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segunda-feira, 14 de maio de 2018

“PRETO VELHO NO CENTRO ESPÍRITA? ISSO PODE ACONTECER??”

1 – O que dizer da manifestação de pretos velhos no Centro Espírita, com seu linguajar peculiar? Não devem ser estimulados a mudar a postura, instruindo-se?
Parece-me que a evolução não tem nada a ver com a expressão física ou linguística. Espíritos que se manifestam como pretos velhos podem ser muito evoluídos, tanto quanto branquelos podem ser atrasados
2 –  O problema é quando Espíritos apresentam-se como orientadores. Fica complicado aceitar que um mentor não tenha aprendido a falar
Kardec orienta que devemos considerar o conteúdo, não a forma. Respeitando a opção do Espírito, tudo o que nos compete avaliar é se sua mensagem guarda compatibilidade com os princípios espíritas.
3 –  Não devemos, portanto, opor resistência à manifestação de pretos velhos, índios, caboclos?
Não vejo motivo para cultivar preconceitos, mesmo porque, não raro, Espíritos dessa condição, menos esclarecidos e ainda vinculados às tradições da raça, manifestam-se para serem ajudados, não para receberem lições de português.
4 –  E se estivermos diante de um condicionamento mediúnico, médiuns falando como pretos velhos por imitação?
É um problema que compete ao dirigente resolver, avaliando se está diante de manifestação autêntica ou de mero condicionamento a partir da influência de outros médiuns. Não costuma acontecer com médiuns que se preparam adequadamente em cursos específicos sobre mediunidade.
5 – Diante de uma manifestação autêntica, se o preto velho é um Espírito evoluído, não será razoável que se manifeste com linguagem escorreita, sem maneirismos?
Penso que não devemos impor condições ao manifestante. Os Espíritos desencarnados, quando evoluídos, podem adotar a forma e o linguajar que lhes aprouver. É uma opção e um direito.
6 – Por que o fazem?
Pretos velhos revivem, nas manifestações, o tempo em que estiveram em regime de escravidão, que lhes foi muito útil, ajudando-os a superar o orgulho que marca o comportamento humano. É uma homenagem que prestam à raça negra e um exercício de humildade.
7 – Quanto à morfologia perispiritual, tudo bem. Quanto à palavra, não seria interessante usar uma linguagem atual, não africanizada?
Pode acontecer, mas aí vai depender do próprio grupo e de uma adequação dos médiuns. O Centro Espírita Amor e Caridade, em Bauru, foi orientado desde sua fundação, em 1919, por uma corrente africana. Seus representantes, em dado momento, observando a evolução do grupo, na década de 40, disseram: Pretalhada vai vestir casaca. Anunciavam por esta metáfora que a partir daquele momento eliminariam as expressões africanizadas, o que de fato ocorreu.
8 – Devemos, então, admitir que esses Espíritos façam uma adequação do linguajar, de conformidade com as tendências ou necessidades do grupo?
Exatamente. Um confrade, médium vidente, visitou certa feita um grande terreiro de Umbanda, em Vitória, Espírito Santo. Viu algo que o perturbou: o Espírito Frederico Figner, que foi dedicado diretor da Federação Espírita Brasileira, manifestar-se como um preto velho. Julgou estar tendo uma alucinação e logo esqueceu. Algum tempo depois, em visita a Uberaba, ouviu alguém perguntar a Chico Xavier por onde andaria Frederico Figner. E o médium: Anda dando assistência a um terreiro de umbanda em Vitória, no Espírito Santo.
CEAC | Richard Simonetti


