Seguidores

quarta-feira, 21 de março de 2018

"DIVALDO FRANCO FALA SOBRE MAL OLHADO E FEITIÇARIA."


“A MORTE É APENAS UMA ILUSÃO”

Um renomado Cientista, MD, teórico e autor de um livro de sucesso, faz uma revelação fantástica: ''A morte é apenas uma ilusão: nós continuamos a viver em um universo paralelo''.
O autor dessas revelações é Robert Lanza, cientista que ficou famoso por suas pesquisas com células-tronco e clonagem de seres vivos, em especial como meio de preservação em favor de espécies ameaçadas de extinção.
O médico afirma que, como a própria vida e a nossa consciência são as chaves para entender a verdadeira natureza do Universo, há muitas razões pelas quais não vamos morrer.
Para ele, a morte não é o fim, como muitos de nós pensamos. Acreditamos que vamos morrer, porque é o que nos foi ensinado, mas, segundo ele, continuaremos a viver em um universo paralelo.
Todas essas descobertas se encontram em um livro chamado Biocentrismo e, nele, o autor afirma que ”a vida e, mais ainda, a consciência – que se expressa por meio da vida –tem a primazia evolutiva e, com esta, estimula o desenvolvimento das manifestações físicas do Universo.
William Crookes físico e químico descobridor do elemento químico Tálio e da matéria radiante, fez pesquisas pioneiras sobre o assunto. Assim como as médiuns na Inglaterra vitoriana e que abriram caminho à Society for Psychical Resarch, fundada em 1882, o pesquisador deixou muitos legados. No ano de 1870, Crookes decidiu que a ciência tinha a obrigação de estudar os fenômenos associados com o espiritualismo e assim o fez até sua morte.
Que bom que Doutrina Espírita e ciência se completam. Para nós espíritas, a morte significa a libertação da alma, que, após cumprir compromissos assumidos na espiritualidade, volta para casa. Aprendemos através da palavra educativa do mundo espiritual, que quando nosso corpo físico que nos foi emprestado pela misericórdia Divina não oferece mais condições de evoluir e de adquirir nenhum aprendizado que venha a contribuir para o nosso crescimento espiritual e moral, precisamos retornar à nossa verdadeira vida, a fim de continuarmos a nossa educação e nos prepararmos para uma nova etapa, a ser vivenciada através de uma nova encarnação.
Segundo nos ensinam os espíritos, são as nossas ações aqui na terra que norteiam a nossa estada no plano espiritual e se essa estada se torna sofrida, trata-se de um sofrimento moral. É a alma que sofre, não o corpo, pois este transforma em matéria morta, entra em processo de decomposição e volta à terra, de onde surgiu, a fim de contribuir com o equilíbrio de toda uma existência.
Situação bem diversa acontece com o espírito que durante uma vida enveredou por caminhos serenos, que viveu com amplitude, mas sem ambições exageradas; que praticou a caridade, que cumpriu os seus deveres familiares, profissionais e sociais, que procurou desenvolver virtudes, combatendo imperfeições, através da “reforma íntima”.
Em nossa vida não existem “acasos! Nos ensinam os espíritos que tudo acontece através da Lei de Ação e reação; é a Lei circular, como diria o Mestre Léon Denis em seus escritos. Não existem injustiças, nem injustiçados. Não existem situações favoráveis ou desfavoráveis. Tudo se move e se completa a fim de permitir a todos nós realizar o melhor, até chegar o momento de voltar para casa.
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho, afirmou Santo Agostinho.
Para nós espíritas, a morte não existe e amigos e afeiçoados nos esperam no “mundo dos espíritos” para nos abraçar ou encorajar em uma nova etapa.
Jovem, façamos o bem, vivenciemos o bem enquanto o nosso espírito se prepara para a verdadeira vida, em um universo paralelo de novas descobertas!
Fátima Moura-
Fonte: CORREIO ESPÍRITA



terça-feira, 20 de março de 2018

“POR QUE DEUS NOS AFASTA DAS PESSOAS QUE AMAMOS? ”

