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quarta-feira, 16 de maio de 2018
terça-feira, 15 de maio de 2018
"EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS NAS REUNIÕES MEDIÚNICAS."
A questão das Evocações nas Reuniões
Mediúnicas, método utilizado aos tempos de Allan Kardec, surge de vez em quando
nos encontros que realizamos para estudo da Mediunidade. É do conhecimento
geral, que o Codificador usava esse processo nas sessões da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, sendo também adotada fora dali pelos grupos
que se formaram à época. Também é sabido que as comunicações eram, em sua
grande maioria, Psicográficas.
Toda uma falange de Espíritos está a
postos para assessorá-lo nos dois planos da vida, sob a direção do Espírito de
Verdade. Kardec conta também com elementos encarnados em postos-chave que
viriam a contribuir para o êxito da missão. Médiuns, também escolhidos, o
rodeavam, absolutamente maleáveis, seguros, confiáveis, adestrados para uma
psicografia mecânica pura, de altíssimo nível, em grupos familiares e
posteriormente na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Além disso, há que
se levar em consideração o trabalho de pesquisa que deveria efetuar.
Julgam alguns que por ser este o
método utilizado por Allan Kardec, deveria ser também o das reuniões mediúnicas
da atualidade. Alegam outros que aguardar que os Espíritos se comuniquem
espontaneamente é uma atitude passiva e alienante, e que significa
subordinação.
Vejamos como Kardec trata do assunto
em O Livro dos Médiuns.
Ele dedica um extenso capítulo às
evocações, o de número 25. Inicialmente diz que as manifestações dos Espíritos
podem ser de duas maneiras, pela evocação ou espontaneamente. Fala então das
vantagens e desvantagens dos dois processos.
Nas comunicações espontâneas,
esclarece, não chamar a nenhum Espírito em particular “é abrir a porta a todos
os que queiram entrar”. O contrário acontece quando se faz a chamada direta de
determinado Espírito, pois que isto “constitui um laço entre ele e nós.” (it.269)
Ressalta, em seguida, que as
comunicações espontâneas não apresentam inconveniente algum e que dessa maneira
“se podem obter coisas admiráveis.” Nos casos de evocação, prossegue,
“surpreende, não raro, a prontidão com que um Espírito evocado se apresenta,
mesmo da primeira vez. Dir-se-ia que estava prevenido.” E de fato, aduz,
havendo a preocupação antecipada em evocar determinado Espírito, este é
convocado pelo “Espírito familiar do médium, ou do interrogante, ou ainda um
dos que costumam frequentar as reuniões.” (it. 271).
No item 272, há uma afirmativa muito
interessante:
“Frequentemente as evocações oferecem
mais dificuldades aos médiuns (grifei) do que os ditados espontâneos, sobretudo
quando se trata de obter respostas precisas a questões circunstanciadas. Para
isto, são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos
(grifos do original) e já em o nº 193 vimos que estes últimos são bastante
raros, por isso que, conforme dissemos, relações fluídicas nem sempre se
estabelecem instantaneamente com o primeiro Espírito que se apresente.”
O item 193 citado está no capítulo
referente aos médiuns especiais e ressalta a importância da afinização fluídica
que deve existir entre o comunicante e o medianeiro. Esta afinização é uma das
leis da comunicação espírita, conforme Léon Denis, em “No Invisível”.
Diante da alegação de que a
identificação do Espírito é mais fácil quando ele vem espontaneamente
declarando o seu nome, Kardec lembra que isto não significa autenticidade,
porque qualquer Espírito pode-se fazer passar por outro. Nenhuma garantia há, a
não ser a análise do conteúdo da mensagem e da linguagem do comunicante. São
estes os meios básicos de controle.
A propósito da identidade dos
Espíritos, Kardec escreveu o cap. 24 onde relaciona nada mais nada menos que 54
itens sobre o assunto, que auxiliam os médiuns e participantes em geral dos
trabalhos mediúnicos no tocante à identificação, qualquer que seja o gênero da
reunião. Infelizmente bem poucos conhecem estes itens. Todavia, a análise das
comunicações é aconselhada pelos próprios Espíritos, que, se são realmente
superiores, nada têm a temer.
Voltando ao cap. 25, it. 283-a , o
Codificador, tratando da evocação dos animais, interroga porque algumas pessoas
ao evocarem animais obtiveram respostas, ao que os Espíritos declararam: “Evoca
um rochedo e ele te responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a
tomar a palavra sob qualquer pretexto.” Em seguida há uma nota de Kardec na
qual ele conta o caso dos pintassilgos, que é uma graça e vale a pena ser lido.
No cap. 17, “Da formação dos
médiuns”, Kardec recomenda ao aspirante a médium que não adote a evocação
direta de um Espírito (it. 203), explicando as dificuldades do processo e
aconselhando um apelo geral.
Estamos, portanto, diante de duas
opções, dois métodos diversos.
Em Léon Denis, todavia, encontramos
um tipo de reunião bastante aproximado da atual.. Na sua extraordinária obra
literária encontram-se diversas citações sobre as sessões das quais
participava. Em “No Invisível”, ele declara: “Não é indispensável fazer evocações
determinadas. Em nosso grupo raramente as praticávamos. Preferíamos dirigir um
apelo aos nossos guias e protetores habituais, deixando a qualquer Espírito a
liberdade de se manifestar sob sua vigilância. O mesmo acontece em grupos de
nosso conhecimento.”
Assim, como conciliarmos o método das
evocações praticadas por Kardec e o que lemos em O Livro dos Médiuns, já que a
soma das argumentações apresentadas pelo próprio Kardec parecem indicar que o
melhor método seria o das comunicações espontâneas?
Para responder a esta pergunta é
imprescindível ressaltar a natureza da missão de Allan Kardec. Ele era o
missionário escolhido e convidado para a grandiosa tarefa da codificação da
Doutrina dos Espíritos. A sua posição singular; as condições que o cercavam
únicas e especialíssimas. O seu tempo, bem curto ante a grandeza da obra.
Pode-se observar parte dessa pesquisa
nas 66 comunicações inseridas na segunda parte de O Céu e o Inferno. As
evocações eram feitas a partir de notícias de falecimentos publicadas nos
jornais, ou nomes trazidos pelos participantes do grupo, desde que julgassem
serem oportunos e úteis para os estudos e pesquisas. Feita a evocação a
comunicação quase sempre era imediata. Kardec extraía da narrativa dos
Espíritos as teorias compatíveis, sendo esta, aliás, uma das características
marcantes da Doutrina: a teoria baseada em fatos. Os acontecimentos indicando
os fundamentos, os princípios norteadores.
