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segunda-feira, 16 de abril de 2018

VISITAS ESPIRITUAIS ENTRE PESSOAS VIVAS.



O tema “visitas espíritas entre pessoas vivas” é uma sequência do estudo sobre “o sono e os sonhos”, encartado no cap. VIII da 2a parte de O Livro dos Espíritos, sob o título “Da Emancipação da Alma”. O sono ocorre quando a alma ou Espírito se desdobra[i]ou sai do corpo físico. Já os sonhos constituem as lembranças mais ou menos nítidas de fatos ocorridos durante o sono, período em que o Espírito, frequentemente, entra em contato com outros seres.
Os princípios analisados sob o título “o sono e os sonhos” se aplicam ao presente estudo, com a diferença de que, neste, o intercâmbio se dá entre os chamados “vivos”, isto é, entre encarnados.
Existe outra variedade do fenômeno, menos frequente, em que o Espírito encarnado, durante o próprio sono, visita outro encarnado acordado, podendo o visitante ser ou não visto pelo visitado. No caso de o visitante tornar-se visível ao visitado, o fenômeno é designado como “bilocação” ou “bi corporeidade”,[ii]espécie do gênero “ubiquidade”, que é a faculdade de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, na acepção do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Sendo o Espírito uma unidade indivisível, a ele é impossível estar em dois ou mais lugares simultaneamente, contudo, esta indivisibilidade não o impede de irradiar seus pensamentos para diversos lados e poder assim manifestar-se em muitos pontos, sem se haver fracionado, como acontece com a luz, que esparrama seus raios à sua volta. Contudo, nem todos os Espíritos irradiam com a mesma potência. A capacidade de irradiação está diretamente ligada ao desenvolvimento de cada um.
Uma pessoa, encontrando-se adormecida, ou num estado de êxtase leve ou profundo, pode, em Espírito, semi desligado do corpo, aparecer, falar e mesmo tornar-se tangível a outras pessoas. E, de fato, poder-se-á comprovar que estava em dois lugares ao mesmo tempo. Só que em um lugar estava o corpo físico, noutro o Espírito revestido pelo seu perispírito, momentaneamente visível e tangível.
A bi corporeidade, embora seja um acontecimento importante, tem sido ignorada por muitos, como se fosse, sempre, produto da imaginação, impressão que é reforçada pelo fato de que, na maioria das vezes, pouca ou nenhuma lembrança guardamos do que se passa durante o desdobramento, como elucida Gabriel Delanne.[iii]Isso demonstra o quanto desconhecemos a própria natureza espiritual e os nossos potenciais.
Segundo o Espírito André Luiz, em obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, ainda temos muitas dificuldades de compreender os mecanismos das alterações da cor, densidade, forma, locomoção e ubiquidade do corpo espiritual (perispírito), por não dispormos, na Terra, de mais avançadas noções acerca da mecânica do pensamento.[iv]
Kardec explica como se dá a bi corporeidade, concluindo que, por mais extraordinário seja, tal evento, como todos os outros, se enquadra na ordem dos fenômenos naturais, pois decorre das propriedades do perispírito.[v]
Indicamos para consulta o terceiro volume da Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, março de 1860, editada pela FEB, no qual desponta uma experiência realizada por Kardec, promovida com um encarnado (Dr. Vignal), membro da Sociedade Parisiense de Estudos Psíquicos, que foi invocado durante o sono, de cujo exemplar colhemos interessantes observações comparativas entre as sensações de um “vivo” e de “um morto”, sobre as suas faculdades de ver, ouvir e perceber as coisas, entre outras informações importantes.[vi]
Excetuando-se a bi corporeidade, assim como a visita entre encarnados e desencarnados, o encontro de pessoas encarnadas durante o sono é também um fato bem corriqueiro, do qual nem sempre nos damos conta, como vimos, devido à amnésia após o despertamento do sono.
Gustave Geley (1865-1924), cientista renomado, ex-diretor do Instituto Metapsíquico de Paris, médico em Nanci, com base em suas incansáveis pesquisas, assim conceituou morte e vida, fenômenos intrinsecamente ligados ao tema ora em estudo:
“A desencarnação é um processo de síntese, síntese orgânica e síntese psíquica.
A encarnação é um processo de análise. É a subdivisão da consciência em faculdades diversas, e do sentido único em sentidos múltiplos, para facilitar seu exercício e conduzir seu desenvolvimento.”[vii](Realcei).
As circunstâncias que levam os Espíritos a se buscarem durante o sono é algo semelhante ao que se dá na Terra, quando temos vontade de visitar nossos familiares, parentes e amigos, com a diferença de que, nos encontros espirituais, estamos despojados da máscara do corpo de carne e, de certa forma, despojados dos papéis provisoriamente executados na vida de relação social.
No estado do sono, o Espírito fica preso ao corpo por uma espécie de fio condutor ou filamento,[viii]designado por Kardec como “rastro luminoso”[ix]ou “laço fluídico”,[x]por meio do qual passam as impressões e as vontades da alma até o cérebro do encarnado. O mesmo processo se dá nas outras formas de desdobramento, conscientes ou não, como no caso, por exemplo, dos fenômenos mediúnicos, em que o médium empresta seu organismo físico para as entidades se comunicarem por meio da fala (psicofonia) ou pela escrita (psicografia). Portanto, os Espíritos que não apresentam esse laço ou cordão fluídico estão desencarnados.
Há vários relatos na literatura espírita sobre a visita entre pessoas vivas, durante o sono ou desdobramento, como, por exemplo, nos episódios narrados por Kardec em O Livro dos Médiuns,[xi]em especial caso dos “Santos” Afonso e Antônio de Pádua.
Estes dois últimos foram retirados, como diz Kardec, não das lendas populares, mas da história eclesiástica:
“Santo Afonso de Liguori foi canonizado antes do tempo prescrito, por se haver mostrado simultaneamente em dois sítios diversos, o que passou por milagre.
Santo Antônio de Pádua estava pregando na Itália, quando seu pai, em Lisboa, ia ser supliciado, sob a acusação de haver cometido um assassínio. No momento da execução, Santo Antônio aparece e demonstra a inocência do acusado. Comprovou-se que, naquele instante, Santo Antônio pregava na Itália, na cidade de Pádua.”[xii](Realcei).
No homem, a vida se apresenta como se fosse uma moeda de duas faces: a do corpo e a da alma, duas fases de uma só existência. Na primeira, o Espírito está constrangido pelo esquecimento em virtude dos laços carnais, sendo que a influência da matéria é tão grande que, muitas vezes, nem se dá conta de que é um Espírito imortal. Na segunda, vendo-se livre dos laços físicos, as faculdades do Espírito ampliam-se e, conforme o caso, ele pode ajuizar um pouco melhor da sua situação de ser imortal, circunstância que influi grandemente nas suas decisões, durante a vigília.
Como a primazia é da alma, por preexistir e sobreviver a tudo, o Espírito, durante a encarnação, se sente um “prisioneiro” ou “exilado” no organismo físico, razão pela qual aproveita todas as brechas ou os momentos de desprendimento, para se retemperar no mundo espiritual, onde se encontra com os seus semelhantes, para os quais é atraído por afinidades e por interesses acalentados em seu íntimo, de acordo com o seu estágio evolutivo.
Aquele que se deu conta desta realidade, antes de se entregar ao repouso noturno, procure fazer uma prece, de modo a ter um repouso tranquilo, oportunidade em que poderá, nesses instantes de liberdade, haurir forças e consolo para continuar lutando pelo próprio progresso, “e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade”.[xiii]
Artigo publicado na Revista Reformador
Fonte: * ESPIRIT BOOK

