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sexta-feira, 21 de julho de 2017

“COMO LIDAR COM A DOR DA PERDA DE UM ENTE QUERIDO’

A dor causada pela perda dos entes amados atinge a todos nós com a mesma intensidade. É a lei da vida a que estamos sujeitos. Quando nascemos, nossa única certeza absoluta no transcorrer da vida será a de que um dia morremos.
Não costumamos pensar muito na morte, não fazendo ela parte das nossas preocupações mais imediatas. Vamos levando a vida sem pensar que um dia morremos. Mas daí vem o inesperado, e quando nos deparamos ela bate nossa porta arrebatando-nos um ente amado.
Então sentimo-nos impotentes diante dela e o pensamento de que nunca mais “o veremos” aumenta mais a dor. Dor alguma é comparável a essa. Ceifando a alegria de viver de quem fica no corpo, assinala profundamente os sentimentos de amor, deixando vigorosas marcas no campo emocional. Mesmo na vida física há separações traumáticas, longa e às vezes definitiva. Na morte, então a saudade e a vontade de ter outra vez aquele que se foi é perfeitamente natural e compreensível.
A morte, no entanto, é uma fatalidade inevitável, e todos aqueles que se encontram vivos no corpo, em momento próprio dele serão arrebatados.
Algumas pessoas sentem com maior intensidade a perda do ente amado, demorando a se recuperar da dor pela partida deste. O chamado período de luto. O período de luto é influenciado por vários fatores, dentre estes a idade, saúde, cultura, crenças religiosas, segurança financeira, vida social, antecedentes de outras perdas ou eventos traumáticos e principalmente quando a morte ocorreu repentinamente, de uma forma brusca, como acontece em desastres, acidentes ou por ato de violência.
Cada um desses fatores pode aumentar ou diminuir a dor do luto.
Mas porque é tão dolorosa a perda, ou melhor, a separação de um ente amado? Justamente, porque os amamos, e porque os amamos queremos tê-los continuamente junto a nós, e isso é natural, portanto, não necessita de explicações! Vivemos em função uns dos outros, se aquele que amamos se vai… Como não sentir? A impossibilidade de se conversar, ouvir a voz, tocar no ente amado que partiu, é devastador para aquele que ficou.
Diante de tão terrível e amarga dor. Aonde procurar consolo? Aonde procura respostas? O que fazer e qual a nossa atitude mais correta para sobrevivermos a ela?
Para entender a atitude dos espíritas diante da dor da perda de entes queridos, é preciso entender a visão espírita da morte!
Toda a religião espiritualista tem em comum a crença na imortalidade da alma. No entanto, o Espiritismo acrescenta e difere das demais, porque nos mostra que além de imortal, a alma após a morte mantém sua individualidade, se aperfeiçoa e evolui pela pluralidade das existências (reencarnação) e existe a comunicação entre os que se encontram no Mundo Espiritual e aqueles que se encontram no mundo material.
Diante da imortalidade da alma a morte é, pois: a destruição do corpo físico, comum a todos os seres biológicos, seja pelas transformações orgânicas, pelo desgaste à medida que nele se movimenta, ou por uma agressão violenta!
Considerando que o Espírito está em constante crescimento e renovação, a morte é um meio de transição e não um ponto final, possibilitando assim através da reencarnação mudança de ambientes e projetos de vida!
Quando aceitamos a perda, sem que percebamos, começa o processo de cicatrização.
Muitas vezes, a aceitação é confundida com a ideia de que estamos bem apesar do que aconteceu, e que aceitamos o fato de que o nosso ente querido se foi para sempre. Aceitar é reconhecer essa nova realidade e aprender a viver com ela.
A medida que começamos a viver e aproveitar a nossa vida novamente, temos a sensação de que estamos traindo a pessoa amada. Não podemos substituir ninguém. A vida será diferente sem a presença da pessoa que faleceu, mas podemos desenvolver novos relacionamentos.
O luto é uma experiência pessoal e única, e cada pessoa a vivencia de uma forma; não existem maneiras melhores ou piores. A vida pode e deve continuar a ser vivida. Cada um tem o seu tempo; o importante é não se tornar uma pessoa amarga, dura, sem brilho nos olhos e não fechar o coração para receber o amor das pessoas que ficaram ao seu lado.
Nara Cristina Goulart

Bibliografia: Livro dos Espíritos-Evangelho Segundo Espiritismo – Rumos Libertadores

“AS PROVAS DA RIQUEZA E DA POBREZA”

