O início da “Quaresma”, um dos períodos mais
difíceis para os Médiuns e todos aqueles que sentem influências dos nossos
Irmãos Desencarnados, em função da presença deles, para participar do Carnaval,
especialmente os da “Zonas Umbralinas”, que praticamente abandonam o “Umbral”,
para gozar a “Festa Mundana” e reviver o Tempo da Matéria.
Como eles tem enormes dificuldades para
voltar e querem continuar no “Plano Físico”, aproveitam-se de “Médiuns Invigilantes”,
para absorver “Fluídos” e praticamente ficar sem sofrimentos, num terrível
processo de “Obsessão Espiritual”, esgotando nossos queridos Irmãos Encarnados,
muitas vezes, levando-os a “Grande Desespero e Tristeza”.
Mais triste ainda, é a situação de muitos
Irmãos já Socorridos, que abandonam às Unidades Socorristas do Espaço,
atendendo, infelizmente, a “Baixa Frequência Vibratória” desses dias, “Emanação
Deletéria” de Irmãos do Corpo Físico, que se entregam a todo tipo de gozo da
carne. Como não sabem voltar, às dificuldade desses Irmãos é muito grande,
precisam dos “Fluídos” dos Médiuns, para não sofrer tanto e tentar uma forma de
voltar aos “Postos de Socorro do Espaço”.
Como “AGIR”, para não ficar à mercê desses
Irmãos Menos Esclarecidos do Umbral:
1) “VIGIAR”,
para não cair nas mãos deles, mantendo Pensamentos Elevados, Superiores e
Benéficos.
2) “ORAR”,
para ficar ligados ao nossos Irmãos Superiores, Mentores, Guias Espirituais,
Protetores e Espíritos Familiares que já se encontram em Elevação Espiritual.
É chegado o tempo da quaresma, período de
quarenta dias que antecede a data mais importante para o cristianismo: “A morte
e a ressurreição de Cristo”. Nesta época, os cristãos em sua maioria, são
convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes.
Para os católicos, faz-se necessário a
oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação
para a Páscoa. No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas
cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências. Os fiéis mais tradicionais
se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem
cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo
de sacrifício neste período.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a
palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a
Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado. Já o sacrifício, tem o
sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de
acordo com as diferenças culturais.
De um modo geral, as penitências são
caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem
a Deus, isentando-os de seus pecados.
Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir
os homens de seus erros? Até que ponto as penitências são válidas? Será que
necessitamos de um período específico para refletir nossas atitudes e dar
início a uma transformação moral?
Busquemos a resposta em O Livro dos
Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de
Conservação”:
720. São
meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma
expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem
aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
a) Haverá
privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a
privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a
alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das
coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que
carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma ilusão.”
722. Será
racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é
ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde. Alguns legisladores,
porém, com um fim útil, entenderam de interditar o uso de certos alimentos e,
para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas
de Deus.”
726. Visto
que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente,
dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
“Os
sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus. Os
sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de
outrem. Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida,
mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns
fanáticos de muitas seitas?
Por que de preferência não trabalham pelo
bem de seus semelhantes? Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem
pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas
vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus. Sofrer alguém voluntariamente
,apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os
preceitos do Cristo.”
Analisando
as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do
Espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões. Para a
doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem
das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito,
entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não
limitando-se a quarenta dias a cada ano.
Terá maior
mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem,
ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos
imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.
Com relação
a abstinência de certos alimentos, segundo o Espiritismo, nos é permitido
consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época
do ano, isso se aplica ao consumo de carne. Devemos considerar que nossa
matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal
fonte é a carne.
A proibição
do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na Idade Antiga,
consolidando-se na Idade Média, época em que os pobres não tinham recursos para
introduzir a carne em suas refeições. Desta forma a carne vermelha era
consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula,
um dos pecados capitais.
Para evitar
conflitos com a nobreza, a Igreja orientava o consumo de carne à livre demanda,
por sete dias, antes do período quaresmal; essa tradição ficou conhecida como
“carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval. Após o “carnevale”,
a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a
Páscoa. O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.
Com o passar
dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a
tradição dos banquetes. E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a
abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são
apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.
Diante
dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco
contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado
caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito
depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.
Busquemos
sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma
íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também
auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.
Referências:
“O Livro dos
Espíritos” – Allan Kardec
FONTE: Grupo
Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro