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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

“REENCARNAÇÃO: MEMÓRIAS DE OUTRAS VIDAS.”

Palingenesia, pluralidade das existências da alma, vidas sucessivas… Essas palavras têm o mesmo significado de reencarnação. Acredito que você já ouviu ou pelo menos leu algo a respeito do assunto, pois esse conceito está cada vez mais popular em nossos dias.
A reencarnação é o retorno do Espírito a um novo corpo físico. Além de quesito fundamental do Espiritismo, é um princípio da lei natural, ensejando ao indivíduo o constante desenvolvimento de suas potencialidades pelas provas a que é submetido na jornada terrena, nas diversas e sucessivas existências físicas que tem a viver.
Reencarnação é oportunidade de recomeço, com a vantagem de que o aluno terá novas chances de aprendizado, sem necessariamente ter de reiniciar todas as tarefas. O aprendiz pode dar continuidade de onde parou na “lição” anterior… Mas, precisará refazer aquelas em que foi reprovado.
Seria realmente difícil aprendermos de um só vez tudo o que a vida nos oferece, se tivéssemos apenas uma existência material. São tantas informações, conteúdos, conhecimentos, disciplinas, experiências, relações, que não daríamos conta de fazer todo o dever de casa. Por isso, em sua Sabedoria, Deus nos oferta a dádiva de usufruirmos de mais de uma existência corporal. De várias, de muitas, a depender da necessidade de evolução espiritual de cada um.
Como, via de regra, todos nós temos contas a pagar – aquelas dívidas contraídas em outros tempos –, o objetivo da pluralidade das existências é inicialmente fazer com que acertemos essas pendências com a Lei Divina e com os débitos contraídos perante os semelhantes. Em outras palavras: é preciso expiar. Isso mesmo: pagar as contas, corrigir os erros, acertar as coisas. Não raro, à custa de dores e de aflições…
Todavia, a razão principal do retorno do Espírito às experiências terrenas é o “melhoramento progressivo da humanidade”. Assim falam as inteligências desencarnadas (vivas no mundo espiritual) em O livro dos Espíritos, organizado por Allan Kardec.
Leia O livro dos Espíritos! Há um capítulo inteiro sobre o assunto. Quem sabe você não encontrará nesse livro algumas respostas a suas indagações?!
Ou seja, estamos na Terra para evoluir. No presente, pagamos dívidas passadas e conquistamos créditos futuros. Isso tudo para que sejamos felizes. Deus não deseja o sofrimento de ninguém. Nascemos e renascemos para a conquista da plenitude, da solidariedade universal, da prática do bem sem ostentação, da vivência da caridade no cotidiano de nossas vidas.
A existência carnal é uma chance de aprimoramento das virtudes latentes na intimidade de cada um de nós. Daí a necessidade do testemunho pessoal e intransferível, quando somos convocados aos desafios de educação, nem sempre fáceis de serem vencidos. Esse processo exige auto superação, libertação de mazelas e conquista de equilíbrio para uma vida integral e saudável. Assim, todas as dimensões existenciais e Inter existenciais serão contempladas nas ações e comportamentos do Espírito imortal, qualidade essencial atribuída pelo Criador Supremo a todos os homens e mulheres, estejam neste ou noutro plano da Vida.
Se você não acredita em reencarnação, responda-me essas perguntas:
Por que uns nascem ricos e outros pobres?
Por que uns sofrem e outros são felizes?
Por que crianças morrem em tenra idade?…
Em vez de uma determinação irrevogável da Vontade Divina, preferível admitir, por ser mais racional e lógico ao nosso entendimento, que o ser humano é o grande artífice de seu próprio destino. Pelo uso do livre-arbítrio na presente encarnação ou em vidas pretéritas, o homem pode acertar como errar, fazer coisas boas como ruins. E será sempre o maior responsável pelos seus atos e pelas consequências deles decorrentes.
Independentemente de acreditar ou não na reencarnação, vale a pena considerar que Deus concede a todos nós o ensejo de atuarmos como protagonistas no palco da vida com o objetivo de conquistarmos a felicidade pelo próprio esforço. Uma vez que estamos aqui, esse é o momento de fazermos o melhor ao nosso alcance, valorizando e aproveitando as oportunidades disponibilizadas pela atual encarnação.
FEB | Geraldo Campetti Sobrinho

Fonte: Chico de Minas Xavier

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

“À QUARESMA NA VISÃO ESPÍRITA. ”

Quaresma, tempo de penitências?
É chegado o tempo da quaresma, período de quarenta dias que antecede a data mais importante para o cristianismo: “A morte e a ressurreição de Cristo”.
Nesta época, os cristãos em sua maioria, são convidados à reflexão espiritual promovendo uma renovação sincera de atitudes. Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a Páscoa. 
No período quaresmal é muito comum nos depararmos com pessoas cumprindo promessas, jejuando e fazendo penitências. Os fiéis mais tradicionais se abstêm do consumo da carne vermelha, outros passam os quarenta dias sem cortar o cabelo e a barba, enfim, não raro são aqueles que realizam algum tipo de sacrifício neste período.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado. Já o sacrifício, tem o sentido de “fazer alguma coisa sagrada”, entretanto esse conceito é variável de acordo com as diferenças culturais.
De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.
Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros? Até que ponto as penitências são válidas? Será que necessitamos de um período específico para refletir nossas atitudes e dar início a uma transformação moral?
Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:
720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
a)  Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma. Meritório é resistir à tentação que arrasta ao excesso ou ao gozo das coisas inúteis; é o homem tirar do que lhe é necessário para dar aos que carecem do bastante. Se a privação não passar de simulacro, será uma irrisão.”
722. Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde. Alguns legisladores, porém, com um fim útil, entenderam de interditar o uso de certos alimentos e, para maior autoridade imprimirem às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.”
726. Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
 “Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus. Os sofrimentos voluntários de nada servem, quando não concorrem para o bem de outrem. Supões que se adiantam no caminho do progresso os que abreviam a vida, mediante rigores sobre-humanos, como o fazem os bonzos, os faquires e alguns fanáticos de muitas seitas? Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes? Vistam o indigente; consolem o que chora; trabalhem pelo que está enfermo; sofram privações para alívio dos infelizes e então suas vidas serão úteis e, portanto, agradáveis a Deus. Sofrer alguém voluntariamente, apenas por seu próprio bem, é egoísmo; sofrer pelos outros é caridade: tais os preceitos do Cristo.”
Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do Espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões. Para a doutrina dos espíritos, as privações somente são válidas quando afastam o homem das futilidades materiais que nada acrescentam na evolução do espírito, entretanto, deve ser um exercício contínuo na busca pelo progresso moral, não limitando-se a quarenta dias a cada ano.
Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.
Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o Espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne. Devemos considerar que nossa matéria densa carece de proteína para funcionar adequadamente, cuja principal fonte é a carne.
A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na Idade Antiga, consolidando-se na Idade Média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições. Desta forma a carne vermelha era consumida apenas pelos ricos nos banquetes, onde se tornou o símbolo da gula, um dos pecados capitais. Para evitar conflitos com a nobreza, a Igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal; essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval. Após o “carnevale”, a população deveria abster-se da carne pelos quarenta dias que antecediam a Páscoa. O peixe não entrou nesta lista, por isso tinha o consumo liberado.
Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes. E hoje, cada vez menos as pessoas praticam a abstinência de carne vermelha na quaresma, provando que esses hábitos são apenas tradições que nada tem haver com os ensinamentos do Cristo.
Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.
Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.
ANDRÉ LUIZ ALVES JR. Fonte: o Consolador. Revista Semanal de Divulgação Espírita
Referências: 
“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

