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sexta-feira, 9 de junho de 2017

"LIBERTANDO OS AFETOS"

Certo dia, num final de inverno, quando as flores da primavera começavam o seu sublime trabalho de recobrir os campos ressecados pelo rigor do inverno, aquela alma generosa deixou o corpo físico.
A despedida foi dolorosa. As mãos quentes dos que ficaram desejavam reter aquele corpo hirto, sem vida, sem movimento.
Inconformados perguntavam: Por que justo ele, que era tão gentil e carinhoso com todos?
Por que justamente ele, que sabia falar e calar, consolar e distribuir entusiasmo à sua volta?
Por que ele, que era um bom filho, bom irmão, bom esposo e bom pai?
Por que Deus o levou?
Por que não levou os criminosos renitentes, os corruptos inveterados, os estelionatários, os infiéis, enfim, porque não levou os homens que degradam a sociedade?
A resposta para todos esses questionamentos é muito simples.
Consideremos que a vida na Terra é uma oportunidade de crescimento para o Espírito imortal.
A existência, no corpo físico, é uma experiência necessária para que o Espírito progrida na conquista de sua felicidade.
Seria, por assim dizer, um tipo de prisão, onde ele pode quitar suas dívidas para com as Leis Divinas e conquistar novas virtudes.
Assim sendo, quem tem poucos débitos liberta-se antes. Quem tem menos compromissos libera-se deles em menor tempo.
Dessa forma, por que queremos que o nosso ente caro permaneça no cárcere se já recebeu alvará de soltura?
Não seria justo, nem do ponto de vista ético nem do racional.
Não queremos dizer com isto que todos os que se libertam antes são menos devedores, pois essa não é a realidade.
Como sabemos, muitos partem antes do tempo por imprevidência ou pelos abusos de toda ordem.
O que gostaríamos de enfatizar é que aqueles que partem naturalmente, pelos meios estabelecidos pela Divindade, sem a intervenção egoísta do homem, podem estar recebendo sua carta de alforria e, por essa razão, alçam voo antes de nós.
Morrer, para o justo, é libertar-se. É matar a saudade dos afetos que o antecederam na viagem de volta. É receber as glórias da vitória por ter vencido mais uma etapa no mundo físico.
E morrer, para o injusto, é deparar-se com o tribunal da própria consciência a acusá-lo por não ter sido corajoso o bastante para vencer-se a si mesmo e por não ter logrado conquistar mais virtudes.
É por essa razão que não devemos lamentar a morte dos justos, mas sim a daqueles que desperdiçam a existência buscando o gozo exclusivo para o corpo, sem pensar no Espírito, único que sobrevive além da aduana do túmulo.
Certo dia, num final de inverno, quando as flores da primavera começavam o seu sublime trabalho de recobrir os campos ressecados pelo rigor do inverno, aquela alma generosa deixou o corpo físico.
Seria o fim?
Não. Era apenas o crepúsculo de uma existência que se encerrava e a aurora de uma nova etapa que se iniciava, na vida que nunca acaba.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 8 de junho de 2017

“AS VESTES DOS ESPÍRITOS”

Inúmeros são os relatos daqueles que dizem ter visto anjos, santos. Ao longo da história, alguns desses videntes foram tidos como loucos ou alucinados.
Durante a Idade Média, eram tidos por bruxos e fogueiras foram alimentadas com seus corpos, toda vez que insistiam em afirmar a veracidade das suas visões.
Na França do século XV, uma menina de treze anos passou a ter visões. Chamava-se Joana e viria a se tornar a heroína da França.
De uma França destroçada pela ausência de amor patriótico, que ela bem soube reacender nas almas.
Joana d'Arc identificava especialmente três dos Espíritos que lhe apareciam como sendo Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel.
Sabe-se que São Miguel nunca declarou a ela se chamar assim. É ela que o denomina dessa forma.
Talvez por ele lhe aparecer trajado da forma que vira, na igreja de sua infância, onde ia orar diariamente, a imagem de pedra como sendo dessa personalidade.
Quanto à Santa Catarina e Santa Margarida, essas são designadas a Joana pelo próprio São Miguel.
Durante os interrogatórios a que foi submetida em seu processo de condenação, ela afirmou: Vi São Miguel e os anjos com os olhos do meu corpo, tão perfeitamente como vos vejo.
E, quando se afastavam de mim, eu chorava e bem quisera que me levassem consigo.
Mas ela não somente vê e ouve maravilhosamente essas criaturas, como também as sente pelo tato e pelo olfato.
Toquei em Santa Catarina, que me apareceu visivelmente. E, referindo-se às duas santas, continua: Abracei-as ambas. Rescendiam perfumes. É bom se saiba que rescendiam perfumes.
Certa feita, quando lhe perguntaram se esses santos da igreja lhe apareciam nus, de uma forma inteligente, ela contra-argumenta:
Por que me indagais isso? Acreditais que Deus não teria com que vesti-los?
Aqueles que têm visões se referem a indumentárias simples, desataviadas, como uma grande veste branca. Outros descrevem com detalhes roupas e adereços, próprios da época em que viveram os personagens que se lhes apresentam à visão.
Deveria transcorrer o tempo e revelações da própria Espiritualidade nos serem feitas, para que pudéssemos entender um pouco mais a respeito desse mundo espiritual, de onde viemos e para onde retornaremos.
Não existe o vácuo, o vazio em parte alguma. Tudo está cheio do hálito de Deus, fluido Universal.
E é desse fluido que, ao sabor da própria vontade, cada Espírito se serve para reproduzir as vestes que deseja, sobretudo, quando se mostra à visão mediúnica, a fim de ser identificado.
Bem tinha razão a jovem heroína em afirmar que Deus tinha com que vestir os Espíritos.
E, em palavras simples, nos ensinou que o mundo espiritual é de grande riqueza, superando em muito as tantas que conhecemos no planeta que habitamos.
É um mundo de ação, beleza, perfumes. Um mundo que nos cerca e que convive conosco, os que transitamos pela carne, temporariamente.
Um mundo povoado de seres que por nós velam e nos protegem.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 4 e 11 do livro Joana d’Arc (médium), de Léon Denis, ed. Feb.