Quando se pretende colocar a riqueza como uma prova antes que um privilégio, é obrigatório começar citando uma passagem da vida de Jesus narrada por três dos quatro evangelistas. Aproximou-se dele um jovem que o interpelou: — Bom Mestre, que devo fazer para adquirir a vida eterna? Depois de advertir que bom só Deus o é, respondeu-lhe Jesus: — Se você quer entrar na vida, guarde os mandamentos. —
Que mandamentos? perguntou o jovem. Jesus enumerou alguns: Não matar; não cometer adultério; não furtar; não dar falso testemunho; honrai pai e mãe e amar o próximo como a si mesmo. O moço lhe respondeu: — Tenho guardado todos esses mandamentos desde que cheguei à mocidade. Que é o que ainda me falta? Disse Jesus: — Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres e terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me. Ouvindo essas palavras, o moço se foi tristonho, porque possuía grandes haveres. Jesus comentou então com os discípulos: — Digo-lhes, em verdade, que bem difícil é que um rico entre no reino dos céus. E usa em seguida uma figura de linguagem bastante forte: — É mais fácil que um camelo passe pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino dos céus.
Segundo Kardec, o que se deve entender dessa passagem não é que seja impossível um rico entrar no reino dos céus pois, se assim fosse, Deus teria posto nas mãos de alguns um instrumento fatal de perdição; mas deve-se entender que é muito difícil um rico entrar no reino dos céus. E por quê? Porque a riqueza gera tentações; exerce fascinação sobre as pessoas, é excitante do orgulho, do egoísmo, da vida sensual; é o laço mais forte que prende o homem à Terra e o faz esquecer das coisas do espírito.
Particularmente as pessoas que passam de repente da pobreza à riqueza, essas sofrem uma tal vertigem que se esquecem até dos que lhe compartilharam a situação anterior, tornando-se insensíveis, egoístas e fúteis.
Tudo isso que Kardec coloca faz-nos entender que a riqueza é uma prova muito arriscada para o espírito, mais perigosa do que a prova da pobreza. São palavras do próprio Kardec: “a pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação”.
O pobre está sempre esperando: na fila por emprego; na fila por atendimento;
esperando que cumpram o que lhe prometeram; esperando o dia do pagamento para saldar suas dívidas; esperando abono de Natal para comprar um objeto de utilidade doméstica e assim por diante. O pobre precisa ainda contentar-se com o artigo inferior, porque esse é acessível ao seu bolso, embora também aspire a coisas mais bonitas, mais perfeitas, mais confortáveis e, consequentemente, mais caras. O pobre sem paciência e sem resignação torna-se invejoso e revolta-se a ponto de assaltar e matar por causa de um objeto de grife.
Todavia, a prova da riqueza é de mais alto risco. Quando Jesus disse ao moço
que se desfizesse de todos os bens, é lógico que não pretendeu fazer do despojamento total o princípio absoluto da salvação. É que, antes, o moço dissera que ele já observara os mandamentos desde a sua mocidade, o que eqüivale a dizer que ele já era um homem perfeitamente honesto para os padrões humanos, mas a sua virtude não chegava à abnegação. Por isso Jesus lhe propõe a prova decisiva, porque põe a nu o fundo do pensamento e dos sentimentos da criatura. Quando o dinheiro é muito, a criatura pode agir plena e desembaraçadamente e então ela se revela tal qual é.
Talvez um pobre aparentemente humilde se revele um tirano se, de repente, se tornar rico.
Muitas vezes, para deixarmos de colaborar com o bem, nós, de má vontade, nos dizemos pobres, como se a pobreza fosse uma desculpa. Há outras riquezas que nos felicitam a cada hora. Muitos ricos dariam grande fortuna pelo tesouro da fé, pela bênção da saúde, pelo recurso da locomoção, por membros perfeitos, por equilíbrio e lucidez.
Antes de censurarmos o rico, saiamos de nós mesmos e auxiliemos o próximo que, muitas vezes, espera simplesmente uma palavra de entendimento e reconforto.
Fonte:
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Kardec
Livro da Esperança – Emmanuel

Religião dos Espíritos – Emmanuel

EXISTE TRABALHO FEITO, MACUMBA, VODU, FEITIÇARIA? - O QUE DIZ O ESPIRITISMO."


quinta-feira, 20 de julho de 2017

"A VIDA APÓS A MORTE"

Raul Teixeira fala sobre a Existência e Sobrevivência dos Espíritos. Raul Teixeira é Físico e Médium Espírita. Produzido pelo Programa Terceira Revelação. Reprisado pelo programa Espírito e Vida da Federação Espírita do Rio Grande do Norte (FERN)

"NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA"

