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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

“COMO É FEITO O RESGATE DOS ESPÍRITOS NOS CASOS DE MORTE VIOLENTA? ”


Ninguém, em circunstancias de morte violenta, em acidentes fatais, jamais estará desamparado, à míngua de uma assistência espiritual socorrista.
Todos são socorridos e atendidos em suas necessidades específicas, de acordo com o respectivo grau de maturidade consciencial, merecimento e a gravidade do estado pessoal de cada um.
Quando ocorre um acidente ou desastre doloroso no plano físico, imediatamente, no mundo espiritual, os Centros ou Núcleos de Pronto Socorro e Atendimento Espiritual mais próximos tomam conhecimento da ocorrência, providenciando com a máxima urgência o socorro das vítimas acidentadas que venham a morrer ou que fiquem poli traumatizadas e em estado grave no local do sinistro.
Nestas circunstancias emergenciais a pessoa moribunda agonizante ou desencarnante emite pensamentos aflitivos que se propagam na multidimensionalidade extrafísica, como se fossem verdadeiros S.O.S. telepáticos, os quais são devidamente captados e registrados por meio de sofisticada tecnologia, possibilitando a imediata localização e identificação pessoal das vítimas do desastre.
Equipes de socorro espiritual dirigem-se imediatamente ao local do acidente para a prestação do respectivo socorro e demais providências de amparo assistencial.
A título de exemplo, no capítulo XVIII – Resgates Coletivos, do livro Ação e Reação, psicografado e editado pelo Espírito André Luiz, 2a. ed. FEB, páginas 236 e seguintes, encontra-se o relato de um desastre aviatório.
Qual era a situação das pessoas vitimadas?
Vários desencarnados no referido acidente encontravam-se em posição de choque, presos aos respectivos corpos físicos, mutilados parcial ou totalmente, entretanto alguns apresentavam-se em melhores condições de lucidez consciencial.
Outros sentiam-se imantados aos próprios restos cadavéricos, gemendo de dor e sofrimento, e outros ainda gritavam em desespero, mantendo-se também aprisionados aos despojos físicos, em violenta crise de inconsciência, numa profunda perturbação.
Os espíritos socorristas, médicos e enfermeiros em especial, a todos atendiam com elevado sentimento de compaixão, prestando a assistência espiritual de acordo com a situação de cada um.
Comentários elucidativos a respeito da situação de cada vítima, feitos por generoso mentor espiritual, merecem ser analisados para efeitos de esclarecimentos educativos, objetivando a autoconscientização e o autoconhecimento de cada um e de todos.
O socorro espiritual é ministrado indistintamente a todos, sem nenhuma exceção.
A expressão – “Se o desastre é o mesmo para todos, a morte é diferente para cada um”, é um ensinamento importante e merece ser assimilado.
Nem todos podem ser retirados dos despojos físicos, cadaverizados, logo imediatamente.
A afirmação de que “Somente aquele cuja vida interior lhe outorga a imediata liberação”, é de relevante significado educativo, pois revela a necessidade moral de se buscar o autoconhecimento e a consequente emancipação psicológica e emocional indispensável para maior autonomia e discernimento conscienciais, ainda em plena vida física.
As pessoas que se dispuseram a viver em harmonia com a cosmoética nada têm a temer diante do momento decisivo e crucial da própria morte física.
Aquele cuja vida consciencial se manteve em desalinho, vivendo em descompasso desarmônico com as Leis da Vida, concentrando-se no egoísmo, perdendo valiosas oportunidades de amar e bem servir ao próximo como a si mesmo, e, por conseguinte, ficando mais condicionado às manifestações instintivas e emocionais, sem nenhuma preocupação com os valores espirituais para o próprio crescimento e desenvolvimento consciencial, este fica apegado ao corpo físico, não tendo condições de manter equilíbrio harmônico e a lucidez consciencial indispensáveis à neutralização dos impulsos de atração e imantação energética que o retém ao cadáver mutilado.
Nestas circunstancias, o desencarnado permanecerá ligado por tempo indeterminado aos despojos cadavéricos que lhe pertencem.
Este tempo indeterminado está na dependência “do grau de animalização dos fluídos que lhes retêm o espírito à atividade corpórea”. (p. 238).
Pode levar horas, dias ou meses até a completa e plena autolibertação psicológica, emocional, consciencial e espiritual.
Mas aquelas vítimas desencarnadas no desastre, as quais não têm condições de se afastar do próprio cadáver, ficarão relegadas ao sabor das circunstancias, por tempo indefinido, sem nenhum outro tipo de assistência socorrista?
Jamais isto acontece.
Todas, sem exceção, são amparadas sempre.
“Ninguém vive desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo”. (p. 239).
KARDEC RIO PRETO | Cícero Marcos Teixeira
Fonte: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/T_autores/TEIXEIRA_Cicero_tit_Morte_e_significados.htm

 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

"DIVALDO FRANCO ALERTA SOBRE O CARNAVAL: FELICIDADE ILUSÓRIA DA EMBRIAGUEZ DOS SENTIDOS "


E o Carnaval chegou com todos os seus ruídos e paixões primárias, anunciando alegria e felicidade, essa felicidade ilusória da embriaguez dos sentidos.
Ante a miséria que alarga a sua capacidade de destruir as massas ao lado da violência voluptuosa e destruidora, recordamo-nos do período imperial de Roma, que abria o circo para a generosidade do tirano que governava anestesiando os desditosos com o célebre “panis et circensis”.
A situação atual é pior do que aquela, porque se oferece apenas o circo de grandes proporções, nem sempre gratuita, mas vendidas as suas concessões.
Embriagadas, as multidões assumem o descontrole dos sentidos e atiram-se na ufania dos poucos dias de loucura e prazer, para depois retornar à normalidade impossível de ser mantida. E o carnaval, de certo aspecto, continua dominando aqueles que preferem a ilusão que se desvanece rapidamente à realidade do enfrentamento para a conquista dos valores que realmente proporcionam felicidade.
Algumas cidades do nosso país, considerando os desafios e sofrimentos que sobre elas se abatem, estão transformando as despesas carnavalescas do agrado quase geral, por se tratar de fuga para lugar nenhum, em pagamento aos funcionários que padecem atraso dos salários, aos hospitais onde os pacientes morrem nos corredores ou nas portas de entrada, às escolas em abandono, ante o reproche e desagrado de muitos foliões que preferem o padecimento dos filhos e deles mesmos a pobre educação proporcionada pelo poder público.
Afinal, nada temos contra o Carnaval, essa catarse periódica quase com finalidade terapêutica. Mas, a libertinagem em que foi transformado, de alegrias e festas em bacanais sexuais do mais nível servil, a larga e quase oficial ingestão e uso de drogas aditivas, ao contágio de enfermidades perversas e de novos tormentos emocionais, defluentes dos falsos amores dos dias fugazes nas vigorosas garras dos dias de trabalho e enfrentamento existencial.
O ser humano deve descobrir a finalidade da sua existência, encontrar um significado psicológico, raciocinar a respeito da brevidade em que ela se desenvolve, trabalhando-se para superar os sofrimentos e as inevitáveis contrariedades de cada dia. Cabe-lhe mergulhar na rapidez com que passa o prazer e eleger aqueles que produzem plenitude e têm duração real.
O discernimento deve ser desenvolvido para não se enganar com os denominados quinze minutos de holofotes a que a maioria humana aspira, perdendo-se logo depois nas frustrações dos sonhos- pesadelos.
O Espírito humano está destinado a fatalidade do Bem, a conquista da harmonia, da beleza, da saúde e da fraternidade no seu sentido pleno.
Divaldo Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 08-02-2018.



