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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

“QUAL O NOME DO MEU GUIA ESPIRITUAL? ”

Dia desses recebemos um e-mail em que a pessoa perguntava se, embora tivessem lhe informado que ele era um médium, um “bom médium”, mas que tinha medo de atuar como tal, se era possível, de alguma forma, saber o nome de seu Mentor Espiritual, assim por curiosidade mesmo…
A pergunta já foi devidamente respondida, mas gostaria de compartilhar alguns aspectos importantes desses questionamentos.
Não existe “mediunidade por informação”. Mesmo que alguém tenha olhado para você e dito que você seja um médium, para comprovar é preciso analisar essas percepções com cuidado. Quanto a ser um bom médium, se a pessoa nunca atuou como tal, é impossível ser um bom médium, posto que para isso é preciso muito tempo de estudo e prática. Mas tudo bem, isto não estava na resposta porque iria soar grosseiro. Respondemos somente ao quesito da curiosidade sobre o nome do mentor.
Isto é de fato interessante porque esta questão de nome dos Espíritos serve muito mais para nós do que para Eles. De maneira geral os Espíritos Benfeitores não estão lá muito preocupados com o nomes que lhes dão, ou damos. Claro que existem diversos nomes de Espíritos conhecidos, como André Luiz, Emmanuel, Joanna de Angelis e tantos outros.
Não é pelo nome assinado na mensagem que se identifica o Espírito, mas sim pelo conteúdo da mensagem, pela identificação vibracional sentida pelo próprio médium, entre outros aspectos diversos.
O nome pelo qual um Espírito se identifica, muitas vezes é criado apenas para que a Eles possamos nos referir de alguma forma, mas não quer dizer que este seja o nome do Espírito de quando viveu nesta ou naquela época.
Conta-se que o Espírito André Luiz, nas primeiras vezes em que se apresentou, ainda não havia se identificado.
Quando foi perguntado sobre seu nome, Ele respondeu com duas perguntas feitas a dois integrantes da reunião.
– Qual o meu nome? Me diga antes você o seu nome…
– André – respondeu o primeiro
– E o seu nome, filho? – dirigindo-se a outro.
– Meu nome é Luiz.
Então respondeu o Espírito:
– Pois bem, este é meu nome agora: André Luiz.
E este é o nome como conhecemos este maravilhoso Repórter do Espaço.
Sobre Emmanuel, conta-se de Ele foi alternando a forma de escrever o nome nos primeiros contatos com Chico Xavier. Sabemos que a mais recente encarnação de Emmanuel foi a do Padre Manuel da Nóbrega. Pois bem, ele teria assinado nas primeiras vezes Ermano Manuel, depois, em outra vez alternou para “Ermanuel” como se tivesse juntado os dois nomes. E finalmente passou assinar Emmanuel, lançando mão da forte simbologia deste nome que significa “Deus conosco”.
Outro exemplo temos de quando a família de Humberto de Campos, acionou na justiça a Federação Espírita Brasileira em 1944, colocando a seguinte solicitação. Se o livro Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho, ditado pelo Espírito de Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier, fosse mesmo escrito pelo citado autor espiritual, os direitos autorais teriam que ser concedidos à sua família. Tronando curta uma história longa, A FEB ganhou a causa, mas o citado Espírito elegantemente, a partir de então passou a assinar como Irmão X.
Mas…e o nome do meu mentor?
Quer saber? Tanto faz o nome do seu Mentor. Mentor Espiritual, Guia Espiritual, Anjo da Guarda. Não faz diferença. O que importa é que Ele está aí, “ao seu lado”.
Não que ele esteja 24h a tira colo, mas falando numa linguagem atual, digamos que para você ele sempre estará “on line”.
Se você desejar, pode por conta própria dar a Ele (Ela) um nome. Mas é pela sintonia que Ele se comunicará com você e não pelo fato de você chamá-lo pelo nome “correto”.
-Mas eu não tenho mentor.
Eu tenho mesmo um anjo guardião?
Tem sim. Pode acreditar que tem. Deus não é “doido” de deixar as pessoas andando por aí sozinhas. O que acontece é que muitos insistem em se desviar de sua rota, indo por um caminho às vezes sombrio. E não cabe ao nosso Guia Espiritual interferir em nossos arbítrios. Nem mesmo Deus o faz.
Pela prece, pelo pensamento, pela sintonia, pela vibração, diante das aflições, medite e mentalize o seu Mentor Espiritual e pela vontade sincera, você se comunicará com ele. Possa que você não o sinta de forma ostensiva. A maioria não O sente. Mas aí está Ele, exercendo a sua função designada pelo Pai da Vida.
Kardec nos ensina:
“Seu nome pouco importa, pois bem pode dar-se que não tenha nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como nosso anjo guardião, nosso bom gênio. Podemos mesmo invocá-lo sob o nome de qualquer Espírito superior, que mais viva e particular simpatia nos inspire.” (ESE)

Fonte: Chico de Minas Xavier

“O QUE BUSCAMOS NAS IGREJAS, NOS TEMPLOS EVANGÉLICOS OU NAS CASAS ESPIRITAS?

