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terça-feira, 8 de agosto de 2017

“QUEM É EXU? ANJO? DEMÔNIO? EXU SÓ FAZ O MAL OU EXISTE O EXU DO BEM? ”

Antes de mais nada temos que ter mente que a noção originária de Exu vem da África de milênios atrás. Eles não tinham a noção judaico-cristã que nós temos de Bem e Mal. Isso de separar categoricamente o que é do Bem e o que é do Mal – como se Bem e Mal fossem compartimentos isolados – existe para nós, Ocidentais, que sofremos a influência judaico-cristã.
Exu originalmente é um Orixá, uma força – podemos dizer uma força da Natureza. O orixá Exu representa o movimento. A palavra Exu em iorubá quer dizer “esfera”. Na verdade, Exu representa o movimento em espiral em que acontece a nossa evolução. A evolução espiritual acontece numa espiral. Nós repetimos experiências muitas vezes, por isso temos a impressão de que andamos em círculos. Mas esses círculos são ascendentes e cada vez mais amplos.
A vida é movimento. Nós temos esse entendimento no Evangelho quando Jesus diz, em João 5:17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, ou seja, Deus nunca deixou de trabalhar, Deus está sempre trabalhando, a criação é infinita – a vida é movimento.
E esse movimento, para os iorubás, se manifestava, principalmente, na necessidade, em primeiro lugar, de perpetuação da espécie; e, em segundo lugar, no aumento da população. Em termos individuais, a continuação do ser através dos seus descendentes e o aumento do prestígio, do poder e da influência através de uma grande prole. Isso tem paralelo na Bíblia, quando Deus ordena a Adão e Eva: “crescei e multiplicai-vos” e na importância que tinha para os israelitas uma prole fecunda.
Por conta desse entendimento de Exu como a energia do movimento da vida ligado ao sexo é que, muito mais tarde, Exu vai ser associado, na nossa cultura ocidental, à sensualidade, ao desejo, à luxúria. Mas esse não era o entendimento original. O maior desejo, tanto para o iorubá quanto para o antigo israelita, era ter muitas mulheres e que cada uma das mulheres lhe desse muitos filhos. Eu estou citando os iorubás e os antigos israelitas por ser uma comparação ao alcance de todos – mas os povos antigos, de um modo geral, tinham as mesmas preocupações.
A energia sexual associada a Exu é que estava por trás desse desejo de muitas mulheres e muitos filhos. Jacó, mais tarde chamado Israel, teve quatro mulheres e doze filhos.
A mulher também, por sua vez, desejava ter muitos filhos. Raquel, a mulher amada de Jacó, era estéril e infeliz – mais tarde deu dois filhos a Jacó, José e Benjamin. As mulheres iorubás cultuavam Exu representado por um monte de terra em formato fálico (em formato do membro masculino), pois o falo estava, por razões óbvias, associado à fertilidade, à força, ao vigor.
Em Gênesis 24:2-9, Abraão pede ao seu servo mais velho que faça um juramento, e para isso pede que o servo ponha a mão debaixo da sua coxa. Mais tarde, em Gênesis 47:29, Jacó pede ao seu filho amado José que faça a mesma coisa. Colocar a mão debaixo da coxa é um eufemismo para se referir às partes íntimas, muito provavelmente quem jurava segurava os testículos do homem a quem ele estava prestando juramento.
Hoje isso parece uma coisa muito estranha – mas também seria estranho hoje um homem querer ter muitas mulheres para ter muitos filhos. Os tempos são outros, o entendimento das coisas é outro. A verdade é que, embora de um modo que às vezes nos parece infantil, os povos antigos tinham um entendimento do sagrado muito mais profundo do que nós. E o sexo como força reprodutiva era algo absolutamente sagrado.
Quando os africanos vieram ao Brasil como escravos, suas manifestações religiosas foram reprimidas e houve um lento processo de sincretismo. Para poderem continuar com a sua religião, tiveram que adaptar. Os orixás foram associados a santos católicos, e as características dos orixás foram assimilando conceitos judaico-cristãos.
Como a religião africana não tinha os conceito de Bem e Mal como o catolicismo, pelo menos um orixá tinha que representar o diabo – e esse papel sobrou para Exu. Na verdade os orixás, como forças que são, são neutros – não bons ou maus como nós os entendemos. Eles podem ter funções positivas ou negativas, como qualquer força. A mesma força que produz a iluminação artificial que lhe permite ler esse artigo pode lhe matar (ou pelo menos machucar) numa descarga elétrica.
Espiritismo e Umbanda
A Umbanda é religião brasileira, nascida dentro de um centro espírita. A Umbanda, então, tem muita influência do Espiritismo. As entidades que se apresentam como Exus na Umbanda são espíritos, não são o orixá Exu. O orixá se apresenta no Candomblé, que eu não conheço, e no batuque, que é como chamam aqui no Sul a religião de nação africana.
Mas na Umbanda as entidades que se manifestam são espíritos. E aí nós vemos muita confusão. Existem hoje duas tendências opostas: uma que vê o Exu como um espírito voltado para o Mal, um espírito que atua com magia negra, que faz serviços pagos. Outra que defende que os Exus são espíritos de luz, seres muito iluminados que trabalham como verdadeiros missionários.
No primeiro caso, é comum nós vermos, nesses programas de televisão de igrejas, os pastores entrevistando pessoas possuídas por espíritos. É claro que às vezes há muita encenação. Mas nós vemos que esses espíritos muitas vezes se apresentam como Exus. São espíritos ignorantes que tomam um nome qualquer. Se o assunto lhe interessa, recomendo que você leia o artigo (ou assita ao vídeo) Quem são os espíritos que incorporam nas igrejas evangélicas? Também no centro espírita (dependendo do centro espírita) às vezes algum obsessor se apresenta como Exu-não-sei-das-quantas; ou esses espíritos são identificados assim por algum médium. Na verdade esses espíritos, na religião africana, são chamados de kiumbas, não têm nada a ver com Exus.
Os Exus, como espíritos, formam falanges. Grandes grupos de espíritos que atuam como uma ordem de trabalho. É assim com os pretos-velhos ou com os caboclos, na Umbanda. São ordens de trabalho. De forma semelhante nós vemos, em Nosso Lar, os samaritanos. As falanges da Umbanda são compostas por espíritos que abrem mão da sua identidade pessoal, temporariamente, para atuar em nome de uma causa – e essa causa é a caridade.
Os espíritos que atuam nas falanges de Exu são os responsáveis por um trabalho para o qual outros espíritos não estão preparados. Isso não faz deles seres melhores ou piores do que nós. São apenas características diferentes. Podemos tomar como exemplo um agente penitenciário. Ele vai trabalhar no meio de pessoas da pior espécie, num ambiente muito pesado. É um trabalho digno e necessário – mas pode ser visto como um serviço sujo; e os agentes penitenciários que eu conheço não são exatamente exemplos de delicadeza. Mas isso são apenas características.
O fato de o orixá Exu representar o movimento da vida influencia em muitos aspectos que nós consideramos geralmente como negativos. Se Exu é movimento da vida, os espíritos associados a Exu são os responsáveis pelo cemitério, que representa o movimento entre o plano material e o plano astral; são os responsáveis pelas encruzilhadas, que é onde se cruzam os diferentes caminhos; e, de um modo geral, todas as entradas e saídas.
Orixás são forças – e as forças têm o lado positivo e o lado negativo. Espíritos são espíritos; não importa o nome, as vestes, o modo de falar. A esse propósito Allan Kardec faz uma advertência em O Livro dos Médiuns: “Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção”.

