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quarta-feira, 4 de abril de 2018

“PORQUE ALGUNS MÉDIUNS SOFREM MAIS DO QUE OUTROS DURANTE O DESPERTAR MEDIÚNICO? ”



Tudo aquilo que o Homem não conhece tem tendência a temer. E é justamente essa uma das principais razões para tanto sofrimento. Além disso, a ausência de orientação adequada (numa grande parte dos casos, nem a família nem os profissionais de saúde têm competência para ajudar a pessoa) e o sentimento de que não se controla algo na sua vida, podem piorar ainda mais as coisas. A verdade é que a Humanidade continua a negar-se a aceitar e desenvolver a sua consciência espiritual de uma forma assumida, responsável e efetiva. E uma das consequências disso é não estar ainda preparada no geral para lidar com os “Fenômenos Mediúnicos.
Se é verdade que durante séculos muitos conhecimentos permaneceram secretos por medo de represálias, em muitos locais do mundo o “Conhecimento Espiritual Superior” era reprimido, hoje quase toda a informação está disponível e ao alcance dos interessados.
Está ao alcance de praticamente toda a gente informação, muita dela gratuita ou quase gratuita (em centros espirituais, Internet, revistas de fácil acesso, etc.) para os verdadeiros interessados estudarem e compreenderem os Fenômenos Mediúnicos e a Espiritualidade Superior.
Como já vimos anteriormente, é justamente a interação entre o Mundo Espiritual e o mundo dos Homens o que está por detrás de todas as grandes religiões e correntes espirituais. O Ser Humano precisa de partir em busca da Verdade, de conhecer a Vontade de Deus e os Seus planos para o Homem.
Além do medo do desconhecido, outro fator que pode agravar o sofrimento é a pessoa “deixar-se andar” após os primeiros sinais de perturbação. Sabe que se está a passar “algo de anormal” mas evita confrontar esses sinais. Quando a situação progride e deixa de conseguir manter o controle da situação, procura então ajuda Médica para ver o que se está ocorrendo. Após a realização de exames em que não é encontrada qualquer explicação para o “seu problema”, ainda assim, muitas pessoas negam a possibilidade Espiritual.
Existem inúmeros casos em que o indivíduo é alertado várias vezes que o seu problema é Espiritual e mesmo assim, nega-se a encarar essa hipótese pois ainda não compreende que foi ele próprio que escolheu o caminho que está a chamar por ele, tudo o que se está a passar consigo é para o seu próprio bem.
Com o passar dos meses e anos, a situação pode agravar-se e muito. A pessoa está a recusar o seu destino. Na verdade, está a quebrar o compromisso assumido com Deus e com os seus Mentores Espirituais. Muito embora Deus e os Espíritos Superiores respeitam o livre arbítrio de quem prometeu e não está a cumprir, a pessoa pode estar a meter-se num grande dilema…
Infelizmente, só uma pequena parte das pessoas aceita a sua condição de Médiuns Despertos e ainda assim, numa boa parte dos casos, isso acontece depois de muito sofrimento. Como não conseguem fugir ao seu destino, são “derrotados” pelas evidências e resignam-se. 
Por fim e lamentavelmente, uma grande parte das pessoas jamais admite a sua Espiritualidade desperta e “VIVE NUM ETERNA FUGA DE SI PRÓPRIO”. Muitos lamentarão dolorosamente a oportunidade desperdiçada.
Nos casos mais graves, a perda de controle leva com o tempo à Depressão e à loucura efetiva e assim, troca-se um destino que muitas alegrias poderia ter dado ao próprio e a terceiros, por uma vida inútil, tanto para si como para a Humanidade. OS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS TÊM VÁRIOS DOENTES CRÓNICOS NESTA SITUAÇÃO…”.
Outra causa de sofrimento resulta da sensibilidade da pessoa a presenças Espirituais, de Espíritos em sofrimento. Como já dissemos, encontram-se no plano Espiritual mais próximo da Terra Espíritos em sofrimento e à procura de ajuda.
Geralmente eles não sofrem porque alguém os esteja a castigar. Trata-se muitas vezes de Irmãos Espirituais apegados à matéria, que por ignorância ainda não compreenderam que já não têm um corpo físico e que precisam de prosseguir o seu caminho. Alguns procuram ajuda. Outros sofrem por consciência pesada, apegos a familiares, a situações, etc.
Sendo então determinadas pessoas sensíveis a presenças espirituais e estando esses Espíritos em sofrimento, é óbvio que o que esses sensitivos sentem é sofrimento, exatamente da mesma forma que podemos sentir o sofrimento de uma pessoa que esteja perto de nós.
Reside aqui uma das maiores confusões que a maior parte dos Médiuns inexperientes cometem e que precisam de aprender a lidar o mais urgentemente possível. ESTA CONFUSÃO CONSISTE EM PENSAR QUE A TRISTEZA, DEPRESSÃO, APATIA, DESÂNIMO E OUTROS SENTIMENTOS NEGATIVOS QUE MUITAS VEZES SENTEM SÃO SEUS.
Muitas vezes, sem qualquer motivo para tal, a pessoa sente-se Triste, Apática e assume esses sentimentos como sendo seus. E NESSES CASOS, O QUE SE PASSA É QUE A PESSOA TEM UM ESPÍRITO PERTO DE SI EM SOFRIMENTO E A PRECISAR DE AJUDA.
O mesmo se passa relativamente a muitos Pensamentos Depressivos, Ideias de Suicídio, de praticar o Mal, etc. A pessoa é sensível e sente o sofrimento desses Espíritos, os seus vícios, as suas tendências, da mesma forma que sente quando uma pessoa com quem lida está triste, a sofrer ou tem certas tendências.
Precisa de aprender a não tomar esses estados de alma como seus. Ao contrário, os Espíritos de Luz e os Mentores Espirituais transmitem sensações de Paz, Equilíbrio, Pensamentos Positivos e Elevados.
É por isso que é tão importante a pessoa levar uma vida de retidão, elevar diariamente de vez em quando a pensamento a Deus e dentro do possível, ser alegre e feliz no seu dia-a-dia. Quanto mais desenvolver a capacidade de pensar positivo, de ter Pensamentos de Fé e bom humor, menos sujeita fica a influências de Espíritos que na maior parte dos casos não têm qualquer intenção de prejudicar (o ditado “Quem canta seus males espanta” é mais profundo e verdadeiro do que à partida se supõe). A par da boa moral no dia-a-dia, essa é a melhor forma de se proteger e levar uma vida mentalmente saudável.
Quanto a “Tratamentos”, procurar uma “Casa Espírita”, estudar Desenvolver sua Mediunidade, procurando companhia de outras pessoas bem intencionadas que já passaram por essa situação. 
Poucas pessoas, mesmo entre os espiritualistas, têm consciência dos reais benefícios de um bom “Tratamento Espiritual” feito assiduamente. Atrevemo-nos a dizer que a maior parte do sofrimento, disparates e crimes desapareceria da face da Terra se a prática do “Tratamento Espiritual” estivesse mais generalizado. Mas é claro que nós estamos a referir a um Bom Tratamento Espiritual. Quando num Centro não existem Médiuns e Trabalhos Mediúnicos, capazes de tratar certos casos mais difíceis, é sempre possível tentar outros recursos.
Muitas pessoas, sem o suspeitarem, são extremamente influenciadas por forças negativas. Devido à sua forma de estar na vida, atraem e estabelecem ligações com “Entidades Inferiores” com tendências semelhantes. Pode parecer incrível mas muitas pessoas, sem se aperceberem, formam autênticas “Equipes” com um ou vários Desencarnados, cujo laço que os une é uma forma menos digna de estar na vida, um vício, um traço de personalidade, etc., ou ainda, ligações do passado.
Um Bom Tratamento Espiritual, feito por alguém competente, ajuda a “limpar o terreno” da mente e proporciona à pessoa “sentir-se ela própria”. É por isso que tantas pessoas se sentem “diferentes” após um Tratamento Espiritual (em paz, harmonia, com a mente clara, etc.).
No caso de obsessões, magia negra, e no caso de pessoas com tendências criminosas ou suicidas, o Tratamento Espiritual e outras técnicas mais específicas podem ser fundamentais para manter o equilíbrio da pessoa. A harmonia proporcionada por uma Bom Tratamento Espiritual permite à pessoa respirar de alívio pelo menos durante algum tempo, reorganizar as ideias e “recomeçar de novo”.