Essa é uma dúvida muito comum. Quase todas as pessoas que acreditam em Deus podem se perguntar: Mas por que Deus, que é soberanamente justo, bom e misericordioso, nos coloca diante da prova do afastamento das pessoas que amamos, principalmente com a morte?
Algumas pessoas podem responder que Deus não nos afasta de ninguém, mas sim as circunstâncias da vida ou o livre arbítrio humano é que criam essas situações. Quem duvida que Deus seja o autor desse afastamento, pode se reportar ao texto “Deus e Perfeição”, no blog de Hugo Lapa, onde essa ideia é explicada em detalhes.
Mas então qual seria o propósito desse afastamento? Alguns dirão que Deus nos afasta do outro para que possamos começar a valorizar mais a outra pessoa. Essa valorização ocorre de fato, pois o ser humano sempre dá mais valor aquilo que perde ou aquilo que não pode ter. Mas esse ainda não é o propósito maior do afastamento. Outros dirão que o propósito é nossa evolução e aprendizado. Sim, isso está correto, mas não explica as nuances do tema, pois todas as provas da vida humana tem como finalidade última o progresso incessante do nosso espírito. Assim, pode-se perguntar: evolução visando o que? Quando um espírito evolui, ela passa de um estado inferior a um estado superior. Qual seria, nesse caso, o estado ou o propósito mais elevado criado pelo afastamento daqueles que amamos?
Para responder essa pergunta, vamos analisar quais são os dois maiores mandamentos de Deus segundo Jesus. Encontramos essa resposta no Evangelho de Marcos, capítulo 12:
Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. (Marcos 12:28-31)
Jesus deixa claro que o maior mandamento da lei é “Amar a Deus sobre todas as coisas” e o segundo mandamento é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Esse é, segundo Jesus, o maior mandamento e também, obviamente, o objetivo máximo do ser humano na Terra, ou da alma encarnada neste mundo. Observe que Jesus não disse: “Ama tua mãe”; “Ama teu pai”; “Ama teu filho”; “Ama teu irmão de sangue”; “Ama este ou aquele”. Não, Jesus não faz referência a isso. Jesus apenas diz para amarmos a Deus acima de tudo e amarmos o nosso próximo como amamos a nós mesmos.
Em outra passagem, quando alguém avisou a Jesus que sua mãe e seus irmãos estavam o esperando do lado de fora, ele disse: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” Jesus olhou a sua volta e disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe” (Marcos 3:34,35). Nessa passagem Jesus deixa clara uma nova ideia de fraternidade. Jesus compreendia sua verdadeira família não como aquela constituída pelos laços consanguíneos, mas sim como uma irmandade universal, que todos poderiam fazer parte, e que o sentido dessa família maior seria a realização da vontade divina. Assim, Jesus expande nosso conceito de família para além dos laços biológicos e afetivos. Jesus não disse para amarmos uma ou outra pessoa. Ele deixou claro que devemos amar a todas as pessoas, de forma plena e incondicional. Isso está muito claro nos ensinamentos cristãos, assim como na doutrina de outras religiões. A fraternidade entre os seres não deve se limitar, não deve ser circunscrita; ser enquadrada apenas em nossos afetos biológicos ou nos relacionamentos amorosos. A família autêntica, verdadeira, natural e real deve abranger a todos; deve ser universal, romper fronteiras e englobar todos os seres viventes.
Dessa forma, qual o sentido do afastamento das pessoas que nos são caras? Como já dissemos em outra ocasião, o significado é simples: Deus nos afasta daqueles que amamos para que possamos amar todas as pessoas. Deus não quer que amemos apenas uma pessoa, duas pessoas, três pessoas, dez pessoas. Ele quer que amemos todas as pessoas, todos os seres humanos, e que sejamos uma grande irmandade, uma fraternidade universal e espiritual, que não conhece barreiras, nem condições, nem qualquer tipo de restrição, forma ou requisito. O ser humano quase sempre ama de forma egoísta, limitada, cheio de posse e com várias condicionalidades. Eu amo ele, mas não amo você. Eu amo minha mãe, mas não amo a mãe dele. Eu quero que meu filho seja doutor, o filho do outro pode ser lixeiro que não tem importância. Eu amo meu namorado e o protejo antes do namorado da outra.
Esse típico comportamento humano não é aceitável nos planos mais elevados do espírito. Para a alma, não há pais, filhos, irmãos, marido, esposa etc. Há apenas almas que foram criadas por Deus e que perseguem juntas o mesmo desígnio: o progresso espiritual e sua aproximação com Deus. Todos devem amar a todos, respeitar uns aos outros, um proteger a todos e todos protegerem um. As pessoas precisam compreender uma coisa muito importante: o amor limitado sempre nos conduzirá ao sofrimento, posto que, se eu amo uma pessoa e a perco, eu sofro. No entanto, se eu amar todas as pessoas, ou todos os seres da criação, como eu poderia perder algo? Quem ama apenas um, dois ou três, sofre… pois há sempre a possibilidade da perda, a saudade, a decepção, a traição, o ciúme etc. Mas quem ama o todo, não pode jamais sofrer, pois quem pode perder o todo, o cosmos, ou a fraternidade universal dos seres? Quando amamos a todos, não há perda… mas quando nosso amor é egoísta e abrange apenas um ou outro, sempre… sempre haverá sofrimento, seja pela distância, seja pela morte, seja pela traição, seja pela decepção, ou por qualquer outro motivo.
Dessa forma, para Deus não faz sentido eu amar um e não
amar o outro; não faz sentido proteger um e não proteger o outro; não faz sentido eu desejar o bem de um e estar indiferente ao bem do outro; não faz sentido eu tentar soerguer um e passar direto diante do outro que está quedado no chão. Vamos lembrar que Deus não conhece limites, fronteiras, condições, categorias, esferas, classes, posições etc. É certo que o plano divino não conhece limites, pois tudo no cosmos é infinito e eterno. Da mesma forma, o amor divino tampouco contém qualquer tipo de controle, redução, ressalva, condição etc. O amor de Deus abrange a todos, sem exceção. E para que possamos nos aproximar do amor divino, é preciso que nosso amor seja cada vez mais universal, impessoal, incondicional e ilimitado. Todos devem trabalhar pelo bem de todos… mas o ser humano ocupa-se apenas com o bem dos que lhe são caros, daqueles que ele tem algum afeto. Jamais haverá evolução enquanto uma pessoa cuidar apenas de quem gosta e deixar de lado todas as outras pessoas. O amor não conhece limites… o amor é universal, caso contrário, é apenas egoísmo, apego ou limites passionais e emocionais que continuarão mantendo o espírito preso e infeliz na noite sombria do sofrimento.
(Hugo Lapa)
Fonte: Portal do Espritualismo

segunda-feira, 19 de março de 2018

“AS DIFICULDADES DE UM MORTO QUE NÃO SE PREPAROU”



