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domingo, 15 de junho de 2014

“EVOLUÇÃO ESPIRITUAL”

A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.
No começo, predomina a natureza corpórea.
Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.
Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.
Nesse período, o egoísmo é marcante.
Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.
Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.
A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.
As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.
Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.
Em compensação, começam os dilemas morais.
Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.
O que antes era admissível passa a ser um escândalo.
A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.
Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.
Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.
Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.
Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.
Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.
Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.
As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.
O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às Coisas corpóreas.
Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.
O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.
Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.
Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.
O melhor meio para isso é praticar a abnegação.
Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.
A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.
Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.
Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.
Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.
Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.
Comece, pois, a praticar a abnegação.
Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.
Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.
Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.
O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.
Ele será substituído pelos prazeres espirituais.
Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.
Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.
Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

"A RAZÃO NA FÉ ESPÍRITA"

A luz da razão iluminou e fortaleceu a fé combalida pelo dogmatismo com sua tacanhice de outrora, a fé caduca molestada pela ciência, com seu materialismo reducionista, foi reerguida pela ciência espírita. Ante o espiritualismo velho com suas frioleiras surge a Doutrina Espírita com sua lógica irretorquível; a razão espírita transforma-se em fé raciocinada.
Com o método positivo Kardec mostra a força da razão e nas Obras da Codificação, através de “O Livro dos Espíritos” na pág. 47, prenuncia a exobiologia:
“A razão nos diz que entre o homem e Deus outros elos necessariamente haverá, como disse os astrônomos que, entre os mundos conhecidos, outros haveria, desconhecidos. Que filosofia já preencheu essa lacuna?”
Os Espíritos que viviam sobre a névoa do sobre naturalismo, devido a fé cega, são também iluminados pela razão no virar da página:
“A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.”
Ao ateísmo que grassava na época, Kardec secundado pelos Espíritos superiores, propõe na questão 4:
“Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?”
A resposta chega de forma simples e objetiva, com a profundidade característica dos Espíritos superiores:
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
No séc. XVII, Blaise Pascal (1623-1662), matemático, físico , filósofo e escritor francês, dizia: “Duvidar de Deus é crer em sua existência.”
Ao panteísmo com sua dialética anfibológica o Espiritismo propõe mais uma vez a razão como fé:
“Pretendem os que professam esta doutrina achar nela a demonstração de alguns dos atributos de Deus: Sendo infinitos os mundos, Deus é, por isso mesmo, infinito; não havendo o vazio, ou o nada em parte alguma, Deus está por toda parte; estando Deus em toda parte, pois que tudo é parte integrante de Deus, ele dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente. Que se pode opor a este raciocínio?
- A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo.”
Ora, não é com filosofismos ou com sofismas que chegaremos a verdade. Chega de filosofices!
Kardec comentando a questão 37, esclarece:
“Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus.”
A conclusão semelhante chegou o genial físico alemão Albert Einstein (1879-1955), quando responde a seus opositores, partidários do acaso: “Deus não joga dados!” Diante da dialética maquiavélica insistente replica: “Deus pode ser perspicaz, mas não é malicioso.”
Allan Kardec e Albert Einstein unidos pela razão na fé descobrem Deus.
A fé espírita por não ser cega, caminha com segurança de mãos dadas com o progresso. Kardec deixa claro isso, quando na pág. 196 de “O Livro dos Médiuns”, conclui:
“Se a nossa fé se fortalece de dia para dia, é porque compreendemos.”
Kardec comentando a questão 717, com o bom-senso característico de sempre proclama:
“Tudo é relativo, cabendo à razão regrar as coisas.”
Essa frase cairia como uma luva na pena de Albert Einstein!
O experimentalismo espírita ou mediunismo, sem dúvida, é um dos elementos importantes para os investigadores na busca por informações do mundo espírita, mas, isso não é tudo. Espiritismo não é mediunismo, é uma doutrina filosófica com base científica e conseqüências religiosas profundas, daí o Codificador espírita advertir, na pág. 484:
“Falsíssima idéia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se lhe terá minado a base. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso.”
Na conclusão de “O Livro dos Espíritos, Kardec sintetiza o assunto em questão em uma curta frase, na pág. 493:
“O argumento supremo deve ser a razão.”
Ao iniciar “O Evangelho segundo o Espiritismo” no primeiro capítulo, no subtítulo “Aliança as Ciência e da religião”, Kardec faz a grande revolução do século XIX, fundindo a razão e a fé, na 58:
“A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo.”
No passado a fé e a razão foram espadas afiadas nas mãos de teológos (padres) e sábios (filósofos e cientistas). A fé cega motivada pelos teólogos e padres alimentou a credulidade, e a razão cética motivada pelos pelos filósofos e cientistas, alimentou a incredulidade.
Na pág. 302 do livro em questão Kardec mostra as distâncias entre ver e compreender:
“A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender.”
A fé que tem base no ver é a fé de São Tomé, é “ver para crer” e bem sabemos que essa fé não é suficiente para converter, os ícones do materialismo extremado. Só a fé do saber dá as bases seguras para compreensão e aceitação.
Por isso Kardec no virar da página adverte:
“Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
No livro “A Gênese” Kardec reforça as bases científicas doutrinárias, página 88:
“A fé ortodoxa se sobressaltou, porque julgou que lhe tiravam a pedra fundamental. Mas, com quem havia de estar a razão: com a Ciência, que caminhava prudente e progressivamente pelos terrenos sólidos dos algarismos e da observação, sem nada afirmar antes de ter em mãos as provas, ou com uma narrativa escrita quando faltavam absolutamente os meios de observação? No fim de contas, quem há de levar a melhor: aquele que diz 2 e 2 fazem 5 e se nega a verificar, ou aquele que diz que 2 e 2 fazem 4 e o prova?”
E para fechar com chave de ouro essa questão, no livro “Obras Póstumas” na página 220, Kardec que foi um ilustre pensador do séc. XIX, declara convicto:
“Proscrevendo a fé cega (o Espiritismo), quer ser compreendido. Para ele, absolutamente não há mistérios, mas uma fé racional, que se baseia em fatos e que deseja a luz. Não repudia nenhuma descoberta da Ciência, dado que a Ciência é a coletânea das leis da Natureza e que, sendo de Deus essas leis, repudiar a Ciência fora repudiar a obra de Deus.”