Para continuar, abordamos agora o caso daquelas pessoas cujo Caminho Espiritual é aparentemente mais fácil do que o de outras. Para muitas pessoas, o Despertar da sua Espiritualidade é relativamente simples, sem grandes sobressaltos. Muitas dessas pessoas nunca recorreram a serviços de saúde mental e muito menos tiveram necessidade de serem atendidas em situação de urgência psiquiátrica. Dependendo dos casos, isto acontece devido a um ou mais dos seguintes fatores:
•Nasceram em famílias com Sensibilidade para as questões Espirituais, incluindo a Mediunidade e a importância da pessoa que esteja a passar por esse despertar a desenvolver, ou pelo menos, a adquirir Conhecimento Espiritual. Essa compreensão familiar ajuda a pessoa a assumir a sua Espiritualidade desperta, dispensando o terror, os sentimentos de medo, pânico, ansiedade, incompreensão, etc., por que passam muitas pessoas.
•Tiveram acesso, por conselho de alguém, conhecimento da própria família ou amigos, a alguma Escola Espiritual, Centro Espírita ou pessoa com capacidade para orientar essa pessoa no sentido de um Desenvolvimento harmonioso, sem grandes contrariedades.
•A pessoa, sem grandes demoras ou preconceitos, assume a sua condição de Espiritualidade desperta e vai à procura de quem a possa orientar.
•Em casos mais raros, a Mediunidade que existe em todas as crianças não desaparece como acontece na maioria dos casos. Portanto, as Faculdades Mediúnicas permanecem despertas e é algo natural para a criança que geralmente não tem possibilidade de ter medo. É o caso de Chico Xavier, considerado um dos melhores Médiuns do século vinte, tendo deixado uma obra impressionante, contando com cerca de 400 livros! Esse grande médium disse uma vez o seguinte: Não posso julgar os companheiros que sintam receio da Mediunidade, porque a minha Mediunidade realmente começou muito cedo, eu não tive oportunidade de sentir [medo], isso para mim começou em criança em minha vida, e passou a fazer parte de minha existência atual.
De fato, quando nascemos todos éramos “Médiuns Desenvolvidos”.
Todas as crianças nascem com a Mediunidade desperta. VÊEM ENTIDADES ESPIRITUAIS. Pode-se observar esses momentos quando as crianças olham fixamente para um local onde parece não estar ninguém. Por vezes alteram a sua expressão facial e não raras vezes, parecem manter um diálogo com alguém.
As Faculdades Espirituais das crianças são atrofiadas devido à educação castradora dos adultos. Os adultos começam a impedir as conversas com os “amiguinhos imaginários” e a criança tem de optar quase forçosamente (e por providência do Alto), pelas instruções dos pais ou encarregados da sua educação.
A criança deixa de prestar atenção a esses estímulos e as faculdades deixam de ser estimuladas. Tal como um músculo que não sendo utilizado se atrofia, essas faculdades também se atrofiam.
O período em que essas faculdades se atrofiam dá-se por volta dos sete anos de idade. Curiosamente, verifica-se atualmente que muitas crianças perdem essas faculdades mais cedo.
A não ser que a pessoa venha com o destino de manter a Mediunidade Desperta, a Bondade Divina faz com que essas faculdades se atrofiem para evitar futuras desgraças.
Pode ser confrangedor uma criança com oito ou nove anos na escola, a ouvir e ver coisas que mais ninguém ouve ou vê, a questionar a professora sobre algumas das suas experiências. Mas geralmente as crianças não falam sobre essas experiências porque sabem que não são compreendidas.
Quando de vez em quando comentam algo com os pais, os pais desmotivam-na e por vezes ficam mesmo irritados. Outras vezes zombam da criança. Então a criança prefere retrair-se e não comentar, apesar de muitas vezes descontrolar-se e passar por fases como ter medo do escuro, medo de dormir sozinha, não querer entrar numa divisão da casa, etc.
Geralmente as crianças passam bem por essa fase porque são hiper-protegidas pelos pais, pelo contato, carinho e vigilância dos mesmos.
Mas com o passar dos anos, os laços afetivos vão-se naturalmente afrouxando pois é preciso dar espaço para que o futuro adulto se desenvolva e aprenda a ser autónomo.
Na maioria dos casos, após um período de latência, no caso da missão da pessoa consistir em desenvolver a Mediunidade, esta desperta de novo a determinada altura.
E desta feita, o jovem já não conta com aquela super proteção dos pais nem com a inocência do estado infantil que de alguma forma o protegia. Começa então a passar pelas mesmas experiências que não pode evitar, e de novo, olha para os outros à sua volta e estes não o compreendem. Sente-se por vezes um estranho, um solitário no meio da multidão.
Começa então aqui para muitos uma cruzada pelos médicos, psiquiatras, salas de exames médicos. Muitos jovens sentem que a resposta para o seu caso não está na medicina mas sim na espiritualidade. Daí a recusa e por vezes a revolta que lhes aflora do inconsciente perante os medicamentos. Apesar disso, muitos pais, por ignorância ou igualmente por medo do desconhecido, castram muitas vezes essa ideia no jovem. E isso pode ser um grave erro. 
Lamentamos dizê-lo mas a verdade é que alguns pais, sem querer, estão por vezes a “ajudar” a condenar os filhos a uma vida de sofrimento e por vezes de loucura.
Também dize-mo-lo com mágoa, mas alguns pais também são enganados por religiosos e pseudo médiuns ignorantes ou mais ao serviço das trevas do que da Luz, e por alguns médicos, que os desmotivam a recorrer a alternativas apesar deles, os médicos, não terem muitas vezes qualquer solução satisfatória para os seus filhos!? Infelizmente, devido geralmente ao embaraço e desespero de toda a situação, os pais abdicaram muitas vezes de pensarem por sua própria cabeça. Para alguns é até mais cómodo e dá menos trabalho…
Mas eles, os jovens Médiuns, não estão desamparados. Se tiverem a força suficiente para não “cruzar os braços”, partirão mais tarde ou mais cedo em busca da Verdade. Se tanta coisa está mal no mundo, porque haveria de ser diferente no que toca à educação religiosa tradicional, que não oferece respostas satisfatórias para o seu caso?
Diz-se que eles não estão desamparados porque, repetimos, toda a informação necessária já se encontra à disposição do grande público. É só procurar. Por vezes é preciso procurar, procurar e procurar até encontrar. Mas isso faz parte da sua Missão, do seu trabalho, foi isso mesmo que vieram fazer à Terra.
Um dos grandes objetivos deste trabalho é ajudar os interessados a encontrar respostas que muitas pessoas têm dificuldade em encontrar. E quem sabe, talvez em muitos casos, ajudar a queimar muitas etapas e poupar muitos anos de vã procura e sofrimento…
Quem está doente vai ao médico. Quem tem sede deve beber. Pois quem tem “sede e fome” de Verdade só tem é de procurar onde beneficiar-se.
Que não lhe sirva de estorvo a educação religiosa de infância (quando tal se aplica obviamente). Se essa religião fosse bem compreendida e praticada, jamais haveria tanta “imperfeição” no mundo atual, e o mais importante ainda para esta reflexão, não haveria tanto desconhecimento no que respeita à Mediunidade como poderá constatar neste trabalho pelos fatos apresentados (e não por mera opinião).
Pegue nas armas da inteligência, do bom-senso e da intuição, e com os “olhos bem abertos”, “orando e vigiando” continuamente, parta à procura da Verdade.
Também de nada lhe serve ter como desculpa o fato de “outros também não querem ter nada a haver com a Espiritualidade”! Quer lhe apeteça ou não, apesar de todas as ajudas e amizades que se fazem ao longo da Vida, sob determinado ponto de vista, nasce-se sozinho, vive-se sozinho e “morre-se” sozinho.
Pois também se é julgado sozinho. É sozinho que se é julgado pela forma como se aproveita ou desperdiça mais uma Reencarnação. Acredite que dificilmente “os outros” estarão lá para o justificar e absolvê-lo das suas próprias más escolhas e decisões!
“Remar contra a maré” pode ser por vezes muito doloroso de fato. De vez em quando poderá lembrar-se do sofrimento de muitos Santos e mártires cujo “grande pecado” foi “fazer a Vontade do Pai dos Céus”. 