“O DIA EM QUE UM PRETO VELHO FOI EXPULSO DO CENTRO ESPÍRITA

Essa é uma história verdadeira. Ela de fato aconteceu em um centro espírita de uma pequena cidade do estado de Minas Gerais, há algum tempo atrás.
Conta-se que os médiuns estavam realizando seus trabalhos de esclarecimento e doutrinação num centro espírita do estado de Minas Gerais. Subitamente um preto velho incorporou numa médium e começou a falar. No momento em que os trabalhadores perceberam que o espírito incorporado era um preto velho, mandaram suspender a incorporação. Nesse centro não eram aceitos pretos velhos, pois os dirigentes consideravam que os pretos velhos são espíritos não muito evoluídos. Por isso, ele não poderia ser admitido a orientar uma atividade de doutrinação. O espírito foi então convidado a se retirar do centro. O preto velho fez o que eles pediram e foi embora.
Logo depois, a médium incorporou um espírito de um filósofo, um doutor de nome difícil, provavelmente europeu, que foi muito bem recebido por todos os presentes. O filósofo deu instruções aos membros do centro, fez os trabalhos de doutrinação e todos ficaram felizes e maravilhados com a intervenção desse espírito, que consideraram um espírito muito elevado.
Os dirigentes então resolveram que já era hora de encerrar os trabalhos. No entanto, a médium novamente começou a incorporar um espírito. Todos olharam com interesse aquela manifestação mediúnica espontânea. Um dos trabalhadores disse que as atividades do dia já estavam terminando e perguntou quem estava ali. O espírito respondeu que era de novo o preto velho. O dirigente fez cara de tédio e perguntou o que ele ainda queria ali nos trabalhos do centro. O preto velho então disse:
– Zifio… Ce suncê mi permiti, só quiria que ocês sobessem qui o dotô que apareceu agora há poquinho era este preto velho aqui, que agora proseia com vosmicês.
Todos ficaram espantados com a revelação… O preto velho então começou a não mais falar como um preto velho:
– É engraçado isso, meus irmãos, pois quando eu apareci como preto velho, fui praticamente expulso dos trabalhos de vocês. Mas depois quando eu apareci no formato de um doutor, um filósofo europeu prestigiado, que tem conhecimento acadêmico, com toda a pompa e com ar de autoridade, todos me trataram muito bem, ouviram meus conselhos e ficaram felizes e maravilhados com a aparição. Por que isso, meus filhos? Devo alerta-los para esse comportamento de vocês. Prestem muita atenção nisso, meus irmãos…
No plano espiritual, assim como em toda a realidade universal, não existem aparências. As aparências existem apenas aqui na Terra. Deus, em sua sabedoria infinita, oculta aos vossos olhos as verdades do espírito camufladas pelas aparências do mundo… para que vocês aprendam a vê-las com os olhos do coração, com a visão da alma e possam enxergar a verdade como ela é. No plano espiritual, meus irmãos, não existem doutores, não existem classes sociais, não existem nacionalidades, não existem religiões, não existem raças, não existem essas divisões humanas que vocês criaram em toda parte para poderem se sentir melhores uns que os outros. No plano espiritual o que vale é o que você é lá no fundo, e não o que você tem. 
Não, meus irmãos… todas essas divisões são ilusórias. No plano espiritual o que vale é o amor, a verdade, a paz, a harmonia interior. No plano espiritual ninguém é julgado por ser rico ou pobre, branco ou negro, doutor ou uma pessoa simples. Lembram-se do que disse o nazareno sobre isso meus irmãos? O mestre disse: “Deus revela aos simples de coração aquilo que esconde dos doutos”.
Quando cada um de vocês chegar ao plano espiritual, meus filhos, os anjos de Deus não vão perguntar quantos títulos de doutor vocês conquistaram, quantos bens vocês acumularam, quanto sucesso vocês fizeram, quantos altos cargos vocês subiram na empresa ou quanto de boa fama vocês projetaram. Não meus queridos filhos… os anjos vão perguntar quanta luz você espalhou pela Terra; quanto você tocou o coração dos outros com justiça e benevolência e o quanto a sua obra foi pautada no amor e na paz… ou se sua passagem na Terra foi apenas um capricho do ego, voltada apenas para seu mundinho egoísta e para os prazeres da matéria.
Vamos tomar cuidado, meus queridos filhos, com o veneno da hipocrisia e do preconceito. Não permitam que as aparências do mundo roubem a sua essência. O importante, meus filhos, é o que cada um traz em sua alma, em seu espírito. O que importa de verdade é ser simples e verdadeiro… ser honesto e ter caráter, ser caridoso e ter o amor de Deus no coração. Não se deixem levar pelas aparências, todas elas estão erradas e vemos isso muito claramente quando chegamos ao plano espiritual. Lá, meus filhos, não existem discriminações, todos trabalham por Deus e Deus é a essência regente tudo. É isso que vocês devem buscar a partir de agora, meus queridos filhos.
O preto velho despediu-se de todos e então deixou a sala de atendimento do centro espírita. Os trabalhadores ficaram envergonhados com seu próprio comportamento, mas adquiriram uma pérola de sabedoria que nunca mais, em toda a sua vida, seria esquecida.
(Hugo Lapa)


“PERDA DE PESSOAS AMADAS. MORTES PREMATURAS. ”

21. Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos anos, cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua alegria.
Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima da terra a terra da vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a Justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.
Crede-me, a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos pais. Frequentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.
É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz
que ela não seria saturada de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais  Bem-aventurados os aflitos na Terra? Supondes então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os Espíritos bem-aventurados?
Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro
corpóreo. Mães, sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.
 – Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)
Se fosse um homem de bem, teria morrido.
22. Falando de um homem mau, que escapa de um perigo, costumais dizer: “Se fosse um homem bom, teria morrido.” Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.
Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais:
“Antes fosse este.” Enunciais uma enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse
conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo.
 Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que
vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira. – Fénelon. (Sens, 1861.)
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo

domingo, 13 de maio de 2018

“DIA DAS MÃES NA VISÃO ESPÍRITA”

