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quarta-feira, 28 de março de 2018

“QUAL A DIFERENÇA ENTRE RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO? ”

1. DEFININDO OS TERMOS
Ressurreição - do lat. ressurrectione - significa ato ou efeito de ressurgir, ressuscitar; regresso da morte à vida; ato de reaparecer depois de haver morrido. Segundo o Catolicismo e o Protestantismo, retorno à vida num mesmo corpo.

Encarnar - Do lat. incarnare - significa penetrar (o Espírito em um corpo).
Reencarnar (de re + encarnar) significa a volta do Espírito em um novo corpo físico, sem qualquer espécie de ligação com o antigo.
Reencarnação (de re + encarnação) é a doutrina da pluralidade e da unidade das existências corpóreas, isto é, do nascimento ou renascimento de Espíritos tanto na esfera terrena como na de outros planetas.

2. ASPECTOS TEOLÓGICOS DA RESSURREIÇÃO 
A Igreja ensina como verdade de fé a realidade da ressurreição corporal para todos os homens e a identidade dos corpos ressuscitados com os corpos que eles tiveram nesta vida. Assim foi definido pelo 4.º concílio de Latrão: "Todos ressurgirão com os próprios corpos que têm agora, para receberem segundo as suas boas ou más obras". Esta fé na ressurreição corporal é um elemento da revelação judaico-cristã. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
Nas escrituras, encontramos referências a duas espécies de ressurreição:
a) Ressurreição temporal. Reanimação de um cadáver, retorno de um morto à vida que antes tinha, retorno necessariamente passageiro, e que voltará a terminar com a morte.
b) Ressurreição propriamente dita ou "escatológica". Ao contrário da anterior – que consistia em voltar de novo à vida temporal – a verdadeira ressurreição a que "vence" realmente a morte, é considerada como uma vida nova, não terrena nem "histórica", mas "eterna"; implica profunda transformação psicossomática sem, no entanto, destruir a identidade da pessoa em questão (o ressuscitado é o mesmo que morreu), nem a sua integridade (é o homem todo, e não só uma parte dele que vive para sempre). (Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura)

3. ELIAS OU JOÃO BATISTA?
"Entretanto Herodes, o Tetrarca, ouvindo falar de tudo o que Jesus fazia, seu espírito estava em suspenso – porque uns diziam que João ressuscitara de entre os mortos, outros que Elias apareceu, e outros que um dos antigos profetas ressuscitara. – Então, Herodes disse: Eu fiz cortar a cabeça de João, mas quem é este de quem ouvi falar tão grandes coisas? E ele tinha vontade de o ver". (Marcos, 6, 14 e 15; Lucas, 9, 7 a 9)
"(Após a transfiguração). Seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que, pois, os escribas dizem que é preciso que Elias venha antes? Mas Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias deve vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio, e não o conheceram; mas o trataram como lhes aprouve. É assim que eles farão sofrer o Filho do Homem. Então seus discípulos compreenderam que era de João Batista que lhes havia falado". (Mateus, 17, 10 a 13; Marcos, 9, 11 a 13) 
Esta passagem evangélica revela a confusão, que na época de Jesus, existia entre a ressurreição e a reencarnação. Pergunta-se: como pode um espírito voltar num corpo diferente, se a crença da ressurreição é que a volta deveria ser feita no mesmo corpo?
Allan Kardec, na Revista Espírita de 1863 (página 368), comenta a pergunta formulada por um cura: "Admitindo-se que Elias e João Batista sejam a mesma pessoa, qual o corpo tomará o Espírito Elias no juízo final, anunciado pela Igreja, para se apresentar ante Jesus Cristo: será o primeiro ou o segundo?
Em seus comentários, relembra-nos o tópico Os Saduceus e a Ressurreição, narrado por Mateus, nos seguintes termos:
"Naquele dia aproximaram-se dele alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, e lhe perguntaram: Mestre, Moisés disse: se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão se casará com a viúva e suscitará descendência ao falecido. Ora, havia entre nós sete irmãos: o primeiro, tendo casado, morreu, e não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão: o mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo; depois de todos eles, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem casam nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu. E quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus dos mortos, e, sim, de vivos. (Mateus, 22, 23,32)
E prossegue:
Os anjos não têm corpo carnal, mas um corpo etéreo e fluídico, então os homens não mais ressuscitarão em carne e osso. Se João Batista foi Elias não é senão uma mesma alma, tendo tido duas vestimenta deixadas em duas épocas diferentes na terra; e não se apresentará com uma nem com outra, mas com o envoltório etéreo, próprio ao mundo invisível.
Os corpos são compostos dos quatro elementos básicos: oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono. Com a morte, esses elementos se dispersam e entram na composição de outros corpos, tão bem que ao cabo de um certo tempo o corpo inteiro é absorvido.
Como a terra absorve esses elementos químicos, suponha que tenhamos plantado batata ao lado do cemitério; com a sua colheita, tenhamos criado galinhas. Posteriormente, o homem acaba usando a galinha para a sua alimentação. Ao ingerir as galinhas, o homem absorve, indiretamente, todos os elementos químicos daqueles seres humanos que já morreram. No dia do juízo, ele vai recobrar que corpo? O seu?  Ou a soma de todos os outros?

4. RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
No Evangelho Segundo João, há uma narrativa sobre um homem que estava doente (Lázaro, e que veio a falecer e foi enterrado). Após 4 dias, Jesus é chamado para realizar um de seus milagres, ou seja, restituir-lhe a vida. Jesus é conduzido ao túmulo do Lázaro. Jesus disse: "Tirai a pedra. Disse-lhe Marta a irmão do morto: Senhor, ele já cheira mal, porque está morto há quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos disse: Pai, graças te dou que me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa desta multidão que me cerca, para que creiam que tu me enviaste. Tendo assim falado, clamou em alta voz: Lázaro, sai para fora!. Saiu aquele que estivera morto, ligados os pés e as mãos com faixas, e envolto o seu rosto num lenço. Disse Jesus: desatai-o e deixai-o ir". (João 11, 39, 44)
Explicação: Lázaro estava imerso no fenômeno da letargia, ou seja, perda momentânea da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada. A ciência atesta que um corpo, nessas condições, pode durar até 8 dias. Ora, havia passado apenas 4 dias, de modo que é perfeitamente possível o seu retorno à vida. Sejam quais forem as aparências exteriores, pode dizer-se que todas as vezes que houver volta à vida é que não houve morte na acepção patológica do vocábulo. Quando a morte é completa essas voltas são impossíveis, pois a isto se opõe a lei fisiológica.

5. RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO: EXTRAÍDO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
A confusão entre o conceito de ressurreição e o de reencarnação é porque os judeus tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Por isso, a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer. Eles designavam por ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente chama reencarnação.
A ressurreição segundo a ideia vulgar é rejeitada pela Ciência. Se os despojos do corpo humano permanecessem homogêneos, embora dispersados e reduzidos a pó, ainda se conceberia a sua reunião em determinado tempo; mas as coisas não se passam assim, uma vez que os elementos desses corpos já estão dispersos e consumidos. Não se pode, portanto, racionalmente admitir a ressurreição, senão como figura simbolizando o fenômeno da reencarnação.
O princípio da reencarnação funda-se, a seu turno, sobre a justiça divina e a revelação. Dessa forma, a lei de reencarnação elucida todas as anomalias e faz-nos compreender que Deus deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento. E para isso, Deus, na sua infinita bondade, permite-nos encarnar tantas vezes quantas forem necessárias ao nosso aperfeiçoamento espiritual, utilizando-se deste e de outros orbes disseminados no espaço. (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV, it. 4.)
CONCLUSÃO: a palavra ressurreição pode ser aplicada a Lázaro, mas não a Elias
Fonte: Centro Espirita Ismael

terça-feira, 27 de março de 2018

“QUAIS OS ENSINAMENTOS DA PÁSCOA? ”

Sabemos que a sociedade no tempo em que Jesus nasceu e viveu não era nada fácil de viver, estando o planeta repleto de ódio, de inveja, com desavença, lutas, com desejo de vingança e poder, mergulhado em todo tipo de sentimentos e pensamentos negativos. E umas das regiões mais afetadas nessas questões era o Oriente Médio, por isso a escolha do nosso Mestre Jesus pela região em que nasceu.
Jesus por meio dos seus ensinamentos e mostrando o amor em sua mais pura, livre e simples expressão, veio mudar a frequência vibratória da Terra, sendo esta mudada por meio do pensamento e da emoção. Foi por meio dos seus ensinamentos, e quando Jesus Se permitiu ir para a crucificação, que Ele libertou a humanidade do velho para a chegada do novo, Conseguindo mudar a vibração do planeta em um curtíssimo espaço de tempo, em questão de pouquíssimos anos, quando Ele se permitiu ir a cruz as pessoas sentiram sentimento pelo próximo que nunca sentiram antes, e com a ajuda dos primeiros cristãos que ainda carregavam o verdadeiro sentido dos seus ensinamentos para cultivar para outros povos o sentido da sua vida, este é um dos ensinamentos da sua morte, e o que fez o planeta Terra Vibrar mais alto. Lembrando que Jesus não tirou o pecado do mundo, da humanidade, se isto tivesse acontecido já estaríamos em um mundo muito mais evoluído moralmente, mas cabe a cada um de nós pagar pelos nossos erros e acertos, a divida é nossa. Como Jesus falou: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." (Mt 16,24-28) Ou seja, você é responsável pelos seus atos, pelo peso da sua cruz. 
Jesus provou no domingo de páscoa que a morte não existe, Ele mostrou que a vida continua apesar da morte do corpo, que continuamos vivos como éramos na matéria, sendo absolutamente os mesmos.        
A palavra Páscoa vem do hebraico que significa libertação, então concluímos que Jesus libertou a humanidade de sua forma rude e negativa de pensar e apresentando o verdadeiro amor, de um jeito simples e feliz de viver, falando coisas que ninguém jamais escutou. No entanto, a maioria dos cristãos celebra a páscoa de uma forma materialista, em que o valor está no ovo de páscoa, no peixe, no vinho... Mas, o verdadeiro valor está na maneira de se fazer melhor a cada dia e mudar a frequência vibratória pessoal, para que o ambiente que se frequenta seja mais leve.         
Nós espíritas temos que celebrar a Páscoa todos os dias, ou seja, nos fazer reciclar todos os dias os nossos males, para que sejamos melhores, por meio do grande exemplo de Jesus. Mas isso não é apenas para nós espíritas é para todos independente de religião, pois o Espiritismo não exclui ninguém, o Espiritismo vai pra perto e fica junto, da mesma maneira que Jesus fazia, fazendo a inclusão das pessoas. Os ensinamentos de Jesus está ai para todos, independente de quem seja ou do que tenha feito ou a que religião pertença, pois para Jesus sempre é hora de recomeçar.
Nesta páscoa, vamos criar um novo pensamento para o sofrimento do nosso Amigo Jesus, refletir sobre o Seu amor incondicional, nos conectarmos a Ele por meio do nosso pensamento, meditar sobre os Seus gestos de carinho, sobre a sua vida de abnegação, de alegria apesar de ter tido uma vida sofrida. Vamos lembrar que a mais de dois mil anos Ele provou que a morte não existe, assim vamos celebrar a vida e ter mais respeito por ela, que é um presente do nosso Amoroso Deus.
Uma linda Páscoa de reflexão, paz e luz para todos nós!
Blog Jardim Espirita

SEMANA SANTA NA VISÃO ESPIRITA."