Frederico Figner, que no livro Voltei adotou o pseudônimo de “irmão Jacob”, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, foi diretor da Federação Espírita Brasileira e espírita atuante, prometeu escrever do além tão logo lá chegasse.
Quando encarnado, acreditava que a morte era uma mera libertação do espírito e que seguiria para as esferas de julgamento de onde voltaria a reencarnar, caso não se transferisse aos Mundos Felizes. Mas, conforme seu depoimento, o que aconteceu após a sua desencarnação não foi bem assim.
Deixou-nos um alerta. “Não se acreditem quitados com a Lei, atendendo pequeninos deveres de solidariedade humana.”
Irmão Andrade, seu guia espiritual, ajudou na sua desencarnação. Ele sentiu dois corações batendo. A visão alterava-se. Sentia-se dentro de um nevoeiro enquanto recebia passes.
Sua consciência examinava acertos e desacertos da vida, buscando justificativas para atenuar as faltas cometidas.
De repente, viu-se à frente de tudo que idealizou e realizou na vida. As ideias mais insignificantes e os mínimos atos desfilavam em uma velocidade vertiginosa.
Tentou orar, mas não teve coordenação mental. Chorou quando viu o vulto da filha Marta aconselhando-o a descansar.
PRECISARIA DE MAIS TEMPO PARA O DESLIGAMENTO TOTAL
Durante o transe, amparado por sua filha Marta, tentou falar e se mexer, mas os músculos não obedeceram. Viu-se em duplicata, com fio prateado ligando-o ao corpo físico. Precisaria de mais tempo para o desligamento total.
Foi levado para perto do mar para renovar as forças. As dores desapareceram. Descansou. Teve a sensação de haver rejuvenescido e notou que estava com trajes impróprios, na ilusão de encontrar alguém encarnado.
Na volta para casa, vestiu um terno cinza.
No velório, projeções mentais dos presentes provocam-lhe mal-estar e angústia.
Os comentários divergentes a seu respeito provocaram-lhe perturbações passageiras. Continuava ligado ao corpo.
Bezerra de Menezes esclareceu que não é possível libertar os encarnados rapidamente, depende da vida mental e dos ideais ligados à vida terrestre.
Jacob melhorou e se aproximou de amigos encarnados, mas não do corpo, conforme orientação recebida. Percebeu entidades menos simpáticas e foi impedido de responder.
Decepcionou-se com comentários de amigos encarnados sobre as despesas do enterro. Não conseguiu suportar estes dardos mentais.
ENTERROS MUITO CONCORRIDOS
Viu círculos de luz num dos carros, e percebeu orações a seu favor, e alegrou-se.
Assistiu de longe, pois Bezerra informou que enterros muito concorridos impõem grande perturbações à alma.
Finalmente liberto do corpo, Jacob visitou seu lar e seu núcleo de trabalho. Abraçou amigos e seguiu em direção à praia para se reunir com outros espíritos recém-desencarnados. Durante o trajeto, ficou preocupado por não lembrar de vidas passadas e por não saber onde iria morar. Sua filha garantiu que tudo seria solucionado pouco a pouco.
OS ESPÍRITOS NÃO FICAM NAS SEPULTURAS
Como se sabe, a visita às sepulturas apenas expressa que lembramos do amado ausente. Mas não é o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. O que importa é a intenção, a lembrança sincera, o amor e a oração. Túmulos suntuosos não importam e não fazem diferença para quem parte.
Podemos orar pelos espíritos de onde estivermos. O lugar não importa, desde que a prece seja sincera.
Quando oramos, a força do pensamento emite um fio luminoso impulsionado pelo sentimento de amor, indo ao encontro do espírito para o qual rogamos as bênçãos de Deus.
Porém, o que importa é orarmos com sinceridade em benefício deles; afinal, se os nossos parentes e amigos já são felizes, as nossas preces aumentarão ainda mais essa felicidade. Por sua vez, caso estejam sofrendo, como os espíritos dos suicidas, as nossas orações têm o poder de aliviar os seus grandes sofrimentos.
FALAR COM OS DESENCARNADOS PELA ORAÇÃO
Quando sentimos saudade dos parentes ou dos amigos que estão vivendo muito distantes de nós, simplesmente telefonamos para eles, matando a saudade.
Assim acontece, também, quando sentimos falta dos entes queridos que partiram para o mundo espiritual, e falamos com eles através da oração.
Pelo “celular” do nosso pensamento, podemos ligar para eles de qualquer lugar onde estejamos.

FRED FIGNER – IRMÃO JACOB DO LIVRO VOLTEI – PSICOGRAFADO POR CHICO XAVIER
Fernando Rossit –Kardec Rio Preto
FONTE: http://www.correioespirita.org.br/

domingo, 18 de março de 2018

“EXSTEM CASAMENTO OCASIONAL? POR ACASO? OU O CASAMENTO É PLANEJADO ANTES DO NASCIMENTO, PELA ESPIRITUALIDADE? ”

