Seguidores

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

“AS ANTIPATIAS FAMILIARES NA VISÃO ESPÍRITA. PORQUE NÃO GOSTAMOS DE ALGUMAS PESSOAS DA NOSSA FAMÍLIA? ”


É muito comum ouvirmos pessoas questionando acerca do por que reencarnamos com pessoas da família pelas quais alimentamos profunda e inexplicável antipatia. Perfeita explicação nos traz o Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo XIV, item 8, denominado “A parentela corporal e a parentela espiritual”: “Os laços de sangue não criam necessariamente laços entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque o Espírito existia antes da formação do corpo; não é o pai que cria o Espírito de seu filho; nada mais faz que lhe fornecer um invólucro corporal, mas deve ajuda-lo em seu desenvolvimento intelectual e moral, para fazê-lo progredir.
Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, especialmente entre parentes próximos, na maioria das vezes são Espíritos simpáticos, unidos por relações anteriores que se expressam por sua afeição durante a vida terrena; mas pode acontecer também que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns aos outros, divididos por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem do mesmo modo por seu antagonismo na terra para lhes servir de provação. Os verdadeiros laços de família não são, portanto, aqueles da consanguinidade, mas aqueles da simpatia e da comunhão de ideias que unem os Espíritos antes, durante e depois de sua encarnação. Disso se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito do que se o fossem pelo sangue; podem atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando estão juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como se pode ver todos os dias: problema moral que só o espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências (cap. IV, nº 13).
Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as família pelos laços corporais. As primeiras, duradouras, se fortalecem pela depuração e se perpetuam no mundo dos Espíritos através das diversas migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente já na vida presente. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, ao dizer a seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois, todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de São Marcos, porque, diz ele, eles se propunham arrebata-lo, sob o pretexto de que havia perdido o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo sua opinião a respeito dele, era natural que dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: ‘Aqui estão meus verdadeiros irmãos’. Sua mãe estava com eles, assim mesmo ele generaliza o ensinamento, o que de modo algum implica que tenha pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada era para ele como Espírito e que só tivesse para ela indiferença; sua conduta, em outras circunstancias, provou de modo suficiente o contrário”.
Podemos entender, pelo referido item, que os laços de sangue não criam laços entre os espíritos. Comumente, as famílias são compostas por espíritos simpáticos entre si, que se conhecem de vidas pretéritas; mas, pode acontecer de alguns espíritos dentro da família, ser-nos antipáticos, completos estranhos e advindos também de antipatias anteriores, o que serve como provação.
E em relação a essas provas, o Livro dos Espíritos, na questão 258 pergunta: “Quando no estado errante e antes de se reencarnar, o Espírito tem a consciência e a previsão das coisas que lhe sucederão durante a vida?”, ao que se aprende que “Ele próprio escolhe o gênero de provas que quer suportar e é nisso que consiste o seu livre-arbítrio”.
Sendo assim, fica explícito que grande parte daquilo que vivenciamos foi sim escolhido por nós, e nisso se inclui as pessoas que convivem diretamente conosco. O que acontece ao longo do caminho, vem do nosso livre-arbítrio. Se tivermos sempre em mente a transitoriedade da vida, com certeza as provas serão menos árduas, e conseguiremos vencer pelo menos uma parte delas. Lembrar-se sempre que a família verdadeira é aquela do espírito, que tenhamos a resignação diante daqueles que nos são menos queridos. Nesse sentido, explica ainda o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo IV, item 18: “Os laços de família não são destruídos pela reencarnação, como pensam certas pessoas; ao contrário, são fortalecidos e estreitados: é o princípio oposto que os destrói.
Os Espíritos formam no espaço grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações; esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram mutuamente; a encarnação os separa apenas momentaneamente, pois, após seu retorno à vida errante, se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes até, uns seguem a outros na encarnação, onde estão reunidos numa mesma família ou num mesmo círculo, trabalhando juntos para se aperfeiçoamento mútuo. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento; aqueles que são livres velam por aqueles que estão em cativeiro; os mais adiantados procuram fazer progredir os retardatários. Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição; sempre menos presos à matéria, sua afeição é mais viva porquanto é mais depurada, não é mais perturbada pelo egoísmo nem pelas nuvens das paixões. Podem, portanto, percorrer assim um número ilimitado de existências corporais sem que sua afeição mútua seja atingida por nenhum baque.
Está claro que aqui se trata de afeição real, de alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, pois os seres que neste mundo se unem somente pelos sentidos não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Somente as afeições espirituais são duradouras; as afeições carnais se extinguem com a causa que as fez surgir; ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, não são realmente nada uma para a outra: a morte as separa na terra e no céu”.
Lembremo-nos que o amor é sempre a resposta, não importa a pergunta! Sendo assim, vivamos conforme as palavras do Espírito Thereza de Brito nos ensina: “Ansiando por crescer, na convivência com os ideais enobrecidos dos Espíritos Luzeiros, aprenda a dialogar para solucionar problemas, conversando equilibradamente, para o bem geral; faça o possível para não cobrar afeição dos amores ou reclamar consideração que, talvez, você ainda não tenha feito, nem esteja fazendo nada por merecer. dedique-se a agradecer as coisas mínimas com que seja beneficiado em casa, e a ser gentil com os entes queridos e com os auxiliares domésticos, presenteando-os com a sua alegria natural, com a sua fraternidade, sem a hipocrisia que envenena a linfa da vida. Se é correto que no ambiente do lar você tem o território livre para que se mostre como é, para desenvolver-se, não se pode olvidar, entretanto, que não cabe aos outros suportar seus impulsos negativos ou sua desastrosa invigilância, por fazerem parte de sua equipe doméstica”.
Seja feliz ao invés de ter razão. Ame, muito e sempre.
Fonte: Blog Letra Espírita.


“OS CONFLITOS CONJUGAIS NA VISÃO ESPÍRITA”

