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domingo, 16 de outubro de 2016
sábado, 15 de outubro de 2016
“OS VÍCIOS À LUZ DA DOUTRINA ESPIRITA”
Os vícios
são, sem dúvida alguma, a maior chaga moral da humanidade, nos tempos atuais.
Segundo o neurocientista Stefen Clein, em seu
livro A Fórmula da Felicidade, quando enveredamos na obtenção dos prazeres
grosseiros, a área cerebral estimulada é exatamente a mesma, com larga produção
de serotonina e dopamina, que nos dão uma sensação transitória de prazer.
A má notícia é que, imediatamente após, os
hormônios contrarreguladores são liberados, dando-nos uma sensação de mal-estar
e indisposição.
Quando
ingerimos bebidas alcoólicas, buscamos a sexolatria sem afetividade, comemos
doces exageradamente ou nos drogamos, estamos, portanto, estimulando a mesma
área do sistema límbico, numa busca desenfreada por serotonina em nosso
organismo.
O problema é que, após a bebida, vem a
ressaca; após os lautos banquetes, a indigestão e a sonolência; após o sexo sem
amor, a melancolia e o desinteresse. No longo prazo, destruímos prematuramente
o nosso templo físico, pois, como diz Paulo de Tarso, “o salário do pecado
(vício) é a morte” (Romanos 6:23).
Esta é a
diferença básica entre os prazeres materiais e espirituais: os primeiros são
transitórios e imediatamente sucedidos pela dor, levando-nos lentamente à
desencarnação prematura; os segundos, embora mais sutis, têm maior durabilidade
e nenhuma dor, pois tudo o que se refere ao espírito se eterniza e vivifica por
si, pela vinculação intrínseca à Fonte de Tudo.
Esses
prazeres espirituais a que me refiro são o bem que fazemos aos outros e a nós
mesmos, através da caridade, da oração e da meditação.
Quando
fazemos, por exemplo, uma campanha do quilo ou visitamos um hospital ou abrigo
de idosos, sentimos uma agradável sensação que, muitas vezes, persiste a semana
inteira.
Uma forma
simples, portanto, de vencermos as tendências inferiores é substituirmos os
prazeres materiais pelos espirituais. Substituirmos os pensamentos negativos
por positivos. Na pergunta 917 de O Livro dos Espíritos, Fénelon nos orienta
que a predominância da vida moral sobre a vida material é um poderoso
instrumento para enfraquecermos o nosso egoísmo, causa de todos os vícios (p.
913).Ocuparmos o nosso tempo com leituras edificantes, palestras esclarecedoras
e tarefas evangélicas é instrumento valioso para bem empregarmos a nossa libido
e direcionarmos nossos pensamentos, preenchendo com sabedoria os horários
vagos.
No primeiro
mandamento “Ama a Deus sobre todas as coisas”, Jesus nos orienta, com exatidão,
sobre como nos libertarmos da escravidão material. Como tudo, no universo, está
impregnado da Divina Presença, segundo nos esclarece o mestre de Lyon no
capítulo II da gênese kardequiana (a Providência Divina) ao nos apegarmos a
algo material, estamos substituindo o Todo pela parte e isso nos causa dor e
dependência. Quando direcionamos nossas mentes para a Fonte, fazemos o processo
contrário e, portanto, plenificamos o nosso vazio psicológico pela consciência
de plenitude, a solidão pelo Amor Maior, a parte pelo todo, o sofrimento pela
felicidade da percepção do contato íntimo com o Cristo, numa forma de prazer
infinitamente maior e mais duradoura.
“Amar a Deus
sobre todas as coisas” significa, portanto, substituirmos prazeres menores,
materiais, grosseiros e efêmeros por um prazer incomensuravelmente maior, mais
suave e eterno. Quando seguimos o primeiro mandamento, portanto, colocamos o
que é espiritual acima do material e isso nos põe em contato com a nossa
verdadeira essência, nos reposicionando nos trilhos da nossa missão na Terra e
nos felicitando com a paz espiritual dos justos.
Vale
salientar que existe um forte sinergismo entre o “Amar a Deus”, “Amar ao
próximo” e “Amar a si”, pois esses mandamentos áureos se retroalimentam:
1. Não
poderemos amar ao nosso próximo, sem amarmos a nós mesmos, se estamos nos
desvalorizando e autodestruindo fisicamente através dos vícios.
2. Amar a
Deus é amar a si da melhor forma possível, pois percebemos que o nosso Si não é
o corpo físico, mas o espírito imortal que, por sua vez, já está mergulhado na
Consciência Maior que o eterniza e ilumina.
3. Amar a
Deus é amar a si, porque a qualidade de nossa vida melhora infinitamente quando
submetemos a nossa pequena vontade pessoal à Vontade maior. Quando nos
libertamos dos vícios, encontramos o Cristo que habita nossos corações e nos
permitimos ouvir sua voz, que nos guia invariavelmente à felicidade própria e a
das pessoas que amamos.