Todo ano, a cena se repete. Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:
Como o Espiritismo encara a Páscoa;
Sexta-feira Santa"?;
Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;
Como fica a questão do "Senhor Morto"?
Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas. Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito.
 É importante destacar isso: o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus. Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.
São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita. É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto". Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas.
 É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos. E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data... Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data. É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.
Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje. E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.
Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações. Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas. Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade. Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.
Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.
A mesma situação ocorre quando na chamada quaresma de nossos irmãos católicos, espíritas ficam preocupados em comer ou não comer carne, ou preocupados se isto pode ou não. Ora, ou somos espíritas ou não somos! Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!... A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso. São práticas de outras religiões, que repetimos, respeitamos muito, mas não adotamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.
Esta abordagem está direcionada aos espíritas. Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objetivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas. Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direcionamos nosso maior respeito e apreço.
Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais atividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.
O objetivo da abordagem é direcionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo. O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos. Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados. E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.
E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE): "O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo; (...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem. Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".
Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão. Não! Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objetivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.

Orson Peter Carrara

(Publicado no Boletim GEAE Número 390 de 02 de maio de 2000)

segunda-feira, 26 de março de 2018

“10 GRAVES SINTOMAS DA OBSESSÃO ESPIRITUAL”

Esse é um assunto delicado que requer atenção e quebra de pré-conceitos.
Ninguém está livre de ataques energéticos, todos nós vez ou outra nos deparamos com situações em nossas vidas que realmente não conseguimos entender e muito menos resolver.
Ás vezes parece que quanto mais lutamos contra uma situação ruim, pior ela fica. Entramos em conflitos internos e externos e muitas vezes nos damos por vencidos em certas áreas de nossas vidas.
A obsessão espiritual é algo que realmente existe, pode ocorrer por meio de espíritos desencarnados, mas também com desafetos dessa vida, pessoas encarnadas do seu passado que insistem em manter um vínculo energético negativo, de mágoa, rancor, inveja e ressentimento.
Alguns sintomas são bem típicos de obsessões e ninguém passa por essa vida sem ter tido ao menos uns dois sintomas desses, porém o que determina a permanência ou não de obsessores é o comportamento e entendimento de cada um. Uma pessoa amorosa, que sente compaixão pelo próximo e não tem problemas em perdoar, consegue se livrar mais facilmente de ataques de obsessores.
Já uma pessoa agressiva e magoada tende a alimentar obsessões por longos períodos na vida.
Seguem alguns sintomas de obsessão quando já instalada. Fique atento, mas também entenda que existe solução, existe alívio e cura. O bem e a positividade sempre serão mais fortes!
1 – Sensibilidade aumentada e choro compulsivo.
Parece que as pessoas estão mais agressivas ou com mais atenção aos seus erros. Antes se alguém te desse uma patada, você revidava ou simplesmente não dava importância. Agora você se sente perseguido e maltratado. Chora, na maioria das vezes à noite e quando tenta desabafar com alguém, muitas vezes acham que é frescura sua e você não deve se importar. Isso te deixa mais triste ainda e com a sensação que ninguém se importa com você e seus sentimentos. Sempre vem na cabeça a ideia de que ninguém se importa com você, que se você morresse ou sumisse, ninguém se importaria.
Fique atento, essa ideia de que você não tem valor não é sua!
2 - Vida financeira destruída
Desemprego, ou emprego com um salário que não dá pra quase nada e te deixa frustrado. Dívidas que aparecem do nada, quando entra um pouco de dinheiro, logo aparecem gastos inesperados e a esperança de uma vida melhor vai indo embora aos poucos.
Obsessores atacam muito a vida financeira pois sabem que as preocupações com dívidas, moradia e sobrevivência são extremamente dolorosas e desgastantes.
3 – Relacionamentos Conturbados
Ciúmes, brigas, desconfianças, traições, mágoas e em casos mais graves até agressões. Após crises explosivas parece que a pessoa que agrediu estava fora do corpo sendo comandada por alguém. Períodos de paz se instalam, mas as brigas e desentendimentos nunca deixam de aparecer.
4 - Agressividade
Ausência total de paciência com as pessoas próximas. Vontade de mudar a forma de ser de algumas pessoas, de falar verdades na cara sem ter medo de magoar ou ferir. Ausência de compaixão pelo próximo e o sentimento crescente de que ninguém merece confiança, pois todos são falsos e hipócritas. Gostam de dizer sempre a frase, sou sincero e falo na cara, quando na realidade são totalmente cruéis e sem nenhuma educação. Ao magoar o outro, por mais fraco que o outro pareça, o agressor cria um vínculo negativo, atrai para si somente a negatividade.
Pense muito antes de jogar verdades na cara de alguém ou postar ofensas e indiretas, o mesmo constrangimento que você vai causar no outro, retornará para você amanhã. Os juros cobrados pela lei do retorno são muito altos, não vale a pena pagar.
5 – Julgar os outros e se sentir vítima
Obsessores atuam colocando as manias, desconfianças e compulsões exageradas em suas mentes. O obsessor coloca a ideia na sua vítima de que ela carrega o mundo nas costas e que se ela não interferir em tudo, nada dará certo. Existe muita dificuldade em confiar em todos, e a vitima observa apenas os defeitos e falhas nas pessoas e não consegue achar nada positivo em ninguém. Nesse ponto o obsessor coloca a ideia de que sua vítima deve interferir na vida dos outros, criticar, excluir quem não se encaixa em seu meio, religião, trabalho e sua família.
