Codificação, na Q. 557 de “OLE”, fornecem a seguir uma informação bem esclarecedora, assinalando em que oportunidade não há consentimento por parte da Divindade do assédio espiritual inferior: – “Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere”.
Portanto, não há contradição, a Questão 551 deve ser entendida que o Pai Amado, Criador de todas as coisas, somente não tolera a chamada maldição justa, isto é, quando o ser merece passar pelo mal da obsessão. Ainda na resposta da Q. 557 de “OLE”, diz a Espiritualidade Superior: “Jamais a bênção e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece”.
Se tudo fosse permitido aos seres trevosos do Além, as reuniões familiares, as competições esportivas, o aprendizado escolar, as atividades do trabalho, a prática religiosa; enfim, a vida em plenitude do ser humano estaria comprometida pela obsessão e ninguém poderia se manter em paz, em concórdia, em harmonia.
Para quem é fraterno com o semelhante, possui uma conduta reta, estando situado em posição espiritual positiva, vivencia o Evangelho de Jesus e está quite com a Lei Divina, o assédio espiritual inferior não se estabelece, devido a uma imunidade natural que reflete proteção e se irradia do ser. Consequentemente, pode-se afirmar que Deus, realmente, protege esse indivíduo e não permite que o mal se estabeleça. Nada pode fazer o Espírito maléfico naquilo que o Criador não concede. Somente os que infringem as Leis Divinas se tornam receptivos aos ataques desferidos pelos sombrios magos ou feiticeiros do Além.
Muito importante o ensinamento da questão 552 de “OLE”, quando o excelso mestre da Codificação Espírita aborda os Instrutores da Dimensão Extrafísica, assim perguntando: – “Que se deve pensar da crença no poder que certas pessoas teriam de enfeitiçar? ”Na resposta, a Espiritualidade afirma: – “Algumas pessoas dispõem de grande força magnética, de que podem fazer mau uso”. Portanto, é necessário, na produção da magia, o uso vigoroso da força mental, fixando-a com firmeza naquilo que se deseja alcançar.
CORREIO ESPÍRITA | Américo Domingos Nunes Filho
Fonte: Chico de Minas Xavier

terça-feira, 6 de março de 2018

“OBSESSÃO NOS GRUPOS ESPÍRITAS”