4. Quando
nos autodestruímos estamos desrespeitando o amor ao próximo, porque
prejudicamos justamente as pessoas que mais amamos. Nossa esposa, filhos, pais
e amigos são os mais afetados, se os trocarmos pela viciação, que antecipará a
nossa morte física. Essa é outra forma extremamente eficaz de evitarmos o
primeiro gole, a primeira mordida compulsiva ou uma relação extraconjugal:
colocarmos na tela mental a figura da nossa esposa e filhos e perceber o quanto
lhe causaremos dor com nossa atitude!
O maior dos
vícios, segundo a pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, é o egoísmo e a maior
virtude é o desinteresse pessoal (pergunta 893).
Portanto, a
chave da felicidade e da liberdade é submetermos nossa pequena vontade à
Vontade Maior, que, num nível mais profundo, também é a nossa e, entrando em
contato com o amor que emana dos nossos corações, exteriorizar o Cristo, o
Sublime Amor, que nos vivifica e que teve sua maior expressão no meigo rabi da
Galiléia.
O amor,
portanto, substituirá todas as nossas necessidades, enchendo de alegria todos
os instantes da nossa vida, conduzindo-nos rumo ao futuro radiante que a todos
nos aguarda.
Fernando
Antônio Neves
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
“ANIMAIS: NOSSOS AMIGOS E IRMÃOS”
A nós, seres
humanos, Deus outorgou a proteção e a condução de nossos irmãos mais novos, os
animais! (Chico Xavier)"
"Algumas
pessoas se ressentem do convívio humano e só não se fecham por
completo
porque o contato constante com animais, sejam eles cães, gatos, pássaros, não
permite que o amor e a ternura se desvaneçam totalmente.
O escritor e
editor britânico Joe Randolf Ackerley, morto em 1967, não era o que se pode
chamar de amante dos animais. Seu comportamento chegou a ser considerado
excêntrico.
Na
maturidade, adotou uma pastora alsaciana de nome Queenie. Ela se transformou em
sua grande companheira, a amiga ideal e o melhor relacionamento de sua vida,
segundo o próprio escritor. Por causa dela, ele mudou.
Sua produção
literária teve uma melhora significativa. Nos quinze anos em que conviveu com
Queenie, produziu seus melhores livros.
Em Minha
cadela Tulipa, um romance cheio de ternura, ele narra a amizade e o amor
verdadeiro que compartilhou com sua leal companheira. O livro foi transformado
em uma animação, que recebeu vários prêmios.
Na primeira
metade do século XX, na cidade de Shibuya, o professor Hidesabaro Ueno adotou
um cão da raça Akita e o chamou de Hachiko.
Diariamente,
o cão acompanhava o dono até a estação de trem e ali aguardava que ele
retornasse de Tóquio, onde lecionava.
Essa foi a
rotina dos dois por mais de um ano, até que Ueno teve um acidente vascular
cerebral e morreu.
Durante dez
anos, o cão ficou aguardando seu amado dono, na estação, para surpresa e
comoção de todos, que passaram a alimentá-lo.
Essa
história de amor e lealdade, concluída com a morte do fiel animal, foi
divulgada por todo o Japão. Tornou-se matéria de jornal, documentário, livro e
inspirou o filme Sempre a seu lado.
Diariamente,
cães e gatos anônimos alegram o nosso dia a dia, dão carinho e amor
incondicionais aos que lhes somos donos, ajudam a reduzir nossa ansiedade,
estresse, confortam nos momentos de tristeza.
Animais
ensinam a amar e a perdoar.
Eles
existem, não para servir aos seres humanos como escravos, mas para lembrar-nos
de que todos somos criaturas de Deus.
Somos
responsáveis por sua manutenção, pelos cuidados de que carecem.
Infelizmente,
muitos não estamos atentos a esse papel no mundo. Maltratamos, abandonamos, agredimos,
exploramos, torturamos e até os matamos, de forma cruel.
Em
contrapartida, inúmeros voluntários resgatam animais em situação de risco,
doentes, feridos. Cuidam para que se recuperem e se reintegrem ao mundo, às
vezes, com o sacrifício do próprio repouso e alimento.
São almas
abnegadas que, inspiradas pelo sublime defensor da natureza, Francisco de
Assis, entenderam que, no Universo, tudo está interligado. E que os animais são
nossos irmãos menores.
O nobre
Franciscano dizia que todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do
homem. Deus deseja que ajudemos aos animais. Toda criatura tem o mesmo direito
de ser protegida.
Que possamos
nos lembrar de que, como irmãos mais velhos, na escalada evolutiva da Terra,
temos a responsabilidade dos cuidados necessários aos animais."
Redação do
Momento Espírita.
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
“COMO AS DORES DOS QUE FICARAM AFETAM OS ESPÍRITOS”?
Como ficamos
quando os nossos entes amados se vão e como os afetamos mesmo que
indiretamente?
A primeira
parte da pergunta é muito fácil de ser respondida: nós ficamos muito tristes.
Isso é um fato. Muitos são os sintomas que podem ser vivenciados profundamente
por cada um de nós: a saudade bate, arrependimentos se fazem presentes, a culpa
por atitudes impensadas martela o nosso coração...