O Espiritismo produz uma farta literatura. E a literatura espírita é pródiga em exemplos de mães que se desvelam por seus filhos mesmo além da esfera carnal. O Dia das Mães nos induz a pensar sobre isso.
Reencarnamos para aprender a amar. Precisamos aprender a disciplina, adquirir conhecimentos e fortalecer experiências. Mas tudo, no final das contas, se resume no Amor. O Universo foi feito do Amor de Deus. Deus é Amor. Difícil de entender? Para nos facilitar o entendimento é que reencarnamos, para praticar na matéria o Amor de que somos capazes.
Nosso estágio evolutivo não permite grandes voos filosóficos. A ideia que fazemos de Deus é o máximo que podemos alcançar. E para lembrarmos que Deus é Amor nascemos da mulher. Se Deus é a ideia mais alta que podemos alcançar, a Mãe é a primeira prova de Amor com que nos deparamos a cada mergulho na matéria.
Em mundos mais adiantados não existe a reprodução como a conhecemos, e talvez não exista por lá a figura materna. Para eles pode parecer muito estranho mudarmos de plano por meio de outro ser. Mudamos do plano astral para o plano físico por intermédio de um ser que já esteja no plano físico. Somos plantados dentro deste ser e germinamos no seu ventre. E no seu ventre crescemos, nos desenvolvemos, damos forma ao nosso corpo físico utilizando os recursos materiais que chegam até nós pela Mãe, este ser que nos abriga, sustenta e protege.
E quando inauguramos nosso diminuto invólucro de carne na reencarnação que se inicia, contamos com a Mãe para nos nutrir, agasalhar, zelar, velar, desvelar. Contamos com o seu amor, mais do que com o simples instinto ou senso de responsabilidade.
A Mãe é quem nos recepciona e orienta neste plano de que não temos lembrança quando aqui chegamos. É quem nos passa as primeiras informações de como a coisas funcionam por aqui. E se for uma Mãe como se espera que seja, vai nos lembrar valores que estão adormecidos dentro de nós, e que precisam ser reativados para que possamos utilizá-los. E vai perceber e corrigir desvios de caráter de que ainda não nos livramos, e que trazemos junto com o resto de nossa bagagem milenar.
Estranho ser, este, chamado Mãe. Se apega tanto aos seres que reencarnaram por seu intermédio que nem sempre sabe quando é o momento de deixar que eles caminhem com seus próprios pés, e que caiam de vez em quando para que aprendam a se levantar. Leva tão a sério o seu papel de recepcionista e instrutora do ser que brotou dentro dela, que custa a perceber e aceitar que este ser já existia há muito tempo, que não pertence a ela, que é um ser único, individual, um ser de ninguém. Filho de Deus, como todo mundo.
Quando eu era criança, aprendi na escola sobre a origem do Dia das Mães. Foi a iniciativa de uma moça que amava muito a sua mãe e que sentiu muito a sua falta quando ela desencarnou. Ficou deprimida mas teve ânimo de aceitar a ideia de suas amigas de homenagear a memória da sua mãe com uma festa. Isso a empolgou, e ela achou que esta festa, esta homenagem, devia ser direcionada a todas as mães, encarnadas e desencarnadas. A ideia foi se desenvolvendo como uma maneira de todas as crianças lembrarem e homenagearem as suas mães, valorizando os laços familiares e o amor e o respeito pelos pais. Iniciou uma campanha que durou uns três anos e se sagrou vitoriosa com a adoção de um dia dedicado às mães nos Estados Unidos da América. 
Muitos países aderiram à comemoração, inclusive o Brasil, onde foi introduzida por intermédio da ACM de Porto Alegre. Logo a ideia simples e despretensiosa se tornou mais uma data comercial. Hoje, no Brasil, o Dia das Mães só perde para o Natal em apelo comercial.
A literatura espírita é cheia de exemplos de mães que zelam durante séculos por seus filhos, no astral. A obra de André Luiz traz exemplos muito interessantes de mães bastante evoluídas espiritualmente que deixaram de desfrutar dos planos a que teriam direito para não se afastarem daqueles a quem permanecem amando como filhos do seu coração.
A todas as mães, a todos os pais, tios, tias, padrinhos, madrinhas que desenvolvem o amor e o papel de Mãe, nesta sociedade em que os papéis já não são estáticos como antes, feliz Dia das Mães!
Fonte: Espirito Imortal

sábado, 12 de maio de 2018

“ENCARNAÇÕES NOS DIFERENTES MUNDOS. HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI”