“QUARESMA: QUANDO ABREM OS PORTÕES DO UMBRAL”

Ao contrário do que muitos pensam, a quaresma não é uma data importante apenas para a Igreja Católica. Outras comunidades Cristãs, como: Calvinistas, Luteranas, Anglicanas, Ortodoxas, também a adotam, conforme seus preceitos.
Curiosamente, não se trata apenas de um período de purgação espiritual simbolizado nos 40 dias em que Jesus passou no desertou ou Moisés no monte Sinai. Trata-se de um período com fortes implicações espirituais, cuja tradição remonta, pelo menos, 1600 anos.
Asseguram-nos os espíritos que, neste período, há uma profunda agitação na atmosfera Umbralina, o que faz com que muitos espíritos consigam vir à superfície da Terra com muita facilidade.
Embora existam espíritos responsáveis por vigiar os “canais de saída”, nesse período, a agitação é tão grande que, mesmo eles, não conseguem impedir a passagem dessas entidades. É quando uma imensa quantidade de espíritos sofredores e perturbadores ganham livre acesso ao mundo dos homens.
O que se passa, então, é um verdadeiro caos: cada um segue por conta do seu interesse. Alguns, viciados, correrão para saciarem-se; outros, perturbados, buscarão seus familiares; alguns, vingativos, o que tanto anseiam e por aí vai.
Com tantas entidades perturbadoras perambulando livremente, a chance de cairmos em sentimentos nocivos que nos farão mal é muito grande. Desavenças são acirradas. Vinganças são alimentadas. Ódios são cultivados. É preciso ter muita firmeza de cabeça.
Nesse período, mais do que qualquer outro do ano, temos que ter cuidado redobrado com nossos pensamentos e sentimentos, pois com imensa facilidade, poderemos ser alvo das investidas inferiores. Orai e Vigiai, em dobro… Em triplo!
É provável, contudo, que a maior parte das pessoas não perceba todo esse perigo. Entretanto, os médiuns percebem, com facilidade.
As próximas três quaresmas, até o ano de 2019, serão intensamente mais fortes que as anteriores. São os momentos finais, agônicos, de uma sociedade, encarnada e desencarnada, prestes a se renovar ou se atrasar, conforme as escolhas feitas.
Este é um período de intenso trabalho, de redobrada caridade e auxílio aos encarnados e desencarnados. Nenhuma casa Espírita  deve fechar as portas.
Vamos todos concentrar nossos esforços no bem, na caridade, no amor ao próximo. Refugiarmos na oração e na vigília constante de nossos pensamentos e atos e nada teremos a temer.

Fonte: Estudo Espiritualista.

“FINALIDADE DO SEXO NA VISÃO ESPÍRITA”


O SEXO É PECAMINOSO?
Sexo, como disse Emmanuel, “é um atributo não apenas respeitável mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle.” Então, pecaminoso é a maneira que fazem uso do sexo, seja por um hetero ou um homo.
QUAL A FINALIDADE DO SEXO?
O sexo foi feito para a vida, para dar oportunidade para Espíritos encarnarem para ressarcir débitos ou para realizar provas, e não a vida foi feita para o sexo, como estão dando a entender hoje. Observemos que, quando nosso corpo envelhece e não pode mais reproduzir, a mulher não lubrifica mais como na mocidade e o homem tem dificuldade de ereção. O sexo é troca de energia, seja feito, com intenção de ter ou não filho. Mas que seja feito com respeito, sem promiscuidade, sem troca constante de parceiro (a), seja homo ou hetero.
O SEXO DEVE SER LIVRE?
O sexo sempre foi livre e deve ser livre. Portanto, não devemos concordar com a promiscuidade e a vulgaridade com que ele é exercido, mas à liberdade com responsabilidade, mediante a consciência da sua finalidade. Hoje a mente das pessoas está no sexo; é a cabeça sexual. O estômago, quando se come demais, tem indigestão. Qualquer órgão de que se abusa, sofre o efeito imediato. O problema do sexo é a mente. Criou-se o mito que a vida foi feita para o sexo, e não o sexo para a vida. Depois da revolução sexual dos anos 60, o sexo saiu do aparelho genésico e foi para a cabeça. Só se pensa, fala respira sexo. (Divaldo Franco)
SEXO É AMOR?
Não, sexo é um fenômeno biológico de atração magnética, porque os animais o praticam e não se amam. O amor é um sentimento, o sexo é um veículo de sensações. Quando irrigado pelas superiores emoções do amor, ele ilumina a alma e, sem o tempero santificante desta emoção, ele atormenta o Ser.
SE A FINALIDADE DO SEXO É DAR OPORTUNIDADE PARA ESPÍRITOS REENCARNAREM, POR QUE INVENTARAM O ANTICONCEPCIONAL?
O anticonceptivo existe para controlar a quantidade de filhos que um casal quer ou pode ter (financeiramente falando). Ele não foi inventado para as pessoas fazerem uso do sexo de maneira abusiva, promíscua e sem responsabilidade.
Diz Emmanuel no livro Vida e Sexo: "Em torno do sexo, será justo resumirmos as normas seguintes:
Não proibição, mas educação.
Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo.
Não indisciplina, mas controle.
Não impulso livre, mas responsabilidade.
Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."
Fonte: Grupo de Estudos Allas Kardec
Autor: Rudymara

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

“A MEDIUNIDADE É UM CANAL ENTRE NÓS E A DIMENSÃO ESPIRITUAL. ESTE CANAL PODE SER DE LUZ OU DE SOMBRAS...”


