Seguidores

sexta-feira, 9 de maio de 2014

“REENCARNAR É UMA LEI NATURAL”

"Antes de nascer, a criança já viveu e a morte não é o fim, A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce". (de um papiro egípcio de 5000 anos)

Reencarnação é o retorno sucessivo de um mesmo Espírito à vida em diferentes corpos. Reencarnar é uma lei tão natural quanto nascer, viver ou morrer. 
"Se é assim - poderão perguntar - por que, então, a ciência a desconhece?" O motivo é simples: como tudo o que é humano, o conhecimento científico também é progressivo. A verdade das academias é sempre provisória. Qualquer colegial de hoje considera normais inúmeros fatos que ontem eram totalmente ignorados pelos cientistas: o movimento da Terra, as partículas menores que o átomo, a composição química da água, etc. Diariamente a ciência revê suas teses da véspera. Mas o conhecimento humano só avança através de pesquisa e, em geral, os que negam a teoria da reencarnação jamais a estudaram seriamente. Entretanto, alguns cientistas de renome que a pesquisaram concluíram tratar-se de fato inegável: Thomas Edson (inventor da lâmpada elétrica), William Crookes (famoso físico e químico falecido em 1919), Charles Richet (Prêmio Nobel de Medicina de 1913), e tantos outros. 
Atualmente, muitas universidades já possuem grupos de pesquisa sobre este importante tema. Certamente chegará o dia em que a reencarnação também constará daquela lista progressiva de assuntos "corriqueiros". 
"De onde se origina a certeza dos Espíritas sobre esta questão? Em que se baseiam para a afirmarem com tanta convicção?" 
Estas são perguntas freqüentes e cabíveis. Merecem resposta. 
Cumpre esclarecer, que a reencarnação não foi inventada pelos Espíritas: é uma das idéias mais antigas da Humanidade. Um papiro egípcio de 3000 A.C. já a menciona. Outro, mais recente, denominado "Papiro Anana" (1320 A.C.), diz: "O homem retorna à vida varias vezes, mas não se recorda de suas pretéritas existências, exceto algumas vezes em sonho. No fim, todas essas vidas ser-lhe-ão reveladas." 
Na Grécia clássica, Pitágoras (580 a 496 A.C.); já divulgava o reencarnacionismo. No diálogo Phedon, Platão cita Sócrates (469 a 399 A.C): 
"É. certo que há um retorno à vida, que os vivos nascem dos mortos". Esta mesma certeza consta da maioria das religiões antigas, como o Hinduísmo, Budhismo, Druidismo, etc. "Mas estas são religiões primitivas, não merecem crédito!" - dirão alguns. 
A reencarnação está também na Bíblia. Jeremias (1:4-5): "Foi-me dirigida a palavra do Senhor nestes termos: Antes que eu te formasse no ventre de tua mãe, te conheci; e, antes que tu saísses do seu seio, te santifiquei e te estabeleci profeta entre as nações." Ou, no Novo Testamento: "Digo-vos, porém, que Elias já veio e não o reconheceram." (...) "Então os discípulos compreenderam que (Cristo) lhes tinha falado de João Batista." (Mateus, XVII, 12-13). E ainda: "Não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que nascer de novo." (Jesus, em João, III, 3). 
A convicção dos Espíritas, entretanto, decorre de outras razões: Se entendemos que não existe acaso - pois todo efeito possui uma causa - e se cremos que Deus é Justo, somente a reencarnação explicará as diferenças econômicas, sociais, físicas e morais entre os homens. Somente ela é compatível com o conceito de evolução, também evidente em toda a natureza. É ela que confere sentido à existência humana. E, também, a única explicação racional para o "deja vu", esta sensação comum de já conhecermos pessoas ou lugares que nunca vimos. Além disso, a reencarnação é confirmada universalmente por todos os Espíritos Superiores, assim chamados pela coerência e pela elevação moral e intelectual que demonstram no conjunto de suas mensagens mediúnicas. 
Por outro lado, a hipótese de que tenhamos uma única vida é inteiramente incompatível com a admirável perfeição existente em todo o universo conhecido. A idéia de que, após a morte do corpo, nossas individualidades se percam em um "grande nada" é, esta sim, insustentável, pois a própria ciência já descobriu que "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Assim, se temos tantas evidências à favor da reencarnação, o que nos oferecem contra a mesma? Apenas a simples opinião dos materialistas e de algumas igrejas. Quais os seus argumentos? Ainda não os apresentaram.
Por:Maurício Roriz


Revista Espírita Allan Kardec, nº 37.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

"PORQUE ALLAN KARDEC NÃO CONSIDEROU O ESPIRITISMO UMA RELIGIÃO".?