III – Encarnação nos Diferentes Mundos
 172. Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra?
  — Não mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição.
 173. A cada nova existência corpórea a alma passa de um mundo a outro, ou pode viver muitas vidas num mesmo globo?
  —Pode reviver muitas vezes num mesmo globo, se não estiver bastante adiantada para passar a um mundo superior.
 173 – a) Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra?
 — Certamente.
 173 – b) Podemos voltar a ela depois de ter vivido em outros mundos?
 — Seguramente; podeis ter já vivido noutros mundos bem como na Terra.
 174. É uma necessidade reviver na Terra?
 — Não. Mas, se não progredirdes, podeis ir para outro mundo que não seja melhor, e que pode mesmo ser pior.
 175. Há vantagem em voltar a viver na Terra?
— Nenhuma vantagem particular, a não ser que se venha em missão, pois então se progride, como em qualquer outro mundo.
 175 – a) Não seria melhor continuar como Espírito?
— Não, não! Ficar-se-ia estacionário, e o que se quer é avançar para Deus.
  176. Os Espíritos, depois de se haverem encarnado em outros mundos, podem encarnar-se neste, sem jamais terem passado por aqui?
— Sim, como vós em outros globos. Todos os mundos são solidários; o que não se faz num, pode-se fazer noutro.
 176 – a) Assim, existem homens que estão na Terra pela primeira vez?
— Há muitos, e em diversos graus.
 176 – b) Pode-se reconhecer, por um sinal qualquer, quando um Espírito se encontra pela primeira vez na Terra?
— Isso não teria nenhuma utilidade.
177. Para chegar à perfeição e à felicidade suprema, que é o objetivo final de todos os homens, o Espírito deve passar pela série de todos os mundos que existem no Universo?
— Não, porque há muitos mundos que se encontram no mesmo grau e onde os Espíritos nada aprenderiam de novo.
 177 a) Como então explicar a pluralidade de sua existência num mesmo globo?
— Eles podem ali se encontrar de cada vez, em posições bastante diferentes, que serão outras tantas ocasiões de adquirir experiência.
 178. Os Espíritos podem renascer corporalmente num mundo relativamente inferior àquele em que já viveram?
— Sim, quando têm uma missão a cumprir, para ajudar o progresso; e então aceitam com alegria as tribulações dessa existência porque lhes fornecem um meio de se adiantarem.
  178 – a) Isso não pode também acontecer como expiação, e Deus não pode enviar os Espíritos rebeldes a mundo inferiores?
— Os Espíritos podem permanecer estacionários, mas nunca retrogradas; sua punição, pois, é a de não avançar e ter recomeçar as existências mal empregadas, no meio que convém à sua natureza.
  178 – b) Quais são os que devem recomeçar a mesma existência?
— Os que faliram em sua missão ou em suas provas.
  179. Os seres que habitam cada mundo estão todos no mesmo grau de perfeição?
— Não. É como na Terra: há os que estão mais ou menos adiantados.
  180. Ao passar deste mundo para outro, o Espírito conserva a inteligência que tinha aqui?
— Sem dúvida, pois a inteligência nunca se perde. Mas ele pode não dispor dos mesmos meios para manifestá-la. Isso depende da sua superioridade e do estado do corpo que adquirir. (Ver influência do organismo, item 367).
  181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes aos nossos?
— Sem dúvida que têm corpos, porque é necessário que o Espírito se revista de matéria para agir sobre ela; mas esse envoltório é mais ou menos material, segundo o grau de pureza a que chegaram os Espíritos, e é isso que determina as diferenças entre os mundos que temos de percorrer. Porque há muitas moradas na casa de nosso Pai, e muitos graus, portanto. Alguns o sabem e têm consciência disso aqui na Terra, mas outros anda sabem.
  182. Podemos conhecer exatamente o estado físico e moral dos diferentes mundos?
 — Nós, Espíritos, não podemos responder senão na medida do vosso grau de evolução. Quer dizer que não devemos revelar estas coisas a todos, porque nem todos estão em condições de compreendê-las, e elas os perturbariam.
 Comentário de Kardec: À medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste, aproxima-se igualmente da natureza espírita. A matéria se torna menos densa, ele já não se arrasta penosamente pelo solo, suas necessidades físicas são menos grosseiras, os seres vivos não têm mais necessidade de se destruírem para se alimentar. O Espírito é mais livre e tem, para as coisas distanciadas, percepções que desconhecemos: vê pelos olhos do corpo aquilo que só vemos pelo pensamento.
 A purificação dos Espíritos reflete-se na perfeição moral dos seres em que estão encarnados. As paixões animais se enfraquecem, o egoísmo dá lugar ao sentimento fraternal. É assim que, nos mundos superiores ao nosso, as guerras são desconhecidas, os ódios e as discórdias não têm motivo, porque ninguém pensa em prejudicar o seu semelhante. A intuição do futuro, a segurança que lhes dá uma consciência isenta de remorsos fazem que a morte não lhes cause nenhuma apreensão: eles a recebem sem medo e como uma simples transformação.
 A duração da vida, nos diferentes mundos, parece proporcional ao seu grau de superioridade física e moral, e isso é perfeitamente racional. Quanto menos material é o corpo, está menos sujeito às vicissitudes que o desorganizam, quanto mais puro é o Espírito, menos sujeito às paixões que o enfraquecem. Este é ainda um auxílio da providência, que deseja, assim, abreviar os sofrimentos.
 183. Passando de um mundo para outro, o Espírito passa por nova infância?
— A infância é por toda parte uma transição necessária, mas não é sempre tão ingênua como entre vós.
 184. O Espírito pode escolher o novo mundo em que vai habitar?
— Nem sempre; mas pode pedir e obter o que deseja, se o merecer. Porque os mundos só são acessíveis aos Espíritos de acordo com o grau de sua elevação.
 184 – a) Se o Espírito nada pede, o que determina o mundo onde irá reencarnar?
 — O seu grau de elevação.  
 185. O estado físico e moral dos seres vivos é perpetuamente o mesmo em cada globo?
 — Não; os mundos também estão submetidos à lei do progresso. Todos começaram como o vosso, por um estado inferior, e a Terra mesma sofrerá uma transformação semelhante, tornando-se um paraíso terrestre, quando os homens se fizerem bons.
Comentário de Kardec: É assim que as raças que hoje povoam a Terra desaparecerão um dia e serão substituídas por seres mais e mais perfeitos. Essas raças transformadas sucederão à atual, como esta sucedeu a outras que eram mais grosseiras.
 186. Há mundos em que o Espírito, deixando de viver num corpo material, só tem por envoltório o períspirito?
 — Sim, e esse envoltório torna-se de tal maneira etéreo que para vós é como se não existisse; eis então o estado dos Espíritos puros.
 186 – a) Parece resultar daí que não existe uma demarcação precisa entre o estado das últimas encarnações e o do Espírito puro?
 — Essa demarcação não existe. A diferença se dilui pouco a pouco e se torna insensível, como a noite se dilui ante as primeiras claridades do dia.
 187. A substância do períspirito é a mesma em todos os globos?
 — Não; é mais eterizada em uns do que em outros. Ao passar de um para outro mundo, o Espírito se reveste da matéria própria de cada um, com mais rapidez, que o relâmpago.
 188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais ou encontram-se no espaço universal, sem estar ligados especialmente a um globo?
 — Os Espíritos puros habitam determinados mundos, mas não estão confinados a eles como os homens à Terra; eles podem, melhor que os outros, estar em toda parte(1).
(1) De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente: Marte lhe seria ainda inferior e Júpiter muito superior em todos os sentidos. O Sol não seria um mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar de encontro de Espíritos superiores, que de lá irradiam seu pensamento para outros mundos, que dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais se comunicam por meio do fluido universal. Como constituição física, o Sol seria um foco de eletricidade. Todos os sóis, ao que parece, estariam nas mesmas condições.
O volume e o afastamento do Sol não tem nenhuma relação necessária com o grau de desenvolvimento dos mundos, pois parece que Vênus está mais adiantado que a Terra e Saturno menos que Júpiter Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e é de admirar que num globo tão adiantado se encontrem homens que a opinião terrena não considerava tão elevados. Isto, porém, nada tem de surpreendente, se considerarmos que certos Espíritos que habitam aquele planeta podiam ter sido enviados à Terra, em cumprimento de uma missão que, aos nossos olhos, não os colocaria no primeiro plano; em segundo lugar, entre a sua existência terrena e a de Júpiter, podiam ter tido outras, intermediárias, nas quais se tivessem melhorado; em terceiro lugar, naquele mundo, como no nosso, há diferentes graus de desenvolvimento, e entre esses graus pode haver a distância que separa entre nós o selvagem do homem civilizado. Assim, o fato de habitarem Júpiter, não se segue que estejam no nível dos seres mais evoluídos, da mesma maneira que uma pessoa não está no nível de um sábio do Instituto, pela simples razão de morar em Paris.
As condições de longevidade não são, por toda parte, as mesmas da Terra, não sendo possível a comparação de idades. Uma pessoa, falecida há alguns anos, quando evocada, disse haver encarnado, seis meses antes, num mundo cujo nome é desconhecido. Interpelada sobre a idade que tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso calcular, porque não contamos o tempo como vós; além disso, o nosso meio de vida não é o mesmo; desenvolvemo-nos muito mais rapidamente; tanto assim que há apenas seis dos vossos meses nele me encontro, e posso dizer que, quando à inteligência, tenho trinta anos de idade terrena.”
Muitas respostas semelhantes foram dadas por outros Espíritos e nada há nisso de inverossímil. Não vemos na Terra tantos animais adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Porque não poderia dar-se o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado, que o desenvolvimento alcançado pelo homem na Terra, na idade de trinta anos, talvez não seja mais que uma espécie de infância comparado ao que ele deve atingir. É preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos da criação, e seria rebaixar a Divindade, acreditar que, além de nós, ele nada mais poderia criar.