A família é uma organização prevista por Deus para bem dar continuidade à espécie, proporcionando ainda uma estrutura capaz de promover a evolução de seus integrantes. Em pequenas unidades familiares, os componentes do grupo têm oportunidade de fortalecer e construir cada vez mais suas virtudes, bem como avançar na área da inteligência.
Sendo esta uma importantíssima representação da Lei Divina, esperar-se-ia haver famílias organizadas ao acaso, nos tempos modernos?
Nos primórdios de nossa evolução, encarnados na Terra, quando ainda não possuíamos em princípio nenhum vínculo, seja com quem fosse, pois estávamos iniciando o nosso longo processo de crescimento moral e intelectual, as famílias, ou melhor, os grupamentos, pois nos organizávamos em bandos, foram estruturados sem significativos critérios, em razão de todos estarem no início de suas jornadas.
À medida que aconteceram as primeiras interações entre nós, Espíritos, também se iniciaram os primeiros vínculos emocionais ou sentimentais, ainda bem rudimentares, porém começou a se criar gradativamente um ambiente onde os Espíritos começaram a preferir certos Espíritos, passando também, por outro lado, a não desejar conviver com outros Espíritos. Tudo indica que assim deve ter ocorrido.
A Humanidade, avançando cada vez mais, deixou de se agrupar em grandes comunidades e dividiu-se em pequenas famílias, proporcionando um estreitamento dos laços afetivos entre alguns e recrudescimento de animosidades entre outros. Estes primeiros laços sentimentais podem existir até hoje, porquanto foram fortalecidos e multiplicados ao integrarmos diversas famílias, visto que não tínhamos determinantes preferências e ainda nem se justificavam ajustes por parte dos Espíritos mais evoluídos na organização destas unidades familiares.
Partindo do conhecimento de outra Lei de Deus, de que o acaso não existe, ou seja, tudo obedece a uma ordem maior em função das inúmeras leis e princípios a nos reger, todos criados por Deus, conceito totalmente diferente do tudo está escrito, como entender uma família, o elemento fundamental de promoção da evolução da espécie humana, constituída de integrantes reunidos ao acaso ou acidentalmente?
Veja-se algumas citações de Allan Kardec, sobre o acaso:
Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”(1) (Grifo nosso.)
Se o acaso não é nada, como pode ser o responsável pela união de Espíritos em uma particular família? Avalie-se esta outra questão, em O que é o Espiritismo:
Se as almas são independentes umas das outras, donde vem o amor dos pais pelos filhos e o destes por aqueles?
Os Espíritos se ligam pela simpatia, e o nascimento em tal ou tal família não é um efeito do acaso, mas depende muitas vezes da escolha feita pelo Espírito, que vem juntar-se àqueles a quem amou no Mundo Espiritual ou em suas precedentes existências. […] (2) (Grifo nosso.)
Nesta questão de O que é o Espiritismo, temos a afirmação de que acertos na erraticidade explicam grande parte das uniões, pois sabemos que tanto quanto os filhos, muitos pais também se escolhem frequentemente antes de voltarem. Mas isto não é tudo, ainda temos outras informações:
Os encontros, que costumam dar-se, de algumas pessoas e que comumente se atribuem ao acaso, não serão efeito de uma certa relação de simpatia?
“Entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O magnetismo é o piloto desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor.”(3) (Grifo nosso)
Esta pergunta fornece a chave para a compreensão da questão: o magnetismo, anteriormente chamado de simpatia. É esta ainda uma ciência que dá suporte à afirmação de não haver casamento acidental, ou seja, todas as uniões obedecem a uma lei que nos aproxima sem que sequer o saibamos.
Entretanto, há mais subsídios:
Exercem os Espíritos alguma influência nos acontecimentos da vida?
“Certamente, pois que vos aconselham.”
a) — Exercem essa influência por outra forma que não apenas pelos pensamentos que sugerem, isto é, têm ação direta sobre o cumprimento das coisas?
“Sim, mas nunca atuam fora das leis da Natureza.” (4)
Comentário de Allan Kardec à pergunta acima: Imaginamos erradamente que aos Espíritos só caiba manifestar sua ação por fenômenos extraordinários. […] Assim é que, provocando, por exemplo, o encontro de duas pessoas, que suporão encontrar-se por acaso; inspirando a alguém a ideia de passar por determinado lugar; chamando-lhe a atenção para certo ponto, se disso resulta o que tenham em vista, eles obram de tal maneira que o homem, crente de que obedece a um impulso próprio, conserva sempre o seu livre-arbítrio.(5) (Grifo nosso)
Esta nota do mestre lionês, reforça ainda mais a tese, pois os Espíritos podem promover encontros, e assim o fazem, visando o bem dos envolvidos, quando estamos encarnados, sem nosso conhecimento, sem que sequer saibamos.
Um pouco mais à frente, agora na Revista Espírita, O Codificador ratifica o seu comentário:
“Os Espíritos encarnados agem por si mesmos, conforme sejam bons ou maus. Podem agir também sob o estímulo de Espíritos desencarnados, de que se fazem instrumento para o bem ou para o mal, ou para a realização de certos fatos. […] Dessa forma, encontramos alguém que nos leva a fazer ou deixar de fazer alguma coisa; pensamos que é o acaso que no-lo envia, quando, na maioria das vezes são os Espíritos que nos impelem uns para os outros, porque esse encontro deve conduzir a um resultado determinado.” (6) (Grifo nosso.)
É preciso entender que se houvesse acaso, Deus não teria controle sobre a sua própria criação, bem como sobre suas criaturas, entendimento inadmissível, considerando os atributos da onisciência e onipotência caracterizando a Divindade. Além disso, nossa responsabilidade pela evolução da família, de que fazemos parte, seria questionável.
Sendo assim, não imaginemos estarmos casados formalmente ou em regime de parceria, ao acaso, e que, por conta deste alegado “acidente de percurso”, podemos quebrar a união por motivos banais, frívolos e injustos. Longe de entender ser o casamento indissolúvel, pois o conceito de indissolubilidade do casamento é uma lei humana muito contrária à Lei da Natureza, a união, nada obstante, de modo algum aconteceu por acaso.
Autor: Rogério Miguez- Fonte: Agenda Espirita

1 - Os Espíritos que reencarnam planejam seu casamento na Terra?
Sim, quando esclarecidos e conscientes de suas necessidades, o que não ocorre com multidões que retornam à carne atendendo ao automatismo reencarnatório.
2 - Não há da parte dos mentores espirituais o cuidado de planejar algo a respeito?
Há sempre um acompanhamento e um empenho de orientação, mas é preciso considerar que planejamento implica em consciência de responsabilidade, que não é o forte dos Espíritos imaturos que habitam nosso planeta de expiação e provas.
3 - Podemos dizer que os casamentos que dão certo são aqueles que foram planejados?
Estes têm melhores chances, mas também podem fracassar. Nossa visão na Espiritualidade é bem mais objetiva. Identificamos com clareza nossas necessidades e o que nos cumpre fazer. Na Terra é frequente prevalecerem nossas paixões, pondo a perder, não raro, planos cuidadosamente elaborados.
4 - Quando o casamento não dá certo, ainda que planejado, é lícito partir para nova experiência afetiva?
O livre-arbítrio outorga-nos a possibilidade de recompor nossa vida nos domínios da afetividade e os próprios mentores espirituais podem nos auxiliar nesse mister. Tudo o que desejam é que tenhamos aprendido algumas lições e não incorramos nos mesmos enganos que determinaram o fracasso anterior.
5 - Como fica nosso compromisso com o cônjuge do qual nos separamos?
Normalmente o casamento objetivo harmonização de Espíritos que se reúnem no lar, consolidando laços de afetividade ou desfazendo nós de animosidade. Se isso não ocorre, fatalmente nos reencontraremos para novas experiências em comum.
6 - Voltaremos à condição de cônjuges?
A misericórdia divina poderá facultar uma mudança de posições nesse relacionamento, ligando-nos por laços de consanguinidade — pai e filha, mãe e filho ou como irmãos — que exercem poderosa influência nessa harmonização.
7 - Há registro de pessoas que colecionam casamentos, em uniões efêmeras. Ao desencarnar, com quem ficarão?
Com a solidão, em estágios depuradores nas regiões umbralinas. Ali terão a oportunidade de refletir sobre tendências inferiores não combatidas que inviabilizaram uma convivência estável e proveitosa.
8 - Como ser feliz no casamento?
Sendo feliz antes dele. A felicidade é uma realização pessoal que pede esforço por entender os objetivos da existência humana e empenho por cumprir os desígnios divinos. Pessoas felizes, que cumprem a vontade de Deus, fazem casamentos felizes.
RICHARD SIMONETTI- Fonte: Espiritbook

sábado, 17 de março de 2018

“O ARREPENDIMENTO SE DÁ EM VIDA OU DEPOIS DA MORTE? ”


