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sábado, 16 de setembro de 2017

“VAMPIRISMO, COMO OS ESPÍRITOS OBSESSORES SUGAM A ENERGIA VITAL DE ENCARNADOS, DESENCADEANDO O APARECIMENTO DE ALGUMAS ENFERMIDADES. ”

A simbiose prejudicial é conhecida como parasitose mental. Esse processo é tão antigo como o próprio homem. Após a morte, os espíritos continuam a disputar afeição e riquezas com os que permanecem na carne ou arruam empreitadas de vingança e violência contra eles. Na parasitose mental temos o vampirismo. Por esse processo, os desencarnados sugam a vitalidade dos encarnados, podendo determinar nos hospedeiros doenças das mais variadas e até mesmo a morte prematura. Para o mundo espiritual, “vampiro é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”.
O médico desencarnado Dias da Cruz lembra que “toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva”. E explica a técnica utilizada pelos espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose. Por ação do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário, que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujeito, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.
SUGANDO AS ENERGIAS
Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, tomam conta de suas zonas motoras e sensoriais, inclusive os centros cerebrais (linguagem e sensibilidade, memória e percepção), dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano. Criam, assim, doenças fantasmas de todos os tipos, mas causam também degeneração dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte. Entre essas doenças, Dias da Cruz afirma que “podemos encontrar desde a neurastenia até a loucura complexa e do distúrbio gástrico à raríssima afemia estudada por Broca”.
Relaciona ainda outras moléstias: “pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral. Através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como são as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”.
Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz se refere a um caso interessante de um homem desencarnado e uma mulher encarnada que vivem em regime de escravidão mútua, nutrindo-se da emanação um do outro. Ela busca ajuda na sessão do trabalho desobsessivo realizado por um centro espírita e, com o concurso de entidades abnegadas, consegue o afastamento momentâneo do espírito obsessor. Bastou, porém, que o espírito fosse retirado para que ela o fosse procurar, reclamando sua presença. Há muitos casos em que o encarnado julga querer o reajustamento, porém, no íntimo, alimenta-se dos fluidos doentios do companheiro desencarnado e se apega a ele instintivamente.
Em Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve cenas de vampirismo em uma enfermaria de hospital. “Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”, afirma. E confessa que os quadros lhe traziam grande mal-estar.
VAMPIRISMO COM REPERCUSSÕES ORGÂNICAS
Na possessão, temos um grau mais avançado de atuação do espírito obsessor, constrangendo de forma quase absoluta a ação do obsediado. Kardec a compreendeu como “uma substituição, posto que parcial, de um espírito errante a um encarnado”. Como se trata de um grau mais avançado de vampirismo, as patologias orgânicas estão sempre presentes.