Tendo vindo à sua terra natal, instruía-os nas sinagogas, de sorte que, tomados de espanto, diziam: Donde lhe vieram essa sabedoria e esses milagres? — Não é o filho daquele carpinteiro?
Não se chama Maria, sua mãe, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas irmãs não se acham todas entre nós? Donde então lhe vêm todas essas coisas? — E assim faziam dele objeto de escândalo. Mas, Jesus lhes disse: Um profeta só não é honrado em sua terra e na sua casa. — E não fez lá muitos milagres devido à incredulidade deles.
(S. Mateus, 13:54-58.)
Enunciou Jesus dessa forma uma verdade que se tornou provérbio, que é de todos os tempos e à qual se poderia dar maior amplitude, dizendo que ninguém é profeta em vida.
Na linguagem usual, essa máxima se aplica ao crédito de que alguém goza entre os seus e entre aqueles em cujo seio vive, à confiança que lhes inspira pela superioridade do saber e da inteligência. Se ela sofre exceções, são raras estas e, em nenhum caso, absolutas. O princípio de tal verdade reside numa consequência natural da fraqueza humana e pode explicar-se deste modo:
O hábito de se verem desde a infância, em todas as circunstâncias ordinárias da vida, estabelece entre os homens uma espécie de igualdade material que, muitas vezes, faz que a maioria deles se negue a reconhecer superioridade moral num de quem foram companheiros ou comensais, que saiu do mesmo meio que eles e cujas primeiras fraquezas todos testemunharam.
Sofre-lhes o orgulho com o terem de reconhecer o ascendente do outro. Quem quer que se eleve acima do nível comum está sempre em luta com o ciúme e a inveja. Os que se sentem incapazes de chegar à altura em que aquele se encontra esforçam-se para rebaixá-lo, por meio da difamação, da maledicência e da calúnia; tanto mais forte gritam, quanto menores se acham, crendo que se engrandecem e o eclipsam pelo arruído que promovem. Tal foi e será a História da Humanidade, enquanto os homens não houverem compreendido a sua natureza espiritual e alargado seu horizonte moral. Por aí se vê que semelhante preconceito é próprio dos espíritos acanhados e vulgares, que tomam suas personalidades por ponto de aferição de tudo.
Doutro lado, toda gente, em geral, faz dos homens apenas conhecidos pelo espírito um ideal que cresce à medida que os tempos e os lugares se vão distanciando. Eles são como que despojados de todo cunho de humanidade; parece que não devem ter falado, nem sentido como os demais; que a linguagem de que usaram e seus pensamentos hão de ter ressoado constantemente no diapasão da sublimidade, sem se lembrarem, os que tal imaginam, que o espírito não poderia permanecer constantemente em estado de tensão e de perpétua superexcitação. No contacto da vida privada, vê-se por demais que o homem material em nada se distingue do vulgo. O homem corpóreo, que os sentidos humanos percebem, quase que apaga o homem espiritual, do qual somente o espírito se percebe. De longe, apenas se vêem os relâmpagos do gênio; de perto, vêem-se as paradas do espírito.
Depois da morte, nenhuma comparação mais sendo possível, unicamente o homem espiritual subsiste e tanto
maior parece, quanto mais longínqua se torna a lembrança do homem corporal. É por isso que aqueles cuja passagem pela Terra se assinalou por obras de real valor são mais apreciados depois de mortos do que quando vivos. São julgados com mais imparcialidade, porque, já tendo desaparecido os invejosos e os ciosos, cessaram os antagonismos pessoais. A posteridade é juiz desinteressado no apreciar a obra do espírito; aceita-a sem entusiasmo cego, se é boa, e a rejeita sem rancor, se é má, abstraindo da individualidade que a produziu.
Tanto menos podia Jesus escapar às consequências deste princípio, inerente à natureza humana, quanto pouco esclarecido era o meio em que ele vivia, meio esse constituído de criaturas votadas inteiramente à vida material.
Nele, seus compatriotas apenas viam o filho do carpinteiro, o irmão de homens tão ignorantes quanto ele e, assim sendo, não percebiam o que lhe dava superioridade e o investia do direito de os censurar. Verificando então que a sua palavra tinha menos autoridade sobre os seus, que o desprezavam, do que sobre os estranhos, preferiu ir pregar para os que o escutavam e aos quais inspirava simpatia.
Pode-se fazer ideia dos sentimentos que para com ele nutriam os que lhe eram aparentados, pelo fato de que seus próprios irmãos, acompanhados de sua mãe, foram a uma reunião onde ele se encontrava, para dele se apoderarem, dizendo que perdera o juízo. (S. Marcos, 3:20-21 e 31 a 35.
Assim, de um lado, os sacerdotes e os fariseus o acusavam de obrar pelo demônio; de outro, era tachado de louco pelos seus parentes mais próximos. Não é o que se dá em nossos dias com relação aos espíritas? E deverão estes queixar-se de que os seus concidadãos não os tratem melhor do que os de Jesus o tratavam? O que há de estranhável  é que, em pleno século vinte e no seio de nações civilizadas,se dê o que, há dois mil anos, nada tinha de espantoso, por parte de um povo ignorante.


Fonte.A Gênese. Allan Kardec

“INIMIGOS EM FAMÍLIA - COMO O ESPIRITISMO EXPLICA A EXISTÊNCIA DE INIMIGOS DENTRO DA FAMÍLIA”