Mas hoje as coisas estão muito mais fáceis. Há muito mais liberdade e o conhecimento está acessível a todos. Mas é preciso aproveitar as oportunidades, conquistadas e alimentadas pelo suor, lágrimas e sangue de alguns poucos milhares, como se constata na História das religiões!
Uma das chaves é conviver com pessoas com ideais semelhantes. E por vezes é preciso fazer escolhas.
Quanto às dificuldades, creia que nenhum Ser Humano, nem mesmo os que andam no Mal, estão completamente desamparados pelo Alto. Há muitos Irmãos de Luz prontos a “estender a mão” aos que se esforçam e têm fé. Evite os momentos de dúvida e não se esqueça que foi você que escolheu o Caminho que, ainda por vezes desajeitadamente, está a procurar percorrer…
Dito isto, alguns dos fatores que podem prejudicar o processo natural do “Despertar Mediúnico” e aumentar o sofrimento são:
•Falta de apoio social e econômico.
•A pessoa faz parte de uma família sem qualquer crença ou prática religiosa, e muito menos, esse meio familiar está alertado para questões relacionadas com a Mediunidade.
•Noutros casos, a família tem de fato fé, mas trata-se de uma fé religiosa condicionada por uma má ou deficiente educação espiritual que eles próprios receberam, que nega a possibilidade de um Ser Humano “normal” ter faculdades espirituais despertas, que lhe permite ser sensível a influências e/ou a comunicações de entidades espirituais. Pensam que “essas coisas” só acontecem aos “Santos”, “místicos” ou “Mestres Espirituais” das grandes religiões, como Jesus Cristo, Moisés, Buda, etc. De fato, a má Educação Espiritual pode levar a contradições espantosas. Há famílias que abandonam os seus entes familiares em “INSTITUIÇÕES DE SAÚDE MENTAL” por terem a Mediunidade Desenvolvida, mas de vez em quando, semanalmente ou ainda diariamente, fazem pedidos a Santos ou a Mestres Espirituais, dependendo da sua religião, que foram justamente Médiuns desenvolvidos! Mas ainda mais espantoso e desconcertante, é o caso de algumas famílias que veem com temor o familiar com a Mediunidade desperta, ou olham para ele como o(a) “coitadinho(a)”.
Mas depois, na Eucaristia semanal ou num evento religioso do gênero de Fátima, quando o sacerdote fala de um personagem bíblico ou Santo que “ouviu a voz do Senhor”, “viu a imagem de um Espírito”, “curou um possesso”, “afastou um Espírito no Mal” e experiências do gênero, esses familiares “não têm ouvidos para ouvir nem olhos para ver” o que se está a passar com o seu ente querido! Quanta ignorância! Quanto engano! Quanto sofrimento proporcionado direta ou indiretamente por certos “religiosos” ao cimo da Terra por não esclarecem o povo. Tem vindo ao nosso conhecimento pessoas que em desespero recorrem a sacerdotes e a pastores evangélicos em busca de ajuda para os seus sintomas espirituais, e são literalmente expulsos das suas Igrejas, em alguns casos, com ameaças de chamar a polícia e outras barbaridades que preferimos não divulgar!
•Falta de conhecimento de alguns médicos. Há pessoas que são “enganadas” pelos médicos, que tentam convencer a pessoa que ela está doente e que não existem nem Espíritos nem Mediunidade. Há médicos humildes e que dão espaço para a pessoa recorrer a outras alternativas pois sabem perfeitamente as limitações da medicina. Mas outros há, que não são diferentes de certos religiosos a que nos referimos atrás. São como “criminosos” inconscientes embora muitos nem o sonhem. Ajudam muitas vezes a pessoa a assumir que é doente mental, prescrevem excesso de medicação e declaram diretamente à pessoa que ela nunca se irá curar! Alguns nem durante 10 segundos escutam a pessoa que precisa de desabafar, expor dúvidas, questionar sobre a medicação e todo o tipo de situações. Tratam as pessoas como animais irracionais. Têm receio que a pessoa perceba a sua falta de respostas, anseiam pelo final da consulta, e apesar de não terem muitas vezes soluções para a pessoa, também não abrem qualquer expectativa de esperança nem possibilidade do paciente recorrer a ajuda alternativa. O resultado disso, em muitos casos, é uma desestruturação mental progressiva que resulta ou na loucura efetiva ou no suicídio. Como é incrível, que com estes fatos, ainda hajam tantos médicos a atacar a espiritualidade!
•O tipo de Mediunidade Desperta. Como é fácil de compreender, para quem não entende o que lhe está a acontecer, pode ser para algumas pessoas mais “assustador” ouvir vozes “dentro da sua cabeça” de “pessoas que não vê”, do que ter por exemplo a sensação de sentir energias a percorrem o corpo ou sentir presenças espirituais. Quando a isso juntarmos o fato dessas vozes fazerem comentários depreciativos ou aconselharem o suicídio como acontece, em alguns casos, pode-se imaginar que as coisas podem não ser lá muito fáceis. É óbvio que se tratam de Obsessores, que podem ser maus ou brincalhões. Nesses casos a pessoa não deve ligar a essas “bocas”. Muitas vezes são Espíritos invejosos que gostariam de estar Reencarnados para satisfazer os seus apetites e vícios. No entanto, quando a “Audição Espiritual” é compreendida, desenvolvida de forma a dar bons frutos, pode resultar em obras maravilhosas em favor do próprio e do próximo: produção de obras literárias, Desenvolvimento da Mediunidade de aconselhamento, do dom da oratória, etc.
•Consumo de álcool, drogas, tabaco, desvios sexuais, jogo, consumismo. Os vícios podem atrair Espíritos sofredores e apegados a vícios que devido à Sensibilidade Mediúnica do Médium Desperto, este pode ser mais influenciado e sofrer mais. Pelo menos os excessos devem ser evitados.
•Más ações, imperfeições morais e tendência para o crime. Quem faz o Bem atrai o Bem, quem faz o Mal, atrai o Mal. Esta é uma lei que o Homem não pode enfrentar ou contornar. Quem por algum motivo pratica más ações, alimenta pensamentos e sentimentos negativos, tem tendência a atrair Espíritos na mesma onda de pensamento que irão influenciar a pessoa nesse sentido. Quanto mais a pessoa persistir nesses caminhos, mais difícil poderá vir a ser a sua recuperação e controle positivo das suas faculdades, incluindo as Espirituais. É por isso que por vezes a Vida benevolentemente faz acontecer uma “desgraça” como uma doença ou um acidente, para que a pessoa seja obrigada a parar e a “Refletir” sobre a vida que tem levado.
Esforçar-se por fazer o Bem, ajudar o próximo e procurar ser útil no seu dia-a-dia, atrai naturalmente Entidades Espirituais dispostas a ajudar e a tornar o fardo mais fácil de transportar. O desejo e prática de Bem tornam também mais fácil e efetivo o trabalho de Espíritos Protetores e Guias Espirituais, que tudo fazem, dentro daquilo que está ao seu alcance e com a permissão de Deus, para ajudar cada caso individualmente.
•A Lei de Ação e Reação da pessoa e a Missão que aceitou antes de nascer. No Mundo Espiritual é proposto antes de alguém Reencarnar determinadas experiências que estão em sintonia com as boas ou más ações de outras vidas, assim com as experiências que serão benéficas para o “Progresso Espiritual de cada um. A conjugação dos vários fatores – questões kármicas a resolver, as possibilidades de progresso e experiências para facilitar esse progresso – pode levar a que o Espírito escolha um “Despertar Mediúnico” mais ou menos sofredor. 
•Características de personalidade. Perante os mesmos sintomas, diferentes pessoas têm diferentes reações. Para algumas pessoas os “Sintomas Mediúnicos” são encarados como algo a compreender, a estudar. E muitos fazem-no com alegria e entusiasmo. Noutras pessoas, os mesmos sintomas desencadeiam reações de medo e pânico irracionais, que destroem a sua vitalidade e enfraquecem a mente e o sistema nervoso. Tal como os vícios, os pensamentos e sentimentos negativos enfraquecem a pessoa, tornando-a mais vulnerável a Obsessores e a Espíritos em sofrimento que procuram ajuda.
Antonio Carlos Piesigilli.
Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro

segunda-feira, 2 de abril de 2018

“AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA”

Conta Carlos Baccelli:

Um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba.
A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante.
O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico: a criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de autismo – respondeu ele.
O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico Explicou a todos que estavamos ali mais próximos:
- “o autismo”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos... Os médiuns também , por vezes, principalmente os solteiros sofrem desse mal, pois que vivem sintonizados com o mundo espiritual, desinteressando-se da Terra. É preciso que alguma coisa nos prenda no mundo, porque, senão, perdemos a vontade de permanecer no corpo...”.
E Chico exemplificou com ele mesmo:
-Vejam bem: o que é que me interessa na Terra? A não ser a tarefa mediúnica, nada mais. Dinheiro, eu só quero o necessário para sobreviver casa, eu não tenho o que fazer com mais de uma... Então, eu procuro me interessar pelos meus gatos e meus cachorros. Quando um adoece ou morre, eu choro muito, porque se eu não me ligar em alguma coisa eu deixo vocês...
Ele ainda considerou que, muitos casos de suicídios têm as suas raízes no “autismo”, porque a pessoa vai perdendo o interesse pela vida. Inconscientemente deseja retornar à Pátria Espiritual, e para se libertar do corpo, que considera uma verdadeira prisão, força as portas de saída...
E o Chico falou ao médico:
- È preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. È necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permanecerão na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa.
Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto aqui.
E ficamos a meditar na complexidade dos problemas humanos e na sabedoria de Chico Xavier.
Quando ele falava de si, ilustrando a questão do “autismo”, sentimo-lo como um pássaro de luz encarcerado numa gaiola de ferro, renunciando à paz da grande floresta para entoar canções de imortalidade aos que caíram, invigilantes, no visgo do orgulho ou no alçapão da perturbação.
Nesta noite, sem dúvida, compreendemos melhor Chico Xavier e o admiramos ainda mais.
De fato, pensando bem, o que é que pode interessar na Terra, a não ser o trabalho missionário em nome do Senhor, ao Espírito que já não pertence mais à sua faixa evolutiva?
O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se...
Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.

OBSERVAÇÃO DE DIVALDO FRANCO: Precisamos considerar que “somos herdeiros dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente, reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles. São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; Nós te amamos muito; etc.
Fonte: Grupo de Estudo Allan Kardec- Compilação de Rudymara

OS ESPÍRITAS SÃO CONTRA A BÍBLIA? DEVEMOS SEGUIR O NOVO OU O VELHO TESTAMENTO?

O estudo da Bíblia é importante e interessa a todos os cristãos (inclusive, portanto, aos espíritas), porque é na Bíblia que encontramos os relatos sobre a vida de Jesus (que era judeu, da casa de Judá, (uma das tribos dos hebreus) e a história do povo em que ele nasceu e viveu. Conhecendo o povo, a época, os lugares e as circunstâncias em que Jesus viveu, poderemos entender melhor seus atos e sua mensagem. Mas, não podemos ignorar que o Velho Testamento há uma parte humana e uma parte divina. A parte humana é constituída pelas ideias que os hebreus faziam quanto à origem do Universo, a criação da Terra e dos seres que a habitam; pela legislação civil, disciplinar, estatuída por Moisés e outros dirigentes do povo hebreu. Dessa parte humana da Bíblia, muita coisa ficou ultrapassada pelo progresso do conhecimento humano e mudança dos costumes sociais. Exemplo: O dever de os pais apresentarem o filho rebelde e contumaz para ser apedrejado e morto (Deut. 21: 18 a 21). E a parte divina é constituída pelas revelações feitas por Bons Espíritos em nome de Deus e através de Moisés e outros profetas (médiuns), transmitindo ensinamentos sublimes sobre as leis divinas. Como tudo que é divino, essa parte dos ensinamentos bíblicos não mudou nem perdeu seu valor, permanecendo atual sempre. Exemplo: O Decálogo (os dez mandamentos).
Não basta, pois, ler a Bíblia e decorar suas passagens. É preciso entender, discernir e interpretar o que ela contém. E muito nos ajudará, no entendimento das passagens bíblicas, o conhecimento de usos e costumes do povo hebreu, caráter dos israelitas, o modo de se expressar em imagens fortes e simbólicas, etc. Exemplo: Eliseu, a caminho de Betel, encontra um bando de crianças que, em infantil folia, o chamam de careca. Tomado de irritação ele evoca sobre elas a cólera divina. Logo após, duas ursas saem de um bosque próximo e dilaceram 42 crianças; Salomão, proclamado sábio dos sábios, iniciou seu reinado mandando eliminar seu irmão Adonias. Consta que castigava impiedosamente seus adversários e que tinha 700 mulheres e 300 concubinas; Ezequiel, supostamente inspirado por Deus, fez-se amarrar, comeu um pergaminho e deitou-se 390 dias sobre o lado direito, mais 40 sobre o esquerdo, depois banqueteou-se comendo bolos assados sobre excrementos humanos . . .
Então, embora estudemos também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os espíritas dão maior importância e valor, porque nele está o cerne doutrinário do Cristianismo, o ensinamento espiritual do Cristo, revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de Moisés.
Lembrando que um doutor da lei (conhecedor das leis mosaica) testou Jesus perguntando qual era o maior mandamento da Lei, e Jesus respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento (Deuteronômio 6:5). E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo (Levítico 19:18). Estes dois mandamentos contêm toda A LEI E OS PROFETAS."
Mas, o que é A LEI e quem são OS PROFETAS?
A Lei são as regras contidas nos 5 primeiros livros do Antigo Testamento (Torah) atribuídos a Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Uma parte são leis civis, disciplinares, e humanas; a outra parte são revelações feitas por Bons Espíritos em nome de Deus e através de Moisés (os 10 Mandamentos).
Os Profetas são os demais livros do Velho Testamento (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, etc.).
Como podemos observar, Jesus demonstrou como sempre, perfeito conhecimento das escrituras, retirou dois mandamentos da legislação mosaica e usou para resumir o Velho Testamento (A Lei e os Profetas). É como se Ele dissesse: “ESTAS DUAS LEIS RESUMEM O ANTIGO TESTAMENTO.” Agora perguntemos: “QUEM CONSEGUE SEGUIR ESTAS DUAS LEIS?” Afinal, para amarmos Deus, teremos que aprender a amar, respeitar toda Sua criação (a flora, a fauna, enfim a Natureza em geral, o próximo e inclusive a nós mesmos). Perguntemos novamente: “QUEM JÁ CONSEGUE PRATICAR ESTE AMOR”. Consultemos nossa consciência.
DEVEMOS SEGUIR O NOVO OU O VELHO TESTAMENTO?
COMPAREMOS OS DOIS E TIREMOS NOSSAS CONCLUSÕES:
Antigo Testamento - Moisés recomendou: "NÃO RECORRAIS AOS PROFETAS, NEM CONSULTEIS OS ESPÍRITOS PARA NÃO VOS TORNARDES IMPUROS. " (Lv 19,31). Mas, o mesmo Moisés disse: "QUEM DERA TODA ISRAEL PROFETIZASSE ASSIM." Ele se referia a Eldade e Medade que usavam sua mediunidade para curar, orientar e ajudar. Então, Moisés não era contra o profetismo e sim contra o mal profetismo, ou seja, a exploração do profetismo (Num. 11. 16, 17:24-29) . Novo Testamento – (Atos 2:17 a 18) – “(...) DERRAMAREI DO MEU ESPÍRITO SOBRE TODA CARNE VOSSOS FILHO SE VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO, VOSSOS JOVENS TERÃO VISÕES, E VOSSOS VELHOS, SONHOS. NAQUELES DIAS, DERRAMAREI MEU ESPÍRITO SOBRE MEUS SERVOS E SOBRE MINHAS SERVAS, E ELES PROFETIZARÃO. - Por que nos fazer profetas se no Antigo Testamento a lei proíbe que os procuremos?
Antigo Testamento - OS FILHOS DEVEM PAGAR PELOS PECADOS DOS PAIS (Êxodo, 20:5). Novo Testamento - Em Rom. 14:12 diz: "CADA UM DE NÓS DARÁ CONTAS DE SI MESMO PARA DEUS." Se prestaremos contas de nossos erros, como pagaremos pelos erros (pecados) dos outros?
Antigo Testamento - QUEM TRABALHAR NO SÁBADO SERÁ MORTO(Êxodo, 35:2) –Devemos matar os médicos, enfermeiros, bombeiros, e tantos outros profissionais que trabalham nesse dia? Novo Testamento - Jesus disse aos que o perguntaram se era lícito curar no sábado: "QUAL DE VOCÊS NÃO SOCORRERÁ UMA OVELHA QUE CAIR NUMA COVA NO SÁBADO?" (Mateus, 12: 9 a 14)
Antigo Testamento - OS FILHOS DESOBEDIENTES E REBELDES, QUE NÃO OUÇAM SEUS PAIS E SE COMPROMETAM NO VÍCIO, SERÃO APEDREJADOS ATÉ A MORTE (Deuteronômio, 21:18-21) – Quantas igrejas, templos, estariam vazios, pois a maior parte foram, ou são, filhos desobedientes e rebeldes. Devemos seguir o perdão que Jesus ensinou ou devemos sair matando e transgredindo a lei de Deus que diz: “NÃO MATARÁS” .
Antigo Testamento - O HOMOSSEXUALISMO SERÁ PUNIDO ATÉ A MORTE (Levítico, 20:13) Hoje, até representante religiosos seriam mortos se levássemos esta lei ao pé da letra.
Antigo Testamento - DEFICIENTES FÍSICOS ESTÃO PROIBIDOS DE APROXIMAR-SE DO ALTAR DO CULTO, PARA NÃO PROFANÁ-LO COM SEU DEFEITO (Levítico, 21: 17-23) – E os deficientes “morais” podem profanar? Chega de inclusão social? Os deficientes físicos não são filhos de Deus? Novo Testamento - "TUDO QUE FIZERDES AO MENOR DE MEUS IRMÃOS, A MIM QUE FAZEIS" (Mat. 25:40)
Antigo Testamento - OS ADÚLTEROS SERÃO APEDREJADOS ATÉ A MORTE (Deuteronômio, 22:22) – E no mesmo Antigo Testamento diz: “NÃO MATARÁS” Novo Testamento: - PERDOAI A QUEM LHE TENHA OFENDIDO (Mateus 6:12)
Antigo Testamento: "DEUS CONDENA À MORTE À TODO AQUELE QUE INVOCAR OUTRO ESPÍRITO QUE NÃO ELE." - (Deut. 13:1-18). Novo Testamento: Jesus evocou os "mortos" Elias e Moisés (o dono da proibição) na passagem da transfiguração (Luc. 9:29-36). Jesus transgrediu a lei de Moisés? Este puxou a orelha de Jesus? Claro que não. Ali Jesus mostrou que é possível a comunicação com os mortos e liberou assim esta prática, desde que para fins sérios e úteis.
As leis do antigo testamento foram feitas por Moisés para conter aquele povo ignorante. Ele precisava dizer que eram leis de Deus para serem respeitadas. As únicas leis que vieram de Deus foram os 10 mandamentos, por isso era contraditório perante às leis de Moisés.
Portanto, embora estudem também o Velho Testamento, é o Novo Testamento que os espíritas dão maior importância e valor, porque nele está o cerne doutrinário do Cristianismo, o ensinamento espiritual do Cristo, revelação mais avançada e aperfeiçoada que a de Moisés.