domingo, 15 de abril de 2018

UM POUCO DO QUE DESCOBRIMOS QUANDO NOS TORNAMOS ESPRITAS

Quando eu era criança, minha família era católica, minha mãe nos levava na missa de domingo e fiz a comunhão, como era a tradição da família. Para mim a religião era isso, rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria quando estava aflita e pronto. Caridade e ação no bem era coisa para padre e freira, ou similares de outras religiões; as pessoas normais só iam à missa. Essa foi a minha fase de católica não praticante.
Na fase adulta, aos poucos, fui me interessando por reflexões mais profundas sobre a vida. Os assuntos exotéricos começaram a me chamar a atenção e li alguns livros sobre o assunto. Depois fui fazer yoga e estudávamos com a professora, na fase mais aprofundada, livros de autores hindus, suas leis morais e Os Upanishads, que era a parte final dos Vedas. Aquilo tudo fazia muito sentido para mim, mas não me completava.
Notei a existência do Espiritismo porque um casal de tios meus paternos eram espíritas. Depois, num belo dia, eu procurava um livro que me interessasse na livraria, quando olhei para uma cesta cheia de livros em oferta. Bem à vista, li “O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec”. Pensei: “Vai que sou médium e estou sendo convidada por espíritos a ler!”. Levei e quando abri, achei muito complicado. Guardei na prateleira de livros e lá ficou por um bom tempo parado.
A partir daí, o Espiritismo começou a entrar devagarinho em minha vida e comecei a ler os livros espíritas, a frequentar uma casa espírita e rapidamente entrei no Estudo da Doutrina e lia feito uma sedenta que encontra água no deserto. Finalmente tinha encontrado algo que fazia sentido, que me completava.
Existem muitas sendas para se chegar a Deus, mas a minha era essa.
No Espiritismo aprendemos que não somos “eu” mais, somos “nós”, portanto, a partir de agora não uso mais “eu” neste ensaio.
Aprendemos que a caridade é que nos salva, pois quando ajudamos os outros espontaneamente, já é uma evidência que evoluímos espiritualmente e, pela lei da ação e reação, o bem volta para nós, logo, ao fazermos os outros felizes, ficamos mais felizes. Todas as células do corpo sorriem e uma pálida luzinha se acende em nós. Não é mais só dever dos padres e das freiras ajudarem os outros. Nós somos os instrumentos de Jesus para que todos se sintam felizes. Somos médiuns dos Espíritos parecidos conosco, ou pouco mais ou menos evoluídos. Vamos viver várias vidas até que os nossos sentimentos sejam humanos de verdade, então não precisaremos viver num corpo denso de carne.
Aprendemos que um verdadeiro Espírita é o que atua, age no bem e tenta não falar mal dos outros, não julgá-los, não criticá-los, ser menos orgulhoso, menos vaidoso e menos egoísta. Mas todos nós sabemos o quanto é difícil. Jesus disse: “Sedes perfeitos”, mas sabemos que não é fácil. Custa muito caro o trabalho de “conhecer-se a si mesmo” e descobrir as sombras que não queremos enxergar, vida após vida.
Assumimos um compromisso com a casa espírita onde trabalhamos o que para os outros é fanatismo, é coisa de padre, pastor, freira etc. Aliás, lá aprendemos na prática que os maiores necessitados somos nós mesmos. Lá é onde compreendemos que a nossa cura está em nossas mãos, mas que podemos ser instrumentos de ajuda na cura das pessoas que vão pedir ajuda e dos espíritos desencarnados trazidos pelos bons espíritos da casa. Lá é o nosso ensaio de como ser com a família e com todas as pessoas. Tentamos ser igual com todos sempre, mas são tentativas, ainda erramos, muito. Aceitamos qualquer pessoa nas casas espíritas, independente do credo, cor ou sexo.
Aprendemos que precisamos ser muito resolutos e disciplinados para treinar o nosso teimoso cérebro, que se acostumou a fazer tudo automaticamente de acordo com o ego, não com o bom senso. Descobrimos que somos totalmente responsáveis por absolutamente tudo que nos acontece. Isso nos dói, por isso muitos fogem.
O ideal do Espírita é ser bom, melhorar-se, conhecer-se, assim aprimorando a mediunidade para sintonizar-se com espíritos bons.
E sobre a humildade? Emmanuel, o Espírito mentor de Chico Xavier, nos orientou: “Seja humilde para evitar o orgulho, mas voe alto para alcançar a sabedoria”. Isso implica o uso da razão. Precisamos saber mais, crescer intelecto e moralmente, mas não precisamos sair por aí nos jactando, pois somos espíritos endividados e com muito a crescer e não somos melhor que ninguém, se temos o que temos foi pura misericórdia divina, recebemos muito mais do que merecemos.
Jesus nos ensina que se conhece a árvore pelos frutos que dá. Graças a Deus, o Espiritismo tem dado bons frutos. É só fazer uma busca no google e ver as obras de caridade do espiritismo pelo Brasil e pelo mundo. Existem outras organizações no planeta que fazem muita caridade, pois são vários os caminhos a Deus. Qualquer um pode ser bom e conquistar o Reino do Céu que Jesus falava, é só se esforçar e agir, pois temos Deus na nossa consciência. Isso, aprendemos no Espiritismo também. E muito mais que está na Codificação de Kardec e em muitas outras obras psicografadas por grandes espíritas.
Aprenderemos também que o Espiritismo avança lado a lado com a ciência, explicando sobre forças imateriais sensíveis pelos sentidos humanos, não pelos olhos que vêm a matéria. E mostra que vamos evoluindo até ser um espírito de Luz; qualquer um pode, é só querer curar-se.
As pessoas normais a que me referi no primeiro parágrafo são as sem religião, materialistas, com a consciência adormecida, centrados em si mesmos, mas agora, o planeta está numa transformação e todos os “normais” estão sendo convidados por Jesus a serem anormais, ou seja, aceitarem Deus e acordar para a vida verdadeira. Ele nos fala no Seu Evangelho que o Espiritismo é a terceira tentativa para alertar os que dormem. Estamos na undécima hora, mas tem vaga ainda para merecer herdar a terra, mas precisamos ser mansos de coração, bem com Jesus mostrou e mostra, porque Ele nunca nos deixou e quem nunca foi não precisa voltar.
A descoberta disso tudo é uma salvação. Agradeçamos a Jesus, a Espiritualidade Maior, a Deus, que nos enviou Kardec e todos os outros que o sucederam e solidificaram o Espiritismo que tem salvado muitas vidas encarnadas e desencarnadas no Planeta Terra. Agradeçamos por sempre estarem conosco. Que bom ser anormal!

