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sábado, 15 de julho de 2017

“A MORTE INCOMPREENDIDA”

O escritor inglês Somerset Maugham escrevendo, à oriental, narra uma história muito peculiar, que tentarei sintetizar.
Vivia numa casa de campo em Bagdá, um homem rico, possuidor de um hábito especial. Diariamente, usava uma era perfumada que mandava comprar no mercado. Um servo jovem era incumbido da tarefa, havendo lhe sucedido um dia, ter um encontro com a morte, em plena praça. Ante a surpresa de ambos, a mesma introduziu a mão na capa negra e retirou uma pequena caderneta.
Aproveitando-se da ocorrência, o moço disparou numa correria à herdade e disse ao amo que a havia encontrado e tinha certeza que ela viera arrebatar-lhe a vida.
Como existia uma propalada informação de que a morte, não encontrando a sua vítima, concedia-lhe mais dez anos de vida, ele solicitava o auxílio do senhor.
Comovido, o amo ofereceu-lhe o melhor cavalo, a fim de que ele fugisse da cidade para Samarra.
Ao cair da tarde daquele mesmo dia, o patrão foi realizar a compra, quando encontrou a terrível megera. Enfrentou-a e perguntou-lhe por que, pela segunda vez, o perturbava. Ignorando de que se tratava, a detestável pareceu surpresa e, ao tomar conhecimento, explicou-lhe que também ela estava assustada, porque tinha, sim, um encontro com aquele jovem, mas não pela manhã, e sim, à tarde, quando seguiria a Samarra.
O escritor reporta-se à inevitabilidade do fenômeno da morte.
Quando se está preparado, aguardando-a, ela não vem, mas, ao contrário, quando menos se espera, ei-la presente.
Num lar ditoso, é capaz de abandonar o idoso enfermo e optar por consumir o jovem ou a criança sonhadora, deixando sombras e dores indefiníveis.
A morte orgânica é uma fatalidade imprevisível.
Tudo que nasce, morre.
Indispensável que todos pensemos, com certa frequência, na consumpção orgânica através da morte do corpo e interroguemos o que lhe sucederá.
Filósofos, poetas, escritores, artistas, sábios de todos os tempos têm-se voltado para o estudo desse fenômeno, e a maioria concluiu que a vida não se acaba quando o corpo se extingue.
A experiência carnal é bênção que permite ao ser humano desdobrar a Presença Divina que nele reina e alcançar a plenitude através das sucessivas reencarnações.
Em cada etapa, o indivíduo escreve o futuro, construindo a alegria de uma existência saudável ou o sofrimento, com o caráter redentor dos lamentáveis comportamentos a que se haja entregado no passado.
É indispensável, pois, que todos pensemos naquilo que acontecerá ao Espírito que somos, após a libertação carnal.
Sócrates, quando condenado, no instante da desencarnação asseverou que iria comprovar o que ensinara, tal a certeza da sobrevivência que o animava a sofismar e acreditar na Imortalidade.

Divaldo Pereira Franco-  Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 15.6.2017.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

“INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS”

Quando você perde um ente querido o desespero é grande. A pessoa querida vai parar num túmulo íngreme e sem vida. O mundo fica vazio. E, por vezes, chega a duvidar da existência de Deus. Se você é um pai ou mãe fica desesperado. Como é que pode? Você tem sessenta anos e está vivo. E, o grande Pai Criador, levou seu filho de 19 anos num acidente de carro? Tudo acabou em questão de minutos.
Passada a revolta, a não aceitação, o desespero vem uma esperança: mensagem psicografada. A necessidade pungente de uma notícia do seu parente falecido. Corre todos os lugares. Pega telefones de centros espíritas, médiuns, clarividentes. E, por vezes, até você começa a ter coceira nas mãos e tenta uma psicografia.
Calma para não atropelar sua vida e a do seu ente querido que luta para se adaptar no outro plano. Imprescindível à oração! Deus e os bons espíritos estão em todos os lugares. Ouvem suas preces! Não se atropele para não criar expectativas! Peça aos bons espíritos para orientação, resignação e paciência.
Não dê tanto poder aos médiuns! Aliás, você também é um canalizador da conexão do astral superior. É uma condição de todos os seres humanos, mas eles estão muito preocupados com a parte material que a intuição se enfraquece.
Médiuns ostensivos estão no mundo para ajudar as pessoas, mas você mesmo pode se ajudar e até conseguir notícias dos seus entes queridos de forma espontânea. Sem a procura febril que poderá leva-lo a lugares frustrantes. E, nas garras de charlatães que fingem psicografar. Acho que é raro quem faz isso, mas no mundo, tem gente boa e ruim.
Atendo consulentes que passam horas em lugares sufocantes, estressantes e voltam para casa sem uma notícia. Vamos trabalhar no caminho do meio! Sabia que você tem um anjo de guarda? Um espírito evoluído? Sim, ele foi instruído para lhe acompanhar do nascimento até à morte.
Aumente sua conexão com o astral superior para obter forças para enfrentar os desafios da vida. Aumente sua fé em dias melhores. Creia que, na hora certa, virá sim um recado, um alento para a saudade pungente. Cuide-se! Se for necessário, procure um sacerdote, alguém que possa fortalecer sua fé. Ou mesmo um terapeuta! O luto passa por várias fases. Se o seu luto estiver muito prolongado procure um tratamento. Tristeza é um processo natural, mas a depressão é uma doença. Se você estiver fortalecido seu ente querido ficará em paz na outra dimensão. E, aí, poderão estabelecer uma linda conexão espiritual de energias positivas. Poderá sentir a presença dele, o cheiro, a energia linda que ele emitirá para lhe fortalecer!
Esteja certo que não está sozinho. Não é só você que sofre! Tantos perdem a família inteira e se fortalecem e ainda acreditam na felicidade.
Se a esperança da Vida Maior está num recado psicografado persista! No entanto, esteja equilibrado para ouvir a intuição do seu protetor.
Os bons espíritos estão por aí prontos para ajudar!