Outros fatores contribuíram para que
se abandonasse a prática da evocação. Um deles foi o receio de haver indução,
sugestionamento ou animismo por parte do médium, além de que, este acabaria
quase que na obrigação de desempenhar, nesse contexto todo, o papel que dele se
esperava. Até mesmo para agradar ao dirigente e ao grupo. Outro aspecto é o do
constrangimento e inibição que, geralmente, acompanha esse tipo de prática,
decorrentes da expectativa formada em torno do médium.
Pode-se deduzir que a mudança do
método nas sessões mediúnicas seja, inclusive, por não ter o da evocação
produzido, após Kardec, os resultados esperados. Ou por não se conseguirem
médiuns em condições apropriadas. Ou as duas coisas simultâneas.
Entretanto, mesmo o processo da
evocação coloca os encarnados numa certa passividade, ou seja, à espera de que
os guias tragam o evocado ou que ele possa ou queira atender por si mesmo, ao
chamado nominal.
Acresce ainda, que só pelo fato de se
chamar determinado Espírito não quer dizer que ele virá; muitas dificuldades
existem a serem vencidas. E se houver resposta isto não significa que seja o
evocado. Entram aí os mesmos fatores que ocorrem nas comunicações espontâneas,
isto é, a hipótese de mistificação, animismo, indução, etc. E no caso da
evocação com um peso mais forte, pois exige-se, de imediato, a identificação.
No outro processo isto acontece de modo bem mais natural e só vem ao final da
comunicação, o que propicia ao médium ir-se afinizando, cada vez mais, com o
Espírito, durante o transcurso da mensagem e estar mais seguro quanto a sua
identidade.
É conveniente mencionar, contudo, que
em muitos casos o médium identifica de pronto o comunicante, mesmo antes de
iniciar a transmissão. Isto varia de médium para médium e depende também das
circunstâncias.
O essencial é que, nesse atual método
adotado pelas reuniões, não se deixe de lado a avaliação criteriosa das
comunicações, passando-as sempre pelo crivo da razão. Que cada um exerça o seu
direito pessoal e intransferível de analisar, de extrair ilações das mensagens.
A aceitação cega e mística é que tem
prejudicado a evolução dos trabalhos mediúnicos. O que, em última análise,
evidencia a falta de estudo da Doutrina. A não assimilação dos ensinamentos, ou
a sua deturpação por não compreensão dos mesmos, por ranços religiosos, opiniões
pessoais, etc.
Exercer a mediunidade com amor não
significa, em absoluto, desprezar o estudo, a avaliação meticulosa dos
trabalhos, a investigação equilibrada e benéfica. Nada impede que sejam
atendidas as duas partes.
Não sei quem estabeleceu em nosso
meio a idéia de que a mediunidade com Jesus, a caridade, o amor ao próximo são
incompatíveis com o estudo, a pesquisa, o aperfeiçoamento das atividades. Este
modo de pensar não se coaduna, de modo algum, com o verdadeiro sentido da
mensagem do Cristo.
Ao contrário, o que se vê, através,
especialmente, das contribuições mediúnicas que nos chegam por intermédio de
Chico Xavier, Divaldo Franco e Yvonne Pereira é o conselho constante, é o apelo
maciço dos Benfeitores Espirituais conclamando os espíritas ao estudo. E a
mediunidade exercida com amor, alicerçada nos ensinamentos de Jesus não abdica,
em momento algum, dos critérios mais rígidos de controle e adestramento da
faculdade.
Léon Denis legou-nos exemplos
admiráveis de reuniões onde se cultivava o respeito profundo aos guias, onde a
mediunidade era exercida com amor sem que houvesse prejuízo ao estudo e
investigação.
Assim, a evocação teve a sua época.
Como também o diálogo com os Espíritos através da psicografia. O retorno ao
método da evocação, inclusive, não dinamizaria as atividades mediúnicas e nem
propiciaria o surgimento de médiuns mais aptos e seguros. No caso destes é
exatamente o contrário: o surgimento de médiuns mais adestrados é que
possibilitaria (talvez) as condições para as evocações.
É recomendável também a leitura do
it. 330 de O Livro dos Médiuns, que fala a respeito dos dos Espíritos que
acompanham os participantes das reuniões. É muito interessante.
E Kardec conclui: “Perfeita seria a
reunião em que todos os assistentes, possuídos de igual amor ao bem, consigo só
trouxessem bons Espíritos. Em falta da perfeição, a melhor será aquela em que o
bem suplante o mal. Muito lógica é esta proposição, para que precisemos
insistir.”
Suely Caldas Schubert.
Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor
Jerônimo Mendonça Ribeiro
“QUANDO DESENCARNAMOS, DEMORAMOS PARA NOS DESLIGAR? PORQUE? NÃO SÃO TODOS DELIGAMENTOS IGUAIS?
Morte física e desencarne não ocorrem
simultaneamente. O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O
Espírito Desencarna quando se completa o Desligamento, o que demanda algumas
horas ou alguns dias. Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto
são muito fortes nele as impressões da existência física. Indivíduos
materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de
objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais
tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja
reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais
podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo.
No entanto, não é aconselhável,
porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às
realidades espirituais.
O que aparentemente sugere um castigo
para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral
e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia.
Não obstante o constrangimento e as
sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes
carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o
desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções
totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um
enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que morte maravilhosa! Não
sofreu nada!"
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo
se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação,
pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a
existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após
prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando
lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que morte horrível! Quanto
sofrimento!"
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de
beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso
terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como
válvulas de escoamento das impurezas morais.
Destaque-se que o progressivo
agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da
religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano.
Por isso, quando a morte chega, ele
está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas
que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela
Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso.
Nelas a vida física extingue-se
mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes
um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Fonte: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo
Mendonça Ribeiro
segunda-feira, 14 de maio de 2018
“PRETO VELHO NO CENTRO ESPÍRITA? ISSO PODE ACONTECER??”
1 – O que dizer da manifestação de
pretos velhos no Centro Espírita, com seu linguajar peculiar? Não devem ser
estimulados a mudar a postura, instruindo-se?