"A INDIGESTA PSICOSFERA DO CARNAVAL” O OUTRO LADO DA FESTA"


Nos períodos de folia os carnavalescos surgem de todos os lados na  busca do nutrimento de suas devassidões. Para tais são longas as estações de dias e noites para as preparações do delírio demente dos três dias de miragens. Os incautos esfolam as finanças familiares para experimentar o encanto efêmero de curtir dias de completa paranoia. Adolescentes e marmanjos se abandonam nas arapucas pegajosas das drogas lícitas e ilícitas. Não compreendem que bandos de malfeitores do além (obsessores) igualmente colonizam as avenidas das escolas de samba num lúgubre show de bizarrices. Celerados das escuridões espirituais se acoplam aos bobalhões fantasiados pelos condutores invisíveis do pensamento, em face dos entulhos concupiscentes que trazem no mundo íntimo.
Sobrevém uma permuta vibratória em todos e em tudo. Os espíritos das brumas umbralinas se conectam aos escravos de momo descuidados, desvirtuando-os a devassidões deprimentes e jeitos grotescos de deploráveis implicações morais. Tramas tétricas são armadas no além-tumba e levadas a efeito nessas oportunidades em que momo impera dominador sobre as pessoas que se consentem despenhar na festa medonha.
Enquanto olhos embaciados dos foliões abrangem o fulgor dos refletores e das fantasias brilhantes (inspirações ridículas impostas pelos malfeitores habitantes das províncias lamacentas do além-túmulo), nas avenidas onde percorrem carros alegóricos (que, pasmem! Já até transportou a efígie do Chico Xavier sob aplausos de omissos líderes espíritas), a visão dos espíritos observa o recinto espiritual envolto em carregadas e sombrias nuvens cunhadas pelas oscilações de baixo teor mental.
Os três dias de folia, assim, poderão se transformar em três séculos de penosas reparações. É bom pensarmos um pouco nisso: o que o carnaval traz ao nosso Espírito? Alegria? Divertimento? Cultura? É de se perguntar: será que vale a pena pagar preço tão elevado por uns dias de desvario grupal?
Quando se pretende alcançar essa alegria, através do prazer desregrado e dos excessos de toda ordem, o resultado é a insatisfação íntima, o vazio interior provocado pelo desequilíbrio moral e espiritual. Portanto, não fossem os exageros, o Carnaval, como festa de integração sócio racial, poderia se tornar um acontecimento compreensível, até porque não admitir isso é incorrer em erro de intolerância. Porém, para os espíritas merece reflexão a advertência de André Luiz: “Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da temperança. ” (1)
A efervescência momesca é episódio que satura, em si, a carga da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre nós, os encarnados, distinguidos pelas paixões do prazer violento. Costuma ser chamado de folia, que vem do francês folle, que significa loucura ou extravagância.
Nos dias conturbados de hoje, sabe-se que “(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme etc); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, seis se transformam em adultério, cabendo uma média de três para os homens e três para as mulheres (por exemplo); que, de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem espontaneamente a coisas que normalmente abominam no seu dia a dia, como álcool, entorpecente etc. Dizem, ainda, que tudo isso decorre do êxtase atingido na Grande Festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas, também, da orgia e depravação, somadas ao abuso do álcool, levam as pessoas a se comportarem fora do seu normal (…)” (2)
O Espírito Emmanuel adverte: “Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. (…) Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem.”(3)
Como proferi supra, nesse panorama, os obsessores “influenciam os incautos que se deixam arrastar pelas paixões de Momo, impelindo-os a excessos lamentáveis, comuns por essa época do ano, e através dos quais eles próprios, os Espíritos, se locupletam de todos os gozos e desmandos materiais, valendo-se, para tanto, das vibrações viciadas e contaminadas de impurezas dos mesmos adeptos de Momo, aos quais se agarram.” (4)
Portanto, além da companhia de encarnados, vincula-se a nós uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. As tendências ao transtorno comportamental de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são qual imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do descaso à dignidade humana, que, em suma, não existiriam se vivêssemos no firme propósito de educar as paixões instintivas que nos animalizam.
Será racional fechar as portas dos centros espíritas nos dias de Carnaval, ou mudar o procedimento das reuniões? Existem alguns centros que fecham suas portas nos feriados do carnaval por vários motivos não razoáveis. Repensemos: uma pessoa com necessidades imediatas de atendimento fraterno, ou dos recursos espirituais urgentes em caso de obsessão, seria fraterno fazê-la esperar para ser atendida após as “cinzas”, uma vez ocorrendo essa infelicidade em dia de feriado momesco?
Os foliões crônicos declaram que o carnaval é um extravasador de tensões, “liberando as energias”… Entretanto, no carnaval não são serenadas as taxas de agressividade e as neuroses. O que se observa é um somatório da bestialidade urbana e de desventura doméstica. Aparecem após os funestos três dias as gravidezes indesejadas e a consequente proliferação de assassinatos de intrusos bebês nos ventres, incidem acidentes automobilísticos, ampliação da criminalidade, estupros, suicídios, aumento do consumo de várias substâncias estupefacientes e de alcoólicos, assim como o aparecimento de novos viciados, dispersão das moléstias sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as chagas morais, assinalando, densamente, certas almas desavisadas e imprevidentes.
O carnaval edifica o nosso Espírito? Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Carnaval, tão do agrado dos brasileiros, nenhum mal acarreta à nossa integridade fisiopsicoespiritual. No entanto, por detrás da aparente alegria e transitória felicidade, revela-se o verdadeiro atraso espiritual em que ainda vivemos pela explosão de animalidade que ainda impera em nosso ser. É importante lembrá-los de que há muitas outras formas de diversão, recreação ou entretenimento disponíveis ao homem contemporâneo, alguns verdadeiros meios de alegria salutar e aprimoramento (individual e coletivo), para nossa escolha.
Não vemos, por fim, outro caminho que não seja o da “abstinência sincera dos folguedos”, do controle das sensações e dos instintos, da canalização das energias, empregando o tempo de feriado do carnaval para a descoberta de si mesmo; o entrosamento com os familiares, o aprendizado através de livros e filmes instrutivos ou pela frequência a reuniões espíritas, eventos educacionais, culturais ou mesmo o descanso, já que o ritmo frenético do dia a dia exige, cada vez mais, preparo e estrutura físico-psicológica para os embates pela sobrevivência.
Somente poderemos garantir a vitória do Espírito sobre a matéria se fortalecermos a nossa fé, renovando-nos mentalmente, praticando o bem nos moldes dos códigos evangélicos, propostos por Jesus Cristo.
Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
(1) Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espirito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, cap.37 “Perante As Fórmulas Sociais”.
(2) São José Carlos Augusto. Carnaval: Grande Festa…De enganos! , Artigo publicado na Revista Reformador/FEB-Fev. 1983.
(3) Xavier , Francisco Cândido. Sobre o Carnaval, mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel, fonte: Revista Reformador, Publicação da FEB fevereiro/1987.