Fonte: Allan Kardec- O Livro dos Espíritos..

sexta-feira, 11 de maio de 2018

“NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO: A ENCARNAÇÃO É UM CASTIGO? SOMENTE OS ESPÍRITOS CULPADOS ESTÃO SUJEITOS A ENCARNAÇÃO?

25. É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão
sujeitos a sofrê-la?
A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que
eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência.
Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, e toda preferência,uma injustiça; mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. 
Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. – São Luís. (Paris, 1859.)
Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo 77
26. Nota. Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão.
Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim, e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado,abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. 
Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.
Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. 
Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que
há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. 
Ora,qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil.
Pela reencarnação no mesmo globo, quis Ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente
em contato, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade.
Evangelho Segundo o Espiritismo

“COMO SERÁ SUA CASA NO MUNDO ESPIRITUAL?

Sua casa será construída de matéria própria do mundo espiritual. A construção será feita de forma muito parecida com a nossa: primeiro será concebida pelo pensamento, pela vontade de construí-la. Depois os Espíritos habilitados utilizarão a matéria espiritual até dar um resultado final desejado.
“Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.” (1)
Não é exatamente assim que fazemos por aqui? Primeiro pensamos, idealizamos nossa casa, depois os engenheiros e arquitetos fazem a planta. Finalmente, entregamos a construção nas mãos das pessoas que têm a capacidade para construí-la: pedreiros, pintores etc.
Para erguer nossa casa precisamos de vários materiais que combinados oferecem o conjunto desejado: tijolos, cimento, areia, telhas, tinta etc.
No mundo espiritual também os espíritos irão combinar a matéria do mundo espiritual para a construção de casas. Os Espíritos agem com a força do pensamento e são treinados para agirem como os técnicos/profissionais do nosso mundo.
E saiba de uma coisa muito interessante: tudo no mundo espiritual é sólido para os espíritos desencarnados como o chão aqui é para nós. Para eles a casa, os utensílios, as roupas, os veículos, as plantas etc, são tão sólidos como o material mais resistente o é para nós outros aqui no nosso mundo.
“Esses fluidos têm para os Espíritos uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.”(1)
Frequentemente amigos e familiares desencarnados já nos aguardam com uma casa pronta: podemos morar temporariamente com eles como hóspedes ou definitivamente (enquanto permanecermos desencarnados). Afinal, as cidades espirituais já existem e elas possuem casas, escolas, ruas, avenidas, parques etc. Tudo já está pronto.
Alguma coisa diferente daqui? Não, nada diferente.
Quando você nasceu já existia um mundo pronto para você aqui também. Você nasceu numa cidade e casa que já tinham sido construídas.
Com o tempo você cresceu e – se for um brasileiro “sortudo” –   pôde construir sua própria casa do jeitinho que você queria, não?
Poderá ocorrer o mesmo com você após a desencarnação. Chegando ao Plano Espiritual, familiares e amigos queridos o acolherão e levarão para uma casa (ninguém se encontra em desamparo). Depois você poderá adquirir a sua também (já pronta) ou construí-la se tiver capacidade para isso.
André Luiz nos relata, no livro Nosso Lar, que quando chegou àquela cidade foi gentilmente convidado a morar na residência da Sra Laura. Ela e toda a sua família eram trabalhadores de Nosso Lar.
Terá André Luiz, hoje – se ainda estiver residindo em Nosso Lar -, sua própria casa? É provável que sim, pois lá as residências podem ser adquiridas com a moeda local: o bônus-hora.
Essas casas, inclusive, podem ser deixadas de herança. Só que a herança naquela cidade ocorre em sentido inverso: o Espírito desencarnado deixa de herança um imóvel quando sai da cidade para reencarnar. Aqui, deixamos bens de herança quando desencarnamos.
Como a matéria do Plano Espiritual é bem menos grosseira que a nossa, os imóveis não ficam sujeitos à deterioração, isto é, não ficam velhos e não precisam ser demolidos.
Não existem reformas, mas alterações/mudanças, conforme o gosto, com as casas “em pé”, sem necessidade de demolição para construção de uma nova.
Mas não nos esqueçamos que o local para onde iremos assim que deixarmos o corpo físico estará subordinado à nossa condição espiritual: equilíbrio, paz interior, prática do bem etc, enfim, atitudes e ações que poderão nos conferir merecimento para desfrutarmos de uma vida mais feliz.
Fernando Rossit-Fonte: Kardec Rio Preto
Bibliografia:
1-“A Gênese”, Cap. XIV, Alan Kardec
2-“Devassando o Invisível”, Nada de Novo, Ivonne Pereira

