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sábado, 9 de setembro de 2017

OS ESPÍRITOS NÃO TRANSAM, NÃO COMEM E NÃO DORMEM!

Embora essa afirmação vá contra os ventos do movimento espírita atual, é importante observarmos o que Allan Kardec ensina, em O Livro dos Espíritos, cap. 6, perguntas 237 em diante:
SEXO: necessita de órgãos genitais. O Espírito não tem … vai penetrar o que e onde? (aliás não tem nem sexo, ou seja é assexuado).
SONO: necessidade de repouso físico: o Espírito não tem mais um corpo e seu descanso é exclusivamente moral e intelectual.
FOME: necessidade de reposição química para o organismo, a fim de restabelecer energias necessárias ao seu funcionamento: o Espírito não tem um corpo físico e com isso, não tem necessidade de repor energias assim como nós
Os Espíritos conservam os traços da vida física, mas não suas necessidades. Podem ainda, por um tempo maior ou menor, experimentar necessidades que possuíam em vida, mas não são mais as necessidades REAIS, e sim uma impressão em maior ou menor intensidade, de acordo com sua maior ou menor evolução.
Com isso, podem supor ainda necessitar de alimentação, sexo, ou sono, mas isso não chega a ocorrer, tornando-se para uns uma provação. Suas necessidades tornam-se, na vida espírita, diferentes das nossas, pois, desprovidos de um envoltório físico, deixam de sofrer as angústias deste, embora algumas vezes sofram outras ainda maiores, mas ainda assim, tais sofrimentos são exclusivamente morais ou intelectuais, e não físicos.
Uma pessoa que tem um dos membros amputados ainda sente o membro durante algum tempo. Não é o períspirito, como afirmam alguns; o cérebro conservou a impressão, eis tudo.
Algo semelhante ocorre com os Espíritos que deixam a vida física. O impacto da vida ainda repercute sobre eles, durante um tempo, mas pouco a pouco eles recobram a consciência e a lucidez de Espírito e as antigas necessidades desaparecem, dando lugar a outras.
Sugiro a quem interessou o assunto, o estudo de O Livro dos Espíritos, cap. 6 – PERCEPÇÕES, SENSAÇÕES E SOFRIMENTOS DOS ESPÍRITOS – perguntas 237 em diante.
Sem dúvidas não possuímos inteligência que nos permita compreender a profundidade da essência espiritual ou do corpo perispiritual, no entanto possuímos uma base e não devemos reinventar a roda.
Embora Kardec não fale abertamente sobre muitos assuntos atuais, não é por isso que deixou de fornecer elementos que, se bem compreendidos, nos ajudam a entendê-los. É o que ocorre em relação à questão da alimentação e outras ações que dizem respeito exclusivamente à natureza animal (corpo físico).
Quando estamos encarnados, além de termos de suprir nossas necessidades morais e intelectuais, somos obrigados a suprir também as necessidades físicas. Quando deixamos a vida física, seja pelo sono, seja pela morte, tais necessidades não nos acompanham, pois pertencem única e exclusivamente ao corpo.
A confusão que se faz é que mesmo fora do corpo, conservamos a impressão deste que de certa forma repercute sobre nós e nos dá a sensação de que ainda necessitamos de coisas que fazem parte da vida material. No entanto, ter esta sensação não implica em necessidades reais e o Espírito pode então criar uma ilusão, mas isso somente para Espíritos que realmente dão maior importância para as questões materiais que às espirituais.
Principalmente após a separação da vida física, pela morte, o Espírito, pouco a pouco, recobra sua lucidez e a impressão do corpo físico desaparece. No caso de Espíritos mais ligados às questões materiais, essa impressão pode persistir por um tempo maior ou menor, de acordo com seu grau de evolução e é isso o que estudamos por “Perturbação Espírita” que, segundo os Espíritos, pode variar de alguns minutos a alguns milhares de séculos.