Como a Doutrina Espírita explica a existência de desafetos dentro da própria família? Quase todas as famílias têm seus casos de desentendimento entre alguns dos seus membros, muitas vezes verdadeira aversão sem nenhuma explicação na existência presente.
“Por que certos desafetos reencarnam como nossos familiares? Mesmo se o perdão for obtido em uma das partes eles continuarão reencarnando próximos um ao outro em outras vidas?”- Kirae Scarffon
É bom nós sabermos – e quem fez essa pergunta já sabe disso – que é comum que antigos desafetos reencarnem próximos um do outro, principalmente no meio familiar. Numa mesma família geralmente há o encontro de antigos desafetos. Por quê?
Imagine que você se mude para o outro lado do mundo, que você nunca mais tenha contato com ninguém do Brasil, com ninguém que você conheceu aqui. Daqui a uns 40 anos, quando eventualmente você se lembrar de alguém que você conheceu aqui, de quem você vai se lembrar?
Você vai lembrar das pessoas que você ama e das pessoas que você odeia. Talvez você não ame ninguém, ou você não odeie ninguém. Mas você certamente formou vínculos de afeto e de desafeto. Muitas pessoas que nós conhecemos nessa existência não irão representar grande coisa para nós no futuro. São coadjuvantes em nossa vida. Mas há os protagonistas em nossa vida, que são aquelas pessoas por quem nós nutrimos sentimentos de amor e ódio.
São com essas pessoas que nós temos vínculos. É a elas que nós estamos ligados. É importante considerarmos que se nós sentimos ódio de alguém é porque muito provavelmente antes de experimentarmos esse sentimento de ódio nós sentimos por esse alguém algo muito próximo muito semelhante ao amor. Ninguém sente ódio de alguém se nunca gostou desse alguém antes. As relações de ódio quase sempre surgem a partir da traição, do engano, da inveja, da disputa desenfreada – mas antes de se manifestar a traição, o engano, a inveja, a disputa desenfreada, havia amor – não o amor verdadeiro porque nós ainda não sabemos amar de verdade, mas algo muito próximo ao amor.
Se uma pessoa que eu não conheço, ou um conhecido qualquer – se essa pessoa me trai, é claro que eu não vou gostar, mas também não vou morrer de ódio dessa pessoa.
Mas se alguém que eu amo – um irmão, um filho, o cônjuge – se um deles me trair, o amor que eu sinto poderia se transformar em ódio: eu tenho um vínculo muito forte com essa pessoa e esse vínculo permanece – ele apenas deixa de ser positivo e se torna negativo.
Os nossos grandes desafetos, então, são espíritos com quem nós já convivemos no passado, em outras existências, e são espíritos de quem nós já gostamos, fomos grandes amigos, talvez sócios, ou irmãos, ou amantes – já tivemos laços de amor no passado.
Os espíritos se atraem por afinidade. A reencarnação acontece normalmente por afinidade. É um equívoco supor que todos nós passamos por um planejamento antes de reencarnar. Isso é correto se considerarmos que a Lei de Deus (o grande conjunto de Leis que nos regem) seja um planejamento – ou que comportem um planejamento. Mas não há planejamento individual para cada espírito que reencarna.
Nós nos aproximamos, então, por afinidade. Nós temos vínculos aqui, temos laços de afeto e desafeto com algumas pessoas, nós mantemos esses laços depois de desencarnados, e esses laços permanecem ainda quando reencarnamos. São esses vínculos que nos unem, que aproximam as pessoas em pequenos e grandes grupos.
– Qual é a razão, na Lei de Deus, para que os desafetos se encontrem? Não seria melhor se nós nunca mais encontrássemos os nossos desafetos?
Não. Se nós não os encontrássemos novamente, nós não curaríamos as feridas produzidas por esses laços de ódio. O ódio é uma doença do espírito. Enquanto nós sentimos ódio, enquanto nós tivermos ódio dentro de nós, mesmo que bem controlado, mesmo que nós nem percebamos que sentimos ódio – nós não nos curamos. E a única maneira de curar essa doença chamada ódio – ódio e seus derivados: mágoa, rancor, ressentimento – o meio de nós curarmos essa doença é nos rearmonizando com nós mesmos e com os nossos desafetos.
Em relação ao perdão: eu posso perdoar, posso me elevar espiritualmente e superar esses laços negativos. Perdoar é desligar-se, deixar para trás. Perdoar alguém de quem eu tive ódio é romper com esses laços de ódio, eu já não estou ligado a essa pessoa por laços de ódio.
Poderíamos pensar, então, que basta perdoar para nos vermos livres dos nossos desafetos.
É mais ou menos. Quando eu perdoo eu me livro da doença, eu estou curado do ódio. Mas a Lei é perfeita. A Lei de Deus é perfeita. Nada escapa da Lei. Temos que considerar que nós contribuímos para a formação desses laços de ódio, nós contribuímos para que essa desarmonia acontecesse. Se examinarmos as nossas existências anteriores veremos que nós não somos vítimas. Podemos ter sido vítimas numa determinada existência, mas fomos algozes em outra existência anterior – às vezes espíritos se perseguem durante milênios, alternando as posições de perseguido e perseguidor. Isso só termina com o perdão e a rearmonização.
Referindo-se a esses laços de desafeto, a essas relações de ódio, Jesus nos ensinou no sermão da montanha:
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.” Mateus 5:25-26
Temos que pagar até o último centavo. O que isso quer dizer?
Quer dizer que nós não nos elevaremos de verdade enquanto estivermos em débito com as Leis divinas.
Jesus disse para entrarmos em acordo com o nosso adversário, para nos conciliarmos, ou nos reconciliarmos com o nosso adversário – o adversário é esse desafeto que reencarnou como nosso familiar. Temos a oportunidade de nos reconciliarmos agora. Isso não quer dizer que temos que morrer de amores por esse familiar nosso. Se nós construímos grandes diferenças um com o outro, a ponto de mal nos suportarmos, dificilmente vamos amar esse desafeto, nesta reencarnação, como nós amamos outras pessoas. Mas é preciso começar a rearmonização. É preciso tolerar; compreender; ajudar, se for o caso; e querer o bem para essa pessoa, orar por essa pessoa – isso é o mínimo que podemos fazer.
O perdão liberta, é verdade. Mas não nos isenta de trabalharmos pela rearmonização, de trabalharmos pela harmonia do universo.
A Lei de Deus é pura harmonia. Deus é amor, é alegria, é prazer – para vivermos o reino de Deus, que é o nosso próximo estágio evolutivo, temos que estar em plena harmonia com as Leis de Deus.
Autor: Morel Felipe Wilkon

Autor: Morel Felipe Wilkon

"POR QUE A CREMAÇÃO PODE SER UM SOFRIMENTO PARA O ESPÍRITO?"


quarta-feira, 19 de julho de 2017

“O BEM E O MAL. PORQUE TODOS NÓS FAZEMOS MAIS O MAL DO QUE O BEM? ”

