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terça-feira, 29 de maio de 2018

“O BRASIL ESTÁ ENTRANDO NUMA ERA DE ESPERANÇA”

Nestes inquietantes tempos de desonra moral desabando sobre o povo brasileiro, em que políticos geram supostas manobras sorrateiras, dispondo rebaixar as atuais estruturas investigativas no âmbito policial e judicial, é urgente permanecermos em estado de vigília e oração ininterrupta em favor da paz social no Brasil.
Mas a despeito do preocupante cenário social, político e econômico, enxergamos um horizonte promissor de uma nova geração que vem surgindo em nosso país composta de executivos, professores, médicos, advogados, engenheiros, historiadores, delegados, procuradores e juízes, todos trabalhando com entusiasmo e intrepidez pela consagração da ética em nosso país. Isto nos pacifica sob a expectativa decisiva de transformação dos valores morais que tem manchado esta nação dilacerada pela corrupção destruidora.
Tal conjuntura nos envia ao último capítulo do livro A Gênese de Allan Kardec. Aí arranjamos algumas adequações para fins de comparação com a realidade supra descrita. Vislumbramos uma nova geração de brasileiros, desenfaixados dos detritos do velho sistema corrupto. Observamos pessoas mais moralizadas e possuídas de ideias e de sentimentos muito diferentes da velha geração que está sendo deportada para mundos afins. [1]
As sociedades se modificam, como já se transformaram noutras épocas, e cada transformação se distingue por uma crise moral. Contudo, nessas ebulições sociais, a fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas, inexiste fraternidade real, sem o avanço moral. Somente o progresso moral pode fazer que entre nós reinem a honestidade, a concórdia, a paz e a fraternidade.
A velha geração (daqueles atolados nas arapucas da corrupção) que está se despedindo (da Terra) levará consigo seus erros e estragos sociais; a geração que surge, imprimirá à sociedade o progresso moral que assinalará a nova fase da evolução geral no Brasil e no mundo.
Essa fase já se revela, atualmente, no Brasil, em razão do conjunto de práticas revolucionárias no combate à improbidade, à imoralidade e à falcatrua através de efetivas e duras punições. Nesse contexto, nós espíritas estamos sendo convocados para irradiarmos compreensão, amor e paz em favor dos cidadãos de bem, a fim de facilitar o movimento de regeneração em nosso país.
Grande, é ainda o número dos ímprobos; que nada poderão contra a ética da nova geração que surge. Os desonestos irão desaparecer aos poucos, mas ainda defenderão palmo a palmo os seus obscuros interesses de poder e tramoias.
Não nos enganemos, haverá, um embate moral inevitável, desigual da geração degradada e já envelhecida, a cair em frangalhos, contra o futuro da nova geração de seres audazes e incorruptíveis. Hoje no Brasil vemos com clareza quem é quem nesse cenário.
Para que haja paz em nosso país, preciso é que somente a povoem espíritos bons, encarnados e desencarnados. É chegado o tempo das grandes debandadas dos que praticam o mal pelo mal. Serão excluídos, para não ocasionarem perturbação e obstáculo ao progresso.
Após a desencarnação, muitos irão expiar em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas. A época atual é, sem dúvida, de transição; confundem-se os personagens das duas gerações. Assistimos à partida de uma e à chegada da outra. Têm ideias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, cabendo-lhe (nova geração) fundar a era do progresso moral.
A nova geração se distingue por coragem, inteligência e talentos precoces, tem sentimento inato da honestidade. Já os corrompidos ainda trazem a maldade, a malícia, a mentira. Em face disso, têm de ser expurgados porque são incompatíveis com o império da honradez, da fraternidade e porque o contato com eles (os corruptos e corruptores) constituirá sempre um sofrimento para os bons.
Quando o Brasil se achar livre dos desmoralizados, os homens de bem caminharão sem óbices para o futuro melhor. Opera-se, presentemente, um desses movimentos gerais dos tempos que chegaram, destinados a realizar uma higienização e remodelação moral da sociedade brasileira.
Jorge Hessen- Fonte: Agenda Espírita

Referências Bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. A Gênese, cap. 18, RJ: Ed. FEB, 1977.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

"COMO GANHAR A SIMPATIA DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS"

Se você é uma criatura que vive unica e exclusivamente para si, ocorre um fenômeno de isolamento espiritual, não que alguém esta te isolando, é você mesmo que esta se isolando...

Quem vive unica e exclusivamente para si, não conquista simpatia dos benfeitores espirituais, mas quando você sai de si mesmo e vai de encontro ao semelhante, o que acontece? 