Maria Lúcia Garbini Gonçalves


“O MONSTRO ADORMECIDO DENTRO DE NÓS. ”

É comum ouvirmos comentários em geral dizendo: “se eu voltar numa outra vida quero ser de outro sexo”, “na próxima encarnação não quero casar, ou não quero ter filhos”. Outros dizem que é melhor ser cachorro de rico, do que filho de pobre. Em fim, são tantas as assertivas, e por incrível que pareça muitas das pessoas que falam em vida futura, não acreditam no retorno do espírito à carne.
Também é comum comentarem o que teriam sido em vida passada, quando fazem uma relação dos momentos que vivem atualmente, mas a maioria não acredita já ter vivido anteriormente.
Como pertencemos a variante das pessoas que não duvidamos de que já vivemos várias vidas e vamos viver tantas outras ainda, portanto acreditamos na reencarnação, já que o corpo se decompõe, mas o espírito sobrevive, e temos provas disso por ocasião das atividades mediúnicas, onde recebemos vários depoimentos e mensagens dos que se foram, tratamos com seriedade essa questão e procuramos viver consciente da Lei de Retorno.
Como pela Misericórdia Divina esquecemo-nos das vidas passadas, pois assim é possível voltarmos a conviver com desafetos do pretérito e solucionar as contendas, devemos ter cuidado para não deixar eclodir costumes, manias, hábitos que tivemos em outras existências, principalmente vícios dos mais diversos.
O apóstolo Paulo nos disse que “tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém”, e é exatamente o que devemos observar quando nos é oferecido algo pernicioso a nossa saúde e que poderá aflorar algo que se encontra adormecido em nós.
Quantas pessoas que a certa altura da vida resolve provar alguma bebida, droga, energéticos, estimulantes, aromatizantes e a partir dai não mais conseguem abster-se? Certamente estas pessoas acabam acordando um mostro que estava adormecido e que muitas vezes foi difícil de ser tratado no passado, e agora ao ser provocado, reaparece com força total.
Convenhamos! Certas atitudes não devemos levar em consideração ao nos serem apresentada nesta vida! Infelizmente já vi pais que ao ingerirem cerveja, molham a boca do filho que traz ao colo, querendo demonstrar que o inocente é “macho”. Uma irresponsabilidade cuja atitude poderá ter sérias consequências, principalmente pelo adulto não conhecer algumas questões da vida e não dar uma interpretação correta das Leis Divina.
Trazemos gravado o histórico do que fomos na vida anterior e poderemos ter a tendência de voltarmos a incorrer nos mesmos erros se não estivermos vigilantes. Façamos o que o Mestre Jesus nos disse: “vigiai e orai”, e evitemos consequências tristes.
Nilton Cardoso
Fonte: Portal do Espirito


sábado, 14 de abril de 2018

“A VIDA NO PLANO ESPIRITUAL PARA OS ESPÍRITOS QUE TEM MERECIMENTO”