Se optamos pela separação, não estamos transferindo nossa missão para com nosso companheiro para outra época (vidas), ou seja, estamos deixando de lado nosso “carma” por utilizarmos nosso livre-arbítrio de forma equivocada, sem tentar solucionar os problemas mais caridosamente?
 Não deveríamos nos prender ao conceito de carma. Essa é uma posição da filosofia oriental que tem aproximações com a Lei de Causa e Efeito apresentada pelo Espiritismo, mas há distinções em relação ao entendimento isso na prática. Quando se usa o termo carma, há uma conotação de fatalidade, enquanto que a Doutrina enfatiza a possibilidade de minimização ou eliminação das ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem. Vamos esclarecer bem essa questão do divórcio: A separação e o divórcio possibilitam a resolução dos conflitos que se estabelecem na vida das pessoas que estão ligadas por compromisso formal ou vínculos legais, mas não mais se entendem, nem se amam. Na nossa cultura, essa opção é acompanhada de grande sofrimento. Parte desse sofrimento decorre do próprio processo de ruptura e parte resulta de questões culturais. Quando as pessoas se casam, geralmente, acreditam que estão dando um passo definitivo, pretendem viver juntas por longo tempo e realizam, por isso, grande investimento energético na relação, construindo elos fortes.
Na separação, esses laços energéticos se rompem, o que repercute dolorosamente sobre a alma. Esse sofrimento é inerente ao processo e, quando o casal se decide pela separação, não dá para fugir dele, é preciso enfrentá-lo com serenidade. Mas há ainda o outro sofrimento, que resulta do ideário cultural sobre a indissolubilidade do matrimônio. Podemos atenuar esse último, se desenvolvermos uma visão crítica da cultura em que vivemos. A Doutrina Espírita nos ensina a ver o divórcio de uma maneira mais adequada. Os Espíritos, ao falarem sobre o assunto, criticaram claramente as amarras culturais que dificultam a vida dos casais. Destacam eles que a determinação legal de indissolubilidade do casamento é um erro e perguntam: “Julgas, porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam?”(LE – q.940) Depreende-se dos ensinos deles que Deus determina a união dos seres pelo amor, para que se crie no lar uma psicosfera favorável ao desenvolvimento sadio dos filhos que porventura venham a ter. “No meio espírita, costuma-se dizer que as pessoas não devem optar pelo divórcio, porque estarão adiando o pagamento de uma dívida e terão no futuro, por isso mesmo, maior dificuldade para efetuar esse pagamento. Talvez isso se aplique ao indivíduo que é inconsequente e irresponsável no direcionamento de suas energias amorosas, mas não se pode generalizar e achar que em todas as situações esse critério seja adequado. Na verdade, há casos em que o mal maior seria as pessoas permanecerem vinculadas a um compromisso que não desejam mais e, por isso, perderem a alegria de viver e a possibilidade de realizações espirituais significativas para sua própria evolução.
 Somente aquele que está vivendo o problema poderá decidir, consultando sua própria consciência, qual o melhor caminho a seguir. “O conselho dos Espíritos é sempre no sentido de desenvolver as qualidades da alma para possibilitar um ajustamento harmonioso entre os componentes do grupo familiar e, quando se instala o conflito, a recomendação é de que se procurem todos meios de resolução do problema antes de optar pela separação. (Esse tema está mais desenvolvido no livro “Conflitos Conjugais” - edição FEEES/2002)
 Como entendeis o ciúme?
O ciúme é gerado em nós pelo egoísmo, que produz um impulso de dominar o outro, tomar posse dele, retê-lo apenas para atender às nossas necessidades. É preciso esforçar-se para superar essa manifestação que pode ser muito nociva à relação afetiva. Se você tem uma convivência harmoniosa com seu marido, lute para preservar isso. Evite manifestações de ciúme, controle seus impulsos. Procure entender as raízes da sua insegurança. O estudo espírita é precioso recurso, para que possamos nos educar emocionalmente. Não se acomode, acreditando que seu temperamento é assim mesmo, ou que é difícil mudar. As mudanças psicológicas só dependem de vontade firme. Ore, pedindo aos Mentores Espirituais a ajuda necessária, eles nunca se negam a amparar-nos, quando sentem em nós a sinceridade de propósitos. Uma terapia bem conduzida também pode ajudar bastante.
 Em uma relação conjugal, se um encontra-se insatisfeito, às vezes até frustrado em relação ao seu parceiro, pois é comum que prevaleça as vontades de um sobre as do outro, esta pessoa encontra-se “presa” a seu parceiro, tendo que resgatar futuramente pelo erro de se relacionar com alguém que não deu certo, ou a separação seria o caminho correto?
Neste caso, também haveria futuramente algum tipo de resgate?
Em resposta a uma questão a ele endereçada sobre o divórcio, Emmanuel afirmou: “Muitos dizem que o divórcio é válvula de escape para evitar o crime e não ousamos contestar. Casos surgem nos quais ele funciona, por medida lamentável, afastando males maiores, qual amputação que evita a morte, mas será sempre quitação adiada, à maneira de reforma no débito contraído. (1) “Percebe-se no texto a metáfora: casal em conflito é corpo doente. Quando uma pessoa adoece, deve buscar todas as formas de tratamento para obter a cura, mas há casos em que o órgão doente chega a comprometer todo o organismo e, antes que ocorra o óbito, apela-se para a cirurgia como recurso extremo, para salvar a vida do indivíduo. Assim também com o casal, é preciso tratar a relação, utilizando-se todas as formas possíveis: diálogo, terapia psicológica, terapia espiritual, mas, se a relação está tão doente, que compromete a saúde e o equilíbrio das pessoas, podendo levá-las a situações extremas que raiam pela destruição de si mesmas ou de outrem, o divórcio surge como a cirurgia que possibilita uma sobrevida para os dois, ainda que limitada algumas vezes pelos traumas e sofrimentos que produz.” “Talvez a inferência existente no meio espírita de que as pessoas não devem optar pelo divórcio, porque estarão adiando o pagamento de uma dívida e terão no futuro, por isso mesmo, maior dificuldade para efetuar esse pagamento, tenha nascido da leitura inadequada de textos como esse que transcrevemos, de Emmanuel, mas observemos: no texto dele, não se encontra a idéia de que, ao reformar o débito, o devedor venha a ter maior dificuldade de efetuar o pagamento. Não podemos nos esquecer de que o amigo espiritual está usando uma linguagem metafórica, não se pode interpretar isso dentro do contexto das dívidas que assumimos no mundo, em que o cobrador faz incidir juros sobre juros na cobrança. Em termos afetivos, o que ficamos devendo ao outro é o carinho, o amor, a atenção que não lhe pudemos dar na relação conjugal. Contudo, quem diz que não poderemos fazê-lo em funções afetivas diferentes: mãe/pai e filho, irmãos, amigos?” (Trecho de “Conflitos Conjugais” – publicação FEEES/2003) Pode-se acrescentar aqui que, na relação conjugal, não deve prevalecer a vontade de um em detrimento da vontade do outro. Ninguém deve abrir mão de si mesmo, silenciar sempre e reprimir seus desejos, anulando-se na relação. Isso inviabiliza a continuidade da vida a dois. Você faz isso por um tempo, mas não consegue fazer todo tempo. Uma vida é uma oportunidade ímpar de crescimento e o casamento é um exercício maravilhoso, para o desenvolvimento de nossas potencialidades. Anular-se não leva a essa realização, por isso, quando alguém se anula, mais cedo ou mais tarde, a relação se torna inviável. 1. EMMANUEL – Leis de Amor – cap. IV

Fonte: http://www.omensageiro.com.br/entrevistas/entrevista-70.htm

"AMOR DE VIDAS PASSADAS"

 Para se entender com maior profundidade a origem do amor é necessário contextualizá-lo dentro da teoria da palingenesia, ou reencarnação. Um amor não nasce de simples semelhanças de modos de ser e de interesses comuns, ele é o resultado de um longo processo de dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas em que duas almas conviveram juntas. Nestas experiências conjuntas, ambas foram passando por circunstâncias juntos, enfrentando desafios, superando obstáculos, atravessando todas as dificuldades, e envolveram-se em laços afetivos e amorosos um com o outro, brotando daí uma profunda identificação e um sentimento verdadeiro.
Muitas pessoas me perguntam como podemos descobrir se alguém que muito amamos fez parte do nosso passado de outras vidas. A resposta a essa pergunta é bem simples: se você ama verdadeiramente essa pessoa, e a conhece a pouco tempo, então vocês já viveram, sem sombra de dúvida, experiências mútuas em vidas passadas. Isso significa que o amor verdadeiro, aquele que reside numa esfera muito íntima do nosso ser, não pode ser desperto em apenas uma vida. Os laços do amor real são tão fortes, que apenas experiências milenares podem despertar em nós um amor que é quase divino, que nasce do infinito e que se manifesta no ser humano como a expressão do sentimento mais puro que o homem da face da Terra pode ter acesso: o amor incondicional.
Em nossos estudos com terapia de vidas passadas chegamos a conclusão, tal como centenas de terapeutas ao redor do mundo, que todos os seres se agrupam naquilo que se convencionou chamar de “família de almas” ou “grupo anímico”. Além de nossa família consangüínea, que forma indivíduos com laços de sangue comuns, todos os seres possuem uma família espiritual, que é bem maior do que a nossa família genética atual. Ela é composta por centenas de espíritos que tiveram milhares de experiências conosco em vidas passadas; são espíritos que nos conhecem há milênios, e todo esse arcabouço de experiências coletivas os liga por laços de amizade, carinho, amor, cooperação, compaixão, e outros. Como tudo na vida tem dois pólos, as experiências negativas também fazem parte destes laços, sendo comuns sentimentos de ódio, raiva, antipatias, rejeição, ojeriza, malquerença, amargor, mágoa, etc. Toda essa mistura de sentimentos, tanto os positivos quanto os negativos, podem se expressar em nossas relações, e na maioria das vezes nem desconfiamos que eles vêm de vidas passadas, e não da vida atual.
Dentre nossa família de almas, há aqueles espíritos que cada um de nós guarda uma afeição mais profunda. Esses geralmente oscilaram, nos diversos papéis de vidas passadas, sendo nossos filhos, amigos, marido, esposa, pai, mãe, avô, avó, irmão ou irmã. A proximidade do parentesco físico não é definitiva para indicar o grau de afeição entre duas almas. Por exemplo, um filho pode amar mais a avó do que a própria mãe, pois seus laços espirituais podem ter sido mais estreitos em diversas vidas passadas. Um pai pode amar mais um filho do que o outro: embora muitos pais neguem essa diferença afetiva, sabemos que isso existe e é perfeitamente normal, já que um pai pode ter mais experiências amorosas pretéritas com um filho do que com o outro.
Algumas vezes as experiências traumáticas do passado podem abafar um amor entre duas almas. Por exemplo: uma mãe que matou seu filho numa vida passada, quando eles eram irmãos que disputavam algo. O filho pode carregar essa recordação inconsciente dentro de si e expressa-la em forma de rejeições, afastamento, ojeriza e até uma raiva inconsciente pelo que foi feito. É preciso lembrar sempre que esses traumas, apesar de terem sido esquecidos entre uma vida e outra, não apagam os sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. A falta de memória não destrói as emoções que guardamos dos espíritos que fizeram parte do nosso histórico encarnatório.
Dessa forma, a família de almas é nossa família espiritual e vale muito mais do que nossa família física. Um bom exemplo é observar o comportamento afetivo das pessoas. Algumas podem gostar mais de um amigo do que de um parente próximo, como pai, mãe ou irmão. Esse amigo, apesar de não fazer parte de sua família consangüínea, pode ser um membro próximo de nossa família espiritual, e um amor muito grande pode estar presente na relação de ambos. Assim, a família espiritual transcende nossa família de sangue e demonstra a existência de laços muito maiores, mais sutis e imensamente mais antigos do que os laços consangüíneos.
Cada família espiritual é parte de uma família ainda maior, que pode nem sequer viver atualmente no planeta Terra. Há pessoas que sentem internamente, com grande certeza íntima, de que seus amigos verdadeiros e sua família não são deste planeta. Esse é o caso de muitas pessoas que foram exiladas de seu planeta de origem e estão aqui na Terra há algumas vidas tentando transmutar uma parcela do karma que ainda as prende nos grilhões terrestres. Alguns sentem isso tão forte que sequer conseguem manter laços afetivos na Terra, tal é o seu grau de apego a sua família espiritual extraterrestre. Alguns podem imaginar que isso representa uma evolução e que é uma indicação de superioridade espiritual, mas não é bem assim. Essa recusa em se viver a realidade atual implica num forte apego a um estado arcaico de existência, e esse apego pode aprisionar o espírito muito fortemente dentro de limites muito reduzidos, o que abafa a natureza essencial daquela alma e pode degradar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos. O apego é um sinal claro de atraso espiritual e deve ser objeto de um esforço no sentido da libertação do cárcere terrestre. Se estamos vivendo aqui na Terra, precisamos da Terra para atingir esse desprendimento; de nada adianta desejar sair daqui para uma condição externa melhor e mais elevada. O universo é perfeita harmonia e inteligência, e nada ocorre por acaso. Quem está aqui, precisa das experiências terrestres para seu desenvolvimento espiritual.
Um fenômeno interessante que pode ocorrer é a inversão de papel. Uma mãe, que teve experiências afetivas de marido-esposa muito fortes com seu filho atual, pode sentir desejos inconscientes de experimentar novamente o amor de marido-mulher. Alguns pais conseguem desapegar-se disso e viver a condição da atual encarnação dentro da função de pai e filho. Outros, no entanto, cedem a essas tendências e podem ser levados até mesmo, em última instância, a molestar seus filhos. Todo pai que sinta essa inversão de papel deve lutar contra essa tendência, esse apego, pois só assim poderá viver com mais intensidade a relação atual de pai-filho. Isso ocorre também entre irmãos, que no passado foram marido e mulher e hoje sentem vontade de ter carinhos mais próximos, que extrapolam a relação fraterna natural.
Outro exemplo são marido e mulher atual, que numa outra existência (ou existências) foram irmãos e acabam depois se tornando amigos, ou têm dificuldades de manter relações sexuais por conta das lembranças inconscientes de vidas como irmãos. Há muitos outros exemplos dessa inversão de papel; o mais importante aqui é entender que o passado não deve interferir em nossas relações atuais da forma que elas se apresentam hoje: se hoje sou pai da minha filha, devo trata-la como filha e deixar de lado os sentimentos típicos de marido e mulher que tivemos em vidas passadas.
Outro fenômeno que pode ocorrer, esse não muito comum, é quando duas almas muito próximas, e que se amam muito, se reencontram, querem viver juntas, mas ambas são do mesmo sexo. Eles podem viver como bons amigos, ou podem desejar, se o apego for grande, viverem juntas como companheiros. Se forem dois homens, podem ceder aos desejos sexuais e iniciarem uma relação que vai além da amizade, passando a viver como amantes; se forem duas mulheres, podem fazer o mesmo e até casarem. O mais interessante é que, mesmo sem existir um histórico de homossexualidade, essas almas podem decidir estreitar os laços dentro de um contexto amoroso e sexual. Já vi casos como esse, e as pessoas envolvidas me garantiram que nunca tiveram desejos homossexuais, e o que sentiam uma pela outra só servia para essa pessoa em específico, e para nenhuma outra.
Por exemplo, uma das meninas gosta de outra menina e quer ficar com ela, mas nunca havia se relacionado com outras mulheres e garante não sentir qualquer tipo de desejo sexual por outras mulheres, somente por aquela que se torna sua companheira. Esse é um caso típico de apego a condição anterior em vidas passadas. Ninguém pode julgar se isso é correto ou não; a escolha, neste caso, é da própria pessoa e só a ela compete avaliar a qualidade de suas relações. Repudiamos aqui o preconceito a homossexualidade e somos favoráveis a liberdade de expressão da sexualidade. Advertimos, porém, que qualquer excesso nessa área, seja com heterossexuais ou homossexuais, pode implicar em efeitos graves e num karma negativo, com severas complicações futuras, na vida atual ou em vidas futuras.
Quando duas almas que se amam muito estão em planos diferentes, isso pode se tornar um problema. É o caso de pessoas que nascem no plano físico, e que sonham ou sentem a presença de espíritos que não estão em corpo físico. Essa pessoa ama o espírito, e deseja ficar com ele, mas como essa alma não se encontra encarnada, ela nada pode fazer. É possível encontros em projeção astral, quando dormimos a noite e nosso corpo espiritual deixa o corpo físico e passa a interagir com outras dimensões. Nesses momentos, as duas almas podem se encontrar e ficar um tempo juntas. O encarnado pode ter vários sonhos com o desencarnado, mesmo sem saber quem ele é e nunca te-lo conhecido na vida atual. Mas intimamente ela sabe que o conhece, que o ama, e sente vontade de ficar com ele, como mostra esse exemplo de um breve relato que recebemos:
“Mais uma noite eu sonhei com aquela moça linda, ela me faz sentir uma forte emoção, uma saudade, eu a amo, eu acordo chorando, sempre, há anos.”
Os espíritos de luz que comandam o destino dos seres podem autorizar esta situação para estimular o desapego entre as duas almas.
O universo sempre conspira para que uma alma se desenvolva espiritual e passe a amar a todos, e não apenas uma só pessoa. Embora o amor entre nossa família física e espiritual seja um exercício do amor incondicional, a maioria dos espíritos que vivem na Terra ainda estão longe do amor incondicional a todos os seres. Por esse motivo, a inteligência divina cria circunstâncias que nos façam entender que o amor vale muito mais quando ele se expande para abraçar todos os seres do universo, e não apenas pessoas de nossa convivência. O amor universal é a meta sagrada de todas as almas que aspiram à perfeição. Quando acontece de duas almas que se amam estarem separadas, uma no plano físico e outra no plano espiritual, ambas devem exercitar o desapego e procurar outras pessoas para se relacionar.
Essa situação também pode ser problemática quando há muitas energias pendentes entre ambos. Pode acontecer, por exemplo, de o desencarnado desejar ficar junto do encarnado e começar a boicotar todos os seus relacionamentos. O desejo do desencarnado é que o encarnado seja só dele, e por conta disso ele poderá agir no sentido de isolar o encarnado de todos, desejando que fique sozinho. Como o encarnado sente um amor sincero pelo desencarnado, pode ceder a isso, e aceitar as sugestões de sempre permanecer sem se relacionar com outros. Quando esse tipo de assédio ocorre, é bem mais difícil de ser tratado num trabalho espiritual, pois há uma permissão inconsciente do encarnado diante da obsessão exercida pelo desencarnado. Neste caso, a melhor forma de agir é conscientizar o encarnado a se libertar desse apego e viver a vida física naturalmente, sem ficar esperando que o desencarnado venha a preencher um vazio que ficou das experiências “perdidas” de vidas passadas, quando ambos viveram juntos.
Outro fenômeno bastante interessante e inexplicável é o chamado “amor à primeira vista”. Esse fenômeno só é inexplicável quando não se leva em conta a teoria da reencarnação. O amor à primeira vista consiste no despertar de um sentimento tão logo vemos ou estamos na presença de uma pessoa desconhecida que nos desperta algo portentoso, excelso, superior, quase celeste e divino, e que é incompreensível. Há uma nítida impressão de que já conhecemos aquela pessoa. Alguns indivíduos, não muito versados na noção reencarnacionista, afirmam que não existe o amor à primeira vista, mas sim uma espécie de encantamento, de fascinação, de deslumbramento pela beleza do outro. Apesar de estes sentimentos estarem misturados no primeiro momento, não seria apressado dizer que há, de fato, um amor que pode estar sendo ressuscitado, reaceso, vindo à superfície e despertando, trazendo à tona um sentimento sublime e transcendente que até então estava meio apagado dentro de nós.
Esse amor pode ter sua origem em dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas onde estas duas almas viveram juntas. Pode até mesmo ser anterior aos primeiros nascimentos terrestres. Esse reencontro faz ressurgir uma emoção, um envolvimento que já existia dentro da pessoa, mas que ainda estava disperso. O amor à primeira vista não deve ser confundido com maravilhamento pela beleza física. Ele é uma profunda identificação com alguém que já conhecemos há milênios e que reencontramos nesta vida. Esse pode ser o início de uma longa história de amor.
Para se diferenciar um amor verdadeiro e uma simples paixão é preciso notar se há um total desprendimento em relação a pessoa que amamos. O amor real é calmo, sereno, não se deixa influenciar por sentimentos de controle, posse, ciúme, e outras armadilhas inferiores. O amor verdadeiro deseja que o outro esteja bem, mesmo que ele não fique conosco. Ele é espontânea, livre e há desprendimento; só o que importa é o bem estar do outro. Fazemos de tudo para que o outro seja feliz.
A melhor forma que eu conheço para harmonizar o nosso passado e cuidar para que estes laços não se tornem disfuncionais e problemáticos na vida atual é a realização da terapia de vidas passadas. Através da regressão o passado pode ser revisto e os laços amorosos podem ser tratados, dissolvendo os resíduos de energias conflituosas, brigas, assassinatos, traumas, e qualquer situação negativa que tenha ocorrido em vidas passadas. Muitos afirmam que tratar o passado conjunto com nossos entes queridos pode reacender velhas mágoas, nos fazer lembrar de velhas disputas e ódios passados, e que isso inviabilizaria nossa convivência atual com eles.
Quem defende esta tese alega que uma mãe não poderia conviver bem com seu filho caso descubra que ele a torturou e matou em vidas passadas. A nossa experiência de mais de 2.000 regressões individuais prova que essa ideia é bastante equivocada. Jamais pude presenciar nenhuma relação que tivesse piorado após uma revisão de vidas passadas negativas entre membros de uma mesma família. Pelo contrário, as experiências negativas são tratadas e os laços de amor são purificados, o que torna a convivência atual muito melhor e mais satisfatória.
Já atendi dezenas de casos em que visitamos vidas passadas bastante duras entre familiares e o resultado sempre foi uma grande melhora na qualidade da relação atual. Os bloqueios caem, os conflitos são tratados, as disputas são harmonizadas e tudo passa a ser objeto de precioso aprendizado. Além disso, o esquecimento do passado não apaga os sentimentos negativos de vidas passadas, eles continuam existindo hoje, podem e devem ser tratados, para que as relações familiares melhorem e para que possamos viver bem com nossos familiares e com as pessoas que amamos.


