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sexta-feira, 9 de junho de 2017

“ENCARNAÇÕES NOS DIFERENTES MUNDOS. HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI”

“ENCARNAÇÕES NOS DIFERENTES MUNDOS. HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI”

III – Encarnação nos Diferentes Mundos
 172. Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra?
  — Não mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição.
 173. A cada nova existência corpórea a alma passa de um mundo a outro, ou pode viver muitas vidas num mesmo globo?
  —Pode reviver muitas vezes num mesmo globo, se não estiver bastante adiantada para passar a um mundo superior.
 173 – a) Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra?
 — Certamente.
 173 – b) Podemos voltar a ela depois de ter vivido em outros mundos?
 — Seguramente; podeis ter já vivido noutros mundos bem como na Terra.
 174. É uma necessidade reviver na Terra?
 — Não. Mas, se não progredirdes, podeis ir para outro mundo que não seja melhor, e que pode mesmo ser pior.
 175. Há vantagem em voltar a viver na Terra?
— Nenhuma vantagem particular, a não ser que se venha em missão, pois então se progride, como em qualquer outro mundo.
 175 – a) Não seria melhor continuar como Espírito?
— Não, não! Ficar-se-ia estacionário, e o que se quer é avançar para Deus.
  176. Os Espíritos, depois de se haverem encarnado em outros mundos, podem encarnar-se neste, sem jamais terem passado por aqui?
— Sim, como vós em outros globos. Todos os mundos são solidários; o que não se faz num, pode-se fazer noutro.
 176 – a) Assim, existem homens que estão na Terra pela primeira vez?
— Há muitos, e em diversos graus.
 176 – b) Pode-se reconhecer, por um sinal qualquer, quando um Espírito se encontra pela primeira vez na Terra?
— Isso não teria nenhuma utilidade.
177. Para chegar à perfeição e à felicidade suprema, que é o objetivo final de todos os homens, o Espírito deve passar pela série de todos os mundos que existem no Universo?
— Não, porque há muitos mundos que se encontram no mesmo grau e onde os Espíritos nada aprenderiam de novo.
 177 a) Como então explicar a pluralidade de sua existência num mesmo globo?
— Eles podem ali se encontrar de cada vez, em posições bastante diferentes, que serão outras tantas ocasiões de adquirir experiência.
 178. Os Espíritos podem renascer corporalmente num mundo relativamente inferior àquele em que já viveram?
— Sim, quando têm uma missão a cumprir, para ajudar o progresso; e então aceitam com alegria as tribulações dessa existência porque lhes fornecem um meio de se adiantarem.
  178 – a) Isso não pode também acontecer como expiação, e Deus não pode enviar os Espíritos rebeldes a mundo inferiores?
— Os Espíritos podem permanecer estacionários, mas nunca retrogradas; sua punição, pois, é a de não avançar e ter recomeçar as existências mal empregadas, no meio que convém à sua natureza.
  178 – b) Quais são os que devem recomeçar a mesma existência?
— Os que faliram em sua missão ou em suas provas.
  179. Os seres que habitam cada mundo estão todos no mesmo grau de perfeição?
— Não. É como na Terra: há os que estão mais ou menos adiantados.
  180. Ao passar deste mundo para outro, o Espírito conserva a inteligência que tinha aqui?
— Sem dúvida, pois a inteligência nunca se perde. Mas ele pode não dispor dos mesmos meios para manifestá-la. Isso depende da sua superioridade e do estado do corpo que adquirir. (Ver influência do organismo, item 367).
  181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
— Sem dúvida que têm corpos, porque é necessário que o Espírito se revista de matéria para agir sobre ela; mas esse envoltório é mais ou menos material, segundo o grau de pureza a que chegaram os Espíritos, e é isso que determina as diferenças entre os mundos que temos de percorrer. Porque há muitas moradas na casa de nosso Pai, e muitos graus, portanto. Alguns o sabem e têm consciência disso aqui na Terra, mas outros anda sabem.
  182. Podemos conhecer exatamente o estado físico e moral dos diferentes mundos?
 — Nós, Espíritos, não podemos responder senão na medida do vosso grau de evolução. Quer dizer que não devemos revelar estas coisas a todos, porque nem todos estão em condições de compreendê-las, e elas os perturbariam.
 Comentário de Kardec: À medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste, aproxima-se igualmente da natureza espírita. A matéria se torna menos densa, ele já não se arrasta penosamente pelo solo, suas necessidades físicas são menos grosseiras, os seres vivos não têm mais necessidade de se destruírem para se alimentar. O Espírito é mais livre e tem, para as coisas distanciadas, percepções que desconhecemos: vê pelos olhos do corpo aquilo que só vemos pelo pensamento.
 A purificação dos Espíritos reflete-se na perfeição moral dos seres em que estão encarnados. As paixões animais se enfraquecem, o egoísmo dá lugar ao sentimento fraternal. É assim que, nos mundos superiores ao nosso, as guerras são desconhecidas, os ódios e as discórdias não têm motivo, porque ninguém pensa em prejudicar o seu semelhante. A intuição do futuro, a segurança que lhes dá uma consciência isenta de remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão: eles a recebem sem medo e como uma simples transformação.
 A duração da vida, nos diferentes mundos, parece proporcional ao seu grau de superioridade física e moral, e isso é perfeitamente racional. Quanto menos material é o corpo, está menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam, quanto mais puro é o Espírito, menos sujeito às paixões que o enfraquecem. Este é ainda um auxílio da providência, que deseja, assim, abreviar os sofrimentos.
 183. Passando de um mundo para outro, o Espírito passa por nova infância?
— A infância é por toda parte uma transição necessária, mas não é sempre tão ingênua como entre vós.
 184. O Espírito pode escolher o novo mundo em que vai habitar?
— Nem sempre; mas pode pedir e obter o que deseja, se o merecer. Porque os mundos só são acessíveis aos Espíritos de acordo com o grau de sua elevação.
 184 – a) Se o Espírito nada pede, o que determina o mundo onde irá reencarnar?
 — O seu grau de elevação.   
 185. O estado físico e moral dos seres vivos é perpetuamente o mesmo em cada globo?
 — Não; os mundos também estão submetidos à lei do progresso. Todos começaram como o vosso, por um estado inferior, e a Terra mesma sofrerá uma transformação semelhante, tornando-se um paraíso terrestre, quando os homens se fizerem bons.
Comentário de Kardec: É assim que as raças que hoje povoam a Terra desaparecerão um dia e serão substituídas por seres mais e mais perfeitos. Essas raças transformadas sucederão à atual, como esta sucedeu a outras que eram mais grosseiras.
 186. Há mundos em que o Espírito, deixando de viver num corpo material, só tem por envoltório o períspirito?
 — Sim, e esse envoltório torna-se de tal maneira etéreo que para vós é como se não existisse; eis então o estado dos Espíritos puros.
 186 – a) Parece resultar daí que não existe uma demarcação precisa entre o estado das últimas encarnações e o do Espírito puro?
 — Essa demarcação não existe. A diferença se dilui pouco a pouco e se torna insensível, como a noite se dilui ante as primeiras claridades do dia.
 187. A substância do períspirito é a mesma em todos os globos?
 — Não; é mais eterizada em uns do que em outros. Ao passar de um para outro mundo, o Espírito se reveste da matéria própria de cada um, com mais rapidez, que o relâmpago.
 188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais ou encontram-se no espaço universal, sem estar ligados especialmente a um globo?
 — Os Espíritos puros habitam determinados mundos, mas não estão confinados a eles como os homens à Terra; eles podem, melhor que os outros, estar em toda parte(1).
(1) De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente: Marte lhe seria ainda inferior e Júpiter muito superior em todos os sentidos. O Sol não seria um mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar de encontro de Espíritos superiores, que de lá irradiam seu pensamento para outros mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais se comunicam por meio do fluido universal. Como constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis, ao que parece, estariam nas mesmas condições.
O volume e o afastamento do Sol não tem nenhuma relação necessária com o grau de desenvolvimento dos mundos, pois parece que Vênus está mais adiantado que a Terra e Saturno menos que Júpiter Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e é de admirar que num globo tão adiantado se encontrem homens que a opinião terrena não considerava tão elevados. Isto, porém, nada tem de surpreendente, se considerarmos que certos Espíritos que habitam aquele planeta podiam ter sido enviados à Terra, em cumprimento de uma missão que, aos nossos olhos, não os colocaria no primeiro plano; em segundo lugar, entre a sua existência terrena e a de Júpiter, podiam ter tido outras, intermediárias, nas quais se tivessem melhorado; em terceiro lugar, naquele mundo, como no nosso, há diferentes graus de desenvolvimento, e entre esses graus pode haver a distância que separa entre nós o selvagem do homem civilizado. Assim, o fato de habitarem Júpiter, não se segue que estejam no nível dos seres mais evoluídos, da mesma maneira que uma pessoa não está no nível de um sábio do Instituto, pela simples razão de morar em Paris.
As condições de longevidade não são, por toda parte, as mesmas da Terra, não sendo possível a comparação de idades. Uma pessoa, falecida há alguns anos, quando evocada, disse haver encarnado, seis meses antes, num mundo cujo nome é desconhecido. Interpelada sobre a idade que tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso calcular, porque não contamos o tempo como vós; além disso, o nosso meio de vida não é o mesmo; desenvolvemo-nos muito mais rapidamente; tanto assim que há apenas seis dos vossos meses nele me encontro, e posso dizer que, quando à inteligência, tenho trinta anos de idade terrena.”
Muitas respostas semelhantes foram dadas por outros Espíritos e nada há nisso de inverossímil. Não vemos na Terra tantos animais adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Porque não poderia dar-se o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado, que o desenvolvimento alcançado pelo homem na Terra, na idade de trinta anos, talvez não seja mais que uma espécie de infância comparado ao que ele deve atingir. É preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos da criação, e seria rebaixar a Divindade, acreditar que, além de nós, ele nada mais poderia criar.