Parece-me que a evolução não tem nada
a ver com a expressão física ou linguística. Espíritos que se manifestam como
pretos velhos podem ser muito evoluídos, tanto quanto branquelos podem ser
atrasados
2 –
O problema é quando Espíritos apresentam-se como orientadores. Fica
complicado aceitar que um mentor não tenha aprendido a falar
Kardec orienta que devemos considerar
o conteúdo, não a forma. Respeitando a opção do Espírito, tudo o que nos
compete avaliar é se sua mensagem guarda compatibilidade com os princípios
espíritas.
3 –
Não devemos, portanto, opor resistência à manifestação de pretos velhos,
índios, caboclos?
Não vejo motivo para cultivar
preconceitos, mesmo porque, não raro, Espíritos dessa condição, menos
esclarecidos e ainda vinculados às tradições da raça, manifestam-se para serem
ajudados, não para receberem lições de português.
4 –
E se estivermos diante de um condicionamento mediúnico, médiuns falando
como pretos velhos por imitação?
É um problema que compete ao
dirigente resolver, avaliando se está diante de manifestação autêntica ou de
mero condicionamento a partir da influência de outros médiuns. Não costuma
acontecer com médiuns que se preparam adequadamente em cursos específicos sobre
mediunidade.
5 – Diante de uma manifestação
autêntica, se o preto velho é um Espírito evoluído, não será razoável que se
manifeste com linguagem escorreita, sem maneirismos?
Penso que não devemos impor condições
ao manifestante. Os Espíritos desencarnados, quando evoluídos, podem adotar a
forma e o linguajar que lhes aprouver. É uma opção e um direito.
6 – Por que o fazem?
Pretos velhos revivem, nas
manifestações, o tempo em que estiveram em regime de escravidão, que lhes foi
muito útil, ajudando-os a superar o orgulho que marca o comportamento humano. É
uma homenagem que prestam à raça negra e um exercício de humildade.
7 – Quanto à morfologia
perispiritual, tudo bem. Quanto à palavra, não seria interessante usar uma
linguagem atual, não africanizada?
Pode acontecer, mas aí vai depender
do próprio grupo e de uma adequação dos médiuns. O Centro Espírita Amor e
Caridade, em Bauru, foi orientado desde sua fundação, em 1919, por uma corrente
africana. Seus representantes, em dado momento, observando a evolução do grupo,
na década de 40, disseram: Pretalhada vai vestir casaca. Anunciavam por esta
metáfora que a partir daquele momento eliminariam as expressões africanizadas,
o que de fato ocorreu.
8 – Devemos, então, admitir que esses
Espíritos façam uma adequação do linguajar, de conformidade com as tendências
ou necessidades do grupo?
Exatamente. Um confrade, médium
vidente, visitou certa feita um grande terreiro de Umbanda, em Vitória,
Espírito Santo. Viu algo que o perturbou: o Espírito Frederico Figner, que foi
dedicado diretor da Federação Espírita Brasileira, manifestar-se como um preto
velho. Julgou estar tendo uma alucinação e logo esqueceu. Algum tempo depois,
em visita a Uberaba, ouviu alguém perguntar a Chico Xavier por onde andaria
Frederico Figner. E o médium: Anda dando assistência a um terreiro de umbanda
em Vitória, no Espírito Santo.
CEAC | Richard Simonetti
“O DIA EM QUE UM PRETO VELHO FOI
EXPULSO DO CENTRO ESPÍRITA
Essa é uma história verdadeira. Ela
de fato aconteceu em um centro espírita de uma pequena cidade do estado de
Minas Gerais, há algum tempo atrás.
Conta-se que os médiuns estavam
realizando seus trabalhos de esclarecimento e doutrinação num centro espírita
do estado de Minas Gerais. Subitamente um preto velho incorporou numa médium e
começou a falar. No momento em que os trabalhadores perceberam que o espírito
incorporado era um preto velho, mandaram suspender a incorporação. Nesse centro
não eram aceitos pretos velhos, pois os dirigentes consideravam que os pretos
velhos são espíritos não muito evoluídos. Por isso, ele não poderia ser
admitido a orientar uma atividade de doutrinação. O espírito foi então
convidado a se retirar do centro. O preto velho fez o que eles pediram e foi
embora.
Logo depois, a médium incorporou um
espírito de um filósofo, um doutor de nome difícil, provavelmente europeu, que
foi muito bem recebido por todos os presentes. O filósofo deu instruções aos
membros do centro, fez os trabalhos de doutrinação e todos ficaram felizes e
maravilhados com a intervenção desse espírito, que consideraram um espírito
muito elevado.
Os dirigentes então resolveram que já
era hora de encerrar os trabalhos. No entanto, a médium novamente começou a
incorporar um espírito. Todos olharam com interesse aquela manifestação
mediúnica espontânea. Um dos trabalhadores disse que as atividades do dia já estavam
terminando e perguntou quem estava ali. O espírito respondeu que era de novo o
preto velho. O dirigente fez cara de tédio e perguntou o que ele ainda queria
ali nos trabalhos do centro. O preto velho então disse:
– Zifio… Ce suncê mi permiti, só quiria
que ocês sobessem qui o dotô que apareceu agora há poquinho era este preto
velho aqui, que agora proseia com vosmicês.
Todos ficaram espantados com a
revelação… O preto velho então começou a não mais falar como um preto velho:
– É engraçado isso, meus irmãos, pois
quando eu apareci como preto velho, fui praticamente expulso dos trabalhos de
vocês. Mas depois quando eu apareci no formato de um doutor, um filósofo
europeu prestigiado, que tem conhecimento acadêmico, com toda a pompa e com ar
de autoridade, todos me trataram muito bem, ouviram meus conselhos e ficaram
felizes e maravilhados com a aparição. Por que isso, meus filhos? Devo
alerta-los para esse comportamento de vocês. Prestem muita atenção nisso, meus
irmãos…
No plano espiritual, assim como em
toda a realidade universal, não existem aparências. As aparências existem
apenas aqui na Terra. Deus, em sua sabedoria infinita, oculta aos vossos olhos
as verdades do espírito camufladas pelas aparências do mundo… para que vocês
aprendam a vê-las com os olhos do coração, com a visão da alma e possam
enxergar a verdade como ela é. No plano espiritual, meus irmãos, não existem
doutores, não existem classes sociais, não existem nacionalidades, não existem
religiões, não existem raças, não existem essas divisões humanas que vocês
criaram em toda parte para poderem se sentir melhores uns que os outros. No
plano espiritual o que vale é o que você é lá no fundo, e não o que você tem.
