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quarta-feira, 21 de junho de 2017
'NOSSOS FILHOS NÃO SÃO NOSSOS FILHOS, SÃO FILHOS DE DEUS"
Como diz a
máxima de sabedoria espiritual:
"Nossos
filhos não são nossos filhos."
São apenas
espíritos parceiros, irmãos espirituais numa mesma jornada de evolução...
Vamos
entender de uma vez por todas que não existem pais e filhos...
Do ponto de
vista espiritual, não há pai, mãe, filho ou qualquer outro papel biológico.
Existem
apenas espíritos que se ajudam num mesma caminhada espiritual...
Entenda que
seus filhos não são seus filhos... são filhos de Deus.
Deus é o
único pai de todos nós.
Um Pai
eterno, que tudo vê, tudo sabe e está presente em todos os lugares.
Um Pai
eternamente vigilante, que não dorme e sempre cuida dos seus filhos.
Somos todos
filhos de Deus, filhos e filhas de um mesmo Pai celestial.
Como filho
de Deus, você tem o sagrado direito a maior herança que existe em todos os
tempos.
Essa herança
é o cosmos infinito... que te pertence e que no qual você viverá a eternidade.
Por que se
preocupar com o destino dos nossos filhos?
Acaso esse
pai eterno e infinito, onipresente, onipotente e onisciente, deixaria seus
filhos abandonados a sua própria sorte?
Ou Deus,
sendo soberanamente justo, bom e perfeito, sabe melhor do que nós como cuidar
de seus filhos?
Julgamos que
sabemos melhor do que a perfeição divina o que é bom para nossos filhos?
O pai
terreno pode abandonar, pode morrer, pode se magoar, pode falhar, pode duvidar,
pode errar de diversas formas com seus filhos.
Mas o Pai
eterno jamais erra, jamais abandona, jamais duvida, jamais morre e está sempre
presente.
A mãe e o
pai terrenos desejam obter a posse do filho. Proclamam aos quatro ventos:
"É MEU filho".
Nada mais
falso, pois os filhos são espíritos livres e independentes que tem seu passado,
sua história, suas experiências e seu próprio destino.
Os pais que
desejam ter a posse dos filhos e desejam controlar seu destino deverão prestar
contas diante de Deus, o verdadeiro Pai.
Não tem
problema o filho do outro ser lixeiro... meu filho vai ser doutor.
É certo que
muitas vezes os filhos ensinam muito mais aos pais do que os pais aos filhos.
Por que nos
arrogamos o direito de dizer-lhes o que fazer, o que pensar e como devem ser?
Aquele que
acredita saber o que é melhor para os filhos se engana imensamente, está
mergulhado numa grande ilusão.
Não temos o
direito de decidir por eles, de controla-los e menos ainda de fazer deles nossa
imagem e semelhança.
Eles devem
ser livres para ser, fazer e pensar o que desejarem.
Não há o que
se preocupar, pois há um Pai perfeito cuidando deles.
Na hora da
prova, o Pai acompanha seus filhos... Deus permite que eles errem para que
aprendam com as consequências dos seus atos.
Como disse
Jesus: "Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos
filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe
pedirem".
Nossos
filhos são espíritos... entenda isso e entregue-os nas mãos de Deus.
(Hugo Lapa)
O SUICIDA DO TREM - DIVALDO FRANCO - "Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal acerca de um suicídio terrível..."
Conta
Divaldo Franco: "Eu nunca me esquecerei que um dia havia lido num jornal
acerca de um suicídio terrível, que me impactou: um homem jogou-se sobre a
linha férrea, sob os vagões da locomotiva e foi triturado.
E o jornal,
com todo o estardalhaço, contava a tragédia, dizendo que aquele era um pai de
dez filhos, um operário modesto.
Aquilo me
impressionou tanto que resolvi orar por esse homem.
Comecei a
orar por esse homem desconhecido. Fazia a minha prece, intercedia, dava uma de
advogado, e dizia:
- Meu Jesus,
quem se mata (como dizia minha mãe), não está com o juízo no lugar. Vai ver que
ele nem quis se matar; foram as circunstâncias. Orava e pedia, dedicando-lhe
mais de cinco minutos (e eu tenho uma fila bem grande), mas esse era especial.
Passaram-se
quase 15 anos e eu orando por ele diariamente, onde quer que estivesse.
Um dia, eu
tive um problema que me fez sofrer muito.
Nessa noite
cheguei à janela para conversar com a minha estrela e não pude orar.
Não estava
em condições de interceder pelos outros.
Encontrava-me
com uma grande vontade de chorar; mas, sou muito difícil de faze-lo por fora,
aprendi a chorar para dentro.
Fico aflito,
experimento a dor, e as lágrimas não saem.
(Eu tenho
uma grande inveja de quem chora aquelas lágrimas enormes, volumosas, que não
consigo verter.)
Daí a pouco
a emoção foi-me tomando, e, quando me dei conta, chorava.
Nesse meio
tempo, entrou um Espírito e me perguntou:
- Por que
você está chorando?
- Ah, meu
irmão - respondi - hoje estou com muita vontade de chorar, porque sofro um
problema grave e, como não tenho a quem me queixar, porquanto eu vivo para
consolar os outros, não lhes posso contar os meus sofrimentos.
Além do
mais, não tenho esse direito; aprendi a não reclamar e não me estou queixando.
O Espírito
retrucou:
- Divaldo, e
se eu lhe pedir para que você não chore, o que é que você fará?
- Hoje nem
me peça. Porque é o único dia que eu consegui faze-lo. Deixe-me chorar!
- Não faça
isso - pediu. - Se você chorar eu também chorarei muito.
- Mas, por
que você vai chorar?
-
perguntei-lhe.
- Porque eu
gosto muito de você. Eu amo muito a você e amo por amor.
Como é
natural, fiquei muito contente com o que ele me dizia.
- Você me
inspira muita ternura - prosseguiu - é o amor por gratidão.
Há muitos
anos eu me joguei embaixo das rodas de um trem.
E não há
como definir a sensação eterna da tragédia.
Eu ouvia o
trem apitar, via-o crescer ao meu encontro e sentia-lhe as rodas me triturando,
sem terminar nunca e sem nunca morrer.
Quando
acabava de passar, quando eu ia respirar, escutava o apito e começava tudo
outra vez, eternamente.
Até que um
dia escutei alguém chamar pelo meu nome.
Fê-lo com
tanto amor, que aquilo me aliviou por um segundo, pois o sofrimento logo
voltou. Mais tarde, novamente, ouvi alguém chamar por mim. Passei a ter
cessação momentânea em que alguém me chamava, eu conseguia respirar, para
agüentar aquele morrer que nunca morria e não sei lhe dizer o tempo que passou.
Transcorreu
muito tempo mesmo, para escutar a pessoa que me chamava.
Dei-me
conta, então, que a morte não me matara e que alguém pedia a Deus por mim.
Lembrei-me
de Deus, de minha mãe, que já havia morrido.
Comecei a
refletir que eu não tinha o direito de ter feito aquilo, passei a ouvir alguém
dizendo: "Ele não fez por mal.
Ele não quis
matar-se." Até que um dia esta força tão grande que me atraiu; aí eu vi
você nesta janela chamando por mim.
- Eu
perguntei - continuou o Espírito - quem é? Quem está pedindo a Deus por mim,
com tanto carinho, com tanta misericórdia?
Mamãe surgiu
e esclareceu-me:
- É uma alma
que ora pelos desgraçados.
- Comovi-me,
chorei muito e a partir daí passei a vir aqui, sempre que você me chamava pelo
nome.
Obs: Note
que eu nunca o vira, em face das diferenças vibratórias.
- Quando
adquiri a consciência total - prosseguiu ele - já se haviam passado mais de 14
anos.
Lembrei-me
de minha família e fui à minha casa.
Encontrei a
esposa blasfemando, injuriando-me:
"Aquele
desgraçado desertou, reduzindo-nos à mais terrível miséria.
A minha
filha é hoje uma perdida, porque não teve comida e nem paz e foi vender-se para
tê-la. Meu filho é um bandido, porque teve um pai egoísta, que se matou para
não enfrentar a responsabilidade.