Morel Felipe Wilkon

“EXISTE A HORA CERTA PARA MORRER”?

Não sou dos espíritas que consideram O Livro dos Espíritos como Verdade única e absoluta. Nossas verdades são relativas ao nosso grau de entendimento. Mas, nesta questão 853 a resposta é tão enfática que, mesmo analisada em conjunto ou por comparação a outras questões do mesmo e de outros livros da codificação, não deixa muita margem a dúvidas:
853. Algumas pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podiam escapar da morte. Não há nisso fatalidade?
“Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos.”
a) — Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos?
“Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência.”
Esse posicionamento é reforçado na questão 738, ao afirmar que “venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida.”
Ao reencarnarmos, temos, devido a fatores genéticos e energéticos, uma expectativa de vida. Podemos alterar esta expectativa para mais ou para menos, conforme os cuidados com o corpo físico e com as energias e emoções. André Luiz, um exemplo clássico, foi considerado, até certo ponto, suicida, pois encurtou a sua passagem pela matéria pelo descuido. Os principais eventos de nossa existência estão, de certo modo, previstos pelas características de nossas vidas:
258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”
Quanto a acidentes, tragédias, homicídios, não posso acreditar em acaso puro e simples. Tudo e todos estão interligados. Temos que considerar que a soma de tudo o que pensamos, falamos e fizemos até hoje, em todas as nossas reencarnações e nos intervalos entre elas, forma o que nós somos hoje. Cada um de nós tem um campo energético único de atração ou repulsão que atrai ou repele pensamentos, imagens, palavras, intenções e ações. A lei de atração e repulsão, que Allan Kardec, utilizando-se de um vocabulário científico de meados do século XIX, chamava de Lei de assimilação e repulsão dos fluidos, age invariavelmente. Nós exteriorizamos, invariável e continuamente o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade de palavras para as atrações ou repulsões essenciais.
É claro que temos que considerar os atentados contra o livre-arbítrio, como o aborto, mas, mesmo aí, a hipótese de ele se concretizar já existia antes da concepção. Reencarnamos com um conjunto de possibilidades a desenvolver. As condições em que reencarnamos – tempo, lugar, meio, pessoas – somadas às nossas características, já deixa quase estabelecido o que pode ou não pode acontecer.
Onde há livre-arbítrio não há certeza. Ninguém nasce pra ser assassino ou assassinado, mas a tendência que o espírito tem de tirar a vida alheia, somada ao meio e às influências que há de sofrer, faz dele um assassino em potencial; do mesmo modo que há grande probabilidade de alguém com histórico semelhante ao do assassino, mas em estágio de arrependimento e regeneração, ser assassinado. Em seu subconsciente há a culpa, e o sentimento de culpa atrai para si irresistivelmente o alvo da culpa que nutre. Isso sem contar a influência direta dos espíritos, que, conforme nos indicam as questões 459 e 461,   é muito maior do que costumamos imaginar. “Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem”. Influenciamos e somos influenciados continuamente, e muitos dos pensamentos e ideias que passam por nossas cabeças são sugeridos pelos espíritos, “dando a impressão de que alguém nos fala”.
Tratei, no meu site, há pouco mais de um ano, da tragédia de Santa Maria, em que muitos jovens morreram em decorrência de um acidente.
Para mim é evidente, dadas as características que envolveram o fato, que se trata de um resgate coletivo. Nem precisamos imaginar que haja um planejamento para que isso aconteça. Sabemos que os semelhantes se atraem e que isso se dá, antes de mais nada, pelo pensamento. As condições que uniam estes espíritos os reuniram automaticamente, assim como dentre milhões de espermatozoides, um é atraído para o óvulo. O que determina a seleção do espermatozoide é a natureza do espírito, um determinado espermatozoide, o mais adequado, sintoniza com ele.
Entre os jovens vitimados provavelmente havia espíritos que não pertenciam ao mesmo “carma”, que foram vitimados pela fatalidade de outros; mas, ainda assim, algo em seu passado, algum traço de sua natureza os impeliu para este episódio.
Não posso acreditar em acaso. Não creio que tudo que se relacione à morte esteja escrito, pois há o livre-arbítrio, mas há forças muito maiores que a nossa pequena consciência. A maior parte de nossos pensamentos, palavras e ações são comandadas pelo nosso subconsciente. Agimos com consciência plena uma mínima parte de nossas vidas. Tente concentrar-se numa palavra qualquer deste texto por um minuto. Um minuto apenas…
Você não consegue, porque não tem o domínio dos seus pensamentos. É o seu subconsciente que faz quase tudo por você. O controle sobre as nossas vidas pela nossa consciência é muito menor do que queremos aceitar. Não somos apenas o que aparentamos ser; temos outros níveis de consciência sobre os quais o nosso controle é muito menor ou nulo. Uma evidência disso são os sonhos em que, mesmo com algum grau de lucidez, agimos de forma bem diferente do que agiríamos em estado de vigília.

Morel Felipe Wilkon

“CUIDADO! EXISTEM PESSOAS QUE ADORAM SUGAR NOSSAS ENERGIAS.”