Fonte: Allan Kardec- O Livro dos Espíritos..

“O ESPIRITISMO E A ESCRAVIDÃO. OS ESPIRITAS AJUDARAM NA LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS NO BRASIL. ”

KARDEC E A ESCRAVIDÃO
   Em O livro dos espíritos, Allan Kardec foi bem claro ao tratar do assunto. Ao serem questionados, os espíritos responderam: “É contrária à lei de Deus toda sujeição absoluta de um homem a outro homem. A escravidão é um abuso de força. Desaparecerão com o progresso, como gradativamente desaparecerá todos os abusos”. Desse modo, o direito à liberdade seria um princípio fundamental da doutrina espírita por ser uma lei divina, logo toda forma de escravidão seria condenável. No entanto, que interpretação os espíritas fizeram desse ensinamento? As páginas da imprensa espírita trazem as respostas para essa questão.
   No final do século XIX, a imprensa consolidara-se como um importante veículo difusor de ideias. Havia mais jornais em circulação e crescia o público leitor. Os espíritas estavam atentos a essas mudanças e, desde cedo, elegeram os periódicos como um canal de propaganda espírita. Na década de 1880, circula vam na corte dois importantes periódicos espíritas: a Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade e O Reformador. A imprensa espírita tinha como principal objetivo a divulgação dos princípios da doutrina e a refutação dos ataques dos detratores. No entanto, não se omitia em relação às questões em debate no cenário nacional e não foi diferente quanto à escravidão e sua abolição.
   Desde o início, a imprensa espírita assumiu uma postura contrária à escravidão, mas nem sempre defendeu a abolição. Em artigo publicado em julho de 1882, na Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade, a redação do periódico manifestava-se a favor da emancipação dos escravos, mas afirmava que “a abolição é prejudicial ao escravo e perniciosa à sociedade”. No entanto, ao longo da década de 1880, com o avanço da campanha abolicionista, houve uma mudança de posicionamento. Os espíritas foram abandonando o tom mais moderado e passaram a defender o fim imediato da escravidão.
   Para os espíritas da corte, a extinção do cativeiro era uma entre outras reformas fundamentais para o progresso do país, tais como: o estabelecimento de um Estado laico (uma forma de limitar o ainda marcante poder da Igreja), a liberdade de consciência, a garantia do acesso à terra e o estímulo à vinda de imigrantes. Desse modo, além de dialogarem com os abolicionistas, os espíritas também estavam integrados ao debate político da época, adotando posicionamentos que os aproximavam de certos agrupamentos políticos como os “novos liberais”, os “liberais republicanos” e os “positivistas abolicionistas”.
   Nas páginas da imprensa, os espíritas defenderam o fim da escravidão por via legal, sem estimular agitações ou revoltas. Seu discurso sempre esteve voltado para os senhores de escravos, os legisladores e o governo imperial. Em 15 de novembro de 1884, um artigo publicado no Reformador, assinado com o pseudônimo de Sedora, cobrava da classe política uma atitude para livrar o país dessa doença: “Façam os estadistas como os cirurgiões, extirpem o cancro que vicia e corrói o organismo social, acabem com a escravidão”. Noutras ocasiões, o recurso era apelar ao sentimento cristão da população, em especial dos senhores, para estimulá-los a conceder alforria aos seus cativos.

Com a reencarnação, “o senhor de hoje é o escravo de amanhã”.