Dentro desse item de vampirismo com repercussões orgânicas, destacamos os casos de epilepsia e obsessão, como por exemplo no livro Nos Domínios da Mediunidade, caso Pedro. Analisando essa casuística, constatamos que a possessão tem características e mecanismos diversos. No caso Pedro-Camilo, instalou-se ao longo de 20 anos sob a atuação de um único obsessor. Durante esse período, o quimismo espiritual ou a fisiologia do perispírito se desequilibrou e, consequentemente, desencadeou distúrbios orgânicos, entre os quais a ameaça de amolecimento cerebral.
No caso Margarida, estabeleceu-se mais efetivamente em dez dias, com organização técnica competente e atuação de uma falange composta de, aproximadamente, 60 obsessores, entre os quais dois hipnotizadores e dezenas de parasitas ovoides, decretando a falência orgânica quase total em virtude do controle do sistema endócrino, da pressão sanguínea e de funções importantes da economia orgânica.
INFECÇÕES FLUÍDICAS
Da mesma maneira como existem infecções orgânicas, acontecem também as fluídicas, resultantes do desequilíbrio mental.
O instrutor Aniceto, em conversa com André Luiz, argumenta que “se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas”.
Os homens não têm preparo quase nenhum para a vida espiritual. Em geral, não têm á mínima idéia de que “a cólera, a intemperança, os desvarios do sexo e as viciações de vários matizes formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima”.
E cada uma dessas viciações da personalidade produz as larvas mentais que lhe são consequentes, contaminando o meio ambiente onde quer que o responsável pela sua produção circule ou estagie. Elas não têm forma esférica, nem são do tipo bastonete, como as bactérias biológicas, mas formam colônias densas e terríveis. E tal qual acontece no plano físico, o contágio também pode se verificar na esfera psíquica.
Na condição de parasitismo mental, as larvas servem de alimento habitual, porque são portadoras de vigoroso magnetismo animal.
Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância ainda encarnados como erva daninha aos galhos das árvores e sugar-lhes a substância vital.
SUBSTÂNCIAS PARA DOMINAR O PENSAMENTO
Dentro do estudo a que nos propomos, temos de considerar também a produção dos espíritos inferiores desencarnados. As ´substâncias” destrutivas produzidas dentro do quimismo que lhes é próprio atingem os pontos vulneráveis de suas vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatinas e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos dó tálamo, no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, em absoluto primitivismo nas linhas da natureza. Os obsessores tomam conta dos neurônios do hipotálamo, “acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações e produzindo nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático”.
Temos aí um intrincado processo de vampirismo, que leva as vítimas ao medo, à guerra nervosa, alterando-lhes a mente e o corpo. É possível compreender, assim, os casos de possessos relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas quando os espíritos inferiores que os subjugavam foram retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.
Por enquanto, os médicos estão às voltas com a extensa variedade de microorganismos patogênicos que devem combater diuturnamente. Mas, no futuro, “a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alivio, mas no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito”.
Marlene Rossi Severino Nobre