Sandra Cecília

quinta-feira, 13 de julho de 2017

"O QUE ALIMENTA NOSSA ALMA"

 Hoje, nos sentimos famintos! 
Parece que tudo o que tentamos fazer para saciar essa fome, não basta. Observando o que está ao nosso redor, percebemos as pessoas comprando mais, trabalhando mais, bebendo mais, comendo mais... tudo o que está ao nosso redor, está sendo utilizado para matar essa fome que nós não temos noção da onde vem. 
A todo momento, vemos na televisão, na rádio, na internet, no nosso cotidiano, que seremos felizes se consumirmos isso ou aquilo, se formos donos disso ou daquilo, mas, por mais que tentemos alcançar isso tudo, quando atingimos o nosso intento, a fome ainda está lá, nos perseguindo, nos avisando que ela ainda não foi saciada.
Em razão dessa realidade, já começamos a compreender que, apesar de não sabermos a origem de nossa insatisfação, essa busca não pode ser externa. Algo nos remete para dentro de nós, porque não há mais aonde procurar fora. Estamos vivendo um momento em que tudo parece sem sentido, porque tudo o que buscamos não preenche o nosso vazio e, se assim é, temos de nos aventurar a buscar em nós o sentido que desejamos para a nossa vida. 
Por isso, têm tantas pessoas no mundo buscando na religião a resposta para a sua insatisfação e, na maioria das vezes, nela conseguem dar os primeiros passos para se suprirem! Mas daí, vem um problema: em razão da sua procura ter trazido a paz que almejavam, acreditam que esse “achado” servirá para todos e isso não é real. Se acreditamos que Deus tudo sabe e somente permite aquilo que nos trará aprendizado, precisamos entender que, em razão da nossa heterogeneidade, necessária é a diversidade dos cultos religiosos para o nosso consolo e crescimento, e que para outras pessoas não será na religião que elas se encontrarão. Não adentrando na suposição de que uma ou outra religião são engodos e que elas existirão somente pelo tempo certo do aprendizado necessário para alguns, cada um tem a resposta para as suas necessidades e o respeito deveria fazer parte de nossa postura. 
Continuando no tema religião, se sou uma pessoa que necessita de freios morais para que eu não descumpra as leis divinas que nos regem, necessário na minha vida que eu siga um caminho que me freará. Neste momento, eu procurarei uma religião que me dará o suporte que necessito para isso. Assim, seja ela possuir dogmas mais fechados, seja ela trazer uma visão de que o pecado resultará em uma punição ainda nesta vida ou após a morte, no inferno, esta religião me ajudará no meu processo de aprimoramento. Mas, se sou uma pessoa que já posso me ver tendo experiências mais livres, posso me aproximar de doutrinas que me informarão sobre a minha responsabilidade direta face às minhas ações boas ou não tão boas e que a ninguém poderei culpar pelas minhas escolhas a não ser a mim mesma. 
Assim, como um rebanho que não sabe onde está, pois se perdeu de seu pastor, nós estamos buscando onde nos enquadrarmos, através das nossas experiências, sentimentos, sensações, raciocínio, que nos levarão a tentativas e erros, e a tentativas e acertos. Mas, não podemos nos esquecer que até a religião está no nosso mundo exterior. Ela deve ser encarada como um caminho para a nossa busca do alimento de nossa alma, mas não como o alimento em si. Ela serve de instrumento onde aprenderemos como utilizar as ferramentas que já possuímos, aprimorando-as ou compreendendo qual a sua verdadeira utilidade. Assim, seja o passe, seja a oração, seja a fé que já possuímos, tudo isso poderá alimentar a nossa alma, mas voltaremos a sentir aquela insatisfação anterior se não compreendermos que será pelas nossas ações que não mais a sentiremos. 
Poderemos rezar, poderemos receber tantos passes quantos pudermos, poderemos acreditar que temos fé suficiente para ficarmos bem, mas se não modificarmos as nossas ações, as nossas atitudes, voltaremos aos vícios de outrora, nos levando a sentir a fome em nossa alma novamente, porque o vazio que sentimos não está somente relacionado às crenças que portamos, mas também a falta da prática e de dar utilidade a cada uma dessas crenças na nossa vida e na vida do nosso próximo. 
Ajamos, portanto, para o nosso aprimoramento e que, com os instrumentos que já portamos, nos façamos úteis para compreendermos o nosso verdadeiro papel nesta existência divina. 
Assim, nossa alma se sentirá saciada.


Adriana Machado

quarta-feira, 12 de julho de 2017

“VIVEMOS UM MOMENTO HISTÓRICO DE TRANSIÇÃO DAS TREVAS PARA A LUZ”