Kardec, sempre inspirado pelo Espírito de Verdade, na sua vasta obra, jamais considerou o espiritismo como uma religião.
E dizemos mesmo que existiu uma simbiose psíquica perfeita com o Espírito de Verdade, como poderemos ver nas suas "Obras Póstumas", na mensagem dos Espíritos de Setembro de 1863, onde poderemos ler: "... teu cérebro apreende as nossas inspirações com a facilidade com que tu mesmo as percebes. A nossa atuação, principalmente a do Espírito de Verdade, e constante sobre ti e tal que dela não podes esquivar-te." O Espírito de Verdade e o Codificador estavam demasiado conscientes dos graves prejuízos que as religiões realizaram na sociedade ao longo dos séculos. A carga psicológica negativa que exerciam na consciência das criaturas era demasiado pesada, escravizava as consciências em lugar de as libertar. As religiões estavam associadas a intolerância, a dominação e ao proselitismo que levou a muitas violências no esforço de impor aos outros as suas convicções, os seus dogmas de fé; estavam indelevelmente ligadas ao obscurantismo, aos privilégios (a "graça"), ao sobrenatural, ao milagre como derrogação das leis de Deus, as hierarquias sacerdotais que se arrogavam de representantes de Deus na Terra (sempre o "poder"); estavam impregnadas de rituais e outras praticas, quase sempre de caráter exterior; etc.
Todas essas crenças, praticas e estruturas são incompatíveis com a nova doutrina que e profundamente simples, racional e tolerante e que nos diz que a "Fé inabalável e somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade."
Allan Kardec, cinco meses antes do seu pensamento, proferiu na Sociedade Espírita de Paris um discurso em que nos disse por que razão o espiritismo não e uma nova religião. Desse discurso, que se poderá ler integralmente na "Revue", extraímos o seguinte extrato:
"Por que, então, declaramos que o Espiritismo não e uma religião? Porque não ha uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião e inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o publico não veria ai senão uma nova edição, uma variante, se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e privilégios; não separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião publica. Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com o titulo sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral."
Nas suas "Obras Póstumas", Kardec diz-nos o seguinte: "O Espiritismo é uma doutrina filosófica espiritualista. Por isso toca forçosamente nas bases fundamentais de todas as religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas não e uma religião constituída, visto não ter nem culto, nem rito, nem templo e, entre os seus adeptos, nenhum recebeu o titulo de sacerdote ou grão-sacerdote."
E mais, diz-nos que o espiritismo não e incompatível com a ciência, o que não acontece com as religiões: "O Espiritismo marcha de acordo com a Ciência no terreno da matéria: admite todas as verdades que ela comprova, mas onde terminam as investigações desta, prossegue as suas no terreno da espiritualidade."
Destas afirmações do Codificador tornamos a frisar, sempre escoradas no Espírito de Verdade que nunca o deixou de inspirar na sua missão, como já vimos podemos entender em definitivo porque o espiritismo não e mais uma religião e nem o centro espírita um templo religioso, mas sim a casa onde estudamos a doutrina espírita; onde socorremos os doentes da alma, exercitando assim a fraternidade; onde exercitamos a mediunidade de forma responsável, nomeadamente a serviço fraterno dos espíritos materializados e sofredores que necessitam ainda da palavra e ambientes humanos, para serem esclarecidos e amparados; onde, também, aprendemos a orar.
O centro espírita e a escola e o hospital da alma, ao mesmo tempo. O espírito Emmanuel diz-nos que "E a Universidade da alma, onde as lições de Jesus estão empenhadas em nossas mãos."

