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terça-feira, 31 de julho de 2018

"MÉDICOS ESPIRITUAIS: COMO ELES NOS AJUDAM?"

Muitas vezes, por imaginarmos o Mundo dos Espíritos imaterial ou muito fluido e etéreo, pensamos que as técnicas e procedimentos médicos sejam bem diferentes daqueles que conhecemos aqui na Terra. No entanto, não podemos perder de vista que nosso mundo é uma cópia mal feita do que existe depois da morte. O que temos por aqui em termos de tratamento e procedimentos médicos, há muito tempo já é usado lá. O progresso material segue o Espiritual que lhe serve de matriz original.
No livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, temos os seguintes esclarecimentos a respeito desse intrigante assunto. Vejamos.
Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Muitas vezes, por imaginarmos o Mundo dos Espíritos imaterial ou muito fluido e etéreo, pensamos que as técnicas e procedimentos médicos sejam bem diferentes daqueles que conhecemos aqui na Terra. No entanto, não podemos perder de vista que nosso mundo é uma cópia mal feita do que existe depois da morte. O que temos por aqui em termos de tratamento e procedimentos médicos, há muito tempo já é usado lá. O progresso material segue o Espiritual que lhe serve de matriz original.
No livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, temos os seguintes esclarecimentos a respeito desse intrigante assunto. Vejamos.
Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspeções instrumentais e laboratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.
Curial, portanto, é que o médico espiritual se utilize ainda, de certa maneira, da medicação que vos é conhecida, no socorro aos desencarnados em sofrimento, porque, mesmo no mundo, todo remédio da farmacopeia humana, até certo ponto, é projeção de elementos quimio-elétricos sobre agregações celulares, estimulando-lhes as funções ou corrigindo-as, segundo as disposições do desequilíbrio em que a enfermidade se expresse.
Contudo, é imperioso reconhecer que na Esfera Superior o médico não se ergue apenas com o pedestal da cultura acadêmica, qual ocorre frequentemente entre os homens, mas sim também com as qualidades morais que lhe confiram valor e ponderação, humildade e devotamento, visto que a psicoterapia e o magnetismo, largamente usados no plano extrafísico, exigem dele grandeza de caráter e pureza de coração.
Resumindo para melhor compreensão:
1-Usam medicamentos;
2-Fazem exames com aparelhos sofisticados, que provavelmente teremos no futuro aqui na Terra;
3-A psicoterapia é muito utilizada;
4-Magnetismo (passes, transfusão de energias);
5-Os médicos são preparados espiritual e moralmente;
6-algumas doenças, porque arraigadas no períspirito, somente desaparecerão após nova reencarnação, quando poderão ser expurgadas pelo corpo físico.
As cirurgias promovidas pelos médiuns de cura aqui na Terra (auxiliados pelos médicos e benfeitores espirituais), ocorrem acordo com o descrito acima também. As doenças com origens em lesões no períspirito sendo eliminadas, advém, em seguida, a cura do corpo físico.
Esclarecem os amigos espirituais, igualmente, que os tratamentos e cirurgias realizados aqui na Terra em nosso corpo físico nos hospitais terrestres, podem auxiliar sobremaneira na cura definitiva das doenças enraizadas no períspirito. Trata-se de uma via de duas mãos. Acima de tudo, está o merecimento do paciente que se dá através do aprendizado e progresso.
Bibliografia:
Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – pelo Espírito André Luiz


segunda-feira, 30 de julho de 2018

"O NASCIMENTO DA OBSESSÃO "