Mas o fato de se estar perturbado não equivale dizer que não há noção do seu estado. Perturbação Espírita significa adaptação na vida espírita. Companheiros costumam confundir perturbação espírita com ignorância da morte, ou seja, atribuem esse princípio a Espíritos que dizem não saber que morreram. Realmente existem Espíritos nestas condições, mas por quanto tempo? Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, cita que “é raro um Espírito que em torno de 8 a 10 dias mais ou menos não tenha noção do seu estado como Espírito”, ou seja, não saiba que morreu. É raro, e não corriqueiro como o querem alguns espíritas pelo movimento afora.
Quando o Espírito está livre da vida física, entrevê sua existência com outros olhos, ou seja, com outra percepção, independente do seu grau evolutivo. Naturalmente que se for um Espírito de maior evolução, tal percepção será ampliada na mesma proporção, mas independente de ser mais ou menos elevado, a visão que possui sobre as coisas, sob todos os aspectos, é muito diferente daquela que ele possuía quando em vida física, pois nesta, sua percepção se retinha no imediato, e na espiritualidade, abrange o infinito. Assim, é muito comum que deixemos de dar valor às coisas que julgamos mais importantes enquanto encarnados, assim como uma criança que briga por seu brinquedo e quando se torna adulto, vê a infantilidade das discussões criadas em torno de um simples objeto.
Se nos víssemos fora do corpo, possivelmente não nos reconheceríamos, pois quando no corpo, somos incitados a viver um personagem que desaparece quando estamos libertos, porque o personagem é imposição atribuída pelos laços físicos. Em Espírito, não possuímos mais personalidade, mas individualidade; deixamos de ser fulano ou ciclano, e voltamos a viver, não mais esse personagem, mas um Espírito individual e imortal, sem nome, sem raça, sem sexo.
Pode me perguntar: “Mas e quando vemos, lemos, ouvimos sobre Espíritos que se apresentam com as características da última existência? E esses Espíritos que se apresentam contando detalhes de sua vida, falando como pais, filhos, mães ou irmãos? Não apresentam aí uma personalidade?” Sim. Apresentam a personalidade com a qual foram solicitados. Mas se o chamássemos pelo personagem que ele foi a três encarnações passadas, ele tomaria então aquela forma e trejeitos, e nos atenderia de acordo com o personagem ao qual foi solicitado comparecer. O Espírito não possui identidade, mas pode assumir uma ou outra para melhor se identificar e geralmente conserva, após a morte, a aparência que teve na última existência. Mas ainda uma vez: essa aparência não é uma necessidade real, somente uma opção.
Voltemos às necessidades físicas.
Os espíritos não têm mais um corpo físico. Sem o corpo físico, estão livres das necessidades que este possuía: fome, sede, sono, sexo etc. Isso tudo fazia parte do corpo.