   Assim como outras correntes abolicionistas, os espíritas avaliavam o problema da escravidão considerando os aspectos políticos, econômicos e sociais; no entanto, eles construíram discursos originais ao analisar a questão do ponto de vista espiritual. Na perspectiva espírita, a luta contra a escravidão era um movimento que ocorria em dois planos: no material e no espiritual. Em várias oportunidades, eles rogaram a assistência da espiritualidade na condução do problema, atribuíram os avanços obtidos ao apoio dos espíritos desencarnados e divulgaram comunicações espíritas favoráveis ao fim do cativeiro.
   Durante evento, em 1886, que lembrava o desencarne de Allan Kardec, o orador, Manoel Fernandes Figueira, evocou o auxílio do mundo espiritual: “Venha toda essa legião de espíritos da América do Norte para auxiliar a obra da redenção na América do Sul” (Reformador, 1º de maio de 1886). Figueira pedia a contribuição de alguns ilustres já desencarnados como Washington, Lincoln, Victor Hugo, Luís Gama e tantos outros que haviam dado provas de “ardente caridade”. Desse modo, os espíritas entendiam que a transformação social seria fruto do intercâmbio entre o mundo terreno e o mundo espiritual.
   A reencarnação também foi um argumento importante para sensibilizar ou mesmo ameaçar os senhores. “Se conheceis a verdade da multiplicidade das existências humanas, sabereis também que o senhor de hoje é o escravo de amanhã, como este já foi o dominador da véspera” (Reformador, 13 de maio de 1885). Na perspectiva espírita, a situação do senhor era pior do que a do escravo, pois este já estaria expiando suas faltas nesta existência, enquanto o senhor, ao subjulgar seu irmão, estaria comprometendo seu futuro espiritual e assumindo novas dívidas perante a justiça divina.
   “Podemos, pois, nós que trabalhamos por ser espíritas, esquivar-nos a auxiliar aqueles que se afanam na grande obra de redenção dos cativos?” (Reformador, “Emancipação”, 13 de maio de 1885). Tal pergunta soava como uma convocação. O Reformador, então órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, conclamava os espíritas a cerrar fileiras com os abolicionistas. Em sucessivos artigos, durante a década de 1880, o periódico defendeu ser um dever de todo espírita apoiar a causa. Em 15 de julho de 1887, o compromisso era reforçado: “A nós espíritas que respeitamos o Cristo como o nosso Mestre, o nosso Modelo e o nosso Chefe cabe o posto de avançada nesta cruzada bendita de liberdade”. De fato, os espíritas abraçaram a causa.
CARTAS DE ALFORRIA NOS CENTROS ESPÍRITAS
   Durante a campanha abolicionista, as instituições espíritas da corte mobilizaram-se frequentemente para arrecadar donativos que poderiam ter como destino o Fundo de Emancipação, ou mesmo a compra imediata da carta de liberdade. Nas festas organizadas pelos espíritas nas datas de nascimento e desencarne de Allan Kardec ou no aniversário de um centro espírita, o ponto alto era a entrega de uma carta de liberdade a um escravo.
   Segundo o historiador Eduardo Silva, no artigo “Resistência negra, teatro e abolição”, essa prática havia se tornado comum entre os abolicionistas. Ele afirma que “não houve grande benefício, festa ou comemoração abolicionista que não se encerrasse com a libertação de um ou mais escravos, levando os espectadores ao arrebatamento, às lágrimas e ao convencimento íntimo”.
   Havia uma rede envolvendo os espíritas e os movimentos abolicionistas. Um “grande número de associações libertárias, beneficentes, abolicionistas, lojas maçônicas e órgãos da imprensa” enviava seus representantes para os eventos realizados pelas instituições espíritas, conforme noticiou o Reformador em 15 de maio de 1883. Os espíritas, por sua vez, marcavam presença nas atividades organizadas por esses grupos e divulgavam suas ações em seus órgãos de informação.
   Em março de 1884, quando a corte mergulhou em longos dias de festejos para comemorar a abolição da escravidão no Ceará, a Federação Espírita Brasileira nomeou comissões para representá-la no evento e, através do Reformador saudou o esforço das sociedades abolicionistas e a importante vitória conquistada.
   Em 13 de maio de 1888, o clima de alegria que envolveu a cidade do Rio de Janeiro foi ainda maior e se estendeu por uma semana de comemorações. A extinção da escravidão no Brasil foi um acontecimento intensamente exaltado nas páginas do Reformador. Ao longo da década de 1880, o abolicionismo havia deixado de ser uma convicção de algumas lideranças espíritas para se tornar um posição adotada pelas instituições espíritas da corte. Desse modo, a imprensa espírita representou o pensamento de uma coletividade que, além de ser espírita, era abolicionista.


Fonte: LETRA ESPIRITA

CONSEQUÊNCIAS DE UM SUICIDO.

1 – Qual a primeira consequência do suicídio?
A terrível constatação: o suicida não alcançou o seu intento. Não morreu! Não foi deletado da Vida. Continua a existir, sentir e sofrer, em outra dimensão, experimentando tormentos mil vezes acentuados. É uma situação traumática e apavorante, conforme informam suicidas que se manifestam em reuniões mediúnicas.
2 – Seus sofrimentos são de ordem moral?
Em parte. Há outro aspecto a ser considerado: os estragos no perispírito, o corpo espiritual. O apóstolo Paulo o denominava corpo celeste. Um corpo feito de matéria também, mas em essência, numa outra faixa de vibração, como define Allan Kardec. É o veículo de manifestação do Espírito no plano em que atua, e intermediário entre ele e o corpo físico, na reencarnação.
3 – Quando o médium vidente diz que está vendo determinado Espírito, é pelo corpo espiritual que o identifica?
Exatamente. O Espírito não tem morfologia definida, como acontece com a matéria. É uma luz que irradia. Diríamos, então, que o vidente vê determinado Espírito em seu corpo espiritual, tanto quanto identificamos um ser humano pela forma física.
4 – O que acontece com o perispírito no suicídio?
Sendo um corpo sutil, que interage com nossos pensamentos e ações, é afetado de forma dramática. Se alguém me der um tiro e eu vier a desencarnar, poderei experimentar algum trauma, mas sem danos perispirituais mais graves. Porém, se eu for o autor do disparo, buscando a morte, o perispírito será afetado e retornarei ao Plano Espiritual com um ferimento compatível com a área atingida no corpo físico. É muito comum o médium vidente observar suicidas com graves lesões no corpo espiritual, produzidas por instrumento cortante, revólver ou outro meio violento por ele usado.
5 – Qualquer tipo de suicídio sempre afetará uma área correspondente no perispírito?
Sim, com tormentos que se estenderão por longo tempo. Dizem os suicidas que se sentem como se aquele momento terrível de auto aniquilamento houvesse sido registrado por uma câmera em sua intimidade, a reproduzir sempre a mesma cena trágica. Imaginemos alguém a esfaquear-se. A diferença é que, enquanto encarnado, essa autoagressão termina com a morte, enquanto que na vida espiritual ela se reproduz, insistentemente, em sua mente, sem que o suicida se aniquile.
6 – Digamos que a pessoa dê um tiro na cabeça…
Sentirá repercutir, indefinidamente, o som do tiro e o impacto do projétil furando a caixa craniana e dilacerando o cérebro. Um tormento indescritível, segundo o testemunho dos suicidas. Lembra a fantasia teológica das chamas do inferno, que queimam sem consumir.
7 – Falando em chamas, e se a pessoa se matou pelo fogo, desintegrando o corpo?
Vai sentir-se como alguém que sofreu queimaduras generalizadas. Experimentará dores acerbas e insuportável inquietação. É uma situação desesperadora, infinitamente pior do que aquela da qual, impensadamente, pretendeu fugir.
8 – Podemos situar os desajustes perispirituais como castigos divinos?
Imaginemos um filho que, não obstante advertido pelo pai, não toma os devidos cuidados ao usar uma faca afiada e se fere, seccionando um nervo. As dores e transtornos que vai sentir não serão de iniciativa paterna para castigá-lo. Ele apenas colherá o resultado de sua imprudência. É o que acontece com o suicida. Seus tormentos relacionam-se com os desajustes que provocou em si mesmo. Não constituem castigo celeste, mas mera consequência de desatino terrestre.