O arrependimento se dá no estado corporal ou no estado espiritual?
Vejamos a Questão 990 de O Livro dos Espíritos:
-“No estado espiritual; mas, também pode ocorrer no estado corporal quando bem compreendeis a diferença entre o bem e o mal”.
Definição: Podemos definir o arrependimento como a consciência de que fizemos algo errado, de que prejudicamos alguém ou a nós mesmos. É admitir, aceitar que errou.
Consequência (dor moral): culpa, angústia, depressão, tristeza, remorso, ansiedade indefinível e até desespero.
Implica em dor moral, quer dizer, quem se arrepende passa a sofrer.
A dor é tanto maior quanto:
a) a gravidade de nossas faltas (diferença entre ser mal educado no trânsito e tirar a vida do nosso semelhante);
b) grau de maturidade do espírito.
Quanto mais evoluído o espírito, mais ele sofre:
1- porque tem condições de avaliar a extensão dos prejuízos que causou a si mesmo e ao seu semelhante;
2- e mais: tem consciência de que poderia evitar. Então, maior a responsabilidade, maior a dor moral do arrependimento.
Consequência do arrependimento no estado espiritual:
É desejar o arrependido uma nova reencarnação para se purificar. O espírito compreende as imperfeições que o privam de ser feliz e por isso aspira a uma nova existência que possa expiar suas faltas.
“Muito antes da encarnação, o espírito faz uma análise de suas possibilidades, estuda o caminho que melhor lhe garante o progresso, e de acordo com suas aptidões e segundo o grau de evolução já alcançado, escolhe, em plena posse de sua consciência, a estrada repleta de dores, mas fecunda de progressos espirituais.
Qual a visão espírita da ansiedade?
Reconhece o espírito, na posse de suas faculdades integrais, que somente a luta lhe oferece inúmeras possibilidades de evolução. Daí a preferência pelos ambientes de dor e privação, abençoados corretivos que Deus lhe oferece para a reparação do passado e desenvolvimento do seu espírito”. (Emmanuel – no livro Emmanuel).
Consequência do arrependimento no estado corporal é fazer que, já na vida atual, o espírito progrida, se tiver tempo de reparar suas faltas (OLE). 
O arrependimento pode acontecer na Terra pelo exercício da razão.
Exemplo típico: o indivíduo que parte para a violência em razão de alguma contrariedade sofrida:
O marido traído, que mata a esposa;
A mãe que fere, machuca a criança ao castigá-la.
Depois o lamento, o arrependimento:
-Ah! Meu Deus! Por que eu fiz isso, por que não me controlei?
NÃO BASTA O ARREPENDIMENTO:
O arrependimento não redime, não corrige o que fizemos de errado, é apenas um primeiro passo na árdua jornada da reabilitação. É fundamental que o mal seja reparado.
Quando o arrependimento é sincero, a vida pode ser marcada por profundas transformações, a caminho de grandiosas realizações.
Como nos libertamos das expectativas?
Nesse caso a dor moral é grande e a reabilitação é o único caminho a seguir NA BUSCA DO ALÍVIO.
Casos de não arrependimento (pessoas que não aceitam, que não admitem o erro)
Na maioria das vezes, seres comuns que somos, fugimos de nossas responsabilidades, pois estamos sempre prontos a justificar nossos erros com intermináveis desculpas.
Por exemplo:
1-roubei, sim, e até matei, porque tinha fome – alega o criminoso, esquecido que poderia trabalhar para conseguir sobreviver;
2-enriqueci, sim, mas com meu esforço, com o trabalho digno, sem prejudicar ninguém – afirma o industrial que explorou seus empregados e sonegou impostos;
3-bebo sim, mas para enfrentar os problemas da vida – explica o alcoólatra, sem atinar para o fato que se transformou, ele mesmo, num grande problema;
Por que o arrependimento se dá, as mais das vezes, no estado espiritual:
Principalmente por causa do orgulho: não queremos admitir que fracassamos, que fomos incapazes de fazer alguma coisa conforme recomendam a ética e a moral, que não conseguimos ficar calmos no momento da ação, que reagimos com infantilidade, que fomos imprudentes, impacientes, levianos, desonestos, egoístas….
Como os Mentores Espirituais podem ajudar na Reforma Íntima?
Via de regra, transitamos pela vida de consciência anestesiada, adormecida pela indiferença em relação aos valores morais, para somente despertarmos no Plano Espiritual, quando nos habilitamos a longas e penosas jornadas de reabilitação.
Mostrando-nos por antecipação as realidades espirituais, a Doutrina Espírita representa o mais vigoroso apelo da espiritualidade em favor da criatura humana.
Qual o caminho a seguir? Nos arrependermos e seguir em frente, sem desculpas, assumindo os erros e nos esforçando para não cair mais. Para isso, precisamos voltar nossa atenção para nós mesmos, corrigindo-nos, melhorando-nos.
20 dicas de Chico Xavier para a sua reforma íntima
O espírita não é necessariamente um ser virtuoso, mas simplesmente alguém que tem o compromisso com a virtude. Alguém que mantém sempre acesa a chama de querer melhorar-se sempre.
Chico de minas Xavier- Fonte: ESPIRIT BOOK

"TODO SOFRIMENTO TEM HORA CERTA PARA ACABAR"


sexta-feira, 16 de março de 2018

“EVOLUIR ESPIRITUALMENTE NÃO É FÁCIL. SÃO MUITOS OS DESAFIOS PARA QUEM QUER EVOLUIR. ”