Ocorre que alguns Espíritos conservam estas necessidades, mas não podemos confundi-las com as necessidades reais, pois se fossem reais, seriam para todos e não estariam vinculadas ao grau evolutivo. Se a alimentação fosse uma necessidade do Espírito, teria que ser para todos e não somente para alguns, assim como aqui na Terra, bons e maus, justos e injustos, tem que comer. O mesmo para todas as outras necessidades. Alguns Espíritos, por sua condição moral e intelectual, podem conservar com maior intensidade os traços da vida física e criar A ILUSÃO de que ainda precisam se alimentar, mantendo a sensação da fome, mas ainda assim, não equivale dizer que se alimentarão. “Poxa vida… parece que aprendemos tudo ao contrário”, você pode me dizer. Não que seja ao contrário, mas que toda essa teoria é a apresentada por Allan Kardec que deve ser sempre nosso porto seguro. Foi ele, juntamente com os mais sérios Espíritos, que trouxeram toda essa teoria. “Mas então deixam que os Espíritos passem fome? Não dão o que comer a eles? Não é isso uma tremenda falta de caridade?” Bem, se realmente tais perguntas fizeram parte da sua mente, talvez você ainda não tenha compreendido a fundo a questão.
Os Espíritos não tem fome. É apenas uma sensação que passa e quanto mais demora a passar, maior é a prova desse Espírito. É o mesmo que pensar que os Espíritos faltam com a caridade por não acenderem a luz para aqueles que se veem na escuridão. A escuridão é um estado particular de cada um, uma provação dada a alguns Espíritos; mas a escuridão em si, tal como a vemos na Terra, não existe para o Espírito. Aqui temos o claro e o escuro, porque nossos olhos precisam da luz para poder enxergar. Na falta dela, não vemos nada.
O Espírito não possui olhos, assim como nós, pois os olhos são órgãos materiais. Conserva a forma, mas forma não equivale a dizer órgãos. Desse modo, o Espírito vê, não mais por órgãos localizados, mas em todo o seu ser. Não precisa mais da luz para ver e é por isso que pode ver até mesmo sobre corpos opacos. Se ele pensa estar na escuridão, essa é uma provação que lhe foi imposta e que deve cessar assim que cessar a causa que cria em seu ser tal ilusão, ou seja, é um estado particular.
O mesmo ocorre com a fome ou com outras necessidades. Não são as necessidades que ele possuía quando no corpo, mas a sensação destas necessidades. Essa sensação deverá desaparecer assim que o Espírito se libertar da impressão causada pelo corpo, o que dura um tempo maior ou menor de acordo com sua evolução e com o apego que este possuía em relação à vida material. Algo semelhante ocorre com pessoas que amputam um membro e que durante um tempo ainda sentem a presença do mesmo. O cérebro conservou a impressão.
O Espírito não possui cérebro, nem órgãos, mas um corpo perispiritual que lhe transmite sensações. Após deixar o corpo, assim como a pessoa com o membro amputado, conserva a impressão do corpo, mas é somente uma impressão e independente se possui fome, sede, frio, desejos sexuais, como não tem mais um corpo, não há o que saciar, pois estas sensações são físicas e não do Espírito. Assim como a pessoa com o membro amputado, que embora sinta coceira no membro que não existe mais, NÃO O PODERÁ COÇAR, o Espírito, embora sinta a resistência de algumas necessidades, não poderá supri-las, porque lhe falta o objeto principal, que é o corpo. Daí surgem para alguns tristes provações.
O que vemos no movimento espírita atual é uma inversão de valores. Querem que o Espírito seja lúcido no corpo e tolo como Espírito, quando o que ocorre é o oposto. Quando estamos encerrados na vida física, grande parte de nossas percepções são bloqueadas (ver questão 22ª de O Livro dos Espíritos) e somos incitados a viver o aqui e o agora. Como Espíritos, as coisas se passam de forma muito diferente.
Daí a importância de Allan Kardec em nossas vidas.
Muitos se dizem espíritas, mas não sabe sequer qual é a pergunta número 1 de O Livro dos Espíritos.
Deus abençoe os nossos passos.
Espírito Verdade