Bernardino da Silva Moreira




quarta-feira, 11 de junho de 2014

“A VIDA DEPOIS DA VIDA”

Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris. Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação. O genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte. Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras:
A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa.
 Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo?
 Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além.
 O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra. Coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro.
 Aí, olha, distingue ao longe a campina, Aspira o ar livre, vê a luz.
 Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída?
 De que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro? Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo.
 É por demais pesado para esta terra. A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo.
 Os nossos olhos carnais só vêem a noite. O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos.
 A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz.   A morte é uma mudança de vestimenta.
 Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela.
 A morte é uma continuação. Para além das sombras, estende-se o brilho da eternidade.
 As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz. Aproximam-se cada vez mais e mais de Deus.
O ponto de reunião é no infinito. Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem. Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito”.
 Muitos consideram que o falecimento de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se. Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual.
 Prossegue em sua jornada na Terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem. Pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade. Que Deus nos ilumine hoje e sempre!

- Victor Hugo

terça-feira, 10 de junho de 2014

“CARIDADE E RAZÃO”

Indiscutivelmente estamos ainda muito longe da educação racional. Conquanto
necessitados de ponderação, agimos, via de regra, sob o impulso de alavancas
emotivas acionadas por sugestões exteriores. De modo geral, muito antes
que nos decidamos a discernir, assimilamos idéias que nos são desfechadas
por informações e exibições que nem sempre se vinculam à verdade e passamos
a esposar opiniões que, comumente, nos induzem a desastres morais no comboio
da existência. Habitua-te a essa realidade e não te entregues às
impressões tumultuárias que porventura te visitem o coração. Com isso, não
te queremos pedir para que te transformes em palmatória de corrigenda ou
para que apresentes ouvidos de pedra à frente dos semelhantes. Às vezes, há
muito mais caridade na atenção que no conselho. Fraternalmente, escuta o que
se te diga e observa o que vês, sem escandalizar os interlocutores ou ferir
os companheiros de romagem terrestre, opondo-lhes censuras ou contraditas
que apenas lhes agravariam as dificuldades e os problemas. Ao invés disso,
aprendamos a filtrar aquilo que nos alcance o campo íntimo, aproveitando os
elementos que se façam úteis aos outros e a nós mesmos, e esquecendo tudo –
mas realmente tudo – o que não nos sirva à construção do melhor.
Conversação, na essência, é permuta de almas. Através da palavra, damos e
recebemos. Isso, porém, não se refere a doações e recepções teóricas.
Entendendo-nos uns com os outros, fornecemos e adquirimos determinados
recursos de espírito, que influirão em nossa conduta e a nossa conduta forma
a corrente de planos, coisas, encontros e realizações que nos determinarão o
destino. Escolha de hoje no livre-arbítrio será conseqüência amanhã. Causa
de agora será resultado depois. Cultivemos harmonia, à frente de tudo e de
todos; no entanto é preciso que essa atitude de entendimento não exclua de
nossa personalidade o otimismo irradiante, a sinceridade construtiva, o
reconforto da intimidade e a alegria de viver. Em suma, diante de todos e de
tudo, deixemos que a caridade nos ilumine o crivo da razão, a fim de que não
venhamos a perder os melhores valores rio tempo e da vida, por ausência de
equilíbrio ou falta de amor. 