Associação Médico-Espírita do Brasil.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

“O CÃO SENSITIVO”

O senhor J. F. Young comunica o incidente que segue e que lhe é pessoal: “New Road, Lanelly, 13 de novembro de 1904. Possuo um cão fox-terrier de cinco anos e que eu mesmo vi crescer. Sempre gostei muito dos animais, principalmente dos cães. Este de quem falo retribui enormemente meu afeto, tanto que não posso ir a lugar nenhum, nem sequer deixar meu quarto, sem que ele me siga constantemente. É um tremendo caçador de ratos; como a despensa é às vezes frequentada por esses roedores, coloquei ali uma caminha, bastante confortável, para Fido. No mesmo cômodo havia uma fornalha, onde foi incorporado um forno para assar pães, assim como uma caldeira para a roupa, munida de um tubo que desemboca na chaminé. À noite, nunca deixei de acompanhar o cachorro até sua cama antes de me deitar.
Eu já tinha me trocado e ia dormir, quando, de repente, fui invadido pela inexplicável sensação de um perigo iminente. não podia pensar em outra coisa que não fosse fogo, e a impressão foi tão forte que acabei por me entregar a ela. Eu me vesti novamente, desci e me pus a vasculhar cada cômodo do apartamento, a fim de me assegurar de que tudo estava bem e em ordem. Ao chegar à cozinha, não vi Fido; supondo que ele poderia ter saído dali para ir ao andar superior, eu o chamei em vão. Fui imediatamente à casa de minha cunhada para saber se ela tinha alguma novidade; porém, ela não sabia de nada.
Comecei a me preocupar. Voltei imediatamente para a despensa e chamei inúmeras vezes o cão, embora inutilmente como sempre. Não conseguia imaginar o que podia ter acontecido. De repente, dei-me conta de que, se tinha algo que faria o cão responder, era com certeza a frase “Vamos passear, Fido!”, convite que o fazia vibrar de felicidade. Eu então a pronunciei e uma queixa contida, como que atenuada pela distância, chegou dessa vez até meus ouvidos. Eu recomecei e ouvi distintamente a queixa de um cão em apuros. Tive tempo para me certificar de que o barulho vinha de dentro do tubo que ligava a caldeira à chaminé. Não sabia como fazer para retirar o cão dali; os minutos eram preciosos e sua vida estava em perigo. Peguei uma enxada e comecei a romper a muralha naquele ponto. Finalmente consegui, com bastante dificuldade, tirar Fido dali, meio sufocado, aturdido pelos esforços de vômito, com a língua e o corpo completamente pretos de fuligem. Se tivesse demorado alguns minutos a mais, meu querido cão estaria morto; e como utilizávamos raramente a caldeira, provavelmente não teria conhecido o desfecho de sua história.
Minha cunhada foi atraída pelo barulho; juntos, descobrimos um ninho de ratos dentro da fornalha, ao lado do tubo. Fido, logicamente, tinha perseguido um rato dentro do tubo, de tal maneira que não pôde se virar e sair de lá de dentro. Tudo isto se passou há alguns meses e foi, então, publicado na imprensa local. Mas jamais teria pensado em comunicar o fato a esta Sociedade se não tivesse se produzido, ente estes fatos, o caso do senhor Henry Rider Haggard.” – J. F. Young
A senhorita E. Bennett, cunhada do signatário, confirmou o relato de seu parente.
Para outras informações sobre este episódio, remeto o leitor ao Journal of the S. P. R., vol. XI, pág. 323.
Este caso de telepatia por “impressão” difere sensivelmente daqueles que o precedem e onde o traço característico essencial de impulso telepático consistia na percepção exata de um chamado emanado de um animal em apuros e da localização intuitiva do local onde o animal se encontrava. Aqui, ao contrário, a impressão que acomete o receptor lhe sugere a idéia de um perigo iminente relacionado ao fogo. Entretanto, a impressão é forte o bastante para levá-lo a se vestir com toda pressa e ir inspecionar a casa; de modo que, ao chegar à cozinha e perceber a ausência do cão, ele o chama, procura por ele e o salva. Segue daí que, neste caso, a mensagem telepática se realiza de maneira imperfeita, adquirindo uma forma simbólica – o que não diminui em nada seu valor intrínseco, posto que esta circunstância não constitui de forma alguma uma dificuldade teórica.
Sabe-se que as manifestações telepáticas, na sua passagem do subconsciente para o consciente, seguem “a via de menor resistência”, condicionada pelas idiossincrasias específicas do receptor. Elas consistem principalmente no “tipo sensorial” do percipiente(visual, auditivo, motor, etc.) e, em seguida, nas condições dos meios em que ele vive (hábitos, repetição dos mesmos incidentes na vida cotidiana).
Resulta disso que, quando o impulso telepático não consegue se realizar na forma mais direta, ele se transforma numa modalidade de percepção indireta ou simbólica que traduz com maior ou menor fidelidade o pensamento do agente telepatizante, mas permanecendo como sempre relacionado com o pensamento do agente em questão. Assim sendo, deveríamos dizer que, no caso que examinamos, o chamado ansioso do cão em apuros tinha certamente conseguido impressionar o subconsciente do percipiente, mas, para atingir seu consciente, ele deve ter perdido grande parte de sua nitidez, transformando-se numa vaga impressão de perigo iminente relacionado com o fogo, o que correspondia, mais uma vez à realidade, posto que o animal se encontrava efetivamente preso e em risco de morte por asfixia no tubo da fornalha.