Fonte: Espirit Book. Por : Nilza Garcia 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

“PODEM A BENÇÃO OU A MALDIÇÃO ATRAIR O BEM OU O MAL SOBRE AQUELES QUE SÃO LANÇADAS?

R: Deus não escuta a maldição injusta e culpado perante Ele se torna o que o profere. Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por vontade de Deus como aumento da prova para aquele que é dela objeto. Demais, o que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a benção e a maldição podem desviar da
senda
da justiça a Providência, que nunca fere o maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a merece. (questão 557)
O ato de abençoar implica em desejar o bem de alguém. Assim como a oração, o alcance da benção depende de nosso envolvimento com ela, dos sentimentos que mobilizamos. O pai que, displicentemente, abençoa o filho, sem desviar a atenção do programa de televisão, não vai além das palavras. Já a mãe, que leva a criança ao leito, conversa com ela, conta-se uma história e a beija carinhosamente, põe a própria alma ao abençoá-la, envolvendo-a em poderosas vibrações de amor, com salutar repercussão em seu psiquismo.
Ao contrário da benção, amaldiçoar é desejar o mal de alguém. O fato de desejarmos que uma pessoa seja atropelada, não implicará, evidentemente, nesse funesto acontecimento. Não possuímos poderes para tanto, nem Deus o permitiria. Mas podemos perturbar nosso desafeto. À semelhança da benção, a maldição é um pensamento contundente, revestido de carga magnética deletéria, passível de provocar-lhe reações adversas, como nervosismo, tensão, irritabilidade, mal-estar. Se, porém, o amaldiçoado é uma pessoa bem ajustada, moral ilibada, idéias positivas, sentimentos nobres, nada lhe acontecerá. Simplesmente não haverá receptividade para nossa vibração maldosa. O "olho gordo", o "mal olhado", o "mal fluido", ou como queiramos chamar, é repelido ou aceito dependendo de nós. Nós somos o nosso próprio amuleto. Bênçãos e maldições são como bumerangues, que retornam às nossas mãos quando os atiramos. Se amaldiçoamos alguém, odientos, o mal que lhe desejamos volta invariavelmente para nós, precipitando-nos em perturbações e desequilíbrios. Somos vitimados por nosso próprio veneno. Em contrapartida, aquele que abençoa alimenta-se de bênçãos, neutralizando até mesmo vibrações negativas de eventuais desafetos da Terra ou do além. Certamente, em inúmeras circunstâncias, inspiramos antipatia em pessoas que cruzam nosso caminho. Impossível agradar a todos. Tudo que podemos desejar é que isso jamais ocorra em função de uma omissão ou iniciativa infeliz de nossa parte.

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
Por Richard Simonetti

“SÃO AS VÍTIMAS DA INQUISIÇÃO, HOJE REENCARNADAS AS RESPONSÁVEIS PELOS CONFLITOS ATUAIS NO MUNDO? ”

Vem da Idade Média o ódio de povos de várias nacionalidades, seitas e crenças religiosas contra os cristãos. E quem são os responsáveis por tudo isso? De acordo com Manoel Philomeno de Miranda, no livro “Transição Planetária”, somos nós mesmos, quando, no passado, nos autoproclamando “cristãos”, seguidores da Doutrina de Jesus, cometemos inumeráveis atrocidades contra o próximo, sob a acusação de hereges.