(4)  Pereira, Ivone. Devassando o Invisível, Rio de Janeiro: cap. V, edição da FEB, 1998.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

“REENCARNAÇÃO: RESPOSTA ÀS CRÍTICAS DE UM ATEU. ”


Ler o que escrevem aqueles que não concordam com nossas crenças é uma das melhores formas de aprendizagem. As objeções destas pessoas são sempre um convite para a reflexão e para o estudo.
O texto abaixo foi extraído do site Ceticismo.net .  Depois do texto estão meus comentários.
“Eu tenho um cão e um gato. Eles aprenderam a fazer coco e pipi no local certo. Sabe por que? Porque eu os pego no ato e levo para o local adequado e ao mesmo tempo fico gritando, “Não pode!”
Esse método funciona porque o cão ou gato percebe o que está fazendo e associa a desaprovação com o ato que esta praticando. E com o tempo eles aprendem a não fazer suas necessidades em nenhum outro local a não ser o indicado.
Se você vir o cachorro fazendo suas necessidades em um local proibido, esperar uma hora e depois xingá-lo, não funciona. Ele não vai aprender nada porque não sabe o motivo de estar sendo punido. Sendo assim, é pura perda de tempo e até crueldade, puni-lo.
O mesmo acontece com uma criança. Se uma criança não sabe porque está sendo punida porque não lembra do que fez, a punição é cruel e injusta, sendo assim até com as crianças convém punir em tempo hábil.
Vamos a reencarnação. Nela, eu estaria na mesma condição do cão. Estaria sendo punido por um crime que não sei que cometi. Se eu não lembro de nada, a punição sempre será injusta para mim.
Vou dar-lhe um outro exemplo prático. Suponhamos que você esteja aprendendo a dirigir. Eu te ensino tudo que tem que fazer. Passamos uma tarde inteira treinando e no dia seguinte, você esquece tudo que lhe ensinei. Tenho que começar tudo de novo. E assim por diante. É óbvio que você nunca vai evoluir dessa forma. Nunca vai aprender nada assim pois o processo de aprendizagem é cumulativo. É como a adição. Todo dia vai se acrescentando algo até chegar a um total. Esse total seria o que você aprendeu. Sem memória não há aprendizagem”.
Comentário:
Dizem os sábios que algumas lógicas só são críveis quando estão envoltas pela neblina da ignorância. Foi assim que legiões de sábios acreditaram que o sol girava em torno da Terra. Era isto o que eles observavam. Foi por uma destas lógicas banhadas no caldo da ignorância que Leonardo da Vinci partiu da Itália e foi morar na França. Os médicos queriam que ele fosse julgado por suas pesquisas com a anatomia humana; considerada desnecessária e abusiva.
Faltou a todos eles a necessária paciência para aprender, estudar e dialogar. A consequência foi a geração de muitas lógicas que se mostraram totalmente ilógicas. É o que acontece com o texto acima. Ele possui uma conclusão interessante: sem memória não há aprendizado. Isto é verdade. O problema é que este senhor se “esqueceu” que existem VÁRIOS TIPOS DE MEMÓRIAS (primeiro erro).
Por exemplo: o bebê aprende a andar e não sabe o porquê deve se levantar, não sabe o porquê deve fortalecer os músculos da perna, etc. Ele faz. Existe uma vontade interior, derivado da genética. O fato é que ele aprende a andar sem saber o porquê e nem como. Ele trabalha com outros tipos de memórias, pois o nível de consciência de suas ações é muito baixo.
O fato real é que ninguém se lembra de quando tinha 1 , 2 ou 3 anos, por exemplo. Você aprendeu um monte de coisas e estas coisas continuaram dentro de você. Elas foram muito importantes para a formação da sua personalidade e te influenciam até hoje. Muitas vezes você pode dizer: porque faço isto desta forma? Porque sou assim? Não saberá a resposta. Mas, a verdade é que você é assim e fatos acorridos na sua primeira infância, que você não se lembra, te ajudaram a ser assim.
O segundo erro do cético/ateu: acreditar que a pessoa precisa se lembrar do motivo, origem ou o porque das coisas para aprender.
Observe que você aprendeu muitas coisas até os quatro anos e mantém este aprendizado até hoje. Apesar de ter aprendido, não se lembra. Assim também é com a reencarnação. O cético erra ao imaginar que o bebê é uma folha em branco, que tem que aprender tudo de novo. Nada mais falso do que isto.
Terceiro erro do cético: acreditar que o bebê tem que aprender tudo de novo.
O bebê tem que aprender de novo os fatos adaptativos da nova vida. A adaptação do corpo (aprender a andar, aprender a língua, a escrita, etc). Adaptação à sociedade: aprender as regras sociais, as sutilezas de cada cultura, etc. Mas, ele não tem que aprender o que é próprio do espírito, que estão presentes em sua vida como potencialidades que vão desabrochando segundo algumas regras (se são estimuladas, se são sintonizadas, etc).
Quem tem vários filhos sabe que suas personalidades são muito diferentes; assim como interesses, intenções, etc. Um amigo notou que seu filho de dois anos estava andando de uma forma esquisita.  Ele começou a reparar que ele estava desviando seus pés das pequenas formigas. Ao ser perguntada, a criança verbalizou: “porque as pessoas matam as pequenas formigas? Elas devem viver.” De onde veio este aprendizado? De onde veio o interesse por estes temas? Porque ele desenvolveu esta sensibilidade e seu irmão não?
Esta criança aprendeu algo. Ninguém sabe o porquê foi aquele aprendizado que se tornou central em sua vida. A criança recebe milhares de informações e filtra algumas que se tornam muito importantes em suas vidas. É desta forma que se forma a personalidade. Existem influências no interior dos seres humanos que dirigem este interesse e estas escolhas. A origem destes interesses? A influência do espírito sobre o corpo.
A vida humana possui sua parte mais importante formada por impulsos que surgem de dentro para fora. Seja por genética, seja por influência do próprio espírito. Esta é a única diferença do pensamento ateu para o pensamento espiritual: o que vem de dentro para fora é formado TAMBÉM pelo espírito da pessoa.
O cético diz: “ele não vai aprender porque não sabe o motivo pelo qual está sendo punido”. Ele enfoca seu argumento em “saber por que”. Este “saber por que” pode ser sinônimo de ter consciência (no ser humano). O que um feto não possui; nem um bebê. Inúmeros estudos estão confirmando que o feto aprende. Lá dentro do útero, sem saber o porquê, o feto aprende. Simplesmente porque o aprendizado vai além da memória consciente que o autor descreve. Ou seja, o que ele diz é ótimo para explicar como ter gatos educados; é de uma ignorância enorme para explicar a formação da personalidade; que é a área na qual o espírito mais influencia a vida encarnada.
Reforçando: Quantas vezes você se pergunta: porque será que isto está acontecendo? Não entendo como isto foi acontecer? Gostaria de saber por que sou assim? Porque faço isso? Não ter plena consciência do que acontece na vida é algo muito comum. Mais comum ainda na vida de um feto e de um bebê. Mesmo assim, eles aprendem e se desenvolvem. Foi assim que o cético aprendeu a falar. Ele não entendia nada. Mas, sua natureza fez com que ele focasse sua atenção no que ele não entendia e, aos poucos e sem consciência, ele foi aprendendo.
O bebê chora ao ter fome. Não tem a menor consciência do processo de fome e da organização da sua vida: horário, trabalho, esperar, etc. Mesmo assim, ele aprende muito (o espírito e a genética dirigem suas reações e percepções). Estes primeiros meses nos quais ele sofre e é cuidado sem entender “o porquê” serão bases poderosas da sua personalidade por toda a sua vida.
A verdade: é mais comum do que muita gente imagina nossa ignorância sobre nós mesmos, nosso corpo, nossa vida. Mesmo assim ela é recheada de aprendizados. Cada situação propicia aprendizados variados, mesmo quando não se tem consciência do que é, como é ou por que.
Neste exato momento centenas de milhões de pessoas estão desenvolvendo doenças sem saber disso. Cada doença é uma janela de oportunidades de aprendizados. Bilhões de pessoas gostariam de agir diferente, e não entendem porque agem de determinada forma.
Conclusão: aprendemos sempre. Esta é a beleza da vida humana. Se houver consciência (saber o porquê), o aprendizado será mais fácil. Porém, não é necessário na maior parte das vezes.
O “esquecimento” das outras encarnações tem várias funções na reencarnação. Suponhamos que um espírito teve várias encarnações em que foi vítima de grandes e duradouras violências (para ler vários casos de reencarnações sugiro que leia o livro Nascer Várias Vezes). Estes traumas foram tão grandes que continuaram a perturbar este espírito. Pode ser que em um planejamento de encarnação seja considerado importante não permitir que estes traumas influenciem a vida naquela reencarnação. Ele nascerá “protegido” destas influências traumáticas. Seu foco será desenvolver outras habilidades e qualidades importantes para o espírito. Se fosse para saber tudo, lembrar de tudo, ser influenciado por tudo, não precisaria da encarnação. Qual seria a função da encarnação para este espírito, se ele fosse ser influenciado por todas as suas experiências anteriores? Melhor permanecer no(s) plano(s) espiritual(is).
Faltou ao cético o interesse em saber qual é a função da encarnação (grandes preconceitos surgem da falta de interesse em aprender com o outro). A função da encarnação é restringir a vida do espírito e protegê-lo para que ele possa desenvolver algumas outras habilidades e qualidades (realizar a missões de vida).  O “esquecimento” do passado tem a função de ajudar nesta restrição (leia mais aqui).
O espírito que encarna na Terra já teve centenas de encarnações. Teve muitas experiências positivas e negativas. Ao encarnar novamente, ele não busca resolver todos os “problemas” de uma só vez. Ele possui objetivos evolutivos; possui suas missões de vida. Ao renascer talvez o espírito não traga as memórias das violências a que foi submetido (vide exemplo acima). Sua missão pode ser outra, e o desequilíbrio que vem junto com os traumas não será útil nesta encarnação.