Richard Simonetti

“PROCESSOS OBSESSIVOS TÊM NO ÁLCOOL A PORTA PARA SUA INSTAURAÇÃO - CONHEÇA A HISTÓRIA DE LUCINHA”

Sou cuidadoso e evito ser alarmista em se tratando de dar notícias desse lado da vida.
Mas, nesse momento se faz necessário esclarecer de todas as formas possíveis os pais e educadores em geral, quanto a invasão perturbadora que o mundo juvenil vem sofrendo por parte das trevas.
A falta de diálogo, as raras horas dedicadas ao convívio com os filhos são fatores que deflagram vários processos perturbadores na mente dos nossos jovens.
Se os pais não têm tempo para dedicar a educação e orientação espiritual dos filhos, terão todo tempo do mundo para chorar as dores que a falta de valores acarreta.
A excessiva permissividade, junto com o bombardeio de convites para o prazer sem limites é porta larga para a total perda de valores éticos morais, que cabe a família semear no coração juvenil.
Nossas equipes socorristas se desdobram em serviço de auxílio, mas muitas vezes nossos esforços são insuficientes, devido à grande quantidade de jovens aturdidos, que estão à deriva no mundo.
Precisamos de reforços para esclarecer os que transitam pela vida vazios de sentido e esperança.
O respeito ao próximo, a valorização das famílias deve ser matéria ensinada nas conversas pater-maternais.
Conclamamos os pais a se unirem aos nossos esforços em uma cruzada pela educação espiritual a favor dos nossos jovens.
A toda hora desembarcam em nosso campo de ação centenas de garotos e garotas, que se quer imaginam, qual o sentido da vida.
Cresceram à revelia da própria condição espiritual, e viveram na busca da satisfação dos sentidos mais grosseiros.
Me emociono sempre que me deparo com jovens de grande inteligência, mas de raros predicados morais, sem o menor senso da grandeza da vida.
As drogas mais pesadas são “combatidas” de maneira ineficiente, e poderosas organizações humanas, em conluio com mentes desencarnadas se esforçam por manter e alimentar a situação de ignorância atual.
Ao mesmo tempo, o álcool em suas variadas formas é disseminado como insumo para o prazer e uma vida feliz.
Em todo mundo, são milhares os espíritos que deixam a Terra ainda em corpos juvenis pelas vias da droga legalizada chamada álcool.
Por que, as festas e baladas necessitam do álcool para serem mais divertidas?
Por que, é preciso se privar da lucidez para ser feliz?
A calamitosa situação não nos permite mais aceitar essa realidade.
Processos obsessivos têm no álcool a porta para sua instauração.
Em uma de nossas atividades de socorro conheci, Lucinha (nome fictício).
Essa garota de quinze anos retornou para a dimensão espiritual após a dolorosa realidade do coma alcoólico.
Lucinha começou a beber instigada pela mãe, que dividia o copo com a própria filha.
A genitora, também jovem, gostava de participar das baladas.
Bonita e atraente, sentia-se feliz ao ver o séquito de homens que se curvavam diante de seus atrativos físicos.
Lucinha, uma flor que começava a desabrochar para a vida desenvolveu-se fisicamente com rapidez, ganhando contornos de mulher com os mesmos dotes da mãe.
Em breve tempo, e incitada por entidades perversas, mãe e filha começaram a disputar os homens mais interessantes. E foi em uma noite, regada a bebidas de todo tipo, que a jovem flor se despetalou deixando o corpo físico.
São muitos os casos, são muitas as lágrimas, daí a nossa mensagem ter essa conotação extremamente grave.
Papai e mamãe, unamos nossos esforços para disseminar valores cristãos, a fim de que a vida dos nossos jovens tenha sentido verdadeiro, muito além do prazer temporal que o corpo oferece.
Até sempre...
Luiz Sérgio
Mensagem recebida pelo médium Adeilson Salles no Instituto Meninos do Caminho


“ANTES DE DESENCARNAR ELA PEDIU AO BOMBEIRO PARA ESCREVER UMA CARTA PARA A MÃE E DEIXOU TODOS EM LÁGRIMAS.”!

O que essa jovem pediu ao bombeiro para escrever para a sua mãe após o acidente, é realmente impressionante e emocionante, e sinceramente todos deviam ler e compartilhar esta mensagem. Quem sabe o seu compartilhamento possa conscientizar as pessoas para esta realidade, de conduzir sob o efeito do álcool e consequentemente salvar vidas.
MÃE:
Fiz o que me pediu. Fui à festa, mãe.
Fui a uma festa e lembrei-me do que me disseste. Pediste-me que eu não bebesse álcool, né mãe.
Então, bebi uma apenas uma “Coca-Cola”.
Senti orgulho de mim mesma e do modo como me disseste que eu me sentiria e que não deveria beber e dirigir. Ao contrário do que alguns amigos me falaram.
Fiz uma escolha saudável e o teu conselho foi correto. Quando a festa finalmente acabou, o pessoal começou a dirigir sem condições. Então, fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz, mas eu nunca poderia esperar o que iria acontecer, agora estou deitada na rua e ouvi o polícia dizer:
"O rapaz que causou este acidente estava bêbado”, mãe, a voz parecia tão distante, o meu sangue está escorrendo por todos os lados e eu estou tentando viver com todas as minhas forças, estou tentando não chorar, posso ouvir os paramédicos dizerem: “A garota vai morrer.”
Tenho certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia do que iria acontecer enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e dirigir e agora tenho que morrer!
Então por que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? A dor está me cortando como uma centena de facas afiadas.
Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe, diz ao papai que ele seja forte e quando eu for para o céu escreva: “Menina do Pai” na minha sepultura, alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e dirigir. Talvez se os seus pais tivessem dito, eu ainda estivesse viva.
Minha respiração está ficando cada vez mais fraca mãe, e estou ficando com medo, estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada. Eu gostaria que tu pudesses abraçar-me, mãe, enquanto estou esticada no chão e morrendo, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe!
Então, te amo muito, minha mãe, adeus…”
Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter ia anotando, muito chocado. Pois, este repórter iniciou uma campanha. Com este pequeno gesto pode fazer uma grande diferença.
Se esta MENSAGEM chegou até você, compartilhe! E não perca a oportunidade de conscientizar mais e mais pessoas.

Via: Lição de Vida

"LIBERTANDO OS AFETOS"

Certo dia, num final de inverno, quando as flores da primavera começavam o seu sublime trabalho de recobrir os campos ressecados pelo rigor do inverno, aquela alma generosa deixou o corpo físico.
A despedida foi dolorosa. As mãos quentes dos que ficaram desejavam reter aquele corpo hirto, sem vida, sem movimento.
Inconformados perguntavam: Por que justo ele, que era tão gentil e carinhoso com todos?
Por que justamente ele, que sabia falar e calar, consolar e distribuir entusiasmo à sua volta?
Por que ele, que era um bom filho, bom irmão, bom esposo e bom pai?
Por que Deus o levou?
Por que não levou os criminosos renitentes, os corruptos inveterados, os estelionatários, os infiéis, enfim, porque não levou os homens que degradam a sociedade?
A resposta para todos esses questionamentos é muito simples.
Consideremos que a vida na Terra é uma oportunidade de crescimento para o Espírito imortal.
A existência, no corpo físico, é uma experiência necessária para que o Espírito progrida na conquista de sua felicidade.
Seria, por assim dizer, um tipo de prisão, onde ele pode quitar suas dívidas para com as Leis Divinas e conquistar novas virtudes.
Assim sendo, quem tem poucos débitos liberta-se antes. Quem tem menos compromissos libera-se deles em menor tempo.
Dessa forma, por que queremos que o nosso ente caro permaneça no cárcere se já recebeu alvará de soltura?
Não seria justo, nem do ponto de vista ético nem do racional.
Não queremos dizer com isto que todos os que se libertam antes são menos devedores, pois essa não é a realidade.
Como sabemos, muitos partem antes do tempo por imprevidência ou pelos abusos de toda ordem.
O que gostaríamos de enfatizar é que aqueles que partem naturalmente, pelos meios estabelecidos pela Divindade, sem a intervenção egoísta do homem, podem estar recebendo sua carta de alforria e, por essa razão, alçam voo antes de nós.
Morrer, para o justo, é libertar-se. É matar a saudade dos afetos que o antecederam na viagem de volta. É receber as glórias da vitória por ter vencido mais uma etapa no mundo físico.
E morrer, para o injusto, é deparar-se com o tribunal da própria consciência a acusá-lo por não ter sido corajoso o bastante para vencer-se a si mesmo e por não ter logrado conquistar mais virtudes.
É por essa razão que não devemos lamentar a morte dos justos, mas sim a daqueles que desperdiçam a existência buscando o gozo exclusivo para o corpo, sem pensar no Espírito, único que sobrevive além da aduana do túmulo.
Certo dia, num final de inverno, quando as flores da primavera começavam o seu sublime trabalho de recobrir os campos ressecados pelo rigor do inverno, aquela alma generosa deixou o corpo físico.
Seria o fim?
Não. Era apenas o crepúsculo de uma existência que se encerrava e a aurora de uma nova etapa que se iniciava, na vida que nunca acaba.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 8 de junho de 2017