(Extrato do trabalho "Espiritismo: religião futura ou futuro das religiões", apresentado no II Congresso Nacional de Espiritismo em Portugal e enviado por José Lucas)



(Retirado do Boletim GEAE Número 274 de 06 de Janeiro de 1998)"


quarta-feira, 7 de maio de 2014

"RECEITA PARA SE CONHECER MELHOR"

Deixa por um momento a confusão mental que te acompanha e viaja nos acordes de uma música suave, um piano que hipnotiza, uma flauta que enternece, um violino cigano.
Verás que teu coração desacelera, tua mente procura resgatar algo indefinido, teus sentimentos adormecidos afloram como à procura de reviver momentos inesquecíveis, capturar a luz, prender entre os dedos a sensação mágica de liberdade que o Espírito sente.
Nesse êxtase, tuas lembranças convergem para onde teus sentidos as levam, guiadas por um perfume, um sorriso, uma lágrima, um beijo, um adeus.
Na tela da tua mente ressurgem cenários mágicos nos quais fostes realmente tu mesmo, sem máscaras, sem escudos, sem cálculos.
Descobre-te surpreso com a flor que trazes à mão, com a volta do sorriso que deixastes no passado, com a gentileza que desprendestes ao longo do tempo, com o brilho dos teus olhos, tão parecido com o de uma criança.
Recordas que teus passos eram leves, que não tinha tremores nas mãos, que percebias o perfume das manhãs, o aroma das tardes e as estrelas das noites.
Pode ser que de maneira inconsciente viajes por campos perfumados, enamorado pela vida, levado pela magia do que foste e do que gostarias de ter sido.
Pode ser que chores, cantes, recites versos daquele velho poema que jamais esquecestes.
Quem sabe tomes a mão de alguém imaginário, um ser que represente o teu ideal de amor e com ele dances a canção que te marcou sem te ferir.
Não seria exagero dizer que darias toda tua riqueza para eternizar tais momentos raros nos quais a felicidade está ali, mas acena com aquele ar de “até um dia”.
Na tua viagem compreendes que o mundo é bom, sentes a presença vigorosa de Deus, entendes, enfim a tua destinação.
Descobres o que Jesus disse ao anunciar que o reino de Deus está dentro de cada um, pois em tua viagem não saístes do lugar em que estavas. Apenas tivestes paciência e sabedoria para visitar o salão onde guardas teus maiores tesouros: teu coração.
Convidar-te-á o anjo que te levou, a repetir sempre a mesma experiência, pois tudo estará ali a tua espera no reino onde és senhor.
Somente quando a música cessar é que terás a sensação de que perdestes algo precioso. Sentirás saudade de ti mesmo, de como eras, de algo que há pouco te fazia meio homem, meio anjo.
Mesmo com esforço não conseguirás descrever o que sentistes, pois as palavras, ternura, afago, acolhimento, felicidade, são pobres diante da grandiosidade do que vivestes.
Se fores sábio construirás um barco a vela e tomarás a poesia como bússola para retornares ao reino de Deus que está em ti.
Se fores ingênuo, esperarás que o acaso reúna novamente aquele piano que hipnotiza, aquela flauta que enternece e aquele violino cigano, o que será difícil, pois eles procuram sempre aqueles que se ajudam a se conhecerem melhor e não àqueles que esperam que o acaso os descubram.

Luiz Gonzaga Pinheiro

“SEMELHANÇAS FÍSICAS E MORAIS”

O corpo físico é destruído com a morte e o novo corpo, em uma nova encarnação não tem nenhuma relação com o antigo. Entretanto, o Espírito se reflete no corpo. E embora seja apenas matéria, é modelado pelas qualidades do Espírito, que lhe imprimem um certo caráter, principalmente ao semblante, sendo pois com razão que se apontam os olhos como o espelho da alma, o que quer dizer que o rosto, mais particularmente, reflete a alma. Porque há pessoas excessivamente feias, que, no entanto, têm alguma coisa que agrada, quando encarnam um Espírito bom, sensato, humano, enquanto há belos semblantes que nada te despertam, ou até mesmo provocam a tua repulsa. Poderias supor que só os corpos perfeitos envolvem Espíritos mais perfeitos que eles, quando encontras, todos os dias, homens de bem sob aparências disformes? Sem uma parecença pronunciada, a semelhança dos gostos e das tendências pode dar, portanto, aquilo que se chama um ar de conhecido.
 Comentário de Kardec:
 O corpo que reveste a alma numa nova encarnação, não tendo nenhuma relação necessária com o anterior, pois que pode provir de origem muito diversa, seria absurdo supor-se uma sucessão de existências ligadas por uma semelhança apenas fortuita. Não obstante, as qualidades do Espírito modificam quase sempre os órgãos que servem para as suas manifestações, imprimindo no rosto, e mesmo no conjunto das maneiras, um cunho distintivo. É assim que, sob o envoltório mais humilde, pode encontrar-se a expressão da grandeza e da dignidade, enquanto, sob o hábito do grande senhor, se vêem, algumas vezes, a da baixeza e da ignomínia. Certas pessoas, saídas da mais ínfima posição, adquirem sem esforço os hábitos e as maneiras da alta sociedade, parecendo que reencontram o seu elemento, enquanto outras, malgrado seu nascimento e sua educação, estão ali sempre deslocados. Como explicar esse fato de outra maneira, senão pelo reflexo daquilo que o Espírito foi?