Comenta Richard Simonetti:
 "O que buscamos nesses lugares? Uma vida mais equilibrada e digna? Refletir a respeito de nossas responsabilidades? Superar vícios e mazelas? Participar nos serviços do Bem? Ou apenas desejamos que Jesus: Remova nossas dificuldades? Solucione nossos problemas? Restaure nossa saúde? Conceda-nos a felicidade? Não é isso uma espécie de escambo, uma troca que não envolve dinheiro? Dou minha presença, submeto-me ao culto com a intenção de algo receber? Tanto é assim que muita gente deixa de participar porque não recebeu o benefício que buscava, o favor que esperava. ISSO É COMERCIALIZAR O SAGRADO. (...) Na atividade religiosa costumamos fazer o mesmo: Se receber as bênçãos desejadas serei um contribuinte; Se resolver meus problemas trabalharei pelos pobres; Se alcançar a cura serei uma pessoa melhor. Há quem faz adiantamentos: Um donativo; Uma visita a família carente; Um exercício de tolerância. Alguns pregadores exploram essa tendência. Parecem camelôs a pregoar o seu produto, como se a felicidade fosse uma mercadoria, não uma realização íntima. Há fiéis que enunciam seus projetos de comércio com a divindade na forma de promessas solenes a serem cumpridas depois de receberem os benefícios desejados. Algumas são bastante ingênuas, relacionadas com inúteis mortificações como: Carregar cruz; Subir escadarias de joelhos; Privar-se de alimentos; etc." (...) Deus não quer que mortifiquemos o corpo e sim que abrandemos o coração. Por isso, o sacrifício mais agradável ao Senhor é renunciar aos interesses pessoais para fazer algo em favor do próximo. Os que insistem em comercializar os dons sagrados, em fazer propostas e promessas, acabam decepcionados, porque entre o que pretendemos e o que recebemos, há um princípio subordinado à justiça perfeita: O merecimento."
Comenta J. Raul Teixeira: "Porque o grande ensinamento de Jesus foi o AMOR. Se amamos realmente a nós mesmos, não permitimos a autoagressão através dos vícios morais ou físicos. Se nos amamos, buscamos a educação moral e intelectual; Se amamos nosso semelhante, nunca nos permitiremos a desonestidade, a raiva, a inveja, a agressão e, muito menos, a indiferença. Se amamos Jesus, buscamos a luz dentro de nós mesmos, compreendendo que viver é aprender a servir para o bem. Não é difícil entender que para se viver com o Guia da Terra em experiência integradora, devemos desenvolver em nosso caráter o que existe de mais sóbrio, de mais lúcido e grandioso, engajando-nos na verdadeira educação."
Mas, infelizmente, muitos ainda buscam o mesmo que o povo daquela época buscava. Vemos hoje muitos chegando à religião, submetendo-se aos rituais, cultos, dogmas, “buscando graças variadas”, etc., mas não se transformam, não buscam saber o que Jesus espera delas.
Comenta Cairbar Schutel: "Converter-se não é só a palavra e o conhecimento, converter-se é transformar a palavra e o conhecimento em ação. Porque há muitas pessoas que, na aparência, mostram seguir Jesus, mas, de fato, não o seguem; ao passo que, muitos que parecem não seguir, estão a caminho com Ele.
Comenta Richard Simonetti: "Por isso, em defesa de nossa paz, não devemos buscar o culto religioso como um canal aberto para obter favores do Céu. Melhor situá-lo como uma convocação para fazer o que o Céu espera de nós."
Mas afinal, qual é a nossa resposta para essa pergunta: “O QUE BUSCAMOS DENTRO DO TEMPLO RELIGIOSO?”
Fonte: Grupo de Estudos Allan Kardec 

Compilação de Rudymara

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A “MORTE” É APENAS UMA VIAGEM MAIS LONGA, O QUE LEVAR NA BAGAGEM!?