- Você sai de casa, chega a um hospital, tem um doente... você aplica um passe nele, fala uma palavra de reconforto para ele... o que você não sabe é que ao lado daquela criatura que está doente, tem uma, dois, três, várias entidades, vários amigos espirituais daquela criatura, que se sensibilizam com a sua bondade e que fazem uma anotação de gratidão no coração"....

HAROLDO DUTRA DIAS

domingo, 27 de maio de 2018

"A REALEZA É SUPERIOR ESPIRITUALMENTE ? VEJA A COMUNICAÇÃO DE UMA UMA RAINHA DESENCARNADA !

 Entrevista com uma RAINHA após o desencarne !
A RAINHA DE OUDE
(Falecida em França, em 1858) 

P. Quais as vossas sensações ao deixardes o mundo terrestre? 
R. Ainda perturbada, torna-se-me impossível explicá-las. 
P. Sois feliz? 
R. Tenho saudades da vida... não sei... experimento acerba dor da qual a vida me libertaria... quisera que o corpo se levantasse do túmulo... 
P. Lamentais o ter sido sepultada entre cristãos, que não no vosso país? 
R. Sim, a terra indiana menos me pesaria sobre o corpo. 
P. Que pensais das honras fúnebres tributadas aos vossos despojos? 
R. Não foram grande coisa, pois eu era rainha e nem todos se curvaram diante de mim... Deixai-me... forçam-me a falar, quando não quero que saibais o que ora sou... Asseguro-vos, eu era rainha... 
P. Respeitamos a vossa hierarquia e só insistimos para que nos respondais no propósito de nos instruirmos. Acreditais que vosso filho recupere de futuro os Estados de seu pai? 
R. Meu sangue reinará, por certo, visto como é digno disso. 
P. Ligais a essa reintegração de vosso filho a mesma importância que lhe dáveis quando encarnada? 
R. Meu sangue não pode misturar-se com o do povo. 
P. Não se pôde fazer constar na respectiva certidão de óbito o lugar do vosso nascimento; podereis no-lo dizer, agora? 
R. Sou oriunda do mais nobre dos sangues da Índia. Penso que nasci em Delhi. 
P. Vós, que vivestes nos esplendores do luxo, cercada de honras, que pensais hoje de tudo isso? 
R. Que tenho direito. 
P. A vossa hierarquia terrestre concorreu para que tivésseis outra mais elevada nesse mundo em que ora 
estais? 
R. Continuo a ser rainha... que se enviem escravas para me servirem!... Mas... não sei... parece-me que 
pouco se preocupam com a minha pessoa aqui... e contudo eu... sou sempre a mesma. 
P. Professáveis a religião muçulmana ou a hindu? 
R. Muçulmana; eu, porém, era bastante poderosa para que me ocupasse de Deus. 
P. No ponto de vista da felicidade humana, quais as diferenças que assinalais entre a vossa religião e o Cristianismo? 
R. A religião cristã é absurda; diz que todos são irmãos. 
P. Qual a vossa opinião a respeito de Maomé? 
R. Não era filho de rei. 
P. Acreditais que ele houvesse tido uma missão divina? 
R. Isso que me importa?! 
P. Qual a vossa opinião quanto ao Cristo? 
R. O filho do carpinteiro não é digno de preocupar meus pensamentos. 
P. Que pensais desse uso pelo qual as mulheres muçulmanas se furtam aos olhos masculinos? 
R. Penso que as mulheres nasceram para dominar: — eu era mulher. 
P. Tendes inveja da liberdade de que gozam as européias? 
R. Que poderia importar-me tal liberdade? Servem-nas, acaso, ajoelhados? 
P. Tendes reminiscências de encarnações anteriores a esta que vindes de deixar? 
R. Deveria ter sido sempre rainha. 
P. Por que acudistes tão prontamente ao nosso apelo? 
R. Não queria fazê-lo, mas forçaram-me. Acaso julgarás que eu me dignaria responder-te? Que és tu a meu lado? 
P. E quem vos forçou a vir? 
R. Eu mesma não sei... posto que não deva existir ninguém mais poderoso do que eu. 
P. Sob que forma vos apresentais aqui? 
R. Sempre rainha... e pensas que eu tenha deixado de o ser? És pouco respeitoso... fica sabendo que não é desse modo que se fala a rainhas. 
P. Se nos fosse dado enxergar-vos, ver-vos-íamos com os vossos ornatos e pedrarias? 
R. Certamente... 
P. E como se explica o fato de, despojado de tudo isso, conservar o vosso Espírito tais aparatos, sobretudo os ornamentos? 
R. É que eles me não deixaram. Sou tão bela quanto era, e não compreendo o juízo que de mim fazeis! É verdade que nunca me vistes. 
P. Qual a impressão que vos causa em vos achardes entre nós? 
R. Se eu pudesse evitá-la... Tratam-me com tão pouca cortesia...