Há pessoas que nos roubam as energias. São as pessoas que se alimentam das desgraças alheias, que consomem tragédias na televisão, que adoram doenças a ponto de atraí-las. 
Você tem dado a atenção devida às suas energias? Você reconhece que é responsável pelo seu nível de energia? A sua energia é a sua marca registrada. O que uma pessoa sente ao se aproximar de você é o tipo de energia que o caracteriza.
Não deixe que lhe roubem as energias!
Há muitos motivos para que você sofra perda de energia: Má alimentação, sexo desregrado, vícios. Mas nada se compara ao pensamento; até porque a sua relação com os itens citados depende essencialmente do seu pensamento. É o seu pensamento que determina o seu nível energético. 
Muitas coisas ocorrem num dia. Não temos tanto controle sobre nossos pensamentos a ponto de mantê-los elevados o tempo inteiro. No decorrer do dia, somos influenciados por notícias, por lembranças, por conversas, por contatos humanos. Aliás, o contato com outras pessoas provoca a inevitável troca de energias. 
Você já sabe disso, mas as coisas importantes merecem ser lembradas. Quantas vezes você sente-se exausto após uma conversa com determinada pessoa? Quantas vezes você fica repentinamente deprimido, triste ou irritado após o contato com alguém? Muitas pessoas roubam energia. Claro que esse processo não é consciente, pelo menos não da forma como nós entendemos. 
São as pessoas que se alimentam das desgraças alheias, que consomem tragédias na televisão, que adoram doenças a ponto de atraí-las.  Essas pessoas não conseguem conviver com nada positivo, nada bom. Para elas, todo mundo é ladrão, mal-intencionado, malicioso. Não percebem coisas agradáveis, não notam nada de salutar. 
Você pode conviver com pessoas assim, às vezes muito próximas de você. Colegas, vizinhos, parentes. Numa conversa, numa aproximação, ela rouba sua energia e você fica exaurido, sem forças, sem ânimo. Que fazer? É preciso que se diga que, a não ser que seja alguém que realmente precise de você, não há obrigação nenhuma de sua parte de se aproximar de alguém assim. Há convívios que definitivamente devem sem evitados. Você não está sendo egoísta, só está se defendendo.
 O único controle real que você pode efetivar em sua defesa energética é sobre o seu pensamento. Se você exercer controle sobre si mesmo, ninguém poderá atingi-lo. O pensamento elevado forma uma barreira energética intransponível, seja para encarnados ou para desencarnados. 
Se analisarmos a reforma íntima abstraindo o aspecto moral, ela nada mais é que a busca pela harmonização energética. A cada reencarnação o espírito imortal procura despojar-se de energias negativas contraídas em encarnações anteriores e, ao mesmo tempo, harmonizar-se consigo mesmo, com a manifestação de Deus latente dentro de si. 
A maioria dos casos de obsessão acontece como vampirização de energias, muitas vezes sem a intenção deliberada de prejudicar. O que todos anseiam, em qualquer plano que seja, é a harmonia. Nós, que temos poder sobre nós mesmos, devemos nos esforçar ao máximo para manter nossa energia equilibrada através do controle do pensamento. Temos que criar o hábito de nos voltarmos para dentro de nós mesmos, dedicando um tempo específico para isso. Seja pela oração, pela meditação, pela movimentação de energias, ou o simples fechar de olhos para se olhar por dentro. 
Você faz uma série de coisas todos os dias. Não há um só dia em que você deixe de ir ao banheiro, por exemplo. Como não reservar alguns minutos para lembrar de sua natureza de espírito imortal?   

Morel Felipe Wilkon


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

“UM HOMEM MUITO RICO RECEBE UMA NOTICIA TERRÍVEL, MAS ACABA DESCOBRINDO UMA GRANDE LIÇÃO DE VIDA. ”!

Um homem muito rico procurou um mestre e lhe pediu que o ensinasse a viver a vida da melhor forma possível. Ele queria aproveitar o máximo a vida e ser feliz. O mestre respondeu:
– Infelizmente isso não será possível, pois tive uma visão de que o senhor irá morrer amanhã à noite.
O homem ficou assustadíssimo com essa notícia. Saiu de lá rapidamente, e foi ver a sua família. Encontrou sua esposa e filhos, e lhes disse:
– Meus amores, um sábio me disse, pela sua vidência, que tenho apenas um dia de vida. Queria dizer que amo muito vocês, e que vamos passar este dia todos juntos, em total harmonia, para que na eternidade fique registrado o quanto eu sempre os amei. Mas antes, preciso falar com algumas pessoas amanha durante o dia.
Assim que amanheceu, o homem saiu da casa e foi encontrar-se com seu vizinho que, há algum tempo, havia tido um briga bem séria. Pediu perdão ao vizinho por tudo, disse que se arrependia do mal que havia lhe causado e saiu de lá.
Depois disso, o homem foi encontrar sua mãe, que sendo muito velhinha, havia colocado numa casa distante e estava tendo de se virar sozinha. Assim que viu a mãe, disse:
– Mãe, perdoe-me por ter me afastado de você. Eu estava muito autocentrado e só conseguia ver meu próprio umbigo. Estou morrendo e quero que fique conosco agora no meu último dia de vida.
O homem foi então perdoando as ofensas das pessoas, ajudando aqueles que antes havia prejudicado, e cada coisa que fazia procurava estar totalmente presente, pois sabia que seria a última vez.
O dia passou bem rápido, mas foi o dia mais libertador de sua vida. Voltou para casa, reencontrou toda a sua família, e viu a noite cair. Jantaram juntos, ficaram todos abraçados, e o homem esperava o fatídico momento de sua morte.
O tempo passou, passou, e ele não morreu. Veio o dia seguinte, e o homem ainda estava sentindo-se muito bem, sem nenhum sinal de que estava próximo à morte. Ao contrário de tempos passados, o homem sentia-se maravilhosamente tranquilo e feliz, muito melhor do que qualquer época em toda a sua vida.
Resolveu então retornar e falar novamente com o sábio. Assim que o encontrou, questionou:
– Mestre, anteontem o senhor me disse que eu morreria ontem, mas veja que hoje continuo saudável e nada me ocorreu. Pelo jeito sua previsão falhou, pois me sinto feliz e bem leve.
O mestre respondeu:
– Não falhou, pois não houve nenhuma visão do futuro. Você me perguntou como era possível viver a vida da melhor forma possível. O que você fez neste último dia, acreditando que iria morrer, senão viver intensamente cada momento? Você ficou mais próximo de sua família, perdoou ofensas, arrependeu-se de brigas, aproximou-se de pessoas que ama, e disse a sua família o quanto você a amava, além de ter ficado bem próximo a eles. Portanto, este é o ensinamento que deixo a você. Viva cada dia como se fosse o último. Trate as pessoas sem cultivar mágoas, pois um dia tudo isso passa. Sinta-se liberto dessa vida sabendo que um dia você não mais estará presente. Declare seu amor aberta e calorosamente, como se fosse a última vez. Liberte-se das preocupações, das tensões e das culpas, como se elas fossem passar e dissolver-se com o fim de tudo. O que dá sentindo a vida, é o sentido que é dado quando sentimos que tudo está próximo de encerrar. Quando tomamos consciência de nossa mortalidade e da pe­quenez da existência humana, nos libertamos de qualquer prisão, e vivemos de forma leve e feliz.