Fonte: O Livro dos Espíritos. Allan Kardec

s

terça-feira, 6 de maio de 2014

"QUEM NÃO NASCER DE NOVO NÃO ENTRA NO REINO DE DEUS""

...E os discípulos perguntaram a Jesus dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Mas Jesus respondendo, disse: Elias certamente há de vir e restabelecerá todas as coisas: digo vos porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram.
Então compreenderam os discípulos que era de João Batista que Jesus lhes falara. Mateus,17:10 a l3 e Marcos: 9:10 a 12.
O pensamento de que João Batista era Elias reencarnado e que os Profetas podiam reviver na terra, encontra-se em muitas passagens dos Evangelhos. Se essa crença fosse um erro, Jesus não teria deixado de combate-la , como combateu tantas outras. Longe disso, Jesus a confirmou com toda a sua autoridade e colocou-a como ensinamento e como uma condição necessária quando disse: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo . E insistiu. Não vos espantei se vos digo que é preciso que nasçais de novo.
Então Nicodemos perguntou a Jesus: Como pode nascer um homem que já está velho? Pode ele entrar no ventre de sua mãe para nascer uma segunda vez??
Jesus respondeu : Em verdade, em verdade vos digo: Se um homem não renascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne. O que nasceu do espírito é espírito. O Espírito sopra onde quer e escutai sua voz, mais não sabeis de onde ele vem, nem para onde vai. Ocorre o mesmo com todo homem que é nascido do espírito.
Estas palavras: “Se um homem não renascer da água e do espírito”, foram interpretadas no sentido da regeneração pela água do batismo. Porém os textos primitivos traziam simplesmente: “Não renascer da água e do espírito“, enquanto em algumas traduções, a expressão do espírito foi substituída por "do espírito santo", o que não corresponde mais ao mesmo pensamento.
Para compreender o verdadeiro sentido dessas palavras, é preciso igualmente entender o significado da palavra água, que foi empregado ali com um sentido diferente do que lhe é próprio.
Os conhecimentos dos antigos sobre as ciências físicas eram muito imperfeitos. Acreditavam que a terra tinha saído das águas, e por isso julgavam a água como um gerador absoluto. E assim que na Gênese, está escrito: O Espírito de Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre a superfície das águas. Que o firmamento seja feito nos meio das águas. Que as águas que estão sob o céu se reúnam em um único lugar e que o elemento árido apareça. Que as águas produzam animais vivos que nadem na água, e pássaros que voem sobre a terra e sob o firmamento.
Conforme essa crença, a água tinha se tornado o símbolo da natureza material, como o espírito era o da natureza inteligente. Estas palavras: Se o homem não renascer da água e do espírito, ou em água e em espírito, significam então: “ Se o homem não renascer com seu corpo e sua alma”. É neste sentido que foram entendidas naqueles tempos.
A mesma interpretação; aliás, é confirmada por estas outras palavras de Jesus: O que nasceu da carne é carne e o que nasceu do espírito é espírito, as quais dão a exata diferença entre o espírito e o corpo. Indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o espírito é independente dele.
O espírito sopra onde quer; escutai sua voz, mas não sabeis de onde vem nem para onde vais. Pode se entender como a alma do homem ou o espírito de Deus que dá a vida a quem ele quer.” Não sabeis de onde vem nem para onde vai”, significa que não se sabe o que foi nem o que será o espírito. Se o espírito, ou alma fosse criado ao mesmo tempo que o corpo, se saberia de onde veio, uma vez que se conheceria seu começo.
De todos os modos, esta passagem é a confirmação do principio da pré-existência da alma , e por conseguinte a pluralidade das existências.
Fonte: "EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

“TENTAÇÃO DE JESUS”