Filhas e filhos do coração, abençoe-nos o Senhor proporcionando-nos a sua paz!
Lentamente as sombras da ignorância planetária cedem lugar às claridades luminíferas que descem da Erraticidade Superior para apontar o rumo da plenitude.
O incomparável Mestre Galileu apresentou o futuro da Humanidade assinalado pelo desequilíbrio da criatura que perderia a diretriz de segurança e, para diminuir-lhe a dor, acenou-lhe com a chegada do Consolador.
Nem todos hão entendido o significado do Consolador que foi prometido e confundem-no com o solucionador dos problemas humanos por eles próprios conquistados.
A função do Espiritismo é libertar a consciência da sua sombra, o coração das amarras emocionais negativas.
Não é pretensão dos Espíritos Nobres solucionar os problemas que dizem respeito às criaturas da indumentária carnal. Iluminá-las interiormente para compreender a causalidade de toda e qualquer ocorrência eis a finalidade precípua da Revelação Kardequiana.
Vive-se o momento histórico da transição para a luz e, abandonar-se a sombra acolhedora e perturbadora ao mesmo tempo para a conquista da claridade do dia de paz, é tarefa difícil e surgem as Parcas profetizando tragédias, abominações e desgraças como se esse estágio se devesse caracterizar pelo desconforto e pela aflição.
O objetivo essencial é de espancar as trevas íntimas que predominam em a natureza humana e vós tendes compreendido o papel que deveis exercer em nome da fulgurante Mensagem de Jesus, esclarecida pelos pensamentos espíritas.
Sabeis que vos encontrais entre atormentados e sofredores, sofredores e atormentados que, de alguma forma, somos quase todos nós.
É nosso dever precípuo apoiar-nos na paciência e na misericórdia, filhas diletas da compaixão, para melhor atendermos o desespero que grassa e alentarmos com esperança aqueles que ainda não conseguiram sair do desespero.
Amanhece novo dia de paz.
Já trabalhais em favor dos postulados maiores deixando de lado os interesses egóicos da Casa, da pessoa, para vos preocupardes com a Causa, a comunidade. Esse é o desejo de Jesus Cristo que não tergiversou em imolar-se por amor a todos.
Permaneceis fiéis servidores do Bem porque nunca vos faltarão o indispensável concurso do Mundo Maior.
Buscai conectar-vos com as esferas da vida e recebereis as diretrizes traçadas para o bom combate que deve iniciar-se no ádito do coração.
É certo que nessa batalha do homem velho, abrindo espaço para o ser novo, provareis solidão, dificuldade, incompreensão e amargura. Mas, entre os dois caminhos para o Reino de Deus, definidos na estrada larga da ilusão e na estrada estreita da luta sacrificial, este último pode ser encontrado na Via Crucis que Ele cruzou a sós e, na etapa final sob a ajuda daquele que foi posto a socorrê-lO. E o outro é o caminho da Umbria, em que, aquele ícone que perseverava no amor compreendeu que era dando e dando-se que poderia abrir espaço no coração para Jesus.
Meditemos juntos nessas duas estradas, a do Gólgota e a do Monte Subásio, e procuremos viver como se fossem aqueles os dias de hoje, porquanto, de alguma forma, são muito parecidos.
Na primeira etapa, Jesus veio quando Roma dominava a Terra conhecida e Israel, que esperava no ginete feroz das batalhas o grande conquistador Messias, não poderia aceitar o homem de Nazaré que cavalgava a Verdade para espalhá-la pela Terra e, por isso, não O recebeu até hoje, esperando a glória terrestre fictícia e de rápida, ligeira manifestação de prazer.
Tampouco aqueles primeiros servidores, que a tudo renunciaram para viverem Jesus, experimentaram, ainda durante a vida do seráfico, a desunião, a presunção humana, a ousadia de tentar modificar as regras da renúncia e do abandono do prazer em favor da glória celestial.
Jesus, na cruz, adquiriu as asas para o Infinito e Francisco, também crucificado com os estigmas, pode colocar as asas da ternura e da compaixão para seguir o seu Mestre.
Tende bom ânimo!
Não penseis que o Espiritismo veio solucionar aquilo que cada um de nós deve cuidar de fazer, mas nos ajudou a solucionar sim, pelo conforto moral, pelas palavras iluminativas, pelos conteúdos libertadores, tudo o que significa dor e angústia, libertando-nos do magnetismo terrestre para fruir as infinitas glórias da Imortalidade.
Já conheceis a Doutrina, já sentis o breve e agradável hálito do amanhecer da Imortalidade.
Vivei de tal forma que estejais assinalados pelas cicatrizes dos testemunhos que são as condecorações únicas pelas quais o cristão deve lutar por consegui-las.
Neste Encontro em que vos reunistes, cheios de dúvidas, dificuldades e incertezas, concluis a etapa final com júbilos e claridades diamantinas, porque o amor é a virtude sublime que, quanto mais se divide, mais se multiplica e consegue cicatrizar todas as feridas do coração e acalmar todas as ansiedades da alma.
Ide agora e vivei a Mensagem!
A vossa vida deve ser o espelho que reflita a glória do Sermão da Montanha, passando rapidamente da cruz para atingir a madrugada primaveril da Imortalidade, da ressurreição.
Deus vos abençoe, filhas e filhos do coração!
Que possamos estar juntos na lide a que nos comprometemos, abraçando-nos fraternalmente como fazem aqueles que vos anteciparam na viagem de volta ao grande Além e aqui chamamos Espíritos espíritas, fiéis à Codificação que ilumina o Evangelho de Jesus.
Recebei o nosso carinho e sede felizes porque todo aquele que encontra Jesus descobre o mais valioso tesouro para a vida.
Muita paz, minhas filhas, meus filhos! Que o Senhor permaneça conosco hoje e sempre!
São os votos do amigo e servidor humílimo de sempre, Bezerra.
(Mensagem recebida psicofonicamente pelo médium Divaldo Pereira Franco


Autor: Bezerra de Menezes- Psicografia-Divaldo Franco

"DOENÇAS MENTAIS E OBSESSÕES."