Seguindo o exemplo: se os traumas das violências não se fizerem presentes nesta encarnação, outras memórias do espírito estarão presentes. Estas memórias influenciarão a vida desde a concepção até a velhice. Existe uma seleção de memórias que ficam ativas no momento da encarnação, enquanto outras ficam “inativas”.
A reencarnação serve justamente para que possa haver esta seleção das memórias do espírito que vão fazer parte desta encarnação ou não (para uma explicação mais profunda, leia o livro Nascer Várias Vezes)
O cético se confunde quando considera como memória apenas aquilo que pode ser explicitado. Tipo assim: ontem fui ao cinema ver o filme x com meu irmão (esta memória é chamada de explícita). Já as memórias de encarnações passadas atuam principalmente em outro nível de memória. Atuam no inconsciente e/ou através da memória implícita ou procedural.
Lembre do primeiro erro do cético: ele não sabe que existem vários tipos de memórias.
“A memória de procedimento (também chamada implícita) armazena dados relacionados à aquisição de habilidades mediante a repetição de uma atividade que segue sempre o mesmo padrão. Nela se incluem todas as habilidades motoras, sensitivas e intelectuais, bem como toda forma de condicionamento. A capacidade assim adquirida não depende da consciência. Somos capazes de executar tarefas, por vezes complexas, com nosso pensamento voltado para algo completamente diferente” (Roberto de Godoy). Exemplo: você, ao dirigir um carro, freia “sem pensar”; fica tudo no “automático”. Uma criança de dois anos, no “automático”, ao passear no parque de diversões, escolhe prestar atenção nas formigas no chão para não mata-las, outra presta atenção nos brinquedos, outra se sente insegura frente a tanta gente, etc.
“Nossas interações não verbais com as pessoas e muitas de nossas lembranças emocionais fazem parte do nosso sistema de memória procedural (implícita). ... As memórias procedurais são em geral inconsciente”. (1)
Sensações, intuições, interesses pessoais, sensibilidades diversas, condicionamentos, vocações, etc. Todas estas áreas estão intimamente relacionadas às memórias implícitas / procedurais e são extremamente suscetíveis à influência das memórias de “vidas passadas”.
Ou seja, grande parte do motivo de você ser diferente do seu irmão se deve ao fato de terem memórias de encarnações passadas influenciando de modo diferente suas mentes. Você não tem plena consciência disto, como não tem plena consciência da origem da maior parte dos fatos, situações e sensações que te fazem ser o que você é, da forma como você é.
Quanto você se lembra da sua vida até os quatro anos de idade? Esta é a fase mais importante para a formação da sua personalidade. Portanto, o ato de você lembrar ou não de algo não é central.
Central na sua vida são os desafios. Ser como você é gera vários desafios e facilidades. Suas qualidades e habilidades definem muitos dos seus desafios. Tudo isto é altamente determinado pela ação das memórias de encarnações passadas. A pessoa pode não saber a origem do problema, mas pode saber qual é o problema e superá-lo.
Uma mulher tinha muita vergonha do próprio corpo, por causa de memórias emocionais implícitas que atuavam negativamente através do inconsciente. Na terapia de regressão esta memória emocional implícita foi conectada com a memória explícita. Ou seja, conectou a história e os fatos (memória explícita) com emoções, sensações corporais e traumas que estavam agindo através da memória implícita. Ou seja, ela descobriu que em outras encarnações teve o corpo deformado, foi vítima de abusos e sofreu muito por causa disto. Durante décadas estas memórias geraram emoções negativas relacionadas ao corpo atual. Seu desafio de vida incluía superar o trauma relacionado ao seu corpo. Milhões de pessoas superaram estes tipos de traumas sem nunca saberem a origem. Esta mulher teve uma oportunidade a mais: trabalhar terapeuticamente de modo a ser auxiliada na sua luta evolutiva.
Esta é a vida do ser humano: lutar para superar a si mesmo a fim de viver melhor e aprender cada vez mais. Uma pessoa que aprende a viver sem ter vergonha de si, por exemplo, estará se preparando para viver melhor hoje e amanhã. Esta nova qualidade será um bom recurso para ajudá-la a superar muitos outros traumas e condicionamentos criados no passado, seja na infância, adolescência, cinco minutos atrás ou em outras encarnações.
O que é chamado de “esquecimento” é uma limitação da consciência humana que tem uma função: proteger o ser humano de memórias que (normalmente) não se fazem necessárias para a vida encarnada atual. A função da encarnação não é ensinar alguém a dirigir carro. A função da encarnação não é ensinar alguém a fazer xixi no lugar certo. A função é colaborar com a vida espirito no desenvolvimento espiritual e na evolução moral, com a conquista das qualidades mais nobres.
A comparação com aprender a dirigir carro é, portanto, muito precária. Cabe ao espírito encarnado desenvolver a humildade, por exemplo. Se ele morar em uma tribo onde não há carro, mesmo assim poderá desenvolver a humildade. Ou desenvolver o equilíbrio, a capacidade de servir, a boa vontade, a gratidão, etc.
Não importa a língua, a religião, os títulos, os cargos, a riqueza, etc. Nada disso importa. Importa a conquista das qualidades mais nobres do espírito. Os desafios evolutivos estão presentes nas tendências de personalidade que existem em cada corpo, que é influenciado pelo espírito desde a concepção até a morte.
Este é o grande desafio da encarnação: tornar-se um espírito melhor. Uma pessoa pode tornar-se racista como reação a um fato acontecido quando tinha um ano de idade. Ele não se lembrará, mas a memória estará agindo, influenciando sua vida. Ele não tem consciência da origem do seu comportamento, mesmo assim aprendeu a ter ódio de outra pessoa. Seu desafio é lutar contra este ódio, tornando-se uma pessoa melhor. A reencarnação apenas acrescenta outro fator: a origem do racismo (ódio ou desprezo por outras pessoas) pode estar em fatos acontecidos no útero ou em outras encarnações.
Observe: o que interessa para o espírito é a luta para superar o ódio e todos os sentimentos negativos. Amadurecer emocionalmente, criar sabedoria interior. Aquele tipo de sabedoria que é útil para a vida espiritual, hoje e daqui a muitos séculos.
Os argumentos do cético padecem de lógica até para quem não acredita em reencarnação, pois descrevem parcialmente (ou seja, erroneamente) a forma como a mente humana funciona. Esta dupla forma da mente humana armazenar as memórias serve para facilitar a influência do espírito sobre a mente, sem permitir que condicionamentos passados a dominem de forma profunda. A função: facilitar, com esta vida protegida, a renovação e transformação do ser que está encarnado. O aprendizado importante não é fazer cocô ou dirigir carro (tudo isto é descartável). O aprendizado importante são as características nobres que irão impulsionar o espírito rumo à evolução.
Muito mais poderia ser dito. Existem muitos livros e muitos estudos a disposição de quem quiser se informar mais em cada um dos tópicos colocados neste texto. Sugiro ler o livro e os outros textos do blog Nascer Várias Vezes. Se informar é o melhor caminho.
(1) Norman Doidge, O cérebro que se transforma, pag. 246, ed. Record.
Autor: Regis Mesquita