Vejamos alguns trechos do Capítulo 17 do livro citado:
“Em nome de Jesus, vinculamo-nos ao poder imperial, deixamos de ser perseguidos para nos tornarmos perseguidores, abandonamos a humildade, sob os mantos do orgulho e da soberba… Encontramos meios de afastar os inimigos aos quais deveríamos amar, os antipatizantes que pensávamos conquistar, os equivocados que nos cabia esclarecer, e demos início às aventuras da loucura, criando as Cruzadas, os Tribunais do Santo Ofício, as perseguições inclementes aos mouros e judeus, a todos aqueles que não compartilhavam das nossas ideias, afundando-nos no abismo das aberrações mais desastrosas. “
“E martirizamos milhares de trabalhadores de Jesus nos mais diversos setores do pensamento e dos ideais, somente porque não se submetiam ao talante das nossas equivocadas determinações.”
“Na península ibérica, por exemplo, seguindo os exemplos terríveis de outros países, em nome da hegemonia católica e da fidelidade ao papa, utilizamo-nos de recursos ignóbeis para permanecermos em domínio político, religioso e cultural da sociedade, expulsando das formosas terras aqueles que chamávamos de hereges, somente porque não aceitavam o nosso Jesus. Naturalmente não O aceitavam em razão dos nossos exemplos de anticristianismo, de perversidade e de presunção com que nos vestimos para representá-lo, quando Ele se deixou dominar pelo amor, pela compaixão, pela misericórdia, pelo perdão…”
“E atualmente, o que ocorre? Não nos fazem recordar os comportamentos cavilosos a que nos entregamos no passado? É compreensível, portanto, que sejamos alvos que desejam atingir, em razão do mal que lhes fizemos, quando tivemos ensejo de ajudá-los a sair das deploráveis situações em que se demoravam. Os seus sentimentos inamistosos defluem dos ressentimentos que mantêm desde aqueles já recuados tempos, embora ainda vivos nas carnes das suas almas, que anelam por desforço e paz, que não têm ideia sequer, pensando que ela virá após atenderem a sede de vingança a que se entregam.”
“Lares e vidas foram destroçados, santuários de fé e educandários religiosos foram praticamente destruídos e a fúria da malta ensandecida, após incendiar as cidades e perseguir os sobreviventes, hasteou a bandeira da vitória onde antes tremulava a muçulmana…”
“Expulsos também os judeus, as suas sinagogas, seus lares foram destruídos, suas vidas tornadas banais e vendidas a peso de ouro, a fim de poderem permanecer depois da apostasia das doutrinas a que se vinculavam anteriormente, mudando os antigos nomes para aqueles que seriam denominados como cristãos. “
A fim de arrancar-se a confissão do infiel, eram usados todos os meios bárbaros concebíveis, incluindo-se o empalamento, a roda, a tortura da polé, e tudo quanto de hediondo a mente humana pode conceber quando enlouquecida. As mulheres eram violadas, as crianças assassinadas ou vendidas como escravas, separadas para sempre dos seus pais, os homens válidos eram igualmente vendidos, os idosos e doentes vilmente mortos após suplícios extenuantes… E dizíamos que assim nos comportávamos em nome de Jesus e de Sua doutrina…”