ENCONTRO MARCADO 

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

“A LEI DE AMOR”

 O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. 
Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento
é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.
A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os
seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo.
Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança,desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela
conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto
é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas,
se conservam escravizados aos instintos.
 O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo
a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias.

Lázaro. (Paris, 1862.)

domingo, 1 de junho de 2014

"A CLONAGEM HUMANA"


Há muito tempo, os cientistas sonham com a possibilidade de produzir um corpo humano a partir de uma célula doadora diplóide.
O espermatozóide e o óvulo possuem 23 cromossomos (células haplóides) e quando se unem, restauram o total de 46 cromossomos das células diplóides, isto é, que carregam a informação genética completa do individuo.
Muitos filmes de ficção foram produzidos sobre a clonagem humana, como vimos em “Meninos do Brasil”; que foi o mais contundente por trazer à humanidade a idéia de que uma vez utilizada a carga genética (genótipo) e submetendo o individuo clonado a um ambiente igual ao do doador (influência do ambiente= fenótipo) resultaria em uma pessoa idêntica ao doador (ou imaginava-se ser o próprio doador retornando à vida).
Evidentemente que, enquanto tecnologicamente a ciência caminha a passos largos, espiritualmente, apenas engatinha. Consideramos uma inocência do ser humano achar que a reencarnação, neste caso, utilizando-se de caminhos alternativos, usando corpos clonados, utilizaria espíritos também clonados. A idéia leiga é que, reproduzido o corpo, nele voltaria seu antigo “dono”.
A reprodução humana certamente passará por mudanças consideráveis ao longo dos próximos séculos, por isso não devemos nos surpreender com a clonagem do corpo humano e mesmo com as gestações em ambientes extra-uterinos.
Nenhum desses avanços substituirá os planos reencarnatórios das criaturas. Portanto, não importa a forma como voltamos a este plano e sim a jornada que teremos que percorrer, pois o corpo é um conjunto de células formadas basicamente de carbono, hidrogênio e oxigênio (matéria), mas que só existem se tiverem vida. Quem dá vida à célula é o espírito, que ensina a cada molécula da célula qual é o seu papel (através dos cromossomos).
O corpo vem do corpo, mas o espírito vem de Deus. Toda oportunidade de reencarnação é aproveitada pelos organizadores do plano maior. Seja um breve contato com a matéria, como nos abortamentos precoces, seja nos embriões congelados que aguardarão seu destino nos tanques de nitrogênio líquido por muito tempo.
Portanto, se um corpo humano for clonado a partir de uma célula de alguém já desencarnado, certamente será designado um espírito para dar vida àquele corpo, mas pouco provável seja o do doador da célula. Mesmo que fosse deste, seria uma nova vida e uma nova missão. A vida não se repete. Atentem para a vida de gêmeos univitelinos, clones perfeitos que a natureza mesma se encarregou de produzir corpos iguais habitados por espíritos, no mais das vezes completamente diferentes.
Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de transmiti-la; mas, sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que existem muitos que se apresentem sob falsas aparências que levou S. João a dizer: «Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os espíritos são de Deus.» (Epíst. 1ª, cap. IV, v. 4.).
Pode, pois, haver revelações sérias e verdadeiras como as há apócrifas e mentirosas. O caráter essencial à revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita à codificação não pode emanar de Deus. É assim que a lei do Decálogo tem todos os caracteres de sua origem enquanto que as outras leis mosaicas, fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal e política do legislador hebreu. Com o abrandarem-se os costumes do povo, essas leis por si mesmas caíram em desuso, ao passo que o Decálogo ficou sempre de pé como farol da Humanidade. O Cristo fez dele a base do seu edifício, abolindo as outras leis.Se estas fossem obra de Deus, seriam conservadas intactas. O Cristo e Moisés eram os dois grandes reveladores que mudaram a face do mundo e nisso está a prova da sua missão divina. Uma obra puramente humana careceria de tal poder.
Allan Kardec, no livro “A GÊNESE”, Caráter da Revelação Espírita, item 10.