Questão grave que requisita acurados estudos e contínuo exame, a fim de haurir-se necessário conhecimento, a que diz respeito à problemática das distonias e afecções psíquicas, sejam decorrentes dos transtornos orgânicos e mentais, sejam de causa obsessiva.
Em cada processo de alienação mental há uma causa preponderante com complexidades que escapam ao observador menos vigilante e pouco adestrado, em relação às questões do Espírito.
Sendo o homem um Espírito encarnado em processo evolutivo, somente por meio do seu conhecimento espiritual serão possíveis os esforços exitosos no solucionamento dos distúrbios que o surpreendem no trânsito carnal.
Cada enfermidade mental tem sua etiopatogenia específica sediada nas intricadas tecelagens do perispírito do paciente, como resultado do comportamento que se permitiu de maneira equivocada. Isto porque as soberanas Leis da Justiça Divina sempre alcançam os infratores dos seus estatutos, onde quer que se encontrem,.
O homem, por meio das realizações, construções mentais e atitudes, instala nos centros da vida pensante os germens dos distúrbios que produzem alienações as mais diversas, impondo os impostergáveis ressarcimentos pela autopunição, por meio das psicoses, psicopatias, psiconeuroses, traumas, obsessões que se apresentam em múltiplos aspectos...
Da neurose simples às complexas manifestações da hidro, da micro e da macrocefalia, do mongolismo [Síndrome de Down], da esquizofrenia, as causas atuais possuem suas matrizes na anterioridade do caminho percorrido, no passado, pelo Espírito ora em alienação...
As agressões à caixa craniana e ao cérebro, pela desarvoração que conduz ao suicídio, engendram as anomalias da constituição morfológica e de funcionamento das engrenagens mentais desarranjadas pelos petardos e atentados perpetrados na suprema rebeldia a que o homem se entrega...
Ninguém foge à vida sem se surpreender com ela mais adiante... Pessoa alguma se evade à responsabilidade sem que se veja defrontada pelos problemas criados à frente. Criminosos não justiçados reencarnam com psicoses maníaco-depressivas, como a tentarem fazer justiça ante o delito, não ressarcido, fixado na memória. Homens que enganaram, não obstante as homenagens que desfrutaram, refugiam-se em várias formas de loucura, como a fugirem dos compromissos que não têm coragem para enfrentar...
Na gama multiface das alienações mentais, a obsessão igualmente ocupa lugar expressivo. Ódios demoradamente cultivados e decorrentes de erros graves vinculam os que se demoram no além-túmulo aos que reencarnaram na Terra, produzindo lamentáveis consórcios mentais de consequências imprevisíveis. Hediondos conciliábulos que transcorreram em sombras, produzindo gravames, convertem-se em heranças de interdependência psíquica, que degeneram em obsessões cruéis... Amores violentos, saciados em sangue, asfixiados em traição, silenciados em infâmias, mantidos em tramas urdidas para se libertarem dos empecilhos, reagrupam algozes e vítimas no intercâmbio espiritual que se transforma em subjugações truanescas de curso demorado e pungente...
A morte não apaga a memória, antes a aguça, facultando a uns lucidez exagerada, enquanto outros jazem em longo torpor, automaticamente atraídos e imantados aos compares dos crimes e descalabros, produzindo interdependência, em comunhão danosa, de vampirização fluídica, em que se exaurem as forças constitutivas da cápsula carnal, por onde deambulam os encarnados. A morte é sempre a grande, fatal desveladora de mistérios, de enigmas, de causas ocultas... E a vida física se organiza mediante as consequências dos atos pretéritos, transformados em presídios de dor ou paisagem de liberdade. Simultaneamente, a experiência carnal enseja tesouros de incomparável valor para a elaboração de causas propiciatórias à paz e à felicidade que um dia todos lograrão, após depurados e esclarecidos.
Do conhecimento da Vida Espiritual defluirão preciosos benefícios para a sanidade mental das criaturas humanas.
O Espiritismo ou Cristianismo moderno possui as mais valiosas terapêuticas para a problemática mental da atualidade, por ensinar a indestrutibilidade e comunicabilidade do princípio espiritual do homem, asseverando quanto à necessidade das sucessivas reencarnações, anulando o pavor da morte, dos sofrimentos e sendo o mais perfeito método contra os fatores que produzem traumas, desvarios, desequilíbrios...
Favorecendo o otimismo, este produz a vitalização dos centros do equilíbrio psicofísico, reabastecendo de energias compatíveis as engrenagens eletromagnéticas do campo mental, vitalizando os fulcros debilitados da fomentação de forças mantenedoras da vida.
A diminuição das defesas morais encarregadas de criarem um campo de força defensiva no homem faculta a invasão microbiana no organismo, permitindo que sequelas desta ou daquela ordem afetem os núcleos do discernimento e da razão, arrojando-o no desconserto da loucura.
O cultivo da prece, a conversação edificante, o exercício da meditação e da reflexão, as ações nobilitantes, o labor pelo próximo, conseguem fortalecer o homem com energias específicas, forrando-o das agressões físicas como espirituais, propiciatórias das distonias múltiplas, promotoras das doenças mentais e obsessivas que tanto infelicitam.
No sentido oposto, a ociosidade física e mental, o pessimismo, a irritabilidade, o desânimo, a malícia, a ira e o ódio, o ciúme e os vícios, facultam não apenas a proliferação dos fatores que geram loucuras como o surgimento de matrizes para fixações obsessivas de consequências graves.
Em razão proporcional aos distúrbios morais crescem os desvarios mentais supliciando os Espíritos levianos e culpados, em terapêutica depuradora, de que se poderiam forrar, não se demorassem vinculados aos círculos da insensatez, da leviandade, do imediatismo...
Em face do conhecimento do Mundo Espiritual, presente em todos os cometimentos humanos, poderão a Psiquiatria, a Psicologia, a Psicanálise, a Psicossomática enriquecer-se de luzes para se transformarem, realmente, em ciências da alma e da mente em benefício do homem, após vencido o preconceito que não obstante o respeito que nos merecem, lhes põem antolhos impeditivos para a clara e ampla visão das realidades da vida, na grandeza que lhe é própria.
Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 25 de fevereiro de 1974, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

terça-feira, 11 de julho de 2017

COMO AGIR DIANTE DA INGRATIDÃO "

Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos. Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente. Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral. Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo. Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso. Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta. Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses. Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano. Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.*
Não te desalentes! O mundo é impermanente. O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã. As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.*
Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção. Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito. Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te. Persevera, tranquilo! Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças. Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco. Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.*
Não lhe guardes rancor. Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle. Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia. Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.
Divaldo Pereira Franco. Da obra: Momentos de Felicidade. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1990.


“COMO A ESPIRITUALIDADE ENCARA O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS ?”