Deixando-nos,
ele nos reduziu a esse estado." Senti-lhe ódio terrível. Depois, fui
atraído à minha filha, num destes lugares miseráveis, onde ela estava exposta
como mercadoria.
Fui visitar
meu filho na cadeia.
Aí, Divaldo,
eu comecei a somar às dores físicas a dor moral, dos danos que o meu suicídio
trouxe porque o suicida não responde só pelo gesto, pelo ato de autodestruição,
mas, também, por toda uma onda de efeitos que decorrem do seu ato insensato,
sendo tudo isso lançado a seu débito na lei de responsabilidades.
Além de
você, mais ninguém orava, ninguém tinha dó de mim, só você, um estranho.
Então hoje,
que você está sofrendo, eu lhe venho pedir: em nome de todos nós, os infelizes,
não sofra!
Porque se
você se entristecer, o que será de nós, os que somos permanentemente tristes?
Se você
agora chora, que será de nós, que estamos aprendendo a sorrir com a sua
alegria?
Você não tem
o direito de sofrer; pelo menos por nós, e por amor a nós, não sofra mais.
Aproximou-se,
me deu um abraço, encostou a cabeça no meu ombro e chorou demoradamente.
Doridamente, ele chorou.
Igualmente
emocionado, falei-lhe:
- Perdoe-me,
mas eu não esperava comovê-lo.
- São
lágrimas de felicidade.
Pela
primeira vez, eu sou feliz, porque agora eu me posso reabilitar.
Estou
aprendendo a consolar alguém.
E a primeira
pessoa a quem eu consolo é você.
Aliás, o
fato que merece ser ressaltado nesta história, é que Divaldo não o auxiliou
através da sintonia mediúnica, visto que ele não foi trazido à reunião.
O médium,
porém, prestou-lhe socorro por meio da prece.
Ah!
O refrigério
da oração!
Possibilitou-lhe,
de imediato, uma pausa (no torvelinho de seus sofrimentos), numa fração de
tempo, quando ouviu o seu nome e se sentiu balsamizado pelo amor.
Do livro: O
Semeador de Estrelas
De: Suely
Caldas Schubert
Médium-Divaldo
Franco
terça-feira, 20 de junho de 2017
“POLITICO CORRUPTO DESENCARNADO EM COMUNICAÇÃO COM MÉDIUM, APARECE SEM AS MÃOS”
Coube a mim,
certa feita, dialogar com um espírito que havia sido político na sua última
existência através de um médium psicofônico.
O Espírito
comunicante se encontrava atordoado. Gritava enlouquecido e pedia perdão pelas
suas faltas.
Dizia-se
arrependido porque havia perdido uma existência inteira. Tinha reencarnado para
auxiliar as pessoas no exercício da política e houvera fracassado.
Fracassara
frente ao desafio quando todos os recursos foram-lhe conferidos por Deus para
sua vitória, que seria trabalhar por um país mais justo. Desviara dinheiro
público (que é do povo) para benefício próprio, que deveria ser aplicado na
educação, saúde transporte e infraestrutura.
E gritava
desesperadamente: – Minhas mãos, cadê minhas mãos?
O Espírito,
porque tinha um grande sentimento de culpa, fizera com que suas mãos – que
sempre se lhe apresentavam sujas – desaparecessem aos seus olhos. Encontrava-se
mutilado.
Ninguém
engana a Lei de Deus que é inexorável e incorruptível.
Após o
diálogo esclarecedor e a assistência espiritual necessária para o caso,
afastou-se um pouco melhor e mais calmo.
A corrupção
no Brasil afeta diretamente o bem-estar dos cidadãos brasileiros quando diminui
os investimentos públicos na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança,
habitação, entre outros direitos essenciais à vida, e fere criminalmente a
Constituição quando amplia a exclusão social e a desigualdade econômica.
Na prática,
a corrupção ocorre por meio de desvio de recursos dos orçamentos públicos da
União, dos Estados e dos Municípios que são desviados para financiar campanhas
eleitorais, corromper funcionários públicos, ou mesmo para contas bancárias
pessoais no exterior. (wilkipedia)
A corrupção
é crime. Como é praticada? Vejamos alguns itens:
* Favorecer
alguém prejudicando outros.
* Aceitar e
solicitar recursos financeiros para obter um determinado serviço público,
retirada de multas ou em licitações favorecer determinada empresa.
* Desviar
verbas públicas, dinheiro destinado para um fim público e canalizado para as
pessoas responsáveis pela obra (empreiteiras).
Do lado do
corrupto há sempre o corruptor, é claro. Se há alguém que recebe dinheiro
“sujo” (dinheiro limpo é apenas aquele que se ganha com trabalho responsável e
honesto), há outro que lhe dá esse recurso em troca de um favor: o corruptor.
A corrupção
é presente (em maior evidência) em países não democráticos e de terceiro mundo.
Essa prática infelizmente está presente nas três esferas do poder (legislativo,
executivo e judiciário).
Não é
prática de somente um partido, mas se espalha pelo poder público. Se fosse
somente de um partido político seria fácil, bastaria tirarmos ele de lá.
Quando o
governo não tem transparência (União, Estados e Municípios) em sua
administração é mais provável que haja ou que incentive essa prática.
Não existe
país com corrupção zero, embora os países ricos democráticos tenham menos
corrupção, porque sua população é mais esclarecida acerca dos seus direitos,
sendo assim mais difíceis de enganar.
No Brasil,
estudos indicam que a corrupção é maior nos municípios (acredite!!!).
Por difícil
que possa parecer, o Brasil ocupa uma posição intermediária quando se “mede” o
nível de percepção da corrupção (uma espécie de ranking da corrupção).
Organizações internacionais classifica o Brasil em 70º lugar em nível de
corrupção, dentre 175 países da lista, em ordem crescente. Quer dizer, quanto
maior a classificação, maior o nível de corrupção.
Culturalmente,
associa-se a imagem da pessoa que tem e acumula bens à imagem de pessoa
bem-sucedida. São os símbolos do poder, o dinheiro associado ao sucesso
pessoal. A nossa cultura “ocidental” valoriza o enriquecimento, não importando
a sua origem, e principalmente se for aquele obtido por meios escusos, pois não
há vigilância e punição efetiva para esse tipo de conduta.
Estima-se
que no Brasil a corrupção atinja em torno de 200 Bilhões ao ano.
Toda
sociedade corrupta sacrifica a camada pobre, que depende puramente dos serviços
públicos.
A corrupção
está diretamente ligada ao crescente aumento da pobreza e miséria em escala
global.
Com essa
importância de R$ 200 bilhões daria para dobrar o valor anual dos recursos
destinados à educação, à saúde, à segurança. Em poucos anos teríamos serviços
de primeiro mundo.
Concluindo,
uma das barreiras para que possamos alcançar uma sociedade igualitária é o
combate eficaz da corrupção não só no nosso país, mas em todo o sistema
internacional, pois só neste plano atingiremos um nível de desenvolvimento
adequado para os nossos cidadãos.
Fernando
Rossit
“COMO ACONTECE A ESCOLHA DOS PAIS COM OS QUAIS O ESPÍRITO VAI ENCARNAR COMO FILHO!?”
A escolha
dos pais com os quais o espírito vai encarnar (como filho) acontece justamente
porque eles podem oferecer ao espírito a possibilidade de “ativar” determinados
complexos de encarnações passadas. Isto significa que a criança terá naquela
família as dificuldades e facilidades necessárias para ela cumprir aquilo que
foi planejado antes de nascer (missão de vida).
- O retorno
do espírito para o corpo é planejado. A família em que ele nascerá será aquela
capaz de propiciar o positivo e o negativo que ele precisa para evoluir.
- A escolha
da família na qual um espírito vai reencarnar é determinada pelas qualidades e
defeitos que fazem parte do núcleo familiar. Toda família possui
características que estimulam positivamente ou negativamente a criança, que
está em processo de formação.