“AS VESTES DOS ESPÍRITOS”

Inúmeros são os relatos daqueles que dizem ter visto anjos, santos. Ao longo da história, alguns desses videntes foram tidos como loucos ou alucinados.
Durante a Idade Média, eram tidos por bruxos e fogueiras foram alimentadas com seus corpos, toda vez que insistiam em afirmar a veracidade das suas visões.
Na França do século XV, uma menina de treze anos passou a ter visões. Chamava-se Joana e viria a se tornar a heroína da França.
De uma França destroçada pela ausência de amor patriótico, que ela bem soube reacender nas almas.
Joana d'Arc identificava especialmente três dos Espíritos que lhe apareciam como sendo Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel.
Sabe-se que São Miguel nunca declarou a ela se chamar assim. É ela que o denomina dessa forma.
Talvez por ele lhe aparecer trajado da forma que vira, na igreja de sua infância, onde ia orar diariamente, a imagem de pedra como sendo dessa personalidade.
Quanto à Santa Catarina e Santa Margarida, essas são designadas a Joana pelo próprio São Miguel.
Durante os interrogatórios a que foi submetida em seu processo de condenação, ela afirmou: Vi São Miguel e os anjos com os olhos do meu corpo, tão perfeitamente como vos vejo.
E, quando se afastavam de mim, eu chorava e bem quisera que me levassem consigo.
Mas ela não somente vê e ouve maravilhosamente essas criaturas, como também as sente pelo tato e pelo olfato.
Toquei em Santa Catarina, que me apareceu visivelmente. E, referindo-se às duas santas, continua: Abracei-as ambas. Rescendiam perfumes. É bom se saiba que rescendiam perfumes.
Certa feita, quando lhe perguntaram se esses santos da igreja lhe apareciam nus, de uma forma inteligente, ela contra-argumenta:
Por que me indagais isso? Acreditais que Deus não teria com que vesti-los?
Aqueles que têm visões se referem a indumentárias simples, desataviadas, como uma grande veste branca. Outros descrevem com detalhes roupas e adereços, próprios da época em que viveram os personagens que se lhes apresentam à visão.
Deveria transcorrer o tempo e revelações da própria Espiritualidade nos serem feitas, para que pudéssemos entender um pouco mais a respeito desse mundo espiritual, de onde viemos e para onde retornaremos.
Não existe o vácuo, o vazio em parte alguma. Tudo está cheio do hálito de Deus, fluido Universal.
E é desse fluido que, ao sabor da própria vontade, cada Espírito se serve para reproduzir as vestes que deseja, sobretudo, quando se mostra à visão mediúnica, a fim de ser identificado.
Bem tinha razão a jovem heroína em afirmar que Deus tinha com que vestir os Espíritos.
E, em palavras simples, nos ensinou que o mundo espiritual é de grande riqueza, superando em muito as tantas que conhecemos no planeta que habitamos.
É um mundo de ação, beleza, perfumes. Um mundo que nos cerca e que convive conosco, os que transitamos pela carne, temporariamente.
Um mundo povoado de seres que por nós velam e nos protegem.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 4 e 11 do livro Joana d’Arc (médium), de Léon Denis, ed. Feb.

Em 28.04.2011.

"POEMA DA GRATIDÃO" DIVALDO FRANCO


"PRECE PELOS ENFERMOS"

Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas.
Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.
Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.
Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:
Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.
Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.
Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.
Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.
Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.
Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!!

"OBESIDADE MENTAL"

Ao contrário do que  a designação "obesidade mental" possa sugerir, não trataremos aqui do aspecto do ganho de peso excessivo  causado por questões  emocionais, mas adotaremos a expressão  "obesidade mental " para enfocar o excesso de volume  ou "gordura desnecessária" de dados armazenados pelo nosso psiquismo.
Uma questão se impõe nos dias de hoje: o excesso de informações poderia trazer prejuízos ao  nosso psiquismo e a  nossa  espiritualização?
Sim, quando se fala em excesso, não há dúvida que  o agressivo  volume de informações, quando nos impacta e nos impregna, torna-se  acúmulo de dados  que não conseguimos processar de forma organizada e psiquicamente saudável. São partículas ou ondas de informação que promovem em cada um de nós um fenômeno  totalmente específico, pois cada um reage de forma diferente.
O excesso de informações  cria  reservas de energia em nossa intimidade psíquica, nosso inconsciente, e essas reservas pulsam, gerando  campos vibratórios em nossa mente com consequências imprevisíveis para cada pessoa.  Este volume de campos energéticos armazenados  seria a  "obesidade mental".
Atualmente, estamos sujeitos ao bombardeio energético de informações  através da internet, TV, telefone celular e outros veículos de informações. Cumpre a nós o bom senso de não nos alienarmos da vida moderna, não nos isolarmos, mas convivermos de forma equilibrada  com a tecnologia.
Em qualquer forma de obesidade, mais importante  do que o tratamento seria a profilaxia, ou seja, adotarmos um conjunto de medidas preventivas.
A medida preventiva mais eficaz seria, sem dúvida,  uma  dieta adequada. A dieta que sugerimos  teria itens na prescrição. Analogamente à dieta preventiva da obesidade física, onde a redução de determinados alimentos, tais como carboidratos é recomendável, além da diminuição  do volume de todos os alimentos,  deve-se adotar na "obesidade mental " uma dieta psíquica. Esta dieta psíquica prescreve, inicialmente, a  redução quantitativa de estímulos mentais como primeiro item de orientação médica.
Assim, já nos deparamos com  jovens que, simultaneamente,  veem  TV, digitam o teclado do computador,   conversam com a pessoa ao seu lado, observam pela janela o que ocorre lá  fora e pasmem: atendem o celular  ou mantem um fone de ouvido... Caberia  muito bem , neste caso,  uma boa  dieta. Uma redução na "ingestão" de alimentos psíquicos,  montar um prato com  uma montanha menor de  alimentos psíquicos.
O segundo item da nossa prescrição seria, além da dieta quantitativa, uma dieta qualitativa. Da mesma forma como,  na obesidade física, recomendamos reduzir a ingestão de carboidratos, e aumentar a ingestão de alimentos ricos em  vitaminas,  seria, de fundamental importância, selecionarmos os programas, adequar o gênero de informações que estamos captando, inúmeras vezes ao dia, de forma repetida, ( insisto: sistematicamente repetida), e preenchermos parte deste tempo com leitura, música suave e contato com a natureza.
O último item da nossa prescrição constaria de uma transfusão, não uma transfusão sanguínea, mas uma transfusão de energia afetiva, social e familiar. O amor é fundamental em nossas vidas.