Se recebermos um convite para "residir" no Japão ou outro País, com hábitos e horários totalmente diferentes, vamos nos preparar, quanto à comida, temperatura, costumes! O mesmo deveria ser quanto a nossa partida para o Além! Por isso Jesus, após suas maravilhosas "Parábolas" ou "Histórias", as finalizava dizendo: "Quem tem olhos de ver que veja, Quem tem ouvidos de ouvir que ouça"!
Por intuição, todos sabem que morrerão um dia, mas evitam tocar no assunto, achando que isto só poderá acontecer com o seu vizinho.
No entanto, muitos têm medo da morte porque desconhecem todo o processo de passagem para o Plano Espiritual e quando isto poderá acontecer. Temos a certeza que iremos morrer, mas não temos ideia que quando isto irá acontecer. O Espiritismo trouxe os devidos esclarecimentos, tirando as fantasias criadas por outras religiões, mostrando os mistérios para o retorno ao nosso verdadeiro lar, e que podemos encarar a morte com serenidade, nos dando as devidas informações de como podemos no preparar para este momento.
Emmanuel afirma que devemos cuidar do corpo humano como se ele fosse viver eternamente, e do Espírito como se fosse desencarnar amanhã.
Há uma frase muito famosa de Confúcio, antigo filósofo chinês, que resume o que foi dito acima: “Aprende a bem viver e bem saberás morrer! ”
Em “Quem tem medo da morte” Richard Simonetti nos informa que “O ideal é estarmos sempre preparados, vivendo cada dia como se fosse o último, aproveitando integralmente o tempo que nos resta no esforço disciplinado e produtivo de quem oferece o melhor de si em favor da edificação humana. Então, sim, teremos um feliz retorno à Pátria Espiritual. ”
“Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar nossa hora, estejamos habilitados a um retorno equilibrado e feliz. O primeiro passo nesse sentido é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural. Há condicionamentos milenares nesse sentido. Há pessoas que simplesmente recusam-se a conceber o falecimento de um familiar ou o seu próprio. Transferem o assunto para um futuro remoto.
(...) O Espiritismo nos oferece recursos para encarar a morte com fortaleza de ânimo, inspirados igualmente na fé. (...) Uma fé inabalável de quem conhece e sabe o que o espera, esforçando-se para que o espere o melhor. (...) O despreparo para a morte caracteriza multidões que regressam todos os dias, sem a mínima noção do que os espera, após decênios de indiferença pelos valores mais nobres.
São pessoas que jamais meditaram sobre o significado da jornada terrestre: de onde vieram, porque estão no mundo, qual o seu destino. Sem a bússola da fé e a bagagem das boas ações, situam-se perplexas e confusas. ”
Vejamos um depoimento extraído de “A Vida Triunfa”, mensagem ditada por Carlos Alberto Andrade Santoro, através de Chico Xavier:
“Acordei, achava-me num educandário-hospital dirigido por antigos benfeitores de São José do Rio Preto. Meu bisavô Santoro me afagava, minha tia Maria me falava com bondade, não precisaram doutrinar-me quanto à Grande Renovação. (...) compreendi que, mesmos nós Espíritas da mocidade e da madureza, o que penso, não nos achamos assim tão preparados para a transferência de plano, como julgamos, porque o choro do Antoninho Carlos me arrasava e as lágrimas do senhor e minha mãe caiam sobre minha alma como se fossem gotas de algum ácido que me queimava por dentro todas as energias do coração. ”
Este trecho desta carta de Carlos Alberto dirigida aos seus pais, relata claramente a falta de preparo, inclusive de nós Espíritas, para entrar no outro lado da vida.
Infelizmente este é o perfil da grande maioria dos habitantes de nosso planeta.
Liane Camargo de Almeida Alves, jornalista especializada em assuntos espirituais, editora da revista Bons Fluídos (Ed. Abril), fez o seguinte comentário: “Morrer não se improvisa, dizem todas as linhas espirituais do mundo. A preparação para o momento da morte acontece em cada instante de nossa existência. Cada segundo em que nos sentimos realmente vivos, com intensidade total, nos preparamos para a morte.
Nesses momentos de presença vibrante, em que vivemos o aqui e agora do corpo e alma, entramos em contato com as vibrações sutis que se armazenam na nossa memória, na nossa essência mais profunda, aquela que continua depois da morte. O conjunto desses momentos de alta vibração que podemos provar em nossas vidas condicionará o nível de energia que poderemos alcançar no momento da morte. É incrível, mas o viver condicionará o morrer. ”
E é persistindo na prática diária da prece, da meditação, no exercício constante do amor e da compaixão, com a mente calma e um coração amoroso, teremos com certeza uma morte tranquila.

Fonte:  ESPIRIT BOOK

SERÁ QUE ESTA É A SUA ULTIMA ENCARNAÇÃO? ”

Confira seção de perguntas e respostas do Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, e vídeo que esclarece um dos assuntos mais questionados aqui na página.
166. A alma que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea como acaba de depurar-se?
— Submetendo-se à prova de uma nova existência.
166 – a) Como ela realiza essa nova existência? Pela sua transformação como Espírito?
— Ao se depurar, a alma sofre sem dúvida uma transformação, mas para isso necessita da prova da vida corpórea.
166 – b) A alma tem muitas existências corpóreas?
— Sim, todos nós temos muitas existências. Os que dizem o contrário querem manter-vos na ignorância em que eles mesmos se encontram; esse é o seu desejo.
166 – c) Parece resultar, desse princípio, que após ter deixado o corpo a alma toma outro. Dito de outra maneira, que ela se reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?
— É evidente.
167. Qual a finalidade da reencarnação?
— Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isso, onde estaria a justiça?
168. O número das existências corpóreas é limitado ou o Espírito se reencarna perpetuamente?
— A cada nova existência o Espírito dá um passo na sendo do progresso: quando se despojou de todas as impurezas, não precisa mais das provas da vida corpórea.
Seus encontros nesta vida foram combinados antes de reencarnar?
169. O número das encarnações é o mesmo para todos os Espíritos?
— Não. Aquele que avança rapidamente se poupa das provas. Não obstante, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas porque o progresso é quase infinito.
170. Em que se transforma o Espírito depois de sua última encarnação?