Pedro Gregori

sábado, 31 de maio de 2014

"A CARIDADE"

Dentre as maravilhas ensinadas por Jesus de Nazaré, o homem que dividiu a nossa História, está a caridade.
Um costume muito comum aos fariseus, era o de tentar o Mestre, fazendo-Lhe perguntas que julgavam embaraçosas. Todavia, Jesus a todas respondia com presteza e sabedoria.
Certo dia, um deles, que era doutor da lei, propôs a seguinte questão: ”Mestre, qual o grande mandamento da lei?”
Jesus lhe respondeu: “Amarás o senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. Esse o maior e o primeiro mandamento.
Eis o segundo, que é semelhante ao primeiro: amarás o teu próximo, como a ti mesmo. E acrescentou: toda lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”
Como é fácil perceber, Jesus sintetizou a Lei e todos os ensinos dos profetas nestes dois mandamentos: Amar a Deus e ao próximo.
Se um não for cumprido, o outro também não será, ou seja, não se pode amar a Deus, sem amar Seus filhos, ou amar os filhos sem amar o Pai.
Podemos compreender com isso, que Jesus falava da caridade, pois na seqüência da resposta Ele narrou a parábola do samaritano.
A parábola faz referência a três pessoas que se depararam com um homem ferido no caminho, e ressalta que quem se compadeceu e o socorreu foi um samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor ao próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade.
Percebemos nos ensinos de Jesus, que a prática da caridade é uma condição para a conquista da felicidade.
Vejamos que a caridade não é somente dar coisas, mas doar-se ao próximo, condição que não requer recursos financeiros nem influência social. Todos podemos fazê-la.
O apóstolo Paulo fala da caridade com as seguintes palavras: “Ainda que eu tivesse a linguagem dos anjos; tivesse o dom da profecia que penetrasse todos os mistérios; tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.”
E prossegue dizendo: “E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.”
Está bem claro nos ensinos de Paulo, que o fato de distribuir os bens materiais não é suficiente, ou não é só nisso que consiste a verdadeira caridade.
A caridade material é apenas uma faceta, a outra é a caridade moral. Não basta ter fé, não precisa ser profitente desta ou daquela religião, é preciso ter caridade como a entendia Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.
É, em resumo, fazer ao próximo todo o bem que desejamos que o próximo nos faça.
 ”Nos caminhos claros da inteligência, muitas vezes as rosas da alegria completa produzem os espinhos da dor, mas, nas sendas luminosas da caridade, os espinhos da dor oferecem rosas de perfeita alegria”. 


Redação do Momento Espírita, com base no item 4 do  cap. XV   de  O evangelho segundo o espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb e no verbete Caridade do livro Dicionário da alma, Espíritos diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier. 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

"MENSAGEM DA ESPIRITUALIDADE SOBRE A COPA DO MUNDO NA PÁTRIA DO EVANGELHO."