Fonte: Journal of the S. P. R. (vol. XI, pág. 323).

"O QUE OS ESPÍRITOS SÃO CAPAZES DE FAZER."

Conhecemos seis irmãs que moravam juntas e que, durante muitos anos, todas as manhãs encontravam suas roupas espalhadas, rasgadas e cortadas em pedaços, por mais que tomassem a precaução de guardá-las à chave. A muitas pessoas tem acontecido que, estando deitadas, mas completamente acordadas, lhes sacudam os cortinados da cama, tirem com violência ascobertas, levantem os travesseiros e mesmo as joguem fora do leito. Fatos destes são muito mais freqüentes do que se pensa; porém, as mais das vezes, os que deles são vítimas nada ousam dizer, de medo do ridículo. Somos sabedores de que, por causa desses fatos, se tem pretendido curar, como atacados de alucinações, alguns indivíduos, submetendo-as ao tratamento a que se sujeitam os alienados, o que os torna realmente loucos.
A Medicina não pode compreender estas coisas, por não admitir, entre as causas que as determinam, senão o elemento material; donde, erros freqüentemente funestos. A história descreverá um dia certos tratamentos em uso no século dezenove, como se narram hoje certos processos de cura da Idade Média.
Perguntado aos Espíritos o motivo que acontecia isso. Eles responderam: "A Língua". Essas Irmãs costumavam falar muito mal das outras pessoas, fazendo "Fofocas" de mau gosto...
Admitimos perfeitamente que alguns casos são obra da malícia ou da malvadez. Porém, se tudo bem averiguado, provado ficar que não resultam da ação do homem, dever-se-á convir em que são obra, ou do diabo, como dirão uns, ou dos Espíritos, como dizemos nós. Mas de que Espíritos?
São provocados os fenômenos de que acabamos de falar.
Sucede, porém, às vezes, produzirem-se espontaneamente, sem intervenção da vontade, até mesmo contra a vontade, pois que frequentemente se tornam muito importunos. Além disso, para excluir a suposição de que possam ser efeito de imaginação sobre-excitada pelas ideias Espíritas, há a circunstância de que se produzem entre pessoas que nunca ouviram falar disso e exatamente quando menos por semelhante coisa esperavam.
Tais fenômenos, a que se poderia dar o nome de Espiritismo prático natural, são muito importantes, por não permitirem a suspeita de conivência.
Por isso mesmo, recomendamos às pessoas que se ocupam com os fatos Espíritas que registrem todos os desse gênero, que lhes cheguem ao conhecimento, mas, sobretudo, que lhes verifiquem cuidadosamente a realidade, mediante pormenorizado estudo das circunstâncias, a fim de adquirirem a certeza de que não são joguetes de uma ilusão ou de uma mistificação.
De todas as manifestações espíritas, as mais simples e mais frequentes são os ruídos e as pancadas. Neste caso, principalmente, é que se deve temer a ilusão, porquanto uma infinidade de causas naturais pode produzi-los: o vento que sibila ou que agita um objeto, um corpo que se move por si mesmo sem que ninguém perceba, um efeito acústico, um animal escondido, um inseto etc., até mesmo a malícia dos brincalhões de
mau gosto.
Aliás, os ruídos espíritas apresentam um caráter especial, revelando intensidade e timbre muito variados, que os tornam facilmente reconhecíveis e não permitem sejam confundidos com os estalidos da madeira, com as crepitações do fogo ou com o tique-taque monótono do relógio.
São pancadas secas, ora surdas, fracas e leves, ora claras, distintas, às vezes retumbantes, que mudam de lugar e se repetem sem nenhuma regularidade mecânica.
De todos os meios de verificação, o mais eficaz, o que não pode deixar dúvida quanto à origem do fenômeno é a obediência deste à vontade de quem o observa. Se as pancadas se fizerem ouvir num lugar determinado, se responderem, pelo seu número, ou pela sua intensidade, ao pensamento, não se lhes pode deixar de reconhecer uma causa inteligente.
Todavia, a falta de obediência nem sempre constitui prova em contrário.
Admitamos agora que, por uma comprovação minuciosa, se adquira a certeza de que os ruídos, ou outros efeitos quaisquer, são manifestações reais: será racional que se lhes tenha medo? Não, decerto; porquanto, em caso algum, nenhum perigo haverá nelas. Só os que se persuadem de que é o diabo que as produz podem ser por elas abalados de modo deplorável, como o são as crianças a quem se mete medo com o lobisomem ou o
papão.
Essas manifestações tomam, às vezes, forçoso é convir, proporções e persistências desagradáveis, causando aos que as experimentam o desejo muito natural de se verem livres delas. A este propósito, uma explicação se faz necessária.
Dissemos atrás que as manifestações físicas têm por fim chamar-nos a atenção para alguma coisa e convencer-nos da presença de uma força superior ao homem. Também dissemos que os Espíritos elevados não se ocupam com esta ordem de manifestações; que se servem dos Espíritos inferiores para produzi-las, como nos utilizamos dos nossos serviçais para os trabalhos pesados, e isso com o fim que vamos indicar.
Alcançado esse fim, cessa a manifestação material, por desnecessária.
Um ou dois exemplos farão melhor compreender a coisa.

89. Tais fatos assumem, não raro, o caráter de verdadeiras perseguições. O Livro dos Médiuns » Segunda parte - Das manifestações espíritas » Capítulo V - Das manifestações físicas espontâneas » Ruídos, barulhos e perturbações »

"AS PROFECIAS DE JESUS PARA OS DIAS ATUAIS."