6 - Se envolver em fofocas
As fofocas sempre começam de forma inocente e são justificadas e defendidas pelos fofoqueiros. Muitas vezes começam com frases do tipo: – Vou te dar um “toque a respeito do fulano” ou “fica esperto com o fulano”….
O ambiente de trabalho é o lugar onde mais podemos observar esse tipo de comportamento. Muitas teorias totalmente enganosas e mentirosas que causam verdadeiro mal estar são disseminadas diariamente por fofoqueiros nas empresas.
Quem de nós nunca trabalhou em um ambiente tóxico onde o fofoqueiro mantinha muitos reféns sob seu comando maléfico, pois obsessores sabem o quanto somos sugestionáveis, no ambiente de trabalho.
Presenciei um caso onde uma gerente chegou certa manhã de cara fechada no trabalho, pois estava com dor de dente e dor de cabeça, mas como tinha uma reunião importante, foi trabalhar mesmo passando mal, pois tinha tarefas que não podiam esperar. Ao passar pelos funcionários de cabeça baixa e sem cumprimentar ninguém, causou uma grande impressão errada e diversas teorias absurdas se formaram durante o dia, até uma funcionária muito sugestionável a maldade se convencer loucamente que a chefe estava com raiva dela e a demitiria naquele dia.
A gerente passou o dia na sala dela em conferências e não falou com ninguém. Isso foi suficiente para uma série de confusões e fofocas maldosas se instalarem.
Apenas um funcionário desequilibrado e medroso, abriu o ambiente para obsessores que já encontraram outros com vibrações baixas e instalaram um clima de terror na empresa.
Observei que as teorias descabidas corriam solto a respeito da cara fechada da gerente, mas em nenhum momento ninguém pensou que ela poderia estar com um problema só dela e que não queria compartilhar com ninguém naquele momento.
A funcionária sugestionável acabou passando mal o dia todo achando que ia ser demitida, pois o fofoqueiro não gostava dela e se aproveitou para torturá-la e criar um clima desfavorável. Outros acabaram achando que haveria uma grande corte de despesas e mais funcionários seriam demitidos.
A gerente acabou saindo mais cedo para ir ao dentista, estava realmente passando mal e percebi que o rosto até estava um pouco inchado. Os funcionários não perceberam esse detalhe, pois estavam ocupados de mais com a teoria de demissões.
Fiquei alguns dias nessa empresa, pois eu iria ministrar um treinamento. Tive a oportunidade de observar que no dia seguinte a gerente chegou e já estava bem, havia sido medicada e chegou cumprimentando a todos normalmente.
Observei que o fofoqueiro mestre foi ao encontro dela ansioso para saber o que havia acontecido no dia anterior. Fiquei impressionada ao observar a decepção no rosto dele ao saber que ninguém seria demitido, nada de ruim iria acontecer, a chefe apenas tinha tido uma forte dor de dente.
A funcionária sugestionável acabou faltando naquele dia, havia passado mal de tanto medo e nervoso por causa das fofocas.
Fique atento, muitas vezes sentimos medos sem fundamentos, odiamos pessoas por ouvirmos falar coisas a respeito delas e não paramos para ver os fatos como eles realmente são. Passar a fofoca adiante, ficar na platéia assistindo os outros se prejudicarem e sentir prazer ao ver a loucura alheia também é um comportamento tóxico. Se você simplesmente não quer se meter, afaste-se, não seja lenha da fogueira de ninguém!
7 – Ver vultos, ouvir barulhos estranhos em casa, sentir angústias e pensamentos negativos que vem de repente.
Nem todos os alertas que recebemos são nossa intuição. Nossa intuição nos defende de situações de perigo ou nos levam a situações positivas. Se você está com uma série de problemas na sua vida, sem dinheiro para nada, lar conturbado, problemas de saúde, sua intuição provavelmente nem está funcionando. Ver vultos, ouvir vozes que ninguém mais ouve e receber alertas exagerados de mágoa e raiva sobre determinadas pessoas é sinal de obsessão.
Sua intuição não vai te dizer pra ir saber se a pessoa que te magoou está falando mal de você para alguém. Fique atento, faça orações e tratamento para desobsessão.
8 – Vício
Você nem quer comer mais um pedaço de pizza, mas está tão bom… Passou um dia horrível no trabalho e sabe que sua cabeça não vai te deixar em paz se não tomar uma dose de Whisky para relaxar(e isso acontece no mínimo 4x por semana)… Aquelas lembranças são dolorosas demais para aguentar de cara limpa… Ou o prazer só vem com o uso de algumas substancias… entre outros pensamentos esses são alguns colocados por obsessores para manter suas vítimas no vício.
Mas como o vício gera dependência e afeta o metabolismo do corpo, além de um trabalho de desobsessão é necessário um acompanhamento de especialistas para ajudar na cura.
9 – Sua vida mudou de forma inexplicável após a morte de alguém
Uma determinada pessoa da sua família ou próxima faleceu e sua vida logo depois começou a dar errado.
Uma série de pequenos azares e infortúnios começaram a aparecer de forma inexplicável. Fique atento, orações para a alma do falecido são bem vindas nesse caso, entre outros procedimentos de desobsessão.
10 – Doenças recorrentes
Infecções, pequenos procedimentos cirúrgicos, remédios que não fazem efeito, alergias, problemas respiratórios. Enfim, hospitais e laboratórios são sua rotina.
Sentimentos de vitimismo e exigir que os outros compreendam e te ajudem também estão presentes nesses casos.
Alguns idosos costumam usar doenças para aprisionar a família toda em sua carência. Fique atento.
Como enxergar melhor os sintomas?
Fique atento a ideias torturantes a se fixar.
Quando sentimos forças interferindo no processo mental.
Quando se verifica a vontade sendo dominada.
Quando se experimenta inquietação constante.
Quando se sente desequilíbrio espiritual.
Quais são as consequências a longo prazo?
Desordens patológicas (doenças)
Loucura
Morte Física
O que você deve entender sobre obsessão? É um mal que existe, mas também tem solução.
Sim existe cura, sim existe saída, sim existe saúde, prosperidade, relacionamentos saudáveis.
Você não deve ter medo, culpa ou qualquer tipo de desespero. A saída é um pouco trabalhosa, mas pense que você merece ser feliz e viver bem.
A positividade é infinitamente maior e mais forte do que a negatividade, uma vez que você aprende a se proteger, nada te impedirá de ter uma vida saudável e feliz.
Não participe de fofocas, perdoe sempre que possível, não julgue e não maltrate ninguém, pois essas atitudes abrem portas para energias tóxicas.
Que Deus te abençoe sempre!
Autor desconhecido
Fonte: Mensagem Espírita

domingo, 25 de março de 2018

"CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS"