Autor: Hugo Lapa

terça-feira, 3 de outubro de 2017

“GRANDE PARTE DOS TRANSTORNOS MENTAIS TÊM CAUSAS ESPIRITUAIS. O CORPO FÍSICO É SOMENTE O VEICULO DE MANIFESTAÇÃO. ”

Os transtornos mentais - excetuando-se os casos produzidos por acidentes e traumatismos cerebrais ou ainda por moléstias infecciosas (meningite, por exemplo) - têm no Espírito a causa raiz da psicopatologia. O corpo físico é somente o veículo de manifestação.
Divaldo, do alto de seu imenso conhecimento e amor nos esclarece a seguir que as psicopatologias – cuja gênese reside no Espírito – possuem procedências distintas:
A. ENDÓGENA – O Espírito ao iniciar o processo da reencarnação, imprime, nos códigos genéticos, as deficiências decorrentes da irresponsabilidade, que se apresentarão no futuro, em momento próprio, como descompensação nervosa, carência ou excesso de neurotransmissores responsáveis pelos correspondentes transtornos psicológicos ou de outra natureza. É a lei de causa e efeito em ação. 1
B. EXÓGENA – Espíritos desencarnados adversários, direcionam à mente do hospedeiro físico induções hipnóticas carregadas de pessimismo e de desconfiança, de inquietação e de mal-estar, que estabelecerão as matrizes das obsessões, classificadas por Kardec como sendo: Simples, Fascinação ou Subjugação (equivocadamente chamada de Possessão).
Em todos esses casos, vamos encontrar espíritos (encarnados) moralmente enfermos endividados perante as Leis Divinas, em processos graves de provações dolorosas ou expiações reeducativas. A cada um segundo suas obras, já nos ensinava Jesus.
Independentemente da categoria, a obsessão é enfermidade de longo curso, a exigir tratamento especializado e cujos resultados, não se fazem sentir no curto prazo.
Os tratamentos especializados (psiquiátricos e psicológicos) – indispensáveis – podem produzir melhoras no quadro. Todavia os hospedeiros desencarnados não foram afastados, persistindo nas tentativas de perseguição e vingança.
Somente quando ocorrer uma alteração do comportamento mental e moral do enfermo, direcionado para o amor, para o bem, conseguindo sensibilizar aqueles que estejam na condição de perseguidores, é que dar-se-á a recuperação recebendo no processo terapêutico o auxílio – imprescindível - dos medicamentos na reorganização da máquina cerebral.
O Espiritismo – o Consolador prometido por Jesus – mostra as causas e os objetivos dos sofrimentos – físicos e morais – os quais, então, passam a ser vistos como “crises” salutares e que garantirão a felicidade nas existências futuras – se vividos com resignação e sem revolta;
Uma vez esclarecida, a criatura tem a oportunidade de compreender que seu sofrimento é justo e não um castigo de Deus ou obra do acaso.
Neste ponto, a emoção suscitada pelas palavras carregadas de vibrações dulçorosas de Divaldo vai abrindo passagem até chegar ao âmago de nossos corações.
Esperança nos corações desalentados afloram. O mundo se nos afigura mais belo enquanto que uma voz silenciosa repete amorosamente:
“Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos e eu vos aliviarei”
Para aqueles que desejam aprofundar conhecimentos, tomamos a liberdade de sugerir a leitura do capítulo 2 (Sexo e Reencarnação) de o livro Sexo e Consciência, Divaldo Franco, organizado por Luiz Fernando Lopes, editado pela LEAL.
Texto: Djair de Souza Ribeiro



“CUIDADO COM ESSES ESPÍRITOS QUE PEDEM COISAS MATERIAIS COMO CIGARROS, BEBIDAS ALCÓLICAS, COMIDA, DESPACHOS, VELAS, QUE MARCAM ENCONTROS EM ENCRUZILHADAS...”