A decisão de mudar é sua. Nem sempre as pessoas à sua volta irão te acompanhar ou entender sua evolução. Infelizmente, quem muda muitas vezes amarga alguns momentos de solidão. Os outros ficam presos nos mesmos padrões que você abandonou. Você melhorou, amadureceu, cresceu; os outros continuaram com os mesmos erros. Nesta hora é importante aceitar que cada um tem seu tempo e que o espaço à sua volta será preenchido por quem te acompanhar na evolução. Paciência!
Um dos maiores desafios de quem realmente caminha na evolução espiritual é que este caminho é individual. As transformações são profundas e muitas vezes as pessoas em volta não entendem. Um sujeito fazia parte de um grupo muito preconceituoso. Graças à evolução espiritual, mudou seus pensamentos e sentimentos com relação às pessoas mais simples. Seus amigos passaram a criticá-lo. Ele percebeu que já não se harmonizava com as vibrações negativas do grupo. Se distanciou dos mais radicais e manteve contato com outros. Alguns destes outros foram transformados pelo seu bom exemplo. Outros se foram; por isto, não conseguiram boicotar a transformação e a evolução.
Os desafios de quem evolui são vários, e nem sempre são fáceis.
Reflexão inspirada nos ensinamentos do livro Nascer Várias Vezes
 Allan Kardec: o homem que pratica o bem deve, pois, preparar-se para se ferir na ingratidão
 A grande vantagem de se abrir para a espiritualidade é ter uma vida muito melhor e com mais sabedoria. Dicas para se aproximar de Deus.
  O sofrimento não é o caminho mais eficiente para a transformação humana
  Oito dicas para você vencer na vida praticando a paz e a justiça no coração
"Cada um acerta onde evoluiu e erra onde falta aprendizado.
Esta regra vale para todos encarnados no planeta Terra.
Quando as qualidades forem se multiplicando, os defeitos diminuirão.
Neste momento haverá mais amor, mais eficiência e mais sabedoria."
 Sua evolução te ajudará a acertar mais do que errará.
Todavia, haverão ainda situações nos quais estará despreparado para enfrentar com sabedoria.
Estas situações aparecerão, com certeza. Os desafios continuam, sempre.
Humildade para aprender e continuar sempre ganhando sabedorias.
Sabedorias tornam mais fácil enfrentar os desafios. 
Pessoas evoluídas, estão bem preparadas para evitar, contornar e superar problemas.
Eles virão e criarão a seguinte situação: ou aprende ou sofrerá mais.
Quando você for sábio, superar problemas, seguir seu caminho, muitos não tolerarão estar ao seu lado. Porque nem sempre quem a gente gosta está disposta a seguir o bom exemplo.
Tenha paz, paciência e serenidade. Somente quem se interessar pela "luz" ficará satisfeito ao seu lado quando você evoluir bastante.
O prêmio pela evolução.
Engana-se quem pensa que o prêmio por haver evoluído muito espiritualmente será a ausência de desafios, dissabores ou problemas.
Na vida encarnada sempre haverão os desafios, dissabores e problemas.
O que muda é a maior capacidade de resolver estes problemas e a capacidade de enfrentá-los sofrendo menos ou não sofrendo.
O prêmio é a sabedoria que diminui o sofrimento que os problemas causam e a capacidade de evitar muitos dissabores.
Autor: Regis Mesquita
https://twitter.com/saberespirita

“MINHA MULHER ENGRAVIDOU DE UM ESTUPRADOR- EU ACOLHI O BEBÊ NASCIDO DESSA VIOLÊNCIA.”