Uma das práticas do Espiritismo mais empregadas é o diálogo com os espíritos. Ela decorre do intercâmbio com o mundo espiritual. Embora no Velho Testamento encontremos afirmações, proibindo o diálogo com os espíritos, no Novo Testamento nada há que o descredencie. Ao contrário, o próprio Jesus nos deu o exemplo, ao dialogar com os espíritos Elias e Moisés, no Monte Tabor. Se Ele agiu assim, é porque o diálogo com os chamados ‘mortos’ nada tem de anormal; é facultado ao homem e tem sua utilidade. Não acreditamos que Jesus iria cometer um simulacro; também não há nenhuma passagem no Evangelho em que o Mestre tenha reprovado o diálogo com os desencarnados.
Nós, espíritas, não achamos que conversar com os espíritos é um desrespeito a eles. Ao contrário, esta prática, quando conduzida de maneira respeitosa e disciplinada, termina sendo um momento alegre e de recordações gratificantes.
Ao se comunicar conosco, os espíritos demonstram que estão ‘vivos’ e dão o testemunho da continuidade da vida. Podemos dizer que é uma vitória da vida sobre a morte, esta que é tão temida entre os incrédulos ou entre os que têm a fé vacilante. Para desvendar este mistério, é importante observar o que diz o Espiritismo.
Kardec pergunta: “O que é o espírito?” A resposta é encontrada em O Livro dos Espíritos, q. 76: “O espírito é o ser inteligente da criação”. É, portanto, um ser que pensa, sente e age. É uma individualidade única. No Planeta não encontramos duas pessoas exatamente iguais. Esta é mais uma das provas da sabedoria divina.
Kardec pergunta: “O que é a alma?”
A resposta nós a encontramos em O Livro dos Espíritos, q. 134: “É um espírito encarnado”. A condição de encarnado confere ao espírito ter que passar por experiências no campo físico, obrigando-o a ter que trabalhar, para sobreviver. Ao buscar os elementos necessários à vida, evolui, especializa-se e progride sempre.
Sabemos que nós não estamos enclausurados na matéria, nem nos mantemos incomunicáveis com espíritos libertos do corpo físico. Em alguns momentos, através do pensamento, nós nos comunicamos com eles e trocamos experiências. Quando dormimos, é comum entrarmos em contato com os que nos precederam no mundo espiritual, reafirmando laços de amizade ou tentando solucionar antigos conflitos. Por isso a recomendação dos Benfeitores é para que, antes de dormir, oremos e peçamos a Deus encontros espirituais que nos ajudem a melhorar.
O espírito pode comunicar-se com o homem, através da mediunidade? Esta pergunta pode ser respondida com outra pergunta: O homem livre pode comunicar-se com outro que esteja privado momentaneamente da liberdade? Se a resposta é sim, por que não admiti-la em relação àqueles que já partiram para a Pátria Espiritual?
Para dialogar com os espíritos, o concurso dos médiuns se justifica porque muitos deles ainda se encontram extremamente ligados às coisas deste mundo; por isso precisam do contato físico, a fim de despertar para a vida no Além (é como se eles se sentissem momentaneamente encarnados!).
Segundo O Livro dos Médiuns, o diálogo com os espíritos, só deve ser praticado com propósitos elevados; nenhuma prática deve ser feita visando à diversão! Agir desse modo é como querer ‘brincar com fogo’; pode passar por apuros! E, mais, devemos nos valer de bons médiuns, médiuns seguros e responsáveis. Kardec nos exemplificou como dialogar com os espíritos. Foi criterioso. Escolheu bons médiuns. Preparou-se. Elaborou e fez perguntas consistentes. Ouviu com atenção e pacientemente o que a Espiritualidade tinha a dizer-lhe. Como resultado, codificou o Espiritismo.
Conversar com os espíritos é uma arte: exige tato e conhecimento doutrinário.
No diálogo com eles, aprendemos que a vida não se restringe apenas a uma passagem pela Terra; fica evidente para nós a imortalidade da alma e seu estado feliz ou infeliz, após a morte do corpo físico, confirmando-se, assim, o ensino de Jesus: “A cada um segundo suas obras”.
Um lembrete para aqueles que conversam com os espíritos: Eles não são iguais nem em conhecimentos nem em qualidades morais, e que não se deve tomar ao pé da letra tudo o que eles dizem. Cabe às pessoas sensatas separar o bom do mau. – “O Livro dos Espíritos”, Introdução, cap. 10.
E para completar o que os Espíritos nos ensinam na codificação, meditemos no que diz João, Epístola 1ª, cap. 4, v. 1: Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; antes, provai se eles procedem de Deus.
Autor:  Geraldo Ribeiro da Silva-Grupo Espírita Batuíra / São Paulo

sábado, 24 de março de 2018

"A SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA "

Paulo de Tarso, o extraordinário “Apóstolo dos Gentios”, em excelsa inspiração escreveu aos Gálatas {6:8} afirmando que se o homem semeia na carne, na carne expiará (ceifará a corrupção).
Para quem tem “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, não interpretando a Escritura segundo a letra que mata mas segundo o espírito que vivifica, o apóstolo aponta para a necessidade do espírito humano, que haja cometido algum delito contra alguém ou praticado equívocos de conduta numa existência, em corrigir tal situação em existência posterior.
Precisando dessa correção para alívio da própria consciência traumatizada pelo erro, vivencia a experiência da doença ou das deficiências físicas ou mentais. As leis divinas pois, não nos castigam mas nos auxiliam a retomar o caminho evolutivo normal. É o que ocorre com os espíritos que precisam da deficiência denominada Síndrome de Down, pela qual resgatam algum problema do passado.
O próprio Jesus, referindo-se a nossa inclusão nos mundos expiatórios afirmou que “...dali não sairíamos enquanto não pagássemos até o último ceitil”, referendando igualmente a necessidade evolutiva do Espírito humano. Nossas aflições no entanto podem advir não só de vidas anteriores como também desta mesma vida, como resultado de nossa imprevidência na atual existência.
A Síndrome de Down, é uma dessas situações ligadas a problemas de vidas anteriores.
Normalmente, cada uma das nossas células possui 46 cromossomos, que são iguais, dois a dois. A causa da Síndrome de Down no corpo físico, resulta daquilo que os cientistas chamam de “acidente genético”, devido á presença de um cromossomo 21 a mais nas células. É chamada de trissomia do cromossomo 21, erro que, segundo a Medicina, não está no controle de ninguém.
Esse “acidente genético” que acarreta a Síndrome de Down ocorre em uma para cada 500 crianças nascidas, caracterizando-se por deficiência mental e anomalias no desenvolvimento ósseo e de vários órgãos internos, em 95% dos casos. Os demais casos também são explicados pela Ciência Médica, mas sempre do ponto de vista materialista ou físico.
Evidentemente o Espiritismo concorda com as informações das pesquisas médicas, obtidas no árduo e sério trabalho investigativo do homem na busca da etiologia das doenças.
O que a Ciência Espírita no entanto acrescenta é que o acaso não existe pois não há erro ou injustiça segundo a Doutrina Espírita. Aquele “acidente genético” ocorre na realidade pela presença do espírito, que tem alguma “conta” a acertar com a Justiça Divina e que se liga á célula ovo ou zigoto no momento em que esta se constitui na fecundação humana.
Esse espírito tem um campo energético próprio, agindo não somente na atração dos gametas sexuais, como também na intimidade do zigoto, em plena elaboração do ser embrionário. Essa tese é espírita e é absolutamente racional como hipótese científica. A ciência materialista dita oficial, evidentemente, ainda não aceita tal tese, já que não investigou o espírito.
Aos poucos no entanto vai chegar lá como já chegaram inúmeros pesquisadores e estudiosos das causas atuais e anteriores das doenças e deficiências que acodem á espécie humana. O novo paradigma da Medicina, em futuro bem próximo, tenho certeza, é aquele que admitirá, em bases científicas, a existência do espírito, como principal componente do homem integral, ou seja, do ser cósmico criado por Deus.
Agora mesmo, cientistas da Universidade do Texas, E.U., bem como do Instituto Weizmann de Israel, proclamam que óvulos se comunicam com espermatozóides, enviando-lhes sinais para guiá-los até às trompas de Falópio, tornando possível a fecundação, acreditando os pesquisadores que o sinal emitido pelo óvulo é um componente do líquido que o circunda. 
Sem serem espíritas, confirmam a tese espírita de que todo efeito inteligente tem sempre uma causa também inteligente, podendo-se deduzir que pode estar ali o espírito reencarnante, ligado vibratóriamente á sua futura mãe, exercendo ação sobre o óvulo, atraindo depois o espermatozóide que lhe é afim por estar com ele sintonizado energeticamente, dentro da faixa evolutiva em que se encontra.
Isso não é história não. São dados de pesquisas recentes do Dr Américo Domingues Nunes Filho, presidente da Associação Médico-Espírita do Rio de Janeiro.
De qualquer forma, precisamos respeitar e amar o deficiente, seja qual for a lesão de que seja portador.
A compreensão da Lei Divina da Reencarnação nos inspira nesse sentido.
Ciro Francisco Amantéa-ViceP/Use/Int/Itu.
Fonte: Rede Amigo Espírita

"NINGUÉM MATA NINGUÉM-” UMA HISTÓRIA EMOCIONANTE.

O médium baiano Divaldo Pereira Franco, conta uma emocionante história em uma de suas palestras. Certo dia, um casal o procurou para contar um triste episódio de suas vidas. Contou-lhe a esposa:
"Éramos felizes com nossos seis filhos. Entre eles nossa garotinha de cinco anos que chamava-se Margarete. Até que um dia, uma terceira personagem apareceu em nossas vidas. Meu marido, homem sempre bom, atencioso, excelente pai, não reagiu às circunstâncias e, lentamente, trocou o nosso lar por outro. Começou a visitar essa criatura, a diminuir a constância para conosco, enquanto aumentava a sua presença junto a ela. Deixou de vir à casa. Passou a estar conosco apenas periodicamente. Nossa Margarete, a quem ele tanto amava, passou a murchar como uma flor de estufa que perdesse a vitalidade. Um ano se passou terrível. Iniciamos o processo de desquite para o futuro divórcio. Eu tentava contornar o assunto. Mas Margarete chorava e não dizia nada. Quando ele chegava, tomava-lhe as mãos pequeninas e dizia-lhe:
"Meu bem, quando você crescer, quando compreender o mundo e souber de todas as coisas duras da vida, se não puder perdoar alguma coisa má, ao menos desculpe, sim? Você me promete?"
Margarete respondia dizendo:
"Prometo, papai."
Ela não cansava de implorar que ele voltasse a dormir em casa. No tormento em que se debatia nos conflitos de consciência, meu esposo iniciou o retorno. Vinha aos sábados e ia-se aos domingos à tarde. Depois já aparecia no meio da semana. Passou a dormir e a fazer as refeições em casa. Fez a viagem de volta, o retorno ao lar. Até que me pediu perdão e permissão para voltar. Eu aceitei. Quando tudo parecia voltar ao normal, nossa Margarete, sumiu na saída da escola. Nenhuma notícia. Percorremos a cidade enlouquecidos. Pronto-socorro, hospitais, necrotérios, rodoviária, nada . . . Dias após, crianças encontraram o corpo de nossa filhinha Margarete em matagal. Despedaçado, em putrefação. A polícia instaurou inquérito. Quem poderia ser? De suspeita em suspeita chegou-se à antiga companheira de meu marido. Levada a interrogatório severo, confessou:
"Matei! Mataria outra vez, mil vezes, porque ela me desgraçou. Tomou de mim o homem a quem eu amava. Para vingar-me, raptei-a e matei-a, para ela nunca mais fazer isso com ninguém."
Enlouquecido e desesperado, meu marido queria ir ao cárcere decepar as mãos da criminosa e matar-se depois . . . Foi neste estado de ódio, que ouvimos falar de um homem bom como a água refrescante da fonte: Francisco Cândido Xavier. Fomos procurá-lo, e quando ele passou perto de nós gritei:
"Chico, mataram minha filha!"
Ele passou a mão na minha cabeça e disse:
"Meu bem, ninguém mata ninguém. Sua filhinha vive. Nossa Margarete está aqui. Foi trazida pela avozinha. Acalme-se. Você não confia em Deus?" 
Sentei-me. Na madrugada de sábado, chamaram pelo meu nome e pelo do meu marido. Era uma mensagem de nossa filha Margarete. Não sei até hoje o que senti. A mensagem dizia:
"Mãezinha, meu querido papai! Vim, para dizer-lhes que estou viva! Se alguém pensou em me magoar, não conseguiu, papai. Não sei explicar a vocês como tudo aconteceu. Eu me recordo que saía do Jardim de Infância, quando uma pessoa me chamou. Segurou-me, fez-me entrar no carro. Eu não sei o que me aconteceu, mas ninguém me magoou. Não fique triste, papai. Não senti nada. Só saudade. Eu dormi. Se cortaram o meu corpo, não vi. Soube depois. Se ficou todo quebradinho, também não vi. Dormi e quando acordei vovó Felicidade me acarinhava, pedindo que eu acordasse. Eu perguntei o que fazia ali, e perguntei por vocês. Ela me explicou que não poderia vê-los por enquanto, porque eu estava num hospital recebendo tratamento. Chorei muito com saudade de vocês (e citou o nome dos irmãos).
Naquele momento, entrou uma moça bonita, bem vestida, parecendo professora que se apresentou dizendo ser a tia Lídia, sua irmã mamãe, dizendo estar ali para substitui-la. Foi então que ela me contou que estava morta e eu também. Depois pediu que eu dormisse. Voltei a dormir. Quando acordei, titia e vovó me disseram que vocês estavam sofrendo muito. Eu pedi para vê-los, para abraçá-los e vi você com ódio, papai. Paizinho, você se lembra do que me dizia? - 'Se não puder perdoar, pelo menos desculpe'. Paizinho, desculpe! Ninguém nos fez nenhum mal. Eu tinha que voltar para cá e voltei. Mas nunca, nunca mais nos separaremos. Vovó está dizendo que devemos perdoar, e se não pudermos, temos o dever de desculpar. Voltarei outro dia, papai. Eu vim pedir-lhes que desculpem. Paizinho, até já! Mamãe querida, você que é mãe, me compreende melhor, portanto, perdoe! Beija-os a sempre sua, Margarete." O senhor pode imaginar o que sentimos . . . Demo-nos as mãos. Voltamos para casa. É ainda difícil perdoar, mas pelo menos, a gente está tentando desculpar 