Autor: Hugo Lapa

“APARIÇÕES NO MOMENTO DA MORTE. MUITAS PESSOAS ANTES DE MORRER ALEGAM VER JUNTO DE SI, SERES CONHECIDOS. AMIGOS E FAMILIARES. ”

Momentos antes de morrer, muitas pessoas alegam ver junto de si seres conhecidos, familiares e amigos, também já falecidos. Vamos hoje referir um caso no qual as aparições de pessoas falecidas são percebidas unicamente pelos familiares do  moribundo.
Encontrámos um caso bem interessante, no livro «Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte», de Ernesto Bozzano, editora FEB, 3ª ed., 1982, Brasil, caso este retirado do «Journal of the Society for Psychical Research» (1908, pp. 308-311):
«O Dr. Burges envia ao Dr. Hodgson o episódio seguinte, que se passou em presença do Dr. Renz, especialista em moléstias nervosas. M. G., protagonista do episódio, escreve:
“… Antes de descrever os acontecimentos e no interesse daqueles que lerem estas páginas, tenho a declarar que não faço uso de bebidas alcoólicas, nem de cocaína, nem de morfina; que sou e fui sempre moderado em tudo, que não possuo um temperamento nervoso; que minha mentalidade nada tem de imaginativa e que sempre fui considerado como homem ponderado, calmo e resoluto. Acrescento  que, não somente nunca acreditei no que se chama – Espiritismo – com os fenómenos relativos de materializações mediúnicas e do corpo astral visível, como fui sempre hostil a essas teorias.
Um caso espantoso em que assistiu ao trabalho espiritual na morte da esposa.
A minha mulher morreu às 11h45, da noite de Sexta-feira, 23 de Maio de 1902; e só às 4 horas da tarde desse mesmo dia foi que me persuadi que estava perdida toda a esperança. Reunidos em torno do leito, na expectativa da hora fatal, estávamos muitos amigos, o médico e duas enfermeiras… Assim se passaram  duas horas, sem que se observasse nenhuma alteração…às 6h45 (estou certo da hora porque havia um relógio colocado diante de mim, sobre um móvel) aconteceu-me voltar o olhar para a porta de entrada e percebi sobre o sólio, suspenso no ar, três pequenas nuvens muito distintas, dispostas horizontalmente, parecendo cada uma do comprimento de cerca de 4 pés, com 6 a 8 polegadas de volume… O meu primeiro pensamento foi que os amigos (e peço-lhes perdão por esse injustificado juízo) se tinham posto a fumar, além da porta, de  maneira que o fumo dos seus charutos penetrasse no quarto. Levantei-me de um salto para ir reprová-los e notei que nas proximidades da porta, no corredor e no quarto, não havia ninguém. Espantado, voltei-me para olhar as nuvenzinhas que, lentamente, mas positivamente, se aproximavam da cama, até que a envolveram por completo.
Olhando através dessa nebulosa, percebi que ao lado da moribunda se conservava uma figura de mulher, de mais de 3 pés de altura, transparente, mas ao mesmo tempo resplandecente de uma luz de reflexos dourados; o seu aspecto era tão glorioso, que não há palavras capazes de descrevê-lo. Ela vestia um costume grego de mangas grandes, largas, abertas; tinha uma coroa à cabeça. Essa forma mantinha-se imóvel como uma estátua no esplendor de sua beleza; estendia as mãos sobre a cabeça da minha mulher, na atitude de quem recebe um hóspede alegremente, mas com serenidade.
Duas formas vestidas de branco, detinham-se de joelhos, ao lado da cama, velando ternamente a minha mulher, enquanto que outras formas, mais ou menos distintas, flutuavam em torno. Acima da minha mulher estava suspensa, em posição horizontal, uma forma branca e nua, ligada ao corpo da moribunda por um cordão que se lhe prendia acima do olho esquerdo, como se fosse o “corpo astral”. Em certos momentos, a forma suspensa ficava completamente imóvel; depois, contraía-se e diminuía até reduzir-se a proporções minúsculas, não superiores a 18 polegadas de comprimento, mas conservando sempre a sua forma exacta de mulher; a cabeça era perfeita, perfeitos o corpo, os braços, as pernas.
Quando o corpo astral se contraía e diminuía, entrava em luta violenta, com agitação e movimento dos membros, com o fim evidente de se desprender e libertar do corpo físico. E a luta persistia até que ele parecia cansar; sobrevinha, então, um período de calma; depois o corpo astral começava a aumentar, mas para diminuir de novo e recomeçar a luta.
Os familiares e amigos falecidos, vêm, no momento do desenlace, ajudar-nos a entrar no outro mundo.
Durante as cinco últimas horas de vida da minha mulher, assisti, sem interrupção, a essa visão pasmosa…Não havia maneira de fazê-la apagar dos meus olhos; se me distraía conversando com os amigos, se fechava as pálpebras, se me achava de outro lado, quando voltava a olhar o leito mortuário, revia inteiramente a mesma visão. No correr das cinco horas experimentei estranha sensação de opressão na cabeça e nos membros; sentia as minhas pálpebras pesadas como quando se está tomado pelo sono, e as sensações experimentadas, unidas ao facto da persistência da visão, faziam-me temer pelo meu equilíbrio mental, e então dizia ao médico muitas vezes: – «Doutor, eu enlouqueço».  Enfim, chegou a hora fatal; depois de um último espasmo, a agonizante deixou de respirar e vi, ao mesmo tempo, a forma astral redobrar de esforços para libertar-se. Aparentemente, a minha mulher parecia morta, mas começava a respirar alguns minutos depois, e assim aconteceu por duas ou três vezes. Depois, tudo acabou. Com o último suspiro e o último espasmo, o cordão que a ligava ao corpo astral quebrou-se e eu vi esse corpo apagar-se. As outras formas espirituais, também, assim como a nebulosidade de que fora invadido o quarto, desapareceram subitamente; e, o que é estranho, a própria opressão que eu sentia sumiu-se como por encanto e permaneci de novo como fui sempre, calmo, ponderado, resoluto; dessa forma fiquei em condições de distribuir ordens e dirigir os tristes preparativos exigidos pelas circunstâncias…”
Afirma o Dr. Renz: “Desde que a doente se extinguiu, M. G., que durante cinco horas havia ficado à sua cabeceira, sem dali sair, levantou-se e deu ordens que as circunstâncias requeriam, com expressão tão calma, de homem de negócios, que os assistentes ficaram surpresos. Se ele tivesse sido submetido, durante cinco horas, a um acesso de alucinação, o espírito não se lhe teria tornado claro e normal de um momento para o outro. Dezessete dias já se passaram depois da visão e da morte da sua mulher; M. G. continua a mostrar-se perfeitamente são e normal de corpo e de espírito. (Assinado: Dr. C. Renz)”.»
José Lucas- Portal do Espírito.