Os falsos profetas não se encontram unicamente entre os encarnados. Há os também, e em muito maior número, entre os Espíritos orgulhosos que, aparentando amor e caridade, semeiam a desunião e retardam a obra de emancipação da Humanidade,
lançando lhe de través seus sistemas absurdos, depois de terem feito que seus médiuns os aceitem.
E, para melhor fascinarem aqueles a quem desejam iludir, para darem mais peso às suas teorias, se apropriam sem escrúpulo de nomes que só com muito respeito os homens pronunciam.
São eles que espalham fermento dos antagonismos entre os grupos, que os impelem a isolarem-se uns dos outros e a olharem-se com prevenção.
Isso por si só bastaria para os desmascarar, pois, procedendo assim, são os primeiros a dar o mais formal desmentido às suas pretensões.
Cegos, portanto, são os homens que se deixam cair em tão grosseiro embuste.
Mas, há muitos outros meios de serem reconhecidos. Espíritos da categoria em que eles dizem achar-se têm de ser não só muito bons, como também eminentemente racionais.
Pois bem: passai-lhes os sistemas pelo crivo da razão e do bom senso e vede o que restará.
Convinde, pois, comigo, em que, todas as vezes que um Espírito indica, como remédio aos males da Humanidade ou como meio de conseguir-se a sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas; quando formula um sistema que as mais rudimentares noções da Ciência contradizem, não pode ser senão um Espírito ignorante e mentiroso.
Por outro lado, crede que, se nem sempre os indivíduos apreciam a verdade, esta é apreciada sempre pelo bom senso das massas, constituindo isso mais um critério.
Se dois princípios se contradizem, achareis a medida do valor intrínseco de ambos, verificando qual dos dois encontra mais ecos e simpatias.
Fora, com efeito, ilógico admitir-se que uma doutrina cujo número de adeptos diminua progressivamente seja mais verdadeira do que outra que veja o dos
seus em continuo aumento.
Querendo que a verdade chegue a todos, Deus não a confina num círculo acanhado: fá-la surgir em diferentes pontos, a fim de que por toda a parte a luz esteja ao lado das trevas.
Repeli sem condescendência todos esses Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a separação e o insulamento.
São quase sempre Espíritos vaidosos e medíocres, que procuram impor-se homens fracos e crédulos, prodigalizando-lhes exagerados louvores, a fim de os fascinar e de tê-los dominados.
São, geralmente, Espíritos sequiosos de poder e que, déspotas públicos ou nos lares, quando vivos, ainda querem vítimas para tiranizar depois de terem morrido.
Em geral, desconfiai das comunicações que trazem um caráter de misticismo e de singularidade, ou que prescrevem cerimônias e atos extravagantes. Há sempre, nesses casos, motivo legítimo de suspeição.
Estai certos, igualmente, de que quando uma verdade tem de ser revelada aos homens, é, por assim dizer, comunicada instantaneamente a todos os grupos sérios, que dispõem de médiuns também sérios, e não a tais ou quais, com exclusão dos outros.
Nenhum médium é perfeito, se está obsediado; e há manifesta obsessão quando um médium só é apto a receber comunicações de determinado Espírito, por mais alto que este procure colocar-se.
Conseguintemente, todo médium e todo grupo que considerem privilégio seu receber as comunicações que obtêm e que, por outro lado, se submetem a práticas que
tendem para a superstição, indubitavelmente se acham presas de uma obsessão bem caracterizada, sobretudo quando o Espírito dominador se pavoneia com um nome
que todos, encarnados e desencarnados, devem honrar e respeitar e não permitir seja declinado a todo propósito.
É incontestável que, submetendo ao crivo da razão e da lógica todos os dados e todas as comunicações dos Espíritos, fácil se torna rejeitar a absurdidade e o erro.
Pode um médium ser fascinado, e iludido um grupo; mas, a verificação severa a que procedam os outros grupos, a ciência adquirida, a alta autoridade moral dos diretores
de grupos, as comunicações que os principais médiuns recebam, com um cunho de lógica e de autenticidade dos melhores Espíritos, justiçarão rapidamente esses ditados mentirosos e astuciosos, emanados de uma turba de Espíritos mistificadores ou mau
-Erasto, discípulo de São Paulo. (Paris, 1862,)
Fonte: ESPIRIT BOOK

segunda-feira, 5 de março de 2018

"ESPIRITO REVELA COMO FOI SEU DESENCARNE"


“QUANDO DESENCARNAMOS TEMOS A CONSCIÊNCIA DE NOSSO ESTADO?