Não, meus irmãos… todas essas
divisões são ilusórias. No plano espiritual o que vale é o amor, a verdade, a
paz, a harmonia interior. No plano espiritual ninguém é julgado por ser rico ou
pobre, branco ou negro, doutor ou uma pessoa simples. Lembram-se do que disse o
nazareno sobre isso meus irmãos? O mestre disse: “Deus revela aos simples de
coração aquilo que esconde dos doutos”.
Quando cada um de vocês chegar ao
plano espiritual, meus filhos, os anjos de Deus não vão perguntar quantos
títulos de doutor vocês conquistaram, quantos bens vocês acumularam, quanto
sucesso vocês fizeram, quantos altos cargos vocês subiram na empresa ou quanto
de boa fama vocês projetaram. Não meus queridos filhos… os anjos vão perguntar
quanta luz você espalhou pela Terra; quanto você tocou o coração dos outros com
justiça e benevolência e o quanto a sua obra foi pautada no amor e na paz… ou
se sua passagem na Terra foi apenas um capricho do ego, voltada apenas para seu
mundinho egoísta e para os prazeres da matéria.
Vamos tomar cuidado, meus queridos
filhos, com o veneno da hipocrisia e do preconceito. Não permitam que as
aparências do mundo roubem a sua essência. O importante, meus filhos, é o que
cada um traz em sua alma, em seu espírito. O que importa de verdade é ser
simples e verdadeiro… ser honesto e ter caráter, ser caridoso e ter o amor de Deus
no coração. Não se deixem levar pelas aparências, todas elas estão erradas e
vemos isso muito claramente quando chegamos ao plano espiritual. Lá, meus
filhos, não existem discriminações, todos trabalham por Deus e Deus é a
essência regente tudo. É isso que vocês devem buscar a partir de agora, meus
queridos filhos.
O preto velho despediu-se de todos e
então deixou a sala de atendimento do centro espírita. Os trabalhadores ficaram
envergonhados com seu próprio comportamento, mas adquiriram uma pérola de sabedoria
que nunca mais, em toda a sua vida, seria esquecida.
(Hugo Lapa)
“PERDA DE PESSOAS AMADAS. MORTES PREMATURAS. ”
21. Quando a morte ceifa nas vossas
famílias, arrebatando, sem restrições, os mais moços antes dos velhos,
costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica um que está forte e tem
grande futuro e conserva os que já viveram longos anos, cheios de decepções;
pois leva os que são úteis e deixa os que para nada mais servem; pois despedaça
o coração de uma mãe, privando-a da inocente criatura que era toda a sua
alegria.
Humanos, é nesse ponto que precisais
elevar-vos acima da terra a terra da vida, para compreenderdes que o bem,
muitas vezes, está onde julgais ver o mal, a sábia previdência onde pensais
divisar a cega fatalidade do destino. Por que haveis de avaliar a Justiça
divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor dos mundos se aplique, por mero
capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se faz sem um fim inteligente e,
seja o que for que aconteça, tudo tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis
melhor todas as dores que vos advêm, nelas encontraríeis sempre a razão divina,
razão regeneradora, e os vossos miseráveis interesses se tornariam de tão
secundária consideração, que os atiraríeis para o último plano.
Crede-me, a morte é preferível, numa
encarnação de vinte anos, a esses vergonhosos desregramentos que pungem
famílias respeitáveis, dilaceram corações de mães e fazem que antes do tempo
embranqueçam os cabelos dos pais. Frequentemente, a morte prematura é um grande
benefício que Deus concede àquele que se vai e que assim se preserva das
misérias da vida, ou das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é
vítima da fatalidade aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não
convir que ele permaneça por mais tempo na Terra.
É uma horrenda desgraça, dizeis, ver
cortado o fio de uma vida tão prenhe de esperanças! De que esperanças falais?
Das da Terra, onde o liberto houvera podido brilhar, abrir caminho e
enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz de elevar-se acima da matéria.
Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao vosso parecer tão cheia de
esperanças? Quem vos diz
que ela não seria saturada de
amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao ponto de lhe
preferirdes as da vida efêmera que arrastais Bem-aventurados os aflitos na Terra? Supondes
então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os
Espíritos bem-aventurados?
Em vez de vos queixardes,
regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale de misérias um de seus
filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí continuasse para sofrer
convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece de fé e que vê na morte
uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis que a alma vive melhor
quando desembaraçada do seu invólucro
corpóreo. Mães, sabei que vossos
filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão muito perto; seus corpos
fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, a lembrança que deles
guardais os transporta de alegria, mas também as vossas dores desarrazoadas os
afligem, porque denotam falta de fé e exprimem uma revolta contra a vontade de
Deus.
Vós que compreendeis a vida
espiritual, escutai as pulsações do vosso coração a chamar esses entes
bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em vós sentireis fortes
consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis aspirações grandiosas que
vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor prometeu.
– Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de
Paris. (1863.)
Se fosse um homem de bem, teria
morrido.
22. Falando de um homem mau, que
escapa de um perigo, costumais dizer: “Se fosse um homem bom, teria morrido.”
Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde
sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa,
do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta
quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele
axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.
Se morre um homem de bem, cujo
vizinho é mau homem, logo observais:
“Antes fosse este.” Enunciais uma
enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica
talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao
mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba
terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele
pronunciada, fosse
conservado no cárcere, ao mesmo tempo
que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito? Ficai sabendo
que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços
que o prendem ao corpo.
Habituai-vos a não censurar o que não podeis
compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que
vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas
faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos
obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à
medida que
vos elevardes, diminuirá para vós a
importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples
incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência
verdadeira. – Fénelon. (Sens, 1861.)
Fonte: Evangelho Segundo o Espiritismo
domingo, 13 de maio de 2018
“DIA DAS MÃES NA VISÃO ESPÍRITA”
O Espiritismo produz uma farta
literatura. E a literatura espírita é pródiga em exemplos de mães que se
desvelam por seus filhos mesmo além da esfera carnal. O Dia das Mães nos induz
a pensar sobre isso.
Reencarnamos para aprender a amar.