"O QUE ACONTECE NOS BASTIDORES DE UMA REUNIÃO ESPÍRITA VISTA DO OUTRO LADO. DO LADO DOS ESPÍRITOS."


domingo, 6 de agosto de 2017

“TATUAGEM E PIERCINGS LESIONA O PERISPÍRITO? VISÃO ESPIRITA. ”

" Alguém nos questionou se se usar uma tatuagem na pele teria influência sobre o perispírito. Há dirigentes de casas espíritas advertindo que todas as pessoas que fizeram ou pensam em gravar tatuagens ou usar piercings, automaticamente estarão em processo de obsessão. Alguns cristãos baseiam-se nas Antigas Escrituras, onde encontramos advertência aos israelitas de "que não deveriam marcar o corpo, fazer cicatrizes com açoites como autoflagelo, por nenhum motivo.".(1)

Referências bibliográficas:
(1)    Levítico 19.28; Deuteronômio 14.1-2.
(2)    Xavier, Francisco Cândido e Vieira , Waldo. Evolução em dois mundos, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro, Ed. FEB, 1959
(3)    Xavier, Francisco Cândido. Nosso Lar, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1955

Conhecemos líderes espíritas convictos de que pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o enchem de piercings são espíritos primários que ainda carregam lembranças intensas de experiências pretéritas, sobretudo dos tempos dos bárbaros, quando belicosos e cruéis serviam-se dessas marcas na pele para se impor ante os adversários.
Positivamente não identificamos pontos de caráter prático no uso de tatuagens, especialmente se a lesão imposta ao próprio corpo for por mero capricho. Isso sim, refletirá invariavelmente no perispírito, já que, sendo o corpo físico (templo da alma) um consentimento divino para nossas provas e expiações, devemos mantê-lo dignamente protegido e saudável. Entretanto, será que o uso de piercings e tatuagens sobrepujam qualidades morais? Quem pode penetrar na intimidade do semelhante e saber o que aí ocorre?
Sob a percepção histórica, a tatuagem é uma técnica ancestral que se esvai na memória cultural das civilizações. Antigamente eram aplicadas para marcar o corpo de um escravo com o símbolo do proprietário. Gravavam-se os corpos das prostitutas com o emblema de um reino, governo ou estado. Servia também para estigmatizar o corpo da mulher adúltera. Ainda hoje é tradição o seu uso no corpo de príncipes de tribos beduínas, africanas e das ilhas do pacífico.
Presentemente, servem para marcar o corpo de membros de gangues, grupos de atletas esportistas (surfe, motociclismo), "beatniks" (movimento sociocultural nos anos 50 e princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida antimaterialista, na sequência da 2.ª Guerra Mundial.), hippies, roqueiros e alastrados principalmente entre jovens comuns dos dias de hoje.
Os que se tatuam devem procurar identificar seus motivos íntimos. Recordemos que o corpo é o templo do Espírito e não nos pertence, portanto, é importante preservá-lo contra agressões que possam mutilar a sua composição natural. Há os que usam vários brincos, piercings e outros adereços. Haveria a mutilação espiritual por causa desses apetrechos? Talvez sim, provavelmente não! O certo é que o perispírito é efetivamente lesado pela defecção moral, desequilíbrio emocional que leva a suicídios diretos e indiretos; vícios físicos e mentais, rancores, pessimismos, ambição, vaidade desmesurada, luxúria.
Esfola-se o corpo espiritual todas as vezes que se prejudica o semelhante através da maledicência, da agressividade, da violência de todos os níveis, da perfídia. Destarte, analisado por esse prisma, os adereços afetam menos o corpo perispirítico. Principalmente porque na atualidade muitos desses adornos que ferem o corpo físico podem ser revertidos, já na atual encanação, e naturalmente não repercutirá no tecido perispiritual.
André Luiz elucida que o perispírito não é reflexo do corpo físico; este é que reflete a alma. "As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido ou se o ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida.".(2) As tatuagens e as pequenas mutilações que alguns indivíduos elaboram como forma de demonstrar amor a exemplo de alguém que grava o nome do pai ou da mãe no corpo de modo discreto não trariam, logicamente, os mesmos efeitos que ocorreriam com aqueles que se tatuam de modo resoluto, movimentados por anseios mais grosseiros.
Curiosamente, muitas pessoas, retornando ao plano espiritual, podem optar pelo uso dos adornos aqui discutidos. Segundo o autor do livro Nosso Lar, "os desencarnados podem, sob o ponto de vista fluídico, moldar mentalmente e de maneira automática, no mundo dos Espíritos, roupas e objetos de uso e gosto pessoal. Destarte, é perfeitamente possível, embora lamentemos, que um ser no além-túmulo permaneça condicionado aos vícios, modismos e tantas outras coisas frívolas da sociedade terrena.".(3)
No que concerne às tatuagens especificamente, por ser um tipo de insígnia permanente, pode, sem dúvida, ocasionar conflitos mentais. A começar na atual encarnação, quando chega a ocasião em que o tatuado se arrepende, após ter mudado de ideia, em relação à finalidade da tatuagem. Concebamos que seja o apelido, sobrenome, o desenho ou algum emblema de alguma pessoa que já não estima, não ama ou qualquer outra silhueta que já não aceita em seu corpo. Então, o que era um mero enfeite, culmina cansando a estética e torna-se um problema particular de complexa solução.
Então, por que a pessoa se permite tatuar? Nas culturas primitivas se usavam tatuagens com finalidades mágicas, para evocar a interferência de divindades, para o bem ou o mal. Hoje é, para muitos indivíduos, uma espécie de ritual de passagem, envolvendo a integração num grupo. Pode ser também de identificação. Pela tatuagem a pessoa está dizendo algo de si mesma.
Nas estruturas dos códigos espíritas não há espaços para proibições. Não obstante, a Doutrina dos Espíritos oferece-nos subsídios para ponderação a fim de que decidamos racionalmente sobre o que, como, quando, onde fazer ou deixar de fazer (livre-arbítrio). Evidentemente que não é o uso de tatuagens que retratará a índole e o caráter de alguém. Todavia, não podemos perder de vista que alguns modelos de tatuagens, com pretextos sinistros, podem ser classificados (sem anátemas) como censuráveis e inadequados para um cristão de qualquer linhagem.
Nesse contexto, é importante compreender a pessoa de forma integral. As características anunciadas no corpo são resultados de seus estados mentais, reflexos das experiências culturais, aprendizados e interpretação de mundo. Como dissemos, o Espiritismo não proíbe nada e fornece-nos as explicações para os fenômenos psíquicos. Assim sendo, as recomendações doutrinárias não combatem, porém conscientizam! Não são indiferentes aos dramas existenciais e demonstram como edificar e marchar no mais acautelado caminho.
Dissemos que o uso piercings e outros adereços e da própria tatuagem por si só não caracteriza alguém com ou sem moralidade. Investiguemos, porém, as causas dessas atitudes. Quais sãos os anseios, os sonhos, as crenças dos que cobrem seus corpos com tais marcas? Tatuagens, piercings, são estágios transitórios. Importa alcançar, porém, se tais indivíduos estão mutilados psíquica, emocional e espiritualmente. O que os conduz muitas vezes a despedaçar a barreira da ponderação e do juízo? Por que atentam contra si submetendo-se a dores e sofrimentos incompreensíveis? Para uns o motivo é o modismo. Outros, todavia, ainda se acham atrelados a costumes de outras existências físicas e trafegam do mundo inconsciente para o consciente, derivando na transfiguração do corpo biológico.
Perante questões controversas, as mensagens kardecianas buscam na intimidade do ser o seu real problema. Convidam-nos ao autoconhecimento e ao estágio do auto aprimoramento. Sugere-nos sensatez, autoestima, altivez, comedimento e a busca incessante de Deus, o Exclusivo Ente, que facultara-nos completar de contentamento e paz de consciência."