Em 28.04.2011.

"POEMA DA GRATIDÃO" DIVALDO FRANCO


"PRECE PELOS ENFERMOS"

Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas.
Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.
Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.
Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:
Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.
Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.
Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.
Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.
Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.
Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!!

"OBESIDADE MENTAL"

Ao contrário do que  a designação "obesidade mental" possa sugerir, não trataremos aqui do aspecto do ganho de peso excessivo  causado por questões  emocionais, mas adotaremos a expressão  "obesidade mental " para enfocar o excesso de volume  ou "gordura desnecessária" de dados armazenados pelo nosso psiquismo.
Uma questão se impõe nos dias de hoje: o excesso de informações poderia trazer prejuízos ao  nosso psiquismo e a  nossa  espiritualização?
Sim, quando se fala em excesso, não há dúvida que  o agressivo  volume de informações, quando nos impacta e nos impregna, torna-se  acúmulo de dados  que não conseguimos processar de forma organizada e psiquicamente saudável. São partículas ou ondas de informação que promovem em cada um de nós um fenômeno  totalmente específico, pois cada um reage de forma diferente.
O excesso de informações  cria  reservas de energia em nossa intimidade psíquica, nosso inconsciente, e essas reservas pulsam, gerando  campos vibratórios em nossa mente com consequências imprevisíveis para cada pessoa.  Este volume de campos energéticos armazenados  seria a  "obesidade mental".
Atualmente, estamos sujeitos ao bombardeio energético de informações  através da internet, TV, telefone celular e outros veículos de informações. Cumpre a nós o bom senso de não nos alienarmos da vida moderna, não nos isolarmos, mas convivermos de forma equilibrada  com a tecnologia.
Em qualquer forma de obesidade, mais importante  do que o tratamento seria a profilaxia, ou seja, adotarmos um conjunto de medidas preventivas.
A medida preventiva mais eficaz seria, sem dúvida,  uma  dieta adequada. A dieta que sugerimos  teria itens na prescrição. Analogamente à dieta preventiva da obesidade física, onde a redução de determinados alimentos, tais como carboidratos é recomendável, além da diminuição  do volume de todos os alimentos,  deve-se adotar na "obesidade mental " uma dieta psíquica. Esta dieta psíquica prescreve, inicialmente, a  redução quantitativa de estímulos mentais como primeiro item de orientação médica.
Assim, já nos deparamos com  jovens que, simultaneamente,  veem  TV, digitam o teclado do computador,   conversam com a pessoa ao seu lado, observam pela janela o que ocorre lá  fora e pasmem: atendem o celular  ou mantem um fone de ouvido... Caberia  muito bem , neste caso,  uma boa  dieta. Uma redução na "ingestão" de alimentos psíquicos,  montar um prato com  uma montanha menor de  alimentos psíquicos.
O segundo item da nossa prescrição seria, além da dieta quantitativa, uma dieta qualitativa. Da mesma forma como,  na obesidade física, recomendamos reduzir a ingestão de carboidratos, e aumentar a ingestão de alimentos ricos em  vitaminas,  seria, de fundamental importância, selecionarmos os programas, adequar o gênero de informações que estamos captando, inúmeras vezes ao dia, de forma repetida, ( insisto: sistematicamente repetida), e preenchermos parte deste tempo com leitura, música suave e contato com a natureza.
O último item da nossa prescrição constaria de uma transfusão, não uma transfusão sanguínea, mas uma transfusão de energia afetiva, social e familiar. O amor é fundamental em nossas vidas.



Dr. Ricardo Di Bernardi é médico pediatra, homeopata. Fundador e presidente do ICEF em Florianópolis. Autor de vários livros entre eles - Gestação Sublime intercâmbio.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...