A MEDIUNIDADE É UM CANAL ENTRE NÓS E A DIMENSÃO ESPIRITUAL. ELE PODE SER DE LUZ OU DE SOMBRAS... CABE AO MÉDIUM ILUMINAR ESSE CANAL COM OS VALORES MAIS NOBRES DA VIDA, UTILIZANDO-O PARA A PRÁTICA DO BEM... OU TORNÁ-LO EM INSTRUMENTO DE INTERESSES RASTEIROS, GERANDO SOFRIMENTOS PARA SI MESMO, NESTA VIDA E EM FUTURAS REENCARNAÇÕES.
Muitos Médiuns, antes da Reencarnação, "Pediram" ou Aceitaram a "Tarefa Mediúnica" como opção de resgate de erros de vidas passadas. Por isso não se trata de pessoas diferentes, favorecidas ou desfavorecidas pela vida. Mas todo aquele que comece a sentir sintomas que indicam Mediunidade, deve começar a pensar com seriedade sobre o assunto. Não é em vão que os Poderes Superiores nos dão faculdades mediúnicas.
Elas existem para podermos entrar em contato com o mundo espiritual, receber notícias dos que se foram, esclarecimentos sobre a vida nessa outra dimensão, sobre as leis naturais e sobre todos aqueles “porquês” que tanto angustiam a alma humana.
Mas existem principalmente como instrumentos para a prática do bem, no atendimento a espíritos sofredores e obsessores, no consolo aos aflitos de toda natureza e para alívio e cura de enfermidades do corpo e da alma. Sabe-se que a tarefa mediúnica é programada antes da reencarnação e, muitas vezes, ela representa uma troca nas formas de resgate kármico.
Digamos que um espírito, conhecendo ou lembrando-se de uma ou mais de suas vidas passadas, nas quais cometeu faltas graves perante a Lei Maior, decide-se a resgatá-las. Entende então, que para acabar com aquele remorso, retirar aqueles “pesos” de sua consciência profunda, precisa renascer na Terra e purgar suas culpas numa existência de sofrimentos ou limitações.
Nessas situações, e quando há merecimento de sua parte, ele pode conseguir uma troca. Em vez de reencarnar com um programa de vida repleto de dores e aflições, irá retornar á matéria trazendo um compromisso de trabalho mediúnico. É a permuta de sofrimentos por uma tarefa de amor. E lembramos, a propósito, que o apóstolo afirmou: “O amor cobre uma multidão de pecados”.
Assim, em vez da doença, da penúria, das deficiências físicas ou problemas semelhantes, esse espírito reencarna trazendo compromisso de trabalho mediúnico, inteiramente gratuito, visando apenas fazer o bem, ajudar o próximo necessitado.
Também é verdade que muitos médiuns sofrem... e muito. Sem dúvida sofreriam muito mais, não fosse a sua tarefa mediúnica.
Mas há também casos de mediunidade que não representam resgate, mas uma tarefa de amor que alguém resolveu assumir.
Se o sofrimento é caminho de evolução, também é instrumento de contenção e de equilíbrio. A dor, queiramos ou não, nos preserva de muitas quedas espirituais, e muitas almas valorosas não a dispensam de suas programações reencarnatórias. 
Sempre que alguém vai voltar à terra comprometido com tarefa mediúnica, os mentores elaboram um planejamento para suas futuras atividades. Eles também o preparam devidamente, para poder servir, quando na Terra, como intermediário entre os encarnados e os desencarnados.
O futuro médium então renasce e cresce, recebendo os devidos cuidados da parte dos espíritos responsáveis pela sua tarefa.
Então, ao aproximar-se a época em que deve iniciar a sua atividade mediúnica, começam a lhe ocorrer coisas estranhas: perturbações as mais variadas, doenças que os médicos não conseguem diagnosticar, acidentes anormais, sensações perturbadoras como arrepios e formigamentos, sonhos esquisitos, pesadelos, dores de cabeça, visão ou audição de espíritos, e outras semelhantes.
Nessas ocasiões sempre aparece alguém para dizer que isto pode significar mediunidade.
Pois bem, quando o médium, obedecendo ao compromisso assumido, inicia o desenvolvimento de suas faculdades, também passa a merecer assistência dos bons espíritos, que irão orientá-lo e ajudá-lo de acordo com permissão superior. Mas, para que possa receber essa ajuda é necessário que se torne merecedor, sendo dedicado, responsável, e procurando melhorar sempre as próprias atitudes, tornando-as mais compatíveis com a nobreza de uma tarefa no bem.
O médium deve também trabalhar, sem cessar, pela própria evolução ou crescimento interior; dedicar-se a leituras de elevado teor espiritual, como por exemplo “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. A conduta reta e o amor fraterno representam a sua segurança e equilíbrio como medianeiro entre a dimensão material e a espiritual. Isto é fundamental para fortalecer o seu campo energético e situá-lo fora da faixa de sintonia com entidades inferiores.
Nos meios espíritas é onde poderá encontrar maior segurança para suas atividades, porque é onde melhor se conhece e mais seguramente se trabalha no campo mediúnico.
Mas a mediunidade também pode ser uma faca de dois gumes: com Cristo, na caridade mais pura e sob a direção de pessoas experientes e verdadeiramente fraternas, apresenta-se como ponte de luz entre a Terra e o Céu. Mas quando se propõe ao atendimento a interesses rasteiros, ao ganho de bens, de posições, de influência ou status, ou pior ainda, a fazer o mal, ela se transforma em canal para espíritos das sombras com resultados imprevisíveis, mas sempre muito ruins.
E o pior ocorre no retorno ao mundo espiritual, depois da morte. Ali, o médium faltoso terá de amargar suas dores, seus remorsos e o resultado de suas ações irresponsáveis ou antifraternas, sem falar em que terá de recomeçar tudo outra vez, e em condições mais desfavoráveis.
Na maioria dos casos, o candidato a médium começa a receber o chamamento para a tarefa e não atende; muitos por medo, outros por acomodação e outros ainda, por causa de suas religiões, pois a maioria delas, sem conhecerem bem o assunto, condenam a mediunidade e a comunicação dos espíritos.
Mas as suas faculdades certamente começarão a aflorar, mesmo assim, no tempo previsto. Só que, pela falta de orientação adequada e pelo não cumprimento do compromisso assumido antes da reencarnação, elas podem transformar-se em canal para as mais diversas erturbações, podendo desembocar em doenças ou em desequilíbrios os mais variados, de consequências imprevisíveis.
É preciso, no entanto, ver que não foi a mediunidade a causadora desses problemas, mas sim, o descaso do próprio médium que deixou de cumprir seus compromissos.
PERGUNTA FREQUENTE
É possível que todas as pessoas sejam médiuns?
De certa forma todas as pessoas são médiuns, porque todas são passíveis de serem influenciadas pelos espíritos, mas quando falamos em médium a referência é feita aos que tem essas faculdades mais desenvolvidas, capazes de transmitir o pensamento dos espíritos, ou servir como veículo para suas manifestações na matéria.
Há médiuns, desde aqueles que possuem faculdades apenas latentes, até aqueles outros nos quais elas se apresentam com toda a sua potencialidade.
Os primeiros, regra geral, não têm maiores compromissos nesse terreno, enquanto uma mediunidade estuante certamente está informando que há tarefas de maior ou menor abrangência em sua pauta reencarnatória.
Também há casos em que a tarefa é ampliada no decorrer dos anos, a depender do desempenho do médium, enquanto em outros ela não chega a ser cumprida em sua totalidade. E há também aqueles, infelizmente muitos, que a abandonam a meio do caminho, sem falar nos que nem chegam a iniciá-la.
Na maioria dos centros espíritas há cursos para médiuns, com estudos doutrinários e sobre mediunidade, nos quais os participantes vão aprendendo a se concentrar e a educar suas faculdades. Isto é muito importante para que a sua tarefa possa desenvolver-se com equilíbrio e dentro dos princípios de ética ensinados pelo Espiritismo.
A mediunidade praticada com amor, dedicação e desprendimento é fator de equilíbrio e paz para seu portador.
Quais são as principais atividades mediúnicas desenvolvidas num centro espírita?
As principais atividades mediúnicas nos centros espíritas são a desobsessão e o atendimento a espíritos sofredores.
Alguns centros também se dedicam a curas através da mediunidade, nos mais variados formatos.
Mas as faculdades mediúnicas também são utilizadas para contatos com espíritos orientadores, para recepção de mensagens, para escrita de livros, e muitas outras finalidades voltadas para o bem.
E há ainda a pintura de quadros, por espíritos de pintores, a composição de músicas, etc.
Nos meios espíritas é onde o médium poderá encontrar maior segurança para suas atividades, porque é onde melhor se conhece e mais seguramente se trabalha no campo mediúnico.
Se costumas cultivar animosidade, pessimismo, tristeza ou amargura, procura fazer tudo para mudar esse quadro. Ideias e emoções negativas formam um ambiente psíquico pesado em ti e em torno de ti, afastando o bem que pode estar chegando pelo caminho.
Antônio Carlos Piesigilli.
Fonte- Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