Esta sentença de Sócrates, mais tarde ratificada pelo apóstolo Paulo em carta dirigida aos romanos (Rm., 7:19) ao afirmar: Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço, fere a grave questão da predominância (ainda) do mal em nosso Orbe.
Em absoluta sintonia com esses dois Espíritos iluminados, está outra criatura, também de escol, Joanna de Ângelis, ao enunciar em palestra de Divaldo Pereira Franco: Enquanto o bem e a virtude andam na semiobscuridade com sandálias de veludo, o mal e o vício ganham título de cidadania nas praças públicas sob os “spotlights” da promoção.
Afirma Allan Kardec, na Introdução do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, que a predominância do mal na Terra seria uma questão insolúvel sem o conhecimento da pluralidade dos mundos habitados e da destinação do planeta terreno, que comporta apenas uma fração mínima da Humanidade.
Somente o Espiritismo tem condição de lançar luzes nos panoramas descortinados por tal assunto, conforme comprovamos nas explanações contidas no livro citado, capítulos III a V. Ali passamos a compreender porque os meios de comunicação enfatizam tão prodigamente os escândalos, os crimes, toda sorte de coisas más, tristes e quejandos: é porque esse tipo de abordagem torna-se repasto de ampla ressonância nos Espíritos vinculados ao planeta, elevando o nível do ibope que as emissoras perseguem.
A Humanidade encarnada e desencarnada da Terra ainda se compraz no mal. É o estágio evolutivo atual, que leva os Espíritos do Senhor à seguinte assertiva: Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.[1]
Quando o homem moral substituir o homem carnal, a vida na Terra alcançará patamares morais elevadíssimos nunca dantes logrados. A preponderância até hoje do homem-matéria é que tem ensejado o advento de dores acerbas e lastimáveis desastres de ordem moral e material no mundo.
Explica ainda o mestre lionês[2]: O homem carnal, mais preso à vida corpórea do que à vida espiritual, tem, na Terra, penas e gozos materiais. Sua felicidade consiste na satisfação fugaz de todos os seus desejos. Sua alma, constantemente preocupada e angustiada pelas vicissitudes da vida, se conserva numa ansiedade e numa tortura perpétuas. (…)
O homem moral, que se colocou acima das necessidades factícias criadas pelas paixões, já neste mundo experimenta gozos que o homem material desconhece. A moderação de seus desejos lhe dá ao Espírito calma e serenidade. Ditoso pelo bem que faz, não há para ele decepções e as contrariedades lhe deslizam por sobre a alma, sem nenhuma impressão dolorosa deixarem.
Quando abandonar os padrões grosseiros da matéria, o homem experimentará, então, a felicidade reservada aos bons Espíritos, isto é, aqueles que conhecem todas as coisas e não sentem mais nem (…) ódio nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que ocasionam a desgraça dos homens. O amor que os une lhes é fonte de suprema felicidade. Não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da vida material. São felizes pelo bem que fazem.
Contudo, a felicidade dos Espíritos é proporcional à elevação de cada um. Somente os puros Espíritos gozam, é exato, da felicidade suprema, mas nem todos os outros são infelizes. Entre os maus e os perfeitos há uma infinidade de graus em que os gozos são relativos ao estado moral. Os que já estão bastante adiantados compreendem a ventura dos que os precederam e aspiram a alcançá-la. Mas, esta aspiração lhes constitui uma causa de emulação, não de ciúme. Sabem que deles depende consegui-la e para a conseguirem, trabalham, porém, com a calma da consciência tranquila e ditosos se consideram por não terem de sofrer o que sofrem os maus. [3]
Quando pensamos nas modificações que ainda precisam ser operadas para que a frase de Sócrates em epígrafe perca o seu conteúdo e sentido, nos perguntamos: Quando isso se dará? Quando a Humanidade viverá sob o pálio dos ensinamentos de Jesus?!
Para que chegue esse tempo de sublimes alvíssaras, é necessário começar já, hoje, agora, o difícil trabalho de lapidação das arestas do arraigado orgulho e da ancestral ignorância de tão triste memória, geradora de descalabros de vária ordem na História da Humanidade.
Os Benfeitores da Terra estão sempre conclamando-nos a perseverar no Bem, ainda que sob o acicate das mais duras adversidades…
É áspero, estreito e árduo o caminho evolutivo e Jesus alertou-nos sobre isso quando falou das aflições (Jo. 16:33) a que estaríamos sujeitos em nosso périplo terrestre. Mas, por outro lado, Ele afirmou que socorreria as ovelhas em apuros e salvas estariam as que até o fim perseverassem.
Bibliografia: 1 – KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 88. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2006. q. 932.
Por Rogério Coelho

Autor: Rogério Coelho

“A MARCA DA BESTA DO APOCALIPSE É UM CHIP?”