OBSERVEMOS: O Velho Testamento é seguido pelos judeus, seguidores da religião chamada Judaísmo, onde há leis escritas por Moisés. Os judeus não aceitam Jesus como o Messias prometido porque acham que Ele não preencheu as profecias messiânicas; porque o Cristianismo contradiz a teologia judaica e porque os versículos bíblicos "referindo-se" a Jesus são traduções incorretas. Então, o Novo Testamento deveria ser as únicas escrituras seguidas pelas religiões cristãs: Espiritismo, Catolicismo, Protestantismo, etc., onde há os ensinamentos do Cristo.
Postado por Nilza Garcia- Espiritbook

domingo, 1 de abril de 2018

“SOBRE OS MÉDIUNS CURADORES”

- Qual a finalidade de médiuns curadores?
Divaldo Franco – A prática do bem, do auxílio aos doentes. O Apóstolo Paulo já dizia: “Uns falam línguas estrangeiras, outros profetizam, outros impõem as mãos...”
Como o Espiritismo é o Consolador, a mediunidade, sendo o campo, a porta por meio da qual os Espíritos Superiores semeiam e agem, a faculdade curadora é o veículo da Misericórdia para atender a quem padece, despertando-o para as realidades da Vida Maior, a Vida Verdadeira. Após a recuperação da saúde, o paciente já não tem o direito de manter dúvidas nem suposições negativas ante a realidade do que experimentou.
O médium curador é o intermediário para o chamamento aos que sofrem, para que mudem a direção do pensamento e do comportamento, integrando-se na esfera do bem.
- É normal que médiuns dessa natureza se utilizem de instrumental cirúrgico, de indumentária, que os caracterizem como médicos?
Divaldo Franco – Na minha forma de ver, trata-se de ignorância do espírito comunicante, que deve ser devidamente esclarecido, e de presunção do médium, que deve ter alguma frustração e se realiza dessa forma, ou de uma exibição, ou, ainda, para gerar maior aceitação do consulente que, condicionado pela aparência, fica mais receptivo. Já que os espíritos se podem utilizar dos médiuns que normalmente não os usam, não vejo porque recorrer à técnica humana quando eles a possuem superior.
- Quais os cuidados que se deve tomar para que o médium curador não se apresente como um curandeiro e não esteja enquadrado no Código Penal, pela prática ilegal da medicina?
Divaldo Franco – Primeiro, que ele estude a Doutrina Espírita, porque todo e qualquer médium que ignora o Espiritismo é alguém que caminha em perigo.
Por que é alguém que caminha em perigo? Porque aquele que ignora os recursos que possui, que se desconhece a si mesmo, é incapaz de realizar um trabalho em profundidade e com equilíbrio. Se estuda a Doutrina, fica sabendo que a faculdade de que se encontra revestido é temporária, é o acréscimo de responsabilidade, também uma provação, na qual ele estará sendo testado constantemente e deve sempre, em cada exame, lograr um resultado positivo.
Depois de se dedicar ao estudo da Doutrina, deve se vincular a um Centro Espírita, porque um dos fatores básicos do nosso comportamento é a solidariedade, em trabalho de equipe. Estando a trabalhar num Centro Espírita, ele estará menos vulnerável às agressões das pessoas frívolas, irresponsáveis, dos interesseiros; terá um programa de ação, em dias e horas adrede estabelecidos. Então, não ficará à mercê da mediunidade, em função dela, mas será um cidadão normal, que tem seus momentos de atender, trabalhando para viver com dignidade e renunciando às suas horas de descanso em favor do ministério mediúnico.
Para que ele se poupe de ficar incurso no Código Penal, deve fazer o exercício da mediunidade sem prometer, sem anunciar curas retumbantes, porque estas não podem ser antecedidas, e a Deus pertencem, e não retire da mediunidade nenhum proveito imediato, porque o curandeirismo implica em exploração da ingenuidade do povo, da superstição e da má-fé. Se ele é dotado de uma faculdade mediúnica, seja qual seja, dentro de uma vida regular e equilibrada, preservar-se-á a si mesmo. Se, eventualmente, for colhido nas artimanhas e nas malhas da Lei, isto será consequência da Lei Divina.
Que ele saiba pagar o preço do ministério que executa, que lhe foi confiado pelo Senhor.
Retirado do livro “Diretrizes de Segurança”
Por Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira
Fonte: Rede Amigos Espírita


sexta-feira, 30 de março de 2018

“VELÓRIOS E FUNERAIS, NA VISÃO ESPIRITUAL !”