— Espírito bem-aventurado; um Espírito puro.
Fonte: Chico de Minas Xavier

domingo, 14 de janeiro de 2018

“DURANTE O SONO, MUITAS VEZES, SOMOS CHAMADOS JUNTO AOS NOSSOS ESPÍRITOS QUERIDOS”

Enquanto você dormia, à noite passada, é possível que você estivesse matando a saudade de antigos amores fraternos. De vez em quando somos chamados junto aos nossos espíritos queridos.
Você alguma vez já sonhou e ficou triste por ter acordado? Queria ficar dormindo, sonhando, vivendo o que estava vivendo, sentindo o que estava sentindo?
Durante as horas de sono, enquanto o corpo físico repousa, nós ficamos relativamente livres, temporariamente libertos do peso da matéria. O que cada um de nós faz nessas horas? Depende da vontade, do que se passa em nosso íntimo, depende do nosso grau de adiantamento moral, da nossa força mental, depende de uma série de fatores que pouca gente conhece. Isso é estudado profundamente na Projeciologia, do Waldo Vieira.
Mas há ocasiões em que vamos para lugares muito melhores do que os lugares em que vivemos hoje. Fazemos coisas mais agradáveis do que as coisas que costumamos fazer e, o mais importante, convivemos com pessoas de quem sentimos muita falta.
Por mais que você ame quem está ao seu lado, sua família, seus parentes e amigos, nós vivemos em pleno laboratório de pesquisas. A matéria é mais ou menos isso, um laboratório onde testamos nossos conhecimentos e experiências adquiridos através de incontáveis reencarnações e durante os intervalos entre uma reencarnação e outra.
E na turbulência do dia-a-dia, no mundo competitivo e agitado, é raro termos tempo e oportunidade para simplesmente viver. Temos inúmeras responsabilidades aqui. E nem sempre estamos bem certos do que fazemos. Quando reencarnamos, não trazemos um roteiro que possa ser consultado a qualquer hora. É tudo intuitivo…
Quando estamos temporariamente livres da matéria por ocasião do sono, temos a oportunidade de conviver com pessoas a quem muito amamos e que muito nos amam. Cada um de nós tem sua parentela espiritual. Cada um de nós tem laços de amor e amizade com espíritos muito superiores a nós, que zelam por nossa passagem pela matéria. São esses espíritos que muitas vezes nos socorrem em momentos de maior dificuldade, nos incutindo ideias de bom ânimo, de esperança e de certeza de que no final tudo dá certo.
Enquanto o corpo físico está atirado sobre a cama, você pode estar matando a saudade de antigos amores fraternos, ouvindo bons conselhos, assistindo palestras, participando de cursos, relembrando experiências agradáveis de outras vidas como forma de recobrar forças e ânimo pra continuar a tarefa.
Então, quando você acorda, não sabe onde estava, com quem estava ou o quê estava fazendo. Mas sabe que estava num lugar extremamente agradável e calmo, com pessoas amadas, boas e pacíficas, fazendo algo de útil e instrutivo. Você desperta com a convicção de que esteve num lugar que você conhece, esteve com pessoas muito íntimas, e estava tratando de assuntos que você conhece muito bem, você sabe perfeitamente do que se trata, embora seu cérebro físico não tenha essa lembrança.
Quando você acorda e percebe que era um sonho, que a sua realidade é outra, talvez a sua primeira impressão seja de decepção. Você gostaria de ficar por lá, você preferiria que a sua realidade fosse aquela e não esta. Mas logo você se conforma, você sabe, intuitivamente, que voltar pra lá é uma questão de tempo. De tempo e de merecimento.
A sua realidade, hoje, agora, é aqui. Você tem uma enorme responsabilidade aqui. A sua responsabilidade não se restringe às pessoas que você conhece. A sua família não é composta só pelas pessoas que estão encarnadas aqui, com você. Há espíritos desencarnados que fazem parte do seu grupo, que estão inseridos no contexto da sua experiência terrena.
O processo reencarnatório passa por um grande e complexo planejamento, que nós estamos longe de apreender. Mas é muito provável que alguns espíritos contam com você, esperam que você faça o que foi planejado, dependem de você, até certo ponto, para poderem colocar em prática o que foi planejado para eles. Tudo está interligado.
Por isso, de vez em quando, somos chamados junto aos nossos espíritos queridos. Para relembrar o planejamento, para retificar pontos que fugiram do controle, para modificar estratégias. A sensação que guardamos conosco, as lembranças vagas que ficam, quando despertamos, nos afiançam de que vale a pena se esforçar, vale a pena cumprir com a nossa parte.
Autor: Morel Felipe Wilkon

Fonte. Mensagem Espírita

“PORQUE SÓ EM OUTRA ENCARNAÇÃO? SERÁ QUE A LEI DO RETORNO NÃO FUNCIONA NO MUNDO ESPIRITUAL?