“COMO É FEITO O RESGATE DOS ESPÍRITOS NOS CASOS DE MORTE VIOLENTA? ”


Ninguém, em circunstancias de morte violenta, em acidentes fatais, jamais estará desamparado, à míngua de uma assistência espiritual socorrista.
Todos são socorridos e atendidos em suas necessidades específicas, de acordo com o respectivo grau de maturidade consciencial, merecimento e a gravidade do estado pessoal de cada um.
Quando ocorre um acidente ou desastre doloroso no plano físico, imediatamente, no mundo espiritual, os Centros ou Núcleos de Pronto Socorro e Atendimento Espiritual mais próximos tomam conhecimento da ocorrência, providenciando com a máxima urgência o socorro das vítimas acidentadas que venham a morrer ou que fiquem poli traumatizadas e em estado grave no local do sinistro.
Nestas circunstancias emergenciais a pessoa moribunda agonizante ou desencarnante emite pensamentos aflitivos que se propagam na multidimensionalidade extrafísica, como se fossem verdadeiros S.O.S. telepáticos, os quais são devidamente captados e registrados por meio de sofisticada tecnologia, possibilitando a imediata localização e identificação pessoal das vítimas do desastre.
Equipes de socorro espiritual dirigem-se imediatamente ao local do acidente para a prestação do respectivo socorro e demais providências de amparo assistencial.
A título de exemplo, no capítulo XVIII – Resgates Coletivos, do livro Ação e Reação, psicografado e editado pelo Espírito André Luiz, 2a. ed. FEB, páginas 236 e seguintes, encontra-se o relato de um desastre aviatório.
Qual era a situação das pessoas vitimadas?
Vários desencarnados no referido acidente encontravam-se em posição de choque, presos aos respectivos corpos físicos, mutilados parcial ou totalmente, entretanto alguns apresentavam-se em melhores condições de lucidez consciencial.
Outros sentiam-se imantados aos próprios restos cadavéricos, gemendo de dor e sofrimento, e outros ainda gritavam em desespero, mantendo-se também aprisionados aos despojos físicos, em violenta crise de inconsciência, numa profunda perturbação.
Os espíritos socorristas, médicos e enfermeiros em especial, a todos atendiam com elevado sentimento de compaixão, prestando a assistência espiritual de acordo com a situação de cada um.
Comentários elucidativos a respeito da situação de cada vítima, feitos por generoso mentor espiritual, merecem ser analisados para efeitos de esclarecimentos educativos, objetivando a autoconscientização e o autoconhecimento de cada um e de todos.
O socorro espiritual é ministrado indistintamente a todos, sem nenhuma exceção.
A expressão – “Se o desastre é o mesmo para todos, a morte é diferente para cada um”, é um ensinamento importante e merece ser assimilado.
Nem todos podem ser retirados dos despojos físicos, cadaverizados, logo imediatamente.
A afirmação de que “Somente aquele cuja vida interior lhe outorga a imediata liberação”, é de relevante significado educativo, pois revela a necessidade moral de se buscar o autoconhecimento e a consequente emancipação psicológica e emocional indispensável para maior autonomia e discernimento conscienciais, ainda em plena vida física.
As pessoas que se dispuseram a viver em harmonia com a cosmoética nada têm a temer diante do momento decisivo e crucial da própria morte física.
Aquele cuja vida consciencial se manteve em desalinho, vivendo em descompasso desarmônico com as Leis da Vida, concentrando-se no egoísmo, perdendo valiosas oportunidades de amar e bem servir ao próximo como a si mesmo, e, por conseguinte, ficando mais condicionado às manifestações instintivas e emocionais, sem nenhuma preocupação com os valores espirituais para o próprio crescimento e desenvolvimento consciencial, este fica apegado ao corpo físico, não tendo condições de manter equilíbrio harmônico e a lucidez consciencial indispensáveis à neutralização dos impulsos de atração e imantação energética que o retém ao cadáver mutilado.
Nestas circunstancias, o desencarnado permanecerá ligado por tempo indeterminado aos despojos cadavéricos que lhe pertencem.
Este tempo indeterminado está na dependência “do grau de animalização dos fluídos que lhes retêm o espírito à atividade corpórea”. (p. 238).
Pode levar horas, dias ou meses até a completa e plena autolibertação psicológica, emocional, consciencial e espiritual.
Mas aquelas vítimas desencarnadas no desastre, as quais não têm condições de se afastar do próprio cadáver, ficarão relegadas ao sabor das circunstancias, por tempo indefinido, sem nenhum outro tipo de assistência socorrista?
Jamais isto acontece.
Todas, sem exceção, são amparadas sempre.
“Ninguém vive desamparado. O amor infinito de Deus abrange o Universo”. (p. 239).
KARDEC RIO PRETO | Cícero Marcos Teixeira
Fonte: http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/T_autores/TEIXEIRA_Cicero_tit_Morte_e_significados.htm