Jesus, transportado pelo diabo ao pináculo do Templo, depois ao cume de uma montanha e por ele tentado,
constitui uma daquelas parábolas que lhe eram familiares e que a credulidade pública transformou em fatos materiais.
 “Jesus não foi arrebatado. Ele apenas quis fazer que os homens compreendessem que a Humanidade se acha sujeita a falir e que deve estar sempre em guarda contra as más inspirações a que, pela sua natureza fraca, é impelida a ceder.
A tentação de Jesus é, pois, uma figura e fora preciso ser cego para tomá-la ao pé da letra. Como pretenderíeis
que o Messias, o Verbo de Deus encarnado, tenha estado submetido, por algum tempo, embora muito curto fosse este, às sugestões do demônio e que, como o diz o Evangelho de Lucas, o demônio o houvesse deixado por algum tempo, o que daria a supor que o Cristo continuou submetido ao poder daquela entidade? 
Não; compreendei melhor os ensinos que vos foram dados. 
O Espírito do mal nada poderia sobre a essência do bem. Ninguém diz ter visto Jesus no cume da montanha, nem no pináculo do Templo. Certamente, tal fato teria sido de natureza a se espalhar por
todos os povos. A tentação, portanto, não constituiu um ato material e físico. Quanto ao ato moral, admitiríeis que o Espírito das trevas pudesse dizer àquele que conhecia sua própria origem e o seu poder: “Adora-me, que te darei todos os reinos da Terra?” 
Desconheceria então o demônio aquele a quem fazia tais oferecimentos? Não é provável. Ora, se o
conhecia, suas propostas eram uma insensatez, pois ele não ignorava que seria repelido por aquele que viera
destruir-lhe o império sobre os homens.
“Compreendei, portanto, o sentido dessa parábola, que outra coisa aí não tendes, do mesmo modo que nos casos do Filho Pródigo e do Bom Samaritano
Aquela mostra os perigos que correm os homens, se não resistem à voz íntima que lhes clama sem cessar: ‘Podes ser mais do que és; podes possuir mais do que possuis; podes engrandecer-te, adquirir muito; cede à voz da ambição e todos os teus desejos serão satisfeitos.’
Ela vos mostra o perigo e o meio de o evitardes, dizendo às más inspirações: Retira-te, Satanás ou, por outras palavras: Vai-te, tentação!
 “As duas outras parábolas que lembrei mostram o que ainda pode esperar aquele que, por muito fraco para expulsar o demônio, lhe sucumbiu às tentações.
Mostram a misericórdia do pai de família, pousando a mão sobre a fronte do filho arrependido e concedendo-lhe, com amor, o perdão implorado por seus irmãos, valendo mais, aos olhos do Juiz Mostram o culpado, o cismático, o homem repelido
Supremo, do que os que o desprezam, por praticar ele as virtudes que a lei de amor ensina.
“Pesai bem os ensinamentos que os Evangelhos contêm; sabei distinguir o que ali está em sentido próprio, ou em sentido figurado, e os erros que vos hão cegado durante tanto tempo se apagarão pouco a pouco, cedendo lugar à brilhante luz da Verdade.” — João Evangelista, Bordéus, 1862.


Fonte “A  GÊNESE” ALLAN KARDEC.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

“QUE DIRIA O CRISTO SE VIVESSE HOJE ENTRE NÓS”

Após de dezoito séculos, tendo chegado à idade viril, a Humanidade está suficientemente madura para compreender o que o Cristo apenas esflorou, porque então, como ele próprio o disse, não o teriam compreendido.
Ora, a que resultado chegaram os que, durante esse longo período, tiveram a seu cargo a educação religiosa da mesma Humanidade?
Ao de verem que a indiferença sucedeu à fé e que a incredulidade se alçou em doutrina.
Em nenhuma outra época, com efeito, o cepticismo e o espírito de negação estiveram mais espalhados em todas as classes da sociedade.
Mas, se algumas das palavras do Cristo se apresentam encobertas pelo véu da alegoria, pelo que concerne à regra de proceder, às relações de homem para homem, aos princípios morais a que ele expressamente condicionou a salvação, seus ensinos são claros, explícitos, sem ambiguidade.
Que fizeram das suas máximas de caridade, de amor e de tolerância; das recomendações que fez a seus apóstolos para que convertessem os homens pela brandura e pela persuasão; da simplicidade, da humildade, do desinteresse e de todas as virtudes que ele exemplificou?
Em seu nome, os homens se anatematizaram mutuamente e reciprocamente se amaldiçoaram; estrangularam-se em nome daquele que disse: Todos os homens são irmãos.
Do Deus infinitamente justo, bom e misericordioso que ele revelou, fizeram um Deus cioso, cruel, vingativo e parcial; àquele Deus, de paz e de verdade, sacrificaram nas fogueiras, pelas torturas e perseguições, muito maior número de vítimas, do que as que em todos os tempos os pagãos  crificaram
aos seus falsos deuses; venderam-se as orações e as graças do céu em nome daquele que expulsou do Templo os vendedores e que disse a seus discípulos: Dai de graça o que de graça recebestes. Que diria o Cristo, se viesse hoje entre nós? Se visse os que se dizem seus representantes a ambicionar as honras,
as riquezas, o poder e o fausto dos príncipes do mundo, ao passo que ele, mais rei do que todos os reis da Terra, fez a sua entrada em Jerusalém montado num jumento?
Não teria o direito de dizer-lhes: Que fizestes dos meus ensinos, vós que incensais o bezerro de ouro, que dais a maior parte das vossas preces aos ricos, reservando uma parte insignificante aos pobres, sem embargo de haver eu dito: Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no meu reino.
Mas, se o Cristo não está carnalmente entre nós, está em Espírito e, como o senhor da parábola, virá
pedir contas aos seus vinhateiros do produto da sua vinha, quando chegar o tempo da colheita.