Na maioria
das vezes, sentimos um vazio em nossas vidas que, a cada dia, nos faz lembrar
que alguém deixou de estar conosco. Então, nós sofremos: sofremos pouco,
sofremos muito, sofremos bastante... depende de cada um de nós.
Pensamos o
quanto fomos vitimados por aquela situação dolorida que nos arrancou de nosso
meio a presença de alguém que nos era muito querido, quase essencial.
Mas, em
nosso egocentrismo pensamos que somente nós sentimos saudade. Esquecemos que
não existe morte e que, do outro lado da vida, aqueles que são alvo de nossa
saudade também a sentem e com intensidade.
Esquecemos
que, se eles estão vivos, também estarão sentindo a mesma ausência, a mesma
saudade, a mesma dor por terem tido a necessidade de se ausentar de uma vida
que, em muitos casos, nem queriam perder.
O
interessante, todavia, é que as nossas emoções não se fixam somente em nós,
estejamos nós no plano material ou espiritual. O amor nos liga ao ser amado
aonde quer que ele se encontre.
Vamos
pensar: se estamos o tempo todo em constante ligação energética com quem
amamos, imaginem se estivermos (desencarnados) fixados em alguém (encarnado)
que está portando sentimento de tristeza, de saudade, de arrependimento e de
culpa que foram construídos pela nossa ausência (no desencarne)? Imaginem que
pudéssemos sentir tudo isso com muita intensidade! Se não é fácil lidar somente
com as nossas dores, imagine nos depararmos com a dor que “provocamos” em
alguém que amamos. Pois é o que acontece! Quando estamos no plano extrafísico,
as emanações energéticas exacerbadas de nossos entes encarnados chegam a nós
com intensidade e são quase audíveis.
Por isso, se
amamos a quem se foi, temos que tomar cuidado com os sentimentos que
alimentamos. Porque sentir é uma coisa, alimentar esse sentimento é outro bem
diferente.
Para todo
espírito que desencarna e que se encontra em um equilíbrio razoável (segundo a
sua própria evolução), existe uma proteção natural que o isolará dos
sentimentos normais de saudade dos entes que ficaram, dando-lhe a oportunidade
de uma adaptação à sua nova etapa de vida.
O problema é
quando não acontece assim. O espírito pode chegar portando algum nível de
desequilíbrio que somado ao fato dos seus entes amados estarem sofrendo
devastadoramente, fazem com que ele não consiga lidar bem com o seu retorno às
esferas espirituais.
Ele pode
sentir que precisa ajudar aos seus e, por uma escolha muito equivocada, desejar
estar com eles nas esferas carnais. Imediatamente, ele se desloca para junto
dos seus amados, fazendo com que todos entrem num processo prejudicial de
influenciação.
Se não ficou
claro, eu explico: todo espírito é livre para fazer o que quiser e, no plano
espiritual, estará onde ele mais se identifica. Se ele deseja estar com os seus
entes queridos, ele poderá se deslocar para junto deles. Mas, o problema é que
ele não sabe o que fazer, porque ainda não se adaptou ao plano etéreo.
Então, em
decorrência de uma postura de sofrimento exagerada adotada pelos próprios entes
encarnados, inicia-se um processo obsessivo destes junto ao desencarnado,
escravizando-o e alimentando uma ligação dolorosa de sofrimento mútuo.
Vê-se,
portanto, que esse processo de influenciação pode partir dos encarnados. E isso
em razão da ignorância daqueles que amam, mas que não conseguem amar
livremente. Não conseguem libertar o alvo de seu amor, por acreditar que eles
(encarnados) somente serão felizes ao lado daquele que se foi. Não conseguem
entender que amar é libertar, é aceitar os desígnios de Deus, quando chega o
momento em que os seres que se amam precisam se distanciar por algum tempo. Não
acreditam que a ponte de amor que os une é forte para jamais se romper.
Por isso, precisamos ficar atentos aos nossos
sentimentos desequilibrantes, seja para dar alento ao coração daquele amado que
se distanciou, seja para que possamos aprender o melhor desse momento doloroso
e trazermos paz ao nosso próprio coração.
Por incrível
que pareça, a saudade é um sentimento importante em todos os seres, mas que
quando em exagero, nos traz sofrimentos incalculáveis.
Se não
sentíssemos saudade, não daríamos a devida importância àquela pessoa em nossa
vida. Mas, para o nosso próprio bem, cabe a nós compreendermos que essa saudade
deve caber em nosso coração. Se for maior do que ele, nos sufocará, bem como
sufocará o ente amado que a sentirá com todas as dores construídas por nós e que
a ela (saudade) forem somadas.
Portanto,
acreditemos que somos capazes de viver a vida com a lembrança saudosa dos
nossos entes queridos. Assim, estaremos construindo um futuro de felicidade
para nós e para eles, dando-nos a condição de quando chegar a nossa vez de
viajar para o outro lado, estejamos aptos para sermos recebidos com louvor por
estes seres tão amados.
- Adriana
Machado
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