Os velórios e funerais são uma prática da qual ninguém pode fugir, mas que variam conforme as culturas de cada povo e, conforme o esclarecimento espiritual que tenhamos acerca da morte do corpo carnal. O que o Espiritismo tem a dizer sobre isto?
José veio de Angola.
Lembra-se, na traquinice dos seus então 10 anos de idade, que ir a um velório era uma alegria. Seguia os pais, não havia capelas mortuárias, o corpo era velado na sala da casa dos familiares, e ao lado, havia sempre uma mesa bem-posta, tipo aniversário, com sumos, comidas, bolos, etc.
Joana, há pouco tempo viu o marido com 30 anos de idade, fulminado pelo cancro. O velório e funeral foram uma tortura, mil e um beijos, mil e uma vezes a repetir e a ouvir a mesma coisa.
Maria, conhecedora do espiritismo, aproveitou a desencarnação (falecimento) da sua mãe, para fazer do velório e do funeral, algo de nobre e digno: no velório, tinha música de fundo, música clássica, ambiente calmo, tranquilo, vestidos normalmente, sem as cores negras habituais. “Foi uma maravilha”, referia a própria, que ainda hoje sente saudades (no bom sentido) da mãe.
Vera, viu a vida carnal do irmão, ceifada, por um acidente rodoviário, sem que ninguém contasse. Eu fui ao velório, e fiquei chocado com a falta de respeito pelo defunto, tamanha era a balbúrdia no espaço do velório, com conversas, risos, anedotas, etc.
Julieta vive no Algarve, é espírita conhecida. Já foi convidada para orientar vários funerais, onde, de uma forma calma e lúcida, incentiva os presentes à oração sincera, a leitura de um trecho espírita, a sua explicação, onde não falta a música suave, seja gravada ou ao vivo, com viola ou outro instrumento.
Mas, o que é que a Doutrina Espírita (ou Espiritismo) tem a ver com isto?
A Doutrina Espírita, ou Espiritismo (que não é mais uma religião nem mais uma seita) provou em 1857, que a imortalidade do Espírito é uma realidade, e desde então, inúmeros cientistas e pesquisadores, espíritas e não espíritas, têm comprovado as assertivas espíritas de meados do século XIX.
A morte carnal é apenas o largar de um corpo por parte do Espírito, corpo que já não lhe serve, tal como nós largamos um par de calças, para substituir por outro, quando crescemos e as calças já não servem. O corpo carnal é apenas o revestimento visível, para se poder interagir neste planeta, sendo que, uma vez esgotado, o Espírito continua a sua vida no mundo espiritual, reencarnando mais tarde num novo corpo carnal, trazendo os conhecimentos e tendências adquiridas em vidas passadas.
O Espiritismo ensina-nos e explica-nos o porquê da vida, de onde viemos e para onde vamos, numa lógica assente em pressupostos científicos. 
Uma coisa é a morte do corpo de carne (falência dos órgãos vitais), outra, é a desencarnação (libertação do Espírito do seu corpo carnal). Nem sempre uma coincide com a outra.
Quando o Espírito é muito materialista ou muito apegado ao seres que estão na Terra ou em outras situações, pode eventualmente ficar “ligado” mentalmente aos despojos carnais, durante um tempo indefinível, variando de caso para caso.
Nesses casos, o Espírito sofre com o que ouve no seu velório, no seu funeral, as anedotas, as histórias da sua vida, as críticas que o atingem como lâminas, que avivam as feridas da alma.
Se queremos estar presente num velório ou num funeral, devemos fazê-lo não por convenção social, mas sim por solidariedade para com os familiares do defunto, bem como pelo respeito ao mesmo.
Tal, implica que na presença do féretro, que tenhamos uma atitude de respeito, normal, não necessitando de tristezas ou choros desnecessários, que só afligem quer os que cá ficam, que os que partem para o mundo espiritual.
A atitude de quem entende a morte carnal com uma passagem para a outra margem do rio da vida, é serena, tranquila, envolta em pensamentos nobres e espiritualizados, calando defeitos do defunto, e relembrando apenas as coisas boas da sua vida, de modo a facilitar a sua transição para o mundo espiritual.
Quanto ao resto, não deixam de ser apenas rituais mais ou menos folclóricos, de acordo com os hábitos culturais de cada nação.
Ensina-nos a doutrina espírita, que o momento é difícil para quem parte, e cumpre-nos a caridade do silêncio, da serenidade, da alegria contida, e essencialmente da oração sincera em prol do ser humano que largou as vestimentas carnais, para adentrar mais uma vez a pátria espiritual, nesse processo reencarnatório que terminará um dia, quando formos espíritos puros.
Bibliografia:
Kardec, Allan: O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Fonte: ESPIRIT BOOK

“O PASSE NAS CASAS ESPÍRITAS, TRATAMENTO CURATIVO GRÁTIS, ACESSÍVEL A TODOS. ”


Os fenômenos mediúnicos ao lado do magnetismo foram os precursores da Doutrina Espírita e Allan Kardec a partir deles compôs todo o arcabouço teórico e prático do Espiritismo. A meta maior da Doutrina Espírita é a cura do Espírito, com a elevação das pessoas em todos os níveis: intelectual, moral e espiritual. O tratamento é mais uma técnica desse conjunto harmônico.
O termo “passe” tem significados distintos, mas pode ser entendido como uma terapia espírita, como uma parte do magnetismo, como uma técnica de cura ou ainda como o sentido genérico da “fluidoterapia”.
O uso do magnetismo como forma de cura é bastante antigo, sendo utilizado desde a antiguidade e não surgiu com o Espiritismo, não sendo uma criação da Doutrina Espírita. Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da alma já era conhecido e empregado na antiguidade. Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes, respectivamente, curavam pela aplicação do olhar.
Jesus o utilizou, “impondo as mãos” sobre os enfermos e perturbados espiritualmente, para beneficiá-los e ensinou essa prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a empregaram, largamente, como vemos em “Atos dos Apóstolos”.
André Luiz define que o passe “é o equilibrante ideal da mente”, funcionando como coadjuvante em todos os tratamentos, não só físicos, mas igualmente da alma. Com isso o objetivo de passe fica categorizado como elementos a serem alcançados em dois campos: materiais e espirituais.
Segundo Jacob Melo, “o passe é uma transfusão objetiva de fluidos de um ser para o outro ou ainda a interferência intencional do campo fluídico de alguém sobre idêntico campo de outro alguém, tanto em termos físicos como espirituais.”
Ou ampliando a definição diz que “o passe nada mais é do que a transmissão ou a manipulação de um fluido, de uma energia curadora, de quem a possui para quem necessita.” E conclui dizendo que “o passe atua diretamente sobre o corpo espiritual através dos campos vitais, diretamente sobre o corpo orgânico, propiciando interações intermoleculares de refazimento e recomposição, e diretamente sobre a mente, ensejando refrigérios psíquicos e/ou atenuando envolvimentos espirituais negativos.”
O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para outro.
Emmanuel o define como uma “transfusão de energias físiopsíquicas”. Beneficia a quem o recebe porque oferece novo contingente de fluidos já existentes. Considera “equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos” e compara sua ação à do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo frustrando instalação de doenças.
O passe sempre se dirige da mente de um Espírito para a mente de outro, independentemente da forma em que se encontram, encarnada ou desencarnada. Por isso consideramos que o passe é sempre uma ação espírita, que se desenvolve invariavelmente, de um para outro Espírito.
A finalidade da reunião de fluidoterapia é aliviar os companheiros quando se instalam doenças físicas, com um tratamento de natureza essencialmente espiritual. (“Vinde a mim todos vós que vos achais sobrecarregados e aflitos, que eu vos aliviarei.”) S. Mateus, cap. XI, vv. 28 a 30.
Para as Casas Espíritas, Jacob Melo acrescenta “a magnetização ou o passe é um serviço importante, pois a sua simplicidade aliada ao seu reconfortante alcance, principalmente quando utilizado de forma concomitante a doutrinação e a elucidação evangélico-doutrinária, é de tamanha envergadura que não se deveria deixar jamais de praticá-lo nas Instituições Espíritas”.
Como afirmou Jacob Melo “O passe Espírita objetiva no consulente o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e espiritual. Para os médiuns o passe é uma oportunidade sagrada de praticar a caridade sem mesclas, desde que imbuídos do verdadeiro Espírito cristão, sem falar na bênção de podermos estar em companhia de bons Espíritos que, com carinho, diligência, amor, compreensão e humildade se utilizam de nossas ainda limitadas potencialidades energéticas em benefício do próximo e de nós mesmos”.
O paciente deve atentar para algumas instruções para que o passe seja eficiente. O ideal é que esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente quanto mais intensa a adesão da vontade do paciente ao influxo recebido.
No dia do tratamento a alimentação deve merecer atenção especial: ausência de qualquer tipo de carne (animais, frango ou peixes). Não ingerir produtos ricos em proteínas (eles dificultam a recepção dos fluidos que agem no corpo perispiritual, sede principal das doenças físicas). Devem abster-se de alcoólicos de qualquer natureza, tabaco (cigarro) e vícios gerais (jogo de cartas etc.), durante o tratamento da fluidoterapia. Quando possível, manter um clima de tranquilidade íntima, com preces, leituras e reflexões em que pese os compromissos diários (sem qualquer envolvimento em condutas de agressividade, rebeldia, ódios etc.).
O paciente deve realizar todas as recomendações solicitadas pelo passista, cultivando no lar, o Estudo do Evangelho Segundo o Espiritismo (não sendo possível com a família, fazê-lo individualmente) e aconselha-se a observância irrestrita da orientação médica, pois o tratamento espiritual não atua no corpo físico e sim no Espírito e no perispírito.
O tratamento por magnetização requer assiduidade e perseverança e atendimento das recomendações indicadas, pois sabemos que fluidificação não dura mais de uma semana e que faltar ao tratamento interrompemos e não teremos os benefícios que queremos.
Fonte: ESPIRIT BOOK

“VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA”

Eis-nos, uma vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção, ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica. Deixando de lado o apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível do significado da data e de sua representação perante o contexto filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.
Deve-se comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão, crucificação, morte e ressurreição de Jesus?
Em linhas gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é proibida, nem desaconselhada.
O certo é que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita, dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não há, francamente, nenhum mal nisso.
Mas, como o Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao acontecimento.
A Páscoa, primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e 16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à “imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos. 
Historicamente, a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.
Logo após a celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.
Mas há outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo, segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.
No que concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do dia do julgamento, onde o Cristo, separá justos e ímpios.
A lógica e o bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de novo”, é possível a todos progredirem.
Mas, como explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos, mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa? 
A fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar, perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida, “para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”, isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá, também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto” Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”. E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações, estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os Espíritos.
A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases da via sacra.
Esta tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição – de Jesus, que vence as iniquidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante.
Nestes dias de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois, uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
Nesta Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.
Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação, rumo a uma vida plena.  