Dr. Ricardo Di Bernardi é médico pediatra, homeopata. Fundador e presidente do ICEF em Florianópolis. Autor de vários livros entre eles - Gestação Sublime intercâmbio.

“ACOLHIDA AOS ABORTADOS NO PLANO ESPIRITUAL. ” PARA ONDE VÃO OS ESPÍRITOS ABORTADOS? ”

Qual foi a intenção daquela criatura quando praticou o aborto? Que valores entraram em consideração naquele momento? O que aconteceu naquela hora? Quando a gente pensa nisso a gente diz assim: “Meu Deus do céu!”. Mas, aconteceu, o que vai seguir-se a isso?
Vamos trazer a literatura espírita, para todos nós pensarmos um pouco em como vem a ser o tratamento dos espíritos abortados. Qual é a situação de um espírito abortado?
Quando nós interrompemos a vida de alguém, interrompemos primeiramente, uma programação estabelecida, previamente estabelecida. Essa programação, geralmente, é acompanhada, como qualquer programação, por um interesse por parte daqueles que vão voltar. Eles têm um projeto, eles têm uma vontade. Eles desenvolvem toda uma expectativa.
Quando, por qualquer razão, nós interrompemos a gravidez, o que acontece? Nós rompemos com a expectativa da pessoa. E, rompendo com essa expectativa, nós teremos duas respostas dos espíritos: primeira, a situação de rejeição, por termos interrompido a vida; a segunda resposta: com o tempo, eles analisam o porquê foram rejeitados.
Num primeiro momento, eles nos rejeitam, a nós que praticamos o aborto. No segundo momento, eles começam a pensar em por que é que foi com eles que aconteceu aquilo e não com outro.
No momento em que eles começam a pensar no por que aconteceu com eles, estão na fase da compreensão, já passaram para o momento de dizerem assim: “Meu Deus do céu! Aconteceu por isso, por aquilo outro, agora o resultado é esse.”
Nesse momento, os espíritos esquecem um pouco a sensação de frustração, não esquecem totalmente não, e começam a dizer para eles próprios: “Deixa eu trabalhar a minha mente, para eu retornar.” Nós temos visto isto, na espiritualidade, o raciocínio dos espíritos que desejam retornar começa da seguinte maneira: “Não deu certo com A nem com B. Então, eu vou tentar C ou D.”
Eu começo a ver nesses espíritos, às vezes, até pelas respostas que o plano espiritual dá, que não é que eles tenham perdido a confiança nos que praticaram o aborto, é que não querem ficar sem expectativas. Porque, se fez uma vez, eles ficam com medo de fazer outra vez. É muito comum esta situação.
Às vezes as pessoas perguntam ao Dr. Hermann: “Eu tive que interromper uma gravidez, onde é que está esse espírito?” E o Dr. Hermann responde: “Ele já voltou”. E eu percebo que o espírito não voltou naquele lar.
Uma vez eu perguntei ao Dr. Hermann, o porquê não voltar naquele lar? Por que não voltou nela que fez o aborto? Afinal de contas, não é ela que está devendo? E ele disse: “Alguém que te deve um dinheiro e não te paga, você torna a emprestar?”. É fica difícil de emprestar. “Então não fique esperando dos outros o que eles não podem dar.”
Então, é mais fácil o espírito tentar a sua vida num outro ambiente, do que tentar naquele que já está devendo a ele, que já tem aquele débito. Isso é a maioria dos casos, não significa que todos os casos sejam exatamente assim.
Qual é a situação desses espíritos no momento, por exemplo, do rompimento da vida? O que se passa com eles? Eu tenho visto vários episódios. Aborto inicial. Naqueles primeiros dias, primeiros momentos, a pílula do dia seguinte, por exemplo, eu tenho visto que os espíritos sentem muita frustração, mas a dor que acontece com eles é totalmente moral.
Na medida que o feto está se formando, eles passam a ter a dor física, do rompimento da vida. Então, alguns deles sentem uma situação de rompimento, de se sentirem rasgados, atormentados, com muito mal estar, como se tivessem sido atingidos profundamente na sua natureza íntima. Eles se sentem como assassinados mesmo, como se fossem atropelados.
Uma vez, conversando com o Dr. Hermann sobre uma pessoa que tinha praticado o aborto numa situação emergencial, não por vontade dela, mas numa situação emergencial de saúde. O médico disse que a criança estava com um problema qualquer e aconselhou o aborto. Eu ainda disse para a moça que ela deveria arriscar, mas ela não quis.
A criança estava perto de 4 meses e o Dr. Hermann disse: “Deu errado, o projeto não era esse”. A criança não nasceria com defeito, mas ela foi envolvida pelo raciocínio do médico. Agora nós temos que levar este espírito para um lugar e adormecê-lo, deixá-lo dormir por algumas semanas, para que ele esqueça o que aconteceu.
Eu perguntei qual era a vantagem de adormecer para esses espíritos? E ele respondeu: “Você não sabe que quando a gente está doente, o melhor para nós é dormimos, descansarmos”. É um ato totalmente físico, depois o espírito vai pensar exatamente nas consequências morais do ato que a pessoa praticou. No momento, ele só precisa descansar.
Então, eu entendi que há momentos na vida do espírito abortado, em que ele só precisa de repouso físico mesmo. Ele só precisa de reparação orgânica, de oportunidade de repousar a sua mente e o seu corpo espiritual. Sabemos que o corpo espiritual é ligado estreitamente ao corpo físico, recebe todas aquelas informações.
Ele disse assim: “No momento, esse espírito só precisa de repouso físico mesmo, não precisa de mais nada, só precisa repousar fisicamente. Posteriormente, ele vai raciocinar sobre o acontecimento em si.”
Li uma notícia de uma pessoa que tinha morrido num desastre de carro e estava grávida. A criança morreu junto com a mãe. A mãe teve o ventre rasgado e a criança foi posta para fora e morreu ali no ato. Nessa ocasião, eu perguntei ao Dr. Hermann: “O que aconteceu com este espírito?”. Não quero saber da mãe, porque ela foi uma pessoa que passou por uma prova dupla, de ter morrido e ter perdido o filho.
Naturalmente, deve ser uma prova grave para ela. Mas esse espírito, o que é que ele fez para merecer esse tipo de desencarnação tão dolorosa e tão sofrida assim. Rompendo expectativas, rompendo dores, rompendo tudo, o que aconteceu com esse espírito? Ele me disse que tinha sido um médico dedicado ao aborto.
Tinha feito muitos abortos. Naquele momento, ele tinha tido uma desencarnação extremamente dolorosa, porque era uma pessoa que tinha praticado o aborto, mas tinha se arrependido no plano espiritual. Precisava de um tipo de desencarnação extremamente dolorosa, para que sentisse no próprio corpo, tudo aquilo que ele tinha provocado nos outros.
Dr. Hermann disse: “Esse espírito sofreu realmente a pena de talião, foi olho por olho, dente por dente. Foi um sofrimento provocado pela Lei de Deus que fez com que ele passasse por aquele trauma tão violento assim.”
O tratamento desse espírito como vai ser? “Ah! Meu filho, não há noção do que vai acontecer aí.” Eu fiquei espantado: como não se pode ter a noção do que vai acontecer com uma pessoa que está pagando um erro que cometeu? Ele concluiu:
Muito simples, quando uma pessoa se arrepende, ela pede a Deus uma prova para pagar os seus débitos. Mas você não esqueça que há arrependimentos fundamentados na convicção absoluta: eu errei, eu preciso pagar. E há arrependimentos que são motivados pelo impacto do desejo de corrigir o erro feito. Esse espírito ainda vai ser analisado, para ver qual é realmente, a posição mental dele.
Ele estava vendo o caso pelas notícias do jornal, não tinha conhecimento do caso com profundidade. Disse que só iria saber disso depois de algum tempo. Eu perguntei como seria a reação de um e de outro? Ele respondeu:
“O que pede aquelas mil dores em cima, para pagar logo o seu débito, tem um tipo de resistência moral e é provável que não tenha muito equilíbrio na hora da morte. Mas o outro, que já está fundamentado, sabe resistir à pressão psicológica, física e moral na hora do desencarne.”
A frustração, é a moral; a física, que é o próprio rompimento da vida é a psicológica. Porque qualquer espírito que reencarna (isso foi o Dr. Hermann que me falou), tem a expectativa de levar adiante a sua reencarnação.
Não tem essa de espírito forte, achando que se perder a reencarnação está tudo bem. Não existe isso não. O máximo que acontece com os espíritos, é aqueles que sabem que vão ter pouco tempo de vida.
Os que sabem que vão ter uma vida curta, 5, 10 anos, esses estão preparados. Mas, ninguém pensa que a morte vai se dar durante a gravidez. Todo mundo pensa quer vai ter um tempo de vida determinado na Terra.
Uma informação muito interessante que ele me deu: nenhum espírito reencarna pensando que vai morrer no ventre materno. Ele sempre tem a expectativa de passar alguns anos no corpo físico.
Quando vamos ouvindo essas informações todas, nós vamos perguntando cada vez mais ao plano espiritual, o porquê dos casos daquelas pessoas que têm filhos que já sabem que vão nascer mortos.
Como é que fica? Será que esse espírito não vê que vai nascer morto? Ele me deu uma informação muito interessante: nem todos os espíritos percebem isso. Eles percebem na hora do nascimento. Porque eles são adormecidos para renascer naqueles corpos.
Ele mostrou um caso de uma amiga que eu tenho. Ela engravidou e começou a ter uns problemas muito graves. Naquela ocasião, não havia os exames que existem hoje, para detectar logo se a criança está normal ou não. Ele foi dar o passe na moça e ela estava se sentindo muito mal.
Então ele falou para um espírito qualquer: “Traga a ficha dele aqui”. Quando olhou a ficha disse assim: “Está morto, não tem jeito não”. Nasceu uma criança deformada. Viveu só algumas horas. Os médicos não deixaram a mãe ver o filho, tal a deformidade da criança. A criança morreu horas depois. Nesse dia eu perguntei ao Dr. Hermann: “O espírito não viu que ia renascer assim?”.
Ele respondeu: “Não, porque ele também adormece, porque ele não aguentaria se ver num corpo assim. Ele adormece e sonha com um corpo perfeito. A dor para ele vai acontecer depois que ele despertar na espiritualidade.”
Vocês estão vendo que reencarnar é extremamente difícil. Muito mais fácil é morrer. Porque você sabe que tem um fim programado. Não se sabe se é daqui a um mês, um ano, daqui a dez anos, mas renascer nessas situações, ninguém sabe realmente o que vai acontecer. Então, renascer é muito mais difícil do que morrer.
Todos vocês sabem que o fluido do médium se desgasta com o tempo. Quando nós começamos o trabalho da desobsessão, nós tínhamos um grupo de médiuns de incorporação, extremamente potente, extremamente forte, muito determinado e com uma grande quota de fluidos.
Éramos uns quatro ou cinco e durante uns dez anos trabalhamos nessa sala aqui ao lado e, praticamente, num trabalho que ninguém tomava conhecimento, porque era um trabalho de consolidação da Casa.
Os trabalhos eram feitos para limpar o psiquismo em volta, para criar uma ambientação melhor para Casa, era um trabalho muito consistente. O trabalho da desobsessão hoje é mais de esclarecimento, naquela época era um trabalho de luta com os espíritos. Era um trabalho de fixação do local. O terreno estava sendo fixado como local de trabalho espiritual.
Então, nós vimos muitos fenômenos interessantes. E um desses, foi um grupo de espíritos que chegaram aqui na Casa trazidos pela mão do Dr. Hermann, pareciam pequenos macacos. E cada vez que o Dr. Hermann trazia um espírito daqueles, ele chegava junto ao médium e acoplava o espírito no corpo do médium e este adotava gestos simiescos, se dobrava todo, ficava como macaco.
Os médiuns não sabiam que eu estava vendo. Ele trouxe um por um. Quando ele colocou o último disse assim: “Não vai ter doutrinação. Vocês não sabem nem doutrinar esse tipo de espírito. Deixe que eu trabalho com eles.” Ele colocava a mão na cabeça dos espíritos e começava a fazer um trabalho de alongamento do corpo deles.
Os espíritos iam perdendo a forma de macaco e iam se acomodando dentro do corpo. Ele falava para cada médium: “Vocês vão doar a esses espíritos a formação do corpo, porque eles perderam a capacidade de se imaginar como seres humanos.”
Então, o trabalho dos médiuns não era trabalho de doutrinação nem de mentalização, era de fornecer material, para que os espíritos novamente, como que vestissem uma capa e se sentissem encarnados num corpo humano, porque já estavam com corpo animalizado. Nessa ocasião, perguntei ao Dr. Hermann: “E os abortados?”
Aí ele me deu a explicação: “Há espíritos abortados que perdem a forma, porque ficam frustrados com a morte. Você imagina a pessoa que entra em depressão profunda. Você consegue fazer um depressivo raciocinar?”. Eu disse: “É meio difícil”. Depressivo quando está na crise, raciocina logicamente, não há quem faça a pessoa pensar corretamente.
Ele disse: “Há espíritos que, quando passam para o plano espiritual, frustrados pela morte não esperada, perdem completamente a noção de voltar para si mesmos e para o equilíbrio da sua mente”. Porque é a nossa mente que estabelece o nosso corpo perispiritual novamente. É a nossa mente que reequilibra o nosso organismo.
Ele disse: “Há espíritos que chegam aqui tão revoltados, tão complicados e tão frustrados, que nós temos que colocá-los na mesa mediúnica, junto ao médium, para que ele novamente aprenda a saber o que é corpo humano.”
Eu perguntei: “Quando é que o médium vai saber disso?”. Ele disse: “Nunca. Porque se o médium souber isso ele fica assustado”. Pelo que acompanhei desses trabalhos com espíritos em forma de macaco, o médium pouco usava a sua mente.
Acabado o trabalho, eu perguntei a todos eles (porque a gente sempre fez a avaliação do trabalho), como se sentiram e eles responderam: “Bem, mas parece que só houve incorporação no corpo não houve incorporação na mente”. Porque não podiam receber o impacto daqueles espíritos que tinham perdido o aspecto físico. Vocês imaginem que mentalidade esses espíritos podiam ter? Nenhuma.
Um outro detalhe interessante no trabalho do tratamento espiritual, é a prece. Perguntei ao Dr. Hermann por que a prece funciona e em que a prece pode funcionar junto a esses espíritos?