Instruções do guia do médium 

S. Luís — Deixai-a, a pobre perturbada. Tende compaixão da sua cegueira e oxalá vos sirva de exemplo. Não sabeis quanto padece o seu orgulho.
 

[
Evocando esta grandeza decaída ao túmulo, não esperávamos respostas de grande alcance, dado o gênero da educação feminina nesse país; julgávamos, porém, encontrar nesse Espírito, não diremos filosofia, mas pelo menos uma noção mais aproximada da realidade, e idéias mais sensatas relativamente a vaidades e grandezas terrenas. Longe disso, vimos que o Espírito conservava todos os preconceitos terrestres na plenitude da sua força; que o orgulho nada perdeu das suas ilusões; que lutava contra a própria fraqueza e, finalmente, que muito devia sofrer pela sua impotência.]

[Comentário do blogueiro: Infelizmente o Orgulho e a Vaidade são os dois sentimentos que ainda norteiam grande parte da humanidade, trazendo grande ilusão e sofrimento para aqueles que aportam do outro lado da vida, sem qualquer preparo de ordem espiritual. Assim, devemos combater de todas as formas estes sentimentos negativos, enquanto encarnados, para não sermos surpreendidos após o desenlace carnal.] 
Fonte: Espírit Book

"COMO EXPLICAR TANTA DIFERENÇA, SE SOMOS TODOS FILHOS DE DEUS, COM OS MESMOS DIREITOS E DEVERES?"

Só a maravilhosa Lei da Reencarnação pode explicar, que o Espírito é Eterno e que todos já vivemos muitas Vidas, que nesta, estamos apenas Colhendo tudo que Plantamos. Ninguém passa por algo sem Merecer, como diz Jesus: “A cada um, segundo suas próprias Obras”, ou seja, “A cada um, segundo seu próprio Merecimento”. O Apóstolo Paulo também confirmou às Palavras de Jesus, dizendo: “Tudo que plantardes, também ceifarás”, ou seja "Colherás".
O Objetivo da Reencarnação do Espírito é o seu despertamento. Tudo que sai das mãos de Deus conduz latentes valores imortais. O tempo encarregar-se-á de formar meios e angariar métodos de acordar as almas para que elas sintam suas necessidades de progredir e de amar.
O que chamamos de perfeição são os talentos que Deus nos deu por misericórdia, aflorados e iluminados por inúmeras experiências de vivência, frente a frente com múltiplos problemas, dores e sacrifícios, na extensão de vidas sem conta, na argamassa da carne.
Deus nos impôs a Reencarnação para nos mostrar o que temos de fazer para nós mesmos.
Aquilo que devemos fazer, não podemos passar para outro; cabe-nos enfrentar os nossos deveres com a disposição que a fé nos faculta.
O nosso Pai Celestial nunca se esqueceu da Sua paternidade, desde os primeiros momentos da criação, até aos Espíritos puros que o cercam dispostos a fazer a Sua vontade.
Os Espíritos se originam do mesmo princípio único, tocados com o mesmo amor pela Divindade.
A Justiça de Deus é perfeita em todos os rumos da Sua sabedoria, e neste entendimento é que os seres criados passam pelos mesmos processos de despertamento espiritual, mas, com reações diversas.
O ponto de saída e chegada é o mesmo para todos os Seus filhos.
As diferenças que encontramos de alma para alma, de homem para homem, já deves ter deduzido, é a idade de cada ser, na pauta das suas existências.
Quanto, ao que muitos escritores espiritualistas dizem, que uns sofrem e outros não, na ascensão que deviam conquistar, é opinião falsa, por não encontrar ressonância na justiça do Todo-Poderoso.
Se nasceram todos simples e ignorantes todos foram às escolas, onde os ensinamentos são os mesmos e idênticas às necessidades.
Mesmo que as modalidades de aprendizagem sejam diversas, no fim, a soma de trabalhos, dores e sacrifícios, de esforços individuais para aquisição dos poderes, é a mesma, em busca das trilhas de libertação dos seus valores morais e espirituais.
No princípio recebemos de mãos generosas o apoio correspondente às nossas necessidades que, quando adultos passamos a doar aos que se encontram na nossa retaguarda, como compensação pelo que recebemos. Essa é uma lei: nada fica sem resposta na vida.
Tudo que existe, toma forma, perde a forma e torna a tomar corpo. E a alma não pode fugir dessa lei universal, porque a Reencarnação nos favorece o crescimento espiritual mais rápido.
Somos, por assim dizer, agredidos pela matéria, e dessa agressão acordamos cada vez mais para o Amor, especulando em todos os sentidos para aquisição da sabedoria. Bendita seja a Reencarnação, que nos aprimora e que nos eleva, dando-nos a entender que não existe a morte.