Marcelo Henrique Pereira (*)
http://www.abrade.com.br/pascoa.html
(*) Marcelo Henrique, Doutorando em Direito e Assessor Administrativo
da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo - ABRADE.
Fonte: ‘ A ERA DO ESPÍRITO “com a autorização do autor.

quinta-feira, 29 de março de 2018

“COMO SABER SE UMA PESSOA DESENCARNADA ESTÁ BEM OU MAL NO PLANO ESPIRITUAL? ”

Para responder essa pergunta é preciso esclarecer que não existe “estar bem” ou “estar mal” no plano espiritual. O estado positivo ou negativo nos planos imateriais é um reflexo da natureza de uma alma e do seu estado de elevação e libertação. No plano físico a ideia de estar bem ou estar mal faz sentido.
Reconhecemos que estar bem é estar devidamente servido em quesitos básicos de sobrevivência, como ter estabilidade material, dinheiro, conforto, fazer o que gosta, ter saúde física e mental, ter nossas necessidades supridas e estar satisfeito com a vida que se leva. Todas essas são condições físicas que nos sustentam materialmente, nos dão conforto e estabilidade para vivermos nossa vida. No entanto, no plano incorpóreo, não existem condições externas que dão suporte ao espírito.
Ao atravessar o limiar da vida e da morte, a alma perde todos os alicerces externos e passa a ser exatamente aquilo que ela é. Sua natureza interna aparece com toda a clareza e ela passa a manifestar aquilo que estava oculto. No plano físico existem muitas formas de uma pessoa dissimular seu interior.
Um homem arrogante pode fingir ser humilde; um homem egoísta pode fingir ser muito caridoso e doar grandes somas em dinheiro para instituições; um homem pode fingir honestidade e ser ladrão e mentiroso; pode também fingir felicidade diante de todos, mas sentir-se profundamente infeliz.
Podemos enganar outras pessoas quando estamos no mundo, mas jamais podemos mascarar qualquer coisa e ludibriar alguém após a morte. No plano espiritual ninguém pode dissimular nada: as almas manifestam com total limpidez aquilo que são. Por isso, a pergunta que se faz sobre a alma estar bem ou mal no plano espiritual não faz sentido. O espírito se encontrará bem se ele for bom, e se encontrará mal se ele for mau. Ele será luz se existir luz em si, e será escuridão caso seu interior seja obscuro. Ele estará bem se for uma alma pura, e estará em sofrimento se for uma alma atormentada. A alma expressará exatamente aquilo que ela é e o que plantou em suas múltiplas existências terrenas.
Após a morte, a alma não pode jamais sentir-se bem se não tem esse bem dentro de si. Nos termos da Psicologia, podemos dizer que o inconsciente e o consciente passam a ser um só, não havendo mais divisão entre ambos. Por esse motivo, ao chegarem no plano espiritual e sentirem exatamente como são, as almas anseiam pela reencarnação para que possam se purificar e aprender. Esse inclusive é um estímulo muito importante para que a alma manifeste seu intento de retornar e refazer sua vida, para que possa se depurar e eliminar todas as impurezas do seu ser.
Diante dessas explicações, aqueles que desejam saber como está seu ente querido ou amigo após a morte, basta que se lembrem de como ele foi em vida, que tipo de pessoa ele era e qual o grau de pureza, simplicidade e desprendimento de sua alma.

(Hugo Lapa)

quarta-feira, 28 de março de 2018

“QUAL A DIFERENÇA ENTRE RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO? ”

1. DEFININDO OS TERMOS
Ressurreição - do lat. ressurrectione - significa ato ou efeito de ressurgir, ressuscitar; regresso da morte à vida; ato de reaparecer depois de haver morrido. Segundo o Catolicismo e o Protestantismo, retorno à vida num mesmo corpo.

Encarnar - Do lat. incarnare - significa penetrar (o Espírito em um corpo).
Reencarnar (de re + encarnar) significa a volta do Espírito em um novo corpo físico, sem qualquer espécie de ligação com o antigo.
Reencarnação (de re + encarnação) é a doutrina da pluralidade e da unidade das existências corpóreas, isto é, do nascimento ou renascimento de Espíritos tanto na esfera terrena como na de outros planetas.

2. ASPECTOS TEOLÓGICOS DA RESSURREIÇÃO 
A Igreja ensina como verdade de fé a realidade da ressurreição corporal para todos os homens e a identidade dos corpos ressuscitados com os corpos que eles tiveram nesta vida. Assim foi definido pelo 4.º concílio de Latrão: "Todos ressurgirão com os próprios corpos que têm agora, para receberem segundo as suas boas ou más obras". Esta fé na ressurreição corporal é um elemento da revelação judaico-cristã. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
Nas escrituras, encontramos referências a duas espécies de ressurreição:
a) Ressurreição temporal. Reanimação de um cadáver, retorno de um morto à vida que antes tinha, retorno necessariamente passageiro, e que voltará a terminar com a morte.
b) Ressurreição propriamente dita ou "escatológica". Ao contrário da anterior – que consistia em voltar de novo à vida temporal – a verdadeira ressurreição a que "vence" realmente a morte, é considerada como uma vida nova, não terrena nem "histórica", mas "eterna"; implica profunda transformação psicossomática sem, no entanto, destruir a identidade da pessoa em questão (o ressuscitado é o mesmo que morreu), nem a sua integridade (é o homem todo, e não só uma parte dele que vive para sempre). (Verbo Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura)

3. ELIAS OU JOÃO BATISTA?
"Entretanto Herodes, o Tetrarca, ouvindo falar de tudo o que Jesus fazia, seu espírito estava em suspenso – porque uns diziam que João ressuscitara de entre os mortos, outros que Elias apareceu, e outros que um dos antigos profetas ressuscitara. – Então, Herodes disse: Eu fiz cortar a cabeça de João, mas quem é este de quem ouvi falar tão grandes coisas? E ele tinha vontade de o ver". (Marcos, 6, 14 e 15; Lucas, 9, 7 a 9)
"(Após a transfiguração). Seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que, pois, os escribas dizem que é preciso que Elias venha antes? Mas Jesus lhes respondeu: É verdade que Elias deve vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio, e não o conheceram; mas o trataram como lhes aprouve. É assim que eles farão sofrer o Filho do Homem. Então seus discípulos compreenderam que era de João Batista que lhes havia falado". (Mateus, 17, 10 a 13; Marcos, 9, 11 a 13) 
Esta passagem evangélica revela a confusão, que na época de Jesus, existia entre a ressurreição e a reencarnação. Pergunta-se: como pode um espírito voltar num corpo diferente, se a crença da ressurreição é que a volta deveria ser feita no mesmo corpo?
Allan Kardec, na Revista Espírita de 1863 (página 368), comenta a pergunta formulada por um cura: "Admitindo-se que Elias e João Batista sejam a mesma pessoa, qual o corpo tomará o Espírito Elias no juízo final, anunciado pela Igreja, para se apresentar ante Jesus Cristo: será o primeiro ou o segundo?
Em seus comentários, relembra-nos o tópico Os Saduceus e a Ressurreição, narrado por Mateus, nos seguintes termos:
"Naquele dia aproximaram-se dele alguns saduceus, que dizem não haver ressurreição, e lhe perguntaram: Mestre, Moisés disse: se alguém morrer, não tendo filhos, seu irmão se casará com a viúva e suscitará descendência ao falecido. Ora, havia entre nós sete irmãos: o primeiro, tendo casado, morreu, e não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão: o mesmo sucedeu com o segundo, com o terceiro, até ao sétimo; depois de todos eles, morreu também a mulher. Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem casam nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu. E quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus dos mortos, e, sim, de vivos. (Mateus, 22, 23,32)
E prossegue:
Os anjos não têm corpo carnal, mas um corpo etéreo e fluídico, então os homens não mais ressuscitarão em carne e osso. Se João Batista foi Elias não é senão uma mesma alma, tendo tido duas vestimenta deixadas em duas épocas diferentes na terra; e não se apresentará com uma nem com outra, mas com o envoltório etéreo, próprio ao mundo invisível.
Os corpos são compostos dos quatro elementos básicos: oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono. Com a morte, esses elementos se dispersam e entram na composição de outros corpos, tão bem que ao cabo de um certo tempo o corpo inteiro é absorvido.
Como a terra absorve esses elementos químicos, suponha que tenhamos plantado batata ao lado do cemitério; com a sua colheita, tenhamos criado galinhas. Posteriormente, o homem acaba usando a galinha para a sua alimentação. Ao ingerir as galinhas, o homem absorve, indiretamente, todos os elementos químicos daqueles seres humanos que já morreram. No dia do juízo, ele vai recobrar que corpo? O seu?  Ou a soma de todos os outros?

4. RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
No Evangelho Segundo João, há uma narrativa sobre um homem que estava doente (Lázaro, e que veio a falecer e foi enterrado). Após 4 dias, Jesus é chamado para realizar um de seus milagres, ou seja, restituir-lhe a vida. Jesus é conduzido ao túmulo do Lázaro. Jesus disse: "Tirai a pedra. Disse-lhe Marta a irmão do morto: Senhor, ele já cheira mal, porque está morto há quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos disse: Pai, graças te dou que me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa desta multidão que me cerca, para que creiam que tu me enviaste. Tendo assim falado, clamou em alta voz: Lázaro, sai para fora!. Saiu aquele que estivera morto, ligados os pés e as mãos com faixas, e envolto o seu rosto num lenço. Disse Jesus: desatai-o e deixai-o ir". (João 11, 39, 44)
Explicação: Lázaro estava imerso no fenômeno da letargia, ou seja, perda momentânea da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada. A ciência atesta que um corpo, nessas condições, pode durar até 8 dias. Ora, havia passado apenas 4 dias, de modo que é perfeitamente possível o seu retorno à vida. Sejam quais forem as aparências exteriores, pode dizer-se que todas as vezes que houver volta à vida é que não houve morte na acepção patológica do vocábulo. Quando a morte é completa essas voltas são impossíveis, pois a isto se opõe a lei fisiológica.

5. RESSURREIÇÃO E REENCARNAÇÃO: EXTRAÍDO DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
A confusão entre o conceito de ressurreição e o de reencarnação é porque os judeus tinham noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Por isso, a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer. Eles designavam por ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente chama reencarnação.
A ressurreição segundo a ideia vulgar é rejeitada pela Ciência. Se os despojos do corpo humano permanecessem homogêneos, embora dispersados e reduzidos a pó, ainda se conceberia a sua reunião em determinado tempo; mas as coisas não se passam assim, uma vez que os elementos desses corpos já estão dispersos e consumidos. Não se pode, portanto, racionalmente admitir a ressurreição, senão como figura simbolizando o fenômeno da reencarnação.
O princípio da reencarnação funda-se, a seu turno, sobre a justiça divina e a revelação. Dessa forma, a lei de reencarnação elucida todas as anomalias e faz-nos compreender que Deus deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento. E para isso, Deus, na sua infinita bondade, permite-nos encarnar tantas vezes quantas forem necessárias ao nosso aperfeiçoamento espiritual, utilizando-se deste e de outros orbes disseminados no espaço. (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV, it. 4.)
CONCLUSÃO: a palavra ressurreição pode ser aplicada a Lázaro, mas não a Elias
Fonte: Centro Espirita Ismael

terça-feira, 27 de março de 2018

“QUAIS OS ENSINAMENTOS DA PÁSCOA? ”

Sabemos que a sociedade no tempo em que Jesus nasceu e viveu não era nada fácil de viver, estando o planeta repleto de ódio, de inveja, com desavença, lutas, com desejo de vingança e poder, mergulhado em todo tipo de sentimentos e pensamentos negativos. E umas das regiões mais afetadas nessas questões era o Oriente Médio, por isso a escolha do nosso Mestre Jesus pela região em que nasceu.
Jesus por meio dos seus ensinamentos e mostrando o amor em sua mais pura, livre e simples expressão, veio mudar a frequência vibratória da Terra, sendo esta mudada por meio do pensamento e da emoção. Foi por meio dos seus ensinamentos, e quando Jesus Se permitiu ir para a crucificação, que Ele libertou a humanidade do velho para a chegada do novo, Conseguindo mudar a vibração do planeta em um curtíssimo espaço de tempo, em questão de pouquíssimos anos, quando Ele se permitiu ir a cruz as pessoas sentiram sentimento pelo próximo que nunca sentiram antes, e com a ajuda dos primeiros cristãos que ainda carregavam o verdadeiro sentido dos seus ensinamentos para cultivar para outros povos o sentido da sua vida, este é um dos ensinamentos da sua morte, e o que fez o planeta Terra Vibrar mais alto. Lembrando que Jesus não tirou o pecado do mundo, da humanidade, se isto tivesse acontecido já estaríamos em um mundo muito mais evoluído moralmente, mas cabe a cada um de nós pagar pelos nossos erros e acertos, a divida é nossa. Como Jesus falou: "Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." (Mt 16,24-28) Ou seja, você é responsável pelos seus atos, pelo peso da sua cruz. 
Jesus provou no domingo de páscoa que a morte não existe, Ele mostrou que a vida continua apesar da morte do corpo, que continuamos vivos como éramos na matéria, sendo absolutamente os mesmos.        
A palavra Páscoa vem do hebraico que significa libertação, então concluímos que Jesus libertou a humanidade de sua forma rude e negativa de pensar e apresentando o verdadeiro amor, de um jeito simples e feliz de viver, falando coisas que ninguém jamais escutou. No entanto, a maioria dos cristãos celebra a páscoa de uma forma materialista, em que o valor está no ovo de páscoa, no peixe, no vinho... Mas, o verdadeiro valor está na maneira de se fazer melhor a cada dia e mudar a frequência vibratória pessoal, para que o ambiente que se frequenta seja mais leve.         
Nós espíritas temos que celebrar a Páscoa todos os dias, ou seja, nos fazer reciclar todos os dias os nossos males, para que sejamos melhores, por meio do grande exemplo de Jesus. Mas isso não é apenas para nós espíritas é para todos independente de religião, pois o Espiritismo não exclui ninguém, o Espiritismo vai pra perto e fica junto, da mesma maneira que Jesus fazia, fazendo a inclusão das pessoas. Os ensinamentos de Jesus está ai para todos, independente de quem seja ou do que tenha feito ou a que religião pertença, pois para Jesus sempre é hora de recomeçar.
Nesta páscoa, vamos criar um novo pensamento para o sofrimento do nosso Amigo Jesus, refletir sobre o Seu amor incondicional, nos conectarmos a Ele por meio do nosso pensamento, meditar sobre os Seus gestos de carinho, sobre a sua vida de abnegação, de alegria apesar de ter tido uma vida sofrida. Vamos lembrar que a mais de dois mil anos Ele provou que a morte não existe, assim vamos celebrar a vida e ter mais respeito por ela, que é um presente do nosso Amoroso Deus.
Uma linda Páscoa de reflexão, paz e luz para todos nós!
Blog Jardim Espirita

SEMANA SANTA NA VISÃO ESPIRITA."

Todo ano, a cena se repete. Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:
Como o Espiritismo encara a Páscoa;
Sexta-feira Santa"?;
Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;
Como fica a questão do "Senhor Morto"?
Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas. Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito.
 É importante destacar isso: o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus. Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.
São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita. É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto". Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas.
 É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos. E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data... Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data. É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.
Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje. E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.
Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações. Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas. Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade. Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.
Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.
A mesma situação ocorre quando na chamada quaresma de nossos irmãos católicos, espíritas ficam preocupados em comer ou não comer carne, ou preocupados se isto pode ou não. Ora, ou somos espíritas ou não somos! Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!... A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso. São práticas de outras religiões, que repetimos, respeitamos muito, mas não adotamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.
Esta abordagem está direcionada aos espíritas. Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objetivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas. Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direcionamos nosso maior respeito e apreço.
Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais atividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.
O objetivo da abordagem é direcionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo. O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos. Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados. E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.
E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE): "O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo; (...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem. Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".
Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão. Não! Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objetivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.

Orson Peter Carrara

(Publicado no Boletim GEAE Número 390 de 02 de maio de 2000)

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...