quinta-feira, 10 de maio de 2018

“PORQUE ACORDAMOS COM DORES, MAL-ESTAR E DESANIMO PELA VIDA. VISÃO ESPIRITA. ”

Quando dormimos, nossa alma acorda. Não somos o nosso corpo, em essência, somos a consciência que habita nosso corpo.
Quando adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com isso permitimos que nossa consciência – que está sediada na alma – se desligue temporariamente e viaje pelos mais diferentes locais nas dimensões extrafísicas.
Podemos viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos sintonizados em vibrações positivas. Nessa condição, normalmente quando acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.
Podemos também ser obsediados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano espiritual, por desafetos de outras vidas e até por outros seres encarnados também em projeção astral. Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir. E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal estar, desânimo pela vida, entre outros.
Podemos ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. Isso também acontece quando estamos hiperativos mentalmente.

Nestes casos, o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa consciência não se liberta por completo. Normalmente nessas situações, após o período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude física e mental.
Pense um pouco. Se o cansaço é físico, tome uma providência. As leis Divinas recomendam o repouso. Se for demasiado o cansaço, talvez você esteja doente e precise de atendimento profissional. Procure um médico, realize exames, trate-se.
Se o seu cansaço o preocupa, tome o caminho mais conveniente. Mas, se por qualquer motivo não puder fazer isso, então silencie. Trabalhe e ore, buscando apoio e refazimento nas fontes espirituais.
Procure Jesus na intimidade de seu coração e entregue a Ele o seu cansaço e o seu descanso.
Ilumine os campos da alma com atividades que o enriqueçam espiritualmente, que o alegrem verdadeiramente.
Evite reclamações constantes, porque elas não melhorarão o seu cansaço, nem seu esgotamento.
Procure atividades que o refaçam. Escolha um local onde necessitem de braços amigos e se ofereça como voluntário. Mudança de atividade é também repouso.
Para o seu lazer escolha o que o possa refazer. Um passeio tranquilo, a observação atenta de um quadro da natureza. Delicie-se com uma música. Desfrute o aconchego familiar. Ore e seja feliz.
O sono foi dado ao homem para a reparação das forças físicas e das forças morais.
Enquanto o corpo se recupera dos efeitos da atividade do dia, o espírito também se reabastece no mundo espiritual.
Por isso mesmo a prece, antes do sono físico, se faz tão importante. Com ela, sintonizamos com as mentes superiores com as quais, logo mais, quando dormirmos, poderemos nos encontrar para os diálogos que alimentam a alma e fortificam a disposição para as lutas 
Adquirir o hábito de nos prepararmos consciencialmente para o sono, equalizando nossos pensamentos em elevadas vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a nossa mente, procurando manifestar uma intenção positiva, de ter uma projeção astral proveitosa e harmoniosa.
É importante a realização da prece, magnetizada pela vontade de servir os planos de Luz naquilo que os seres de amor entendam que seja a tarefa adequada para nós.
Também podemos e devemos pedir treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com o objetivo seguirmos evoluindo na experiência física.
Prepare-se para o sono, cuide da sua energia antes de embarcar na viagem da alma, e jamais, de maneira alguma, adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta, vingança e mágoa, porque eles podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os planos mais densos e os seus representantes.
Autor desconhecido- Fonte:  Mensagem Espirita.


“TRATAMENTOS ESPIRITUAIS DURANTE O SONO. DICAS PARA RECEBER TRATAMENTOS ESPIRITUAIS ENQUANTO VOCÊ DORME. ”

Muitas vezes somos operados espiritualmente durante o sono sem saber. Muitas das nossas doenças podem ser curadas durante o sono com a ajuda de bons espíritos quando a cura é importante.