São espíritos inferiores ainda apegados as coisas terrenas e materiais, são espíritos materializados eles querem ainda continuar a sentir as coisas do mundo terra da vida corporal, como comer, beber, fumar, fazer sexo etc....
Eles desencarnaram mais continuam apegados ao plano terreno.
Um espírito elevado não vai mandar ninguém beber, fumar, fazer despachos, os espíritos elevados só pregam o bem, as Virtudes, a elevação moral, o desapego das coisas materiais, os espíritos elevados procuram moralizar e espiritualizar os encarnados.
Com essas práticas de dar comida, cigarros, charutos e bebidas alcoólicas para esses espíritos as pessoas vão contribuir para manter esses espíritos apegados ao plano terreno.
Eles vão continuar materializados apegados as sensações materiais, eles precisam se desapegar dessas coisas terrenas para poderem se espiritualizarem e evoluir.
Esses espíritos que pedem essas coisas são espíritos que precisam de doutrinações eles vivem muito apegados a vida corporal.
Tudo no mundo espiritual é sintonia mental estamos sempre atraindo e repelindo espíritos desencarnados conforme nossos pensamentos e conduta moral, portanto, cuidado com seus pensamentos e se afaste desses espíritos que pedem coisas materiais eles podem te obsedar com o passar do tempo.
Se eleve mentalmente e moralmente para você  poder entrar em contato com os espíritos elevados e superiores.
Os espíritos elevados não podem se aproximar de pessoas que estejam com maus pensamentos, maus desejos, vícios e maus hábitos estas pessoas possuem um campo vibratório baixo e negativo e vão com isso atrair somente espíritos inferiores e obsessores pela sintonia dos pensamentos.
Tudo é sintonia mental no mundo espiritual.
Nenhum objeto, medalha ou talismã tem a propriedade de atrair ou de repelir os Espíritos. A coisa material não tem nenhum poder sobre eles. Jamais um bom Espírito aconselha essas práticas absurdas. A virtude dos talismãs nunca existiu, a não ser na imaginação das pessoas crédulas. (O Livro dos Médiuns, cap. XXV.)
— Não há nenhuma fórmula sacramental para a evocação dos Espíritos. Quem pretendesse oferecer uma poderia ser justamente chamado de charlatão, porque para os Espíritos a forma nada é. Entretanto, a evocação deve ser feita sempre em nome de Deus. (O Livro dos Médiuns, cap. XVII.)
— OS ESPÍRITOS QUE MARCAM ENCONTROS EM LUGARES LÚGUBRES E A ALTAS HORAS QUEREM DIVERTIR-SE À CUSTA DOS QUE LHES DÃO OUVIDO. É sempre inútil e frequentemente perigoso atender a essas sugestões. Inútil porque nada se ganha em ser mistificado, e perigoso, não pelo mal que os Espíritos possam fazer, mas pela influência que isso pode ter sobre as pessoas de cérebro fraco (O Livro dos Médiuns, cap. XXV.)
— Não há dias nem horas que sejam mais propícios às evocações. Isso é completamente indiferente para os Espíritos, como tudo o que é material, e crer nessa influência seria simples superstição. Os momentos mais favoráveis são aqueles em que o evocador pode estar menos preocupado com as suas ocupações habituais, ou em que o seu corpo e o seu Espírito se acham mais tranquilos. (O Livro dos Médiuns, cap. XXV.)
— A crítica malévola representa as comunicações espíritas cercadas de práticas ridículas e supersticiosas da magia e a necromancia.
Se os que falam do Espiritismo sem o conhecer se dessem ao trabalho de o estudar, poupariam muito gasto de imaginação e evitariam alegações que só servem para demonstrar a sua ignorância ou a sua má fé. Para esclarecimento das pessoas estranhas a esta ciência diremos que, para se comunicar com os Espíritos, não há dias nem horas, nem lugares mais propícios do que outros, PARA EVOCÁ-LOS NÃO HÁ NECESSIDADE DE FÓRMULAS NEM DE PALAVRAS SACRAMENTAIS OU CABALÍSTICAS. NENHUMA PREPARAÇÃO E NENHUMA INICIAÇÃO TAMBÉM SÃO NECESSÁRIAS. O EMPREGO DE QUALQUER SÍMBOLO OU OBJETO MATERIAL, SEJA PARA OS ATRAIR, SEJA PARA OS REPELIR, NÃO TEM NENHUM EFEITO, BASTANDO PARA ISTO O PENSAMENTO. Enfim, os médiuns recebem as suas comunicações sem saírem do estado normal, tão simples e naturalmente como se elas fossem ditadas por uma pessoa viva. Só o charlatanismo poderia afetar maneiras excêntricas e acrescentar acessórios ridículos a esses momentos. (O que é o Espiritismo, cap. II, nº 49).Allan Kardec 

Fonte Espiritismo Racional e filosófico. Por: Wilson Moreno

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

“CARTA DO SENADOR PÚBLIO LENTULUS “EMMANUEL”, AO IMPERADOR TIBÉRIO CÉZAR, DESCRENVEDO AS CARACTERÍSTICAS MORAIS E FÍSICAS DE JESUS.

OBS. Como consta no livro:  HÁ 2000 ANOS de Chico Xavier, Emmanuel foi a reencarnação de Públio Lentulus.

Esta descrição foi retirada de um manuscrito da biblioteca de Lord Kelly, anteriormente copiada de uma carta original de Públio Lêntulo em Roma. Era costume dos governadores romanos relatar ao Senado e ao povo coisas que ocorriam em suas respectivas províncias no tempo do imperador Tiberio César.
 Públio Lêntulo, que governou a Judéia antes de Pôncio Pilatos, escreveu a seguinte epístola ao Senado relativo ao Nazareno chamado JESUS.

 “Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem,o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó Cézar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível. De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus. Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles eu o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido. Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo…

Públio Lentulus, presidente da Judéia Lindizione setima, luna seconda

"PARA ONDE VOU QUANDO MORRER? CÉU...INFERNO...PURGATÓRIO...UMBRAL...COLONIAS ESPIRITUAIS...?"