O assunto não foi, evidentemente, tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge Andréa, no seu livro Psicologia Espírita, págs. 42 e 43, examinando o tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que, nas condições atuais da vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser utilizados.
“A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.
Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.
Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?
É claro que todos podemos.
A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador.
O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.
Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família.
A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.
Há casos, no entanto, que a doação ou a extração de órgãos não se recomenda.
No dia 6 de fevereiro de 1996, atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no plano espiritual, reclamando o coração de volta.
Curiosamente, o Espírito que recebera o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até de haver doado as córneas a outra pessoa.
Indagaram a Chico Xavier: “Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?”.
Respondeu o bondoso médium mineiro (“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):
“Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.
No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará”.
Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus.
(O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)

Do site “O Consolador” - Estudos Espíritas

segunda-feira, 10 de julho de 2017

“AS HERANÇAS ESPIRITUAIS”

Uma questão que deixa muita gente intrigada é a semelhança psicológica que existe entre membros da mesma família.
As parecenças físicas estão bem explicadas pela genética. Mas, será que o espírito herda também, de seus pais, as características morais?
No diálogo de Jesus com Nicodemos, vamos encontrar a resposta clara para essas questões.
Jesus, respondendo ao doutor da lei diz: “o que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do espírito é espírito. Não te maravilhes de eu te dizer que é preciso nascer de novo. O espírito sopra onde quer, e tu ouves a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde vai. Assim é todo aquele que é nascido do espírito.” (Jo. 3:8)
Fica bem clara a distinção que Jesus faz entre o corpo e o espírito. A carne procede da carne, mas o espírito não sabemos de onde vem.
Mas então, como pode um filho, por exemplo, parecer tanto, moralmente, com o pai?
Existem leis que regem a vida, das quais ainda não temos o entendimento completo. Uma delas é a lei de afinidade. As pessoas se unem ou se reúnem por afinidade de tendências, de gostos, de objetivos.
Assim é que, só vão a um estádio aqueles que gostam de futebol, e que, nos bares, só encontraremos os que gostam de beber umas e outras.
Isso se dá também com os povos. A lei de afinidade os reúne em determinada região, considerando a predominância de suas características. Dessa forma é que podemos perceber claramente as tendências de alguns povos, para a violência, ou para a paz, por exemplo.
Por ser o espírito um ser individual e indivisível é que todas as tentativas de se reproduzir um ser igual ao outro será frustrada. Podemos reproduzir a matéria, mas o espírito que a animará, terá características sui generis.
Não é outro o motivo pelo qual, filhos de gênios nascem com uma inteligência limitada e pessoas de inteligência mediana podem ter filhos prodígios.
Assim sendo, se os geneticistas levassem em conta os ensinos do mestre de Nazaré, teriam resposta para muitas das questões que não se explicam somente pelas leis da genética. Se levassem em conta que cada corpo que nasce é animado por um espírito imortal, que traz consigo experiências milenares, resolveriam muitas dúvidas a respeito das enfermidades, da genialidade, da idiotia, da precocidade, e de tantas outras particularidades das criaturas.
Há crianças, que nos primeiros meses de vida, leem, escrevem, fazem contas, decoram nomes de países e suas capitais etc., sem que tenham herdado essas capacidades de seus pais.
Em suma, importa que saibamos que o corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito. Importa também, sabermos que, se o corpo gerado tiver vida, há um espírito a animá-lo, e que terá suas próprias características, independente das de seus pais.
O que pode ocorrer, entretanto, é que o mesmo espírito que animou o corpo do avô já desencarnado, por exemplo, volte a renascer e animar o corpo do neto. Nesse caso, o neto pareceria muito com o avô por ser o próprio que voltara.
Você sabia que o espírito se liga ao corpo no momento da concepção? E que as necessidades do espírito reencarnante é que, pela lei de afinidade, impulsionam o óvulo e o espermatozoide que contenham a carga genética propícia às suas experiências no corpo físico?
Assim, se tiver que desenvolver um câncer, por exemplo, o óvulo será penetrado pelo espermatozoide com as informações genéticas capazes de formar um corpo predisposto à enfermidade. Isso não quer dizer que desenvolverá o câncer, mas terá um organismo propenso para tal.

Redação do Momento Espírita.

“LESÕES AFETIVAS”

Várias são as lesões que atingem o ser humano durante sua jornada terrena. Algumas leves, de fácil cicatrização, outras mais profundas e duradouras.
Dentre elas vamos encontrar as responsáveis por desatinos de variada ordem, que são as lesões afetivas.
Fruto do desrespeito que temos uns pelos outros, as lesões afetivas têm ocasionado homicídios, suicídios, abortos, injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, feridas no afeto que lhes alimentava as forças.
Quantas lágrimas de aflição, quantos crimes são cometidos na sombra, em nome dessas lesões provocadas nas profundezas da alma.
Esquecendo-nos de que cada criatura leva, em sua intimidade, caracteres próprios, não conseguimos medir suas resistências, nem suas reações diante de uma promessa não cumprida.
Usando a desculpa do amor livre e do sexo liberado, não temos atentado para as consequências amargas que resultam da nossa falta de respeito ao próximo.
Na ânsia de satisfazer os desejos carnais, não hesitamos em nos envolver levianamente com pessoas que sentem, tanto quanto nós mesmos, carências de afeto e sede de compreensão e carinho.
Quantas crianças nascem, fruto desses envolvimentos irresponsáveis, e amargam o abandono e a solidão como filhos rejeitados por um ou outro dos pais, ou pelos dois.
Quantos levam no coraçãozinho a tristeza de não poder pronunciar a doce palavra pai, porque aquele que o gerou não honrou o compromisso, deixando à companheira toda a responsabilidade pela condução da criança.
Quantos homens e mulheres que juram fidelidade, nos votos feitos por ocasião do matrimônio, e que levianamente os rompem, envolvendo-se com outras pessoas, provocando lesões afetivas inconsequentes.
Certamente muitos desses delitos não são catalogados pelas leis humanas, mas não passam despercebidos nas Leis de Deus, que exigem dos responsáveis a devida reparação, no momento oportuno.
É importante que reflitamos acerca desse assunto que nos diz respeito. É imprescindível que respeitemos os sentimentos alheios tanto quanto desejamos ter os nossos sentimentos respeitados.
Se não queremos ou não podemos manter um romance de carinho a dois, não o iniciemos.
Lembremos que, acima das leis humanas, existem as Leis Divinas, das quais não poderemos fugir, como seres imortais que somos.
Se as infringirmos, teremos que efetuar a devida reparação mais cedo ou mais tarde.
E se hoje a carência afetiva nos dilacera a alma, pode ser que estejamos reparando delitos cometidos anteriormente. É possível que Deus permita que soframos a falta do afeto que não soubemos valorizar quando tínhamos.
Muitos de nós estamos altamente compromissados com as Leis de Deus, em matéria de amor e sexo irresponsáveis.
Por esse motivo, mesmo estando casada, grande parte das criaturas sente falta de afeto e carinho, amargando as consequências dos delitos cometidos contra os semelhantes, na área da afetividade.
Dessa forma, vale a pena valorizarmos os sentimentos alheios, para que no futuro possamos ser merecedores do afeto e da fidelidade que tanto necessitamos.
Redação do Momento Espírita com base no cap. Lesões
 afetivas, do livro Momentos de ouro, por Espíritos diversos,

psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 9 de julho de 2017

“ A CARIDADE NA VISÃO ESPÍRITA”

III – Caridade e Amor ao Próximo
886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
— Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.
Comentário de Kardec: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos”.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores. Ela nos manda ser indulgentes, porque temos necessidade de indulgência, e nos proíbe humilhar o infortúnio, ao contrário do que comumente se pratica. Se um rico nos procura, atendemo-lo com excesso de consideração e atenção, mas se é um pobre, parece que não nos devemos incomodar com ele. Quanto mais, entretanto, sua posição é lastimável, mais devemos temer aumentar-lhe a desgraça pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.
887. Jesus ensinou ainda: “Amai aos vossos inimigos”. Ora, um amor pelos nossos inimigos não é contrário às nossas tendências naturais, e a inimizade não provém de uma falta de simpatia entre os Espíritos?
— Sem dúvida não se pode ter, para com os inimigos, um amor terno e apaixonado. E não foi isso que ele quis dizer. Amar aos inimigos é perdoá-los e pagar-lhes o mal com o bem. É assim que nos tornamos superiores; pela vingança nos colocamos abaixo deles.
888. Que pensar da esmola?
_ O homem reduzido a pedir esmolas se degrada moral e fisicamente: se embrutece. Numa sociedade baseada na lei de Deus e na justiça, deve-se prover a vida do fraco, sem humilhação para ele. Deve-se assegurar a existência dos que não podem trabalhar sem deixá-los à mercê do acaso e da boa vontade.
888 – a) Então condenais a esmola?
— Não, pois não é a esmola que é censurável, mas quase sempre a maneira por que ela é dada. O homem de bem, que compreende a caridade segundo Jesus, vai ao encontro do desgraçado sem esperar que ele lhe estenda a mão.
A verdadeira caridade é sempre boa c benevolente; tanto está no ato quanto na maneira de fazê-la. Um serviço prestado com delicadeza tem duplo valor; se o for com altivez, a necessidade pode fazê-lo aceito, mas o coração  mal será tocado.
Lembrai-vos ainda de que a ostentação apaga aos olhos de Deus o mérito do benefício. Jesus disse: “Que a vossa mão esquerda ignore o que faz a direita”. Com isso, ele vos ensina a não manchar a caridade pelo orgulho.
É necessário distinguir a esmola propriamente dita da beneficência. O mais necessitado nem sempre é o que pede: o temor da humilhação retém o verdadeiro pobre, que quase sempre sofre sem se queixar. É a esse que o homem verdadeiramente humano sabe assistir sem ostentação.
Amai-vos uns aos outros, eis toda lei, divina lei pela qual Deus governa os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados, e a atração é a lei de amor para a matéria inorgânica.
Não olvideis jamais que o Espírito, qualquer que seja o seu grau de adiantamento, sua situação como reencarnado ou na erraticidade, esta sempre colocado entre um superior que o guia e aperfeiçoa e um inferior perante o qual tem deveres iguais a cumprir. Sede, portanto, caridosos, não somente dessa caridade que vos leva a tirar do bolso o óbolo que friamente atirais ao que ousa pedir-vos, mas ide ao encontro das misérias ocultas. Sede indulgentes para com os erros dos vossos semelhantes. Em lugar de desprezar a ignorância e o vício, instruí-os e moralizai-os. Sede afáveis e benevolentes para com todos os que vos suo inferiores; sede-o mesmo para com os mais ínfimos seres da Criação, e tereis obedecido à lei de Deus. (São Vicente de Paulo.)
889. Não há homens reduzidos à mendicidade por sua própria culpa?
— Sem dúvida. Mas se uma boa educação moral lhes tivesse ensinado a lei de Deus, não teriam caído nos excessos que os levaram à perda. E é disso, sobretudo, que depende o melhoramento do vosso globo. (Ver item 707.)
Sempre há condições e oportunidades para o exercício da caridade, pois não há quem não possa doar algo, dedicar atenção a um irmão, vibrar positivamente por alguém; cada indivíduo, porém, procura e encontra meios de realizar o bem de acordo com a sua evolução espiritual. Mas, à medida que compreende que fora da caridade não há salvação (evolução), o Espírito esforça-se por praticá-la em suas diversas manifestações, eliminando assim, gradualmente, o orgulho e o egoísmo, na exata proporção que se eleva a Deus.