Ele me disse que a prece é sempre um impacto de forças generosas. É como se chegasse perto de alguém que estivesse muito nervoso e conseguisse acalmar. A prece, para eles, só funciona nesse sentido. Eles sentem-se acalmados pela força da oração.
Quanto mais tivermos generosidade na oração, uma oração sincera, mais vamos atingir o espírito. A prece, para esses espíritos, precisa ser uma prece sentida, pôr o coração no nosso sentimento.
Vocês vão me perguntar se existe no plano espiritual algum lugar aonde se recolham esses espíritos, especificamente? Não, não existe, tanto quanto eu sei. Existem enfermarias apropriadas para esses espíritos. Não locais. Normalmente, nós não temos acesso, pela dor que as pessoas têm.
Eu não visitei nenhuma enfermaria, sei que existe porque vi de longe. Mas eu perguntei ao Dr. Hermann que tipo de enfermaria era aquela? Ele disse assim: “Você seria capaz de imaginar o que seria uma enfermaria de guerra?”. Não, mas a gente pode imaginar o que seja. Todo mundo arrebentado”. É mais ou menos assim que você vai ver, mas não dá para vocês verem isso não.
Saibam que existem departamentos nos hospitais do plano espiritual, onde existem socorro específico para essas pessoas, mas o encarnado, por qualquer razão, não visita esse tipo de enfermaria, principalmente, nesse casos de pessoas tão arrebentadas, machucadas, sofridas, sem recursos.
O arrependimento de quem praticou o aborto, provoca no organismo do homem e da mulher, um estado mental muito interessante. Não é estado físico não, é estado mental. No nível físico: a mulher é muito mais receptiva à maternidade. Ela pode continuar não tendo filhos, porque hoje em dia, graças a Deus, nós temos a pílula, podemos planejar a família.
Mas, há uma modificação mental, psicológica na mulher, porque ela é muito mais voltada para a gravidez. Ela passa a amar a gravidez, o renascimento, a maternidade. O outro estado que existe, é o estado aumentado, dilatado da compreensão humana. É interessante quando nós vemos as senhoras que já participaram desse processo de aborto, como a visão que elas têm da vida, é maior.
Porque elas compreendem que a dor da perda só atinge a elas, não atinge ao homem. O homem nunca sente a dor, mas a mulher sente. Então, a visão que elas passam a ter da maternidade é muitíssimo dilata.
Esse estado de ânimo da mulher é um estado muito especial e percebemos as pessoas que tiveram essa prática, têm uma visão da vida, da maternidade, muito ampliada.
Alguns médiuns sensitivos têm a capacidade de ver e sentir que as pessoas já passaram por aquela experiência e que estão arrependidas. Porque elas demonstram, no perispírito, como se dissessem assim: “Se eu tivesse outra visão, não teria esse tipo de comportamento.” Aquilo está dentro delas, parece que explode dentro delas.
Nessa hora que aparece nas pessoas sinceramente arrependidas, nessa hora é que os bons espíritos trabalham para que a pessoa tenha outro filho. Entramos, agora, no terreno da formação da família. Vocês reparem que tem pessoas que têm filhos e dizem assim: “Não estava na hora de ter, mas eu queria ter o meu filho.”
Hoje em dia, há a possibilidade de se ter filho sem casar, ninguém está ligando muito para isso, ou, se liga, o sentimento da maternidade é muito maior, ninguém está se importando com o que os outros estão pensando. Isso significa que estamos raciocinando melhor, estamos corrigindo hábitos nossos.
Que hábitos nós estamos corrigindo? O hábito de acusar, de dizer que está feio, que está errado. Quando a gente vê uma pessoa agindo desse modo dizemos assim: Puxa vida, essa pessoa já tirou da cabeça dela aquele negócio, o que vão pensar de mim, o que vão dizer de mim.
Ela está com a idéia dela formada, não está se importando com o que vão dizer dela, ela quer prosseguir com sua vida. Nesta hora, isso não é um incentivo, um estímulo a se ter filhos de qualquer jeito, é apenas o reconhecimento de que estamos tendo de planejar a nossa família.
A esse respeito vamos lembrar que esse momento de planejamento, significa que a espiritualidade, que Deus, está dando a todos nós a liberdade de conduzir os nossos próprios destinos. Isso tem outro nome, responsabilidade. Você conduz a sua vida, você é responsável pela sua vida. Antigamente não se tinha essa liberdade, hoje cada um decide se tem um ou dez filhos.
Então, a pílula é uma liberdade, um acréscimo da bondade de Deus, que deu a todos nós, a possibilidade de escolhermos o nosso próprio destino. Ninguém vai dizer que a pílula não é uma providência divina, ao contrário, é o resultado da providência divina. Deus está deixando na nossa mão. Ninguém mais vai escolher por nós, somos nós que vamos escolher.
Essa responsabilidade está sendo dada a nós para que evitemos fazer o aborto, porque já temos como planejar o nosso próprio destino, porque já planejamos a nossa vida. A mulher tem aquele sentimento de ter filhos, mas ela vai ver que já não tem mais condições físicas, já não tem condições orgânicas ou sociais para ter um filho.
Estes sentimentos serão exercidos numa próxima encarnação. Aí a gente começa a pensar na vida futura. A vida futura é uma coisa que o espírita tem que colocar na sua mente com nitidez. A vida futura tem que fazer parte do nosso imaginário e do nosso planejamento: Eu vou renascer. Não sei quando, nem em que condições, mas eu preciso fazer isso ou aquilo no renascimento. Tenho que me programar para isso.
Imaginem se vocês todos que estão aqui, recebendo a Doutrina Espírita, se vão se imaginar renascer numa religião que não seja a espírita? Imaginem vocês, as senhoras, renascendo no Afeganistão, usando a burca. Vocês vão rejeitar, não vão querer nunca isso. Vocês têm que pensar com muita nitidez na vida futura, com clareza. “Isto não vai acontecer comigo”.
Se for uma prova não será uma prova dessas, será um outro tipo de prova. Eu tenho que pagar meus débitos, mas não numa situação dessas, porque o meu coração rejeita.
É assim que a gente vai rejeitar nascer em certos ambientes e rejeitar nascer de certos pais. Porque nós já temos condição de analisar a vida futura e escolher mais ou menos, o que planejamos para os nossos passos.
Então, o renascer para ter filhos, também é um projeto que o espírito deve ter para a vida futura. Tem que renascer pensando no que vai fazer da sua existência. Que tipo de espíritos ele vai querer, que tipo de pessoas pode trazer para junto de si. Essa visão precisa ser clara para nós.
Porque tal seja a nossa visão, tal será a programação que vamos estabelecer para nós mesmos. Então, quando você diz assim: “mas se eu não pude nessa encarnação por isso ou por aquilo, como será minha próxima encarnação?”.
Não vai ser dolorosa, não. Não fiquem pensando que por fazer aborto vai ter uma reencarnação terrível! Não vai ter isso, não.
Vocês vão ter oportunidade de trazer o espírito de volta. Só isso. Deus não vai punir ninguém por isso, não. O que vai acontecer é que vamos ter que acertar o passo com a Lei Divina.
Fonte-Harmonia Espíritual-Centro Espírita Léon Denis

Núcleo de Valorização da Gravidez

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...