Para os simpatizantes do Espiritismo, aqueles que vão de vez em quando no centro espírita para tomar um passe e que assistem a filmes como Nosso Lar, a colônia espiritual Nosso Lar é o céu dos espíritas.
Os espíritas, de um modo geral, acreditam que quando nós desencarnarmos nós vamos para o umbral. Vamos penar um pouco no umbral e depois seremos socorridos e vamos para uma colônia semelhante a Nosso Lar.
O raciocínio é simples:– Se André Luiz, que é André Luiz, ficou oito anos no umbral, o que será de nós? Mas, como os bons espíritos são misericordiosos, nós seremos socorridos.
Não é por aí!
André Luiz narra a sua história em Nosso Lar, que é o primeiro livro de uma série composta por treze livros, a série A vida no mundo espiritual. Essa série é um projeto desenvolvido por um grupo de espíritos do qual André Luiz é o porta-voz. Ele lança as suas próprias teorias, conta parte da sua trajetória, das suas impressões, mas tudo sob a influência desse grupo de espíritos.
O que André Luiz nos conta são possibilidades; não são regras.
A primeira descrição do umbral de que nós temos notícia está no capítulo 1 de Nosso Lar, em que André Luiz nos conta as suas impressões. E a primeira definição do umbral é feita por Lísias no capítulo 12 de Nosso Lar. Lísias define o umbral como “região destinada ao esgotamento de resíduos mentais”.
– Você sabe o que é umbral?
– Por que André Luiz escolheu essa palavra?
Umbral é o limiar da porta. É a parte de dentro do marco da porta. Sabe a porta que liga a sala da sua casa ao seu quarto? Existe um espaço, dentro do marco da porta, que não é nem sala nem quarto – esse espaço se chama umbral.
André Luiz se utiliza desse termo para descrever uma região (e um estado mental equivalente a essa região) que não é nem o plano físico nem o plano astral propriamente dito.
O umbral é o lugar dos desequilibrados. Se você for um bom observador, você vai constatar que grande parte das pessoas que você conhece ou conheceu é composta de desequilibrados.
O umbral só existe por causa do apego. Quem se desapega de emoções baratas, de mágoas, rancores, sentimento de culpa, sede de vingança, vícios e ilusões da matéria não passa pelo umbral.
Ninguém decide quem é que vai pro umbral e quem é que não vai. O único juiz é a nossa própria consciência.
Nosso corpo astral tem um peso específico. Quanto mais apegados, mais pesado é o nosso corpo astral. Para nos elevar precisamos nos desfazer de parte desse peso – o esgotamento de resíduos mentais de que Lísias nos fala em Nossa Lar.
– Mas e Nosso Lar? Nosso Lar é uma espécie de paraíso dos espíritas?
De jeito nenhum. Nosso Lar está nas fronteiras do umbral, ainda é um lugar de espíritos apegados à matéria. Tem comida, tem roupa, tem veículos, tem atividades em tudo semelhantes às atividades que nós conhecemos aqui no plano físico.
Nosso Lar só é paraíso pra quem ficou anos penando no umbral. Fora isso, Nosso Lar só é bom pra quem gosta da vida como ela é no plano físico.
Lá tem hierarquia, tem chefe, tem trabalho, tem fofoca, tem tudo que tem aqui – mas com algum controle; é um ambiente de maior respeito, de novos aprendizados, de companhias afins: um plano físico melhorado.
Mas para quem tem maiores ambições espirituais, para quem não é apegado (ou pelo menos não muito apegado) ao plano físico e ao tipo de vida que nós levamos no plano físico, a ideia é ir além de colônias como Nosso Lar.
Quem pratica a projeção consciente conhece a sensação de liberdade que se sente no astral. Quem já teve experiências místicas sabe que existem muito mais possibilidades do que o que é relatado nos livros espíritas.
– Será que nós podemos alcançar isso?
Acho que sim. Pelo menos podemos almejar e nos preparar para isso.
– O que temos que fazer para alcançar isso?
Desapegar. Desapegar de vícios, de fraquezas humanas, de sentimentos baixos, de rancores, de mágoas, de sentimento de culpa, e, principalmente, de crenças: o que nos impede de pensar mais alto, e consequentemente de acreditar que é possível subir mais alto e nos preparar para isso são as nossas crenças limitadoras, principalmente crenças religiosas – e aqui eu estou incluindo o Espiritismo.
O Espiritismo popular é uma adaptação do catolicismo:
Trocou o céu por Nosso Lar, trocou o purgatório pelo umbral e o inferno pelas trevas;
Jesus não é Deus, mas é o criador do nosso planeta; os santos foram substituídos pelos espíritos superiores; os anjos da guarda forma substituídos pelos espíritos protetores;
A igreja foi trocada pelo centro espírita, a missa foi trocada pela palestra e a confissão foi trocada pelo atendimento fraterno;
Os católicos têm hóstia e água benta? Os espíritas têm o passe e a água fluidificada.
A igreja tem o padre? Os espíritas têm o presidente do centro espírita.
A igreja tem o papa? Os espíritas têm o presidente da FEB.
A igreja atribui todo o mal ao diabo? Os espíritas atribuem tudo aos espíritos obsessores.
A igreja gosta de um rebanho dócil que não questiona nada do que o padre fala? Ah, o Espiritismo também gosta muito de um rebanho bem dócil, que baixa a cabeça e abre mão de pensar – não precisa pensar, é só fazer o Evangelho no Lar que tudo se resolve.
Existem algumas diferenças que devem ser valorizadas: o atendimento espiritual e a imensa literatura que temos à disposição. O resto é tudo adaptação.
O Espiritismo surge como uma proposta de fé raciocinada, mas isso quase não existe mais.
– Alguma coisa contra essas coisas que eu citei?
Não, nada contra. Mas se é para copiar práticas consagradas pela Igreja, talvez fosse melhor ficar na Igreja – pelo menos uma igreja é mais bonita que um centro espírita e o ambiente costuma ser mais convidativo à reflexão e ao recolhimento.
Allan Kardec diz que os espíritos desencarnados vivem na erraticidade. E os relatos dos espíritos, no tempo de Kardec, dão ênfase ao que eles sentiam, não a descrições sobre como eles viviam. Percebemos nos relatos uma maior conscientização por parte dos espíritos, um maior desprendimento da matéria – mesmo entre os espíritos mais atrasados.
– Por que o tipo de relato é diferente?
Por que cada grupo de espíritos capta situações e sentimentos diferentes, de acordo com as suas expectativas, de acordo com os seus interesses, de acordo com as suas crenças e capacidades.
A situação na França do século XIX era muito diferente da situação no Brasil do século XX.
Colônias espirituais é uma possibilidade, só isso. Ou você acha que as dezenas de milhões de católicos e protestantes do Brasil vão todos para colônias espirituais quando desencarnam?
A mente humana é muito ampla. Existem muito mais possibilidades do que sequer somos capazes de imaginar.
Você já pensou na situação dos hinduístas, dos budistas, dos xintoístas, dos confucionistas, de todos esses bilhões de pessoas que têm uma visão de mundo e uma visão de espiritualidade muito diferente da nossa?
Será que eles vão todos pro umbral e depois pra colônias espirituais?
O destino de cada um, depois da morte do corpo físico, é diferente. Qualquer pessoa que não seja muito apegada ao plano físico, que consiga se desprender das pessoas que ficam aqui, e que é mais boa do que má, vai ficar muito melhor depois da morte.
O que precisamos, para viver melhor aqui e em qualquer outro plano, é de esclarecimento.
Alguém pode tentar me corrigir dizendo que nós temos que ser bons, que não basta esclarecimento.
– Cuidado com os conceitos de bondade. Os conceitos de bondade com que nós lidamos são excessivamente religiosos. Jesus mesmo disse que bom, só Deus.
Se você começou a ler esse artigo esperando que eu fizesse grandes descrições detalhadas de como é a vida depois da morte, de quais são exatamente as possibilidades de lugares que nós temos para ir depois da morte, eu sou obrigado a dizer que você não entendeu nada até agora.
Tudo o que nós lemos nos livros a respeito da vida após a morte passou pelo filtro de outras mentes. Essas descrições servem para nós termos uma ideia de como as coisas funcionam – mas mesmo assim é uma ideia vaga: o ideal é nós fazermos as nossas próprias experiências.
Analise a si mesmo. Se você não sabe meditar, recolha-se em silêncio, observe os seus pensamentos, observe o que você sente. Aquilo que você sente normalmente quando está recolhido, sozinho, em silêncio, é o seu padrão mental. Esse padrão nos acompanha quando nós desencarnamos. Se não está bom, trate de melhorar.
Se você não é capaz de se recolher por alguns minutos, se você não consegue ficar só com você mesmo, então alguma coisa está errada. Trate de conhecer melhor a si mesmo. Afinal, a sua única companhia permanente é você mesmo.


Morel Felipe Wilkon

“O ESPÍRITA NO VELÓRIO”