Na visão do Espiritismo, nossa alma não morre junto ao corpo. Ela é dirigida ao Plano Espiritual, onde aguarda uma nova oportunidade de voltar à vida física. Mas, enquanto essas almas estão lá, o que fazem? Confira agora um pouco da rotina que é levada no mundo espiritual. A rotina no mundo espiritual. O tempo no Plano dos Espíritos é diferente do tempo como o conhecemos. E a sua rotina também se diferencia da nossa, visto que eles têm uma noção mais ampla do período do qual dispõem para dar conta de suas obrigações. Na colônia Nosso Lar, por exemplo, André Luiz relata situações do cotidiano dos espíritos que lá habitam.
Assim como no mundo físico, eles acordam após algum período de descanso que, para nós, seria o equivalente ao sono noturno. Ao despertar, fazem suas preces de agradecimento e reconhecimento ao criador para, em seguida, fazer a higiene pessoal e, quando ainda necessitam, fazer também o desjejum, ou seja, a primeira alimentação do dia.
Somente após estas etapas de preparo é que eles se dirigirão aos seus locais, onde vão desempenhar as suas funções de trabalho ou estudo.
Não entre em pânico com o que você acabou de ler. Quanto mais evoluído o espírito for, menos necessitará de repouso, porém, outros espíritos ainda necessitam dormir à semelhança de quando ainda estavam encarnados.
Talvez nunca lhe tenham falado, mas espíritos recém-chegados às colônias espirituais e aqueles que lá habitam por pouco tempo, bem como espíritos que têm mais dificuldade de se desapegarem dos hábitos terrenos, ainda mantêm determinados comportamentos típicos de encarnados, como se alimentarem, usarem o banheiro, fazerem a higiene pessoal – tudo feito exatamente como quando ainda estavam encarnados.
Isto só é possível graças ao Perispírito que está impregnado dessas informações.
Como as colônias espirituais foram criadas com o objetivo de proporcionar a seus moradores a mesma sensação de habitar uma cidade terrena, tudo por lá é uma cópia perfeita de tudo que se vê por aqui.
Um detalhe importante: nem todos os espíritos são capazes de retirar do fluido cósmico universal a energia para alimentar seu Perispírito. Então, eles contam com a ajuda dos moradores das colônias que os acolhem para o preparo de alimentos a base de sucos, sopas e frutas.
A organização de uma colônia respeita diretrizes muito semelhantes àquelas que já conhecemos por aqui. Assim, ao desencarnar e ser designado para cumprir determinada função, qualquer espírito terá uma ideia básica de como a “máquina pública” funciona por lá.
Como ensina André Luiz, no livro Nosso Lar, toda colônia tem um governador, ou seja, uma espécie de prefeito ou administrador. Após assumir seu mandato, este espírito administrador reúne sua equipe de ajudantes, que em Nosso Lar é conhecida como ministros e se equivaleria, aqui, aos secretários do prefeito.
A partir daí, cada repartição tem um responsável encarregado de zelar pelo seu bom funcionamento. Todas as escolas, os hospitais, os departamentos dos ministérios têm seus diretores.
Esses diretores têm seus auxiliares que, por sua vez, têm colegas de trabalho para o exercício de suas funções. Como informa André Luiz, assim que o espírito recém-desencarnado ou recém-chegado à colônia se sente disposto, é convidado a ocupar seu tempo, seja através do estudo ou prestação de serviços.
Nas colônias, não há empresas e toda a demanda de produção de trabalho e serviços é comandada pela administração local desde a produção de alimentos fluídicos, vestes, viagens, remédios, etc.
Para os espíritos comprometidos com o bem, não há ócio e nem tempo a perder. Se você pensa que vai passar a eternidade à toa quando desencarnar, se engana, porque trabalho por lá é o que não falta.
Os desencarnados têm obrigações, assim como qualquer encarnado. A única diferença para quem está por lá é que eles trabalham para seu aprimoramento moral, espiritual ou simplesmente pelo bem-estar, que o trabalho ou amparo ao próximo proporciona.
Enquanto aqui as pessoas trabalham para acumular bens, no plano espiritual cada espírito dispõe apenas do necessário para o funcionamento normal. Na colônia Nosso Lar, por exemplo, existe até pagamento para aqueles que estão inseridos no trabalho local.
É o Bônus Hora, uma espécie de moeda corrente na colônia, que visa incentivar uma troca merecida entre quem trabalha e quem desfruta do conforto da colônia. Segundo o espírito André Luiz, a adesão é grande. Um exemplo muito interessante é a questão do vestuário. Em algumas colônias existe um departamento para cuidar da produção de peças de roupas para aqueles espíritos que não conseguem plasmar as próprias vestes.
Trabalho, trabalho, trabalho…
Falando dessa forma, parece que os espíritos só pensam em trabalhar e nada mais. Na verdade, não é bem assim. É recomendado que cada cidadão dedique seu tempo ao trabalho, ao estudo e ao lazer de forma que possa aproveitar bem a estadia no plano espiritual e programar suas reencarnações futuras.
O espírito nunca retroage e, como conhecimento nunca é em demasia, nada custa a ele aprender cada vez mais.
Às vezes, o próprio trabalho é uma escola e prepara o espírito para funções que ele poderá ter quando reencarnar. Por exemplo, um espírito que trabalha como auxiliar dos médicos do plano espiritual pode, ao reencarnar, escolher seguir carreira na medicina. Acontece também de forma contrária, como um espírito que trabalhou na área médica desempenhar funções parecidas no plano espiritual, desde que esteja capacitado.
As colônias se localizam muito próximas à crosta terrestre e, segundo ensinam os mentores espirituais, muitas coisas que fazemos aqui, inclusive muitos dos objetos que usamos, são adaptações do que já existe por lá.
A nossa rotina também é muito parecida. Por exemplo, o lazer é sempre gozado em atividades que engrandeçam o espírito, como peças de teatro, concertos musicais, leituras, passeios pela colônia e em visitas a colônias vizinhas, etc.
Leva-se uma vida muito boa, sem estresse, sem perturbações e é quando o espírito tem tempo de sobra para trabalhar, estudar e curtir a vida na forma mais bela e prazerosa que existe.
Passeios maravilhosos, concertos musicais, palestras edificantes, encontros com amigos já desencarnados, visitas ao plano físico… Enfim, a vida lá é bastante movimentada e interessante.
OBS- Comentário nosso...
Quando alguém desencarna costumamos ouvir: - Descansou. Puro engano. Veja o que disse Chico Xavier: "Se esperamos por descanso depois da morte, estamos mal informados. A morte é a vida que se desdobra, plena de trabalho em todos os sentidos… Descansar mesmo o Espírito só descansa quando está no Ventre Materno!…"Outro engano é acreditar que Deus criou o mundo em 6 dias e no 7º descansou. Jesus acabou com esta alegoria quando disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu também.” (João 5:17).
No plano espiritual também há trabalho. Por exemplo: André Luiz, no livro Nosso Lar, conta que se candidatou ao trabalho. Lá todos os moradores precisam se envolver em algum trabalho útil em prol do próximo, e o mínimo exigido são de 8 horas de trabalho diário, podendo ser excedido em 4 horas diárias. Esse número só pode ser alterado em casos excepcionais que exijam dedicação total dos trabalhadores. Tobias informou André Luiz que na preparação de sucos, tecidos e artefatos em geral, Nosso Lar dá trabalho há mais de 100 mil criaturas, que se regeneram e se iluminam ao mesmo tempo. A colônia possui programas de trabalho numeroso para que todos possam se integrar a ele, independente da profissão que tiveram na Terra. Assim como há a lei do trabalho no Nosso Lar, há também a lei do descanso para que não sejam sobrecarregados mais uns que outros. Há também remuneração. A cada hora de serviço, o trabalhador ganha o chamado BÔNUS HORA, que não é exatamente uma moeda, mas uma ficha de serviço individual com valor aquisitivo. Quem acumula o BÔNUS HORA pode adquirir uma casa ou roupas. Poderá trocar por oportunidades nos lugares consagrados ao entretenimento. Poderá freqüentar escolas nos Ministérios. Os habitantes da colônia recebem provisões de pão e roupa, no que se refere ao necessário; mas os que se esforçam para obter o BÔNUS HORA conseguem certas prerrogativas na comunidade social. O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça. A maioria consegue 72 bônus horas por semana, contando as 4 horas extras diárias. Mas nos serviços de grande sacrifício, a remuneração pode ser duplicada, e as vezes, triplicada. O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus hora modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos serviços. As aquisições fundamentais constituem-se de experiência, educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades. Os fatores assiduidade e dedicação representam quase tudo. A propriedade em Nosso Lar é relativa. Cada família espiritual pode conquistar um lar com 30 mil bônus hora. É limitada a somente um lar. A Ministra Veneranda recebeu a medalha do Mérito do Serviço, por ser a primeira entidade da colônia que havia conseguido, até aquele momento, um milhão de horas de trabalho útil, sem reclamar e sem esmorecer. Lembremos que, Nosso Lar está localizada sobre a cidade do Rio de Janeiro e é uma das milhares cidades espirituais. Não sabemos para qual delas iremos.
Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro
https://www.facebook.com/GRUPOSOCORRISTA?fref=ts&hc_location=ufi