Fonte : A Gênese. Allan Kardec

“REENCARNAR PARA QUE”

Assim como as pessoas têm muito medo de morrer porque não sabem o que irão encontrar na outra dimensão, os espíritos que estão vivendo no astral têm medo de reencarnar.
Esquecer o passado e mergulhar no mar encalpelado do mundo, enfrentar seus próprios limites e os desafios de seu crescimento é assustador. Controlar as emoções, ordenar a mente, experimentar as próprias idéias e enfrentar os resultados requer coragem, persistência. Ficar entregue ao próprio discernimento, tomar decisões, ser responsável pelo próprio destino atemoriza.
Para o espírito, reencarnar é como vestir um escafandro e mergulhar nas profundezas do oceano. O corpo de carne tem um metabolismo lento, muito diferente da vida astral, onde tudo é mais dinâmico e rápido. Lá, a força do pensamento materializa rapidamente os objetivos, de acordo com a capacidade de cada um, criando e movimentando os elementos.
Aqui, na Terra, nossos projetos levam muito mais tempo para se tornar realidade. Para construirmos um edifício levamos muitos meses, enquanto lá eles o fazem em algumas horas..
- Como?! Há prédios no astral? – alguns vão perguntar.
Há prédios, ruas , cidades, tudo. O que chamamos de astral são os mundos das outras dimensões do universo.
Cada um deles gravita em determinada faixa de ondas, possui um magnetismo próprio e, para os que vivem lá, tudo é tão sólido quanto para nós é nosso mundo.
Não os podemos ver porque nossos olhos enxergam apenas em limitada faixa de percepção, o que não os impede de continuar existindo. A limitação é nossa. Os micróbios existem, mas só os podemos ver se tivermos um microscópio.
- Se eles têm medo, porque reencarnam?
Para reeducar o emocional. No astral as emoções são muito mais fortes e profundas. A tristeza, o remorso, o arrependimento, a frustração, a mágoa tornam-se insuportáveis e chega um momento em que, cansado de suportá-las, o espírito aceita nascer na Terra. Para ele, o esquecimento será uma bênção. O magnetismo lento permitirá que ele medite mais, experimente, reflita, conheça-se melhor e amadureça.
Reencarnar na Terra é começar de novo. Todas as lembranças do passado são guardadas no inconsciente temporariamente e, embora possam influenciar intuitivamente o espírito reencarnado, ele estará em sintonia com o cérebro do novo corpo, que como um filme virgem vai registrar as novas experiências. Não é genial?
A vida, mágica e divina, vai tecer os acontecimentos, juntar pessoas, de acordo com as necessidades daquele espírito, e criar estímulos a que ele se torne mais consciente, liberte-se dos antigos padrões de crença que o levaram ao sofrimento. Se ele aproveitar, voltará ao astral mais lúcido e feliz.
A vida é um eterno agora, e nós continuaremos sendo o que fizermos de nós, seja onde for que passemos a viver. Enfrentar nossas dificuldades desde já, fazer nosso melhor, é construir nossa paz.
Zíbia Gasparetto


domingo, 4 de maio de 2014

"QUANTO TEMPO DEMORA UM ESPIRITO PARA SE REENCARNAR?"