Apesar de já ter desencarnado inúmeras vezes, pensar na morte ainda demonstra algumas características errôneas de um possível fim. A despedida inesperada com uma sensação de adeus perpétuo e não um simples até logo.
O estado de perturbação espiritual, principalmente após uma morte violenta, pode fazer com que o espírito não entenda os acontecimentos, nem recobre a memória, e pior, fazer com que o espírito viva situações criadas pela sua consciência, como se estivesse encarnado.
O conto abaixo retrata a história de Mateus e sua mentora espiritual Clarissa. Em um ambiente alegórico, criado pela consciência de Mateus, ambos irão refletir sobre a passagem do jovem, onde o espírito guia irá ajudar o recém desencarnado a sair do estado de perturbação espiritual.
A Estação
-Mateus?
Foi no instante em que percebeu a realidade. Seu nome ecoava ante a grande arquitetura. Uma estação de trem executada em aço e vidro dava a forma exuberante, a transparência e luminosidade, fatores que compunham a paz envolta pelo leve som dos ventos nas árvores do entorno.
-Olá, Mateus.
A mulher sentou-se ao lado do jovem. Eles estavam em um banco de ferro num tom de azul claro, ornamentado em espiral nas extremidades do banco.
-Clarissa, prazer.
Mateus continuava confuso, olhou para o telhado da estação. As ferragens transformavam o topo do prédio em vários triângulos. Com os vidros, a claridade do sol invadia cada canto do enorme e limpo galpão.
A estação se manteve vazia desde que o garoto pôde perceber sua presença naquele banco. Olhava para todos os detalhes expressando sua característica de observador.
Reparou também em suas roupas brancas e leves, material similar ao das roupas de Clarissa que vestia uma túnica com detalhes em dourado. Notou então que deixava de usar sua camiseta e calça que estava antes.
-O que faço nesta estação, Clarissa? -Pela primeira vez durante todo o tempo daquela cena, Mateus se pronunciou. 
-Eu sou uma amiga e vim te acompanhar nesta viagem.
O olhar de Mateus ainda estava penetrante, porém, perdido em seus próprios pensamentos. Sua confiança em Clarissa aumentava a cada instante que estavam um perto do outro.
-Vamos pegar um trem e viajar? Qual será o destino?
Clarissa tocou na mão de Mateus, se aproximou e com sua voz suave e serena perguntou:
-Você não se lembra do acidente?
O toque de auxílio e as palavras foram como um gatilho para a memória de Mateus. Em flashes, as imagens surgiram em sua mente. Mateus morrera em um acidente de carro na viagem que fazia para visitar seus tios e primos do interior.
O jovem pôs-se a chorar de forma intensa e seus pensamentos ficaram agitados. Os ventos que balançavam as copas das árvores ficaram mais agressivos, nuvens escuras tamparam a iluminação em instantes e o único brilho da estação era o emanado por Clarissa em seus pontos dourados.
-Mateus, acalme-se. Eu estarei aqui com você, da maneira que estive em silêncio por toda a sua vida como o menino Mateus.
Aos poucos Clarissa foi acalmando o espírito recém desencarnado e a paz retornou a estação de trem.
-Quem é você, Clarissa?
-Eu sou sua mentora, como uma tutora espiritual. Eu te auxilio a algum tempo, e nesta encarnação estivemos mais próximos.
Agora a situação começara a fazer mais sentido para Mateus que lembrara de alguns ensinamentos ao ouvir a palavra encarnação.
-Minha família é espírita. – Aquela afirmação era praticamente a aceitação de seu estado. – Então eu morri, não é mesmo? Eu desencarnei, Clarissa.
É comum, no estado de perturbação espiritual, o espírito recém desencarnado demorar para recobrar a memória e a plena consciência de seu atual estado. Quando a energia de Mateus se estabeleceu, Clarissa, sua mentora, pode se aproximar do espírito do jovem que tinha sofrido de um desencarne rápido, porém violento.
-Se eu desencarnei, onde eu estou?
A pergunta do jovem era pertinente em relação aos fatos decorrentes de seu desencarne.
Estavam indo viajar Mateus e sua irmã, eles iriam passar as férias de verão na fazenda de seus tios no interior. Quando seus pais o levavam para a estação de trem, um carro desgovernado bateu no veículo da família. Todos os envolvidos ficaram levemente feridos, exceto Mateus que desencarnara no mesmo instante. Quando os paramédicos chegaram, constataram sua morte.
O espírito de Mateus acompanhou todo o processo do luto de sua família, assim como seu enterro, sem perceber que estava se tratando de si próprio e os dias que sucederam o acidente foram horríveis, principalmente para sua irmã.
Mateus ainda pensava na viagem, na casa de seus tios e primos e no trem que pegariam para a cidade do interior. O espírito do jovem de 21 anos de idade ficará condicionado no estado de perturbação espiritual de sua consciência a tal modo que Mateus sentou na estação e lá esperou até aquele momento, até o chamado de sua mentora Clarissa.
-Você está esperando o trem Mateus. Eu vim ajudar em seu embarque.
-Para onde nós vamos Clarissa? Vou ver meus pais?
No fundo o jovem sabia que não os veria por um tempo, e também sentia que precisava de ajuda e estar perto de sua mentora o fazia bem.
-Você lembra de sua avó Teresa? Ela disse que está com saudades.
-Vó Tereza.
O sorriso de Mateus não apenas despertava esperanças em Clarissa de resgatá-lo, mas as lembranças de sua avó fizeram com que a estação começasse a virar luz. Os vidros começaram a cair e ao se chorarem com o chão se transformavam em radiantes feixes de luz.
Cada estrutura destruída era uma luz ou um esclarecimento a mais dentro do espírito de Mateus. Era possível ver mais de perto as árvores e ouvir o vento em cada folha tremulando nos galhos. Essa barulho foi breve. O apito do trem se aproximava, cada vez mais perto, cada vez mais forte.
Quando a última estrutura metálica da estação caiu nos pés dos espíritos, eles se levantaram, e assim como a peça destruída o banco de desfez em luz e calor. Foi questão de instantes, um breve olhar. O trem estava lá, como ele esperava.
As portas dos vagões se abriram. A Maria-Fumaça dera o apito de parada. Clarissa estendeu as mãos ao trem mostrando à Mateus. Quando ele olhou, seguindo a mão de sua mentora, pode ver a capa branca esvoaçada em meio ao cenário de luz.
Depoimento de um fumante após o seu desencarne?
Mateus correu para o abraço de sua avó. Ambos pouparam as palavras, pois apenas sentiam. 
Clarissa os envolveu em seu braços. O amor transbordando em energia luminosa e acalmava aquele cenário. Foi quando a mentora, olhando para o jovem, disse:
– Podemos ir Mateus. Seu Trem Chegou.
Os espíritos subiram no vagão. As portas se fecharam e o trem apitou três vezes. Sua partida foi magistral em meio as árvores e a luz que envolvia a passagem do jovem Mateus para o plano espiritual com o auxílio de sua mentora e de sua avó.
TV MUNDO MAIOR | Ricardo Guelfi de Souza
Fonte: Chico de Minas Xavier