Toda obsessão tem apenas uma causa: a falta de evolução moral do obsidiado. Por mais que se tente encontrar outro fator que possa desencadear o ataque dos espíritos obsessores, chegaremos sempre à conclusão que o ser obsidiado é que deu ensejo ao início do processo obsessivo, exclusivamente, pela ausência da evolução moral.
Conforme é sabido, a obsessão é uma via de mãodupla. Jamais se pode dizer que o obsidiado é uma vítima do obsessor. O que há é uma correspondência de sentimentos, um apego energético, uma co-dependência entre os seres que estão se maltratando um ao outro.
Por essa razão, o Evangelho do Cristo ainda é o remédio mais eficaz para se combater a causa que gera o nascimento de qualquer obsessão. Quando o Mestre nos disse para orarmos e vigiarmos, Ele não estava falando, apenas, uma frase de efeito. Ele estava nos ensinando a evitar esse mal que se agiganta no mundo, chamado obsessão.
Quando o Cristo nos ensinava a perdoar setenta vezes sete vezes (70 x 7 = 490 x 7 = 3.430 x 7 = 24.010 x 7 = 168.070 x 7 = 1.176.490 x 7 = 8.235.430x 7 = 57.648.010 – cinquenta e sete milhões, seiscentos e quarenta e oito mil e dez), Ele queria nos mostrar a grandeza do ato de perdoar, que, seria, por assim dizer, perdoar por infinitas vezes, com a finalidade de evitar que as obsessões tomassem conta do nosso ser e que tivéssemos qualidade de vida.
Essa é a glória do Evangelho. Esses são os ensinamentos do Cristo, nosso modelo e Guia. Se mantivermos a Boa Nova como nossa meta, com certeza iremos escapar de muitas armadilhas obsessivas. Por essa razão, não compensa ficar com medo de ser obsidiado. O que compensa, em verdade, é ter o propósito de cumprir com os ensinamentos do Cristo.
O dia que a humanidade entender de que precisa colocar em prática os mandamentos do Mestre da Galiléia, então, com toda certeza, o mundo estará livre das obsessões. Até lá, vamos sofrendo com todos os percalços que nós mesmos levantamos em nossas vidas e, pelas circunstâncias das coisas, vamos evoluindo muito lentamente.
O certo é que não estamos melhores porque não queremos. O dia que quisermos, vamos conseguir ter uma qualidade de vida ímpar e, nesse tempo, o mundo deixará de ser qualificado como de provas e expiações e passará a ser um mundo de regeneração, onde ainda teremos dor, mas, todavia, nossa qualidade moral será, sem dúvida alguma, muito superior àquela que possuímos atualmente.
Espiritismo Maringá
Fonte: ESPIRIT BOOK

domingo, 29 de julho de 2018

“SUICÍDIO: UMA EPIDEMIA QUE CLAMA POR SOCORRO”

Na manhã nublada do último sábado de janeiro, 27, no Centro Espírita Léon Denis, em Bento Ribeiro, após a leitura da belíssima página de preparo intitulada “Suicidas”, do livro Escrínio de Luz, pelo Espírito Emmanuel, de Francisco Cândido Xavier, o trabalhador espírita Mário Lamha proferiu uma brilhante palestra acerca do “Suicídio”, tema das perguntas 943 a 957 do Livro dos Espíritos.
No clima da orientação consoladora da página de preparo (“Não condenes as vítimas da loucura e do sofrimento que se retiram do mundo pelas portas do suicídio”), Mário convida a todos, entusiasmado, a atentar para um tipo de epidemia que, ao lado da fome, assola o planeta, mas ainda não mobiliza tanto a sociedade quanto a febre amarela: o suicídio.
Lamentavelmente, as estatísticas são “assustadoras” e o próprio orador exemplifica, lembrando dados da Organização Mundial da Saúde, segundo os quais “a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo se mata”, ou seja, 85 pessoas podem ter insurgido contra a própria existência no tempo que durou essa palestra. Isso representa quase 1 milhão de seres humanos se matando no mundo, principalmente jovens, sacerdotes e médicos.
De onde provém o desgosto da vida que se apodera de alguns indivíduos, sem motivos plausíveis?” é a primeira pergunta do grupo de questões do Livro dos Espíritos em que Kardec examina a matéria e, também, o fio com o qual Lamha conduz os nossos pensamentos nos próximos minutos.
Dirigindo-se a um salão lotado, ele declara, em tom bem humorado, que “os Espíritos da Codificação não são politicamente corretos (...) eles falam muito claramente que ‘desgosto da vida’ vem da ociosidade”. Mas explica que “há uma ociosidade que, talvez, seja muito pior”: a prática de atividades para as quais o indivíduo não reúne aptidão, focando apenas o dinheiro. “Não fazer o que gosta é terrível, frustrante”, comenta, ainda que “essa não utilização das nossas aptidões naturais, a falta de um sentido da vida seja uma das grandes dificuldades do ser humano” desde que nos transformamos em Homo sapiens 350 000 anos atrás.
Por isso, acrescenta que “nós estamos evoluindo”. Tudo está ajustado à nossa capacidade e o que nos acontece são desafios evolutivos, estímulos para agir. Logo, se existe vacina para a febre amarela, também há vacinas para doenças espirituais como o suicídio, o qual corresponde a uma inadequação à vida, adverte o conferencista.
E, emocionado, conclui: “Jesus é para os doentes” e a Doutrina Espírita é terapia preventiva, oportunidade para evoluir; é profilaxia para resistir às tentações, sem nos entregar, como leciona Emmanuel, “ao cansaço ou ao desalento, na solução dos problemas que te afligem a marcha”.