Tenho ouvido muitas espíritas repetirem: “Na outra encarnação, fulano há de colher o que plantou…”
Outros dizem assim: “Na outra encarnação, eu farei as pazes com sicrano…”
E vai por aí afora: na outra encarnação; isso, na outra encarnação aquilo…
Ora, será que já lhes ocorreu que, pensando dessa maneira, estão desconsiderando o chamado tempo de intermitência entre uma encarnação e outra? De que valerá, para o espírito, a experiência que medeia entre uma existência e outra no corpo físico? Será a vida no Mundo Espiritual, no que tange à Evolução, completamente nula?!
Eis algumas perguntas que merecem reflexão: O espírito pode se aperfeiçoar no Mundo Espiritual e voltar à Terra em melhores condições? Ele pode, por exemplo, se reconciliar com um desafeto no Mais Além? Pode começar a fazer por Lá, ou seja, por aqui, o que não fez quando encarnado?
Carlos T. Pastorino, autor de “Minutos de Sabedoria”, costumava dizer, e com razão, que o espírita se refere à Vida além da morte como sendo “Outra Vida”, quando a Vida é sempre a mesma, ou, por outras palavras, Única!
A Vida, com a morte do corpo, hora alguma, sofre solução de continuidade – o espírito não para de respirar, de pensar, enfim, de ser o que, essencialmente, é!
Quem se refere à “outra encarnação”, está, como que, inconscientemente, suprimindo as experiências que podem e devem ser vivenciadas na Vida que prossegue, sem alteração, para além das fronteiras do túmulo.
Quantos, porém, infelizmente, continuam a se sugestionar, postergando para a próxima experiência no corpo carnal o que devem e podem começar a fazer desde agora – e, caso não seja possível agora, sobre a Terra, que se faça possível na Vida imediata, que é esta aqui, onde estou e para onde vocês virão!
Neste sentido, André Luiz, através de Chico Xavier, começou a nos mostrar um Mundo Espiritual mais humano, porém ainda não tão humano quanto, de fato, ele é! É que André Luiz, sob o amparo dos Espíritos Superiores, teve que administrar essa transição de uma cultura religiosa antiga para o novo paradigma que o Espiritismo propõe.
Portanto, meus caros, comecemos a rever, em nossas palestras e ditos cotidianos, essa questão, que, embora não nos pareça, se mostra de suma gravidade em nosso inconsciente, para uma Vida mais plena na Terra e nas Dimensões Espirituais.
O que não se pode viabilizar sobre a Terra não carece de esperar pela “outra encarnação” para se viabilizar, concordam?
Se todos os mundos e todas as existências são, naturalmente, solidárias, o Mundo Espiritual não pode ser excluído do contexto evolutivo, e o espírito, mesmo após o seu desenlace, será chamado a fazer o que não fez.
Com essa história de “outra encarnação” é que muita gente vem dormir neste Outro Lado, imaginando, com certeza, que aqui seja um berçário ou algo semelhante… Os que fixam a mente na “outra encarnação” ficam pouco tempo por aqui!
Preparem-se para Vida ativa no Mais Além! Antes de voltar à Terra, em novo corpo, o espírito terá por aqui oportunidades semelhantes às que teve no mundo – oportunidades de trabalhar, estudar e tentar consertar os equívocos cometidos! Isto é possível, sim, porque o Mundo Espiritual é também um campo de ação e reação!
Dr.Inácio Ferreira
Fonte- Espíritbook

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sábado, 13 de janeiro de 2018

“UM VICIADO NÃO CONSOME DROGAS APENAS POR SEU PRÓPRIO DESEJO! ENTENDA O LADO ESPIRITUAL DESSE DRAMA! ”

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.
Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam, com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.
A AÇÃO DAS DROGAS NO PERISPÍRITO
Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra “Missionários da Luz” – André Luiz ( pág. 221 – Edição FEB), lemos: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.
A AÇÃO DOS ESPÍRITOS INFERIORES JUNTO AO VICIADO
Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
“O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga.”
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, “o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”.
Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.
Reformador – Março/98-Extraído do site: Verdade e Luz
Fonte: Espiritbook

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“O ENCONTRO DE ALMAS E O AMOR IMPOSSÍVEL”

