Dia desses recebemos um e-mail em que
a pessoa perguntava se, embora tivessem lhe informado que ele era um médium, um
“bom médium”, mas que tinha medo de atuar como tal, se era possível, de alguma
forma, saber o nome de seu Mentor Espiritual, assim por curiosidade mesmo…
A pergunta já foi devidamente
respondida, mas gostaria de compartilhar alguns aspectos importantes desses
questionamentos.
Não existe “mediunidade por
informação”. Mesmo que alguém tenha olhado para você e dito que você seja um
médium, para comprovar é preciso analisar essas percepções com cuidado. Quanto
a ser um bom médium, se a pessoa nunca atuou como tal, é impossível ser um bom
médium, posto que para isso é preciso muito tempo de estudo e prática. Mas tudo
bem, isto não estava na resposta porque iria soar grosseiro. Respondemos
somente ao quesito da curiosidade sobre o nome do mentor.
Isto é de fato interessante porque esta
questão de nome dos Espíritos serve muito mais para nós do que para Eles. De
maneira geral os Espíritos Benfeitores não estão lá muito preocupados com o
nomes que lhes dão, ou damos. Claro que existem diversos nomes de Espíritos
conhecidos, como André Luiz, Emmanuel, Joanna de Angelis e tantos outros.
Não é pelo nome assinado na mensagem
que se identifica o Espírito, mas sim pelo conteúdo da mensagem, pela
identificação vibracional sentida pelo próprio médium, entre outros aspectos
diversos.
O nome pelo qual um Espírito se
identifica, muitas vezes é criado apenas para que a Eles possamos nos referir
de alguma forma, mas não quer dizer que este seja o nome do Espírito de quando
viveu nesta ou naquela época.
Conta-se que o Espírito André Luiz,
nas primeiras vezes em que se apresentou, ainda não havia se identificado.
Quando foi perguntado sobre seu nome,
Ele respondeu com duas perguntas feitas a dois integrantes da reunião.
– Qual o meu nome? Me diga antes você
o seu nome…
– André – respondeu o primeiro
– E o seu nome, filho? – dirigindo-se
a outro.
– Meu nome é Luiz.
Então respondeu o Espírito:
– Pois bem, este é meu nome agora:
André Luiz.
E este é o nome como conhecemos este
maravilhoso Repórter do Espaço.
Sobre Emmanuel, conta-se de Ele foi
alternando a forma de escrever o nome nos primeiros contatos com Chico Xavier.
Sabemos que a mais recente encarnação de Emmanuel foi a do Padre Manuel da
Nóbrega. Pois bem, ele teria assinado nas primeiras vezes Ermano Manuel,
depois, em outra vez alternou para “Ermanuel” como se tivesse juntado os dois
nomes. E finalmente passou assinar Emmanuel, lançando mão da forte simbologia
deste nome que significa “Deus conosco”.
Outro exemplo temos de quando a
família de Humberto de Campos, acionou na justiça a Federação Espírita
Brasileira em 1944, colocando a seguinte solicitação. Se o livro Brasil,
Coração do Mundo Pátria do Evangelho, ditado pelo Espírito de Humberto de
Campos, psicografado por Chico Xavier, fosse mesmo escrito pelo citado autor
espiritual, os direitos autorais teriam que ser concedidos à sua família.
Tronando curta uma história longa, A FEB ganhou a causa, mas o citado Espírito
elegantemente, a partir de então passou a assinar como Irmão X.
Mas…e o nome do meu mentor?
Quer saber? Tanto faz o nome do seu
Mentor. Mentor Espiritual, Guia Espiritual, Anjo da Guarda. Não faz diferença.
O que importa é que Ele está aí, “ao seu lado”.
Não que ele esteja 24h a tira colo,
mas falando numa linguagem atual, digamos que para você ele sempre estará “on
line”.
Se você desejar, pode por conta
própria dar a Ele (Ela) um nome. Mas é pela sintonia que Ele se comunicará com
você e não pelo fato de você chamá-lo pelo nome “correto”.
-Mas eu não tenho mentor.
Eu tenho mesmo um anjo guardião?
Tem sim. Pode acreditar que tem. Deus
não é “doido” de deixar as pessoas andando por aí sozinhas. O que acontece é
que muitos insistem em se desviar de sua rota, indo por um caminho às vezes
sombrio. E não cabe ao nosso Guia Espiritual interferir em nossos arbítrios.
Nem mesmo Deus o faz.
Pela prece, pelo pensamento, pela
sintonia, pela vibração, diante das aflições, medite e mentalize o seu Mentor
Espiritual e pela vontade sincera, você se comunicará com ele. Possa que você
não o sinta de forma ostensiva. A maioria não O sente. Mas aí está Ele,
exercendo a sua função designada pelo Pai da Vida.
Kardec nos ensina:
“Seu nome pouco importa, pois bem
pode dar-se que não tenha nome conhecido na Terra. Invocamo-lo, então, como
nosso anjo guardião, nosso bom gênio. Podemos mesmo invocá-lo sob o nome de
qualquer Espírito superior, que mais viva e particular simpatia nos inspire.”
(ESE)
Fonte: Chico de Minas Xavier