Nesse esforço, como defende o confrade Mário Lamha, “a dor faz parte do processo”. Porque também é educadora.
Por Vagner Lúcio de Lima | professor e jornalista
Fonte Correio Espírita
vagnerdelima@gmail.com



*O Centro Espírita Léon Denis está localizado na rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, RJ.


sábado, 28 de julho de 2018

“CAUSAS DAS AFLIÇÕES E SOFRIMENTOS QUE TRAZEMOS DE OUTRAS REENCARNAÇÕES.”,

Mas se há males, nesta vida, de que o homem é a própria causa, há também outros que, pelo menos em aparência, são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por fatalidade. Assim, por exemplo, a perda de entes queridos e dos que sustentam a família. Assim também os acidentes que nenhuma previdência pode evitar; os revezes da fortuna, que frustram todas as medidas de prudência; os flagelos naturais; e ainda as doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiota, a imbecilidade etc.
Os que nascem nessas condições, nada fizeram, seguramente, nesta vida, para merecer uma sorte triste, sem possibilidade de compensação, e que eles não puderam evitar, sendo impotentes para modificá-las e ficando à mercê da comiseração pública. Por que, pois, esses seres tão desgraçados, enquanto ao seu lado, sob o mesmo teto e na mesma família, outros se apresentam favorecidos em todos os sentidos?
Que dizer, por fim, das crianças que morrem em tenra idade e só conheceram da vida o sofrimento? Problemas, todos esses, que nenhuma filosofia resolveu até agora, anomalias que nenhuma religião pode justificar, e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, segundo a hipótese da criação da alma ao mesmo tempo em que o corpo, e da fixação irrevogável da sua sorte após a permanência de alguns instantes na Terra.
Que fizeram elas, essas almas que acabam de sair das mãos do Criador, para sofrerem tantas misérias no mundo, e receberem, no futuro, uma recompensa ou uma punição qualquer, se não puderam seguir nem o bem nem o mal?
Entretanto, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, essas misérias são efeitos que devem ter a sua causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa.
Ora a causa sendo sempre anterior ao efeito, e desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. Por outro lado, Deus não podendo punir pelo bem o que se fez, nem pelo mal que não se fez, se somos punidos, é que fizemos o mal. E se não fizemos o mal nesta vida, é que o fizemos em outra. Esta é uma alternativa a que não podemos escapar, e na qual a lógica nos diz de que lado está à justiça de Deus.
O homem não é, portanto, punido sempre, ou completamente punido, na sua existência presente, mas jamais escapa às conseqüências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea, e se ele não expia hoje, expiará amanhã, pois aquele que sofre está sendo submetido à expiação do seu próprio passado.
A desgraça que, à primeira vista, parece imerecida, tem portanto a sua razão de ser, e aquele que sofre pode sempre dizer: “Perdoai-me, Senhor, porque eu pequei”.
Os sofrimentos produzidos por causas anteriores são sempre, como os decorrentes de causas atuais, uma conseqüência natural da própria falta cometida. Quer dizer que, em virtude de uma rigorosa justiça distributiva, o homem sofre aquilo que fez os outros sofrerem.
Se ele foi duro e desumano, poderá ser, por sua vez, tratado com dureza e desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer numa condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou se empregou mal a sua fortuna, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer com os próprios filhos; e assim por diante.
É dessa maneira que se explicam, pela "Pluralidade das Existências" e pelo destino da Terra, como mundo expiatório que é, as anomalias da distribuição da felicidade e da desgraça, entre os bons e os maus neste mundo.
Essa anomalia é apenas aparente, porque só encaramos o problema em relação à vida presente; mas quando nos elevamos, pelo pensamento, de maneira a abranger uma série de existências, compreendemos que a cada um é dado o que merece, sem prejuízo do que lhe cabe no Mundo dos Espíritos, e que a justiça de Deus nunca falha.
O homem não deve esquecer-se jamais de que está num mundo inferior, onde só é retido pelas suas imperfeições. A cada vicissitude, deve lembrar que,se estivesse num mundo mais avançado, não teria de sofrê-la, e que dele depende não voltar a este mundo, desde que trabalhe para se melhorar.
As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos endurecidos, ou demasiado ignorantes para fazerem uma escolha consciente, mas são livremente escolhidos e aceitas pelos Espíritos arrependidos, que querem reparar o mal que fizeram e tentar fazer melhor.
Assim é aquele que, tendo feito mal a sua tarefa, pede para recomeçá-la, a fim de não perder as vantagens do seu trabalho. Essas tribulações, portanto, são ao mesmo tempo expiações do passado, que castigam, e provas para o futuro, que preparam. Rendamos graças a Deus que, na sua bondade, concede aos homens a faculdade da reparação, e não o condena irremediavelmente pela primeira falta.
Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento por que se passa neste mundo seja necessariamente o indício de uma determinada falta; trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo Espírito, para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento.
Assim, a expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação. Mas provas e expiações são sempre sinais de uma inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não precisa ser provado. Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau de elevação, mas querendo avançar mais, solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto mais recompensado, se sair vitorioso quanto mais penosa tiver sido a sua luta.
Esses são, mais especialmente, os casos das pessoas de tendência naturalmente boas, de alma elevada, de sentimentos nobres inatos, que parecem nada trazer de mal de sua precedente existência, e que sofrem com resignação cristã as maiores dores, pedindo forças a Deus para suportá-las sem reclamar. Podem-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam reclamações e levam à revolta contra Deus.
O sofrimento que não provoca murmurações pode ser, sem dúvida, uma expiação, mas indica que foi antes escolhido voluntariamente do que imposto; é a prova de uma firme resolução, o que constitui sinal de progresso.
Os Espíritos não podem aspirar à perfeita felicidade enquanto não estão puros; toda mancha lhes impede a entrada nos mundos felizes.
Assim acontece com os passageiros de um navio tomado pela peste, aos quais fica impedida a entrada numa cidade, até que estejam purificados. É nas diversas existências corpóreas que os Espíritos se livram, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provas da vida fazem progredir, quando bem suportadas; como expiações, apagam as faltas e purificam; são o remédio que limpa a ferida e cura o doente, e quanto mais grave o mal, mais enérgico deve ser o remédio.
Aquele, portanto, que muito sofre, deve dizer que tinha muito a expiar e alegrar-se de ser curado logo. Dele depende, por meio da resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não perder os seus resultados por causa de reclamações, sem o que teria de recomeçar.

Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro


sexta-feira, 27 de julho de 2018

"MARAVILHOSA EXPLICAÇÃO DO QUE É BÔNUS-HORA, OU HORAS DE SERVIÇO AO PRÓXIMO, MOSTRANDO A ETERNA CONTINUIDADE DA VIDA..."

Notando que a senhora Laura entristecera subitamente ao recordar o marido, modifiquei o rumo da palestra, interrogando: - Que me diz do Bônus-Hora? Trata-se de algum metal amoedado? Minha interlocutora perdeu o aspecto cismativo, a que se recolhera, e replicou, atenciosa: - Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo. - Aquisitivo? - perguntei abruptamente. - Explico-me - respondeu a bondosa senhora -; em "Nosso Lar" a produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. Há serviços centrais de distribuição na Governadoria e departamentos do mesmo trabalho nos Ministérios. O celeiro fundamental é propriedade coletiva.
Ante meu gesto silencioso de espanto, acentuou:
- Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos.
Cada habitante de "Nosso Lar" recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas na comunidade social.
O espírito que ainda não trabalha, poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que cooperem podem ter casa própria.
O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça; compreendeu?
Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou o contacto de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral.
Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação. Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui.
Os programas de trabalho, porém, são numerosos e a Governadoria permite quatro horas de esforço extraordinário, aos que desejem colaborar no trabalho comum, de boa-vontade.
Desse modo, há muita gente que consegue setenta e dois "Bônus-Hora", por semana, sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é duplicada e, às vezes, triplicada.
- Mas, é esse o único título de remuneração? - perguntei.
- Sim, é o padrão de pagamento a todos os colaboradores da colônia, não só na administração, como também na obediência.
Lembrando as organizações terrestres, indaguei, espantado:
- Todavia, como conciliar semelhante padrão com a natureza do serviço? O administrador ganhará oito bônus-hora na atividade normal do dia, e o operário do transporte receberá a mesma coisa? Não é o trabalho do primeiro mais elevado que o do segundo?
A senhora sorriu à pergunta e explicou:
- Tudo é relativo. Se, na orientação ou na subalternidade, o trabalho é de sacrifício pessoal, a expressão remunerativa é justamente multiplicada.
Examinando, porém, mais detidamente a sua pergunta, precisamos, antes de mais nada, esquecer determinados prejuízos da Terra.
A natureza do serviço é problema dos mais importantes; contudo, na própria esfera da crosta é que o assunto apresenta solução mais difícil.
A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana. Por isso mesmo, é imprescindível fixar as remunerações terrestres com maior atenção.
Todo o ganho externo do mundo é lucro transitório. Vemos trabalhadores obcecados pela questão de ganhar, transmitindo fortunas vultosas à inconsciência e à dissipação; outros amontoam expressões bancárias que lhes servem de martírio pessoal e de ruína à família.
Por outro lado, é indispensável considerar que setenta por cento dos administradores terrenos não pesam os deveres morais que lhes competem, e que a mesma porcentagem pode ser adjudicada a quantos foram chamados à subordinação.
Vivem, quase todos, a confessar ausência do impulso vocacional, recebendo embora os proventos comuns aos cargos que ocupam.
Governos e empresas pagam a médicos que se entregam à exploração de interesses outros e a operários que matam o tempo. Onde, aí, a natureza de serviço?
Há técnicos de indústria econômica, que nunca prezaram integralmente a obrigação que lhes assiste e valem-se de leis magnânimas, à maneira de moscas venenosas no pão sagrado, exigindo abonos, facilidades e aposentadorias.