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

“CORAGEM PARA MUDAR”



Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as consequências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns creem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranquilidade.
Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em luz.
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados. Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranquila.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos.
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará..
Joanna de Ângelis e Divaldo Franco

“A MEDIUNIDADE NA ANTIGUIDADE E EM TODAS AS CIVILIZAÇÕES”


A MEDIUNIDADE SEMPRE EXISTIU.
Certas pessoas consideram, sem razão, a mediunidade um fenômeno peculiar aos tempos atuais, outras acreditam ter sido inventada pelo Espiritismo. A fenomenologia mediúnica, entretanto, é de todos os tempos e de todos os países e religiões, pois desde as idades mais remotas existiram relações entre a humanidade terrena e o mundo dos Espíritos. A faculdade mediúnica sempre existiu desde o surgimento do homem na face da Terra, porque se trata de uma faculdade inerente ao espírito encarnado no organismo físico[1]. A humanidade tem sido guiada, desde sua origem, por leis do mundo oculto já comprovadas na face do orbe, graças a essa faculdade mediúnica inata no primeiro espírito aqui encarnado. Os fenômenos mediúnicos, no passado remoto eram tidos como maravilhosos, sobrenaturais, sob a feição fantasiosa dos milagres que lhe eram atribuídos, em razão do desconhecimento das leis que os regem, e os indivíduos que podiam manter o intercâmbio com o mundo invisível eram considerados privilegiados.
1. A MEDIUNIDADE NO HINDUÍSMO
1.1 – A relação entre os mundos, material e espiritual, tem sido registrada em todas as épocas da Humanidade. Como exemplo, temos o Código dos Vedas, o mais antigo código religioso que se tem notícia, onde se encontra o registro da existência dos Espíritos: “Os Espíritos dos antepassados, no estado invisível, acompanham certos Bramanes, convidados para cerimônia em comemoração dos mortos, sob uma forma aérea; seguem-nos e tomam lugar ao seu lado quando eles se assentam”.
1.2 – Desde tempos imemoriais, os sacerdotes brâmanes, iniciados nos mistérios sagrados, preparavam indivíduos chamados “faquíres” para a obtenção dos mais notáveis fenômenos mediúnicos, tais como a levitação, o estado sonambúlico até o nível de êxtase, a insensibilidade hipnótica a dor, entre outros, além do treino para a evocação dos PITRIS (espíritos que vivem no Espaço, depois da morte do corpo), cujos segredos eram reservados somente àqueles que “apresentassem quarenta anos de noviciado e de obediência passiva”.
A INICIAÇÃO ENTRE OS BRÂMANES COMPORTAVA TRÊS GRAUS
No primeiro, eram formados para se encarregar do culto vulgar e explorar a credibilidade da multidão. Ensinava-se-lhes a comentar os três primeiros livros dos Vedas, a dirigir as cerimônias e a cumprir os sacrifícios;
– o brâmanes do primeiro grau estavam em comunicação constante com o povo: eram seus diretores imediatos.
– O segundo grau era composto dos “exorcistas, adivinhos e profetas evocadores de espíritos”, eram encarregados de atuar sobre o imaginação das massas, por meio de fenômenos sobrenaturais.
– No terceiro grau, os brâmanes não tinham mais relações diretas com a multidão; quando o faziam sempre por meio de fenômenos aterrorizantes, e de longe.
2. A MEDIUNIDADE NO ANTIGO EGITO
No Egito antigo, os magos dos faraós evocavam os mortos, e muitos comercializavam os dons de comunicabilidade com os mundos invisíveis para proveito próprio ou dos seus clientes; fato esse comprovado pela proibição de Moisés aos hebreus: “Que entre nós ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade”. (Deuterônimo)
De forma idêntica às práticas religiosas da antiga Índia, as faculdades mediúnicas no Egito foram desenvolvidas e praticadas no silêncio dos templos sagrados sob o mais profundo mistério, e rigorosamente vedadas a população leiga.
A iniciação nos templos egípcios era cercada de numerosos obstáculos, e exigia-se o juramento de sigilo, e a menor indiscrição era punida com a morte.
Saídos de todas as classes sociais, mesmo das mais ínfimas, os sacerdotes eram os verdadeiros senhores do Egito; os reis, por eles escolhidos e iniciados, só governavam a nação a título de mandatários. Todos os historiadores estão de acordo em atribuir aos sacerdotes do antigo Egito poderes que pareciam sobrenaturais e misteriosos. Os magos dos faraós realizavam todos esses prodígios que são referidos na Bíblia; é bem certo que eles evocavam os mortos, pois Moisés, seu discípulo, proibiu formalmente que os hebreus se entregassem a essas práticas.
Os sacerdotes do antigo Egito eram tidos como pessoas sobrenaturais, em face dos poderes mediúnicos, que eram misturados maliciosamente com práticas mágicas e de prestidigitação. A ciência dos sacerdotes do Egito antigo ultrapassava em muito a ciência atual, pois conheciam o magnetismo, o sonambulismo, curavam pelo sono provocado, praticavam largamente a sugestão, provocavam a clarividência com fins terapêuticos e eram célebres pelas práticas de curas hipnóticas.
AMENOPHIS – o sacerdote egípcio (A Iniciação do Codificador).
No tempo em que Moisés libertou o povo hebreu do cativeiro egípcio, vamos encontrar o espírito daquele que um dia seria o Codificador da Doutrina Espírita envergando a túnica sacerdotal e já detentor de uma sabedoria que o colocava como sacerdote preferido do Faraó Ramsés II. O sacerdote Amenophis era médium de efeitos físicos, inclusive existem relatos sobre as sessões de materialização que eram realizadas naquela época.
3. MEDIUNIDADE NA SUMÉRIA
A medicina entre os sumarianos era em curioso misto de ervanaria e magia, cujo receituário consistia principalmente em feitiços para exorcizar os maus espíritos que acreditavam ser a causa das suas moléstias.
4. MEDIUNIDADE NA BABILÔNIA
Os babilônios primitivos viviam cercados de superstições. Acreditavam que hordas de espíritos malévolos se escondiam na escuridão e cruzavam os ares, espalhando em seu caminho o terror e a destruição, cuja única defesa eram os sacrifícios e os sortilégios mágicos. Se o antigo povo babilônio não inventou a feitiçaria foi ao menos o primeiro a dar-lhe um lugar de grande importância, a ponto do desenvolvimento da demonologia e da bruxaria terem exigido leis que prescreviam a pena de morte contra seus praticantes e há provas de ter sido bastante temido o poder dos feiticeiros.