Depende da disponibilidade, vontade e da evolução de cada Espírito. O estágio na erraticidade, como denominava Kardec, a vida Espiritual, é variável. 
Podemos ficar um ano ou um milênio. Depende de nossas necessidades e opções.
Em média, ficamos mais tempo na Terra do que no Além.
Tendemos a ficar mais tempo no mundo espiritual, até por uma questão de disponibilidade reencarnatória. A população desencarnada é bem maior que a população encarnada.
Não estão equivocados os demais Espíritas que falam da necessidade de valorizarmos a experiência humana, considerando que há filas no Além, aguardando o mergulho na carne.
A evolução não está subordinada exclusivamente à vida Física. Ocorre nos dois planos. O Espírito evolui também no continente Espiritual, onde está nosso lar. (Isto também se fizer por onde, auxiliar os necessitados e não ficar na inércia).
Alguns Espíritos com graves comprometimentos Espirituais, em virtude de seus desatinos, necessitará retornar à carne em tempo breve. Um missionário, que costuma vir à Terra para sagradas tarefas em favor do bem comum, poderá permanecer séculos na Espiritualidade. (O caso do nosso saudoso Francisco Cândido Xavier). 
"Então em média, ficamos  mais tempo no mundo espiritual"?
Considerando-se não apenas a disponibilidade reencarnatória, mas também o fato de que a experiência humana funciona como um estágio escolar. O tempo que o aluno passa na escola é bem menor do que aquele que ocupa com outras atividades.
Espíritos mais amadurecidos, conscientes de suas responsabilidades, planejam a época do retorno. Espíritos imaturos são orientados e conduzidos por mentores Espirituais.
Mas e se o Espírito recusar-se a reencarnar?
Havendo necessidade premente, seus mentores providenciarão a reencarnação compulsória.
Então perguntamos? Onde fica o Livre Arbítrio? Sendo obrigado a reencarnar, não será natural que o Espírito venha a se rebelar, que não assuma suas responsabilidades"?
Provavelmente. Tanto quanto o sentenciado que não se conforma com a prisão em que foi confinado. Mas, assim como a penitenciária objetiva conter o comportamento criminoso, a reencarnação compulsória desbasta as imperfeições mais grosseiras do Espírito reencarnante. Entre "choro e ranger de dentes", segundo a expressão evangélica, ele amadurecerá; por amor ou pela dor. Enfim ele não ficará no "Bem Bom", só gozando de prazeres. Quanto ao Livre Arbítrio, está intrínseco nele suas Leis.
Por: hor Resposta


RuyLFreitas

"PROCESSO REENCARNATÓRIO"

Quando ainda se encontra na condição de inquilino temporário das colônias espirituais, o Espírito se arrepende da falhas cometidas e, com o coração transbordando de boas intenções, solicita nova oportunidade reencarnatória  na qual propõe, por desejo legítimo, se recompor com desafetos do passado, reparar o mal praticado anteriormente, retomar o bem negligenciado no passado, ser bom, caridoso, paciente e compreensivo.
Neste breve espaço de tempo, entre uma existência e outra, em que  Espírito se encontra em estágio nas colônias de recuperação, sente-se fortalecido, porque as vibrações que envolvem a atmosfera dessas paragens espirituais são de amor, de equilíbrio, de bondade e compreensão.  Nessas condições, o espírito é o Juiz de si mesmo, porque é a própria consciência que identifica onde falhou, os erros cometidos, o bem que negligenciou e as oportunidades que desperdiçou.
Envergonhado, solicita a benção de mais uma experiência reencarnatória, e seu pedido será analisado cuidadosamente, planejado com muito critério para que o espírito reencarnante seja alertado para não assumir compromissos superiores às sua próprias forças. Assim funciona a misericórdia divina, pois o espírito infrator pode resgatar seu passado delituoso de forma suave, de acordo com as possibilidades de cada um.
Os instrutores encarregados do planejamento reencarnatório analisam cada petição e, juntamente com os mentores responsáveis, ponderam sobre a missão que cada um pode assumir, o que, via de regra, reduz drasticamente as pretensões das reencarnações . Porém, quando desperta na matéria, a maioria de nós tem dificuldade para cumprir o mínimo do que prometemos no plano espiritual.
As vibrações são heterogêneas e antagônicas, e, todos os dias, o espírito reencarnado é submetido a provas e tentações constantes. O benfazejo esquecimento do passado permite que possa retomar suas lições do zero e recomeçar, mas, em sua consciência, está gravado o sentimento do compromisso assumido e do dever a cumprir.
Contudo, na matéria, tudo é muito difícil, porque a maioria dos espíritos ainda não conseguiram se desprender as mazelas milenares que ainda se encontram arraigadas em nossos instintos adormecidos e, dessa forma, o comodismo e a indolência, a porta larga da vida, nos leva mais uma vez a negligenciar os compromissos assumidos na espiritualidade.
É muito triste verificar que existem muitos espíritos que só acordam após a visita da dor ; que muitos de nós ainda esperem pela dor, quando muitos sofrimentos e dissabores poderiam ser evitados se nos dispuséssemos à pratica do amor, do perdão e da caridade.
Os amigos protetores no inspiram sobre a necessidade do bem, mas, na maioria das vezes, fazemos ouvidos surdos; insuflam-nos idéias felizes, mas simplesmente as dispersamos e, assim, diante das tentações da matéria, adiamos mais e mais até que chega o momento em que recebemos a visita da dor; nos resgates coletivos, nos acontecimentos dolorosos da perda de um ente querido na fatalidade de um trágico acidente, na doença incurável, para que, em espírito, possamos despertar para a realidade da vida, da evolução espiritual, que é o destino de todos nós, seja pelo amor ou pela dor.
Mensagem tirada do Livro: “O SÉTIMO SELO.”
Médium:”ANTONIO DEMARCHI”. Pelo Espírito:”IRMÃO VIRGILIO 