Após a desencarnação dos primeiros mártires cristãos - entre eles Lívia, esposa de Publius Lentulus (Emmanuel) e Simeão...Emmanuel relata a mensagem profética que eles receberam de Jesus.

cap. 6 - ALVORADAS DO REINO DO SENHOR
Há dois mil anos… — Emmanuel/Chico Xavier — 2ª Parte

"...todos os Espíritos, reunidos naquela paisagem luminosa, se prepararam para receber a visita do Senhor...
Num dia de rara e indefinível beleza,...descia o Cordeiro de Deus da Esfera superior de suas glórias sublimes e, tomando a palavra naquele cenáculo de maravilhas, recordava as suas inesquecíveis pregações junto às águas tranquilas do pequeno “mar” da Galileia.
De modo algum se poderia traduzir fielmente, na Terra, a beleza nova da sua palavra eterna, substância de todo o amor, de toda a verdade e de toda a vida, mas constitui para nós um dever, neste escorço, lembrar a sua ilimitada sabedoria, ousando reproduzir, imperfeitamente. E de leve, a essência de sua lição divina naquele momento inesquecível.
...A palavra do Mestre derramava-se no ádito das almas, com sonoridades profundas e misteriosas, enquanto de seus olhos vinha a mesma vibração de misericórdia e de serena majestade:
“...QUANDO A ESCURIDÃO SE FIZER MAIS PROFUNDA nos corações da Terra, determinando a utilização de todos os PROGRESSOS HUMANOS PARA O EXTERMÍNIO, para a miséria e para a morte, derramarei minha luz sobre toda a carne e todos os que vibrarem com o meu reino e confiarem nas minhas promessas, ouvirão as nossas vozes e apelos santificadores!…
“Pela sabedoria e pela verdade, dentro das suaves revelações do CONSOLADOR, meu verbo se manifestará novamente no mundo, para as criaturas desnorteadas no caminho escabroso, através de vossas lições, que se perpetuarão nas páginas imensas dos séculos do porvir!…
“Sim! amados meus, porque O DIA CHEGARÁ no qual todas as mentiras humanas hão-de ser confundidas pela claridade das revelações do Céu. UM SOPRO PODEROSO DE VERDADE E VIDA VARRERÁ TODA A TERRA, QUE PAGARÁ, ENTÃO, À EVOLUÇÃO DOS SEUS INSTITUTOS, OS MAIS PESADOS TRIBUTOS DE SOFRIMENTOS E DE SANGUE… Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o PRÓPRIO PLANETA PROTESTARÁ CONTRA A IMPENITÊNCIA DOS HOMENS, RASGANDO AS ENTRANHAS EM DOLOROSOS CATACLISMOS… As impiedades terrestres formarão pesadas NUVENS DE DOR QUE REBENTARÃO, no instante oportuno, em TEMPESTADES DE LÁGRIMAS NA FACE ESCURA DA TERRA e, então, das claridades de minha misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus emissários: “Ó JERUSALÉM, JERUSALÉM!…” (Mt)
“Mas NOSSO PAI, que é a sagrada expressão de todo o amor e sabedoria, NÃO QUER SE PERCA UMA SÓ DE SUAS CRIATURAS, transviadas nas tenebrosas sendas da impiedade!…
“Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, REORGANIZAREMOS TODOS OS ELEMENTOS DESTRUÍDOS, examinaremos detidamente todas as RUÍNAS BUSCANDO O MATERIAL PASSÍVEL DE NOVO APROVEITAMENTO e, quando as instituições terrestres REAJUSTAREM A SUA VIDA NA FRATERNIDADE E NO BEM, NA PAZ e na justiça, depois da SELEÇÃO NATURAL DOS ESPÍRITOS E DENTRO DAS CONVULSÕES RENOVADORAS DA VIDA PLANETÁRIA, organizaremos para o mundo um NOVO CICLO EVOLUTIVO, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos do homem espiritual.”

Espiritismo e Evolução

“FURACÃO IRMA : CAUSAS ESPIRITUAIS DAS ENCHENTES, TERREMOTOS, TUFÕES, etc..”

