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sexta-feira, 26 de maio de 2017
quinta-feira, 25 de maio de 2017
"QUEM SÃO OS ESPÍRITOS?"
Os Espíritos
são os seres inteligentes da criação. Todos nós somos espíritos. Os espíritos
como nós, que atualmente habitam a crosta da Terra, são chamados de espíritos
encarnados (pois estão envolvidos pela carne, matéria grosseira, que constitui
nosso corpo). Os espíritos que já abandonaram o seu envoltório corporal
(material), são chamados de espíritos desencarnados.
Além do
mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, existe o mundo espiritual,
habitação dos Espíritos desencarnados.
Os Espíritos
são criados simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimentos. Evoluem,
intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais
elevada, até a perfeição. A felicidade eterna e pura é para os que alcançam essa
perfeição. Através da reencarnação os espíritos se aperfeiçoam. O objetivo da
reencarnação é a evolução, pois só através dela pode-se viver certas
experiências, como os resgates de dívidas. Para uns é uma expiação; para outros
é uma missão. A encarnação tem também um outro objetivo: dar ao espírito
condições de cumprir sua parte na obra da criação. Os Espíritos reencarnam
tantas vezes quantas forem necessárias ao seu aprimoramento. Os Espíritos
preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Onde vivem e
o que fazem os Espíritos desencarnados?
Os espíritos
desencarnados povoam o universo fora do mundo material, ou seja, o mundo
espiritual (ou das inteligências incorpóreas), que preexiste e sobrevive a
tudo, e que constitui o mundo invisível para nós, que estamos momentaneamente
encarnados.
Os espíritos
desencarnados estudam, trabalham e desenvolvem diversas atividades no mundo
espiritual (Ver Colônias Espirituais)
Estão sempre
ao nosso lado, nos observam e agem entre nós de diversas maneiras, pois os
Espíritos são uma das forças da natureza e os instrumentos dos quais Deus se
serve para a realização de Seus desígnios.
Os Espíritos
sabem de tudo?
Os Espíritos
são as almas dos homens que já perderam o corpo físico. A exemplo do que observamos
na Humanidade encarnada, o conhecimento que eles têm é correspondente ao seu
grau de adiantamento moral e intelectual.
A “morte” é
apenas uma passagem para a vida espiritual (na verdade é uma “volta”, pois a
vida espiritual é a nossa verdadeira vida) e não dá valores morais ou de
inteligência a quem não os tem.
Todos os
Espíritos são iguais?
Não. Os
Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que
tenham alcançado:
Espíritos
Puros – Espíritos que atingiram a perfeição máxima. Passaram por todos os graus
da escala e se libertaram de todas as impurezas da matéria. Tendo atingido o
mais elevado grau de perfeição de que é capaz a criatura, não têm mais que
sofrer provas nem expiações, não estando mais, desta forma, sujeitos à reencarnação
em corpos perecíveis. Gozam de uma felicidade inalterável por não estarem mais
sujeitos nem às necessidades, nem às variações e transformações da vida
material. São os mensageiros e ministros de Deus, cujas ordens executam para a
manutenção da harmonia universal. Comandam todos os Espíritos que lhes são
inferiores, designando-lhes missões e ajudando-os a se aperfeiçoarem. São
chamados, às vezes, de anjos, arcanjos ou serafins.
Bons
Espíritos – Espíritos nos quais o desejo do bem é o que predomina. Suas
qualidades e poder para fazer o bem estão em conformidade com o grau que
alcançaram. Uns têm a ciência; outros, a sabedoria e a bondade. Os mais
adiantados reúnem o saber às qualidades morais. Não estando ainda completamente
desmaterializados, conservam mais ou menos, de acordo com sua categoria, os
traços da existência corporal, tanto na forma da linguagem quanto nos costumes,
entre os quais se identificam algumas de suas manias. Não fosse por isso,
seriam Espíritos perfeitos. São felizes pelo bem que fazem e pelo mal que
impedem.
A esta ordem
pertencem os Espíritos designados nas crenças populares pelos nomes de gênios
bons, gênios protetores ou espíritos do bem.
Pode-se
dividi-los em quatro grupos principais:
· Espíritos
Superiores – Reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade.
· Espíritos
de Sabedoria – As qualidades morais do mais elevado grau formam seu caráter.
· Espíritos
Prudentes ou Sábios – Preocupam-se menos com as questões morais do que com as
científicas, para as quais têm mais aptidão.
· Espíritos
Benevolentes – Sua qualidade dominante é a bondade; satisfazem-se em prestar
serviços aos homens e em protegê-los, mas seu saber é limitado. Seu progresso é
maior no sentido moral do que no intelectual.
Espíritos
Imperfeitos – Espíritos caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e
pelas paixões inferiores. Aqui há uma predominância da matéria sobre o
Espírito, caracterizada pelos sentimentos como inveja, ciúme, orgulho, egoísmo
e todas as más paixões que são as conseqüências dos maus pensamentos.
Nem todos
são essencialmente maus. Entre alguns há mais ignorância, leviandade,
inconsequência e malícia do que verdadeira maldade. Alguns não fazem o bem nem
o mal; mas, apenas pelo fato de não fazerem o bem, já demonstram sua
inferioridade. Outros, ao contrário, se comprazem no mal e ficam satisfeitos
quando encontram a ocasião de o fazer.
Pode-se
dividi-los em cinco classes principais:
· Espíritos
Batedores e Perturbadores – Parecem estar ainda, mais do que outros, ligados à
matéria e ser os agentes principais das variações e transformações das forças e
elementos da natureza no globo, seja ao atuarem sobre o ar, a água, o fogo, os
corpos duros ou nas entranhas da terra. Manifestam, frequentemente, sua
presença por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas, o movimento e o
deslocamento anormal dos corpos sólidos, a agitação do ar, etc.