Fernando Rossit- Kardec Rio Preto

“BRUNA ANDRESSA”- UM SUICÍDIO “AO VIVO”, A AGONIA DE SEUS PAIS."

A jovem Bruna Andressa Borges, de 19 anos, se suicidou e transmitiu ao vivo o ato na tarde do dia 26 de julho de 2017 na casa de seus pais, na Vila Militar do bairro Bosque, em Rio Branco, Acre. O vídeo foi transmitido através do Instagram para 286 seguidores. Bruna era estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac). Antes de se enforcar também publicou mensagens no Facebook. “Já fui abandonada e julgada pela pessoa que achei que seria minha melhor amiga, a pessoa que amei me humilhou e riu da minha cara, me chamou de ridícula. Talvez eu seja, mas não pretendo continuar perguntando para saber”, escreveu. 
Os pais de Bruna foram encontrados mortos dois dias depois em casa. Os corpos do subtenente Márcio Augusto de Brito Borges, de 45 anos, e da esposa, a ex-sargento Claudineia da Silva Borges, 39, estavam na casa onde moravam, na Vila Militar. As informações da perícia dão conta de que o casal foi encontrado no mesmo local em que sua filha Bruna cometera suicídio dois dias antes. 
Há 7 anos uma jovem de 15 anos suicidou-se com um tiro de revolver, dentro de uma escola, em Curitiba. Não houve grito nem pedido de socorro. Em silêncio, ela entrou no banheiro e se trancou em uma das cinco cabines. Sentada sobre o vaso sanitário, disparou contra a boca. Três meses antes da tragédia, a jovem procurou os pais e pediu para que eles a levassem a um psicólogo. Dizia sentir-se triste e desmotivada. O pai passou a pegá-la na aula de pintura e levá-la, semanalmente, a um psiquiatra. No inquérito policial sobre o suicídio, apurou-se que ela tomava benzodiazepínicos (soníferos) para dormir, e outros medicamentos para controlar a ansiedade que sentia. 
Diante dos dilemas acima indagamos: Como os pais podem proteger os filhos dos desequilíbrios emocionais que assolam a juventude de hoje? Obviamente, precisam estar atentos. Interpretar qualquer tentativa ou prenúncio de potencial suicídio como sinal de alerta. O ideal é procurar ajuda especializada de um psicólogo e, para os pais espíritas, os recursos terapêuticos dos centros espíritas. Aproximar-se com mais afinco do filho que apresenta sinais fortes de introspecção ou depressão. O isolamento e o desamparo podem terminar com aguda depressão e ódio da vida.
É evidente que sugerir serem os pais os únicos responsáveis pelo autocídio de um filho é algo muito delicado e preocupante, pois trata-se um ato pessoal de extremo desequilíbrio da personalidade, gerado por circunstâncias atuais ou por reminiscências de existências passadas. Se há culpa dos pais, atribui-se à negligência, à desatenção, a não perceber as mudanças no comportamento do filho e a tudo que acontece à sua volta. Sobre isso, estamos convictos de que a sociedade como um todo é igualmente culpada. Antes de colocar o fardo da culpa nos pais em primeiro lugar, reflitamos: quem pode controlar a pressão psicológica que uma montanha de apelos vazios faz na cabeça dos jovens diariamente?
O suicídio é um ato exclusivamente humano e está presente em todas as culturas. Suas matrizes causais são numerosas e complexas. Os determinantes do suicídio patológico estão nas perturbações mentais, depressões graves, melancolias, desequilíbrios emocionais, delírios crônicos etc. Algumas pessoas nascem com certas desordens psíquicas, tal como a esquizofrenia e o alcoolismo, o que aumenta o risco de suicídio. Há os processos depressivos, em que existem perdas de energia vital no organismo, desvitalizando-o, e, consequentemente, interferindo em todo o mecanismo imunológico da pessoa. 
A religião, a moral e todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas asseveram que ninguém tem o direito de abreviar, voluntariamente, a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta somente por constituir infração de uma lei moral - consideração esta de pouco peso para certos indivíduos –, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica. Antes, o contrário, é o que se dá com eles na existência espiritual após esse ato tão insano. 
A rigor, não existe pessoa "fraca", a ponto de não suportar um problema, por julgá-lo superior às suas forças. O que de fato ocorre é que essa criatura não sabe como mobilizar a sua vontade própria e enfrentar os desafios. Na Terra, é preciso ter tranquilidade para viver, até porque não há tormentos e problemas que durem uma eternidade. Recordemos que Jesus nos assegurou que "O Pai não dá fardos mais pesados que nossos ombros" e "aquele que perseverar até o fim, será salvo". [1]

Fonte: Gazeta Espírita. Por: Jorge Hessen

Referência bibliográfica:

(1) Mt. 24,1

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

“O DESTINO ESPIRITUAL DO BRASIL”