Prudência
Aquietemo-nos! Relembram os Instrutores Espirituais.
A transição recomenda prudência.
A Pátria do Cruzeiro, com a responsabilidade de representar a fraternidade na Terra, está diante dos olhos do Mundo que aproveitando a ocasião dos jogos redescobre o Brasil.
Colocamo-nos, nesse momento, à disposição dos benfeitores, para pedir as bênçãos para nossa gente, para nossa terra, para nosso torrão Natal. E percebemos o cuidado dos Espíritos Nobres que representam os Pais da Pátria, para zelar pelo equilíbrio, pela prudência e pela ordem.
Os benfeitores nos recomendam prudência. Aquietarmos antes de acelerarmos; paciência, antes que a preocupação maior; oração, antes que o receio.
Os nossos Amigos Maiores pedem que nos habituemos nesses dias: amanhecer orando pela Pátria; durante o dia, mentalizar a paz na Pátria; ao adormecer, orar pelo equilibro da Pátria, porque o mundo espiritual nobre, certamente, cuidando de nós, cria as condições de defesa para que os acontecimentos ocorram com equilíbrio, para que a ordem não se deixe vencer pela desordem, para que a prudência nos conduza com equilíbrio à condução do processo das mudanças necessárias.
Os irmãos infelizes, acostumados à balburdia, à desordem no mundo espiritual inferior, querem aproveitar, também, no seu trabalho organizado, chamar atenção do mundo, para desmoralizar o grande Programa de Jesus para o Brasil.
Por isso, em nome deles, nós queremos pedir aos nossos companheiros o hábito da oração em favor da paz.
Teremos, certamente, preocupações graves que devem esperar de nós e receber das nossas orações o testemunho do equilíbrio, para que as forças do mal não encontrem espaço também em nós.
Os espíritas conhecedores desses acontecimentos, da ação dessas criaturas infelizes, nossos irmãos, devemos estar conscientes de que representamos elos da grande corrente da Bondade que protege o grande programa que o Cristo de Deus colocou nas mãos do povo Brasileiro.
Estejamos, pois, meus irmãos, atentos, não sejamos aqueles que multiplicam as más informações e notícias, mas asserenados, aquietados, nos liguemos aos benfeitores, nesse momento importante, para que possamos transmitir para o Mundo inteiro a nossa gente tão boa, a expectativa de um ambiente de paz e de um povo ordeiro e generoso, mas sobretudo Cristão.
Orando juntos, estaremos ligando as forças vivas da bondade, que emana do coração do nosso mestre, o Cristo de Deus, estaremos oferecendo aos nossos dirigentes encarnados, aqueles homens e mulheres que têm a incumbência de zelar pelo equilíbrio e pela orientação política, econômica, social do Brasil, para que os acontecimentos, que possam ocorrer, não perturbem a generalidade da Nação, e para que o programa do Cristo se faça maior do que os transtornos, e para que, de um modo geral, todos nós contribuamos para a paz.
Manhentamo-nos aquietados, confiantes, vigilantes e orando, entregando-nos às mãos santíssimas de Jesus de Nazaré.
O Anjo Ismael, aqui, na Federação Espírita Brasileira, organizou programa de trabalho intenso, com os espíritos que representam os dirigentes espirituais do Brasil, para estabelecer nos pontos estratégicos, em Brasília, nas demais cidades importantes do País, as defesas geradas, necessárias para a vigilância e para que a ordem não se perturbe.
Não tenhamos receios, confiemos atentos.
Os momentos políticos que vive o planeta não têm como não refletir no Brasil, e representando o foco do Mundo nesses dias é importante que estejamos aqui na nossa Casa, oferecendo o melhor ambiente vibratório de beleza espiritual, para que o Anjo Ismael possa cumprir, com o apoio dos Espíritos Nobres, o programa de Jesus.
Os momentos recomendam prudência, como dizíamos, e cuidado.Oremos meus irmãos e mantenhamo-nos em paz.
Que Jesus abençoe a Pátria que amamos, que o Cristo de Deus ilumine as consciências das nossas autoridades, que os ambientes dos jogos sejam protegidos pelas forças da luz, e que a nossa certeza na condução dessas energias nobres faça de nós também instrumento da paz.
Que o Cristo de Deus nos abençoe, abençoe a Federação Espírita Brasileira, abençoe o nosso País, e nos inclua no grande programa dos trabalhadores do Bem.
Abraço-vos, fraternalmente,
José do Patrocínio.