· Espíritos
Neutros – Não são bastante bons para fazer o bem, nem suficientemente maus para
fazer o mal. Inclinam-se tanto para um quanto para o outro e não se elevam
acima da condição comum da humanidade, tanto pela moral quanto pela
inteligência. Eles se prendem às coisas deste mundo e lamentam a perda das
alegrias grosseiras que nele deixaram.
· Espíritos
Pseudo-Sábios – Seus conhecimentos são bastante amplos, mas acreditam saber
mais do que sabem na realidade. Sua linguagem tem uma característica séria que
pode induzir ao erro e ocasionar enganos sobre suas capacidades e seus
conhecimentos. É uma mistura de algumas verdades ao lado dos erros mais
absurdos, no meio dos quais sobressai a presunção, o orgulho, a inveja e a
obstinação das quais não puderam se libertar.
· Espíritos
Levianos – São ignorantes, maliciosos, inconsequentes e zombeteiros.
Comprazem-se em causar pequenos desgostos e pequenas alegrias, atormentar e
induzir maliciosamente ao erro por meio de mistificações e espertezas. Nas suas
comunicações com os homens, a linguagem é algumas vezes espirituosa e
engraçada, mas quase sempre sem profundidade. Compreendem os defeitos e o
ridículo humanos, exprimindo-os em tiradas mordazes e satíricas.
· Espíritos
Impuros – São inclinados ao mal e fazem dele o objeto de suas preocupações. Dão
conselhos falsos, provocam a discórdia e a desconfiança e se mascaram de todas
as formas para melhor enganar. Ligam-se às pessoas de caráter mais fraco, que
cedem às suas sugestões, a fim de prejudicá-los, satisfeitos em poder retardar
o seu adiantamento e fazê-las fracassar nas provas por que passam. Quando estão
encarnados, são inclinados a todos os vícios que geram as paixões vergonhosas e
degradantes: a sensualidade, a crueldade, a mentira, a hipocrisia, a cobiça e a
avareza sórdida. Fazem o mal pelo prazer de fazê-lo e, muitas vezes, sem
motivos e por ódio ao bem, escolhem quase sempre suas vítimas entre as pessoas
honestas. São flagelos para a humanidade, seja qual for a posição da sociedade
a que pertençam, e o verniz da civilização não os livra da baixeza e da
desonra.
Fonte: O livro dos Espíritos.
Fonte: O livro dos Espíritos.
“PARA ONDE VAMOS DURANTE O SONO? ” SUA ALMA ACORDA QUANDO SEU CORPO DORME! ”
Quando
dormimos, nossa alma acorda. Não somos o nosso corpo, em essência, somos a
consciência que habita nosso corpo.
Quando
adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com
isso permitimos que nossa consciência – que está sediada na alma – se desligue
temporariamente e viage pelos mais diferentes locais nas dimensões
extrafísicas.
DIFERENTES
ASSÉDIOS
Podemos
viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos
sintonizados em vibrações positivas. Nessa condição, normalmente quando
acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.
Podemos
também ser obsedados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano
espiritual, por desafetos de outras vidas e até por outros seres encarnados
também em projeção astral. Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir.
E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos
acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal-estar, desânimo
pela vida, entre outros.
Podemos
ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada
por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. Isso também
acontece quando estamos hiperativos mentalmente.
Nestes
casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa
consciência não se liberta por completo. Normalmente nessas situações, após o
período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo
depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude
física e mental.
Durante o
sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais
tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de
existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se
afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo,
sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).
Outros
movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem
do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da
afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da
afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito
será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas
com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou
seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico
terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios
grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa
encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se
encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão
cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta
maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de
uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação
permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana
encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da
personalidade.
Para o
Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de
vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas
ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com
situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços
orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por
satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta
experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o
ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do
passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é
relativa ao grau de evolução do espírito.
Verifiquemos
três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e
403.
P-400 “O
Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? – É como se
perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito
aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu
invólucro, quanto mais grosseiro é este.
P-401
“Durante o sono a alma repousa como o corpo? – Não, o espírito jamais está
inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se
lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por
ele.
P-403 “Como
podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? – Pelos sonhos.
O sono
liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no
estado em que fica logo a morte do seu corpo.
O sonho é a
lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre
sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que
vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda
a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos
fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.
Graças ao
sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos.
As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo,
“assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas
podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma
visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro.
Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as
vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de
Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são
Espíritos imperfeitos.
O sonho é
uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a
desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade
temporária. Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade
moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo
espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda
que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes,
“mestres” etc.
Contamos
ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se
toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O
segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também
uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos
ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer
castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por
desafetos desta ou de outras vidas.
Aluney
Elferr Albuquerque Silva
quarta-feira, 24 de maio de 2017
“FATALIDADE? NINGUÉM MORRE NA VÉSPERA. ”
Haverá
fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme o sentido que se dá a essa
palavra, ou seja, todos os acontecimentos são predeterminados? Nesse caso, como
fica o livre-arbítrio?
– A
fatalidade existe apenas na escolha que o Espírito fez ao encarnar e suportar
esta ou aquela prova.
E da escolha
resulta uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição que ele
próprio escolheu e em que se acha.
Falo das
provas de natureza física, porque, quanto às de natureza moral e às tentações,
o Espírito, ao conservar seu livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre
senhor para ceder ou resistir.
Um bom
Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode influir de
modo a dominar sua vontade.