Explico-me:
uma mãe amorosa, mas medrosa, engravidou. Suas vibrações foram de profundo
amor, aceitação e alegria. Junto veio o receio e a insegurança. O espírito que
nascerá será estimulado por todos os sentimentos, pensamentos, vibrações e
sensações da mãe. Tanto as vibrações de amor quanto as vibrações de insegurança
(por exemplo) vão influenciar na formação do feto.
Suponhamos
que esta mãe tenha medo de perder o emprego. Este conjunto de pensamentos,
sentimentos, vibrações e sensações chega até o feto. O feto não tem condições
de lidar com estes estímulos. Ele usa o “banco de dados” do espírito. O
espírito é a referência, a memória e a percepção do feto. Ou seja, é o espírito
quem dá sentido aos estímulos que chegam da mãe. Chamamos estes estímulos de
dinamizadores, pois eles dinamizam e estimulam a memória espiritual, fazendo
com que parte dela seja impregnada na mente do bebê antes dele nascer, durante
o parto e mesmo depois do nascimento.
Suponhamos
agora que em uma encarnação passada este espírito tenha passado fome por causa
de desemprego. As vibrações da mãe dinamizam esta memória do espírito e o
resultado poderá ser a ansiedade no feto. A ansiedade no feto gerará uma
criança ansiosa (que terá que enfrentar o desafio da ansiedade em sua vida).
Desta forma,
o bebê que nasce é uma continuidade do espírito que nele está encarnado. Ele
nasce com informações de outras encarnações e do plano espiritual. O bebê não é
uma página em branco, ele possui uma riqueza extraordinária de informações e
recursos (é assim que se forma a personalidade do bebê).
A formação
da mente é acompanhada pela entrada de conteúdo do espírito, que molda o novo
corpo que está se formando.
Somos uma
continuidade. Somos um corpo novo conduzido por um espírito antigo, que já teve
muitas encarnações, possui muitos recursos, habilidades, conhecimentos,
condicionamentos, traumas, etc.
Toda criança
é um espírito repleto de vida e de história. É muito importante saber trabalhar
com esta história e aproveitar os recursos que foram arduamente desenvolvidos
em dezenas (ou centenas) de encarnações.
Lembre-se: o
feto está ligado a um espírito que possui capacidade de percepção e memória. Os
acontecimentos desta fase da vida são armazenados e influenciam a formação da
mente do bebe. Desta forma, as primeiras memórias que o bebê terá serão um
misto de memórias intrauterinas com memórias de encarnações passadas.
"A
família é o campo de provas para a evolução do espírito;"
A mãe
insegura (do exemplo anterior) deve se sentir culpada? Não, nunca. A escolha
dela (e do pai) para receber aquele espírito deve-se ao conjunto de suas qualidades
e dificuldades. O espírito nasce em um novo corpo para lutar, superar
dificuldades e evoluir. Ele está reencarnando porque possui muito à aprender e
amadurecer. As dificuldades que são dinamizadas na formação do feto JÁ estão
presentes no espírito e devem ser por ele resolvidas.
Traduzindo:
a família dinamiza somente aquilo que o espírito que está reencarnando carrega
no "coração". É igual na vida cotidiana: o que esperar de um ingrato?
Ingratidão. E de uma pessoa desonesta? Desonestidade. Se alguém der um prato de
comida para um ingrato, o que será dinamizado? Ingratidão. Talvez o ingrato
pense e sinta raiva: "ela me deu arroz com feijão, deveria ter me dado
macarrão". Se esta pessoa for grata, ela não terá ingratidão por receber
um prato de comida. Só é dinamizado o que está no "coração" desta
pessoa. O que não existir, não pode ser estimulado.
Da mesma
forma, se a mãe emitir vibrações de insegurança e o espírito for seguro, ela
não irá dinamizar nada. Tudo de bom ou ruim que for dinamizado no espírito é
porque já está presente neste espírito. Se no seu "coração" (espírito
não tem coração, imagem simbólica) houver paz, o espírito sentirá paz mesmo que
os pais não sintam esta paz. O que existir pode ser estimulado, o que não
existir não será estimulado. O que for dinamizado (estimulado) será o que o
filho terá de bom ou ruim para enfrentar.
Os filhos
são uma benção para a família porque com sua personalidade única contribuem
para que os pais também aprendam com eles. Todos aprendem, porque todos possuem
muito à aprender e evoluir.
Autor: Regis
Mesquita
“QUEM PARTIU SENTE A DOR QUE ESTAMOS SENTINDO?”
Provavelmente
já muitas vezes nos perguntamos: Será que ele/ela sabe que morreu?
Será que
também sentem saudade como nós sentimos?
Como será
que “eles” sentem?
Você que
está a ler isto, já deve ter feito estas perguntas ou semelhantes inúmeras
vezes mas sempre sem resposta.
Ou então
encontra uma resposta que acalme a dor que está a sentir naquele momento devido
à partida do seu ente querido. A resposta que normalmente encontramos é: “
Ele/ela estava a sofrer muito e agora está a descansar em paz ou só agora é que
está em paz.”
ESTA
RESPOSTA ESTÁ ERRADA!
“Eles” não
morrem e muito menos estão a descansar. O que nós enterramos ou cremamos é
somente o corpo do nosso ente querido, porque nessa altura a alma separa-se do
corpo e segue o seu caminho para outra vida. Portanto, a morte não existe. O
corpo é apenas o envoltório da alma, do qual ela se liberta quando o corpo
morre. É como por exemplo, uma cobra quando troca de pele. A cobra se liberta
da sua “velha ” pele.
Mas voltando
à pergunta inicial: Como as dores dos que ficaram afetam os espíritos?
Nós
cometemos sempre o erro de pensar que existe morte e que só nós é que sentimos
saudade e tristeza. Nós nos esquecemos que eles continuam vivos e que também
estão a sentir a mesma saudade, a mesma tristeza e a mesma dor que nós sentimos
com a sua partida, porque muitos partem sem ter vontade de partir. O sentimento
que nos une a esse ente querido mantém-se inalterável independentemente de onde
ele/ela estiver.
Por exemplo,
se estamos o tempo todo em constante conexão energética com quem amamos,
imagine se estivermos desencarnados, concentrados em alguém encarnado que está
a transmitir emoções de tristeza, saudade, arrependimento, culpa devido à nossa
ausência no desencarne?
Se não é
fácil para nós lidarmos com as nossas próprias dores, imagine o que será
depararmos com a dor que provocamos a alguém que amamos.
Portanto,
quando estamos no plano extra físico as emanações energéticas exageradas dos
nossos entes queridos encarnados chegam até nós com uma determinada
intensidade, tornando-se quase audíveis.
Por isso,
temos que ter cuidado com os sentimentos que alimentamos, pois alimentar é uma
coisa e sentir é outra.
Para
qualquer espírito que desencarna e que segundo a sua própria evolução, está
razoavelmente equilibrado existe uma proteção natural que o isola dos
sentimentos normais de saudade dos entes queridos que ficaram, tendo assim a
oportunidade de se adaptar à sua nova etapa de vida.
No entanto
pode acontecer também o contrário. O espírito pode estar em desequilíbrio na
sua própria evolução devido ao fato de ver os seus entes queridos em sofrimento
com a sua partida, o que pode fazer com que “ele” não consiga lidar bem com o
seu regresso à vida espiritual. “Ele” pode se sentir culpado e querer ficar na
sua vida carnal para que os seus entes queridos não sofram por sua causa.
De fato, os
espíritos podem sempre voltar para junto de nós quando querem, mas numa
primeira fase após o seu descarne não é aconselhável que “eles” voltem para
junto de nós, porque essa vontade de voltar deve-se ao fato deles ainda não se
terem adaptado ao outro plano, ou seja, ainda não encontraram a luz que os guia
até ao outro plano porque por vezes, também levam consigo preocupações e
problemas desta vida.
Por isso, a
partir de agora temos de ficar atentos ás nossas manifestações de sentimentos
exagerados, seja para bem do nosso ente querido que partiu ou para nosso
próprio bem ou até mesmo para bem dos entes que ainda ficam conosco.