Precisamos aprender a disciplina, adquirir conhecimentos e fortalecer
experiências. Mas tudo, no final das contas, se resume no Amor. O Universo foi
feito do Amor de Deus. Deus é Amor. Difícil de entender? Para nos facilitar o
entendimento é que reencarnamos, para praticar na matéria o Amor de que somos
capazes.
Nosso estágio evolutivo não permite
grandes voos filosóficos. A ideia que fazemos de Deus é o máximo que podemos
alcançar. E para lembrarmos que Deus é Amor nascemos da mulher. Se Deus é a
ideia mais alta que podemos alcançar, a Mãe é a primeira prova de Amor com que
nos deparamos a cada mergulho na matéria.
Em mundos mais adiantados não existe
a reprodução como a conhecemos, e talvez não exista por lá a figura materna.
Para eles pode parecer muito estranho mudarmos de plano por meio de outro ser.
Mudamos do plano astral para o plano físico por intermédio de um ser que já
esteja no plano físico. Somos plantados dentro deste ser e germinamos no seu
ventre. E no seu ventre crescemos, nos desenvolvemos, damos forma ao nosso
corpo físico utilizando os recursos materiais que chegam até nós pela Mãe, este
ser que nos abriga, sustenta e protege.
E quando inauguramos nosso diminuto invólucro
de carne na reencarnação que se inicia, contamos com a Mãe para nos nutrir,
agasalhar, zelar, velar, desvelar. Contamos com o seu amor, mais do que com o
simples instinto ou senso de responsabilidade.
A Mãe é quem nos recepciona e orienta
neste plano de que não temos lembrança quando aqui chegamos. É quem nos passa
as primeiras informações de como a coisas funcionam por aqui. E se for uma Mãe
como se espera que seja, vai nos lembrar valores que estão adormecidos dentro
de nós, e que precisam ser reativados para que possamos utilizá-los. E vai
perceber e corrigir desvios de caráter de que ainda não nos livramos, e que
trazemos junto com o resto de nossa bagagem milenar.
Estranho ser, este, chamado Mãe. Se
apega tanto aos seres que reencarnaram por seu intermédio que nem sempre sabe
quando é o momento de deixar que eles caminhem com seus próprios pés, e que
caiam de vez em quando para que aprendam a se levantar. Leva tão a sério o seu
papel de recepcionista e instrutora do ser que brotou dentro dela, que custa a
perceber e aceitar que este ser já existia há muito tempo, que não pertence a
ela, que é um ser único, individual, um ser de ninguém. Filho de Deus, como
todo mundo.
Quando eu era criança, aprendi na
escola sobre a origem do Dia das Mães. Foi a iniciativa de uma moça que amava
muito a sua mãe e que sentiu muito a sua falta quando ela desencarnou. Ficou
deprimida mas teve ânimo de aceitar a ideia de suas amigas de homenagear a
memória da sua mãe com uma festa. Isso a empolgou, e ela achou que esta festa,
esta homenagem, devia ser direcionada a todas as mães, encarnadas e
desencarnadas. A ideia foi se desenvolvendo como uma maneira de todas as
crianças lembrarem e homenagearem as suas mães, valorizando os laços familiares
e o amor e o respeito pelos pais. Iniciou uma campanha que durou uns três anos
e se sagrou vitoriosa com a adoção de um dia dedicado às mães nos Estados
Unidos da América.
Muitos países aderiram à comemoração,
inclusive o Brasil, onde foi introduzida por intermédio da ACM de Porto Alegre.
Logo a ideia simples e despretensiosa se tornou mais uma data comercial. Hoje,
no Brasil, o Dia das Mães só perde para o Natal em apelo comercial.
A literatura espírita é cheia de
exemplos de mães que zelam durante séculos por seus filhos, no astral. A obra
de André Luiz traz exemplos muito interessantes de mães bastante evoluídas
espiritualmente que deixaram de desfrutar dos planos a que teriam direito para
não se afastarem daqueles a quem permanecem amando como filhos do seu coração.
A todas as mães, a todos os pais,
tios, tias, padrinhos, madrinhas que desenvolvem o amor e o papel de Mãe, nesta
sociedade em que os papéis já não são estáticos como antes, feliz Dia das Mães!
Fonte: Espirito Imortal
sábado, 12 de maio de 2018
“ENCARNAÇÕES NOS DIFERENTES MUNDOS. HÁ MUITAS MORADAS NA CASA DO PAI”
III – Encarnação nos Diferentes
Mundos
172. Nossas diferentes existências corpóreas
se passam todas na Terra?
— Não mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem
as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição.
173. A cada nova existência corpórea a alma
passa de um mundo a outro, ou pode viver muitas vidas num mesmo globo?
—Pode reviver muitas vezes num mesmo globo, se não estiver bastante
adiantada para passar a um mundo superior.
173 – a) Podemos então reaparecer muitas vezes
na Terra?
— Certamente.
173 – b) Podemos voltar a ela depois de ter
vivido em outros mundos?
— Seguramente; podeis ter já vivido noutros
mundos bem como na Terra.
174. É uma necessidade reviver na Terra?
— Não. Mas, se não progredirdes, podeis ir
para outro mundo que não seja melhor, e que pode mesmo ser pior.
175. Há vantagem em voltar a viver na Terra?
— Nenhuma vantagem particular, a não
ser que se venha em missão, pois então se progride, como em qualquer outro
mundo.
175 – a) Não seria melhor continuar como
Espírito?
— Não, não! Ficar-se-ia estacionário,
e o que se quer é avançar para Deus.
176. Os Espíritos, depois de se haverem encarnado em outros mundos,
podem encarnar-se neste, sem jamais terem passado por aqui?
— Sim, como vós em outros globos.
Todos os mundos são solidários; o que não se faz num, pode-se fazer noutro.
176 – a) Assim, existem homens que estão na
Terra pela primeira vez?
— Há muitos, e em diversos graus.
176 – b) Pode-se reconhecer, por um sinal
qualquer, quando um Espírito se encontra pela primeira vez na Terra?
— Isso não teria nenhuma utilidade.
177. Para chegar à perfeição e à
felicidade suprema, que é o objetivo final de todos os homens, o Espírito deve
passar pela série de todos os mundos que existem no Universo?
— Não, porque há muitos mundos que se
encontram no mesmo grau e onde os Espíritos nada aprenderiam de novo.
177 a) Como então explicar a pluralidade de
sua existência num mesmo globo?
— Eles podem ali se encontrar de cada
vez, em posições bastante diferentes, que serão outras tantas ocasiões de
adquirir experiência.