sexta-feira, 13 de abril de 2018

“PAI IRRESPONSÁVEL PEDE SOCORRO EM MENSAGEM PSICOGRAFADA. ”

Senhor, não sei se sou digno de estar aqui para mais um pedido. Eu sei bem o que fiz e o que causei a muitos, principalmente à minha família. Mas necessito muito do seu perdão Senhor, meu Deus, meu Pai que tudo sabe e que tudo vê!
Pequei contra a vida, não só contra a minha, mas de muitos companheiros. Enganei, fui cruel e não tive dificuldade em fazer, na verdade, sentia certo prazer. Eu gostava de ser o chefe, mandar, humilhar e fazer crueldades com aqueles fracos e medrosos que viviam pedindo clemência e piedade.
Hoje estou aqui me sentindo um fraco e pedindo a Sua misericórdia.
Fui um chefe do tráfico em uma favela, digo, comunidade. Trafiquei, mandei matar, viciei vários garotos, crianças e até idosos, todos que eu via como possíveis consumidores e, com a simpatia de um lobo, pegava as minhas vitimas.
Fiz fortuna e criei uma grande facção, construí um lar, e tive filhos que foram também minhas vitimas. Infelizmente, não existia em mim sentimento paterno, tudo que eu via era dinheiro, glória e poder. Fiz com que meus filhos assumissem bocas de fumo e fui influenciando todos os três até conseguir infiltrá-los no crime e no tráfico.
Os negócios cresciam de uma forma terrível, comecei a expandir para o tráfico de armas pesadas, munições, carros e motos. E logo já estávamos infiltrados no mercado de roubo de carros, caminhões com cargas valiosas, enfim, tudo ficando muito perigoso.
Um dia, no auge do meu delírio de chefe e me sentindo poderoso, fui até uma instalação governada por meu filho, José Henrique, e, como é meu costume chefiar e mandar, percebi algo estranho no olhar de meu filho que eu considero o mais esperto e cruel. Não tinha perdão era temido por todos em sua área e vi que ali, naquele olhar, existia perigo e comecei a ficar preocupado. Vivia me questionando: “será que o meu próprio filho vai me trair? Eu acho que ele quer o meu lugar! Não pode ser, eu ensinei a ele tudo, dei poder, dinheiro, não pode ser!”
Enfim o que eu temia aconteceu, fui traído pelo meu filho e fuzilado diante de todos, de todos aqueles que eu julgara meus “comparsas e fieis”.
Com o passar do tempo aqui na espiritualidade, fui responsabilizado por tudo que fiz e, com misericórdia de Deus, fui resgatado e hoje, evangelizado e ciente de todo o mal que causei, quero pedir ao Pai que me deixe ser o anjo e resgatar o meu filho José no umbral e trazê-lo para a luz, pois me sinto responsável por ele estar naquele lamaçal onde há ranger de dentes, lamentos e escuridão.
Por favor, Senhor, me dê essa graça de poder resgatar o filho que eu não soube amar.
Deixo, aqui, o meu pedido. Que o Senhor tenha piedade de José Henrique e misericórdia de mim, um pai irresponsável.
Cristiano Leandro.
Psicografia recebida em 2018.
Médium: M. Nicodemos.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