Jorge Hessen 

“PODEMOS ESCOLHER NOSSA ENCARNAÇÃO? Nós escolhemos quando nascemos? Escolhemos em que família nascer? Escolhemos o tipo de vida que teremos?”

Existem algumas regras que são seguidas na maioria dos casos. A primeira e mais importante: quanto mais evoluído for o espírito, mais liberdade ele tem de escolha.
Um espírito mais evoluído, mais maduro e consciente, está melhor preparado para tomar decisões importantes. Sendo assim, participa mais ativamente da preparação de sua encarnação. Esta preparação inclui a época do nascimento, algumas características do corpo que terá, as missões de vida (objetivos a serem atingidos), e vários outros aspectos de sua encarnação futura.
A encarnação corresponde a uma restrição da vida do espírito. Ele “sai” de uma faixa vibratória mais sutil e encarna em uma faixa vibratória mais densa. Além disso, grande parte do conteúdo do espírito fica dissociado, ou seja, “não age” na vida encarnada.
O espírito que anima o corpo de cada um possui milhares de anos, talvez milhões. As encarnações contam-se às centenas ou milhares. Para conseguir focar em sua missão de vida, o espírito tem que restringir esta enormidade de conteúdos próprios. Quantas vezes as pessoas dizem umas para outras: “esquece isto, toca sua vida. Estas coisas do passado estão te atrasando a vida”. É exatamente isto que acontece com o espírito encarnado: quando parte do seu conteúdo fica dissociado, “ele esquece o passado”. Ele foca em uma “nova vida”, com muito menos influência deste passado. É uma vida protegida, protegida dele mesmo.  Esta proteção visa facilitar sua evolução naquilo que foi planejado antes de nascer.
No livro Nascer Várias Vezes este processo de encarnação e restrição do espírito é explicado em vários capítulos e com muitos exemplos. Sugiro que você estude o livro.
O processo de encarnação é complexo e muito bem orientado por espíritos mais evoluídos. Desta forma, são raríssimos os espíritos que encarnam na Terra que têm total liberdade de escolha dos aspectos de sua encarnação. A massa dos encarnados no planeta está em níveis evolutivos e vibratórios que necessitam de muita ajuda e orientação. Sendo assim, quase todos participam da sua programação de encarnação, porém sem grandes possibilidades de decidir - podem sugerir, mas a decisão final é resguardada para quem tem mais maturidade e experiência, os espíritos mais evoluídos. Existem, obviamente, algumas exceções a estas regras.
O fato de você estar encarnado no Planeta Terra significa que já evoluiu bastante, mas que ainda mantém grandes necessidades evolutivas. Seus desafios atuais são oportunidades de aprendizagem; ou seja, aprendizado daquilo que é necessário para o espírito evoluir. Para cumprir nossas missões de vida temos que enfrentar os desafios que a vida nos coloca. Nem sempre escolhemos conscientemente estes desafios, mas podemos torná-los úteis ao aproveitá-los para desenvolver em nós habilidades e qualidades.
Ao nascer você já sabia que passaria por algumas dificuldades. Seu propósito é usar estas dificuldades como desafio para tornar-se mais maduro e melhor preparado. Outras dificuldades na sua vida surgem sem que você tenha escolhido. São também desafios úteis para seu progresso. Desta forma, nem tudo em sua vida é programado. Nem tudo é o "destino". Mas, sempre que você enfrentar as dificuldades com sabedoria (boa vontade, disciplina, resiliência, etc) terá maior chance de sucesso.