Um Espírito
mau, ao lhe mostrar de forma exagerada um perigo físico, pode abalá-lo e
assustá-lo.
Porém, a
vontade do Espírito encarnado está constantemente livre para decidir.
Há pessoas
que parecem ser perseguidas por uma fatalidade, independentemente de seu modo
de agir; a infelicidade não é um destino?
– São,
talvez, provas que devem suportar e que escolheram. Mas definitivamente não
deveis acusar o destino pelo que, frequentemente, é apenas a consequência de
vossas próprias faltas.
Nos males
que vos afligem, esforçais-vos para que vossa consciência esteja pura, e já vos
sentireis bastante consolados.
☼ As ideias justas ou falsas que
fazemos das coisas nos fazem vencer ou fracassar de acordo com nosso caráter e
posição social.
Achamos mais
simples e menos humilhante para o nosso amor-próprio atribuir nossos fracassos
à sorte ou ao destino, e não à nossa própria falta.
Se a
influência dos Espíritos contribui para isso algumas vezes, podemos sempre nos
defender dessa influência afastando as ideias que nos sugerem, quando são más.
Algumas
pessoas mal escapam de um perigo mortal para logo cair em outro; parece que não
teriam como escapar à morte. Não há fatalidade nisso?
– A
fatalidade só existe, no verdadeiro sentido da palavra, apenas no instante da
morte.
Quando esse
momento chega, seja por um meio ou por outro, não o podeis evitar.
Assim,
qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos se a hora não é
chegada?
– Não, não
morrereis, e sobre isso há milhares de exemplos; mas quando a hora chegar, nada
poderá impedir.
Deus sabe
por antecipação qual o gênero de morte que terás na Terra e, muitas vezes,
vosso Espírito também sabe, porque isso foi revelado quando fez a escolha desta
ou daquela existência.
Por causa da
inevitável hora da morte, as precauções que se tomam para evitá-la são inúteis?
– Não. As
precauções que tomais são sugeridas para evitar a morte que vos ameaça, são
meios para que ela não ocorra.
Qual é o
objetivo da Providência ao nos fazer correr dos perigos que não têm
consequências?
– Quando
vossa vida é colocada em perigo, é uma advertência que vós mesmo desejastes, a
fim de vos desviardes do mal e vos tornardes melhor.
Quando
escapais desse perigo, ainda sob a influência do risco que passastes, refletis
seriamente, conforme a ação mais ou menos forte dos bons Espíritos sobre vós
para vos melhorardes.
O mau
Espírito, voltando a tentação (digo mau subentendendo o mal que ainda existe
nele), pensa que escapará do mesmo modo a outros perigos e novamente deixa se
dominar pelas paixões.
Pelos
perigos que correis, Deus vos lembra de vossa fraqueza e a fragilidade de vossa
existência.
Se
examinardes a causa e a natureza do perigo, vereis que, muitas vezes, as
consequências são a punição de uma falta cometida ou de um dever não cumprido.
Deus vos
adverte assim para vos recolherdes em vós mesmos e vos corrigirdes.
O LIVRO DOS
ESPÍRITOS –ALLAN KARDEC – QUESTÕES DE 851 a 855
“DEZ COISAS QUE OS ESPÍRITOS OBSESSORES MAIS GOSTAM EM VOCÊ.”
1. Que você
minta, que não viva a verdade em cada ato, que não faça da vida aquilo que
gosta, que procure preponderar os interesses materiais em relação aos
conscienciais e que jamais cumpra com sua palavra.
2. Que você
tenha dúvida, que se sinta inseguro o tempo todo e que não tenha fé na vida,
nas pessoas e nas possibilidades que o universo nos oferece.
3. Que você
não estabeleça uma conexão com Deus. Que você acredite que só se vive uma vida.
Em especial, que você se concentre em aproveitar a vida no sentido de apenas se
divertir o tempo todo. Principalmente, que você não dê atenção a evolução do
amor e da consciência. Quanto menos você pensar e agir no sentido de realizar a
missão da sua alma, que é o propósito da sua existência, mais você agrada e
facilita o trabalho dos obsessores.
4. Que você
não se preocupe jamais com os outros. Que não pense em caridade, em bem-estar
alheio, em colaborar para a formação de uma sociedade mais digna, justa e
elevada. Quanto mais você pensa unicamente nos seus interesses mundanos, mais
você agrada e facilita o trabalho deles.
5. Que você
jamais perdoe, que sinta muita raiva e desejo de vingar-se das pessoas as quais
lhe fizeram mal. Além disso, que você faça valer a sua palavra a qualquer
preço, sem compaixão, sem paciência e sem respeito. O tipo de campo de energia
produzido por esses sentimentos alimenta muito a força dos obsessores,
oferecendo a eles alimento, energia e campo de ação para suas investidas
nefastas.
6. Que você
jamais estude e que nunca busque o desenvolvimento de seus potenciais. Em
especial que você seja acomodado, preguiçoso e sem iniciativa. Quanto menos
você cuidar do seu corpo, da sua mente, das suas emoções e do seu espírito,
mais você ajudará a facilitar o trabalho. Quanto mais alienado e cético você
for, melhor!
7. Que você
seja fanático, determinista, inflexível, convicto e fascinado. Quanto menos
tolerância, equilíbrio, leveza e sensatez você tiver nos seus atos, mais você
contribuirá as estratégias dos obsessores.
8. Que você
elimine da sua vida a prece, a meditação e qualquer tipo de prática espiritual.
De preferência, que você substitua essas práticas por vícios como drogas,
álcool, fumo, alimentação desequilibrada, jogos e sexo promíscuo. Quanto mais
você abandonar práticas saudáveis, mais você contribuirá para abrir a porta de
acesso que liga os obsessores a você.