178. Os Espíritos podem renascer corporalmente
num mundo relativamente inferior àquele em que já viveram?
— Sim, quando têm uma missão a
cumprir, para ajudar o progresso; e então aceitam com alegria as tribulações
dessa existência porque lhes fornecem um meio de se adiantarem.
178 – a) Isso não pode também acontecer como expiação, e Deus não pode
enviar os Espíritos rebeldes a mundo inferiores?
— Os Espíritos podem permanecer
estacionários, mas nunca retrogradas; sua punição, pois, é a de não avançar e
ter recomeçar as existências mal empregadas, no meio que convém à sua natureza.
178 – b) Quais são os que devem recomeçar a mesma existência?
— Os que faliram em sua missão ou em
suas provas.
179. Os seres que habitam cada mundo estão todos no mesmo grau de
perfeição?
— Não. É como na Terra: há os que
estão mais ou menos adiantados.
180. Ao passar deste mundo para outro, o Espírito conserva a
inteligência que tinha aqui?
— Sem dúvida, pois a inteligência
nunca se perde. Mas ele pode não dispor dos mesmos meios para manifestá-la.
Isso depende da sua superioridade e do estado do corpo que adquirir. (Ver
influência do organismo, item 367).
181. Os seres que habitam os diferentes mundos têm corpos semelhantes
aos nossos?
— Sem dúvida que têm corpos, porque é
necessário que o Espírito se revista de matéria para agir sobre ela; mas esse
envoltório é mais ou menos material, segundo o grau de pureza a que chegaram os
Espíritos, e é isso que determina as diferenças entre os mundos que temos de
percorrer. Porque há muitas moradas na casa de nosso Pai, e muitos graus,
portanto. Alguns o sabem e têm consciência disso aqui na Terra, mas outros anda
sabem.
182. Podemos conhecer exatamente o estado físico e moral dos diferentes
mundos?
— Nós, Espíritos, não podemos responder senão
na medida do vosso grau de evolução. Quer dizer que não devemos revelar estas
coisas a todos, porque nem todos estão em condições de compreendê-las, e elas
os perturbariam.
Comentário de Kardec: À medida que o Espírito
se purifica, o corpo que o reveste, aproxima-se igualmente da natureza
espírita. A matéria se torna menos densa, ele já não se arrasta penosamente
pelo solo, suas necessidades físicas são menos grosseiras, os seres vivos não
têm mais necessidade de se destruírem para se alimentar. O Espírito é mais
livre e tem, para as coisas distanciadas, percepções que desconhecemos: vê
pelos olhos do corpo aquilo que só vemos pelo pensamento.
A purificação dos Espíritos reflete-se na
perfeição moral dos seres em que estão encarnados. As paixões animais se enfraquecem,
o egoísmo dá lugar ao sentimento fraternal. É assim que, nos mundos superiores
ao nosso, as guerras são desconhecidas, os ódios e as discórdias não têm
motivo, porque ninguém pensa em prejudicar o seu semelhante. A intuição do
futuro, a segurança que lhes dá uma consciência isenta de remorsos fazem que a
morte não lhes cause nenhuma apreensão: eles a recebem sem medo e como uma
simples transformação.
A duração da vida, nos diferentes mundos,
parece proporcional ao seu grau de superioridade física e moral, e isso é
perfeitamente racional. Quanto menos material é o corpo, está menos sujeito às
vicissitudes que o desorganizam, quanto mais puro é o Espírito, menos sujeito
às paixões que o enfraquecem. Este é ainda um auxílio da providência, que
deseja, assim, abreviar os sofrimentos.
183. Passando de um mundo para outro, o
Espírito passa por nova infância?
— A infância é por toda parte uma
transição necessária, mas não é sempre tão ingênua como entre vós.
184. O Espírito pode escolher o novo mundo em
que vai habitar?
— Nem sempre; mas pode pedir e obter
o que deseja, se o merecer. Porque os mundos só são acessíveis aos Espíritos de
acordo com o grau de sua elevação.
184 – a) Se o Espírito nada pede, o que
determina o mundo onde irá reencarnar?
— O seu grau de elevação.
185. O estado físico e moral dos seres vivos é
perpetuamente o mesmo em cada globo?
— Não; os mundos também estão submetidos à lei
do progresso. Todos começaram como o vosso, por um estado inferior, e a Terra
mesma sofrerá uma transformação semelhante, tornando-se um paraíso terrestre,
quando os homens se fizerem bons.
Comentário de Kardec: É assim que as
raças que hoje povoam a Terra desaparecerão um dia e serão substituídas por
seres mais e mais perfeitos. Essas raças transformadas sucederão à atual, como
esta sucedeu a outras que eram mais grosseiras.
186. Há mundos em que o Espírito, deixando de
viver num corpo material, só tem por envoltório o períspirito?
— Sim, e esse envoltório torna-se de tal
maneira etéreo que para vós é como se não existisse; eis então o estado dos
Espíritos puros.
186 – a) Parece resultar daí que não existe
uma demarcação precisa entre o estado das últimas encarnações e o do Espírito
puro?
— Essa demarcação não existe. A diferença se
dilui pouco a pouco e se torna insensível, como a noite se dilui ante as
primeiras claridades do dia.
187. A substância do períspirito é a mesma em
todos os globos?
— Não; é mais eterizada em uns do que em
outros. Ao passar de um para outro mundo, o Espírito se reveste da matéria
própria de cada um, com mais rapidez, que o relâmpago.
188. Os Espíritos puros habitam mundos
especiais ou encontram-se no espaço universal, sem estar ligados especialmente
a um globo?
— Os Espíritos puros habitam determinados
mundos, mas não estão confinados a eles como os homens à Terra; eles podem,
melhor que os outros, estar em toda parte(1).
(1) De todos os globos que constituem
o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a Terra é daqueles cujos
habitantes são menos adiantados, física e moralmente: Marte lhe seria ainda
inferior e Júpiter muito superior em todos os sentidos. O Sol não seria um
mundo habitado por seres corpóreos, mas um lugar de encontro de Espíritos
superiores, que de lá irradiam seu pensamento para outros mundos, que dirigem
por intermédio de Espíritos menos elevados, com os quais se comunicam por meio
do fluido universal. Como constituição física, o Sol seria um foco de
eletricidade. Todos os sóis, ao que parece, estariam nas mesmas condições.