"COMO FOI O RESGATE DE ANDRÉ LUIZ NO UMBRAL?"


“O DESAPARECIMENTO DO CORPO DE JESUS” UMA VISÃO ESPÍRITA."

Os guardas que tomavam conta do túmulo de Jesus procuraram os sacerdotes para contar que a pedra do sepulcro fora removida e o corpo desaparecera.
Os chefes dos sacerdotes se reuniram com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, dizendo-lhes: "Digam que os discípulos Dele foram durante a noite, e roubaram o corpo, enquanto vocês dormiam. Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos e vocês não precisam ficar preocupados.” Os soldados pegaram o dinheiro e fizeram como estavam instruídos. E assim, tal boato espalhou-se entre os judeus, até os dias de hoje. (Mt. 28:11/15)
OBSERVAÇÃO DE THEREZINHA OLIVEIRA:
1) O que mais interessava aos sacerdotes era que o corpo de Jesus não sumisse e pudesse ser apresentado, para comprovar que o líder estava morto e desanimar os seus seguidores. Se a versão do roubo foi divulgada, é que de fato o corpo desapareceu e eles não podiam mais apresentá-lo ao povo.
2) Teriam mesmo os discípulos roubado o corpo de Jesus? Muito dificilmente, pois não eram guerrilheiros, mas homens do povo e havia uma escolta guardando o sepulcro. Se realmente tivesse sido roubado, o dever dos guardas era comunicar não aos sacerdotes, mas aos seus superiores militares (os romanos) para a tomada de providências.
3) Como teria desaparecido o corpo carnal de Jesus? Por transporte espiritual para outro lugar; ou por desmaterialização. Se Jesus desmaterializava feridas quando curava leprosos, por que os espíritos superiores que o acompanharam em seus momentos finais na Terra, não poderiam fazer o mesmo com seu corpo? (no O Evangelho segundo o Espiritismo cap.III, item 9, diz que nos mundos superiores "(...) a morte de modo algum acarreta os horrores da decomposição(...)"). Sinal que eles tem um método de não deixar um corpo físico entrar em decomposição. Mas, por que isso foi feito? Talvez para evitar que os homens dessem demasiada importância aos restos mortais de Jesus e os arrastamentos de cá para lá, até hoje, em disputas e vãs exibições, como fez com as relíquias de alguns dos chamados santos. Não é a carne de Jesus que precisamos reverenciar e amar. É ao seu espírito, sábio e amoroso, que um dia aceitou nascer entre nós e, durante pouco mais de trinta anos, a todos nos ensinou a viver como Filhos de Deus.
Maria T Compri no livro Evangelho no Lar, no capítulo IV, diz: “A uma pergunta feita a Chico Xavier, sobre o que os Espíritos dizem a respeito da natureza do corpo de Jesus, ele respondeu:
- Jesus é como o Sol num dia de céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que é importante saber, e discutir, é sobre os seus ensinamentos e sua Vivência Gloriosa.
De fato, a Humanidade tem deixado de lado os Ensinamentos Morais do Cristo, para discutir coisas que em nada nos modifica as disposições interiores, como seja a natureza do corpo de Jesus, como Ele conseguiu ficar quarenta dias com os apóstolos, o que foi feito de seu corpo, após a ressurreição etc. Somos ainda pequeninos “palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia”, e distantes nos encontramos de absorvermos todas as verdades contidas no Universo, para nos determos nestas questões que a muitos ainda confundem.
Certamente, vivenciando seus ensinamentos e crescendo em Espírito e Verdade, futuramente teremos condições de apreender todo este conhecimento por processos naturais(...)”
Compilação de Rudymara retirada dos livros Evangelho (Novo Testamento); Estudos Espíritas do Evangelho de Therezinha Oliveira e Evangelho no Lar de Maria T. Compri.
Fonte; GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

quarta-feira, 11 de abril de 2018

“FAMÍLIA: ESTAVA TUDO COMBINADO ANTES DA REENCARNAÇÃO?