Disse Jesus: " Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados." (Mateus, VI - 14-15)

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC





sexta-feira, 23 de março de 2018

"PODEMOS SONHAR COM ENTES QUERIDOS DESENCARNADOS?"

Podemos estar com nossos entes queridos em sonho e, ao acordar, não lembrarmos de nada?
O desprendimento da alma pelo sono constitui uma situação muito oportuna para entrarmos em relação com nossos entes queridos. Afirmam-nos os Espíritos da Codificação que “é tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas” (questão 414 de 'O Livro dos Espíritos'). Por outro lado, o sonho “é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono”. No entanto, nem sempre recordamos nossas experiências após despertar. Dizem os Benfeitores Espirituais que isso se dá porque ainda não temas “a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades” (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos').
Creditam ainda este esquecimento às características da matéria grosseira e pesada que compõe nosso corpo físico. “O corpo dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais” (questão 403 de 'O Livro dos Espíritos'). É muito justa esta observação da Espiritualidade, pois em nossa condição de Espíritos encarnados, constituem-se memórias conscientes apenas aquelas reminiscências que irritam os centros nervosos correspondentes, localizados no Sistema Nervoso Central.
Em função disso, muitos questionam a utilidade destes encontros, alegando que as ideias e conselhos compartilhados durante o sono não possam ser aproveitados na vida de vigília. Neste ponto, esclarecem os Espíritos da Codificação que “pouco importa que comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento” (questão 410a de 'O Livro dos Espíritos'). Até porque a grande maioria destes diálogos diz respeito a temas que interessam mais à vida espiritual do que à corpórea.
Portanto, percebemos que a possibilidade de encontro com entes queridos durante o sono é real e frequente. Aliás, o sono é “a porta que Deus lhes abriu para que possam ir ter com seus amigos do céu” (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos'). Mas, para que isso aconteça, mais do que o simples fato de querer, quando desperto, é preciso evitar que as paixões nos escravizem e nos conduzam, durante o sono, a campos menos felizes da experiência espiritual.
“Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades” (item 38 do Capítulo XXVIII de 'O Evangelho Segundo o Espiritismo').
Retirado do site OSGEFIC

"PODE UM ESPÍRITO REENCARNAR NUMA MESMA FAMÍLIA.?"


quinta-feira, 22 de março de 2018

“PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO”