Livro dos Espíritos- Allan Kardec

'MANUSCRITO ENCONTRADO NO MAR MORTO E OCULTADO DURANTE MUITOS ANOS REVELA: " OS SERES HUMANOS TEM PODERES SOBRENATURAIS" O GRANDE CÓDIGO ISAÍAS"

A Matriz Divina é a rede de energia que conecta o nosso universo, constituída por uma rede de filamentos muito semelhantes àqueles presentes no nosso cérebro.
Em 1944, Max Planck, o pai da teoria quântica, chocou o mundo quando disse que existe um lugar que é pura energia, onde todas as coisas têm início e que simplesmente “É”. Segundo o pesquisador Gregg Braden, que há mais de 20 anos se dedica a estes estudos, recentes descobertas destacam a evidência de que existe realmente essa matriz de Planck e é a Matriz Divina. Planck afirmava que esta “Matrix” é a origem das estrelas, das rochas, do DNA, da vida e de tudo o que existe.
Microscopicamente, não há nada natural, tudo é vibração, tudo é feito de energia condensada.
Vivemos em um universo de vibrações e nossos corpos são constituídos de vibrações de energia que nós emanamos constantemente. A ciência já provou, através da física quântica, que estamos todos conectados através de nossa vibração. Experimentações científicas demonstraram que nosso DNA muda com as frequências produzidas pelos nossos sentimentos e emoções, ou seja, vibrações.
Isto ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Esta poderosa energia, parece ser uma Rede Estreitamente Tecida que conecta TODA a matéria e, ao mesmo tempo, podemos influenciar essencialmente esta rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES.
Os experimentos comprovaram, também, que as frequências energéticas mais altas, que são as do Amor, impactam no ambiente, de uma forma material, produzindo transformações não só em nosso DNA, mas no ambiente que nos cerca. Isto tem um profundo significa: possuímos muito mais poder do que imaginamos.
Todos nós já ouvimos falar desse “poder” que possuímos, principalmente através da Bíblia, mas essa afirmação quase nunca passou de citações que entusiasmavam, mas não convenciam.
Que poder é esse e por que só agora chegou ao nosso conhecimento?
Tudo começou com a descoberta de um antigo manuscrito, o Grande Código Isaías, e outros textos essênios, nas Cavernas de Qnram, no Mar Morto, em 1946. Atribuído ao profeta Isaías, parece ter sido escrito há mais de 2000 anos, e descreve tudo aquilo que a ciência quântica começou a compreender só poucos anos atrás, ou seja, a existência de muitos futuros possíveis para cada momento de nossas vidas e que, na maioria das vezes, escolhemos  inconscientemente.
Cada um desses futuros encontra-se em estado de repouso, esperando ser despertado com as nossas decisões feitas no presente. O Código Isaías descreve com precisão essas possibilidades, numa linguagem que só agora começamos a entender. Isaías descreve a ciência que nos ensina como escolher o tipo de futuro que queremos experimentar. A partir da declaração do manuscrito, com exemplos simples e claros, Greg Braden nos refere que existe uma tecnologia muito usada nos tempos antigos, que foi dispersa no quarto século, como resultado do desaparecimento e destruição de livros raros ou relegados às escolas de mistérios, mas que agora, após a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, estão reaparecendo.
É uma tecnologia muito simples, conhecida universalmente com o nome de “Oração”. Aplicando corretamente, é possível obter coisas extraordinárias, além da imaginação humana. Mas claro!
Quem não sabe disso? A maioria, podes crer! Senão, os milagres passariam a ser simples fatos cotidianos e não somente uma exceção. Com esta tecnologia, nós podemos realmente mudar o mundo.
Um modelo “perdido” de oração, que é quântico!
Os manuscritos achados no Mar Morto, é de uma importância considerável para a humanidade dormente, que até os dias de hoje, muitos ainda vivem à mercê de forças espirituais aleatórias, entregando o poder de seu destino nas mãos de qualquer outro ser, menos a si mesma.
Nos mostram que nas mãos da humanidade se encerra um enorme poder, à espera de ser utilizado, mas que ainda não conhecemos. Explica como podemos escolher qual futuro desejamos experimentar, em sã consciência, revelando as chaves sobre o nosso papel como criadores de nossa realidade .Entre estas chaves encontram-se as instruções de um modelo “perdido” de oração, que a ciência quântica moderna sugere como o poder de curar nossos corpos, trazer paz duradoura no mundo e, até mesmo, prevenir as grandes tragédias climáticas que a humanidade poderia enfrentar.
Em que consiste essa tecnologia da oração e em que bases se apoia para que
seja eficiente?
Gregg Braden diz que estamos sendo levados a aceitar a possibilidade de que existe um NOVO campo de energia acessível e que o nosso DNA se comunica com os fótons por meio deste campo.
A chave para obter um resultado, entre os muitos possíveis já existentes, reside em nossa habilidade para sentir que nossa escolha já foi criada e está já acontecendo.
Vendo a oração deste modo, como «sentimento», nos leva a encontrar a qualidade do pensamento e da emoção que produz tal sentimento: viver como se o fruto de nossa prece já estivesse a caminho. A partir desta perspectiva, nossa oração, baseada nos sentimentos, deixa de ser “algo por obter” e se converte em “acessar” o resultado desejado, que já está criado. Com as palavras de seu tempo, os Essênios – os primeiros suspeitados de serem os responsáveis da conservação do conhecimento originário – nos lembram que toda oração já foi atendida. Qualquer resultado que possamos imaginar e cada possibilidade que sejamos capazes de conceber, é um aspecto da criação que já foi criado e existe no presente em um estado “adormecido” de possibilidades.
Dessa forma, o futuro não é deterministicamente estabelecido, mas pode ser, também, alterado.
Os essênios tinham uma visão holística da vida e, justamente por isso, consideravam os desequilíbrios da terra como um espelho dos desequilíbrios do corpo físico do homem. Mesmo as catástrofes naturais, as mudanças climáticas, são espelhos de grandes mudanças que estão ocorrendo na consciência humana. Hugh Everett III, um físico da Universidade de Princeton, estudou a possibilidade de universos paralelos, chamando de “ponto de escolha”, o momento em que se pode sobrepor um efeito sobre outro no decorrer de um evento.