Na vida acontecem encontros, desencontros e reencontros motivados pela busca do grande amor. Para algumas pessoas o amor é profissão, para outras é maternidade e para outras, ainda, é o celibato. Porém, para uma grande parcela o amor representa o encontro com aquele ou aquela que será a própria razão de viver.
Mas como explicar esses encontros que resultam numa explosão de sentimentos que nos fazem acreditar que aquela pessoa é a pessoa certa? Será que é simplesmente química orgânica ou algo a mais que “a nossa vã filosofia não consegue compreender”?
Porém, para nós espíritas que acreditamos na reencarnação, entendemos que esse “estado de alma” tem origem na lei das afinidades. Isto é, os espíritos, quando encarnados ou não, estabelecem intensos laços afetivos de amor e amizade que exercem forte atração quando se encontram novamente encarnados. Todavia, existem aqueles espíritos que necessitam experimentar a solidão para refletir sobre os excessos cometidos em vidas pregressas ou passar por provações que necessitam vencer.
Seja como for, o amor é uma conquista pessoal que exige atitude, intenção e continuidade. Não é possível amar alguém sem antes amar a si mesmo (para amar é preciso se amar em primeiro lugar). Em outras palavras, a maioria dos sofrimentos nasce do fato de não termos a certeza que nos amamos ou se desejamos ser amados; se amamos tal pessoa de fato ou se queremos possuí-la como um objeto; ou ainda, se o que sentimos é amor ou se é um paliativo para as nossas carências.
Quando nos apaixonamos por alguém que já está compromissado com outra pessoa ou quando nutrimos um desejo secreto por outrem também comprometido, devemos nos afastar imediatamente, evitando, assim, nos tornarmos um instrumento de tentação e queda no caminho daquela pessoa. Da mesma forma, se não conseguimos conter nossos impulsos na presença de quem desconhece tal intenção, melhor será tomar a iniciativa de evitar o encontro com aquela pessoa.
Insistir em um relacionamento afetivo sem que sejamos correspondidos é o mesmo que confessar que carecemos de amor próprio e que estamos adoecidos pela mágoa e pelo egoísmo, pois, a afeição e o amor saudável são sempre recíprocos e generosos.
Se vivemos com alguém que não nos ama com a mesma intensidade é porque ainda não encontramos quem, verdadeiramente, nos fará feliz.
Viver trocando de supostos afetos, como se faz com alguma peça de roupa, desprezando os sentimentos alheios envolvidos nesta constante troca, reserva ao praticante desconsolo no futuro; ninguém lesa o outro sem lesar a si mesmo.
Quem ama de forma consciente e responsável, sem desejar a posse do outro, ainda que se desencontre do ser amado, haverá de se reencontrar aqui ou acolá, pois o amor é um imã que faz almas afins se atraírem de forma irresistível.
O amor entre dois parceiros significa a conquista da felicidade terrena e a consequência disso é a atração de boas vibrações, o que os torna capazes de enfrentarem as expiações e provas a que estarão sujeitos.
A compreensão desses fatos devolveria de imediato parte da saúde física e mental à maioria das pessoas que, adoecidas, insistem em esperar por alguém idealizado que imaginam existir ou amar e a quem atribuem a tão almejada felicidade. E por conta da espera interminável, esses melancólicos pseudo apaixonados fantasiam amores platônicos que atraem para si espíritos com a mesma vibração. Desta forma, tornam-se hospedeiros para esses espíritos que também se satisfazem com fantasias depressivas, fruto dos devaneios de quem permanece inerte diante da vida.
Cuidemos, portanto, dos nossos relacionamentos.
Fraternidade Luz e Fé
Fonte: Espíritbook

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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

“CUIDADO COM OS ESPÍRITOS HIPÓCRITAS”

Os maus espíritos são aqueles que o arrependimento ainda não tocou; que se comprazem no mal, e nele não concebem nenhum remorso; que são insensíveis às censuras, repelem a prece e, frequentemente, blasfemam contra o nome de Deus. São essas almas endurecidas que, depois da morte, se vingam, nos homens, dos sofrimentos que experimentam, e perseguem com o seu ódio aqueles a quem odiaram durante a vida, seja pela obsessão, seja por uma falsa influência qualquer.
Entre os espíritos perversos, há duas categorias bem distintas: aqueles que são francamente maus e os que são hipócritas.
Os espíritos francamente maus
São infinitamente mais fáceis de conduzir ao bem do que os espíritos hipócritas; são, o mais frequentemente, de natureza bruta e grosseira, como são vistos entre os homens, que fazem o mal mais por instinto do que por cálculo, e não procuram se fazer passar por melhores do que são; mas há neles um germe latente que é preciso fazer eclodir, o que é conseguido, quase sempre, com a perseverança, a firmeza unida à benevolência, pelos conselhos, pelo raciocínio e pela prece. Na mediunidade, a dificuldade que eles tem em escrever o nome de Deus é indicio de um temor instintivo, de uma voz íntima da consciência que lhes diz que são indignos; aquele com quem ocorre isso, está no limiar da conversão, e pode-se esperar tudo dele: basta encontrar o ponto vulnerável do coração.
Os espíritos hipócritas
São quase sempre muito inteligentes, mas não tem no coração nenhuma fibra sensível; nada a toca; simulam todos os bons sentimentos para captar confiança, e ficam felizes quando encontram tolos que os aceitam como santos espíritos, e que eles podem governar à sua vontade. O nome de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, lhes serve de máscara para cobrir as suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os hipócritas são os seres mais perigosos porque agem na sombra, e deles não se desconfia. Eles têm as aparências da fé, mas não a fé sincera.
Autor desconhecido

Fonte: Mensagem Espírita

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

“QUANDO CAI UM AVIÃO, TODOS OS PASSAGEIROS ESTAVAM PREDESTINADOS A MORRER?"