Planejamento familiar: aqui na Terra muito se fala em torno desse tema, ressaltando a sua importância. O que muitos ignoram, no entanto, é que antes mesmo de um casal reencarnar, há Guias Espirituais encarregados de levá-lo a conhecer os futuros filhos e que, juntos, traçam planos e metas que todos deverão se esforçar por alcançar, com vistas à evolução espiritual de cada um. Isso é o que nos assegura a Doutrina Espírita.
A mentora Joanna de Ângelis, em sua obra Constelação Familiar, lembrando tal fato, explica que ele se deve a deveres inadiáveis dos futuros pais. “Consultados os mapas das responsabilidades pessoais, são-lhes apresentados pelos Guias Espirituais aqueles que deverão constituir lhes a prole e lhes proporão a pauta para o processo de crescimento espiritual, no qual todos deverão atingir as metas que perseguem”. Programas e projetos; pautas e metas. Responsabilidades pessoais. As expressões são bem claras e não deixam dúvidas de que os espíritos que, em cada nova encarnação, vêm ao plano terreno para viverem em uma determinada família, o fazem obedecendo a uma orquestração que se iniciou muito antes do próprio nascimento de todos eles, sob a chancela de um Guia Espiritual.
Somente naqueles casos em que, por total irresponsabilidade, há uma gravidez indesejada, é que tal planejamento não existe. São, em geral, situações em que predominam o sexo desregrado, ligado apenas ao mundo das sensações, sem nenhum comprometimento com filhos que possam advir de relações fortuitas. Mas, mesmo assim, como não existe acaso, pelas leis que regem o Universo sempre haverá a sintonia vibratória que fará reunir na mesma faixa de pensamento espíritos afins, ensejando, assim, que se atenda às necessidades de evolução dos envolvidos.
Se há um ordenamento prévio na constituição da família, conduzido por mãos de Protetores Espirituais, era de se esperar que os pais honrassem os compromissos assumidos e, ao final de cada jornada, pudessem sair vitoriosos, tanto em relação a si próprios quanto a seus filhos.
No entanto, sabemos que muitos são os fatores que impedem que assim seja. Imaturidade dos genitores; fraqueza moral que os faz desistir da vida em comum ante obstáculos perfeitamente contornáveis; dificuldades em resistir aos apelos do prazer e dos vícios, são alguns deles. A esta lista podemos acrescentar a figura de pais que transferem para os filhos suas frustrações, neles projetando ambições não desejadas, sonhos não sonhados, tornando-os, por vezes, fracassados e infelizes. Ou de mães vaidosas que adornam seus filhos de maneira exagerada, exibindo-os como troféus, sem se preocuparem em tornarem formosos seus espíritos.
Se do ponto de vista dos pais há esses e outros fatores que dificultam o cumprimento dos projetos traçados no além, também por parte dos filhos encontramos explicações para o insucesso na conquista dos alvos idealizados.
Apesar das metas traçadas, visando aos processos de reparação ou aprendizagem de todos os envolvidos, não podemos nos esquecer de que somos todos espíritos dotados de livre-arbítrio. Muitas vezes, diante da realidade e de situações amargas que a vida impõe ao espírito, ele recua e busca se afastar do seu núcleo familiar, rompendo as relações estabelecidas. Sente que não se acha, ainda, preparado. É possível que nessas situações, especialmente quando há resgates sérios envolvendo figuras parentais ou com os irmãos, os sentimentos de rejeição e animosidade afloram do inconsciente, tornando a convivência muito difícil.
Guardando, porém, a certeza de que todas as circunstâncias que nos envolvem fazem parte do esquema que aceitamos para o nosso progresso, fica mais fácil suplantar as barreiras que, em dado momento, nos parecem intransponíveis. Esse conhecimento poderá nos ajudar a olhar com mais indulgência e boa vontade para essa ou aquela pessoa da família que nos afigura insuportável, pensando que renascemos para superar as guerras íntimas do passado. E a família, neste particular, tem verdadeira função terapêutica.
Santo Agostinho, no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, ao abordar o tema dos desajustes familiares, especialmente os que se dão em torno das relações pais e filhos, aconselha que o melhor caminho é pensar que, em vidas passadas, um dos dois errou muito. Se nessa díade, somos aqueles que já viveram mais e acumularam mais experiência, talvez seja mais razoável que assumamos a autoria dos erros, ao invés de imputá-la a nossos filhos.
Podemos ser felizes vivendo junto aos nossos familiares. A família é bênção que o Pai nos oferece, em cada nova encarnação, para que aprendamos a nos amar verdadeiramente. Tudo depende de nós.
Bibliografia:
Joanna de Ângelis. Constelação familiar. Psicografado por Divaldo Franco – Editora Leal, 2018.

terça-feira, 10 de abril de 2018

“A PLÁSTICA NO CORPO É CONSERVADA APÓS A DESENCARNAÇÃO? ”

Trata-se de dúvida recorrente dos alunos nas salas de aulas de Doutrina Espírita.
Poderá, sim, manter os benefícios da plástica, a depender, em primeiro lugar, da sua “beleza interior”. 
Isso porque o exterior sempre reflete o interior, aqui na Terra e muito mais no Plano Espiritual.
A boa aparência do corpo espiritual após a desencarnação dependerá da posição espiritual do ser, do seu equilíbrio, da sua conduta aqui na Terra, enfim, da sua depuração.
A plástica realizada no corpo físico de nada valerá se o Espírito não tiver uma condição espiritual que o favoreça a assumir uma forma mais bela. Ação no Bem, responsabilidade pelos atos, consciência do dever cumprido são requisitos básicos que irão lhe garantir um períspirito, do ponto de vista espiritual, mais belo.
Os que atingem essa condição, por méritos próprios, quase sempre buscam adquirir, com o poder do seu pensamento, formas mais jovens e belas (ou outra qualquer que deseje ou se sinta bem).
Podemos “concluir que a operação plástica não muda nada. O que realmente interfere na estrutura e aparência do perispírito é a posição espiritual da alma. As ações no campo do bem ou do mal são, pois, determinantes na forma de apresentação do perispírito, entendendo-se por bem tudo aquilo que é feito em obediência à lei maior do amor universal” (2)
“No livro Carmelo por ele Mesmo, de Carmelo Grisi, recebido por Chico Xavier, temos o relato de exercícios mentais que são feitos na vida espiritual para favorecer o rejuvenescimento. No excelente livro Memórias de um Suicida, recebido por Ivonne Pereira, também há referências quanto à aparência do períspirito”. (2)
Outrossim, no Livro Libertação (1), de André Luiz, verificamos o caso de uma senhora que se apresentava muito bonita aos olhos humanos, mas que, ao afastar-se do corpo pelo sono, transfigurava-se numa mulher horrível, uma bruxa, revelando aos olhos dos Espíritos desencarnados a sua baixa condição espiritual.
A explicação para a estranha ocorrência foi clara: a referida senhora levava uma existência de futilidades, dissimulações e ações maléficas.
Vejamos um trecho do Cap. 10 do citado livro sobre o caso em tela:
“O homem e a mulher, com os seus pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira forma espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e sulcos horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada pensamento superior acrescentam beleza e perfeição à forma perispirítica, dentro da qual a individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do corpo denso.”
Fernando Rossit-Fonte: Agenda Espírita