9. Que a sua
disciplina seja muito ruim e que você nunca tenha persistência para seguir seus
objetivos, para realizar suas práticas diárias de conexão com Deus e que nunca
tenha perseverança em seguir os seus sonhos.
10. Que
jamais acredite na sua intuição e que siga apenas a voz da razão e que não
confie em nada, absolutamente nada que não seja comprovado cientificamente ou
que não tenha relevância acadêmica. Em especial, que você abandone a sua
sensibilidade de perceber as coisas e situações, acreditando apenas no que você
vê com os próprios olhos. De preferência, quando situações ruins acontecerem em
sua vida, vitimize-se e rapidamente encontre um culpado, que certamente não
deve ser você.
Fonte:
Revista Cristã do Espiritismo.
"A MORTE É O RETRATO DA VIDA QUE TIVEMOS NA TERRA."
Depois da
morte do corpo: A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será
um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade. A opinião caridosa que
formulamos acerca dos outros converter-se-á em recurso de benignidade da
Justiça Divina, no exame de nossos erros. O pensamento de fraternidade e
compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de
nosso equilíbrio. O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-á
farta colheita de alegria.
Mas,
igualmente, além do túmulo:
A
maledicência que partiu de nossa boca será espinheiro a provocar-nos
dilacerações de ordem mental.
A nossa
indiferença para com as amarguras do próximo nos aparecerá por geada
desoladora.
A nossa preguiça surgirá por gerador de inércia.
A nossa
possível crueldade exibirá, na tela de nossas consciências, a constante
repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de nossas vítimas,
compelindo-nos à demora em escuras paisagens purgatoriais.
A morte é o
retrato da vida.
A verdade
revelará na chapa do teu próprio destino as imagens que estiveres criando,
sustentando e movimentando no campo da existência.
Se desejas
alegria e tranquilidade, além das fronteiras de cinza do sepulcro, semeia,
enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes recolher, nas sendas da
ascensão espiritual.
Hoje -
plantação, segundo a nossa vontade.
Amanhã -
seara, conforme a Lei.
Se agora
cultivamos a treva, decerto encontraremos, depois, a resposta respectiva.
Se, porém,
semearmos o amor e a simpatia onde nos encontrarmos, indiscutivelmente, mais
tarde, penetraremos a luz e a beleza da imortalidade vitoriosa.
EMMANUEL -
Livro Plantão de Paz - Chico Xavier
"A PASSAGEM"
A certeza da
vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida.
Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da transição.
Sofremos ou não nessa passagem? Por isso se inquietam, e com razão, visto que
ninguém foge à lei fatal dessa transição. Podemos dispensar-nos de uma viagem
neste mundo, menos essa. Ricos e pobres, devem todos fazê-la, e, por mais
dolorosa que seja a passagem, nem posição nem fortuna poderiam suavizá-la
A
insensibilidade da matéria inerte é um fato, e só a alma experimenta sensações
de dor e de prazer. Durante a vida, toda a desagregação material repercute na
alma, que por este motivo recebe uma impressão mais ou menos dolorosa. É a alma
e não o corpo quem sofre, pois este não é mais que instrumento da dor: - aquela
é o paciente. Após a morte, separada a alma, o corpo pode ser impunemente
mutilado que nada sentirá; aquela, por insulada, nada experimenta da destruição
orgânica. A alma tem sensações próprias cuja fonte não reside na matéria
tangível. O perispírito é o envoltório da alma e não se separa dela nem antes
nem depois da morte. Ele não forma com ela mais que uma só entidade, e nem
mesmo se pode conceber uma sem outro. Durante a vida o fluido perispirítico
penetra o corpo em todas as suas partes e serve de veículo às sensações físicas
da alma, do mesmo modo como esta, por seu intermédio, atua sobre o corpo e
dirige-lhe os movimentos.
A extinção
da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do
laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca.
O fluido
perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a
separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do
perispírito ligado a uma molécula do corpo. "A sensação dolorosa da alma,
por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contacto
existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior
ou menor dificuldade que apresenta o rompimento." Não é preciso portanto dizer
que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. Estas
circunstâncias é que nos cumpre examinar.
A causa
principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da
alma. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à
matéria, que atinge o seu máximo no homem cujas preocupações dizem respeito
exclusiva e unicamente à vida e gozos materiais. Ao contrário, nas almas puras,
que antecipadamente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo.
E desde que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau
de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou
penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento.
Em se
tratando de morte natural resultante da extinção das forças vitais por velhice
ou doença, o desprendimento opera-se gradualmente; para o homem cuja alma se
desmaterializou e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o
desprendimento quase se completa antes da morte real, isto é, ao passo que o
corpo ainda tem vida orgânica, já o Espírito penetra a vida espiritual, apenas
ligado por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração. Nesta
contingência o Espírito pode ter já recuperado a sua lucidez, de molde a
tornar-se testemunha consciente da extinção da vida do corpo, considerando-se
feliz por tê-lo deixado. Para esse a perturbação é quase nula, ou antes, não
passa de ligeiro sono calmo, do qual desperta com indizível impressão de
esperança e ventura.
No homem
materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do Espírito, e para o qual
a vida espiritual nada significa, nem sequer lhe toca o pensamento, tudo
contribui para estreitar os laços materiais, e, quando a morte se aproxima, o
desprendimento, conquanto se opere gradualmente também, demanda contínuos
esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às
vezes procura romper os elos resistentes, e outras se agarra ao corpo do qual
uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.