Fonte: ESPIRIT BOOK



sexta-feira, 25 de maio de 2018

"CIRURGIA ASTRAL"

Muitos acreditam que uma cura por cirurgia astral, ou operação espiritual é milagre. Claro que dependendo da crença de cada um pode até ser chamado de milagre, pois existem pessoas que não entendem como tal pode acontecer.
Mas acima de tudo está a medicina convencional, pois é esta ciência que representa na Terra as providências para que a melhora do mal que atinge o corpo físico se restitua. Sempre digo que o médico é o representante mais direto dos desígnios de Deus na terra no que concerne aos males do corpo.
As chamadas cirurgias astrais, ou curas espirituais são uma realidade, até porque esta prática foi muito utilizada por Jesus quando aqui esteve conosco e continuou sendo praticada por curandores, benzedores, sábios, magos, isto em vários povos. Os índios praticavam com muita frequência este ritual.
Com o tempo, tal procedimento passou a ser realizado através das religiões, com mais ênfase naquelas que mantém relações com o mundo espiritual, onde o doente recebe melhoras e em certas ocasiões fica curado. Algumas crenças até praticam cirurgias astrais à distância, onde o paciente fica em casa em recolhimento por alguns momentos, enquanto que em determinado local um grupo de religiosos se dedica à meditação e irradiação.
A cirurgia é plenamente admissível, pois que as pessoas que buscam tal recurso apenas estão praticando um ato de mudança de comportamento, já que a moléstia adquirida foi em razão da própria irresponsabilidade do doente, isto porque adoeceu em razão de ter desviado a mente do caminho reto.
Quando o paciente resolve submeter-se a cirurgia astral, a mente é revestida de fé, de bons pensamentos, de humildade e a sua aura passa ficar mais brilhante, energizada, e isso possibilita que as entidades ligadas à espiritualidade maior, possam praticar melhorias no organismo fluídico do doente, que vai repercutir no corpo denso, restaurando o que fora estragado anteriormente pela invigilância dele próprio.
É evidente que muitas moléstias que contraímos não podem ser curadas, pois fazem parte de resgates de outras vidas, cuja anomalia aconteceu em razão de excessos que praticamos no passado, como por exemplo, abusamos do álcool e desencarnamos com cirrose. Certamente numa próxima existência reencarnaremos com problemas hepáticos.
É importante que ao sentirmos algum mal-estar procuremos a medicina convencional e sigamos a risca a prescrição médica, e ao optarmos pela cirurgia astral não paremos o tratamento, pois que se estamos vivendo na vida material é necessário submetermos ao que faz parte daqui.
Também é importante que ao melhorarmos, mudemos nosso comportamento e hábitos, deixando de incorrer nos mesmos erros. Lembremo-nos de Jesus quando disse: “Olha que já estás curado, não peques mais, para que não te suceda coisa pior.”.
Pensemos nisso.

Autor: Nilton Cardoso- Fonte: Portal do Espírito


quinta-feira, 24 de maio de 2018

"A IMPORTÂNCIA DE TER BONS PENSAMENTOS."