 

domingo, 11 de fevereiro de 2018

"DIVALDO FRANCO ALERTA SOBRE O CARNAVAL: FELICIDADE ILUSÓRIA DA EMBRIAGUEZ DOS SENTIDOS "


E o Carnaval chegou com todos os seus ruídos e paixões primárias, anunciando alegria e felicidade, essa felicidade ilusória da embriaguez dos sentidos.
Ante a miséria que alarga a sua capacidade de destruir as massas ao lado da violência voluptuosa e destruidora, recordamo-nos do período imperial de Roma, que abria o circo para a generosidade do tirano que governava anestesiando os desditosos com o célebre “panis et circensis”.
A situação atual é pior do que aquela, porque se oferece apenas o circo de grandes proporções, nem sempre gratuita, mas vendidas as suas concessões.
Embriagadas, as multidões assumem o descontrole dos sentidos e atiram-se na ufania dos poucos dias de loucura e prazer, para depois retornar à normalidade impossível de ser mantida. E o carnaval, de certo aspecto, continua dominando aqueles que preferem a ilusão que se desvanece rapidamente à realidade do enfrentamento para a conquista dos valores que realmente proporcionam felicidade.
Algumas cidades do nosso país, considerando os desafios e sofrimentos que sobre elas se abatem, estão transformando as despesas carnavalescas do agrado quase geral, por se tratar de fuga para lugar nenhum, em pagamento aos funcionários que padecem atraso dos salários, aos hospitais onde os pacientes morrem nos corredores ou nas portas de entrada, às escolas em abandono, ante o reproche e desagrado de muitos foliões que preferem o padecimento dos filhos e deles mesmos a pobre educação proporcionada pelo poder público.
Afinal, nada temos contra o Carnaval, essa catarse periódica quase com finalidade terapêutica. Mas, a libertinagem em que foi transformado, de alegrias e festas em bacanais sexuais do mais nível servil, a larga e quase oficial ingestão e uso de drogas aditivas, ao contágio de enfermidades perversas e de novos tormentos emocionais, defluentes dos falsos amores dos dias fugazes nas vigorosas garras dos dias de trabalho e enfrentamento existencial.
O ser humano deve descobrir a finalidade da sua existência, encontrar um significado psicológico, raciocinar a respeito da brevidade em que ela se desenvolve, trabalhando-se para superar os sofrimentos e as inevitáveis contrariedades de cada dia. Cabe-lhe mergulhar na rapidez com que passa o prazer e eleger aqueles que produzem plenitude e têm duração real.
O discernimento deve ser desenvolvido para não se enganar com os denominados quinze minutos de holofotes a que a maioria humana aspira, perdendo-se logo depois nas frustrações dos sonhos- pesadelos.
O Espírito humano está destinado a fatalidade do Bem, a conquista da harmonia, da beleza, da saúde e da fraternidade no seu sentido pleno.
Divaldo Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 08-02-2018.



"A INDIGESTA PSICOSFERA DO CARNAVAL” O OUTRO LADO DA FESTA"


Nos períodos de folia os carnavalescos surgem de todos os lados na  busca do nutrimento de suas devassidões. Para tais são longas as estações de dias e noites para as preparações do delírio demente dos três dias de miragens. Os incautos esfolam as finanças familiares para experimentar o encanto efêmero de curtir dias de completa paranoia. Adolescentes e marmanjos se abandonam nas arapucas pegajosas das drogas lícitas e ilícitas. Não compreendem que bandos de malfeitores do além (obsessores) igualmente colonizam as avenidas das escolas de samba num lúgubre show de bizarrices. Celerados das escuridões espirituais se acoplam aos bobalhões fantasiados pelos condutores invisíveis do pensamento, em face dos entulhos concupiscentes que trazem no mundo íntimo.
Sobrevém uma permuta vibratória em todos e em tudo. Os espíritos das brumas umbralinas se conectam aos escravos de momo descuidados, desvirtuando-os a devassidões deprimentes e jeitos grotescos de deploráveis implicações morais. Tramas tétricas são armadas no além-tumba e levadas a efeito nessas oportunidades em que momo impera dominador sobre as pessoas que se consentem despenhar na festa medonha.
Enquanto olhos embaciados dos foliões abrangem o fulgor dos refletores e das fantasias brilhantes (inspirações ridículas impostas pelos malfeitores habitantes das províncias lamacentas do além-túmulo), nas avenidas onde percorrem carros alegóricos (que, pasmem! Já até transportou a efígie do Chico Xavier sob aplausos de omissos líderes espíritas), a visão dos espíritos observa o recinto espiritual envolto em carregadas e sombrias nuvens cunhadas pelas oscilações de baixo teor mental.
Os três dias de folia, assim, poderão se transformar em três séculos de penosas reparações. É bom pensarmos um pouco nisso: o que o carnaval traz ao nosso Espírito? Alegria? Divertimento? Cultura? É de se perguntar: será que vale a pena pagar preço tão elevado por uns dias de desvario grupal?
Quando se pretende alcançar essa alegria, através do prazer desregrado e dos excessos de toda ordem, o resultado é a insatisfação íntima, o vazio interior provocado pelo desequilíbrio moral e espiritual. Portanto, não fossem os exageros, o Carnaval, como festa de integração sócio racial, poderia se tornar um acontecimento compreensível, até porque não admitir isso é incorrer em erro de intolerância. Porém, para os espíritas merece reflexão a advertência de André Luiz: “Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da temperança. ” (1)
A efervescência momesca é episódio que satura, em si, a carga da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre nós, os encarnados, distinguidos pelas paixões do prazer violento. Costuma ser chamado de folia, que vem do francês folle, que significa loucura ou extravagância.
Nos dias conturbados de hoje, sabe-se que “(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme etc); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, seis se transformam em adultério, cabendo uma média de três para os homens e três para as mulheres (por exemplo); que, de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem espontaneamente a coisas que normalmente abominam no seu dia a dia, como álcool, entorpecente etc. Dizem, ainda, que tudo isso decorre do êxtase atingido na Grande Festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas, também, da orgia e depravação, somadas ao abuso do álcool, levam as pessoas a se comportarem fora do seu normal (…)” (2)
O Espírito Emmanuel adverte: “Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. (…) Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem.”(3)
Como proferi supra, nesse panorama, os obsessores “influenciam os incautos que se deixam arrastar pelas paixões de Momo, impelindo-os a excessos lamentáveis, comuns por essa época do ano, e através dos quais eles próprios, os Espíritos, se locupletam de todos os gozos e desmandos materiais, valendo-se, para tanto, das vibrações viciadas e contaminadas de impurezas dos mesmos adeptos de Momo, aos quais se agarram.” (4)
Portanto, além da companhia de encarnados, vincula-se a nós uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. As tendências ao transtorno comportamental de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são qual imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do descaso à dignidade humana, que, em suma, não existiriam se vivêssemos no firme propósito de educar as paixões instintivas que nos animalizam.
Será racional fechar as portas dos centros espíritas nos dias de Carnaval, ou mudar o procedimento das reuniões? Existem alguns centros que fecham suas portas nos feriados do carnaval por vários motivos não razoáveis. Repensemos: uma pessoa com necessidades imediatas de atendimento fraterno, ou dos recursos espirituais urgentes em caso de obsessão, seria fraterno fazê-la esperar para ser atendida após as “cinzas”, uma vez ocorrendo essa infelicidade em dia de feriado momesco?
Os foliões crônicos declaram que o carnaval é um extravasador de tensões, “liberando as energias”… Entretanto, no carnaval não são serenadas as taxas de agressividade e as neuroses. O que se observa é um somatório da bestialidade urbana e de desventura doméstica. Aparecem após os funestos três dias as gravidezes indesejadas e a consequente proliferação de assassinatos de intrusos bebês nos ventres, incidem acidentes automobilísticos, ampliação da criminalidade, estupros, suicídios, aumento do consumo de várias substâncias estupefacientes e de alcoólicos, assim como o aparecimento de novos viciados, dispersão das moléstias sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as chagas morais, assinalando, densamente, certas almas desavisadas e imprevidentes.
O carnaval edifica o nosso Espírito? Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Carnaval, tão do agrado dos brasileiros, nenhum mal acarreta à nossa integridade fisiopsicoespiritual. No entanto, por detrás da aparente alegria e transitória felicidade, revela-se o verdadeiro atraso espiritual em que ainda vivemos pela explosão de animalidade que ainda impera em nosso ser. É importante lembrá-los de que há muitas outras formas de diversão, recreação ou entretenimento disponíveis ao homem contemporâneo, alguns verdadeiros meios de alegria salutar e aprimoramento (individual e coletivo), para nossa escolha.
Não vemos, por fim, outro caminho que não seja o da “abstinência sincera dos folguedos”, do controle das sensações e dos instintos, da canalização das energias, empregando o tempo de feriado do carnaval para a descoberta de si mesmo; o entrosamento com os familiares, o aprendizado através de livros e filmes instrutivos ou pela frequência a reuniões espíritas, eventos educacionais, culturais ou mesmo o descanso, já que o ritmo frenético do dia a dia exige, cada vez mais, preparo e estrutura físico-psicológica para os embates pela sobrevivência.
Somente poderemos garantir a vitória do Espírito sobre a matéria se fortalecermos a nossa fé, renovando-nos mentalmente, praticando o bem nos moldes dos códigos evangélicos, propostos por Jesus Cristo.
Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
(1) Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espirito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, cap.37 “Perante As Fórmulas Sociais”.
(2) São José Carlos Augusto. Carnaval: Grande Festa…De enganos! , Artigo publicado na Revista Reformador/FEB-Fev. 1983.
(3) Xavier , Francisco Cândido. Sobre o Carnaval, mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel, fonte: Revista Reformador, Publicação da FEB fevereiro/1987.