Quanto menos
vê o Espírito além da vida corporal, tanto mais se lhe apega, e, assim, sente
que ela lhe foge e quer retê-la; em vez de se abandonar ao movimento que o
empolga, resiste com todas as forças e pode mesmo prolongar a luta por dias,
semanas e meses inteiros.
Certo, nesse
momento o Espírito não possui toda a lucidez, visto como a perturbação de muito
se antecipou à morte; mas nem por isso sofre menos, e o vácuo em que se acha, e
a incerteza do que lhe sucederá, agravam-lhe as angústias. Dá-se por fim a
morte, e nem por isso está tudo terminado; a perturbação continua, ele sente
que vive, mas não define se material, se espiritualmente, luta, e luta ainda,
até que as últimas ligações do perispírito se tenham de todo rompido. A morte
pôs termo a moléstia efetiva, porém, não lhe sustou as conseqüências, e,
enquanto existirem pontos de contacto do perispírito com o corpo, o Espírito
ressente-se e sofre com as suas impressões.
Quão diversa
é a situação do Espírito desmaterializado, mesmo nas enfermidades mais cruéis!
Sendo frágeis os laços fluídicos que o prendem ao corpo, rompem-se suavemente;
depois, a confiança do futuro entrevisto em pensamento ou na realidade, como
sucede algumas vezes, fá-lo encarar a morte qual redenção e as suas
conseqüências como prova, advindo-lhe dai uma calma resignada, que lhe ameniza
o sofrimento.
Após a
morte, rotos os laços, nem uma só reação dolorosa que o afete; o despertar é
lépido, desembaraçado; por sensações únicas: o alívio, a alegria!
Na morte
violenta as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação
inicial há começado previamente a separação do perispírito; a vida orgânica em
plena exuberância de força é subitamente aniquilada. Nestas condições, o
desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. O
Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido e sente, e pensa, e
acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda o seu estado.
Este estado intermediário entre a vida corporal e a espiritual é dos mais
interessantes para ser estudado, porque apresenta o espetáculo singular de um
Espírito que julga material o seu corpo fluídico, experimentando ao mesmo tempo
todas as sensações da vida orgânica. Há, além disso, dentro desse caso, uma
série infinita de modalidades que variam segundo os conhecimentos e progressos
morais do Espírito. Para aqueles cuja alma está purificada, a situação pouco
dura, porque já possuem em si como que um desprendimento antecipado, cujo termo
a morte mais súbita não faz senão apressar. Outros há, para os quais a situação
se prolonga por anos inteiros. É uma situação essa muito freqüente até nos
casos de morte comum, que nada tendo de penosa para Espíritos adiantados, se
torna horrível para os atrasados. No suicida, principalmente, excede a toda
expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz
repercutir na alma todas as sensações daquele, com sofrimentos cruciantes.
Fonte: O Céu
e o Inferno. “Allan Kardec”
terça-feira, 23 de maio de 2017
“IDOLATRIA NA VISÃO ESPÍRITA”
Os Judeus,
saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à
idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as
Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o "BEZERRO DE OURO" como se
ele fosse uma divindade, um amuleto. Indignado, matou 3 mil homens,
contrariando um dos mandamentos da lei das tábuas: ‘Não matarás.” Mas o mesmo
“Deus”, que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins
de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe,
também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima de uma haste, para
curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Num 21, 8-9). Manda, ainda,
Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas,
flores, bois e leões (I Reis 6, 23-35 e 7, 29). Não é um incentivo a idolatria?
Os espíritas
não adotam imagens, mas entendem que idolatria não é simplesmente adorar
imagens de pedra, madeira, gesso, ouro, etc., mas qualquer coisa material. Por
exemplo: há sim, quem idolatre "santos", "imagens" com
interesse em fazer pedidos, sem buscar seguir seus exemplos de vida e pedidos;
mas, há também, quem diga não ter tempo e dinheiro para dispensar à caridade,
mas dispensam tempos e dinheiro iguais ou maiores para idolatrar cantores,
atores, jogos, festas, etc.; há quem idolatre time de futebol a ponto de reagir
violentamente aos que torcem para outros times; há quem idolatre a religião
chegando a causar brigas, desentendimentos, inimizades e até guerras
contrariando os preceitos morais pregados por ela; há quem reaja a um assalto,
com intenção de matar ou morrer, por idolatrar bens materiais; há quem comete
adultério escondido do(a) cônjuge ou com a conivência dele(a), em trocas de
casais, etc., alegando “apimentar o relacionamento” por idolatrar o sexo; há
quem idolatre o dinheiro, o ouro, a fama, etc., de tal forma que, muitas vezes,
procuram alcançar o objetivo de maneira ilícita, indigna, imoral, etc.; há quem
idolatre pessoas (político, de posição social abastada, etc.), por interesse
pessoal; há espírita que alega várias desculpas para faltar uma palestra em sua
cidade de um orador desconhecido, mas anda quilômetros e quilômetros em
excursão, pagam estadia em hotel, para assistir aquele orador conhecido ou
aquele médium “que faz cura” ou coisas relacionadas a fenômenos; há médiuns
aceitando a idolatria e impedindo assim, a comunicação com os amigos do bem, no
plano espiritual; há espíritas que querem ser idolatrados porque idolatra a
vaidade; há espíritas idolatrando cargos e esquecendo os encargos; há quem
desrespeite seu corpo físico, contrariando a saúde física, por idolatrar bebida
alcoólica, cigarro, drogas em geral, excesso de alimentos. Como vemos, há
vários tipos de idolatria. Quando apontamos um idolatra por "imagens",
não nos damos conta que também somos idolatras de outras coisas que atrapalham
nossa evolução espiritual.