sábado, 3 de maio de 2014

“PERTURBAÇÃO ESPIRITUAL”

 No momento da morte, tudo, a princípio, é confuso; a alma necessita de algum tempo para se reconhecer; sente-se como atordoada, no mesmo estado de um homem que saísse de um sono profundo e procurasse compreender a sua situação. A lucidez das idéias e a memória do passado lhe voltam à medida que se extingue a influência da matéria de que se desprendeu, e que se dissipa essa espécie de nevoeiro que lhe turva os pensamentos.
  A duração da perturbação de após morte é muito variável: pode ser de algumas horas, como de muitos meses e mesmo de muitos anos. Aqueles em que é menos longa são os que se identificaram durante a vida com o seu estado futuro, porque então compreendem imediatamente a sua posição.
  Essa perturbação apresenta circunstâncias particulares, segundo o caráter dos indivíduos e sobretudo de acordo com o gênero de morte. Nas mortes violentas, por suicídio suplício, acidente, apoplexia, ferimentos etc. o Espírito é surpreendido, espanta-se, não acredita que esteja morto e sustenta teimosamente que não morreu. Não obstante, vê o seu corpo, sabe que é dele, mas não compreende que esteja separado. Procura as pessoas de sua afeição, dirige-se a elas e não entende por que não o ouvem. Esta ilusão mantém-se até o completo desprendimento do espírito, e somente então ele reconhece o seu estado e compreende que não faz mais parte do mundo dos vivos.
  Esse fenômeno é facilmente explicável. Surpreendido pela morte imprevista, o Espírito fica aturdido com a mudança brusca que nele se opera. Para ele, a morte é ainda sinônimo de destruição, de aniquilamento; ora, como continua a pensar, como ainda vê e escuta, não se considera morto. E o que aumenta a sua ilusão é o fato de se ver num corpo semelhante ao que deixou na terra, cuja natureza etérea ainda não teve tempo de verificar. Ele o julga sólido e compacto como o primeiro e, quando se chama a sua atenção para esse ponto, admira-se de não poder apalpá-lo.
  Assemelha-se este fenômeno ao dos sonâmbulos inexperientes que não crêem estar dormindo. Para eles, o sono é sinônimo de suspensão das faculdades; ora, como pensam livremente e podem ver, não acham que estejam dormindo. Alguns Espíritos apresentam esta particularidade, embora a morte não os tenha colhido inopinadamente; mas ela é sempre mais generalizada entre os que, apesar de doentes, não pensavam em morrer. Vê-se então o espetáculo singular de um Espírito que assiste aos próprios funerais como os de um estranho, deles falando como de uma coisa que não lhe dissesse respeito, até o momento de compreender a verdade.
  A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem; é calma e em tudo semelhante à que acompanha um despertar tranqüilo. Para aquele cuja consciência não está pura, é cheia de ansiedades e angústias.
  Nos casos de morte coletiva, observou-se que todos os que pereceram ao mesmo tempo nem sempre se revêem imediatamente. Na perturbação que se segue à morte, cada um vai para o seu lado ou só se preocupa com aqueles que lhe interessa.
Fonte: O Livro dos Espíritos. Allan Kardec


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...