Autor: Regis Mesquita

sábado, 5 de agosto de 2017

“A VISÃO ESPIRITA DA PEDOFILIA”

1- Como o espiritismo vê a questão da pedofilia?
R: Como um grave desequilíbrio mental e espiritual, necessitando severo tratamento multidisciplinar, isto é envolvendo diversos profissionais além de tratamento espiritual complementar.
2- Qual a razão de existirem pedófilos?
R: A mesma razão de existirem quaisquer outros desequilíbrios psíquicos. São atitudes doentias que se estruturaram ao longo de uma ou mais existências, ou seja, reencarnações. Ninguém foi criado pedófilo.
3- O que se passa nas suas mentes?
R: Cada um deles tem uma história. Não há como colocar todos em um mesmo rótulo. Mas poder-se-ia dizer que tem um impulso sexual doente e destituído de ética.
4- Quais os traumas que eles têm?
R: Diversos, e variam conforme cada caso. Podem ter sofrido: violência infantil, abandono, desprezo, presenciado quando em tenra idade, sexo entre os pais, enfim outras distorções de educação ou de vivência.
5- Como se explica tal comportamento?
R: A resposta é tão difícil como explicar qualquer outra grave alteração de comportamento. São espíritos que pelo seu atraso, imaturidade, ignorância e, sobretudo pelo livre arbítrio desviaram-se da linha normal de conduta.
6- E as vitimas, por que isso?
R: Em diversas oportunidades, quando fizemos palestra sobre reencarnação, fomos questionados posteriormente sobre a dolorosa e delicada circunstância da pedofila. Principalmente, ao se propiciar perguntas nos serem dirigidas por escrito viabilizava-se este questionamento.
Embora o tema seja potencialmente polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação planetária. Nossa abordagem será pelo ângulo transcendental e reencarnacionista considerando que são dois espíritos, no mínimo, envolvidos na tragédia em questão. Cumpre-nos esclarecer que o livre arbítrio é o maior patrimônio que nós, espíritos humanos, temos alcançado ao atingirmos a faixa evolutiva pensante. Livre arbítrio que não legitima atitudes, mas oportuniza as criaturas decidir e se responsabilizar pelas consequências de seus atos posteriores.
Outra premissa que deveremos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que possuímos. Importante também salientar que não há atos perversos que tenham sido planejados pela espiritualidade superior. Seria de uma miopia intelectual sem limites, a ideia de que alguém deve reencarnar a fim de ser violentado ou sofrer pedofilia.
A concepção do Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos sobre a vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor.
É a Lei maior que a tudo preside uma lei de amor que coordena as leis da natureza. Então, como conceber a violência física? Como enquadrar a onipresença divina em situações e sofrimentos que observamos? Deus estaria ausente nestas circunstâncias? Ou estaria presente? Para muitos indivíduos se estivesse presente já seria motivo para não crer na sua existência ou na sua infinita bondade e onisciência.
Outra questão importante: Quem é a “vítima”? Analisemos. Cada um de nós ao reencarnar trouxe todo o seu passado impresso indelevelmente em si mesmo, são os núcleos energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos no passado.
Espíritos que somos e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas inúmeras vidas, possuímos no nosso “passaporte” inúmeros “carimbos” das pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória dessas experiências se traduzem em manancial energético que irradia constantemente do nosso interior para a superfície desta vida.
Assim, é também a “vítima”. A criança, que hoje se apresenta de forma diferente, traz em seu passado profunda marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de desequilíbrio que são gravadas em si mesma.
Algumas dessas, hoje crianças, participaram intelectualmente de verdadeiras emboscadas visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras foram executoras diretas, pela autoridade que eram investidas, de crimes nesta área. Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que agora pulsa constantemente nos arquivos vibratórios da criança, nossa personagem neste drama.
Pela Lei Universal da sintonia de vibrações, poderá ocorrer, em um dado momento, uma surpresa desagradável. O espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar com a frequência do agressor, ou seja, o pedófilo e ser agredida.
Identificados dois dos protagonistas (agressor e criança), temos também que considerar o frequente processo obsessivo que vinha se desenvolvendo. Uma outra entidade pode estar fixa perifericamente ou até profundamente à trama perispiritual de um ou dos doisenvolvidos no processo.
Lembramos, novamente, não foi em hipótese alguma programada a violència ou o estupro, nem ele em qualquer circunstância teria justificativa. No entanto, o crime existindo, necessário compreender em uma visão mais ampla o que está acontecendo. A espiritualidade sempre fará o máximo para evitar o “mal” ou não sendo possível, apoiar aos que sofrem.
O espírito submetido à violência da pedofilia sofre intensamente no processo, conforme o seu grau de maturidade espiritual. Não houve a programação, mas a tendência que trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero , que, a espiritualidade não conseguiu evitar. Perante a Lei divina sabemos que o espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência cometida por outro. Violência que gera violência, um ciclo triste que necessita ser rompido com uma postura de amor, de orientação e de perdão.
A violência da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos exacerbando a dolorosa situação cármica da constelação familiar.
Há, também, espíritos afins e benfeitores que, visam amparar os envolvidos nesta dor. Amigos do extra físico cheios de ternura em seu coração, com projetos de dedicação e amparo, sempre se fazem presentes.
O tempo se encarregará de cicatrizar os ferimentos da alma.
Fonte: Entrevista com Dr. Ricardo Di Bernardi

Médico pediatra, homeopata, palestrante espírita internacional, autor de diversos livros.