Como disse
Emmanuel: “É indispensável evitar a idolatria em todas as circunstâncias. Suas
manifestações sempre representaram sérios perigos para a vida espiritual.”
Grupo de
Estudos Allan Kardec
Texto de
Rudymara
"TRANSPLANTE DE CABEÇA - VISÃO ESPÍRITA"
Neste ano de
2017 deverá ocorrer o primeiro transplante de cabeça da História.
Falar em
transplante de cabeça é controverso: afinal, o que será transplantado: a cabeça
ou o corpo?
Se
considerarmos que a sede da consciência é a cabeça, poderíamos falar de um
transplante de corpo; afinal, a sede da consciência receberia um novo corpo.
Mas as
coisas não são assim tão simples. Nossa consciência não se manifesta apenas
através da cabeça.
A
consciência se manifesta através da mente (que é um programa); a mente se liga
ao corpo astral através de centros de força; e os centros de força, através dos
chacras, que se localizam no duplo etérico, fazem a conexão com os plexos e
glândulas do corpo físico.
– Achou
complicado?
Esse tema é
tratado, dentre outras obras, nos livros Entre a Terra e o céu, Mecanismos da
Mediunidade e Evolução em dois mundos, de André Luiz; Técnica da Mediunidade,
de Pastorino; e Elucidações do Além de Ramatis – além de obras da Teosofia.
Um
transplante de cabeça, então, seria, de alguma forma, a junção de dois seres.
Isso pode
ser muito estranho se nós considerarmos a consciência apenas como essa
consciência superficial que nós usamos numa comunicação escrita.
Mas nós
temos vários níveis de consciência. Nosso subconsciente guarda tudo sobre nós –
todos os nossos arquivos existenciais estão lá. E a contraparte física do
subconsciente não está necessariamente na cabeça, pelo contrário: alguns
autores chegam a falar em um subcérebro abdominal; há cientistas que afirmam
que a estrutura do coração é semelhante à estrutura do cérebro, inclusive com
neurônios.
Para nós
compreendermos melhor o que aconteceria no caso de um transplante de cabeça
exitoso, nós temos que analisar o pouco que nós já sabemos sobre transplantes
de órgãos.
Existe um
fenômeno que tem sido chamado de memória celular.
Há muitos
casos de transplantados que herdaram gostos, comportamentos e até modos de
pensar semelhantes aos dos doadores dos órgãos.
Os doutores
Paul Pearsall e Gary Schwartz escreveram um livro contando casos assim
relacionados especificamente a transplantes de coração. Não fica nenhuma dúvida
de que as pessoas que receberam os órgãos receberam, juntamente com os órgãos
físicos, emoções, gostos, predisposições e até sentimentos do doador.
Uma das
transplantadas abordadas no livro, Sylvia Claire, escreveu um livro contando
mais detalhes da sua história – este livro está traduzido para o português; se
chama A voz do coração.
Para termos
uma ideia: há relatos de pessoas que de um momento para o outro se tornaram
vegetarianas; ou que nunca bebiam e de repente passaram a gostar de cerveja;
pessoas que começaram a se interessar por um determinado esporte, ou por
poesia, ou que mudaram a sua orientação sexual – e depois vieram a descobrir
que seus doadores tinham exatamente essas mesmas características.
Há até o
caso de um transplantado que era uma pessoa muito de bem com a vida e depois do
transplante cometeu suicídio – mais tarde vieram saber que o seu doador tinha
se suicidado.
É preciso
ter em mente que nenhuma dessas pessoas sabia quem era o seu doador. Foram
pesquisar mais tarde justamente pelo fato de terem sofrido mudanças bruscas de
gostos e comportamento depois do transplante.
A teoria do
Dr. Paul Pearsall é a memória celular. As células armazenariam a memória e
carregariam essa memória consigo repassando-as ao receptor do órgão.
– Mas como o
Espiritismo explicaria isso?
Se nos
basearmos em Kardec, podemos dizer que os fluidos que circundam e perpassam
nosso corpo estão saturados com nossos sentimentos e pensamentos e que eles
permaneceriam, por algum tempo, ativos no corpo do receptor do órgão. Mas essa
tese requer que a pessoa que recebeu o órgão esteja em sintonia com o doador,
afinal, nós só captamos sentimentos e pensamentos com os quais temos alguma
afinidade.
Outra tese
seria a da psicometria.
Ernesto
Bozzano tratou exaustivamente da psicometria. E André Luiz, no livro Nos
Domínios da Mediunidade, trata a psicometria como “a faculdade de ler
impressões e recordações ao contato de objetos comuns”. Na verdade esse
entendimento é um desenvolvimento do entendimento de Kardec: os objetos ficam
impregnados com os fluidos da pessoa que utiliza esses objetos, e até das
vibrações do meio em que permaneceu a maior parte do tempo.
Se isso
ocorre com objetos inanimados, com muito mais intensidade ocorreria com um
órgão do corpo humano – mas, mesmo assim, isso dependeria da sensibilidade por
parte do receptor do órgão para captar essas vibrações.
Mas existe
uma outra maneira, muito mais lógica e satisfatória de entender essa questão.
Nós sabemos,
desde Hermes Trismegisto, ou até antes, que assim como é o micro é o macro.
O átomo,
pelo menos no modelo de Bohr, se assemelha muito ao Sistema Solar. É verdade
que o sistema de Bohr tem falhas, mas também é verdade que o Sistema Solar não
é uma estrutura tão regular como se pensava. O fato é que existem grandes
semelhanças entre os modelos micro e macro, pois tudo obedece a Leis e as Leis
são a manifestação de Deus – Deus é o grande conjunto de Leis que nos rege.