Referências:
(1) André Luiz/Chico Xavier, Libertação, cap. 10.
(2) Marlene Nobre – trechos de texto do site da Associação Médico-Espírita.

“PALESTRANDO NA PENITENCIÁRIA- UMA EXPERIENCIA EXTRAORDINÁRIA. ”

Há alguns anos temos tido a oportunidade de fazer parte de um grupo de palestrantes, que tem como objetivo levar a evangelização espírita no Centro de Progressão Penitenciária e no Centro de Ressocialização Feminino, ambos de São José do Rio Preto, SP.
O trabalho é regulamentado por Lei.
Desde a entrada pela portaria, até a saída, após o término da tarefa evangélica, somos recebidos e tratados com muito, mas muito mesmo, respeito e reverência, tanto pelos profissionais, quanto pelos reeducando.
É uma experiência fascinante. Absolutamente extraordinária.
Dizemos isso porque o ambiente espiritual no templo ecumênico onde ocorre a reunião é indescritivelmente agradável. Parece que se está flutuando em círculos espirituais superiores, conforme descrições a respeito.
Pessoalmente, após quase trinta anos de experiência como palestrante, temos como sendo o melhor lugar para se palestrar. Não é preciso nem mesmo preparar um tema, embora seja uma obrigação natural. A intuição é incrivelmente intensa e produtiva, somada ao anseio por conhecimento espiritual por parte deles, que é inesgotável.
Conhecida passagem de Francisco Cândido Xavier ilustra bem o que queremos dizer:
“O assunto girava em torno de uma visita a um presídio na cidade de São Paulo, que um grupo de amigos havia realizado, juntamente com o Chico.
Estávamos, sábado à tarde, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba (MG), e era lembrado o ocorrido… Dizia-nos o Chico, muito feliz, que recebera calorosos abraços de aproximadamente quatro mil internos daquela casa de correção.
– Imagine – começou a sorrir – que, depois de receber tantas tapinhas, eu tinha as costas doloridas…
Um moço que havia participado daquele trabalho indaga:
– Chico, você viu muitos espíritos obsessores lá no presídio?
– Não! – respondeu ele. Não vi obsessores. Vi, sim, muitos benfeitores amigos, muitas mães. Lá não há obsessores, não! Eles já fizeram o que queriam!…
Nós, que ouvimos aquela resposta, quedamos, surpreendidos pela lógica convincente.”
Pois é, junto aos internos e internas encontram-se legiões de Espíritos Benevolentes, em nome do Senhor Jesus, bem como de familiares desencarnados, que os buscam para consolo e orientações no íntimo de suas almas, trabalhando diuturnamente para conscientizá-los quanto aos novos rumos a serem trilhados.
No Evangelho Jesus anuncia que Ele veio para as ovelhas perdidas da Casa de Israel, e que são os doentes que precisam de médico”, como disse também “que há mais alegria no Céu por um arrependido, do que por noventa e nove que não necessitam de arrependimento”. Ou seja, o “Céu” trabalha pelos que erram, para levá-los de volta ao bom caminho. 
Ah, o Senhor disse também, “estive preso e me visitaste”, e que quando o fizéssemos a alguém seria como se fosse à Ele.
Durante as visitas facilmente se percebe o quanto ainda somos frágeis como seres humanos, e o quanto a ausência de uma educação focada na estrutura moral e religiosa da criatura humana provoca desequilíbrios e atitudes impensadas e desprovidas de ética, resultando, para cumprimento da Lei dos Homens, na necessidade de se passar pela internação em instituições prisionais.
Quem de nós pode se dizer livre de tal condição, mais hoje, mais amanhã?
Muitas pessoas, no mundo aqui de fora, mesmo conhecendo a orientação evangélica para não julgar o próximo, opinam favoravelmente à pena de morte, e à prisão perpétua. É natural que pensem assim, pois que não tem elas a experiência de ter um filho, uma filha, um pai ou uma mãe, ou ainda um irmão dentro do Sistema Prisional.
O trabalho na área da educação é de todos nós, e não só do Governo.
Mas sempre haverá algum encarnado questionando se não há riscos na tarefa, como agressões, rebeliões, e até a possibilidade de se perder a vida física.
Isso nos remete a um diálogo que tivemos com um Espírito Benfeitor, no início da tarefa de evangelização carcerária, quando levantamos essa questão, ao que ele nos disse:
“Não se preocupe com isso, porque você não tem méritos para sofrer esse tipo de retaliação ao trabalho do Cristo; por hora é melhor você ir lá, do que ir para lá”.
É para se pensar, não?
Antônio Carlos Navarro-Fonte: Agenda Espírita

"OPERAÇÃO LAVA-JATO NA VISÃO ESPÍRITA"


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...