Creia, porém, que todos pagarão muito caro a displicência. Parece ainda distante o tempo em que os institutos sociais poderão determinar a qualidade de serviço dos homens, porque, para o plano espiritual superior, não se especificará teor de trabalho, sem a consideração dos valores morais despendidos.
Essas palavras despertavam-me para concepções novas.
Percebendo-me a sede de instrução, a interlocutora continuou:
- O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-hora, em nossa organização, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos nossos serviços.
No Ministério da Regeneração, temos o Bônus-Hora-Regeneração; no Ministério do Esclarecimento, o Bônus-Hora-Esclarecimento, e assim por diante.
Ora, examinando o provento espiritual, é razoável que a documentação de trabalho revele a essência do serviço.
As aquisições fundamentais constituem-se de experiência, educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades. Nesse prisma, os fatores assiduidade e dedicação representam, aqui, quase tudo.
Em geral, em nossa cidade de transição, a maioria prepara-se com vistas à necessidade de regresso aos círculos carnais.
Examinando esse princípio, é natural que o homem que empregou cinco mil horas, em serviços regeneradores, tenha efetuado esforço sublime, a benefício de si mesmo; o que despendeu seis mil horas de atividade, no Ministério do Esclarecimento, estará mais sábio.
Poderemos gastar os bônus-hora conquistados; entretanto, é mais valioso ainda o registro individual da contagem de tempo de serviço útil, que nos confere direito a preciosos títulos.
Semelhantes instruções interessavam-me profundamente.
- Poderemos, porém, gastar nossos bônus-hora a favor dos amigos? - indaguei curioso.
- Perfeitamente - disse ela -; poderemos repartir as bênçãos de nosso esforço com quem nos aprouver. Isto é direito inalienável do trabalhador fiel.
Contam-se por milhares as pessoas favorecidas em "Nosso Lar", pela movimentação da amizade e do estímulo fraternal.
A essa altura, a genitora de Lisias sorriu e observou:
- Quanto maior a contagem do nosso tempo de trabalho, maiores intercessões podemos fazer. Compreendemos, aqui, que nada existe sem preço e que para receber é indispensável dar alguma coisa.
Pedir, portanto, é ocorrência muito significativa na existência de cada um. Somente poderão rogar providências e dispensar obséquio os portadores de títulos adequados, entendeu?
- E o problema da herança? - inquiri de repente.
- Não temos aqui demasiadas complicações - respondeu a senhora Laura, sorrindo. Vejamos, por exemplo, o meu caso.
Aproxima-se o tempo do meu regresso aos planos da crosta.
Tenho comigo três mil Bônus-Hora-Auxílio, no meu quadro de economia pessoal. Não posso legá-los a minha filha que está a chegar, porque esses valores serão revertidos ao patrimônio comum, permanecendo minha família apenas com o direito de herança ao lar; no entanto, minha ficha de serviço autoriza-me a interceder por ela e preparar-lhe aqui trabalho e concurso amigo, assegurando-me, igualmente, o valioso auxílio das organizações de nossa colônia espiritual, durante minha permanência nos círculos carnais.
Nesse cômputo, deixo de referir-me ao lucro maravilhoso que adquiri no capítulo da experiência, nos anos de cooperação no Ministério do Auxílio. Volto à Terra, investida de valores mais altos e demonstrando qualidades mais nobres de preparação ao êxito desejado.
Ia prorromper em exclamações admirativas, referentes ao processo simples de ganhar, aproveitar, cooperar e servir, confrontando aquelas soluções com os princípios imperantes no planeta, mas um brando burburinho aproximou-se da casa. Antes que pudesse emitir qualquer observação, a senhora Laura murmurou, satisfeita:
- Nossos queridos estão de volta.
E levantou-se para atender.
Livro: Nosso Lar.