Se não
sentíssemos saudade não estaríamos a dar a devida importância àquela pessoa que
passou pela nossa vida. Para o bem de todos os que ficam e os que partem, cabe
somente a nós avaliar se a saudade cabe mesmo toda no nosso coração ou se
haverá saudade em demasia.
Portanto
vamos acreditar que os nossos entes queridos estão a viver a vida deles noutra
dimensão/plano e para que sejamos todos felizes temos de continuar a viver a
nossa vida até ao dia em que vamos ter com eles, para que nesse dia estejamos
aptos a sermos recebidos com o louvor que merecemos e por quem nos é querido.
Sejamos felizes por “eles” e por nós próprios!
Fonte. Chico de Minas Xavier
segunda-feira, 19 de junho de 2017
“OS DESCALABROS MORAIS DA NOSSA SOCIEDADE. ”
Sucedem-se,
em volúpia surpreendente, os escândalos na sociedade contemporânea, que se
sente aturdida sob o clamor das decepções e dos desencantos em escala
crescente. Causando grande impacto a princípio, alcançam nível de acontecimentos
comum e trivial, quando o mais recente, sempre mais escabroso, diminui ou apaga
as impressões perturbadoras do anterior.
São de todo
jaez, tendo as suas raízes no egoísmo e na prepotência humana, decorrente do
atavismo animal.
Conhecidos
em todas as épocas da História, na civilização atual atingem um clímax
alarmante e sem precedentes.
Cidadãos
masculinos e femininos de alto coturno social, que se apresentam como
verdadeiros modelos de triunfo, de repente são arrolados como criminosos
vulgares, em razão dos seus torpes compromissos morais, que revelam a lama
sobre a qual edificam as aparências brilhantes.
Desvios
sexuais, que se tornam comportamentos aplaudidos, infidelidade conjugal e
adultério, suborno e tráfico de influência, de drogas, de contratos
multimilionários, de criaturas humanas crucificadas na escravidão, corrupção de
todos os matizes, são-lhes as feridas purulentas ocultas em tecidos caros, em
roupas luxuosas, sob adereços caríssimos e em ambientes de alto poder de
consumo...
Sem o pudor
nem a dignidade que fingem defender e vivenciar, utilizam-se dos expedientes
sórdidos do crime para acumular fortunas incalculáveis, emparedadas em cofres
de aço de segurança máxima em paraísos fiscais e bancos internacionais.
Os recursos
que reúnem com doentia avidez, se aplicados na educação das novas gerações e no
trabalho que fomenta o progresso, conseguiriam afugentar os devastadores
fantasmas da fome, das doenças e a cruel violência que semeia o terror em toda
parte, culminando em guerras terríveis, algumas não declaradas...
Indiciados,
após acusações vergonhosas dos seus comparsas, não dispõem da mínima
compostura, lutando para provar inocência irônica e mentirosa.
Utilizam-se,
os seus defensores, das brechas das leis benignas, algumas por eles mesmos
elaboradas para o retorno ao convívio social, sem a mínima demonstração de
honorabilidade.
Tendo
anestesiada a consciência que adaptaram às circunstâncias da corrupção, deixam
transparecer que a sua conduta é a conduta correta, com os descalabros morais
de que se revestem.
Felizmente,
a facilidade de comunicação desmascara-os e embora nem sempre vejam punidos
conforme são merecedores, vivem asfixiados nos pântanos em que se atiraram.
Cada dia são
desmontadas novas quadrilhas de luxo nos altos escalões da sociedade.
Essas
vítimas do materialismo enlouquecido, que acreditam somente no poder do
dinheiro, das posições relevantes, não podem fugir da própria consumpção, do
passar do tempo, das doenças e da morte.
Creem-se
inteligentes pela habilidade de burlar as leis, de enganar aos demais, quando,
em realidade, são apenas astutos de breve trânsito no corpo.
Infelizmente,
o triste espetáculo mascara a cultura de desregramentos a caminho do caos.
Nem todos os
indivíduos terrestres encontram-se malsinados com o sinete da desonra. Esses,
os desonestos, chamam a atenção e parecem constituir a grande mole humana.
Embora
desconhecidos, existem em todos os segmentos sociais indivíduos honoráveis e
dignos.
São eles os
pilotis sobre os quais se constroem a civilização, a ética e a cultura sadia.
Este é um
momento de transição espiritual que alcança todos os programas da evolução
terrestre.
Enfrentam-se
as duas sociedades: a decadente, que está acostumada ao mal e aqueloutra, a
digna, que labora no bem.
A vitória,
sem dúvida, inevitável, é da seriedade, do comportamento sadio, porque o crime
é desvio de conduta, não é comportamento correto.
Não se deve,
portanto, permanecer em dúvida íntima em face do triunfo enganoso dos
criminosos bem-vestidos e invejados.
Ignoras os
conflitos que os aturdem, porque ninguém consegue viver irregularmente e em
paz. Eles afogam os tormentos, ou pelo menos tentam, nas libações alcoólicas,
nos excessos sexuais, nas drogas ilícitas, a fim de permanecerem no palco do
prazer, desconfiados e temerosos.
Não os
invejeis, não os antipatizes. Eles já estão sobrecarregados de preocupações,
insatisfeitos com a própria existência, que perdeu o sentido psicológico e
fundamental da vida.
São
triunfadores, sim, mas algozes de si mesmos.
O
comportamento correto é o único a propiciar harmonia íntima.
Confia em
Deus e na Sua paternal misericórdia.
Reflexiona
em torno dos sofredores que também rebolcam em dores terríveis ao teu lado.
Estão ressarcindo o comportamento alucinado de existências pretéritas.
O mesmo
acontecerá aos fantoches aplaudidos de hoje pelos seus aficionados.
Quanto a ti,
age sempre com retidão, cultivando o bem em todas as circunstâncias.
Quem visse
Aquele Homem sob o peso da cruz e Pilatos, o Seu crucificador, acreditaria que
o representante de César era o triunfador.
Logo depois,
Pilatos foi mandado para o exílio e suicidou-se, enquanto o Homem condenado, morreu
e ressuscitou, em triunfo de imortalidade.
Pensa, desse
modo, na glória terrestre e na espiritual, e faze a tua escolha.
Autor-Joanna
de Ângelis
(Página
psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite
de 1 de junho de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,
Bahia.)
“COLÔNIAS NO MUNDO ESPIRITUAL ALÉM DE NOSSO LAR”
Na questão
234 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos
Espíritos Instrutores, no item Mundos Transitórios, quando aborda questões
relativas à “Vida Espírita”: – “Há de fato, como já foi dito, mundos que servem
de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes? ” E a resposta dos
Instrutores da Humanidade: “Sim, há mundos particularmente destinados aos seres
errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de
bivaques de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado
este sempre penoso. (…)”
É claro que
como são graduais as revelações dos Espíritos Superiores à humanidade, eles não
poderiam, em 1857, falar de comunidades de Espíritos errantes, isto é, de
espíritos que aguardam novas reencarnações até chegar à perfeição espiritual,
habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida na atmosfera
terrestre sobre terreno fértil à vegetação, e em tudo com estreita semelhança
ao que conhecemos na crosta. Seria bem possível que os adversários do
Espiritismo, diante dessa revelação, e de tamanha heresia, mandassem reacender
certamente uma fogueira inquisitorial para queimar Allan Kardec como herege.
Ora, nos
idos de 1980, quando estive pessoalmente com Chico Xavier em sua casa em
Uberaba, ele me contou que quando estava psicografando o livro Nosso Lar na
década de 30, foi taxado de “médium fascinado”, e que ele mesmo ficou muito
confuso com toda aquela situação.
Porém, para
desfazer tudo isso, o Benfeitor Espiritual André Luiz levou-o, em
desprendimento, a um ponto bem acima de “Nosso Lar”, para que ele visse de cima
a cidade, e pudesse constatar a realidade do que estava psicografando. Nesse
momento, Chico esclareceu-me, ainda, que o que ele viu naquela noite está
exatamente desenhado no mapa da planta baixa da colônia pela médium Heigorina
Cunha, apresentado no livro Cidade no Além.