Pelo sono e desligado a consciência da vigília ou consciente físico, assim há uma facilidade maior de se trabalhar o nível do corpo astral e os demais níveis de consciência para que desdobrados, os espíritos trabalhem essas situações e liberem através do magnetismo algumas memórias ou mesmo sanar as mazelas do corpo.
As criaturas que normalmente adormecem profundamente nessa espécie de tratamento, teriam dificuldade maior de expandir a consciência (entrar em estado alterado) para verificação de seu passado, caso não estivessem em processo de sono.
Produzido o sono, a expansão e o trabalho em nível interno ficam facilitados e a criatura terá condições de entrar em contato com as situações de passado, não trazendo nada para a memória consciente. Mas haverá da mesma forma, a libertação do problema e resolução da dificuldade.
Antes de se entregar ao repouso noturno, procure fazer uma prece, de modo a ter um repouso tranquilo, afim de haurir forças e consolo para continuar lutando pelo próprio progresso, “e, ao despertar, sentir–se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade”.
DICAS PARA RECEBER TRATAMENTOS ESPIRITUAIS ENQUANTO VOCÊ DORME.
- Jamais durma contrariado, chateado ou alcoolizado.
- Coma algo muito leve e no máximo até 3 horas antes de dormir. Não coma carne ou gorduras pesadas.
- Prepare-se para dormir, sentando-se a beira da sua cama, fazendo uma intenção positiva de luz. Faça uma oração apenas de agradecimento. Agradeça a sua vida, a sua existência e eleve os pensamentos aos seres de luz que você acredita e confia. Depois eleve os pensamentos, pedindo em intenção mental que você receba dos seres de luz de cura espiritual, o tratamento que você precisa. Então por último diga. Solicito em nome do bem maior, tratamento para ( diga especificamente o que você precisa)
- Somente depois da fase anterior feita, deite-se na cama. Então peça ao seu anjo da guarda, amparador ou protetor espiritual lhe proteger durante o sono.
- Muito importante: Faça 20 respirações profundas. Inspire e Expire no mesmo tempo. É muito importante que você siga corretamente essa fase e que tome cuidado para que o tempo inspiração e de expiração sejam idênticos e que a respiração não seja rápida, mas longo e calma.
- Entregue-se ao sono e simplesmente relaxe.
- Faça o mesmo processo pelos dois dias seguidos.
- Você sempre deve fazer 3 dias seguidos, não interrompa.
- Depois de fazer os 3 dias, dê uma semana de intervalo, caso você queira fazer o ciclo novamente. Você pode fazer o ciclo quantas vezes quiser, desde que dê o tempo de uma semana de espera.
- No outro dia, ao acordar, é recomendável que você anote possíveis lembranças de possíveis sonhos, pois eles lhe farão muito sentidos e poderão significar muitas mensagens de orientações.
- Faça a sua parte em mudar atitudes, pensamentos e sentimentos.
Buno J. Gimenes-Fonte: Mensagem Espirita



quarta-feira, 9 de maio de 2018

“COMO FUNCIONA OS TRABALHOS DE DESOBSESSÃO NAS CASAS ESPIRITAS?”

Os Trabalhos de Desobsessão devem ser Abertos ou Fechados?
No Espiritismo existem alguns conceitos básicos para permitir um perfeito entendimento:
Obsessão: ligação mental negativa entre dois seres; que podem estar encarnados ou desencarnados.
Obsessão pode ocorrer em três níveis: simples, fascinação e subjugação.
*simples: o obsessor causa apenas um pequeno mal-estar
*fascinação: o obsessor produz uma ilusão e causa um mal-estar generalizado.
*subjugação: o obsessor já paralisa a vontade do obsediado.
Desobsessão: Tratamento nas casas espíritas de pessoas que estão sofrendo essas
Equipe de desobsessão: grupo de tarefeiros de uma casa espírita que se reúnem para eliminar essa ligação mental entre os seres.
Assistidos: pessoas (encarnadas ou desencarnadas) com problemas que para se livrarem desse elo negativo procuram a casa espírita.
Porque é aconselhado que os trabalhos de desobsessão não sejam abertos ao público? E por que em muitos casos nem aos assistidos (encarnados) no momento do trabalho mediúnico?
Esse trabalho requer uma harmonização, preparo do ambiente, concentração da equipe e muito amor. Portanto, a participação do público estaria interferindo, inclusive mediunicamente no bom resultado a ser alcançado.
Além disso, poderíamos ter no público pessoas com mediunidades ostensivas. Elas poderiam se envolver, mediunicamente nos trabalhos de Desobsessão, com os assistidos desencarnados. Isso poderia desviar o foco do trabalho e a reunião perderia o controle e o resultado
Também não é aconselhável a participação dos assistidos encarnados no momento das manifestações mediúnicas. Isso devido, além do envolvimento mediúnico, a possibilidade de causar uma “forte impressão” de estar achando que tudo está ligado ao seu problema e esse assistido poderá sair do ambiente com mais cargas negativas ainda, descaracterizando assim o objetivo do trabalho.
Além disso, não seria caridoso com nossos irmãos sofredores (assistidos espirituais) colocá-los frente a frente com o obsediado. Isso poderia ocasionar uma “invertida” nos resultados, além de que poderíamos perder completamente o controle da situação.
TV MUNDO MAIOR | Arcangelo Vicente