(4)  Pereira, Ivone. Devassando o Invisível, Rio de Janeiro: cap. V, edição da FEB, 1998.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

“REENCARNAÇÃO: RESPOSTA ÀS CRÍTICAS DE UM ATEU. ”


Ler o que escrevem aqueles que não concordam com nossas crenças é uma das melhores formas de aprendizagem. As objeções destas pessoas são sempre um convite para a reflexão e para o estudo.
O texto abaixo foi extraído do site Ceticismo.net .  Depois do texto estão meus comentários.
“Eu tenho um cão e um gato. Eles aprenderam a fazer coco e pipi no local certo. Sabe por que? Porque eu os pego no ato e levo para o local adequado e ao mesmo tempo fico gritando, “Não pode!”
Esse método funciona porque o cão ou gato percebe o que está fazendo e associa a desaprovação com o ato que esta praticando. E com o tempo eles aprendem a não fazer suas necessidades em nenhum outro local a não ser o indicado.
Se você vir o cachorro fazendo suas necessidades em um local proibido, esperar uma hora e depois xingá-lo, não funciona. Ele não vai aprender nada porque não sabe o motivo de estar sendo punido. Sendo assim, é pura perda de tempo e até crueldade, puni-lo.
O mesmo acontece com uma criança. Se uma criança não sabe porque está sendo punida porque não lembra do que fez, a punição é cruel e injusta, sendo assim até com as crianças convém punir em tempo hábil.
Vamos a reencarnação. Nela, eu estaria na mesma condição do cão. Estaria sendo punido por um crime que não sei que cometi. Se eu não lembro de nada, a punição sempre será injusta para mim.
Vou dar-lhe um outro exemplo prático. Suponhamos que você esteja aprendendo a dirigir. Eu te ensino tudo que tem que fazer. Passamos uma tarde inteira treinando e no dia seguinte, você esquece tudo que lhe ensinei. Tenho que começar tudo de novo. E assim por diante. É óbvio que você nunca vai evoluir dessa forma. Nunca vai aprender nada assim pois o processo de aprendizagem é cumulativo. É como a adição. Todo dia vai se acrescentando algo até chegar a um total. Esse total seria o que você aprendeu. Sem memória não há aprendizagem”.
Comentário:
Dizem os sábios que algumas lógicas só são críveis quando estão envoltas pela neblina da ignorância. Foi assim que legiões de sábios acreditaram que o sol girava em torno da Terra. Era isto o que eles observavam. Foi por uma destas lógicas banhadas no caldo da ignorância que Leonardo da Vinci partiu da Itália e foi morar na França. Os médicos queriam que ele fosse julgado por suas pesquisas com a anatomia humana; considerada desnecessária e abusiva.
Faltou a todos eles a necessária paciência para aprender, estudar e dialogar. A consequência foi a geração de muitas lógicas que se mostraram totalmente ilógicas. É o que acontece com o texto acima. Ele possui uma conclusão interessante: sem memória não há aprendizado. Isto é verdade. O problema é que este senhor se “esqueceu” que existem VÁRIOS TIPOS DE MEMÓRIAS (primeiro erro).
Por exemplo: o bebê aprende a andar e não sabe o porquê deve se levantar, não sabe o porquê deve fortalecer os músculos da perna, etc. Ele faz. Existe uma vontade interior, derivado da genética. O fato é que ele aprende a andar sem saber o porquê e nem como. Ele trabalha com outros tipos de memórias, pois o nível de consciência de suas ações é muito baixo.
O fato real é que ninguém se lembra de quando tinha 1 , 2 ou 3 anos, por exemplo. Você aprendeu um monte de coisas e estas coisas continuaram dentro de você. Elas foram muito importantes para a formação da sua personalidade e te influenciam até hoje. Muitas vezes você pode dizer: porque faço isto desta forma? Porque sou assim? Não saberá a resposta. Mas, a verdade é que você é assim e fatos acorridos na sua primeira infância, que você não se lembra, te ajudaram a ser assim.
O segundo erro do cético/ateu: acreditar que a pessoa precisa se lembrar do motivo, origem ou o porque das coisas para aprender.
Observe que você aprendeu muitas coisas até os quatro anos e mantém este aprendizado até hoje. Apesar de ter aprendido, não se lembra. Assim também é com a reencarnação. O cético erra ao imaginar que o bebê é uma folha em branco, que tem que aprender tudo de novo. Nada mais falso do que isto.
Terceiro erro do cético: acreditar que o bebê tem que aprender tudo de novo.
O bebê tem que aprender de novo os fatos adaptativos da nova vida. A adaptação do corpo (aprender a andar, aprender a língua, a escrita, etc). Adaptação à sociedade: aprender as regras sociais, as sutilezas de cada cultura, etc. Mas, ele não tem que aprender o que é próprio do espírito, que estão presentes em sua vida como potencialidades que vão desabrochando segundo algumas regras (se são estimuladas, se são sintonizadas, etc).
Quem tem vários filhos sabe que suas personalidades são muito diferentes; assim como interesses, intenções, etc. Um amigo notou que seu filho de dois anos estava andando de uma forma esquisita.  Ele começou a reparar que ele estava desviando seus pés das pequenas formigas. Ao ser perguntada, a criança verbalizou: “porque as pessoas matam as pequenas formigas? Elas devem viver.” De onde veio este aprendizado? De onde veio o interesse por estes temas? Porque ele desenvolveu esta sensibilidade e seu irmão não?