O retorno a um novo corpo, através da reencarnação, se dá para o crescimento do espírito. É um processo educativo, e não punitivo. Encarado dessa forma, não há um número definido de encarnações para um espírito. Sobre a chamada “lei” de causa e efeito atua a lei de misericórdia, que é uma das variantes da lei de Amor. Os processos não se dão de forma linear, isto é, não se passa pelo que se causou a outrem na mesma proporção e na mesma intensidade. As circunstâncias a que um espírito está sujeito numa encarnação expiatória são sempre atenuadas pela Misericórdia Divina. Achamada “lei” de causa e efeito não é como a pena de Talião. Não é “olho por olho dente por dente”. Às vezes, no período de intermissão, o espírito atravessa sofrimentos, resultantes de suas atitudes quando no corpo físico. Ao reencarnar para aprender, os processos a que estará sujeito não poderão ser idênticos aos que proporcionou aos outros, em face do que aprendeu no período de intermissão, bem como em função da necessidade de educar-se a partir de estratégias amorosas das leis de Deus..
Em geral, as reencarnações são planejadas com antecipação, cujo tempo de preparo será proporcional às necessidades educativas do espírito. Quanto mais evoluído o espírito, maior seu tempo de intermissão, consequentemente mais tempo terá ele para seu planejamento. O planejamento exigirá o concurso de muitos espíritos, os quais participarão, direta ou indiretamente, das relações futuras do reencarnante. Tais preparativos vão desde a escolha dos pais ao tipo e detalhes do corpo que se utilizará o espírito. Escolhe-se o gênero de provas que se atravessará, o tipo de morte que se terá, as principais experiências que deverão ocorrer após o nascimento, que reencontros se darão, que doenças se terá, qual a época mais propícia para se reencarnar, etc.
Tais experiências planejadas se dão no nível de probabilidades, podendo haver alterações, a depender das necessidades do espírito, bem como de seu livre arbítrio e de terceiros. Fundamental é perceber que, embora planejado o destino e a existência da pressão interna das experiências pregressas, o livre arbítrio é soberano, podendo alterar quaisquer daqueles fatores. As escolhas havidas que sejam diferentes do planejado, levarão a consequências - positivas ou negativas - para o espírito. O espírito, após a reencarnação , poderá alterar seu planejamento. Poderá ele, adquirir novos compromissos, como fugir de outros. Poderá ampliar suas realizações previstas, tanto quanto diminuí-las.
A vida na Terra deixa de ser um acaso para ter um objetivo. Cada ação humana tem implicações, pois nada ocorre por acaso. Não se volta à Terra como a uma colônia de férias. A Terra não é uma instância de lazer. Viver é construir para o espírito. Estar no corpo físico é conscientizar-se da responsabilidade por vários processos de aprendizagem que o Universo faculta.
Aqui se está para algo aprender. Não se deve desprezar o mundo social ou o corpo, pois, mesmo sendo a realidade espiritual matriz geradora, não é exclusiva e nem deve contribuir para alienação ao mundo dos ditos vivos. Há uma complementaridade entre a vida material e a espiritual. Viver fora do mundo físico é saber viver nele.
Viver bem na Terra, aspirando a uma vida melhor após a morte, é legítimo, porém não deve ser um fim em si. O espírito não pode esquecer que, além de almejar seu progresso, deve tornar o mundo material um local bom de se viver. O reino dos céus, pregado nos meios cristãos, é tão “além” quanto aqui, isto é, na Terra deve-se implantá-lo, pois ela faz parte do “reino”. A localização desse reino é uma questão de consciência e responsabilidade.
É claro que as escolhas feitas nem sempre obedecem aos compromissos havidos em encarnações anteriores. Tais escolhas podem levar à compulsoriedade, que impõe, ao espírito, determinado processo educativo, independente de seu arbítrio. Há encarnações compulsórias para muitos espíritos que acumulam compromissos, principalmente quando envolvem terceiros. O seu passado espiritual tem influência decisiva nesse processo de escolha. As ligações com desafetos são geradoras de reencontros para que se desfaçam os laços de inimizade e ódio. Os desafetos geralmente nascem juntos para transformarem seus sentimentos aversivos em amor, aprendendo, dessa forma, o real significado do viver. As provas e expiações a que estão submetidos os espíritos, decorrem desses compromissos pregressos. Tais compromissos são vulgarmente chamados de dívidas, cujos correspondentes processos de resgates, chamo de educativos.
O processo de escolha que o espírito faz, guarda relação direta com seu livre arbítrio. O planejamento é um balizador para o espírito. Existe apenas um único determinismo imposto ao espírito. Tal determinismo inexorável é a evolução. Evoluir sempre. O ser humano pode se desenvolver muito nos diversos campos do saber, porém jamais poderá alterar as leis de Deus, e uma delas é a lei de Progresso. Progredir sempre, na direção do Bem, do
Belo e do Amor, para que alcance a felicidade, essa é a lei. Nos processos de escolha não se deve prescindir do bem coletivo.
Cada escolha do espírito tem implicações com o direito dos outros.
Nas mudanças de planejamento que visem auxiliar maior número de pessoas, os resultados serão sempre benéficos para o espírito. Essas mudanças ocorrem, geralmente a pedido do espírito que, desejando continuar encarnado para completar alguma tarefa relevante, conta com auxílio espiritual para a alteração de seu planejamento anterior.
Os conflitos e problemas atuais, antes de serem creditados às existências passadas, devem ser analisados, como faz a Psicologia, a partir da vida atual. Será que a origem de tais conflitos não está na infância problemática? Será que a relação materna e paterna não provoca traumas que eclodem adiante? Certamente que tais fatores influenciam. O retorno de um espírito a uma nova família é sempre uma novidade cheia de receios e carregada de expectativas.
A sociedade muda. Os costumes e regras sociais não são os mesmos para o espírito que esteve ausente da sociedade dos encarnados durante muito tempo. Ele tem que reaprender muito.
Há métodos educativos coletivos, os quais visam alcançar grupos de espíritos necessitados de um mesmo aprendizado. A humanidade, por vezes, atravessa processos educativos coletivos, cujo planejamento pertence a instâncias superiores e visam dar novo ritmo ao planeta. São planejados num nível superior às encarnações individuais. Pela sua interferência nos destinos de uma coletividade, suas particularidades merecem a atenção de espíritos mais elevados.
O suicídio é um exemplo do algo não planejado antes da encarnação e que é uma forma (in)voluntária de alterar o planejamento.
A negligência de alguém que, como consequência leve à sua desencarnação, promove alteração no planejamento reencarnatório. Alguns acidentes se encaixam nessa situação, por ocorrerem fora dos processos educativos do espírito e por vontade (negligente) de seu autor. Como exemplo, cito os casos de adolescentes que correm em ruas das grandes cidades, de forma alucinada, sem a mínima segurança, em brincadeiras conhecidas pelo nome de “pegas”.
Há filhos não planejados antes da reencarnação, que conseguem realizá-la por intercessão de espíritos que obtêm a concordância do casal.
Trechos do livro: Reencarnação: Processo Educativo
Adenáuer Novaes

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...