Explica Richard Simonetti : Seriam casuais os flagelos devastadores, como tufões, tempestades, nevascas, secas, enchentes, etc? Para o materialista, certamente. Mas o religioso, que concebe a onisciência e onipotência de Deus, não pode desenvolver semelhante raciocínio, que equivaleria ao reconhecimento de que a Natureza escapa ao comando divino. Ele controla os fenômenos naturais, contando com a participação de seus prepostos. Como explica os espíritos na questão 737 do O livro dos Espíritos, os flagelos destruidores beneficiam fisicamente o planeta, principalmente na renovação de sua atmosfera, mas, sobretudo, impõem um agitar das consciências humanas, tanto para aqueles que desencarnam em circunstâncias dolorosas e traumáticas, quanto para os que colhem as consequências da devastação ocasionada. Experiências assim representam a oportunidade de resgate de seus débitos do pretérito, ao mesmo tempo em que fazem sua iniciação nos domínios da solidariedade. As vítimas das grandes calamidades tornam-se menos envolvidas com as ilusões, mais dispostas a ajudar o semelhante, após sentirem na própria carne a dor que aflige seus irmãos. A Lei de Destruição funciona, também, para conter os impulsos desajustados da criatura humana (com a Natureza, com o corpo físico, etc.). Oportuno recordar que determinados surtos de progresso para a humanidade são marcados por flagelos terríveis que dizimam populações imensas. (...) Exemplo típico foi a Peste Negra, no século XIV, enfermidade mortal provocada por um bacilo que se instalava nos aparelhos digestivo e circulatório, eliminando suas vítimas em poucos dias. Disseminada pelo Oriente e pela Europa, exterminou perto de vinte e cinco milhões de pessoas, em plena Idade Média, um período de obscurantismo, em que a civilização ocidental parecia imersa em trevas. No entanto, após a Peste Negra floresceu o Renascimento, um abençoado sopro de renovação cultural e artística, como o alvorecer de radioso dia precedido de devastadora tempestade noturna.
Observação de Rudymara: Há tragédia que não há quem culpar diretamente. Os terremotos, por exemplo, são fenômenos naturais. As chuvas abundantes no Brasil também são naturais, entretanto, o impedimento da água ir embora quando chega ao solo ocorre pelo erro humano de juntar lixo nos bueiros, além da gestão pública não planejar o escoamento de grandes cidades como São Paulo.
No caso de Angra dos Reis em 2010, e no Rio de Janeiro em 2011, a situação era evitável. O homem, por não ter onde morar arrisca construir nas encostas e morros. Outros constroem pousadas e restaurantes explorando a bela visão dos morros ou da beira do mar. Qualquer um sabe que esses locais são inapropriados para a habitação humana. Com o excesso de chuvas e o desmatamento o morro não aguenta a água acumulada então os desmoronamentos ocorrem sem piedade.
A cidade histórica de São Luiz do Paraitinga também foi castigada em 2010. Além de mortes, vários documentos históricos foram perdidos e a igreja central veio abaixo. Os especialistas do Vale do Paraíba disseram que não era possível evitar a tragédia e a região faz planos para o futuro próximo como a instalação de um sistema de telemetria, para monitorar os níveis do Rio Paraitinga e também a implantação de bacias de detenção nos afluentes dos rios. A palavra certa para isso é Planejamento.
Nessas tragédias observamos quem se solidariza com a dor de quem perdeu entes queridos, casas ou outros bens materiais e, quem explora a dor dessas pessoas. Há quem arrecade donativos para quem perdeu tudo e há quem desvie donativos arrecadados, quem suba o preço dos alimentos, água e outros itens de necessidade para quem precisa repor o que perdeu.
Então, estas tragédias devem servir para despertar a obrigação de cada um com este mundo. Exemplo: não jogar lixo nos rios, córregos e bueiros; não construir em áreas de risco; não devastar a Natureza; ter vontade política para prevenir a morte de muitas pessoas, ser solidário com a dor do próximo, etc. Serve também para observarmos que não temos nada, apenas utilizamos o que Deus nos empresta. Se hoje temos algo "para utilizarmos", amanhã o vento, o tremor de terra, etc., pode levar tudo. Ensina a sermos mais humildes, pois muitos só vestem roupas de marca, exigem a melhor comida e não ajudam ninguém e nenhuma instituição, mas, quando precisam comer e vestir o que ganham das doações, passam a dar valor às coisas, e observam a importância de doar coisas para quem tem menos que eles. Enfim, a dor e o sofrimento obrigam a fazermos reflexões, mudanças de comportamento e a observarmos que, nascemos para evoluir. E quem não busca evoluir pelo amor será impulsionado a evoluir pela dor. Pensemos nisso!


Grupo de Estudo Allan kardec

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...