A Obsessão nada mais é do que uma ligação mental negativa entre dois seres. Pode ocorrer de desencarnado para encarnado, de encarnado para desencarnado, de encarnado para encarnado ou desencarnado para desencarnado.
Ela nasce de uma ideia fixa que dois ou mais seres possam ter entre si e pode ser causada por algum hábito, vício ou desejo em comum.
Ex: Um espírito desencarnado que era alcoólatra e que não sabe que desencarnou, sente necessidade do efeito do álcool, aproxima-se de uma pessoa que tenha predisposição à bebida e a induz a beber mais, podendo assim atrapalhar os caminhos de sua vida.
Pode ocorrer também entre familiares.
Uma mãe que desencarna, por exemplo, trazendo consigo uma grande preocupação a respeito de seu filho, pode iniciar um processo de simbiose espiritual através dessa preocupação, sem ter ideia do que está fazendo.
Desafetos de vidas passadas também podem evoluir para um processo de obsessão através de sentimentos de vingança, rancor e antipatia.
Algumas sensações que podem caracterizar a obsessão são, entre muitas outras: desânimo, depressão, pessimismo, irritação e atritos frequentes com familiares, companheiros de trabalho ou até mesmo amigos.
É importante lembrar que nem sempre estes sintomas podem representar um quadro obsessivo.
O TRATAMENTO DE DESOBSESSÃO
A obsessão não deve ser tratada com misticismo, ela nada mais é do que uma doença espiritual que deve ser tratada. O tratamento espiritual não prescinde em circunstância alguma do tratamento dos médicos encarnados que, em caso de necessidade, deve ser feito paralelamente.
O tratamento de desobsessão é dedicado tanto ao obsessor quanto ao obsediado.
O obsessor é levado para a câmara de desobsessão, onde os médiuns e mentores espirituais presentes irão orientá-lo (muitas vezes o obsessor sequer sabe que desencarnou) sobre as leis que regem esse novo mundo que ele agora habita e sobre os caminhos que deve percorrer.
A participação do obsediado é fundamental. É muito importante que ele vigie seus pensamentos, pois são eles que formam o elo entre os dois. Muitas vezes começamos com uma pequena irritação, algo sem tanta importância e acabamos desencadeando uma bola de neve. Sem percebermos, perdemos o controle sobre nós mesmos.
No começo essa tarefa não é fácil! Mas deve haver persistência. Tudo é uma questão de vigilância. Ao conseguirmos, percebemos como é simples melhorar nossas vidas.
Caso o obsediado não consiga desviar estes pensamentos, deve fazer uma prece espontânea vinda do coração (evitando orações decoradas) e/ou leituras edificantes (pode comprar um livro ou se desejar, pegá-lo emprestado na biblioteca circulante do CEC).
Estes são alguns passos fundamentais para o tratamento da desobsessão. Entretanto, é muito importante lembrar que a reforma íntima, a mudança de seus pensamentos e de suas atitudes para com o próximo e consigo mesmo é fundamental.
Em muitos casos, ao final do tratamento, os obsessores evoluem e em gratidão ao auxílio que tiveram (graças a atitude do obsidiado de procurar ajuda para ambos) tornam-se grandes amigos, ou até mesmo grandes protetores do ex-obsediado.
Portanto, é muito importante que o obsessor não seja tratado como um inimigo, mas sim como um irmão que necessita de auxílio.
CEC- Centro Espirita da Consolação.


terça-feira, 8 de maio de 2018

“COMO ESTARÃO MEUS ENTES QUERIDOS NO PLANO ESPIRITUAL? BEM OU MAL?

Como saber se uma pessoa desencarnada está bem ou mal no plano espiritual?
Para responder essa pergunta é preciso esclarecer que não existe “estar bem” ou “estar mal” no plano espiritual. O estado positivo ou negativo nos planos imateriais é um reflexo da natureza de uma alma e do seu estado de elevação e libertação. No plano físico a ideia de estar bem ou estar mal faz sentido.
Reconhecemos que estar bem é estar devidamente servido em quesitos básicos de sobrevivência, como ter estabilidade material, dinheiro, conforto, fazer o que gosta, ter saúde física e mental, ter nossas necessidades supridas e estar satisfeito com a vida que se leva. Todas essas são condições físicas que nos sustentam materialmente, nos dão conforto e estabilidade para vivermos nossa vida.
No entanto, no plano incorpóreo, não existem condições externas que dão suporte ao espírito. Ao atravessar o limiar da vida e da morte, a alma perde todos os alicerces externos e passa a ser exatamente aquilo que ela é. Sua natureza interna aparece com toda a clareza e ela passa a manifestar aquilo que estava oculto.
No plano físico existem muitas formas de uma pessoa dissimular seu interior. Um homem arrogante pode fingir ser humilde; um homem egoísta pode fingir ser muito caridoso e doar grandes somas em dinheiro para instituições; um homem pode fingir honestidade e ser ladrão e mentiroso; pode também fingir felicidade diante de todos, mas sentir-se profundamente infeliz. Podemos enganar outras pessoas quando estamos no mundo, mas jamais podemos mascarar qualquer coisa e ludibriar alguém após a morte.
No plano espiritual ninguém pode dissimular nada: as almas manifestam com total limpidez aquilo que são. Por isso, a pergunta que se faz sobre a alma estar bem ou mal no plano espiritual não faz sentido. O espírito se encontrará bem se ele for bom, e se encontrará mal se ele for mau. Ele será luz se existir luz em si, e será escuridão caso seu interior seja obscuro. Ele estará bem se for uma alma pura, e estará em sofrimento se for uma alma atormentada. A alma expressará exatamente aquilo que ela é e o que plantou em suas múltiplas existências terrenas.
Após a morte, a alma não pode jamais sentir-se bem se não tem esse bem dentro de si. Nos termos da Psicologia, podemos dizer que o inconsciente e o consciente passam a ser um só, não havendo mais divisão entre ambos. Por esse motivo, ao chegarem no plano espiritual e sentirem exatamente como são, as almas anseiam pela reencarnação para que possam se purificar e aprender.
Esse inclusive é um estímulo muito importante para que a alma manifeste seu intento de retornar e refazer sua vida, para que possa se depurar e eliminar todas as impurezas do seu ser.
Diante dessas explicações, aqueles que desejam saber como está seu ente querido ou amigo após a morte, basta que se lembrem de como ele foi em vida, que tipo de pessoa ele era e qual o grau de pureza, simplicidade e desprendimento de sua alma.
(Hugo Lapa)

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...