Esta criança aprendeu algo. Ninguém sabe o porquê foi aquele aprendizado que se tornou central em sua vida. A criança recebe milhares de informações e filtra algumas que se tornam muito importantes em suas vidas. É desta forma que se forma a personalidade. Existem influências no interior dos seres humanos que dirigem este interesse e estas escolhas. A origem destes interesses? A influência do espírito sobre o corpo.
A vida humana possui sua parte mais importante formada por impulsos que surgem de dentro para fora. Seja por genética, seja por influência do próprio espírito. Esta é a única diferença do pensamento ateu para o pensamento espiritual: o que vem de dentro para fora é formado TAMBÉM pelo espírito da pessoa.
O cético diz: “ele não vai aprender porque não sabe o motivo pelo qual está sendo punido”. Ele enfoca seu argumento em “saber por que”. Este “saber por que” pode ser sinônimo de ter consciência (no ser humano). O que um feto não possui; nem um bebê. Inúmeros estudos estão confirmando que o feto aprende. Lá dentro do útero, sem saber o porquê, o feto aprende. Simplesmente porque o aprendizado vai além da memória consciente que o autor descreve. Ou seja, o que ele diz é ótimo para explicar como ter gatos educados; é de uma ignorância enorme para explicar a formação da personalidade; que é a área na qual o espírito mais influencia a vida encarnada.
Reforçando: Quantas vezes você se pergunta: porque será que isto está acontecendo? Não entendo como isto foi acontecer? Gostaria de saber por que sou assim? Porque faço isso? Não ter plena consciência do que acontece na vida é algo muito comum. Mais comum ainda na vida de um feto e de um bebê. Mesmo assim, eles aprendem e se desenvolvem. Foi assim que o cético aprendeu a falar. Ele não entendia nada. Mas, sua natureza fez com que ele focasse sua atenção no que ele não entendia e, aos poucos e sem consciência, ele foi aprendendo.
O bebê chora ao ter fome. Não tem a menor consciência do processo de fome e da organização da sua vida: horário, trabalho, esperar, etc. Mesmo assim, ele aprende muito (o espírito e a genética dirigem suas reações e percepções). Estes primeiros meses nos quais ele sofre e é cuidado sem entender “o porquê” serão bases poderosas da sua personalidade por toda a sua vida.
A verdade: é mais comum do que muita gente imagina nossa ignorância sobre nós mesmos, nosso corpo, nossa vida. Mesmo assim ela é recheada de aprendizados. Cada situação propicia aprendizados variados, mesmo quando não se tem consciência do que é, como é ou por que.
Neste exato momento centenas de milhões de pessoas estão desenvolvendo doenças sem saber disso. Cada doença é uma janela de oportunidades de aprendizados. Bilhões de pessoas gostariam de agir diferente, e não entendem porque agem de determinada forma.
Conclusão: aprendemos sempre. Esta é a beleza da vida humana. Se houver consciência (saber o porquê), o aprendizado será mais fácil. Porém, não é necessário na maior parte das vezes.
O “esquecimento” das outras encarnações tem várias funções na reencarnação. Suponhamos que um espírito teve várias encarnações em que foi vítima de grandes e duradouras violências (para ler vários casos de reencarnações sugiro que leia o livro Nascer Várias Vezes). Estes traumas foram tão grandes que continuaram a perturbar este espírito. Pode ser que em um planejamento de encarnação seja considerado importante não permitir que estes traumas influenciem a vida naquela reencarnação. Ele nascerá “protegido” destas influências traumáticas. Seu foco será desenvolver outras habilidades e qualidades importantes para o espírito. Se fosse para saber tudo, lembrar de tudo, ser influenciado por tudo, não precisaria da encarnação. Qual seria a função da encarnação para este espírito, se ele fosse ser influenciado por todas as suas experiências anteriores? Melhor permanecer no(s) plano(s) espiritual(is).
Faltou ao cético o interesse em saber qual é a função da encarnação (grandes preconceitos surgem da falta de interesse em aprender com o outro). A função da encarnação é restringir a vida do espírito e protegê-lo para que ele possa desenvolver algumas outras habilidades e qualidades (realizar a missões de vida).  O “esquecimento” do passado tem a função de ajudar nesta restrição (leia mais aqui).
O espírito que encarna na Terra já teve centenas de encarnações. Teve muitas experiências positivas e negativas. Ao encarnar novamente, ele não busca resolver todos os “problemas” de uma só vez. Ele possui objetivos evolutivos; possui suas missões de vida. Ao renascer talvez o espírito não traga as memórias das violências a que foi submetido (vide exemplo acima). Sua missão pode ser outra, e o desequilíbrio que vem junto com os traumas não será útil nesta encarnação.