5. A MEDIUNIDADE NA ANTIGA GRÉCIA
Na Grécia a crença nas evocações era geral. Todos os templos possuíam chamadas pitonisas encarregadas de proferir oráculos, evocando os deuses, mas, as vezes, o consultante queria ele próprio ver e falar a “sombra” desejada e, como na Judéia, conseguia-se pô-lo em comunicação com o ser, ao qual desejava interrogar (Delanne, 1937).
6. A MEDIUNIDADE NOS CELTAS
Celtas, povo pré-histórico que se espalhou por grande parte da Europa entre os séculos XXI a.C. a I a.C., atingindo o maior poderio do século VI a.C. ao III a.C., possuíram grupos fechados de sacerdotes, especializados em comunicações com além, chamados de “Druidas”.
ALLAN KARDEC – o sacerdote druida (Aquisição da Sabedoria)
Segundo o Espírito de Zéfiro aproximadamente no ano 100 a. C., Denizar Rivail foi um chefe druida. Os druidas eram os sacerdotes do povo celta. A escolha dos futuros sacerdotes era feita entre a classe aristocrática e, desde criança, já se submetiam a rigorosa disciplina e intenso aprendizado junto aos druidas mais velhos. A sabedoria druídica já admitia a reencarnação, a inexistência de penas eternas, o livre-arbítrio, a imortalidade da alma, a lei de causa e efeito, as esferas espirituais. Marcou tanto essa etapa reencarnatória, que o Codificador decidiu assinar suas obras espíritas, com o nome de Allan Kardec.
7. ORÁCULOS GREGOS E ROMANOS
Mediante a invocação de poderes sobrenaturais, o homem sempre recorreu a vários tipos de adivinhação. No mundo greco-romano, um dos meios mais difundidos foram os oráculos. Chamavam-se oráculos as respostas dadas pelos deuses a perguntas a eles formuladas de acordo com determinados rituais executados por uma pessoa que atuava como médium ou pitonisa. Os Oráculos eram núcleos de intercâmbio medianímico, onde trabalhavam sibilas, pítons e pitonisas. Gente de todas as classes sociais, inclusive autoridades públicas, visitavam estes lugares, recebendo orientações das mais diversificadas; O termo refere-se também à própria divindade que respondia e a seu intérprete, bem como ao local onde eram dadas as respostas. Os templos ou grutas destinados aos oráculos eram numerosos e dedicados a diversos deuses. Os rituais variavam dos mais simples, como tirar a sorte, aos mais complexos, executados por pessoas que atuavam como médium ou pitonisa. Antes da consulta, a pitonisa e o consulente banhavam-se na fonte Castália; depois, ela bebia água da fonte sagrada de Cassótis e entrava no templo, onde o deus era invocado por meio de um ritual.
Em seguida, sentada numa trípode, entre vapores sulfurosos (enxofre) e mascando folhas de louro (a árvore sagrada de Apolo), entrava em transe ou “delírio divino”, quando transmitia as palavras do deus. Sua mensagem era anotada e interpretada pelos sacerdotes, que comunicavam-na ao consulente, com freqüência sob a forma de versos. As pessoas após o contato com os Espíritos, passavam por uma limpeza com enxofre, as emanações dessas substâncias tinha como função descontaminar as pessoas pela destruição dos miasmas ou fluidos deixados pelos mortos. O mais famoso oráculo da antiguidade foi o santuário de Apolo em Delfos, localizado nas encostas do monte Parnaso, no golfo de Corinto (Grécia) Embora sua existência já fosse conhecida por Homero, sua fama só se difundiu entre as comunidades helênicas nos séculos VII e VI a.C., quando começou a ser consultado por legisladores e chefes militares. 
Na Grécia existiam muitos outros, mas destacavam-se mais o oráculo de Zeus em Dodona, no noroeste, o oráculo de Epidauro com o deus Asclépio, o oráculo de Anficléia com o deus Dioniso. Os oráculos sibilinos consistiam em profecias realizadas por mulheres chamadas sibilas. As sibilas mais famosas eram a de Eritréia e a de Cumas. Os romanos também tiveram os seus oráculos, chamados arúspices, que interpretavam as disposições dos deuses pelo exame das vísceras de animais sacrificados ou pelos fenômenos da natureza, como raios, trovões e eclipses. A expansão do cristianismo pôs fim à atividade dos oráculos.
8. A MEDIUNIDADE NA BÍBLIA
A Bíblia com o Velho e o Novo Testamento é uma fonte riquíssima de fenômenos mediúnicos, a própria tão propalada proibição de Moisés à evocação dos espíritos é uma das maiores confirmações da existência da mediunidade.
8.1. CASO DE ESCRITA DIRETA
DANIEL (5:5) – Por ocasião em que se realizava um banquete oferecido pelo rei Balthazar (filho de Nabucodonosor), ao qual compareceram mais de mil pessoas da corte, no momento em que bebiam vinho e louvavam os deuses, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os movimentos da mão que escrevia.
8.2. CASOS DE LEVITAÇÃO
O que se dá é que os Espíritos operantes envolvem a pessoa ou coisa a levitar em fluidos, isolando-os assim do ambiente físico. A ação do espírito sobre o material a levitar se realiza pela utilização das suas próprias mãos convenientemente materializadas ou condensadas.
EZEQUIEL (3:14) – Também o Espírito me levantou e me levou consigo; e eu fui cheio de amargura, na indignação do meu Espírito; porém a mão do Senhor estava comigo, confortando-me.
EZEQUIEL (8:2) – Olhei, e eis uma figura como de fogo; Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e me levou a Jerusalém em visões de Deus.
8.3. CASO DE INCORPORAÇÃO
JEREMIAS (39:15) – O profeta da paz, era médium de incorporação, quando o Espírito o tomava, pregava contra a guerra aos exércitos de Nabucodonosor.
8.4. CASOS DE VIDÊNCIA
DANIEL (8:15) – Havendo eu, Daniel tido uma visão, procurei entendê-la, e eis que se apresentou diante de mim com aparência de homem, veio, pois, para perto donde eu estava; ao chegar ele, fiquei amedrontado, e prostei-me com o rosto em terra; mas ele me disse: Entende, filho do homem, pois esta visão se refere ao tempo do fim.
DANIEL (10:5) – Levantei os olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, o seu rosto como um relâmpago. Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram, não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam, contudo ouvi a voz das suas palavras, e ouvindo- a, caí sem sentido, com o rosto em terra.
8.5. CASOS DE MATERIALIZAÇÃO 
MOISÉS – Mediante fenômeno de materialização, recebe do Alto a Tábua dos Dez Mandamentos, manisfestação de uma vontade superior visando o despertamento moral dos povos;
ANJO GABRIEL – Anunciação de Jesus feita pelo anjo Gabriel à Maria.
DANIEL (6:1) – Todos os grandes da corte, por não acharem meios de acusar a Daniel, convenceram ao rei, que ele deveria estabelecer um decreto, que fizesse com que todo homem que, por espaço de trinta dias, fizesse petição a qualquer deus, e não ao rei, fosse lançado na cova dos leões.