(De gravação de psicofonia pelo médium João Pinto Rabelo, na reunião do Grupo de Assistência e Apoio aos Povos da África, na sede da FEB, no dia 10 de maio de 2014)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

"VERDADE LIBERTADORA"

Realizado o estudo do Evangelho no lar de Josef Kackulack, na noite de 5 de junho, em Viena, Áustria, o tema foi Não ponhais a candeia debaixo do alqueire, capitulo XXIV, de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, após o qual a Mentora espiritual escreveu a presente mensagem.
A verdade sempre predomina.
O culto à mentira é dos mais danosos comportamentos a que o indivíduo se submete. Ilusão do ego, logo se dilui ante a linguagem espontânea dos fatos. Responsável por expressiva parte dos sofrimentos humanos, fomenta a calúnia — que lhe é manifestação grave e destrutiva — a infâmia, a crueldade…
A maledicência é-lhe filha predileta, por expressar-lhes os conteúdos perturbadores, que a imaginação irrefreada e os sentimentos infelizes dão curso.
Além desses aspectos morais, a mentira não resiste ao transcurso do tempo. Sem alicerce que a sustente, altera a sua forma ante cada evento novo e de tal maneira se modifica, que se desvela. Por ser insustentável, quem se apóia na sua estrutura frágil padece insegurança contínua.
Porque é exata na sua forma de apresentar-se, a verdade é o inimigo formal da mentira. Enquanto a primeira esplende ao sol dos acontecimentos e exterioriza-se sem qualquer exagero, a segunda é maneirosa, prefere a sombra e comunica-se com sordidez. Uma é fruto da realidade; a outra, da fantasia, que não medita nas consequências de que se reveste.
A mentira teme o confronto com a verdade. Aloja-se nas sombras, espraia-se, às escondidas, e encontra, infelizmente, guarida.
A verdade jamais se camufla; surge com força e externa-se com dignidade. Não tem alteração íntima, permanecendo a mesma em todas as épocas. Ninguém consegue ocultá-la, porque, semelhante à luz, irradia-se naturalmente. Nem sempre é aceita, por convidar à responsabilidade. Amiga do discernimento, é a pedra angular da consequência de si mesmo, fator ético-moral da conduta saudável.
Enquanto a mentira viger, a acomodação, o crime afrontoso ou sob disfarce, o abuso do poder e a miséria de todo tipo predominarão na Terra exaltando os fracos, que assim se farão fortes, os covardes, que se tornarão estóicos, os astutos, que triunfarão em detrimento dos sábios, dos nobres e dos bons…
Face a tais logros, que propicia, não obstante efêmeros, os seus famanazes e cultuadores detestam e perseguem a verdade. Não medem esforços para impedir-lhe a propagação, por saberem dos resultados que advirão com o seu estabelecimento entre as criaturas.
São baldas, porém, tão insanas atitudes.
A verdade espera… Seus opositores enfermam, envelhecem e morrem, enquanto ela permanece.
A mentira é de breve existência. Predomina por um pouco, esfuma-se e passa…
Na sua constituição molecular, conforme se apresenta, o corpo é uma realidade-mentira, por ser um revestimento transitório, que sofre alterações incessantes até o momento da sua transformação fatalista pela morte.
O espírito é o ser; o corpo é o não-ser, conforme definiu Platão.
A busca da verdade — o que é permanece — é a meta da existência física.
A verdade cresce à medida que o ser se desenvolve. Sem abandonar as suas raízes, faz-se profunda, é sempre atual e enfrenta a razão em todas as épocas com os equipamentos da lógica e da realidade.
Ela objetiva sempre alcançar o ser em sua plenitude, permanecendo como diretriz para a vida, sustentação dos ideais e segurança para todos os cometimentos. É a grande libertadora da criatura. Sem a sua vigência predominam as trevas, a barbárie, o abuso dos costumes.
A verdade é pão que nutre, medicamente que cura, guia que conduz com equilíbrio. Jamais fica desconhecida, por maiores sejam os obstáculos que se lhe anteponham. Escapa a qualquer controle, por ser soberana, e, mesmo quando aparentemente morta, renasce.
O encontro com a verdade produz choque, por significar o desaparecimento da ilusão, a saída do comodismo, da paralisia, do prazer frustrante.
Jesus, em resposta admirável, afirmou: — Busca a verdade e a verdade te libertará.
Ninguém tem o direito de ocultar a verdade, qual se fosse uma luz que devesse ficar escondida. Onde se encontre, irradia claridade e calor.
O seu conhecimento induz o portador a apresentá-la onde esteja, a divulgá-la sempre. Pelos benefícios que proporciona, estimula à participação, à solidariedade, difundindo-a.
Quem a encontrou, sente-se convidado a torná-la conhecida, a esparzi-la como pólen de vida.
Embora muitas criaturas cheias de si, vítimas do orgulho e da prosápia, não demonstrem interesse em travar contato com ela, não a ocultes por timidez, receio ou preconceito dos outros. A tua fé espírita fundamenta-se na verdade. Vem de Jesus-Cristo, que a anunciou.
Sem agredir ninguém, ou impô-la, coloca-a, sem qualquer constrangimento, no velador, a fim de que todos a conheçam, e com ela se relacionem aqueles que estiverem interessados ou necessitados.
Faze a tua parte, e a vida fará o restante.