O ponto de escolha é a possibilidade da abertura de um vácuo, de uma ponte que permite mudar o caminho, passando para um outro resultado que se encontra em outro caminho paralelo: em síntese, é algo que nos permite dar um salto quântico de uma sequência de efeitos já experimentada a uma nova sequência com um êxito diferente. É como se a mesma história fosse escrita, prevendo finais diferentes: em um certo ponto, nos encontramos em uma bifurcação que nos permite obter um resultado ao invés de um outro. Por exemplo, se eu passo por um corredor, posso escolher de entrar nas salas que estão à direita ou à esquerda, mas só no final do corredor, posso sair e mudar
de rumo, encontrar uma encruzilhada.
A nova física, admite que a experiência, ou mesmo a mera observação do cientista modifica a realidade; isso nos leva a crer que, se hoje, em nosso presente, formos capazes de introduzir uma pequena alteração, podemos então, escapar do efeito das profecias negativas, como já aconteceu, como resultado de uma concentração da energia do pensamento coletivo. Usando o pensamento, sentimento e emoção unidos em nossa oração, podemos atrair os pontos de escolha e mudar os resultados previstos. Tudo isso, no fundo, nos leva à conclusão de que há uma profunda ligação entre nossos pensamentos coletivos, nossos sentimentos e nossas expectativas e a realidade externa.
Esta forma de pensar era inerente à visão da vida dos essênios, como se revela nos escritos dos essênios de 2.500 anos atrás, os quais refletem a ideia de que os eventos externos são o reflexo de nossas mais profundas crenças internas. Se Pensamento, Sentimento e Emoção não estão alinhados, não há União. Portanto: se cada padrão se move em uma direção diferente, o resultado é uma dispersão da energia. Pensamento, emoção e sentimento são a chave da tecnologia da oração e no interior de nós mesmos, devemos experimentar e sentir o que queremos realizar no exterior, precisamos sentir isto no corpo, nos pensamentos e sentimentos.
Podemos dar o que temos, podemos expandir para fora de nós o que somos. Aquilo que desejamos, deve realizar-se contemporaneamente no pensamento, no sentimento e no corpo humano.
O pensamento e emoção, devem primeiro ser considerados separadamente e depois em conjunto, porque o pensamento deve ser o sistema de orientação que direciona nossas emoções.
Como se realiza:
O pensamento, mesmo sob a forma de imaginação, determina para onde direcionar a atenção e a emoção. EMOÇÃO é a energia que nos faz ir na direção desejada, é a “fonte de poder”.
Para Braden, nos extremos existem apenas duas emoções: o amor e a sua falta, muitas vezes identificada como medo. Logo, se você não está no Amor, você está no medo. E o medo atrai sempre aquilo que se teme. Sentimento é a união de pensamento e emoção, de fato, para experimentar um sentimento, precisamos ter uma ideia e uma emoção. Então, o sentimento “é a chave da oração, porque a criação responde ao mundo do sentimento humano.”
Então, primeiro é importante entender e estar ciente dos pensamentos e emoções representados por nossos sentimentos, porque às vezes expressamos pensamentos que fundamentam emoções diferentes do que afirmamos, e assim, acabamos por realizar efeitos indesejáveis, ou fazemos de formas que a nossa Oração não funcione. Os pensamentos, em si mesmos, podem transportar certas expectativas, permanecendo potenciais desejos, mas são inertes se não forem acompanhados pelo poder da emoção. Muitas vezes, porém, a emoção que acompanha um desejo, caminha na direção oposta ao nosso desejo, mas não somos conscientes.
Se, por exemplo, desejo uma melhor saúde, sob o pensamento de melhora está introduzido o medo da doença, da pouca saúde que se tem, e essa emoção capacita exatamente o que se teme: a doença. Mesmo ao nível do pensamento, dizendo, “melhora”, implicitamente me focalizo em “não suficiente”, e se pensamos de não haver o suficiente, inconscientemente nos sentimos infelizes, ansiosos. Lembremo-nos das palavras do Evangelho: “Quem quiser, pois, salvar a sua vida, perdêla-a.”
Isso pode significar que, qualquer um que tenta se defender daquilo que pode prejudicar a sua vida, acaba focando a atenção justamente sobre o que se quer evitar, atraindo-o.
Braden diz que “nós mergulhamos na possibilidade da criação, um sentimento em forma de imagem, que é a parte da energia suficiente para desenvolver uma nova possibilidade. A chave deste sistema, no entanto, é que a criação restitui exatamente o que nossa imagem mostrou”. A imagem mostra a sopa de criação, onde colocamos a nossa atenção. A emoção que ligamos à imagem, atrai a possibilidade da manifestação desta imagem. Quando “nós não queremos algo – uma emoção baseada no medo . Nosso medo, na verdade, alimenta o que nós dizemos de não querer”.
Por que só agora tomamos conhecimento desse poder?
Até a Bíblia parece dizer que temos um poder desconhecido, e talvez, não por acaso, essa chave de leitura ”foi descoberta só em 1995, em um momento em que poderia haver uma consciência suficientemente alta entre as massas, que permite usar este poder. A humanidade desenvolveu uma nova consciência planetária, graças à força da tecnologia de oração em massa.
Diz Gregg Braden que Deus é puro amor, é energia e por ser energia, não morre, não desaparece, é imortal e está em todos os lugares. E como somos a imagem e semelhança de Deus, sabemos que somos energia e hoje podemos provar isso. Somos seres espirituais e não seres feitos de matéria.
Vimos que, geneticamente, nosso DNA muda com as frequências que produzem nossos sentimentos, e que as frequências energéticas mais altas, que são as do Amor, impactam no ambiente, de uma forma material, produzindo transformações não só em nosso DNA mas em todo o ambiente.
Quanto mais Amor deixarmos fluir por nossos corpos, mais adaptados estaremos para enfrentar o que possa acontecer em em nossas vidas. E podemos conduzir TODO o nosso planeta, mediante nossos pensamentos positivos em conjunto, para o melhor futuro possível.

Fonte: Espiritualidade e Ciência

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...