domingo, 4 de março de 2018

"QUEM SÃO OS SEUS PROTETORES ESPIRITUAIS? COMO OS ESPÍRITOS PROTETORES AGEM EM SUA VIDA?"

Em nos reportando aos benfeitores celestiais, não nos esqueçamos dos protetores terrestres.
Muita gente espera, levianamente, a proteção dos anjos, quando ainda não sabe nem mesmo apreciar o esforço enobrecente dos homens de bem.
Sem dúvida, mais tarde, alcançaremos o paraíso…
Todavia, por agora, é preciso vencer os degraus que nos separam da glória divina.
Como os espíritos protetores agem em sua vida?
Esses degraus jazem colocados à disposição dos nossos impulsos de melhoria, de regeneração, de auto aprimoramento.
Aqui, permanece simbolizado num pai afetuoso, que nos convida ao altar da consciência reta; além, é um coração maternal, que nos induz à bênção da sublimação pelo amor e pelo sacrifício…
Acolá, é um diretor de trabalho, aparentemente austero, que nos conclama, pelo exemplo, ao soerguimento de nossa dignidade pessoal no dever bem cumprido; mais além, é um amigo supostamente áspero, que nos compele ao desempenho das obrigações contraídas.
Subir ao Céu não representa caminhar sob chuvas de flores.
O trilho do próprio Cristo, para o Alto, terminou na cruz que lhe antecipou a imperecível ressurreição.
Não te imobilizes, desse modo, na oração ociosa ou na fé inoperante, acreditando que os Mensageiros do Amor te assinalem as rogativas nascidas, muitas vezes, do propósito de conforto prematuro ou de lamentável insubmissão.
Lembra-te de que as Leis do Senhor estão refletidas, tanto quanto nos permite a evolução já alcançada, nas leis humanas que os dirigem os movimentos, e aprendamos a reconhecer, nos lidadores do trabalho construtivo e nos missionários do bem, os respeitáveis instrutores que nos compete, não somente admirar, mas assimilar e seguir.
Recordemos que, na hierarquia real da vida, jamais inverteremos a ordem que nos rege os destinos.
Ouçamos atenciosamente os benfeitores terrestre, a fim de merecermos contato com os orientadores celestiais.
Sem dever corretamente atendido, não há direito consolidado.
Sem criaturas de bem, não há bem para as criaturas.
O primeiro passo para a conquista do Céu, há de ser dado por nós, na Terra, e, por isso, antes de reclamar o socorro dos anjos, imitemos, cada dia, os grandes trabalhadores da prosperidade comum, que formam, na Humanidade, os padrões vivos do bem, na vanguarda do progresso e da luz.

EMMANUEL | Chico Xavier
Fonte: Chico de Minas Xavier

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...