Certa vez, um confrade segredou-me que não permitirá velórios no sepultamento de seus familiares mais próximos, porque é totalmente contra tal tradição mortuária. Não vê lógica doutrinária nesse tipo de cerimonial. Crê que depois de constatada a desencarnação, em no máximo algumas poucas horas, deveriam ser feitos os preparativos para o sepultamento, sem rituais religiosos.
Busquei esclarecê-lo de que velório ou “velação” não é necessariamente um ritual religioso, portanto não está associado a religiões, até porque seu início dá-se quando a pessoa está doente e precisa ser velada, cuidada, vigiada. Pois é! A origem da palavra velar que dá origem a velório vem do latim “vigilare”, que dá significado de vigilância. E mais: o termo velar não se refere às “velas”, flores, missas, cultos, mas (repito) ao verbo “velar” (de cuidar, zelar).
O dicionarista define o verbo velar como “ficar acordado ao lado de (alguém)”, “ficar acordado durante (um tempo)” e ainda “manter-se de guarda, vigia” dentre outras definições. O termo tem uma conotação exata se de fato as pessoas que vão “velar” o falecido, realmente o fazem com atitude de zelo, vigília, respeito e de despedida do corpo que serviu ao espírito durante a experiência que se encerra.
É evidente que velar o defunto é atitude respeitável. No velório devemos orar respeitosamente ao amigo que se despoja do corpo físico, dirigindo-lhe, por exemplo, (como sugestão) a prece indicada por Allan Kardec contida no cap. XXVIII, item 59 do Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado “Pelos recém-falecidos”. (1) Protocolarmente ou não, no velório nos solidarizamos com os parentes e amigos do “morto”, auxiliando no que for preciso, seja ofertando um abraço fraterno ou apenas a presença serena, numa empatia repleta de misericórdia, na base da paciência e do estímulo, da consolação e do amor, como nos instrui Emmanuel. (2)
Em contrapartida, em muitos casos essa celebração se desviou, e muito, do sentido ético, pois acima das emoções justificáveis por parte dos parentes e amigos, ostenta-se um funeral por despesas excessivas com coroas de flores, santinhos, escapulários, velas que podem ser usados em doações a instituições assistenciais, conforme instrui André Luiz. Ouçamo-lo: Os espíritas devem dispensar, nos funerais, as honrarias materiais exageradas e as encenações, pois considerando que “nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo”, importa, porém, que lhe enviemos cargas mentais favoráveis de bênçãos e de paz, através da oração sincera, principalmente nos últimos momentos que antecedem ao enterramento ou à cremação. Oferenda de coroas e flores deve transformar-se “em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário”. (3)
Social, moral e espiritualmente, quando comparecemos a um velório exercemos abençoado dever de solidariedade, proporcionando consolação à família. Infelizmente, tendemos a fazê-lo por desencargo de consciência formal, com a presença física, ignorando o decoro espiritual, a exprimir-se no respeito pelo recinto e no esforço de auxiliar o desencarnado com pensamentos elevados.
Ora, o desencarnado precisa de vibrações de harmonia que só se formam através da prece sincera e de ondas mentais positivas. No livro Conduta Espírita, o Espírito André Luiz mais uma vez adverte-nos:
“procedermos corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte. O recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se. É importante expulsar de nós quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecermos”. Até porque a “solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana”. (4)
Deploravelmente, poucos se dão ao cuidado de conversar baixinho, principalmente no momento da remoção do cadáver do recinto para a “catacumba”, quando se amontoam maior número de pessoas. Temos motivos de sobra para a moderação, cultivemos o silêncio, conversando, se necessário, em voz baixa, de forma edificante.
Podemos fazer referências ao finado com discrição, evitando pressioná-lo com lembranças e emoções passíveis de perturbá-lo, principalmente se forem trágicas as circunstâncias do seu falecimento. Oremos em seu benefício, porque “morre-se” como “se vive”. Se não conseguirmos manter semelhante comportamento, melhor será que nem compareçamos ou nos retiremos do ambiente, evitando alargar o estrepitoso coro de vozes e vibrações desrespeitosas que afligem o recém-desencarnado, até porque o “morrer” nem sempre é o “desencarnar”.
Jorge Hessen

domingo, 1 de outubro de 2017

"O MOMENTO DA MORTE E DO DESENCARNE"

Muito comum, mesmo entre os espíritas, que se faça confusão entre os termos morte e desencarne, porém os termos possuem sentidos diferentes e a compreensão deles nos ajudará a esclarecer um assunto muito importante: o que acontece com o Espírito no momento da morte do corpo? Ela é dolorosa? É igual para todos? É a todas essas perguntas que tentaremos esclarecer neste artigo.
Para ajudar a esclarecer esse assunto tão fascinante é preciso, antes de tudo, conhecermos o significado dos termos morte e desencarne para o Espiritismo.
A morte é o fim da vida do corpo físico, ocorre quando o corpo, natural ou forçadamente, não tem mais condições de se manter vivo.
O desencarne é o processo de desligamento do Espírito, e seu corpo espiritual ou perispírito, do corpo físico.
Ao reencarnar o Espírito se une ao corpo físico através de seu perispírito molécula a molécula, no desencarne esse processo é invertido e o Espírito se desligará do corpo também molécula a molécula. A esse respeito Kardec escreveu que “o fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo”1. É importante ressaltar o fato de que morte e desencarne acontecem, normalmente, em momentos distintos e é isso que veremos agora com mais detalhes.
Kardec generaliza os diferentes “tipos” de desencarne quanto ao momento em que se dão e consequentemente quanto à facilidade ou dificuldade do processo. Os exemplos devem ser entendidos como casos extremos e, portanto, existem muitas variações entre um tipo e outro. Essa generalização foi feita em quatro grandes grupos que são:
“Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente.
Se nesse momento a coesão dos dois elementos (os dois corpos espiritual e carnal) estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça”2.
Após esses oportunos esclarecimentos sobre os diferentes processos de desencarne, Kardec finaliza dizendo que “daí resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, que, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável”3.
Mas então o que gera essa força “adesiva” que torna o corpo espiritual mais ligado ao corpo carnal e, por consequência, mais difícil e penoso o seu desligamento para o Espírito? Kardec mais uma vez vem nos esclarecer quando responde que “o estado moral da alma é a causa principal que influi sobre a maior ou menor facilidade do desligamento. A afinidade entre o corpo e o perispírito está em razão do apego do Espírito à matéria; está em seu máximo no homem cujas preocupações todas se concentram na vida e nos gozos materiais; ela é quase nula naquele cuja alma depurada está identificada por antecipação com a vida espiritual. Uma vez que a lentidão e a dificuldade da separação estão em razão do grau de depuração e de desmaterialização da alma, depende de cada um tornar essa passagem mais ou menos fácil ou penosa, agradável ou dolorosa”4.
Fica agora fácil entender que os fenômenos da morte e do desligamento do Espírito em relação ao corpo (desencarne) ocorrem, de modo geral, em momentos distintos podendo ser essa diferença de tempo em horas, dias, meses e mesmo anos. O que também nos chama a atenção é o fato de depender de cada um tornar esse momento mais fácil e agradável ou mais penoso e doloroso. A vida plenamente material onde se busca tudo que a matéria oferece como gozos e posses é aquela que dará mais dificuldade ao Espírito na hora do desencarne. Aquele que vive conforme a moral do Evangelho, dando importância relativa às coisas materiais, reconhecendo seu valor, mas não vivendo em função disso e principalmente reconhecendo e aceitando os Desígnios Divinos acima de qualquer revolta, esse sim terá uma passagem tranquila e fácil quando chegar sua hora.
Existe um outro fenômeno que possui relação direta com a moral do indivíduo e que começa a acontecer imediatamente após a morte do corpo, é o fenômeno da perturbação espiritual. Como nos esclarece Kardec a esse respeito “[...] nesse momento a alma sente um entorpecimento que paralisa, momentaneamente, as suas faculdades e neutraliza, pelo menos em parte, as sensações; está, por assim dizer, cataleptizada, de sorte que quase nunca testemunha consciente o último suspiro. [...] A perturbação pode, pois, ser considerada como estado normal no instante da morte; a sua duração é indeterminada; varia de algumas horas a alguns anos. À medida que ela se dissipa, a alma está na situação do homem que sai de um sono profundo; as ideias estão confusas, vagas e incertas; vê-se como através de um nevoeiro; pouco a pouco a visão se ilumina, a memória retorna e ela se reconhece. Mas esse despertar é bem diferente, segundo os indivíduos; nuns é calmo e proporciona uma sensação deliciosa; noutros, é cheio de terror e ansiedade, e produz o efeito de um horrível pesadelo ”5.
Assim fica mais uma vez clara a importância de uma vida reta, onde impere a moral do Evangelho de Jesus e onde cada um se esforce para ser cada dia melhor que no dia anterior. Para fechar a questão trago mais uma citação de Kardec onde ele fecha o assunto com muita clareza e objetividade:
“O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto a intensidade e duração do sofrimento estão na razão direta da afinidade existente entre corpo e perispírito. Assim, quanto maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-se. Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, como que naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule, e é o caso das mortes calmas, de pacífico despertar”6.
Fonte:  Espiritismo - 3ª Revelação
Referências: 
1.                  Kardec, Allan. O céu e o inferno. 2ª parte, cap. 1, item 4.
2.                  Idem. Ibidem, item 5.
3.                  Idem. Ibidem.
4.                  Idem. Ibidem, item 8.
5.                  Idem. Ibidem, item 6.
6.                  Idem. Ibidem, item 7.