O volume e o afastamento do Sol não
tem nenhuma relação necessária com o grau de desenvolvimento dos mundos, pois
parece que Vênus está mais adiantado que a Terra e Saturno menos que Júpiter
Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar
reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e é de
admirar que num globo tão adiantado se encontrem homens que a opinião terrena
não considerava tão elevados. Isto, porém, nada tem de surpreendente, se
considerarmos que certos Espíritos que habitam aquele planeta podiam ter sido
enviados à Terra, em cumprimento de uma missão que, aos nossos olhos, não os
colocaria no primeiro plano; em segundo lugar, entre a sua existência terrena e
a de Júpiter, podiam ter tido outras, intermediárias, nas quais se tivessem
melhorado; em terceiro lugar, naquele mundo, como no nosso, há diferentes graus
de desenvolvimento, e entre esses graus pode haver a distância que separa entre
nós o selvagem do homem civilizado. Assim, o fato de habitarem Júpiter, não se
segue que estejam no nível dos seres mais evoluídos, da mesma maneira que uma
pessoa não está no nível de um sábio do Instituto, pela simples razão de morar em
Paris.
As condições de longevidade não são,
por toda parte, as mesmas da Terra, não sendo possível a comparação de idades.
Uma pessoa, falecida há alguns anos, quando evocada, disse haver encarnado,
seis meses antes, num mundo cujo nome é desconhecido. Interpelada sobre a idade
que tinha nesse mundo, respondeu: “Não posso calcular, porque não contamos o
tempo como vós; além disso, o nosso meio de vida não é o mesmo;
desenvolvemo-nos muito mais rapidamente; tanto assim que há apenas seis dos
vossos meses nele me encontro, e posso dizer que, quando à inteligência, tenho
trinta anos de idade terrena.”
Muitas respostas semelhantes foram
dadas por outros Espíritos e nada há nisso de inverossímil. Não vemos na Terra
tantos animais adquirirem em poucos meses um desenvolvimento normal? Porque não
poderia dar-se o mesmo com o homem, em outras esferas? Notemos, por outro lado,
que o desenvolvimento alcançado pelo homem na Terra, na idade de trinta anos,
talvez não seja mais que uma espécie de infância comparado ao que ele deve
atingir. É preciso ter uma visão bem curta para nos considerarmos os protótipos
da criação, e seria rebaixar a Divindade, acreditar que, além de nós, ele nada
mais poderia criar.
Fonte: Allan Kardec- O Livro dos
Espíritos..
sexta-feira, 11 de maio de 2018
“NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO: A ENCARNAÇÃO É UM CASTIGO? SOMENTE OS ESPÍRITOS CULPADOS ESTÃO SUJEITOS A ENCARNAÇÃO?
25. É um castigo a encarnação e
somente os Espíritos culpados estão
sujeitos a sofrê-la?
A passagem dos Espíritos pela vida
corporal é necessária para que
eles possam cumprir, por meio de uma
ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária,
a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes
auxilia o desenvolvimento da inteligência.
Sendo soberanamente justo, Deus tem
de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que
estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas
obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio
seria uma preferência, e toda preferência,uma injustiça; mas a encarnação, para
todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa
que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do
uso que farão do livre-arbítrio.
Os que desempenham com zelo essa tarefa
transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da
iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao
contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e,
tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a
necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. – São
Luís. (Paris, 1859.)
Ninguém poderá ver o Reino de Deus se
não nascer de novo 77
26. Nota. Uma comparação vulgar fará
se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos
estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série
das classes que até lá o conduzirão.
Essas classes, qualquer que seja o trabalho
que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim, e não um castigo que
se lhe inflige. Se ele é esforçado,abrevia o caminho, no qual, então,
menos espinhos encontra.
Outro tanto não sucede àquele a quem a
negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é
o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de
recomeçar o mesmo trabalho.
Assim acontece com o homem na Terra.
Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida
espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência;
contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente
desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida
corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um
castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em
mundos inferiores e desgraçados.
Aquele que, ao contrário, trabalha
ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação
material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o
separam dos mundos superiores.
Não poderiam os Espíritos encarnar
uma única vez em determinado globo e preencher em esferas
diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se,
na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual
e moral. As diferenças que
há entre eles, desde o selvagem ao
homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A
encarnação, aliás, precisa ter um fim útil.
Ora,qual seria o das encarnações efêmeras
das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito
para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias,
nada faz de inútil.
Pela reencarnação no mesmo globo, quis Ele que os
mesmos Espíritos, pondo-se novamente
em contato, tivessem ensejo de
reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além
disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei
natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade.
Evangelho Segundo o Espiritismo
“COMO SERÁ SUA CASA NO MUNDO ESPIRITUAL?
Sua casa será construída de matéria
própria do mundo espiritual. A construção será feita de forma muito parecida
com a nossa: primeiro será concebida pelo pensamento, pela vontade de
construí-la. Depois os Espíritos habilitados utilizarão a matéria espiritual
até dar um resultado final desejado.
“Os Espíritos atuam sobre os fluidos
espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas
empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a
vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles
fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com
eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração
determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou
de outros corpos combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou
laboratório da vida espiritual.” (1)
Não é exatamente assim que fazemos
por aqui? Primeiro pensamos, idealizamos nossa casa, depois os engenheiros e
arquitetos fazem a planta. Finalmente, entregamos a construção nas mãos das
pessoas que têm a capacidade para construí-la: pedreiros, pintores etc.
Para erguer nossa casa precisamos de
vários materiais que combinados oferecem o conjunto desejado: tijolos, cimento,
areia, telhas, tinta etc.
No mundo espiritual também os
espíritos irão combinar a matéria do mundo espiritual para a construção de
casas. Os Espíritos agem com a força do pensamento e são treinados para agirem
como os técnicos/profissionais do nosso mundo.
E saiba de uma coisa muito
interessante: tudo no mundo espiritual é sólido para os espíritos desencarnados
como o chão aqui é para nós. Para eles a casa, os utensílios, as roupas, os
veículos, as plantas etc, são tão sólidos como o material mais resistente o é
para nós outros aqui no nosso mundo.
“Esses fluidos têm para os Espíritos
uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados,
e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os
elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens
com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.”(1)
Frequentemente amigos e familiares
desencarnados já nos aguardam com uma casa pronta: podemos morar
temporariamente com eles como hóspedes ou definitivamente (enquanto permanecermos
desencarnados). Afinal, as cidades espirituais já existem e elas possuem casas,
escolas, ruas, avenidas, parques etc. Tudo já está pronto.