Recentemente, os meios de comunicação noticiaram que os familiares de vítimas de um acidente aeronáutico haviam recorrido à Justiça para impedir a venda de um livro, de temática espírita, que explicaria essa tragédia como um resgate de crimes ocorridos pelas vítimas em encarnação anterior, quando queimaram cristãos. Segundo o advogado de um dos familiares, “A família ficou desolada e decepcionada com este livro, que denegriu a imagem de quem não está aqui para se defender. O autor diz que não existem vítimas inocentes, que os passageiros eram algozes na Gália na época dos romanos”.
A Justiça acolheu o pedido, mandou retirar os exemplares das livrarias e proibiu novas edições. Reconheço que não li o referido livro, nem conheço o médium responsável por sua publicação (Sim! Os médiuns são responsáveis por aquilo que tornam público, mesmo que de autoria de um espírito), mas, apesar de uma enquete realizada pela Livraria da Folha mostrar que 58% dos votos eram contra a retirada do livro de circulação, questiono fortemente a oportunidade de uma publicação como essa. Até mesmo porque sabemos que, boa parte dessas pessoas que se posicionaram contra a retirada, teriam opinião diferente, se um familiar seu estivesse entre as vítimas do acidente.
Além de ver o nome da Doutrina Espírita levado, mais uma vez, ao noticiário de forma negativa, com os parentes protestando contra o que consideram ser uma ofensa à memória de seus entes queridos, ainda somos obrigados a ler diversos textos, de autoria de ministros de outras religiões ou materialistas, acusando os espíritas de serem insensíveis ao publicar um livro que transforma vítimas em verdugos. O mais triste, na verdade, é ter que concordar com eles…
Qual a real utilidade de se publicar um livro que aponte as vítimas de uma tragédia tão recente como antigos assassinos pagando seus débitos de vidas passadas? Se a resposta é ensinar que tudo ocorre como fruto da justiça e da Lei de Ação e Reação, um contra-argumento é que, um espírita bem orientado já deveria saber isso. Que não existem vítimas inocentes já é uma questão de opinião do autor, visto que nem sempre uma morte traumática pode ser expiação e sim prova. Vasta literatura sobre o assunto já existe, tanto na forma de romances como de estudos doutrinários. Mas quem não é espírita não quer saber a opinião do Espiritismo sobre suas tragédias pessoais.
Então, para que lançar um livro especificamente sobre essa tragédia? Para, aproveitando a atualidade do fato, atrair mais leitores, curiosos sobre o assunto? E para divulgar a ideia de que, para os espíritas, Deus se vinga das pessoas mesmo séculos depois, tal qual um perseguidor implacável? Sim, porque para muitos não-espiritas e, infelizmente, alguns espíritas, o que se conclui é que Deus está punindo espíritos criminosos, com a Lei de Talião que pregava o olho por olho, dente por dente.
Não é raro ficarmos sabendo, por meio de conhecidos que não são espíritas, que confrades nossos teriam “explicado” situações dramáticas, como doenças, invalidez ou morte por meio dessa lógica equivocada do tipo “se seu avô morreu afogado é porque afogou alguém em outra vida e está pagando agora”. A insensibilidade desse tipo de comentário, mesmo que correspondesse à verdade, é impressionante.
Se pretendemos ensinar como o mal que fazemos dará origem a expiações no futuro, mesmo que em outras encarnações, não precisamos de exemplos reais ou, pelo menos, tão recentes. Até porque o raciocínio “morreu queimado para pagar por ter queimado alguém” nem sempre se aplica.
Precisamos, antes de tudo compreender os mecanismos da Lei de Ação e Reação. Um espírito não chega no mundo espiritual e já recebe, como punição, a ordem de voltar a Terra e sofrer desse ou daquele jeito, morrer dessa ou daquela maneira. Por incrível que pareça, existem muitos espíritas desavisados que se confundem e acreditam nesse tipo de punição. Sobre o assunto, Kardec recebeu a seguinte resposta dos espíritos: “Deus sabe esperar; não apressa a expiação”. (1)
Muitas vezes, o espírito, ao chegar no plano espiritual, nem tem consciência de suas faltas. Para ele, o que foi feito ou está correto ou foi somente consequência das atitudes de outras pessoas. Porém, com o tempo, seu nível de compreensão vai aumentando e ele compreende o mal que fez aos seus semelhantes e sua consciência começa a acusá-lo. Veja bem! Não é Deus quem o acusa, não são os espíritos superiores que o condenam. É ele mesmo. Para que possa ascender mais um degrau na escala de evolução espiritual, ele necessita reparar o mal que fez.
Sobre as penas, Kardec recebeu a seguinte resposta: “ele escolhe as que podem ser para ele uma expiação, pela natureza de seus erros, e lhe permite avançar mais rapidamente” (2). Mas, essa reparação nem sempre é feita “pagando-se na mesma moeda” como muitas pessoas acreditam. Uma vida de extrema dedicação ao próximo pode resgatar um assassinato praticado em outra vida, sem a necessidade da pessoa ser assassinada também.
O que ocorre é que o resgate de faltas passadas por meio de mortes trágicas ou traumáticas pode ser solicitado pelo espírito devedor como forma de aliviar seu fardo de culpa, culpa essa que surge como fruto do seu desenvolvimento moral. Portanto, o espírito da pessoa que desencarna em situações trágicas, muitas vezes, já evoluiu o suficiente não só para pedir essa prova, como também para poder aproveitá-la adequadamente. Por isso, para ele, uma prova dolorosa não causa repulsa (3). De nada adiantaria um espírito ainda preso aos crimes que cometeu, e sem nenhum sentimento de remorso, passar pelo mesmo sofrimento que causou, porque isso só o deixaria mais revoltado e em nada o ajudaria.
Isso não quer dizer que nenhum espírito se revolte contra as provas que ele mesmo escolheu. Todos nós conhecemos pessoas que são a prova viva disso, constantemente se queixando de problemas que, desconfiamos, foram escolhidos por eles mesmos como forma de exercitarem qualidades como paciência, resignação, tolerância, etc.
Mas, no geral, essas mortes traumáticas, como forma de expiação, são escolhidas por espíritos que já alcançaram um nível de entendimento para abraçá-las sem temor, certos de que, após essa prova, poderão seguir no caminho da evolução espiritual livres do peso da culpa.
Para se orientar um amigo que não seja espírita, de forma a que ele não saia da conversa com uma má impressão dos conceitos doutrinários, precisamos conhecer bem a Doutrina. A um espírita bem informado, esses conceitos são indispensáveis para a compreensão das tragédias. Mas não podemos, nem devemos, esperar esse mesmo grau de entendimento por parte de quem não partilhe das mesmas crenças que nós. Para essas pessoas, a morte de seus entes queridos só serviu para provocar dor e desespero nas famílias. Se creem em Deus, procuram acreditar que essa morte foi determinada por Ele, mas não compreendem os chamados “desígnios divinos”. Se não creem, a morte é o final de tudo e os entes queridos se foram para sempre.
Se uma dessas pessoas, seja de que crença for, procurar o auxílio de um médium, como tantas o fizeram com Chico Xavier e ainda fazem hoje com outros médiuns, a obtenção de uma comunicação de conforto, que explique que aquela morte teve um motivo justo, não só é justificável como pode trazer paz a toda uma família. Mas essa pessoa, ao procurar um médium, já estava psicologicamente preparada para o que recebeu.
Porém, que benefício trará uma informação de que uma morte trágica foi fruto de uma expiação por crimes do pretérito para um familiar que nunca procurou uma explicação espirita para o fato? Na verdade, me parece muito mais que estamos copiando o que se fazia no passado, quando padres e pastores vinham a público explicar, da maneira deles, os fenômenos espíritas, seja acusando de fraudes, seja culpando demônios pelas manifestações. Se não nos agradava esse comportamento, que não façamos o mesmo, impondo nossa visão e crença àqueles que não querem ou não estejam preparados ainda para isso.
(1) – Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Questão 262a
(2) – Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Questão 264
(3) – Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Questão 266
Autor: Maurício Menezes Vilela