O rei Dario que simpatiza com Daniel, mesmo contrariado assinou a escritura de interdito. Daniel, mesmo sabendo sobre o decreto, três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer. Então aqueles homens tendo achado Daniel a orar e a suplicar, diante do seu Deus. Foram junto ao rei e o convenceram penalizar a Daniel.
O rei ordenou que trouxessem a Daniel e o lançassem na cova dos leões. Disse o rei a Daniel: o teu Deus, a quem tu continuadamente serves, que ele te livre. Foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova; selou-a o rei com seu próprio anel, e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel.
Então o rei se dirigiu para o seu palácio, passou a noite em claro, o sono fugiu. Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões. Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel – disse o rei: Daniel, servo do deus vivo, dar-se-ia o caso que teu Deus, a quem tu continuadamente serves, tenha podido te livrar-te dos leões?
Então Daniel respondeu ao rei: O meu deus enviou o seu anjo, e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; O rei alegrou-se e mandou tirar a Daniel da cova e nenhum dano se achou nele. Ordenou o rei, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel e foram atirados na cova dos leões.
9. OUTROS FATOS QUE EVIDENCIAM A PRESENÇA ESPIRITUAL NA HISTÓRIA:
SÓCRATES, constantemente orientado pela guia espiritual, revela-se precursor do Cristianismo. “Desde a minha infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um Ser quase divino, cuja voz me interpele a esta ou àquela ação. Os discípulos de Sócrates se referem, com admiração e respeito, ao amigo invisível que o acompanhava constantemente.
PAULO DE TARSO, às portas de Damasco, tem a visão do nazareno em perfeita configuração luminosa, convertendo-se deste modo em apóstolo e medianeiro do Mestre.
PAULO DE TARSO – Na Bíblia, o apóstolo Paulo deixa claro o intercâmbio entre os dois mundos ao afirmar: “Não extingais o espírito; não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retém o que é bom” (I Tessalonicensses).
JOÃO – Também o apóstolo João mostra a possibilidade de comunicação entre os dois mundos, mas nos alerta para a qualidade dessa comunicação: “Não creais em todos espíritos, mas provai se os espíritos são de Deus” (I João). 
CÉSAR, o grande imperador romano, esteve com a pitonisa Spurina, informando-se que no dia 15 de março algo muito grave aconteceria em sua vida. Na data prevista, César segue para o Palácio e lá recebe 23 punhaladas, morrendo imediatamente.
CALÍGULA – Neste relato encontramos claramente o caso de materilaizações, onde os Espíritos vingativos em torno de Calígula eram tantos que, depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lâmia, eram ali vistos, frequentemente, até que se lhe exumaram os despojos para a incineração.
NERO – nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otavia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo;
RAINHA VITÓRIA, a soberana que mais tempo permaneceu no Poder inglês, passou 30 anos mantendo diálogos com seu ex-esposo Alberto, através do médium John Brawn. As grandes decisões de seu governo tiveram a participação direta do Espírito;
CATARINA DA RÚSSIA é chamada às pressas para ver o seu sósia fantasma, uma entidade materializada que se demora no trono da rainha, sendo cercada pela guarda do Palácio. Alvejado por dois tiros de fuzil desfez-se sem deixar qualquer sinal de sua presença.
JOÃO HUSS – o reformador (O testemunho que estava pronto)
Jean Hus ou João Huss, nasceu em Husinec em 1369 (Allan Kardec desencarnou exatamente 500 anos após, em 1869). Estudou na capital, formou-se bacharel em Arte e Teologia, obteve grande destaque como professor, foi nomeado Deão da Faculdade de Filosofia e, posteriormente, Reitor da Universidade. Foi profundamente impregnado pelas idéias de Wycliffe (futuramente, Léon Denis), professor da Universidade de Oxford, Inglaterra, e considerado um dos maiores sábios de sua época. Wycliffe chamava o papa de “Anticristo, mau sacerdote, corrupto, ladrão. Foi sob influência dessas idéias e vivendo esses problemas sociais e políticos, que João Huss desenvolveu seu pensamento e se tornou um grande pregador, recebia grande inspiração espiritual ao pregar. Pelos desrespeitos às regras canônicas e morais que a Igreja praticava naquela época, passou a atacá- la, publicamente. Aos 6 dias de fevereiro de 1415, foi condenado e executado. Levaram-no a um terreno baldio, despiram-no, amarraram-no a um poste, colocaram lenha ao redor e puseram fogo. Morreu aos 46 anos queimado vivo pela “Santa Inquisição”.
JOANA D’ARC, nasceu no ano de 1412, numa pequena aldeia da França chamada Dom Remy. Filha de pobres lavradores, não sabia nem ler nem escrever. Desde pequena escutava vozes no silêncio dos bosques, que atribuía a São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, os quais incentivaram a voltar-se para Deus e defender a França, cuja nobreza se encontrava esmagada na luta que durava quase cem anos contra a Inglaterra. Joana D’arc, heroína francesa, orientada pelas “vozes do Céu”, assume a missão de libertar a sua pátria do jugo inglês. Guiada por essas vozes, ela reorganizou o exército francês e conduziu Carlos VII ao trono. Seu triunfo motivou inveja e intrigas que culminaram na sua captura, foi perseguida como herege, submete-se ao sacrifício inquisitorial, e posteriormente sua condenação pelo fato de não querer negar essas vozes perante a Igreja, e mesmo, no momento extremo, ainda afirmava ouvir os espíritos; A sua voz chegava até à silenciosa multidão, que escutava, aterrada, as suas preces e gemidos. Por fim, num último grito de agonia de amor, Joana disse: – “Jesus”. Conta-se que um dos soldados, lançando-se entre a multidão gritou: “Estamos perdidos! Queimamos uma santa!” Posteriormente, a Igreja que a condenou e à qual Joana sempre foi fiel, declarou-a inocente. Foi canonizada, finalmente, em 1920, na basílica de São Pedro, em Roma. Cinco séculos atrás, no entanto, houve quem soubesse que no meio deles vivia uma santa.
[1] – As faculdades mediúnicas se dão por predisposições orgânicas ainda desconhecidas. Manifesta-se também nos animais. Seu mecanismo está inteiramente no organismo físico, uns apresentam o gérmen e conseguem desenvolvê-la através do exercício que fazem dela, enquanto outros não.
AUTORIA DESCONHECIDA
Fonte:  ESPIRIT BOOK