Se nós
observarmos uma célula, que é a menor porção de matéria viva, ou melhor, a
menor unidade de vida que nós conhecemos, vemos que ela apresenta organelas que
exercem as mesmas funções básicas do nosso corpo humano.
Nós
acreditamos em reencarnação. E nós também acreditamos, desde Kardec, que os
animais são dotados do princípio inteligente, o mesmo princípio inteligente que
ao se individualizar e se desenvolver dará origem ao que nós entendemos por
espírito.
O primeiro
estágio do princípio inteligente, portanto, é a célula.
Nós temos
100 trilhões de células. Essas células estão sob o nosso comando, sob o comando
da nossa mente. O nosso corpo físico é formado por células. As células se
agrupam e se especializam conforme o modelo comandado por nossa mente.
Nós sabemos
que o plano físico é reflexo do plano astral, e que o corpo físico é reflexo do
corpo astral. O corpo astral é o nosso modelo organizador biológico.
André Luiz,
no livro Evolução em dois mundos, faz um longo estudo sobre o papel das células
na manifestação da nossa vida e na manutenção da nossa forma.
André Luiz
faz referência às células físicas e às células astrais. Nós temos, portanto,
células físicas, que compõe o nosso corpo físico, e temos células astrais que
compõe o nosso corpo astral.
Agora
acompanhe o meu raciocínio:
Eu, neste
momento, estou encarnado, ou seja, eu estou revestido de um corpo de carne.
Mas, mesmo
encarnado, eu tenho um corpo astral.
O corpo
físico é transitório, ele dura apenas uma reencarnação. Mas o corpo astral
permanece enquanto nós permanecemos na Terra, neste astro – por isso o nome
“corpo astral”, porque ele é composto com elementos do astro.
O corpo
físico morre, mas o corpo astral permanece, e é o corpo astral que vai
organizar, mais tarde, um novo corpo físico para a minha próxima reencarnação.
Quer dizer:
nós reencarnamos, desencarnamos; reencarnamos, desencarnamos; mas é sempre o
mesmo corpo astral.
O mesmo
ocorre com as células. São sempre as mesmas células. Nós não trocamos de
células. As células desencarnam e reencarnam.
– Você sabia
que nós trocamos praticamente todas as células do corpo a cada 7 anos?
Claro que
nem todas desencarnam e reencarnam no mesmo ritmo.
As células
do estômago e dos intestinos são trocadas a cada 5 dias, mais ou menos; as
células da pele a cada 2 ou 4 semanas; as células do fígado duram entre 150 e
500 dias – cada grupo de células físicas dura mais ou menos tempo de acordo com
a função que exerce. Os neurônios que compõe o córtex cerebral não se renovam.
– Se as
células estão sempre se renovando, como nós nos mantemos sempre os mesmos? Como
nós mantemos a nossa forma, as nossas características físicas?
Por causa do
DNA no interior das células. O DNA é a mente das células. Essa tese é do grande
(e vergonhosamente desconhecido, no meio espírita) Carlos Torres Pastorino.
Pastorino já defendia essa tese em 1969 – lembrando que o DNA foi descoberto em
1953.
Assim como
nós temos uma mente que age sobre o corpo, a célula também tem uma mente que
age sobre ela. A nossa mente comanda o DNA das células, informando todos os
nossos sentimentos, pensamentos e energias no DNA.
Nós vemos no
capítulo 13 do livro Missionários da Luz, de André Luiz, que o instrutor
Alexandre e uma equipe de técnicos trabalhavam no planejamento reencarnatório
do espírito de Segismundo. Alexandre tinha em mãos os mapas cromossômicos de
Segismundo, onde podia decifrar todas as principais características que
marcariam a nova existência física de Segismundo.
Esse livro
foi publicado antes da descoberta do DNA.
Se
meditarmos um instante na imensidão do Cosmos, é fácil concluirmos que existem
seres incalculavelmente superiores a nós. Seres perante os quais, por
comparação, nós não parecemos mais do que simples células. É possível – e até
provável – que nós façamos parte de uma organização viva tão grande que nós não
podemos nem imaginar.
Do mesmo
modo, nós somos os mentores da evolução de 100 trilhões de minúsculas
organizações biológicas que chamamos de células. Essas células nos acompanham,
provavelmente, por toda a nossa evolução neste planeta.
– Como fica,
então, a questão dos transplantes?
Nós sabemos
que o órgão transplantado permanece com o seu DNA inalterado, ou seja, o
receptor do órgão passa a abrigar na sua própria estrutura física o DNA do
doador.
Uma pessoa
morre. Um ou mais dos seus órgãos são retirados para transplante. As células
que acompanham essa pessoa (espírito) desencarnaram; ela vai se manifestar,
agora, só com as suas células astrais – mas as células físicas, com o seu DNA,
passam a fazer parte da estrutura física de uma outra pessoa. O DNA das células
do órgão transplantado deve passar a obedecer ao comando mental do receptor do
órgão.
Nós vemos
claramente que é preciso haver afinidade entre as programações mentais do
doador e do receptor para que o DNA do órgão transplantado obedeça ao novo
comando mental. Isso pode explicar a alta taxa de rejeição dos transplantes.
Vamos
imaginar agora como seria um transplante de cabeça.
A cabeça de
uma pessoa recebe um novo corpo. Será que a mente da pessoa que recebe um novo
corpo é suficientemente forte para comandar trilhões de células habituadas a
outro comando mental? Será que o DNA (que é a mente das células) de um corpo
inteiro, que foi formatado por outra mente, que é o resultado de outra mente,
será que ele é capaz de se adaptar a um novo comando?
Eu não
acredito.