COLÔNIA EM
ISRAEL
No livro
Quando se pretende falar da vida, o jovem de formação israelita Roberto
Muszkat, desencarnado em 14 de março de 1979, apresenta 22 mensagens
psicografadas através do médium Chico Xavier, endereçadas aos seus pais e
familiares. Na mensagem de 16 de novembro de 1979, ele, relatando para a mãe o
seu desligamento do corpo, diz da ajuda de seu avô Moszek Aron, o qual, ao pronunciar
as palavras “Leshaná Habaá bi-Yerushalayim” (era um adeus, significando - o ano
que vem em Jerusalém), tranquilizou-o, e fê-lo dormir como uma criança.
Quando
acordou, viu-se num leito alvo com a sua avó Rachel velando por ele. Depois de
algum tempo, o seu avô Moszek foi ao seu encontro, levando-o ao encontro de
outros espíritos amigos para um recinto dedicado à oração, no amplo
educandário-hospital. Esses amigos cantaram o hino Shalom Aleichem (hino que dá
as boas-vindas aos anjos da paz, cantado na sexta-feira à noite) e o avô em
seguida o abençoou. As lágrimas banharam seu rosto, enquanto o avô promovia o
Seder (reunião festiva na primeira e segunda noite da Páscoa judaica), em cuja
reunião teve a oportunidade de fazer muitas perguntas.
Diz ainda
textualmente na mensagem o espírito Roberto Muszkat: “Vim, a saber, então, que
me achava em Erets Israel (Terra de Israel), ou Terra do Renascimento, cuja
beleza é indescritível. Ali, naquela província do Espaço Terrestre, se erguia
uma outra cidade luminosa dos Profetas (…). Com estes apontamentos não quero
dizer que estava numa cidade privilegiada, porque outras nações as possuem nas
esferas que cercam o Planeta, mas aquele recanto era o meu coração pulsando com
milhares ou milhões de outros corações, consagrados ao Pai Único”.
COLÔNIA DE
CASTREL
Essa colônia espiritual está citada no livro A
vida além do véu, ditado por vários Espíritos, recebido pela escrita mediúnica
mecânica do reverendo inglês G. Vale Owen, editado pela Federação Espírita
Brasileira (FEB), traduzido por Carlos Imbassahy. Essa Colônia espiritual,
cujas informações nos chegaram com a primeira edição do livro acima citado
(1920), tem como tarefa básica o atendimento à infância. Recebe Espíritos
desencarnados na infância, prepara-os para a nova realidade da vida,
reintegra-os aos planos que lhes são destinados após terem retornado à forma
adulta, ou prepara Espíritos para reencarnação, acompanhando-os na fase
infantil.
Apesar de a
linguagem predominante no livro não ser atual, é uma obra de leitura agradável,
que muito nos esclarece. A Colônia, situada entre montanhas, possui uma cúpula
dourada no centro, cercada por um terraço cheio de colunas. Uma longa rua corta
a cidade de um extremo ao outro, formando uma alameda, onde estão localizadas
as residências dos seus dirigentes. Há muitos terrenos, espaçosos edifícios e
construções para o atendimento à criança. Vivem aí muitos trabalhadores do
campo, dedicados à horticultura, e muitos da cidade, dedicados a tarefas junto
à infância. É uma localidade muito bela e iluminada; há muitas fontes de água e
predominância de ambiente harmônico. O desejo do bem é a nota reinante.
COLÔNIA
CORRECIONAL DA LEGIÃO DOS SERVOS DE MARIA
No livro Memórias de um suicida,
relatado pelo Espírito Camilo Cândido Botelho, pela mediunidade de Yvonne A.
Pereira, descreve a Colônia Correcional da Legião dos Servos de Maria, uma obra
que é uma obra evangélica assistencial, que atende aos suicidas. Os seus
dirigentes e servidores agem em nome de Maria Santíssima, sua mentora e
orientadora maior.
A Colônia é representada por uma
fortaleza, cercada por um conjunto de muralhas fortificadas, situada em região
triste e desolada, envolvida em neblinas como se toda a paisagem fora recoberta
pelo sudário de continuadas nevadas, conquanto oferecendo possibilidades de
visão. Esta fortaleza lembra os castelos medievais, com fosso, torres e ponte
movediça.
Dentro da fortaleza há inúmeros
edifícios com seus respectivos departamentos de serviços, que se desdobram,
constituindo uma verdadeira cidade nas regiões trevosas, oferecendo ao espírito
suicida a assistência necessária ao começo do seu reerguimento moral.
O LAR DA
BENÇÃO
O Espírito André Luiz, no livro Entre
a Terra e o Céu, revela, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, edição
da FEB, que o Lar da Bênção é uma importante Colônia educativa, misto de escola
de mães e domicílio dos pequeninos que regressam da esfera carnal. Essa
Colônia, situada no espaço espiritual correspondente às terras brasileiras, tem
como objetivo preparar mães para a maternidade responsável e atender as
crianças que desencarnam e encarnam.
Informa André Luiz, ainda, que tais
crianças encontram aí o apoio necessário ao seu reajustamento espiritual. Assim
é que, nos primeiros momentos como libertas do corpo físico, ou enquanto lhes
dure o desequilíbrio, são abençoadas pela assistência superior e amiga dos
benfeitores espirituais do Lar da Bênção e pelo afeto inesquecível daquelas que
foram suas genitoras, as quais, ainda presas aos liames da carne, são, no
entanto, levadas à Colônia para auxiliar e acompanhar o reerguimento dos
filhos.
MANSÃO PAZ
A “Mansão Paz” é uma escola de
reajuste espiritual, sob a jurisdição de “Nosso Lar”. O Espírito André Luiz
assim se expressa sobre ela no livro Ação e reação, psicografado por Francisco
Cândido Xavier, publicado pela FEB:
“O estabelecimento, situado nas regiões
inferiores, era bem uma espécie de “mosteiro São Bernardo”; em zona castigada
por natureza hostil, com a diferença de que a neve, quase constante em torno do
célebre convento encravado nos desfiladeiros entre a Suíça e a Itália, era ali
substituída pela sombra espessa, que se adensava, movimentada e terrível, ao
redor da instituição, como que se tocada por ventania incessante”.
Segundo André Luiz é uma instituição
destinada a receber Espíritos infelizes ou enfermos, mas decididos a trabalhar
pela própria regeneração, criaturas essas que se elevam a colônias de
aprimoramento na Vida Superior ou que retornam à esfera dos homens para a
reencarnação retificadora.
OS POSTOS DE
AUXÍLIO
Os Postos, ou Núcleos de Auxílio,
estão situados nas Esferas inferiores da região espiritual. Representam um
campus avançado de uma colônia espiritual, conforme nos informa Conan Doyle, na
obra História do Espiritismo. Os Espíritos esclarecidos e devotados ao bem
realizam nessas localidades trabalhos missionários, caracterizados por grandes
dificuldades e perigos, semelhantes aos que rodeariam o homem que tentasse
evangelizar as mais selvagens raças da Terra.
Os Espíritos missionários travam
lutas árduas com os habitantes das regiões tenebrosas, principalmente com os
seus dirigentes, verdadeiros príncipes do mal que são formidáveis em seus
próprios reinos. Essas Esferas são as salas de espera — hospitais para almas
doentes — onde a experiência punitiva é intentada para trazer o sofredor à
saúde e à felicidade.
POSTO DE
SOCORRO “CAMPO DA PAZ”
“Campo da Paz” é um posto de socorro
localizado em pleno Umbral, e que tem como missão receber Espíritos enfermos,
mais desequilibrados do que maus, pelo choque da morte física, pelo apego
relativo que ainda demonstram ter a pessoas e coisas deixadas na Crosta.
Essa informação está no livro Os
Mensageiros, ditado pelo Espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier, e
publicado pela FEB. Neste Posto, os desencarnados são recebidos, tratados,
reajustados e depois encaminhados a outros Planos. Muitos desses Espíritos
chegam ao Núcleo de Auxílio completamente dementados, alheios à realidade do
lugar onde estão inseridos. Muitos permanecem em estado de profundo sono.