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

“DEPOIMENTO DE UM FUMANTE APÓS O SEU DESENCARNE”


O depoimento de Jonas após sua desencarnação.
“Vou pedir para ter em tenra idade, bronquite, isto me manterá afastado do fumo. Fumei muito na encarnação passada, fui escravo do vício, arruinei minha saúde. Desencarnei e fiquei desesperado para fumar. Fui socorrido, logo após meu desencarne fui a um posto de socorro, não quis ficar lá e passei a vampirizar para ter a sensação de que fumava. Como fui infeliz, era um trapo humano, sofri nas mãos de espíritos maus, vaguei sem sossego, sofri dores e humilhações! Um dia, cansado, orei muito e senti necessidade de abandonar de vez o fumo, fortaleci-me nas orações e consegui. ”
(Do livro: Reconciliação)
TEMOS DUAS OBSERVAÇÕES A FAZER:
1ª). Quem fuma comete SUICÍDIO
Aquilo que causamos, de bom ou de mal, a nós, ao próximo ou a qualquer fruto da criação divina, sentiremos o efeito, nesta ou em outra encarnação. Por exemplo: o usuário de cigarro lesa vários órgãos do corpo físico, um deles é o pulmão. Este órgão, então, se foi o mais lesado, poderá desencadear problemas pulmonares. Se isto não ocorrer nesta encarnação, numa próxima, poderá vir sensível a doenças como: câncer, asma, bronquite, etc. Os que não abusam da saúde e tem várias doenças estão, provavelmente, colhendo o que plantaram. E os que abusam da saúde e passam pela vida saudáveis, estão plantando. Se assim não fosse, Deus seria injusto. Por exemplo: Como pode uma criança nascer precisando de transplante de fígado e, um adulto usuário de bebidas alcoólicas ser saudável? Como costumamos dizer, um está colhendo (porque a criança é um Espírito velho em corpo novo), e o outro está plantando (o adulto). Como nos foi avisado: “O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”.
2ª). Outro fator que precisa ser esclarecido para o fumante inveterado: ele raramente fuma um cigarro sozinho.
Segundo André Luiz:
“Há espíritos que, devido a falta de conhecimento do mundo espiritual, ficam por muito tempo ligados a prazeres e hábitos terrenos, como vícios, fome, sede, etc.” Este fenômeno chama-se vampirismo.
Este assédio perdura até que a pessoa tome a decisão sincera de parar de fumar, o que não é fácil.
Além da desintoxicação do organismo, é necessária a desintoxicação psíquica.
Não é somente a pressão da nicotina e do alcatrão que precisam ser combatidas, mas igualmente a do desejo, do impulso, alimentado por induções espirituais dos seus companheiros de trago que o aconselharão a não parar.
Fonte: Chico de Minas Xavier

“É POSSÍVEL SABER COMO VOU DESENCARNAR? ”


Se há uma certeza em nossas vidas, é a do retorno ao Mundo Espiritual, que é de onde viemos.
Sendo a vida física uma etapa na vida do Espírito, o momento de transição entre o estado de encarnado e de desencarnado varia de pessoa para pessoa raiando o infinito, mas sempre de acordo com a individualidade espiritual.
Allan Kardec propôs aos Espíritos Superiores:
“O Espírito sabe por antecipação como desencarnará? – Sabe que o gênero de vida escolhido o expõe a desencarnar mais de uma maneira do que de outra…” (1)
Comum são os relatos a respeito de pessoas que pareciam ter conhecimento do desencarne, pelas atitudes tomadas anteriormente, ou ainda, pela forma com que tocaram direta ou indiretamente no assunto. Isso confirma a informação dada pelos Espíritos Superiores, porque o acaso não faz parte das Leis Universais.
Sobre o instante da morte física perguntou Kardec:
“A separação se opera instantaneamente e por uma transição brusca? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte?
– Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Esses dois estados se tocam e se confundem de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o retinham no corpo físico: eles se desatam, não se quebram.” (2)
Observamos, pela resposta acima, que mesmo nas mortes instantâneas o espírito retém “ligações” com o corpo sem vida, se não pelos laços físicos, também pelos laços desenvolvidos por seus valores e vícios morais.
Seria o caso de perguntarmos: o que exerce influência no desprendimento do espírito de seu corpo físico sem vida?
“Pois, onde está o teu tesouro, ali estará também o teu coração” (3), esclareceu-nos Nosso Senhor Jesus Cristo, como a nos dizer que os laços do sentimento nos vincularão a tudo o que nos é caro ao espírito, sejam coisas, propriedades ou pessoas, pois que estas últimas também consideramos como propriedades nossas.
“Amém vos digo que tudo que ligardes sobre a terra, estará ligado nos céus” (4) também disse Nosso Senhor Jesus Cristo. Aqui, por céus podemos entender Mundo Espiritual, o que significa que mesmo do “lado de lá”, mantemos os laços firmados aqui, inclusive na transição entre o estado de encarnado para o de desencarnado.
Necessário se faz, portanto, incrustarmos em nossa cultura de vida a consciência da precariedade dos laços que nos prendem ao mundo físico, incluindo às pessoas, que também são espíritos em evolução.
As enfermidades fatais, e muitas vezes as de longo curso, tornam-se períodos de meditação a respeito dos valores pessoais diante da vida, permitindo um melhor preparo íntimo para a transição e readaptação ao mundo espiritual.
Não se deve entender, no entanto, que o desprendimento das coisas e pessoas deste mundo cheguem ao despautério de nos tornarmos frios e insensíveis. O que se espera é tão somente que saibamos trabalhar os sentimentos do espírito imortal, administrando a influência que as coisas do mundo exercem sobre nós, tirando o devido proveito para crescimento espiritual, porque, se é fato que estamos reencarnados, também o é que um dia vamos desencarnar.
A Doutrina Espírita tem todas as ferramentas necessárias para trabalharmos nossos valores íntimos, dando-nos o ensejo para o devido preparo para a grande transição que, embora já a tenhamos experimentado muitas e muitas vezes, ainda se faz presente com muito peso em nossa forma de viver a vida física.
Pensemos nisso.
ANTÔNIO CARLOS NAVARRO-Fonte: Chico de Minhas Xavier
Referências:
(1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 856;
(2) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 155 a;
(3) Mateus, 6:21;
(4) Mateus, 18:18.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...