Seguindo o exemplo: se os traumas das violências não se fizerem presentes nesta encarnação, outras memórias do espírito estarão presentes. Estas memórias influenciarão a vida desde a concepção até a velhice. Existe uma seleção de memórias que ficam ativas no momento da encarnação, enquanto outras ficam “inativas”.
A reencarnação serve justamente para que possa haver esta seleção das memórias do espírito que vão fazer parte desta encarnação ou não (para uma explicação mais profunda, leia o livro Nascer Várias Vezes)
O cético se confunde quando considera como memória apenas aquilo que pode ser explicitado. Tipo assim: ontem fui ao cinema ver o filme x com meu irmão (esta memória é chamada de explícita). Já as memórias de encarnações passadas atuam principalmente em outro nível de memória. Atuam no inconsciente e/ou através da memória implícita ou procedural.
Lembre do primeiro erro do cético: ele não sabe que existem vários tipos de memórias.
“A memória de procedimento (também chamada implícita) armazena dados relacionados à aquisição de habilidades mediante a repetição de uma atividade que segue sempre o mesmo padrão. Nela se incluem todas as habilidades motoras, sensitivas e intelectuais, bem como toda forma de condicionamento. A capacidade assim adquirida não depende da consciência. Somos capazes de executar tarefas, por vezes complexas, com nosso pensamento voltado para algo completamente diferente” (Roberto de Godoy). Exemplo: você, ao dirigir um carro, freia “sem pensar”; fica tudo no “automático”. Uma criança de dois anos, no “automático”, ao passear no parque de diversões, escolhe prestar atenção nas formigas no chão para não mata-las, outra presta atenção nos brinquedos, outra se sente insegura frente a tanta gente, etc.
“Nossas interações não verbais com as pessoas e muitas de nossas lembranças emocionais fazem parte do nosso sistema de memória procedural (implícita). ... As memórias procedurais são em geral inconsciente”. (1)
Sensações, intuições, interesses pessoais, sensibilidades diversas, condicionamentos, vocações, etc. Todas estas áreas estão intimamente relacionadas às memórias implícitas / procedurais e são extremamente suscetíveis à influência das memórias de “vidas passadas”.
Ou seja, grande parte do motivo de você ser diferente do seu irmão se deve ao fato de terem memórias de encarnações passadas influenciando de modo diferente suas mentes. Você não tem plena consciência disto, como não tem plena consciência da origem da maior parte dos fatos, situações e sensações que te fazem ser o que você é, da forma como você é.
Quanto você se lembra da sua vida até os quatro anos de idade? Esta é a fase mais importante para a formação da sua personalidade. Portanto, o ato de você lembrar ou não de algo não é central.
Central na sua vida são os desafios. Ser como você é gera vários desafios e facilidades. Suas qualidades e habilidades definem muitos dos seus desafios. Tudo isto é altamente determinado pela ação das memórias de encarnações passadas. A pessoa pode não saber a origem do problema, mas pode saber qual é o problema e superá-lo.
Uma mulher tinha muita vergonha do próprio corpo, por causa de memórias emocionais implícitas que atuavam negativamente através do inconsciente. Na terapia de regressão esta memória emocional implícita foi conectada com a memória explícita. Ou seja, conectou a história e os fatos (memória explícita) com emoções, sensações corporais e traumas que estavam agindo através da memória implícita. Ou seja, ela descobriu que em outras encarnações teve o corpo deformado, foi vítima de abusos e sofreu muito por causa disto. Durante décadas estas memórias geraram emoções negativas relacionadas ao corpo atual. Seu desafio de vida incluía superar o trauma relacionado ao seu corpo. Milhões de pessoas superaram estes tipos de traumas sem nunca saberem a origem. Esta mulher teve uma oportunidade a mais: trabalhar terapeuticamente de modo a ser auxiliada na sua luta evolutiva.
Esta é a vida do ser humano: lutar para superar a si mesmo a fim de viver melhor e aprender cada vez mais. Uma pessoa que aprende a viver sem ter vergonha de si, por exemplo, estará se preparando para viver melhor hoje e amanhã. Esta nova qualidade será um bom recurso para ajudá-la a superar muitos outros traumas e condicionamentos criados no passado, seja na infância, adolescência, cinco minutos atrás ou em outras encarnações.
O que é chamado de “esquecimento” é uma limitação da consciência humana que tem uma função: proteger o ser humano de memórias que (normalmente) não se fazem necessárias para a vida encarnada atual. A função da encarnação não é ensinar alguém a dirigir carro. A função da encarnação não é ensinar alguém a fazer xixi no lugar certo. A função é colaborar com a vida espirito no desenvolvimento espiritual e na evolução moral, com a conquista das qualidades mais nobres.
A comparação com aprender a dirigir carro é, portanto, muito precária. Cabe ao espírito encarnado desenvolver a humildade, por exemplo. Se ele morar em uma tribo onde não há carro, mesmo assim poderá desenvolver a humildade. Ou desenvolver o equilíbrio, a capacidade de servir, a boa vontade, a gratidão, etc.
Não importa a língua, a religião, os títulos, os cargos, a riqueza, etc. Nada disso importa. Importa a conquista das qualidades mais nobres do espírito. Os desafios evolutivos estão presentes nas tendências de personalidade que existem em cada corpo, que é influenciado pelo espírito desde a concepção até a morte.
Este é o grande desafio da encarnação: tornar-se um espírito melhor. Uma pessoa pode tornar-se racista como reação a um fato acontecido quando tinha um ano de idade. Ele não se lembrará, mas a memória estará agindo, influenciando sua vida. Ele não tem consciência da origem do seu comportamento, mesmo assim aprendeu a ter ódio de outra pessoa. Seu desafio é lutar contra este ódio, tornando-se uma pessoa melhor. A reencarnação apenas acrescenta outro fator: a origem do racismo (ódio ou desprezo por outras pessoas) pode estar em fatos acontecidos no útero ou em outras encarnações.
Observe: o que interessa para o espírito é a luta para superar o ódio e todos os sentimentos negativos. Amadurecer emocionalmente, criar sabedoria interior. Aquele tipo de sabedoria que é útil para a vida espiritual, hoje e daqui a muitos séculos.
Os argumentos do cético padecem de lógica até para quem não acredita em reencarnação, pois descrevem parcialmente (ou seja, erroneamente) a forma como a mente humana funciona. Esta dupla forma da mente humana armazenar as memórias serve para facilitar a influência do espírito sobre a mente, sem permitir que condicionamentos passados a dominem de forma profunda. A função: facilitar, com esta vida protegida, a renovação e transformação do ser que está encarnado. O aprendizado importante não é fazer cocô ou dirigir carro (tudo isto é descartável). O aprendizado importante são as características nobres que irão impulsionar o espírito rumo à evolução.
Muito mais poderia ser dito. Existem muitos livros e muitos estudos a disposição de quem quiser se informar mais em cada um dos tópicos colocados neste texto. Sugiro ler o livro e os outros textos do blog Nascer Várias Vezes. Se informar é o melhor caminho.
(1) Norman Doidge, O cérebro que se transforma, pag. 246, ed. Record.
Autor: Regis Mesquita

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...