POSTO DE
AUXÍLIO MÓVEL: “CASA TRANSITÓRIA DE FABIANO”
A finalidade essencial da Casa
Transitória é prestar auxílio urgente e, devido a sua localização, em plena
região trevosa, sofre permanente cerco de Espíritos desesperados e sofredores,
condenados pela própria consciência à revolta e à dor. É um abrigo móvel que,
para garantir suas defesas magnéticas, exige grande número de servidores e de
amigos piedosos, que aí permanecem, dia e noite, ao lado do sofrimento.
Informa o Espírito André Luiz, no
livro Obreiros da Vida Eterna, psicografado por Francisco Cândido Xavier, e
editado pela FEB, que, todavia, o trabalho desta Casa é dos mais dignos e
edificantes. Neste edifício de benemerência cristã, centralizam-se numerosas
expedições de irmãos leais ao bem, que se dirigem à Crosta Planetária ou às
esferas escuras, onde se debatem na dor seres angustiados e ignorantes, em
trânsito prolongado nos abismos tenebrosos.
Diz ainda o Benfeitor Espiritual
André Luiz tratar-se de grande instituição piedosa, no campo de sofrimentos
mais duros em que se reúnem almas recém-desencarnadas, nas cercanias da Crosta
Terrestre, a qual fora fundada por Fabiano de Cristo, devotado servo da
caridade entre antigos religiosos do Rio de Janeiro, desencarnado há muitos
anos. Organizada por ele, era confiada, periodicamente, a outros benfeitores de
elevada condição, em tarefa de assistência evangélica, junto aos Espíritos
recém-desligados do Plano carnal. A Casa Transitória de Fabiano é um Posto de
Auxílio móvel, que se desloca quando se faz necessário, ao longo das regiões
umbralinas.
CONCLUSÃO
Diante
dessas informações, acredito que devam existir milhares de colônias em torno da
Terra, cada uma reunindo espíritos afins de acordo com a raça, religião,
cultura, progresso moral etc. Admitindo-se que em torno da Terra vivem em torno
de 13 bilhões de Espíritos desencarnados, e dividindo por um milhão de
espíritos em cada colônia (tomando por base a população de Nosso Lar), teremos
no mínimo 13 mil Colônias espalhadas por todo o espaço em torno da Terra, fora
os postos de auxílio vinculados a essas Colônias.
Agora, se
dependermos da oficialização da Ciência humana para comprovar a existência de
colônias espirituais e postos de auxílio no Mundo Espiritual, lembremos que se
Allan Kardec precisasse da confirmação científica da existência da alma ou da
reencarnação para publicar O Livro dos Espíritos, até hoje ele estaria
aguardando o pronunciamento oficial e por muito tempo ainda. Enfim, não podemos
perder de vista o aspecto REVELADOR do Espiritismo que se antecipou ao conhecimento
humano a respeito da existência da alma, da reencarnação, inclusive a do
perispírito.
Fonte: CORREIO
ESPÍRITA | Gerson Simões Monteiro
domingo, 18 de junho de 2017
“OS DOZE SINAIS DO SEU DESPERTAR DIVINO PARA A NOVA ERA QUE ESTÁ CHEGANDO”
As dores
físicas, especialmente na coluna, ombros e costas — Isto é resultado de
intensas mudanças no nível do DNA à medida que "a semente da nova
energia" vai despertando dentro de vocês. Tudo isto passará.
Sentimento
de profunda tristeza interior sem razão aparente — Vocês estão liberando seu
passado (estas vidas e outras) e isto provoca este sentimento de tristeza. É
como a experiência de se mudar de uma casa onde vocês moraram por muitos anos
para uma nova. Quanto mais vocês quiserem ir para esta casa nova, mais
experimentarão a tristeza de deixar para trás as recordações, a energia e as
experiências da casa antiga. Tudo isso também passará.
Mudanças
repentinas no trabalho e na profissão — Sintoma muito comum. Quando vocês estão
mudando, as coisas ao seu redor também mudam. Não se preocupem em encontrar o
trabalho ou a profissão perfeita. Tudo isto passará. Vocês estão em período de
transição e deverão passar por muitas mudanças de trabalho antes de encontrar o
que realmente os atrai.
Afastar-se
das relações familiares — Vocês estão conectados com sua família biológica
através do carma passado. Quando termina o ciclo cármico, os vínculos
estabelecidos com essas relações se liberam. Ainda pode parecer que a relação
com sua família e amigos esteja à deriva. Tudo isto também passará. Passado um
tempo, vocês poderão novamente retomar a relação com eles se for apropriado. De
qualquer maneira, essa nova relação se baseará numa nova energia, sem vínculos
cármicos.
Padrões de
sono anormais — Pode ocorrer que vocês se sintam muito sonolentos ou despertem
muitas noites entre as 2 e as 4 horas da manhã. Há muito trabalho a ser feito
em seu interior, o que faz com que a mente necessite de uma folga. Não se
preocupem. Se não puderem pegar no sono outra vez, levantem e façam alguma
coisa em vez de ficar na cama preocupando-se com assuntos mundanos. Tudo isto
também passará.
Sonhos
intensos — Podem incluir sonhos com conteúdo de batalhas ou guerras, sonhos em
que são perseguidos ou sonhos com seres monstruosos, ou que correm para fugir
de algum monstro. Vocês estão literalmente liberando velhas energias de dentro
de vocês. E estas energias do passado são representadas como lutas. Tudo isto
passará.
Desorientação
física — Algumas vezes se sentirão como se não estivessem pisando no chão.
Sentir-se
desafiado pelo espaço — Com a sensação de não conseguir pôr os pés no chão ou
de andar entre dois mundos. Durante a transição de sua consciência para uma
nova energia, o corpo pode ficar estafado. Vocês precisam passar mais tempo na
natureza para enraizar a nova energia em seu interior. Tudo isto passará.
Aumento das
conversas consigo mesmo – Vocês se verão mais frequentemente falando com o seu
eu interno. Há um novo nível de comunicação assentando-se no seu ser. Vocês
estão experimentando a ponta do iceberg com essa sua conversa interna. As
conversas se intensificarão e se farão mais fluidas, mais coerentes e mais
visionárias. Vocês não estão ficando loucos; apenas estão dando vazão à nova
energia.
Sentimentos
de saudade — Ainda que estejam na companhia de outros, podem sentir-se sós e
separados dos demais. Poderão sentir o desejo de se afastar dos grupos e da
multidão. Como humanos angélicos, estão caminhando para o caminho sagrado que
cada um tem que trilhar por si próprio. Quanto mais ansiedade esses sentimentos
de saudade lhes causam, mais difícil será interagir com os demais nesses
momentos. Os sentimentos de saudade também estão associados ao fato de que os
seus “guias” anteriores se foram. Eles estiveram com vocês por todas as
viagens, em todas as vidas. Mas veio o momento de se afastarem para que vocês
pudessem partilhar seu espaço com sua própria Divindade. Tudo isto também
passará à medida que a voz interior se encha com o Amor e a energia da própria
consciência Crística.
Perda da
paixão — Vocês podem sentir-se totalmente desapaixonados, ou com pouco desejo
de fazer as coisas. Está bem assim. Isto também faz parte do processo. Vocês
tomarão algum tempo para não fazer nada. Não lutem consigo mesmos por isso,
porque tudo isto passará. É parecido com o ato de reiniciar o computador. Vocês
necessitam parar por um breve período para carregar um software novo e mais
sofisticado, que, neste caso, é a nova energia da semente Crística.
Um profundo
anseio de voltar para casa — Esta é a condição mais difícil e desafiante de
todas. Vocês poderão experimentar um desejo profundo e irresistível de deixar o
planeta e retornar ao "Lugar". Não é um sentimento suicida, pois não
está baseado em raiva nem em frustração, e vocês não querem nenhum drama, nem
para vocês nem para ninguém. Há uma parte muito pequena de vocês que quer
voltar para Casa, pois vocês completaram seu ciclo cármico, concluíram o
contrato com a vida atual, e estão liberados para se empenhar em uma nova vida.