Jesus, utilizando-se de uma parábola, como sempre fazia para nos ensinar em sua incomparável pedagogia, disse à multidão, emocionada com suas palavras:
— “Portanto vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos” (1).
O evangelista Mateus informa, nessa “parábola dos trabalhadores maus”, que “os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo isso, entenderam que era a respeito deles que Jesus falava, e, conquanto buscassem prendê-lo, temeram as multidões, porque estas o consideravam como profeta” (2).
O Espírito Humberto de Campos, em 1938, escreveu, por intermédio da psicografia sublimada de Chico Xavier, o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, mostrando a missão da nossa pátria e informando que o reino de Deus foi retirado daquele povo e entregue ao povo brasileiro. Esse o destino espiritual do Brasil. Diz ele: “Jesus transplantou da Palestina para a região do Cruzeiro a árvore magnânima do seu Evangelho” (3).
Dos livros de Humberto de Campos, Espírito, Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, é o único que possui prefácio do amoroso e sábio Emmanuel; os demais, ele mesmo os prefaciou.
Emmanuel, nesse prefácio, esclarece: “Este trabalho se destina a explicar a missão da terra brasileira no mundo moderno. Humboldt, visitando o vale extenso do Amazonas, exclamou, extasiado, que ali se encontrava o celeiro do mundo. O grande cientista asseverou uma grande verdade: precisamos, porém, desdobrá-la, estendendo-a do seu sentido econômico a sua significação espiritual. O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro”.
Ismael é o guia espiritual do Brasil e encarregado por Jesus de instituir em nossa pátria a obra do Evangelho. Ismael foi filho de Abraão com Agar, sua serva (4). Espírito missionário do orbe da Capela, que renunciou às alegrias de suas conquistas reencarnando na Terra para ajudar os exilados de seu planeta, em suas trajetórias de sofrimento (5). Certa vez, indagaram a Chico Xavier: “Como se processam os encontros, nas esferas resplandecentes da Espiritualidade, de Emmanuel com Ismael? Qual a postura do admirável Espírito do ex-senador romano, diante da também luminosa entidade a quem confiou Jesus os destinos do Brasil?”. Ao que o médium respondeu, de forma curta, serena e firme: — “De joelhos!”.
Emmanuel, “Espírito santificado”, assim denominado nesse livro por Humberto de Campos (6). Integrante da equipe de colaboradores devotados a Ismael, como padre jesuíta, Manuel da Nóbrega veio para o Brasil, em 1543, com Tomé de Souza, o primeiro governador-geral da colônia. Foi nomeado por D. João III, rei de Portugal, como o primeiro secretário de Educação, com a incumbência de formar um sistema de ensino público e gratuito, como também de catequizar os brasileiros (7). Escreveu o primeiro livro que tivemos em nossas terras: Cartas do Brasil (8).
Continua Emmanuel falando sobre o livro: “Nossa tarefa visa a esclarecer o ambiente geral do País, argamassando as suas tradições de fraternidade com o cimento das verdades puras, porque se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora preeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento, no relógio que marca os dias da evolução da humanidade”.
Esse livro foi escrito em 1938. O cenário do Brasil e do mundo eram os piores possíveis. Naquele ano, haveria eleição no Brasil para a presidência da república, como ocorre agora, em 2014; entretanto, houve um golpe de Estado, instituindo-se o “Estado Novo”, com a continuidade do governo de Getúlio Vargas, que já ocupava o cargo há oito anos. O mundo estava coberto por uma nuvem pestilenta, prenunciando uma nova guerra mundial, o que se deu um ano depois, em 1939.
Daquele tempo para os dias de hoje, quanto progresso houve em nosso país e em todo o mundo. Nós sabemos que ainda existem muitos problemas para resolver, porém, eles são necessários ao nosso aprendizado. A vida é uma escola e, assim como na escola, temos que passar por provas. Se não suportamos os atritos como poderemos nos tornar polidos? Sem ser polidos, como poderemos brilhar? A cana só libera o açúcar quando passa na moenda.
Confiemos em Deus, neste momento de transição em que o Brasil passa por nova escolha de direção governamental. Estejamos irmanados numa doce aliança de fraternidade e paz indestrutíveis, com a certeza de que “todas as realizações são feitas com a luminosa sanção de Jesus, antes de se fixarem nos bastidores do poder transitório e precário dos homens!”.
Muita paz!
Fonte:  Correio Espírita. Por: Itair Ferreira
Notas bibliográficas
A Bíblia Sagrada – Tradução de João Ferreira de Almeida – Mateus, 21: 43.
A Bíblia Sagrada – Tradução de João Ferreira de Almeida – Mateus, 21:45 e 46.
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho – Humberto de Campos – Francisco Cândido Xavier – Esclarecendo – FEB – 31ª edição.
Crônicas de Além Túmulo – Humberto de Campos – Francisco Cândido Xavier – FEB – 9ª edição – página 123.
Universo e Vida – FEB – Universo e Vida – Pelo Espírito Áureo – Hernani T. Santana.
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho – Humberto de Campos – Francisco Cândido Xavier – Esclarecendo – FEB – 31ª edição – página 45.
História da Educação – Thomas Ransom Giles – página 285.

Amor e Sabedoria de Emmanuel – Clóvis Tavares – IDE – 6ª edição – suíte fotográfico.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...