Fonte: Mensagem Espirita

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

“O PERIGO DOS ESPÍRITOS OPORTUNISTAS- COMO SABER SE O ESPÍRITO DESENCARNADO TEM BOAS INTENÇÕES? ”

 Uma pessoa oportunista (no sentido negativo da palavra) é quem gosta de tirar proveito de oportunidades em benefício próprio. Ao desencarnar, quem possui essa característica, continua se aproveitando de outros espíritos buscando adquirir vantagens pessoais sem pensar no próximo.
Segundo o escritor e expositor espírita, Alexandre Caldini, a nossa encarnação serve para fazermos evoluir, mas se o espírito não conquistou sua elevação ele ainda manterá esse hábito.
“Quando a gente morre ninguém vira santinho, ninguém muda de qualidade”, disse Caldini no Interpretando a Vida.
Quando nos deparamos com espíritos desta “qualidade” devemos desconfiar de suas reais intenções. “O Evangelho Segundo o Espíritismo” alerta para que fiquemos vigilantes com todos os desencarnados.
“O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados”, diz a obra.
Esses espíritos podem ir aos centros espíritas para oferecer conselhos que não beneficiarão os encarnados. Para conhecer se o desencarnado está com boas intenções, fique atento se ele está priorizando seu nome de encarnado. Caldini explica que é importante desconfiar sempre.
“Espíritos, geralmente, não se identificam. O que importa não é a identidade, mas qualidade da mensagem. Veja se tem lógica no que foi dito. Isso vale para espíritos desencarnados e encarnados”, complementou Caldini.
O Evangelho nos ensina como reconhecer os bons espíritos, características sempre morais e jamais materiais. “É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: ‘Reconhece-se à árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos’. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos”.

Para saber mais sobre o assunto, assista o vídeo:
Fonte: Mensagem Espirita

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...