Joanna de Ângelis
De “Sob a proteção de Deus”
Médium Divaldo Pereira Franco

Diversos Espiritos

segunda-feira, 26 de maio de 2014

“UM SÓ REBANHO E UMSÓ PASTOR”

- Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; é preciso que também a essas eu conduza; elas escutarão a minha voz e haverá um só rebanho e um único pastor. (S. João, cap. X, v. 16.)
 - Por essas palavras, Jesus claramente anuncia que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? Difícil parecerá isso, tendo-se em vista as diferenças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam entre seus adeptos, a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. Todas querem a unidade, mas cada uma se lisonjeia de que essa unidade se fará em seu proveito e nenhuma admite a possibilidade de fazer qualquer concessão, no que respeita às suas crenças. 
Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem (1). Os povos do mundo inteiro já confraternizam, como os das províncias de um mesmo império. Pressente-se essa unidade e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque há de tornar-se uma necessidade, para que se estreitem os laços da fraternidade entre as nações; far-se-á pelo desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de todas as dissidências; pelo progresso das ciências, a demonstrar cada dia mais os erros materiais sobre que tais dissidências assentam e a destacar pouco a pouco das suas fiadas as pedras estragadas. Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade.
A fim de chegarem a esta, as religiões terão que encontrar-se num terreno neutro, se bem que comum a todas; para isso, todas terão que fazer concessões e sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas particulares. Mas, em virtude do processo de imutabilidade que todas professam, a iniciativa das concessões não poderá partir do campo oficial; em lugar de tomarem no alto o ponto de partida, tomá-lo-ão em baixo por iniciativa individual. Desde algum tempo, um movimento se vem operando de descentralização, tendente a adquirir irresistível força. O princípio da imutabilidade, que as religiões hão sempre considerado uma égide conservadora, tornar-se-á elemento de destruição, dado que, imobilizando-se, ao passo que a sociedade caminha para a frente, os cultos serão ultrapassados e depois absorvidos pela corrente das ideias de progressão.
A imobilidade, em vez de ser uma força, torna-se uma causa de fraqueza e de ruína para quem não acompanha o movimento geral; ela quebra a unidade, porque os que querem avançar se separam dos que se obstinam em permanecer parados.
No estado atual da opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; que não seja em nenhum ponto desmentida pela ciência positiva; que, em vez de se imobilizar, acompanhe a Humanidade em sua marcha progressiva, sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem exclusivista, nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não admitir senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais lógico, o mais de harmonia com as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.
O que alimenta o antagonismo entre as religiões é a ideia, generalizada por todas elas, de que cada uma tem o seu deus particular e a pretensão de que este é o único verdadeiro e o mais poderoso, em luta constante com os deuses dos outros cultos e ocupado em lhes combater a influência. Quando elas se houverem convencido de que só existe um Deus no Universo e que, em definitiva, ele é o mesmo que elas adoram sob os nomes de Jeová, Alá ou Deus; quando se puserem de acordo sobre os atributos essenciais da Divindade, compreenderão que, sendo um único o Ser, uma única tem que ser a vontade suprema; estender-se-ão as mãos umas às outras, como os servidores de um mesmo Mestre e os filhos de um mesmo Pai e, assim, grande passo terão dado para a unidade.
Fonte: 'A Gênese" de Alan Kardec

quinta-feira, 22 de maio de 2014

"TRANSIÇÃO PLANETÁRIA"

O sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da constelação de Plêiades.
Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela desta constelação – localizada a aproximadamente 28 graus de Touro , e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios.
Descobriu-se também que Alcione tem em sua volta um gigantesco anel  ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas, (incluindo o nosso sistema solar) que foi chamado de cinturão de fótons. Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm  Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de muitos estudos.
Um fótons consiste na decomposição do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética, algo que ainda se desconhece na terra. Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do cinturão de fótons, marca o inicio de uma expansão de consciência além da terceira dimensão. A ida do homem a lua, nos anos sessenta, simbolizou esta dimensão, já que antes das viagens interplanetárias era impossível perceber o cinturão. 
A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de fótons, ficando mais próximo de Alcione. A última vez que a Terra passou por ele foi durante a “Era de Leão”, há cerca de doze mil anos.
Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação.
Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros. A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão. Talvez por isso os hinduístas chamem de “Era da Luz” os tempos que estão por vir.
Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons e em 1998 a sua metade já estava dentro dele. A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avançando, até 2.012, quando vai estar totalmente imersa em sua luz.
De acordo com as cosmologias maia e asteca, 2.012  foi o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas.
Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto física quanto psíquicas que precisamos nos submeter para realizarmos uma mudança dimensional. Um novo campo de percepção está disponível para aqueles que aprenderem a ver as coisas de uma outra forma. 
Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão. Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física. As idéias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na terceira dimensão, plano da materialização.
Os fótons funcionam como purificadores da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta “Era de Luz”, depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Trevas, como os hindus se referiam a Kali Yuga.
Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada. 
E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica. A inteligência da Terra será catalisada para toda a Via Láctea.
A tudo isso chamamos de transição planetária.
Mas afinal, o que   é essa Grande Transição?
Divaldo Franco através do Espírito Joana de Angelis no Livro “Transição Planetária”,nos orienta o seguinte:
É algo que não acontecerá da noite para o dia, mais durante muitos anos.Talvez séculos.
É a transformação do planeta Terra de mundo de expiações e provas, onde o mal impera, em mundo de regeneração onde há predominância do Bem.   Portanto, não é  o fim do planeta, mas o fim de uma era, a era na qual o mal predominava na Terra.
Como todo momento de transição há um tumulto previsto pelo próprio Cristo, relatado por Mateus em 24:21 – “Porque haverá então grande aflição como nunca houve desde o princípio do mundo até agora nem tampouco haverá jamais”. É este momento de aflições coletivas que estamos passando, onde a iniqüidade tem atingido o auge, gerando desesperança pela própria dor, e indiferença pela dor do próximo em muitas pessoas.
Todavia, é fundamental que estejamos atentos ao processo de transição, pois é um momento crucial em nossas vidas, e evitemos a desesperança e a indiferença. Jesus mesmo prediz isso em Mateus 24:12 – “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará”.
Todos nós que estamos vivendo este momento somos convidados a buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça, como nos ensina Jesus, de modo que cada um desenvolva o amor a si mesmo e ao próximo como a si mesmo, fazendo aos outros o que gostaria que fizesse a si.
Como a Terra deixará de ser um  planeta de expiações e provas, onde o mal predomina, aqueles que não estiverem dispostos a praticar o Amor e o Bem serão exilados em outro planeta, pois caso continuem a viver na Terra, devido à prática contumaz do mal e a capacidade tecnológica alcançada atualmente no planeta, essas pessoas, ainda voltadas ao mal, destruiriam o próprio planeta, fato também previsto por Jesus em Mateus 24:22 – “E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos, serão abreviados aqueles dias”.
Estes espíritos que se  recusam  a praticar a lei do amor  que tanto nos ensinou o Divino Mestre, não conseguirão ficar encarnados no planeta Terra. Após a morte. serão expulsos para outros mundos menos adiantados. Serão substituídos por outros, vindos de Alcione, Espíritos  evoluídos que aceitaram a  missão de encarnar no planeta terra para ajudar na evolução da raça humana.   É a separação do Joio do trigo. Ou o Juízo Final que tanto falam  as  Religiões..
Portanto, este momento de transição é muito importante para todos aqueles que desejam permanecer nos próximos milênios na Terra regenerada, onde não é o planeta que terá fim, e sim o mal.
A Terra, planeta de regeneração, comparada com o que ela é hoje se transformará em um verdadeiro paraíso, no qual todo avanço científico e tecnológico será utilizado exclusivamente para o Bem, fazendo com que as doenças, a miséria material e aniqüidade desapareçam do planeta, pois a miséria moral terá fim.
É fundamental, conforme orienta Jesus, que perseveremos na prática do Amor e do Bem para que possamos continuar a viver neste planeta abençoado, conforme Mateus 24:13 – “Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo e Mateus 5:5 – bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra”.






𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...