No
transplante de um órgão importante (como um coração, por exemplo), se doador e
receptor vibram numa frequência próxima uma da outra, é possível a adaptação –
o comando da mente do receptor, que vibra no DNA das suas próprias células,
provoca um fenômeno de indução no DNA das células do órgão transplantado.
Mas num caso
assim, em que o transplante seria, na verdade, de um corpo inteiro, fora as
questões técnicas da cirurgia, que não compete a mim falar, só poderia haver
sucesso, talvez, se houvesse uma afinidade tão grande entre doador e receptor,
a ponto de promover uma relativa adaptação de uma mente a outra.
Existe outra
questão que deve ser considerada. Entre o corpo astral e o corpo físico nós
temos o duplo etérico. Nas palavras de André Luiz, no livro Nos Domínios da
Mediunidade, o duplo etérico é o conjunto dos “eflúvios vitais que asseguram o
equilíbrio entre a alma e o corpo de carne”, “formado por emanações
neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não
conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à
desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte
renovadora”.
O capítulo
13 do livro Obreiros da Vida Eterna, também de André Luiz, narra a
desencarnação de Dimas, em que vemos o delicado trabalho de desfazimento dos
laços energéticos que ligam o corpo astral ao corpo físico.
No caso do
transplante de cabeça (que na verdade é um transplante de corpo), seria imprescindível
a participação de uma equipe de médicos desencarnados para promover o
desligamento dos laços energéticos que ligam o corpo físico a ser transplantado
ao corpo astral do doador do corpo, e fazer a ligação desses laços com o corpo
astral do receptor do corpo.
De qualquer
forma, poderão sair daí grandes aprendizados.
Autor:Morel Felipe Wilkon
Fonte:
http://www.espiritoimortal.com.br/transplante-de-cabeca-uma-visao-espirita/
“A CADA UM SERÁ DADO SEGUNDO AS SUAS OBRAS”
Mas de que
maneira essa justiça se estabelece?
Que
mecanismo coordena essa distribuição, com justiça?
Primeiro é
importante lembrar que a justiça dos homens está calcada na legislação humana,
com base em códigos legais criados pelos próprios homens.
Quando há um
litígio qualquer, um grupo de pessoas especializadas nesses códigos analisa o
processo, julga e define as penalidades aplicáveis ao réu.
A duração
das penas também é estabelecida pelo juiz.
Então
podemos concluir que a justiça dos homens se alicerça no arbítrio, segundo a
visão dos magistrados.
Mas com a
justiça divina é diferente.
As consequências
dos atos se dão de forma direta e natural, sem intermediários.
Em caso de
uma falta qualquer, a penalidade se estabelece de maneira natural, e cessa
também naturalmente, com o arrependimento efetivo e a reparação da falta.
Importante
destacar que na justiça divina não há dois pesos e duas medidas. As leis são
imutáveis e imparciais, e não podem ser burladas.
Um exemplo
talvez torne mais fácil o entendimento.
Se alguém
resolve beber uma dose considerável de veneno, as consequências logo surgirão
no organismo, de maneira direta e natural.
Não é
preciso que alguém julgue o ato e decida o que vai acontecer com o organismo do
indivíduo. Simplesmente o resultado aparece.
Castigo?
Não. Consequência natural derivada do seu ato, da sua livre escolha.
Os efeitos
produzidos no corpo físico não fazem distinção entre o pobre ou o rico, o
religioso ou o ateu, a criança ou o adulto.
As leis
divinas não contemplam exceções, nem concessões. São justas e equânimes.
E essas consequências
duram tanto quanto a causa que as produziu.
Uma vez
passado o efeito do veneno, resta consertar o estrago e seguir em frente. Por
isso a necessidade da reparação.
Nesse caso
devemos considerar que a lei da reencarnação se torna uma necessidade, para que
cada um receba conforme suas obras, segundo a justiça divina.
Se a pessoa
bebe veneno e morre, as consequências do seu ato a seguirão no mundo
espiritual, pois ela sai do corpo mas não sai da vida.
Por vezes, é
necessário renascer num novo corpo marcado pelos estragos que o veneno
produziu.
Castigo?
Certamente não. Consequência direta e natural.
No campo
moral a justiça divina se dá da mesma maneira, distribuindo a cada um segundo
suas obras, sem intermediários.
Mas como
conhecer essas leis?
Ouvindo a
própria consciência, que é onde se encontra esse código divino.
Não é outro
o motivo que leva a pessoa corrupta, injusta, violenta, hipócrita, a tentar
anestesiar a consciência usando drogas, embriagando-se para aplacar o clamor
que vem da sua intimidade.
Uma vez mais
podemos considerar que Jesus realmente é o maior de todos os sábios.
Numa
sentença sintética ele ensinou tudo o que precisamos saber para conquistar a
nossa felicidade.
Sim, porque
se as consequências dos nossos atos são diretas e naturais, podemos promover, desde
agora, consequências felizes para logo mais.
E se hoje
sofremos as consequências de atos infelizes já praticados, basta colher os
resultados, sem se queixar da sorte, e agir com uma conduta ético-moral
condizente com o resultado que desejamos obter logo mais.
Pense nisso!
Nas leis
divinas não existem penas eternas. As consequências infelizes duram tanto
quanto a causa que as produziu.
Assim, como
depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do
livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre,
pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
Dessa forma,
se você deseja um futuro mais feliz, busque ajustar seus atos a sua
consciência, que é sempre um guia infalível onde estão escritas as leis de
Deus.
E, se em
algum momento surgir a dúvida de como agir corretamente: faça aos outros o que
gostaria que os outros lhe fizessem, e não haverá equívoco.
Equipe de
Redação do Momento Espírita, com base em A Gênese, de Allan Kardec, item 32,
cap. I.
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