Em 2014, Jennifer Christie publicou um testemunho dilacerante: estuprada durante uma viagem a trabalho, ela engravidou do estuprador, viveu uma tormenta emocional brutal e, em todos os momentos, contou com um apoio decidido e magnânimo: o do marido, Jeff, que a incentivou a dar à luz o bebê inocente que aquele ato de violência tinha gerado.
O arrepiante testemunho de Jennifer deixa uma mensagem de esperança e coragem para as mulheres que passaram pela tragédia do estupro e que, em decorrência dele, sofrem a dramática tentação do aborto. Jennifer e tantas outras vítimas que sobreviveram a essa violência terrível são um depoimento vivo de que o trauma do estupro não precisa ser ampliado pelo trauma do aborto. Ao contrário: a chegada de um bebê inocente pode ser o caminho da cura e a virada de página para uma vida nova da mente, da alma e também do corpo.
Mas Jennifer não é a única a dar um testemunho arrepiante (não deixe de ler o relato dela aqui).
O marido dela, Jeff Christie, também fez questão de dar um depoimento extraordinário – e de grande importância diante da espúria campanha ideológica focada em negar aos homens o direito de opinarem e participarem da solução desses quadros, falsamente rotulados pelo ativismo abortista como “assunto exclusivo da mulher”.
Este é o depoimento de Jeff:
Eu não fiquei grávido por estupro. Mas a minha esposa sim. E eu tenho a minha opinião sobre isso.
Entendo perfeitamente as mulheres quando elas dizem que os homens não têm que dizer nada nos casos de gravidez por estupro. Existe, às vezes, um pouco de verdade nesta afirmação. Mas quando isso aconteceu com a minha esposa, a mulher com quem estou casado há 22 anos, quando ela foi brutalmente violentada e agredida, eu entendo que aquilo afetou profundamente e de maneira muito íntima também a mim.
O nosso precioso filho de 3 anos foi concebido naquele horrível ato de maldade. E ele foi um presente felicíssimo para nós dois, que nos ajudou a superar aquela violência dia após dia.
Eu já li muitos comentários e já ouvi várias opiniões. Concordo que não podemos pensar nem sentir o que aconteceu numa situação dessas sem tê-la sofrido na própria carne. É uma realidade terrível e cruel com a qual eu vivo. Sou consciente de que não posso eliminar o trauma que a minha esposa sofreu, apesar do tanto que eu tento. Reconheço que não posso nem nunca vou ser capaz de entender a profundidade do sofrimento dela.
E ela também não vai compreender o meu. Considera-se que eu sou o protetor dela. Eu sou o homem que, diante das nossas famílias e dos nossos amigos, declarei: “Prometo, na alegria e na tristeza…”. Eu prometi, no meu coração, proteger a segurança do seu corpo e do seu coração. E onde é que eu estava na hora em que ela mais precisou de mim? Eu vivo com esse peso constante e não cesso de me perguntar: “O que é que teria acontecido se…?”… “Por que eu não…?”… Esses pensamentos me acompanham sempre.
Antes que qualquer outra pessoa notasse, eu sabia que aquela mulher que eu conhecia desde os 14 anos e que era uma moça jovial, extrovertida, com aquelas tiradas que faziam todo mundo rir, nunca mais ia ser a mesma pessoa. Eu também compreendi que aquele pequeno, o nosso filho, não tinha tido culpa nenhuma do horror que a mãe dele tinha passado.
Eu sabia que a minha esposa nunca mais iria esquecer a atrocidade que padeceu, tivesse ou não tivesse nascido aquele bebê inocente. É de uma ignorância arrogante defender comentários do tipo “Se tiver o filho, a vítima do estupro vai ter que viver a vida inteira com a lembrança do monstro que fez aquilo”. Ela não precisa de nenhum lembrete. O estupro vai ficar impresso para sempre na memória dela, com ou sem o bebê.
E o que são essas crianças concebidas numa violação terrível se não “lembretes”? Eu posso responder pela minha experiência própria.
Esses bebês são chances de redenção. São o caminho da cura e uma resposta ao pesadelo da crueldade e do sem-sentido. Isaías 61,3 diz que Ele confortará os que lamentam e lhes concederá “uma coroa em vez de cinzas, azeite de alegria em vez de luto, traje de festa em vez de espírito desalentado”.
A minha esposa adora dizer que o nosso filho lhe deu esperança, lhe deu um propósito na vida. Essa chama de amor brilhava no coração dela. Eu sabia que, sem aquele menino, nascido com violência, sem aquela alma pura a quem proteger e alimentar, ela ia se sentir sempre sozinha no seu vitimismo. Durante a vida inteira ela se perguntaria por que teve que acontecer aquilo com ela, uma criatura amada por Deus. Aquele estuprador perverso não deixou só uma, e sim duas vítimas do seu crime: a mulher ultrajada e a vida concebida naquela ação hedionda.
Eu tenho que fazer uma confissão definitiva: eu também comecei a me curar com a notícia da concepção do nosso filho. E digo “nosso filho” porque a minha querida esposa e eu somos uma só alma. Se ela está grávida, então NÓS estamos esperando um bebê.
Passei as primeiras semanas depois do estupro sendo o arrimo e a fortaleza que a minha esposa precisava, machucando as minhas mãos quando esmurrava com raiva as paredes do lavabo. Em duas décadas de matrimônio eu nunca tinha questionado o meu papel de esposo protetor. Mas, naquele momento, eu me senti angustiado; não podia suportar a ideia de me ver responsável pelo acontecido, de não ter podido protegê-la justo naquela hora.
É claro que eu nem tento comparar a minha experiência com o tormento dela. Mas considero meu dever falar em nome dos homens que, de algum modo, se viram atingidos pelo ataque sexual sofrido pela mulher a quem eles amam. Nós também estamos feridos. O dano colateral é imenso.
Mas o bebê…
Ele cura, ele ensina e ele nos dá coragem. Ele nos força a olhar para além de nós mesmos. É uma oportunidade impressionante que ele dá para nós, os pais, de trazer outra alma cheia de amor e de compaixão a este mundo. Não é o nosso único filho: é o caçula de cinco. Assim como os outros, ele chegou à nossa vida pela vontade de Deus, que nos confiou o seu cuidado.
Assim como foi com os outros filhos, o nosso amor por ele começou desde o momento em que soubemos da sua existência. Nós o recebemos no nosso lar com a mesma devoção e reverência com que recebemos os irmãos e a irmã dele. Todos o amam e o sentem como irmão, sem considerá-lo diferente. Eles sabem como ele foi concebido, mas nunca levam isso em conta quando olham para ele ou brincam com ele. Essa aceptação incondicional do irmãozinho nos fortalece, a mim e à minha esposa, em nosso trabalho de pais.
Agora me dirijo às mulheres que abortaram depois de um estupro e lhes digo que não pretendemos julgá-las. Nós entendemos, mais que ninguém, que a decisão que uma mulher enfrenta nos primeiros meses depois do trauma de um estupro, quando ainda se tenta achar sentido no que aconteceu, é esmagadora. Perceber que você sente animosidade pela criança que foi gerada naquela violência é terrível.
Nós também vivemos isso. Nós sabemos que o futuro pode parecer tão escuro que só se quer reduzir a pressão do jeito que for. No nosso caso, realmente não houve decisão. Sem discussão, nós sabíamos que honraríamos a Deus e as nossas convicções e protegeríamos essa pequena alma do dano do aborto. É possível que outras mulheres não tenham contado com esse apoio. O que nós podemos garantir a elas é que Deus perdoa e nos permite aprender de todos os nossos erros.
Parte da grandeza da vida humana é que nós sempre temos a possibilidade de mudar o rumo, retificando as coisas ao longo da nossa vida. Deus pode nos mudar. Só temos que deixar. E querer de verdade.
A todas as mulheres que foram ultrajadas e que carregam uma vida no ventre, nós oferecemos ajuda e compreensão. Amor e oração. Peçam a nossa ajuda. Nós sabemos que vocês não vão esquecer aquele dia, mas, com o tempo, sabemos que podem se sentir sanadas, curadas.
A minha esposa gosta de lembrar que “não existe volta atrás, mas sempre existe um caminho para frente”. Existe a possibilidade de aceitar essa nova realidade e aprender a vivê-la dia a dia. Eu reforço que a pessoa que cresce dentro de vocês é única, irrepetível. Vocês não estão sozinhas. Sim, a vida de vocês mudou drasticamente, mas essa anormalidade foi culpa do malfeitor que violentou vocês, não da criança que cresce no seu ventre. Ela também é vítima.
Nestes quatro anos, o corpo da minha esposa não ficou totalmente sanado daquele ataque brutal. Vocês também podem ficar com sequelas emocionais e físicas duradouras. O corpo de uma mulher nunca deveria sofrer ultraje algum, mas, quando vocês pensarem com calma, vão ver, também, que esse corpo foi milagrosamente desenhado para proteger e fazer crescer a vida.
O que acontece depois do nascimento depende de vocês. Sempre há opções. Sempre há pessoas dispostas a ajudar.
Termino com um tributo à minha formidável esposa e às mulheres incríveis que ela foi encontrando desde o momento em que compartilhou esse episódio da nossa vida. Verdadeiras heroínas. Ler as histórias delas, cheias de inspiração, de determinação e de coragem, me deixa sempre sem palavras.
Eu tenho que mexer a cabeça toda vez que vejo alguém afirmar que nem todas as mulheres são fortes o suficiente para manter a gravidez em circunstâncias dessas ou depois de um trauma desses. Não estou de acordo. Eu vi a minha mulher dar à luz cinco vezes. Eu vi a minha mulher se manter serena e firme em situações que fariam tremer muitos homens de aço. A fortaleza de uma mulher não deveria nunca ser subestimada.
Eu sei que eu não fiquei grávido depois do estupro, mas a minha mulher sim. A minha vida também mudou naquele dia para sempre. Não me digam que a minha opinião não conta. Não me digam que eu não posso ter voz na defesa da vida no ventre materno. E, por favor, não me digam que eu não tenho a menor ideia do que uma mulher tem que enfrentar numa situação terrível como esta.
Eu tenho. E eu sei o que se sente.
ALETEIA
Fonte: Chico de Minas Xavier

quinta-feira, 15 de março de 2018

“É POSSÍVEL NEUTRALIZAR A AÇÃO DOS ESPÍRITOS OBSESSORES? ”