terça-feira, 24 de julho de 2018

"DUVIDAS SOBRE TATUAGENS: PODEMOS FAZE-LAS? COMO FICARÁ O MEU PERISPÍRITO?

Faz algum tempo que recebi, por e-mail, uma dúvida provinda de uma frequentadora de um dos centros espíritas da capital baiana. Dúvida, aliás, sobre um tema que ainda gera um bocado de controvérsias não apenas no movimento espírita mas, também, no seio de outras religiões.
E este tema é tatuagem.
Fazer ou não fazer, eis a questão.
Penso que um dos papéis das religiões é, justamente, proporcionar condições para que seus profitentes tenham uma melhor qualidade de vida, sejam felizes e alcancem o objetivo de serem melhores e mais bem resolvidos consigo mesmos.
Vamos para a dúvida exposta pela frequentadora espírita. Deixei sua pergunta em itálico para facilitar o entendimento. Já minha resposta segue em letra padrão.
P – Estou com uma dúvida, pretendo fazer uma tatuagem pequena, simples e simbólica para mim. Minha mãe também fará e gostaria de saber se na espiritualidade isso afeta em alguma coisa? Seremos, eu e minha mãe, punidas por isso?Ficaremos tatuadas no mundo dos Espíritos?
R – Fique tranquila, o problema não é o que estampa o corpo, mas o que está em nossa mente e coração. Não haverá punição alguma, até porque você não transgredirá nenhuma lei natural. Aliás, o espiritismo ensina que Deus não pune, ao contrário, educa. Deus é o maior educador do universo e não trabalha a espalhar cultura de punição. Isto é coisa do homem que, em sua limitação não consegue visualizar a majestosa obra de Deus e, por isso, sai a assustar todo mundo com ideias que não correspondem com a realidade educativa de Deus.
Entretanto, lanço uma reflexão:
Como estão, mente e coração sobre isto? Devemos estar tranquilos quanto as nossas decisões, porquanto tatuagem é coisa séria e, não raro definitiva. Caso você e sua mãe estejam bem resolvidas, digo que as questões morais são as que realmente importam para o Espírito imortal. A tatuagem não transformará você em Espírito bom ou mau, tampouco garantirá sorte ou desdita na vida futura, mas suas atitudes sim.
Quando da desencarnação, o perispírito, em geral, segue a aparência da mais recente encarnação, então pode, se assim o Espírito desejar, trazer em si uma ou mais tatuagens que o caracterizou quando encarnado.  Logo, quando desencarnar você poderá, ainda, ostentar sua tatuagem, mas, repito, se assim o Espírito desejar.
A propósito, vale lembrar que, caso o Espírito queira, o perispírito poderá até tomar “formato” de uma outra encarnação mais antiga.
Recordo-me de ter atendido, certa feita, um Espírito numa reunião mediúnica que me “mostrava” suas tatuagens e pedia, insistentemente, para que eu as apreciasse.
Em sua opinião eram obras primas e ele estava orgulhoso de “tê-las”. Fixado mentalmente nas tatuagens, moldava-as em seu corpo espiritual tal como as possuia em seu veículo físico antes, naturalmente, de sua morte.
Em realidade, se o Espírito se desse conta de que ele pode modelar o seu perispírito a partir de sua vontade e concentração, aquele desencarnado, se assim o desejasse, não teria as tatuagens em seu corpo espiritual, ou teria ainda mais delas. Tudo, portanto, dependeria da vontade do Espírito.
É por ai, o pensamento é para o Espírito o que a mão é para o homem, ou seja, material de trabalho.
Portanto, se a cuca estiver legal, tudo certo e resolvido, você não terá nenhum tipo de problema por fazer uma, duas ou outras tatuagens.
Autor: Wellington Balbo
Fonte: Portal do Espírito







𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...