“AS PROFECIAS DE HITLER”

Um colaborador  que prefere se manter no anonimato nos enviou uma material retirado, segundo ele, de um pequeno livreto publicado em 1955, que traz supostas profecias atribuídas ao espírito de Hittler. Essas profecias teriam sido psicografadas por vários médiuns espíritas, pouco tempo após a Segunda Guerra Mundial e reunidas no tal livreto.
Hitler (1952) por I. Fridmant: "Diga aos homens para se prepararem para enfrentar tempos muito duros. Haverá fome em todos os lugares. E mais do que falta de pão, haverá falta d'água. Muitos dirão: os reservatórios estão cheios de água. Mas se tratará de água infectada. Se lembra da grande crise de 1929? Um século depois voltará a ocorrer. E será muito pior, porque não será somente uma crise econômica. Na antecâmara (nas vésperas) do terceiro conflito mundial haverá uma grande quantidade de enganadores, capazes somente de mover a língua e de sugar o sangue do povo criança. Nos altos postos, haverá somente gigantes da corrupção, com coração de coelho. Os ladrões mais astutos e mais refinados se apresentarão ao povo com uma rica bagagem de mentiras. E o povo criança votará neles. No entanto, ao povo criança serão dados jogos, divertimentos e campeonatos. Assim, o povo esquece sempre a liberdade e a democracia, os cidadãos votam em ladrões e o país se torna um esgoto".
Hitler (1946) por H. Kolder: "Não se alegre pela paz, porque a centelha da guerra continuará acesa entre os povos. E haverá sangue... e haverá lágrimas. Mas a pessoa cruel virá no cruzar do milênio. Entre 1995 e 2005, o mundo será governado por víboras. E o veneno estará espalhado um pouco em todos os lados. O céu de muitas cidades alemãs, suíças, francesas e italianas será obscurecido por nuvens que transportarão uma carga de morte.
O capitalismo e o marxismo são sistemas injustos porque terminam crucificando o homem. Primeiro cairá o marxismo e o barulho da queda se ouvirá até a lua. Depois cairá o capitalismo e o barulho de sua queda se ouvirá até o sol. Onde caírem as duas bestas, restará somente cinzas, porque suas doutrinas eram somente cinzas. Quando entrarem no túnel da década viperina, as ideologias entrarão em crise profunda. Faltarão as idéias... As grandes idéias caem do céu, como o maná".
Hitler (1952) por um grupo de pesquisa mediúnica de Frankfurt: "Não se salvará nada desta civilização de consumo. E é justo que seja assim, porque o consumismo é uma roda que gira continuamente. E a cada giro produz ânsia e fadiga. Cobiça de ter? Cobiça de consumir! Sobre esta plataforma vem edificada uma vida angustiada".
Hitler (1951) por F. Riedman, ao responder a pergunta se haverá mudanças substanciais para a Europa: "Mudarão as fronteiras, as capitais, as terras e os mares. Haverá mudanças impostas pela natureza e mudanças impostas pelo homem. A natureza dará uma nova forma a muitas praias, a muitos mares e a muitos montes. Moscou se tornará uma cidade provincial enquanto que São Petersburgo voltará a ser capital da Rússia. Roma se tornará um museu enquanto que Milão se tornará a capital da Itália. Belgrado se apagará (será totalmente destruída), quando os fogos se acenderem. E Berlim voltará aos esplendores dos anos gloriosos. O Mar do Norte pegará algumas terras. Mas serão sobretudo as praias da Itália, França e Espanha que serão mudadas. Algumas destas serão irreconhecíveis. A parte alta do Mediterrâneo ferverá como uma panela sobre o fogo". Ao ser perguntado por sinais que indicarão estes eventos, foi dito: "Quando virem o inverno junto do verão... mas sobretudo quando Calais abraçar Dover, lembre-se que está entrando nos dias das grandes mudanças".
"O homem simples não poderá fazer nada, porque já está tudo escrito. Quem enfrentar os tempos das grandes mudanças com humildade, serenidade e sobretudo preparado dentro, se salvará. Quando o milênio morrer, morrerão muitas coisas. E muitas coisas mortas, ressurgirão. Naquele tempo, apronte sua bolsa, porque será o tempo de grandes migrações".
Hitler (1952) por L. Helmut: "Não passarão ainda muitas décadas e a vida terrestre não valerá a pena de ser vivida... Toda a terra será um veneno e toda a vida do homem será uma doença. A terra se tornará infectada como uma ferida cheia de pus. Os políticos prometerão consertar as coisas, mas gastarão todos os fundos na luta "desintoxicante" em inúteis assembléias, em discussões, em contestações, em comissões, em paracomissões...
Chagas horrendas se abrirão na carne dos homens e dos animais. Chagas horrendas se abrirão na terra que um dia era fértil". Ao ser perguntado se o Apocalipse virá mesmo, disse: "Sim, o Apocalipse foi construído grão após grão por homens loucos, incapazes e corruptos. Por isso foi decidido o grande dilúvio. E se salvarão os mais dotados. Na lei eterna, só há lugar para os melhores. Não será a massa que será salva, mas os super-homens. E a vida nova, os novos relacionamentos entre os homens, serão projetados e realizados por estas mentes superiores..."
Hitler (1952) por R. Dowden, ao responder sobre o papel dos antigos aliados no que poderá ser o último grande conflito da humanidade (Terceira Guerra Mundial): "Quando o turbilhão oriental passar pela Terra, o Japão será destruído por uma série de terremotos que deixarão na vida daquele povo uma ferida profunda... O destino da Itália é aquele de "mudar a cada mudança de vento".
Hitler (1954) por T. Simpson. Hitler teria falado em alemão e em francês enquanto que os registros afirmam que o médium não conhecia francês: "A Alemanha voltará a ser uma. A Inglaterra perderá as suas colônias, perderá a monarquia e perderá a unidade histórica. Então se compreenderá que a democracia não existia naquela terra. A França será destinada ao papel de dependente da Alemanha. A União Soviética se despedaçará em mil fragmentos. E cada fragmento reivindicará a sua bandeira. Uma crise espantosa passará pelos países do leste. A fome e a peste levarão os povos eslavos à agonia. Os Estados Unidos perderão as suas estrelas: uma a uma. De agressores serão agredidos. Chegará o dia em que eles deverão se defender, seja no interior como no exterior. A estátua da liberdade explodirá durante a lua cheia. E com a estátua da liberdade, despedaçará a história dos Estados Unidos da América. O mundo entenderá então que os Estados Unidos não eram grandes, mas somente ricos. E a riqueza é como a onda do mar, vai e volta. A cor que atacará os EUA será a amarela. Naquele tempo, tremerá o mundo. E tremerá sobretudo a Europa. Somente os países da América Latina darão luz. Será o Brasil o centro da civilização. Será necessária uma grande limpeza: onde não chegar o homem, chegará a natureza. A Flórida desaparecerá, se tornará mar... E do mar voltará uma terra. Que terá escondido o mistério de uma civilização. E neste mistério se encontrará uma nova lei de vida".
Hitler (1954), por F. Zellerh: "Tudo mudará somente quando o homem mudar. Quando a vida mudar. Quando se apagar a luz e depois de uma longa noite, surgirá o novo sol.  Eu disse que mudará tudo, na terra, no mar e no céu. O sol surgirá no poente e se porá no levante. A brisa do mar será sentida (onde é hoje) na montanha, enquanto que o gelo será encontrado (onde é hoje) no mar. O primeiro sinal destes acontecimentos será dado pelas estações. Quando a rosa florescer em janeiro e a neve for vista em maio, significará que os tempos estão vizinhos... Então haverá pânico entre os povos. Mas será necessário que isto ocorra. E no novo tempo, um novo sol se porá, no levante e não mais no poente".
Verídico ou não, temos que concordar que é tudo muito estranho.
Eu não acredito nisso, acho que a situação dele é precária demais pra se preocupar com essas coisas.

Fonte: Fórum Espírita.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...