Importante que todos nós, independente da corrente filosófico-religiosa que professamos, possamos conhecer melhor o panorama terrestre em seu aspecto espiritual cujo nível evolutivo ainda se encontra classificado como “Mundo de Provas e Expiações”. Antes disto, éramos um planeta primitivo e estamos ainda nos primeiros degraus do processo evolutivo, onde gradativamente vamos nos aprimorando moral e intelectualmente através das reencarnações. Basta observar as informações prestadas pela mídia em geral, para verificarmos que ainda existe a predominância do mal sobre o bem em nossa sociedade. Embora nosso planeta tenha entrado em uma fase de “transição planetária” prestes a ser promovido a “Mundo de Regeneração”, com predominância do bem sobre o mal, este processo deverá levar ainda várias décadas até ser concluído.
Como existe a predominância da maldade, isto significa que a maioria das almas que desencarnam e retornam ao mundo espiritual (erraticidade) vibram nas faixas morais inferiores, presos aos vícios e a violência. Estes espíritos permanecem um tempo mais ou menos longo, conforme o caso, em regiões próximas a Terra, conhecidas como Umbral. Eventualmente são resgatados e transportados para as cidades organizadas na erraticidade, onde após a recuperação e adaptação necessária, se preparam para novas reencarnações. A questão é que estes espíritos desencarnados, quando ainda se encontram em condições perturbadoras, entram em sintonia com a população encarnada, aumentando ainda mais a desarmonia social. Podem ser classificados de uma forma geral em dois grandes grupos: aqueles que fracassaram devido aos desvios morais (álcool, drogas, sexo desregrado, etc.) ou quando estavam envolvidos na criminalidade (quadrilhas organizadas tanto de criminosos comuns, como políticos e até religiosos que traíram os compromissos assumidos).
Ficamos então aqui reencarnados na crosta planetária, em permanente contato com estes grupos, cuja sintonia vai ser estabelecida conforme o nosso padrão moral. Em nossos relacionamentos sociais ou familiares, nós decidimos quem convidar, ficando em nossa presença apenas aqueles que nos interessam. Entretanto, com relação aos espíritos, a aproximação deles se faz por intermédio de nossos pensamentos e de nossas ações. É uma questão de sintonia, passando a ser a afinidade moral que define a natureza do espírito a ficar em nossa presença. Indivíduos que já despertaram para a necessidade de realizarem uma transformação moral, procurando pautar as atividades da rotina diária dentro dos preceitos cristãos, com certeza estarão sintonizados com as esferas espirituais mais elevadas, trazendo para junto de si entidades nobres que irão ajudar na medida do permitido. Por outro lado, pessoas que se deixam levar pelos vícios, ou mesmo a atividades condenáveis, “convidam” mentalmente para estarem ao seu lado, espíritos moralmente enfermos e viciados. Estes, gradativamente estabelecem as “pontes” de contato, realizando uma verdadeira “vampirização”, sugando as energias do encarnado que os convidou pelos pensamentos indevidos. Além de serem verdadeiros “parasitas” das nossas energias, estes obsessores além de nos influenciarem a tomar decisões equivocadas, podem também transmitir as enfermidades de que são portadores (bacilos espirituais), causando sérios danos a todos aqueles que voluntariamente se tornaram as suas vítimas.
Existem situações diferentes, onde indivíduos que mesmo tendo uma vida digna e responsável, se tornam vítimas de espíritos vingativos e cruéis. No caso então a explicação transcende a presente reencarnação. Geralmente são vítimas agora, mas estão resgatando os equívocos de ações equivocadas perpetradas em outras existências. Nem todos aqueles que se sentem prejudicados pelas nossas decisões, conseguem nos perdoar. Assim, ao regressar à erraticidade, buscam desforra pelos supostos ultrajes de que se dizem vítimas. Ao nos encontrarem, mesmo agora em roupagem carnal diferente, procuram nos prejudicar de todas as formas possíveis.
Para neutralizar estas influências perniciosas, as casas espíritas orientam que para revertermos esta situação isto vai depender fundamentalmente do esforço pessoal daquele que sofre o processo obsessivo. Os nossos obsessores não podem ser confinados em uma prisão, pois é da lei de Deus que devemos colher o que plantamos. A única forma de atenuar as influências negativas destas entidades enfermas sobre nós, é melhorando o nosso padrão moral, de forma à não sintonizarmos na mesma faixa mental em que eles se encontram. Para isto, a frequência à um centro espírita é fundamental, com atendimento nos trabalhos de desobsessão, associado a fluidoterapia e principalmente a presença constante nas palestras e cursos oferecidos nestas casas. Com estes tratamentos e recebendo as informações fundamentais sobre o Espiritismo, passaremos a entender melhor o mecanismo de interação entre o mundo material e o mundo espiritual, despertando em um interesse maior na transformação moral que irá atenuar os efeitos obsessivos.
Longe de reclamar dos espíritos obsessores, devemos sempre recordar que eles foram convidados por nós pela nossa ação mental ou são antigas vítimas de vidas pregressas em busca da reparação. O mais importante é que se resultado deste processo obsessivo, nós nos transformarmos moralmente, nos tornando pessoas de bem, a experiência embora dolorosa terá sido positiva. Estes espíritos enfermos, que antes se aproximavam com objetivo de nos prejudicar, ao notarem a nossa disposição para a uma vida cristã, também serão tocados pelas energias renovadoras, modificando as próprias disposições mentais doentias. Muitos inclusive passam a ser nossos colaboradores, se tornando elementos úteis diante das novas possibilidades de trabalhado para ambos, algoz e vítima. Embora qualquer mudança de paradigma seja difícil, estimulamos a todos a redobrarem os esforços necessários para este comedimento, pois é a alternativa mais viável no caminho da paz e da felicidade tão necessárias para todos nós.
Álvaro Augusto Vargas
Fonte: União Espírita de Piracicaba

"DIVALDO FRANCO FALA SOBRE "BEBER SOCIALMENTE"." VISÃO ESPÍRITA"


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...