Você certamente já ouviu falar na marca da Besta do Apocalipse. Milhões de pessoas acreditam que a marca da Besta é um chip que será instalado compulsoriamente na mão direita ou na testa de todas as pessoas. Há vídeos que tratam do assunto, no Youtube, com mais de um milhão de visualizações.
Esse chip realmente existe. Há projetos, desde a década de 90, de unir todos os documentos e outras informações relevantes, como o grupo sanguíneo, por exemplo, num chip subcutâneo. Hoje já existe essa tecnologia e ela já é usada por pessoas e por animais.
O chip é instalado em animais, como o gado, para consumo humano, para facilitar o rastreamento do animal, caso ele se perca, e para reunir informações sobre a sua origem e os cuidados com a sua criação – o que chamam de controle de qualidade.
Nos humanos, além de reunir documentos e outras informações, o chip contém os seus dados bancários e permite o rastreamento no caso de sequestro. A ideia é que com o tempo o chip substitua o monte de documentos que nós somos obrigados a fazer: RG; CPF; carteira de habilitação; certificado de reservista, para os homens; comprovante de residência; declaração do imposto de renda; e, principalmente, todos os dados bancários: o chip vai dispensar o uso dos cartões magnéticos.
Você vai ao mercado e ao passar pelo caixa o valor da sua compra será debitado automaticamente da usa conta. Isso dispensará completamente o uso do dinheiro físico. Não existirá mais dinheiro físico, só dinheiro virtual.
Esse sistema, como toda tecnologia, tem seus prós e contras. Os prós é que a vida se torna cada vez mais prática. Não precisaremos confeccionar documentos: receberemos um número ao nascer e esse número irá nos acompanhar durante toda a existência. Teremos mais segurança, pois a qualquer momento será possível identificar a nossa localização por satélite. Também será possível descobrir a localização e grande parte das atividades dos criminosos, facilitando a sua captura. Isso acabaria com o narcotráfico da maneira como ele funciona hoje, pois o narcotráfico lida com dinheiro vivo, já que não pode declarar esses valores. O mesmo aconteceria com o terrorismo.
Mas isso também oferece alguns pontos desfavoráveis: será possível todos nós sermos cada vez mais manipulados.
Você recebe o seu salário. Os organismos de controle, sejam eles governamentais ou financeiros, vão saber tudo sobre você: quanto você gasta, quando você gasta, o que você consome, com quem você consome, que lugares você frequenta, quanto tempo você permanece nesses lugares, enfim, não haverá mais segredos.
Hoje já é possível saber muito sobre você. O Facebook, por exemplo, mostra, na sua linha do tempo, as coisas que você mais costuma acessar. No final do Governo Dilma, por exemplo, só o que aparecia no Facebook eram notícias e comentários a respeito do Governo, seja contra ou a favor. As pessoas não deixaram de postar outras coisas. Mas como você deu atenção a isso algumas vezes, foi isso que o Facebook passou a mostrar para você. O mesmo acontece com as propagandas no Facebook e no Google. As propagandas que aparecem para você seguem o seu padrão de procura na internet. Se você pesquisar sobre carros, por exemplo, logo irão aparecer anúncios de carros nos sites que você abrir.
– Mas o que a Besta do Apocalipse tem a ver com isso?
Para milhões de pessoas, o chip é a marca da Besta mencionada no livro do Apocalipse, que é o último livro da Bíblia.
Mas as pessoas que acreditam que a marca da Besta é o chip estão se baseando nessa passagem do Apocalipse:
“A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.” Apocalipse 13:16-17
Num primeiro momento, lendo apenas essa passagem do Apocalipse, podemos ter a impressão de que realmente o chip tem todas as características da marca da Besta: Quando o chip for implantado (se realmente ele for implantado como uma coisa generalizada) ninguém poderá fazer qualquer transação comercial sem ter o chip. Ou seja, ninguém poderá comprar ou vender se não tiver o chip – quem não tiver o chip estará excluído da sociedade formal, pois não poderá ter emprego nem comprar nem vender nada – não poderá fazer nada que envolva dinheiro: a solução seria voltar ao escambo, o antigo sistema de trocas de produtos.
Mas vamos analisar melhor essa passagem do Apocalipse para ver se realmente essa teoria de que o chip é a marca da Besta tem fundamento ou não.
Em Apocalipse 7:1-3 nós encontramos o seguinte:
“Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma.
Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.”
Nós encontramos nesta passagem duas vezes a palavra “selo”: o selo do Deus vivo e depois “até selarmos na fronte os servos do nosso Deus”.
Nós sabemos que todo o Novo Testamento foi escrito originalmente em grego. “Selo” é a tradução da palavra grega sphragis (σφραγίς), que se refere exatamente a um selo, um anel de sinete, a impressão de um selo. Antigamente a assinatura era executada por meio de um selo – uma espécie de pequeno carimbo, às vezes usado como um anel, que era impresso em argila ou cera quente para registrar a sua marca.
No capítulo 13, em que fala sobre a marca da besta, a palavra “marca” é a tradução da palavra grega xaragma (χάραγμα). Embora sejam palavras diferentes, o sentido das duas palavras, no texto, é exatamente o mesmo: xaragma quer dizer gravura, selo, sinal, uma marca de identificação.
Isso era comum no tempo em que o Apocalipse foi escrito. E a Bíblia fala, aqui mesmo, no Apocalipse, do selo de Deus, ou seja, da marca de Deus.
Para nós não ficarmos só no Apocalipse, nós vemos que na carta de Paulo aos Efésios, também é mencionado o selo de Deus:
“(…) em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa.” Efésios 1:13
Aqui na carta aos Efésios o selo de Deus é o Espírito Santo – o selo ou a marca de Deus é uma coisa absolutamente espiritual, não tem nada de material.
Mas a Bíblia está cheia de referências a marcas. Preste atenção nessa passagem de Ezequiel:
“(…) e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.
Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem e sem que vos compadeçais, matai; matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; começai pelo meu santuário.” Ezequiel 9:4-6
Veja a imagem de Deus que se tinha no Antigo Testamento – por isso que a Bíblia não pode ser levada ao pé da letra. Aqui nós vemos Deus mandando matar todo mundo, até as crianças. E ainda diz: – Não vos compadeçais! – era para matar sem pena! Só não seria morto, aqui, quem tivesse a marca na testa (ou na “fronte”).
Essas marcas eram comuns na Antiguidade. Os soldados eram marcados, os escravos eram marcados e muitos seguidores de religiões pagãs eram marcados. Hoje nós marcamos o gado e os cavalos como um sinal de propriedade.
Em 3 Macabeus, um livro considerado apócrifo pelos católicos e protestantes, mas aceito pela Igreja Ortodoxa, nós vemos que os judeus foram perseguidos pelo rei egípcio Ptolomeu IV. Os judeus que se submetiam ao cadastramento imposto pelo rei eram marcados com o desenho de uma folha de trevo. Esse desenho identificava esses judeus como submissos ao deus Dionísio (3 Macabeus 2:29).
No tempo de Moisés, quando foi estabelecida a lei mosaica (que era tida como Lei de Deus), Deus ordena ao povo israelita:
“Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos.” Deuteronômio 11:18
Na mão e entre os olhos, ou seja, na fronte. A ideia era que os israelitas tivessem a Lei de Deus sempre em suas mentes e em suas ações. Esse é o sentido.
A marca na mão e na fronte, então, não é nenhuma novidade do Apocalipse. Essas marcas fazem parte do contexto bíblico. O autor do Apocalipse está justamente se utilizando desse contexto para falar do que ele chama de “Besta”.
Mas a passagem do Apocalipse que fala da marca da Besta diz que quem não tiver a marca não poderá comprar ou vender.
No capítulo 9 do Evangelho de João, quando Jesus curou o cego de nascença, é dito que os fariseus expulsariam da sinagoga qualquer um que confessasse que Jesus era o Cristo, ou seja, o messias esperado pelos judeus. A expulsão da sinagoga era uma coisa muito temida pelos judeus.
– Por que a expulsão da sinagoga era tão temida?
Porque, entre outras coisas, quem fosse expulso da sinagoga era excluído da sociedade, e não podia comprar ou vender nada. Isso era comum no tempo em que o Apocalipse foi escrito. O autor do Apocalipse não está fazendo previsões com quase dois milênios de antecedência. Não! Ele está se utilizando de usos e costumes comuns na sua época.
O Apocalipse não é um livro profético. A linguagem obscura do Apocalipse se presta a incontáveis interpretações diferentes. Algumas totalmente absurdas, outras, como a passagem que fala da marca da Besta, podem levar ao engano as pessoas que não são dadas ao estudo.
Mesmo sabendo disso, algumas pessoas podem se questionar a respeito do chip que será implantado nas pessoas. Não sabemos se será implantado em todo mundo. Possivelmente, sim.
Não podemos negar que é um avanço tecnológico que vem facilitar a vida. Não podemos negar, também, que seremos cada vez mais controlados pelos detentores do capital internacional.
A tecnologia, na verdade, vem imitando a capacidade mental do ser humano – ou melhor, a mente humana está se manifestando através da tecnologia. Nas profundezas da nossa mente não há segredos para nós. No plano astral (que ainda é muito distante do plano mental), espíritos mentalmente desenvolvidos podem ler pensamentos e tomar conhecimento de fatos à distância. São capacidades que todos nós temos, mas que não conseguimos desenvolver plenamente por causa da densidade do plano material em que vivemos.
A tecnologia vem implantando, aos poucos, inovações que são características comuns a todos nós.
Particularmente, acredito que o implante do chip será uma realidade em breve. Vai começar por pessoas consideradas importantes, e aos poucos algumas classes irão adotar essa tecnologia. Com o tempo, se essa prática se generalizar, haverá o surgimento de pequenas comunidades alternativas que viverão fora do sistema.
Isso não é profecia – É para onde os fatos apontam nesse momento – evidentemente, na minha visão.