Porém, ainda estão num corpo físico, e mesmo que estejam preparados para
aceitar os desafios relativos à entrada numa Nova Energia, e de fato vocês
poderiam voltar para Casa neste exato momento, vocês percorreram um longo
caminho, e depois de tantas vidas, seria vergonhoso se vocês deixassem a cena
antes de o filme terminar. Além disso, o Espírito necessita que vocês ajudem os
demais a fazer a transição para a nova energia. Eles necessitam de um guia
humano, como vocês, que caminharam da velha energia para a nova. A senda pela
qual vocês estão caminhando os provê de experiências que os capacitaram a
chegar à maestria do Novo Humano Divino. E apesar de às vezes a sua viagem
parecer escura e solitária, lembrem-se de que jamais estão sozinhos e que serão
ajudados se pedirem.
J. J. HURTAK-Do site: www.pax.org.br
É "POSSÍVEL SABER COMO VOU DESENCARNAR?"
Se há uma
certeza em nossas vidas, é a do retorno ao Mundo Espiritual, que é de onde
viemos.
Sendo a vida
física uma etapa na vida do Espírito, o momento de transição entre o estado de
encarnado e de desencarnado varia de pessoa para pessoa raiando o infinito, mas
sempre de acordo com a individualidade espiritual.
Allan Kardec
propôs aos Espíritos Superiores:
“O Espírito
sabe por antecipação como desencarnará? – Sabe que o gênero de vida escolhido o
expõe a desencarnar mais de uma maneira do que de outra…” (1)
Comum são os
relatos a respeito de pessoas que pareciam ter conhecimento do desencarne,
pelas atitudes tomadas anteriormente, ou ainda, pela forma com que tocaram
direta ou indiretamente no assunto. Isso confirma a informação dada pelos
Espíritos Superiores, porque o acaso não faz parte das Leis Universais.
Sobre o
instante da morte física perguntou Kardec:
“A separação
se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de
demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
– Não; a
alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente
libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem de maneira que o Espírito
se desprende pouco a pouco dos laços que o retinham no corpo físico: eles se
desatam, não se quebram.” (2)
Observamos,
pela resposta acima, que mesmo nas mortes instantâneas o espírito retém
“ligações” com o corpo sem vida, se não pelos laços físicos, também pelos laços
desenvolvidos por seus valores e vícios morais.
Seria o caso
de perguntarmos: o que exerce influência no desprendimento do espírito de seu
corpo físico sem vida?
“Pois, onde
está o teu tesouro, ali estará também o teu coração” (3), esclareceu-nos Nosso
Senhor Jesus Cristo, como a nos dizer que os laços do sentimento nos vincularão
a tudo o que nos é caro ao espírito, sejam coisas, propriedades ou pessoas,
pois que estas últimas também consideramos como propriedades nossas.
“Amém vos
digo que tudo que ligardes sobre a terra, estará ligado nos céus” (4) também
disse Nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui, por céus podemos entender Mundo
Espiritual, o que significa que mesmo do “lado de lá”, mantemos os laços
firmados aqui, inclusive na transição entre o estado de encarnado para o de
desencarnado.
Necessário
se faz, portanto, incrustarmos em nossa cultura de vida a consciência da
precariedade dos laços que nos prendem ao mundo físico, incluindo às pessoas,
que também são espíritos em evolução. As enfermidades fatais, e muitas vezes as
de longo curso, tornam-se períodos de meditação a respeito dos valores pessoais
diante da vida, permitindo um melhor preparo íntimo para a transição e
readaptação ao mundo espiritual.
Não se deve
entender, no entanto, que o desprendimento das coisas e pessoas deste mundo
cheguem ao despautério de nos tornarmos frios e insensíveis. O que se espera é
tão somente que saibamos trabalhar os sentimentos do espírito imortal,
administrando a influência que as coisas do mundo exercem sobre nós, tirando o
devido proveito para crescimento espiritual, porque, se é fato que estamos
reencarnados, também o é que um dia vamos desencarnar.
A Doutrina
Espírita tem todas as ferramentas necessárias para trabalharmos nossos valores
íntimos, dando-nos o ensejo para o devido preparo para a grande transição que,
embora já a tenhamos experimentado muitas e muitas vezes, ainda se faz presente
com muito peso em nossa forma de viver a vida física.
Pensemos
nisso.
ANTÔNIO
CARLOS NAVARRO
Referências:-(1)
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 856;
(2) O Livro
dos Espíritos, Allan Kardec, item 155 a;
(3) Mateus,
6:21;
(4) Mateus,
18:18.
sábado, 17 de junho de 2017
“EXPIAÇÕES COLETIVAS”
Nos domínios
espirituais, o remorso nos assenhoreia, o sofrimento tem a aparência de tempo
indeterminado, de algo que jamais terá fim; sem paz, ansiamos pela esperança,
consubstanciada na misericórdia divina, permitindo a reparação das faltas.
Urge, então, empenharmo-nos na tarefa do resgate de nossos débitos.
O apóstolo
dos gentios, Paulo, disse que o homem, na "carne" (existência
física), tendo semeado a corrupção, terá a chance de ceifá-la, erradicando-a de
si (Gálatas 6:7-8). O Amor incomensurável de Deus nos permite a experiência do
retorno à estrada no mesmo ponto que em que dela nos afastamos ("a
sementeira é livre, a colheita é obrigatória"). O Salmo 28 de Davi
igualmente contém esse ensinamento, assim manifestado: "Paga-lhes segundo
as suas obras, segundo a malícia dos seus atos; dá-lhes conforme a obra de suas
mãos, retribui-lhes o que merecem". Tudo isso confirmado pelo Mestre:
"... a cada um segundo as suas obras" (Apocalipse 22:12).
Cometendo a
transgressão, somos conduzidos ao tribunal da nossa própria consciência,
penetrando no mundo espiritual como algozes. Com a chance da retificação
expiatória na carne, retornamos pelo portal da morte como vítimas, sem mais a
presença desagradável da culpa a nos consumir. O suplício tornou-se temporário,
conforme ensinamento de Jesus: "Em verdade te digo que não sairás da
prisão enquanto não pagares o último centavo" (Mateus 5:26).
A ação do
resgate pode acontecer, correlacionando-a com o tipo de infração. Se o mal foi
praticado coletivamente, isto é, em conluio lastimável junto a um grupo de
verdugos ("Ai daqueles por quem vêm o escândalo" - Mateus 18:7),a
liquidação dos débitos acontecerá com a presença de todos os protagonistas
envolvidos, processo conhecido, na doutrina espírita, como expiação coletiva.
As desgraças sociais envolvendo muitas vítimas são relacionadas a fatores
casuais pelos materialistas e espiritualistas menos avisados, o que caracteriza
uma hipótese por demais simplória, não merecendo consideração, desde que a
própria harmonia e ordem do universo, como igualmente a grandeza matemática e
estrutural das galáxias, apontam para uma causa inteligente. Aliás a frase
lapidar de Teófilo Gautier é sempre lembrada: "O acaso é talvez o
pseudônimo de Deus quando Ele não quer assinar o seu próprio nome."
O estudo
profundo do espiritismo nos leva ao entendimento dos fatores causais das
calamidades, opondo-se aos que põem a causa de lado, por falta de explicações
suficientes e convincentes. Em "Obras Póstumas", no cap. intitulado
"Questões e Problemas", há uma abordagem especial de Kardec e dos
espíritos a respeito das expiações coletivas, comprovando a entidade Clelie
Duplantier que faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que,
juntos, a praticaram. Disse que todas as faltas, quer do indivíduo, quer de
famílias e nações, seja qual for o caráter, são expiadas em cumprimento da
mesma lei. Assim como existe a expiação individual, o mesmo sucede quando se
trata de crimes cometidos solidariamente por mais de uma pessoa. A propósito, o
Codificador, em A Gênese", no capítulo 18, item 9, chama-nos a atenção de
que a humanidade é um ser coletivo no qual acontecem as mesmas revoluções
morais que em cada ser individual.