Alguma coisa diferente daqui? Não,
nada diferente.
Quando você nasceu já existia um
mundo pronto para você aqui também. Você nasceu numa cidade e casa que já
tinham sido construídas.
Com o tempo você cresceu e – se for
um brasileiro “sortudo” – pôde
construir sua própria casa do jeitinho que você queria, não?
Poderá ocorrer o mesmo com você após
a desencarnação. Chegando ao Plano Espiritual, familiares e amigos queridos o
acolherão e levarão para uma casa (ninguém se encontra em desamparo). Depois
você poderá adquirir a sua também (já pronta) ou construí-la se tiver
capacidade para isso.
André Luiz nos relata, no livro Nosso
Lar, que quando chegou àquela cidade foi gentilmente convidado a morar na
residência da Sra Laura. Ela e toda a sua família eram trabalhadores de Nosso
Lar.
Terá André Luiz, hoje – se ainda
estiver residindo em Nosso Lar -, sua própria casa? É provável que sim, pois lá
as residências podem ser adquiridas com a moeda local: o bônus-hora.
Essas casas, inclusive, podem ser
deixadas de herança. Só que a herança naquela cidade ocorre em sentido inverso:
o Espírito desencarnado deixa de herança um imóvel quando sai da cidade para
reencarnar. Aqui, deixamos bens de herança quando desencarnamos.
Como a matéria do Plano Espiritual é
bem menos grosseira que a nossa, os imóveis não ficam sujeitos à deterioração,
isto é, não ficam velhos e não precisam ser demolidos.
Não existem reformas, mas
alterações/mudanças, conforme o gosto, com as casas “em pé”, sem necessidade de
demolição para construção de uma nova.
Mas não nos esqueçamos que o local
para onde iremos assim que deixarmos o corpo físico estará subordinado à nossa
condição espiritual: equilíbrio, paz interior, prática do bem etc, enfim,
atitudes e ações que poderão nos conferir merecimento para desfrutarmos de uma
vida mais feliz.
Fernando Rossit-Fonte: Kardec Rio
Preto
Bibliografia:
1-“A Gênese”, Cap. XIV, Alan Kardec
2-“Devassando o Invisível”, Nada de
Novo, Ivonne Pereira
quinta-feira, 10 de maio de 2018
“PORQUE ACORDAMOS COM DORES, MAL-ESTAR E DESANIMO PELA VIDA. VISÃO ESPIRITA. ”
Quando dormimos, nossa alma acorda.
Não somos o nosso corpo, em essência, somos a consciência que habita nosso
corpo.
Quando adormecemos o corpo, diminuímos
o metabolismo físico, relaxamos a mente e com isso permitimos que nossa
consciência – que está sediada na alma – se desligue temporariamente e viaje
pelos mais diferentes locais nas dimensões extrafísicas.
Podemos viajar na presença de nossos
amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos sintonizados em vibrações
positivas. Nessa condição, normalmente quando acordamos nos sentimos bem,
realizados e felizes com a vida.
Podemos também ser obsediados por
espíritos sombrios, por bagunceiros do plano espiritual, por desafetos de
outras vidas e até por outros seres encarnados também em projeção astral. Isso
tudo depende da condição na qual vamos dormir. E, no caso desses tipos de
assédios – infelizmente muito comum – costumamos acordar com diversas sensações
ruins, como dores de cabeça, mal estar, desânimo pela vida, entre outros.
Podemos ficar presos aos nossos
corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada por erros na
alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. Isso também acontece quando
estamos hiperativos mentalmente.
Nestes casos, o que ocorre é que o
corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa consciência não se liberta
por completo. Normalmente nessas situações, após o período do sono, a pessoa
relata que não conseguiu descansar direito e mesmo depois de ter dormido por
várias horas, não encontra uma sensação de plenitude física e mental.
Pense um pouco. Se o cansaço é
físico, tome uma providência. As leis Divinas recomendam o repouso. Se for
demasiado o cansaço, talvez você esteja doente e precise de atendimento
profissional. Procure um médico, realize exames, trate-se.
Se o seu cansaço o preocupa, tome o
caminho mais conveniente. Mas, se por qualquer motivo não puder fazer isso,
então silencie. Trabalhe e ore, buscando apoio e refazimento nas fontes
espirituais.
Procure Jesus na intimidade de seu
coração e entregue a Ele o seu cansaço e o seu descanso.
Ilumine os campos da alma com
atividades que o enriqueçam espiritualmente, que o alegrem verdadeiramente.
Evite reclamações constantes, porque
elas não melhorarão o seu cansaço, nem seu esgotamento.
Procure atividades que o refaçam.
Escolha um local onde necessitem de braços amigos e se ofereça como voluntário.
Mudança de atividade é também repouso.
Para o seu lazer escolha o que o
possa refazer. Um passeio tranquilo, a observação atenta de um quadro da
natureza. Delicie-se com uma música. Desfrute o aconchego familiar. Ore e seja
feliz.
O sono foi dado ao homem para a
reparação das forças físicas e das forças morais.
Enquanto o corpo se recupera dos
efeitos da atividade do dia, o espírito também se reabastece no mundo
espiritual.
Por isso mesmo a prece, antes do sono
físico, se faz tão importante. Com ela, sintonizamos com as mentes superiores
com as quais, logo mais, quando dormirmos, poderemos nos encontrar para os
diálogos que alimentam a alma e fortificam a disposição para as lutas
Adquirir o hábito de nos prepararmos
consciencialmente para o sono, equalizando nossos pensamentos em elevadas
vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a nossa mente, procurando
manifestar uma intenção positiva, de ter uma projeção astral proveitosa e
harmoniosa.
É importante a realização da prece,
magnetizada pela vontade de servir os planos de Luz naquilo que os seres de
amor entendam que seja a tarefa adequada para nós.
Também podemos e devemos pedir
treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com o objetivo
seguirmos evoluindo na experiência física.
Prepare-se para o sono, cuide da sua
energia antes de embarcar na viagem da alma, e jamais, de maneira alguma,
adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta, vingança e mágoa, porque eles
podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os planos mais densos e os seus
representantes.
Autor desconhecido- Fonte: Mensagem Espirita.
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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
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Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportun...
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