Morel Felipe Wilkon

terça-feira, 18 de julho de 2017

"CARTAS PSICOGRAFADAS CONFORTAM MÃE QUE PERDEU O FILHO EM ACIDENTE DA TAM EM 2007"

Elisabete perdeu o filho Vinícius no acidente da TAM. Ele era piloto da companhia, mas morreu a bordo como passageiro do voo 3054

Em um ano, além da tragédia da TAM, que lhe tirou o filho mais velho, Elisabete também perdeu a mãe. "A vida não nos diz assim: 'Tá, agora chega, parou de sofrer'. Não é apertar um botão. Seis meses depois que meu filho partiu, a minha mãe partiu. Eu era necessariamente obrigada a conseguir lidar com aquilo que estava dentro de mim, que eram muitas perdas. Foi muito, muito difícil",
desabafa.
A psicoterapeuta parou de trabalhar, entrou em depressão e passou meses à base de antidepressivos. "O dia do acidente foi horrível, horrível. Quando eu cheguei do consultório em casa, larguei a bolsa no sofá e vi o rabo do avião na televisão. Naquela hora eu levei uma paulada na cabeça", recorda.
"Eu fiquei sentada num sofá por quase cinco anos".
Hoje Vinícius teria 34 anos de idade. E já teria realizado sonhos, como o de ser piloto, e isso conforta um pouco a mãe. "Ele nunca foi de brincar com carrinho, o brinquedo dele sempre foi avião", frisa.
O espiritismo, segundo ela, também ajudou a cicatrizar a ferida.
A doutrina a fez compreender um pouco melhor a perda.
"Eu sempre fui espírita. Meu filho foi criado na religião espírita, os dois. Isso me ajudou, sim. Mas eu briguei com Deus. Eu culpei ele. Por que ele tinha que levar o meu filho? Por que ele foi tão egoísta assim? Mas depois eu percebi que a egoísta era eu, que queria que o
Vinícius ficasse aqui", explica.
Através de cartas psicografadas, Elisabete diz ter tido notícias do filho. Ela as recebeu de 2007 a 2015. Ela afirma que as mensagens a fortaleceram para seguir adiante.
"Eu busquei ouvir muito o Vinícius. Eu tenho mais de 300 cartas psicografadas dele aqui. Ao longo desses anos todos, ele foi me mandando mensagens e eu fui guardando. E isso me confortou", afirma.
Carta:

"Queridos Elisabete e Carlos, podemos viver muitas e muitas vidas numa só, fazendo com que cada dia seja um recomeço, talvez agindo assim os humanos fossem mais felizes, se cada dia que começasse disséssemos: Minha vida esta começando agora e vai terminar no final do dia, viver-se-ia uma vida por vez e seria intensamente, mas não, quando estamos no corpo físico nos preocupamos com o amanhã, o maldito amanhã, e depois da amanhã, e na semana que vem, e no mês que vem, e o próximo ano, nosso pai criador, faz com que o sol nasça todos os dias e todos os dias se ponha, para que possamos viver todos os dias da eternidade, mas um dia por vez, somos eternos? Ah somos eternos, então não morremos e vamos viver sempre, mas quando perdemos o corpo, saímos fora do alcance dos sentidos do corpo, só do corpo, nosso sentimentos continuam, nossas relações continuam, nosso relacionamento continua, tudo continua, tudo como era antes, menos nossas percepções corporais, mas todas as percepções sentimentais e espirituais... então porque não voltou antes, principalmente os de menos idade? Eu respondo... E para os que ficam descubram a resposta dessa pergunta, não só descobrirem com a razão mas com o coração, nesta busca irão desvendar os mistérios da eternidade, nada é para sempre, muito menos a separação, inclusive neste caso, no nosso caso, não há separação, mãe um grande beijo, Carlos, um grande abraço bem apertado.


Vinícios

“OBSESSORES- UMA BATALHA ENTRE A LUZ E AS TREVAS. ”

Existe uma intensa atividade permeando o universo físico e o espiritual. Forças e energias espirituais influenciam a vida dos encarnados, muitas vezes de forma negativa, provocando comportamentos e atitudes negativas, criando uma atmosfera densa de ódio e desespero. Esses espíritos ligados aos vivos e distantes da grande Luz Divina, vivem só para isso. Estamos falando dos obsessores.
Obsessão: substantivo feminino. 1 – Diacronismo: antigo. 2 – Suposta apresentação repetida do demônio ao espírito. 3 – Apego exagerado a um sentimento ou a uma ideia desarrazoada. 4 – Ação de molestar com pedidos insistentes; impertinência, perseguição, vexação.
Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante: em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades,  tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.
Na Terra, existe um sem-número de forças espirituais, e nem todas com “boas intenções”. Na verdade – segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos – o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas frequências.
Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, egoísmo, amor não-correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram,  afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.
Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.
A Obsessão Nasce
Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por  que tudo começou.
Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.
É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor. O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de autoestima), podem produzir obsessões.
A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.
Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.
De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.
A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à “vitória” do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.
O Ataque das Trevas
Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercida pelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente, como os demônios das histórias bíblicas, e assim como ocorre nessas histórias, as formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que se tornam evidentes. Mas podemos dividi-las da seguinte forma:
Obsessão Simples
O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce uma persistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.
Na maior parte das vezes, com o auxílio da autoanálise e do bom-senso, a vítima afasta esses pensamentos “ruins” e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.
Fascinação
Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.
Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tornará ainda mais complexa a situação.
Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma “missão divina”, e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.
Subjugação
É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem suas “novas” atitudes.
O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor. Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsedado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.
Auto Obsessão
Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por eles mesmos. Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos “erros” que acreditam terem cometido em vida.
Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por “castigos” que possam “purificá-los”. Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.
Mas a Luz Cura
Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso. É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.
Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a presença de um grupo considerável de médiuns, e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas espirituais.
A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão. Antes de começar o trabalho, é necessário definir o foco que será seguido, e todos deverão exercitar sua força de vontade de forma a que formem um só feixe de energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido com práticas espirituais diárias, que sejam instrutivas e que lhe deem um forte alicerce. Além disso, deverá praticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.
A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.
Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade em ambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso  livrar-se de plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar ventilar em todos os cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casa onde se sinta a presença de forças obsessoras.
A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que torna possível a recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida. Recomenda-se a todos seguirem a prática espiritual da prece e a leitura de material espiritual inspirador. Dessa forma, cria-se uma corrente fluídica positiva em torno de todos, gerando a elevação da frequência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas na situação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos iluminados, gerando um círculo virtuoso e próspero de amor e luz.
O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça. Depois, quando se vê que a cura demandará semanas, e não dias, abandonam-se as práticas e surge a descrença quanto à eficácia da cura, buscando outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, tais caminhos apenas levam a mais dor e problemas.
A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade. A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que e ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e “atalhos” que lhe surgem à frente.
Autor: Alex Alprim
Fonte: Apostila de estudos do Centro Espírita Leonardo Oliveira
Divulgado pelo grupo VidaspassadasBr

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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...