Duplantier
afirma também que, graças ao espiritismo, a justiça das provações é agora compreendida
e não decorre dos atos da vida presente, porque corresponde ao resgate das
dívidas do passado. Depois afirma que haveria de ser assim com relação às
provas coletivas, que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas
concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de Talião.
As
tragédias, levando às desencarnações coletivas, não são frutos do acaso Na
questão 258, de "OLE", A.K. pergunta se, antes de reencarnar, o
espírito tem consciência ou previsão do que lhe sucederá no curso da vida
terrena. A resposta: "Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de
passar e nisto consiste o seu livre-arbítrio". A desencarnação, o momento
certo da morte, é realmente predeterminado, assim como está documentado em
"OLE", Q. 853, dizendo que o instante da morte é fatal, no verdadeiro
sentido da palavra e chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não
podemos furtar. A questão 853(a) frisa que, quando é chegado o momento do nosso
retorno para a Dimensão Espiritual, nada nos
livrará e também relata que já sabemos o gênero de morte pelo qual
partiremos daqui, pois isso nos foi revelado quando fizemos a escolha desta ou
daquela existência. Importante, igualmente, o comentário de A.K., na Q.738,
dizendo que "venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém
deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida". Na Q.
859, os espíritos dizem a A.K. que a fatalidade, verdadeiramente, só existe
quanto ao momento em que devemos aparecer e desaparecer deste mundo. Na Q. 872,
A.K. enfatiza: "no que concerne à morte é que o homem se acha submetido,
em absoluto, à inexorável lei da fatalidade, por isso que não pode escapar à
sentença que lhe marca o termo da existência, nem ao gênero de morte que haja
de cortar a esta o fio".
Devemos
destacar que somente os acontecimentos importantes e capazes de influir na
nossa evolução moral são previstos por Deus, porque são úteis à nossa
purificação e à nossa instrução ("O LE", Q. 859a). Entretanto,
"o amor que cobre multidão de erros", em sintonia com a Lei de Ação e
Reação e com o livre-arbítrio, pode evitar acontecimentos que deveriam
realizar-se, como igualmente permitir outros que não estavam previstos
("OLE", Q.860).
Portanto, o
acaso não tem participação nas determinações divinas. O Pai nos ama
incondicionalmente e nos proporciona a oportunidade da redenção espiritual,
dando-nos a chance bendita de resgatarmos as infrações do passado contrárias às
Suas Leis, de várias formas, inclusive coletivamente. As expiações coletivas,
segundo "O Livro dos Espíritos", questão 737, oferecem o ensejo de
progredirmos mais depressa no rumo evolutivo, realizando-se em alguns anos o
que necessitaria de muitos séculos.
Como se
processa a convocação dos encarnados para o evento da desencarnação coletiva?
Qual a explicação espiritual para o fato de muitas pessoas saírem ilesas das
catástrofes, algumas até mesmo perdendo o embarque do meio de transporte a ser
acidentado? As respostas são baseadas nas premissas de que o acaso não pode reger
fenômenos inteligentes e na certeza da infalibilidade da Lei Divina, agindo por
conta de espíritos prepostos, sob a subordinação das entidades superioras.
Na Q. 459 de
"OLE", A.K., perguntando se os espíritos influem em nossos
pensamentos e em nossos atos, obteve a seguinte resposta: "Muito mais do
que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos
dirigem". Portanto, há influência marcante, embora oculta, dos espíritos
em nossos atos, sugerindo pensamentos, "dando a impressão de que alguém
nos fala" (Q.461). Recebemos uma sugestão mental, funcionando a nossa
mente como um aparelho emissor-receptor, de acordo com a nossa sintonia. As
questões 526, 527 e 528 de "OLE" são importantíssimas para esse
entendimento, desde que ao espíritos, na execução dos desígnios divinos, atuam
sobre a matéria para cumprimento das Leis da Providência, nunca as derrogando.
Na produção
de fatos voluntários, as entidades valem-se das circunstâncias naturais para
gerar os acontecimentos. Se soar o momento de alguém desencarnar e "era
destino dele perecer por conta de um acidente", pode a espiritualidade lhe
inspirar para subir em uma escada podre que não resista ao seu peso. A escada
não foi quebrada pelos espíritos.
Em outro
exemplo, "um homem tem que morrer eletrocutado por um raio". Os
espíritos lhe inspiraram a ideia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre a
qual cairia a descarga elétrica. As entidades não provocaram a produção do
raio, mas sabiam qual a árvore a ser atingida.
Em outro
ensinamento bem prático, "se alguém não tem que perecer" e uma pessoa
mal intencionada dispara sobre ele um projétil de fogo, os espíritos não atuam
desviando a trajetória da bala, já que o projétil tem que seguir o seu curso de
acordo com as leis da matéria; entretanto, a espiritualidade lhe sugere a ideia
de se desviar ou atrapalhar a quem está empunhando a arma. Importante esse
ensinamento, desde que muitas pessoas moram e circulam em locais bem perigosos,
principalmente nas grandes cidades brasileiras, e somente perecerão por balas
perdidas se estiverem subordinadas a essa programação.
É muito
importante o ensinamento de que o mal não é programado, isto é, ninguém nasce
para ser agente de cumprimento de prova ou expiação, como é descrito na Q. 470
de "OLE": "a nenhum espírito é dada a missão de praticar o mal.
Aquele que o faz fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às
consequências'.
Muitas
pessoas que possuem habilidades no campo da precognição ou premonição conseguem
prever tragédias futuras. Citamos o irlandês Zak Martin, descrevendo um avião
colidindo num arranha-céu e explodindo em chamas. Seis dias após, dois aviões
comerciais foram lançados contra as torres gêmeas, em Nova York. O terrível
naufrágio do Titanic foi pressentido por algumas pessoas como o empresário
inglês Middleton que sonhou durante duas noites seguidas com um navio de quilha
para o ar, cercado de pessoas e bagagem boiando. Resolveu, então, cancelar sua
viagem e a de seus familiares. Um marinheiro recusou a função de subchefe de
máquinas por causa de uma premonição de desastre. A sensitiva americana Sylvia
Browne, em outubro de 2004, disse em pleno programa de TV que os turistas
deveriam evitar viajar para a Índia. Dois meses depois parte do país mencionado
foi atingido pelo tsunami.
Na literatura
subsidiária espírita temos algumas fontes de consulta a respeito do assunto em
tela: 1- Em 17 de dezembro de 1961, em Niterói (RJ), aconteceu a trágica
tragédia num circo, relacionado, segundo o espírito Humberto de Campos, como
expiação coletiva, envolvendo romanos que assassinaram dezenas de cristãos, em
um circo armado em Lião, no ano de 177 ("Cartas e Crônicas, cap. 6,FEB);
2- O incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo, com muitas vítimas, foi
explicado como dívidas reportadas ao tempo das guerras da Cruzadas ("
Diálogo dos Vivos", cap. 26); 3- Emmanuel, através da psicografia de Chico
Xavier, na questão 250 do livro "O Consolador", esclarece-nos:
"na provação coletiva verifica-se a convocação dos Espíritos encarnados,
participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. O
mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente,
através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do
pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais -
doloroso acaso - às circunstâncias que reúnem as corpo físico ou as mais
variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais" e André
Luiz, no capítulo 18, do livro "Ação e Reação", psicografado por
Chico Xavier, descreve as palavras do benfeitor espiritual Druso, a respeito de
um acidente ocorrido com uma aeronave, na qual pereceram 14 pessoas.
Ressaltamos a informação de que "milhares de delinquentes que praticaram
crimes hediondos em rebeldia contra a Lei Divina encontram-se, ainda, sem terem
os débitos acertados."
Que tenhamos
a certeza de que o amor de Deus é incomensurável e existe uma razão espiritual
para as tragédias que deixam aterrorizadas as criaturas terrenas. Tudo tem uma
finalidade, a casualidade não existe. O Pai nos proporciona a todos nós, seus
filhos, herdeiros e viajores do Cosmos, a sua Eterna Misericórdia.
Fonte:
Américo Domingos Nunes Filho
Correio
Espírita
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