“NO VALE DOS DROGADOS”

Certa noite, já de madrugada, percebi que estava projetado fora do corpo em um pântano escuro e tenebroso. Não sei como fui parar lá, mas com certeza fui levado pelos amparadores espirituais, pois participei de um trabalho de assistência extrafísica.
O que mais me surpreendeu não foi o local, mas os espíritos que encontrei lá. Conforme caminhava, ia passando por vários jovens desencarnados caídos naquele chão imundo. Escutava gemidos e uma energia de medo e dor vibrava no ambiente. Muitos espíritos puxavam minhas pernas, outros estavam completamente atordoados, indiferentes à minha presença.
Andei um pouco por aquela multidão de infelizes. Todos pareciam ainda estar sob o efeito das drogas, completamente sugados em sua vitalidade, sem forças para se levantar.
Em determinado momento, senti a necessidade de me sentar no chão, mesmo sem saber ao certo o motivo. Logo que fiz isso, uma jovem aparentando uns 19 anos, loira, aproximou-se de mim muito amedrontada. Não sabia onde estava nem o que estava acontecendo. Sentou-se ao meu lado e me abraçou, na ânsia de se proteger daquilo tudo.
Não sei quanto tempo ela ficou abraçada em mim. Na verdade, a percepção do tempo varia de acordo com o plano em que nos manifestamos. Só sei que fui me sentindo cada vez mais fraco, até perder a consciência e despertar no corpo físico.
O que aconteceu é fácil de entender. Fui levado pelos amparadores à uma região umbralina onde muitos espíritos que desencarnaram devido ao uso de drogas estavam reunidos, de acordo com a lei de afinidade. Muitos espíritos ainda ficam sob o efeito de drogas devido à ligação energética que têm com seus corpos e com a energia de determinada droga. Suas mentes estão cristalizadas no vício, fazendo com que fiquem por tempo indeterminado naquelas regiões. Mas alguns, devido ao próprio carma ou a uma vontade sincera, se encontram em condições de sair desses lugares e buscar apoio nos hospitais extrafísicos. Era o caso daquela jovem. É bem provável que ela tivesse desencarnado por overdose recentemente e por isso, seu corpo astral estava muito denso. Como se encontrava fraca, somente alguém encarnado, temporariamente afastado do corpo poderia doar energia vital mais densa, para que ela pudesse ser tratada posteriormente pelos amparadores, que devido ao plano de manifestação, irradiam energias mais sutis.
É claro que nem todos os espiritos que desencarnam sob o vício das drogas se dirigem a este vale. Cada caso é um caso. Tudo é uma questão de afinidade.
Relato de uma projeção astral- Por Victor Rebelo

Revista Cristã de Espiritismo, edição 32

“CHEGA DE CARREGAR CULPAS! ISSO ACABA COM À SUA ALMA.”

Inúmeras crenças religiosas têm sido imensamente nocivas ao desenvolvimento das pessoas, pois usam frequentemente a culpa como forma de atemorizar. Com isso, obtêm a submissão dos indivíduos, conduzindo-os a seu bel-prazer. 
Utilizam-se de comportamentos manipuladores baseados em crenças punitivas. Um dos conceitos mais apregoados é o de que a Divina Providência age através do castigo e da vingança e de que Deus, quando se decepciona conosco, impede-nos de desfrutar e participar das benesses do Reino dos Céus. 
A doutrina do fogo eterno (...) não produzirá bom resultado (...) Se ensinardes coisas que mais tarde a razão venha a repelir causareis uma impressão que não será duradoura, nem salutar". 
As religiões foram criadas para retirar as pessoas da convenção e transportá-las à espiritualização, mas, na atualidade, algumas religiões se transformaram nas próprias convenções sociais. 
Abordaremos agora algumas mensagens que produzem culpa e consequentemente infelicidade no íntimo das pessoas: 
"Vocês desobedeceram às leis divinas, mas, se sofrerem bastante, talvez serão perdoados". 
"Vocês não entrarão na Casa de Deus, a menos que se sacrifiquem muito pelos necessitados". 
"se vocês amassem ao Pai, não ousariam ter a atitude que tiveram".
A culpa é frequentemente difundida por religiosos ortodoxos de forma consciente e até mesmo inconsciente, como meio de, produzindo temor nos fiéis, estabelecer dependência religiosa e determinar comportamentos e posturas de vida que acreditam ser corretas e convenientes às suas "nobres causas missionárias". 
Esquecem-se, porém, de que cada ser tem uma idade astral, que lhe permite ver e compreender a existência de forma específica e única. Também não se lembram de que, por maior que seja a soma das culpas de um indivíduo, ele não poderá transformar seu comportamento passado nem mesmo suas atitudes do presente. Portanto, a única forma possível de levá-lo a uma transformação interior é a mudança de entendimento e de atitude. 
Somente através de uma real conscientização é que se estabelece o processo de amadurecimento das criaturas. Em outras palavras, tal conscientização se dá pelo somatório de sua experiências vivenciadas através do tempo, nunca pela imposição ou pelo receio. 
"Sacrifique-se pelos necessitados", poderá ser uma recomendação equivocada, quando endereçada a uma pessoa psicologicamente fragilizada, pois, se ela não consegue nem mesmo ajudar a si mesma, obviamente se sentirá culpada por não conseguir ajudar o próximo. 
Ela até poderá estar provida de boa vontade e tentar fazer algumas coisas, mas não conseguirá efetuar uma real ajuda, visto que é tão necessitada que dentro de si não há senão escuridão e desequilíbrio. Então, como poderá cooperar convenientemente com os outros? 
Só poderemos prestar auxílio a alguém que estiver se afogando se soubermos nadar. como ajudá-lo, se estivermos também afogando? 
Na realidade, pessoas imaturas se consideram profundamente culpáveis porque valorizam em excesso o que os outros dizem e pensam. Por lhes faltar independência interior, nem sempre reúnem condições de julgar seu próprio comportamento, pensamentos e emoções, responsabilizando-se pelas consequências que tais atos causam sobre elas. 
Não creem que Deus lhes fala diretamente; ao contrário, necessitam de homens que se autodenominam "iluminados", para conduzi-las, conforme julguem correto e justo São infelizes. Quando não se culpam, atribuem culpa aos outros. Não percebem que são elas mesmas que determinam o seu destino! 
A culpa não encontrará abrigo em nossa alma, se tivéssemos uma ampla fé no amor de Deus por nós e se acreditássemos que Ele habita em nosso interior e sabe que somos tão bons e adequados quanto permite nosso grau de conhecimento e de entendimento sobre nossa vida interior e também exterior.


Hammed - as dores da alma

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...