“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.”
“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos.” 
É através do pensamento que tudo começa. Somos muitos bilhões de espíritos encarnados e desencarnados pensando ao mesmo tempo, o tempo todo. O pensamento é alguma coisa. Não sabemos exatamente o quê, um tipo de energia, provavelmente. Mas ele é alguma coisa. Você, eu e mais os outros bilhões de espíritos enchemos o espaço com nossos pensamentos.
Assim como as ondas de rádio e televisão estão no ar, nossos pensamentos estão no ar. Quando você fala no seu telefone celular, sua voz é transformada em sinais elétricos que caminham como ondas de rádio, viajando pelo ar. Nossos pensamentos também viajam pelo ar. O número para o qual você liga é conectado com o seu aparelho, e sua voz chega até ele. Com nossos pensamentos acontece a mesma coisa. Quem estiver receptivo ao tipo de pensamento que emitimos, quem estiver aberto ao “sinal” característico do pensamento que emitimos, recebe nosso pensamento em sua mente. Nosso pensamento é captado como ideia ou emoção.
Você acha que isso é um exagero? Não é. É uma característica do período em que vivemos. Cem anos atrás não tínhamos nem dez por cento da população urbana que temos hoje. Vivemos num conglomerado de mentes, umas influenciando às outras. Um dos efeitos desse fenômeno é que todos nós somos cada vez mais sensíveis ao que nos cerca, ao meio em que vivemos, às pessoas com quem convivemos, aos ambientes que frequentamos.
Allan Kardec nos alertou que todos somos médiuns, não é? Pois hoje não é tarefa simples saber distinguir o que é pensamento nosso e o que é influência externa. A Terra e o espaço que a circunda está saturada de pensamentos. Você sabe tão bem quanto eu que a maior parte das pessoas não cultiva bons pensamentos. Você não precisa que eu lhe demonstre que a maioria dos pensamentos que nos cercam são pensamentos doentios, enfermiços, dolorosos. É nesse meio que nós vivemos. É no meio desse enorme peso mental que nós nos desenvolvemos e aprendemos.
A recomendação de Jesus, “orai e vigiai”, nunca esteve tão atual e necessária. Ao se descuidar dos seus pensamentos, ao deixar que seus pensamentos sigam seu curso livre, no piloto automático, você está permitindo que seu padrão vibratório baixe, dando abertura para que milhões de pensamentos de mesmo nível sintonizem com o seu. Não é à toa que a depressão já é chamada de “o mal do século XXI”. Ao menor descuido, seu padrão vibratório cai, e suas energias caem também.
A boa notícia é que ao manter seu pensamento elevado, sua influência sobre os que o cercam, encarnados e desencarnados, é muito benéfica. Muitos não sabem que funcionam como um oásis para espíritos sedentos de boas energias. Os desencarnados carentes de energia, que desconhecem seu estado de desencarnados ou que têm alguma dificuldade para seguir seu rumo, costumam se aproximar de encarnados de bom padrão vibratório. Buscam algum conforto, sentem-se bem com as energias positivas do encarnado vigilante de seus pensamentos.
Quando você vai ao centro espírita, ou quando contata com os espíritos trabalhadores, em suas orações ou durante o sono físico, muitos desencarnados carentes acompanham você e são encaminhados ao socorro e esclarecimento.
Nunca estamos sós. Somos úteis ou prejudiciais mesmo sem tomar conhecimento disso. 
     Fonte: Mensagem Espírita 

quarta-feira, 16 de maio de 2018

“DIA DE PENTECOSTES, SEGUNDO O ESPIRITISMO

Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios  do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou  prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!” Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: “Que significam estas coisas?” Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce.”
(Atos dos Apóstolos; 2:1-13)
Primeiramente, vamos entender A Festa de Pentecostes no judaísmo e no catolicismo:
Pentecostes é uma palavra grega que significa quinquagésimo dia. Referente ao tempo gasto pelo povo judeu depois de partirem do Egito, o Êxodo; em que gastaram quarenta e nove dias até o Monte Sinai; e no quinquagésimo dia, Moisés recebeu o Decálogo, que é a entrega dos Dez Mandamentos de Deus à Moisés, em memória disto instituiu-se a festa de Pentecostes. A festa foi tomada de novas motivações com o passar do tempo e também novos nomes. A celebração era conhecida inicialmente por vários nomes: Festa da Colheita, pois era celebrada a colheita dos grãos da Terra; Festa das Semanas, pois a duração é de sete semanas; Festa das Primícias, pois é a entrega dos primeiros frutos da Terra a Deus. O nome Pentecostes foi adotado mais tarde, devido a festa começar 50 dias depois da Páscoa.
Na Igreja Católica, o  Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, através do dom das línguas, como é descrito no Novo Testamento – Atos dos Apóstolos. É celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no sétimo dia depois da ascensão de Jesus. Isto porque, Ele ficou quarenta  dias após a ressurreição dando os últimos ensinamentos a seus discípulos, somando aos três dias em que ficou na sepultura somam quarenta e três dias, para os cinquenta dias que se completam da páscoa até o ultimo dia da grande Festa de Pentecostes, sobram sete dias; e foram estes os dias em que os discípulos permaneceram no cenáculo até a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Assim, era uma festa da qual Jesus participava e que, após sua Ascensão, adquiriu novo significado para os primeiros cristãos, com a vinda do Espírito Santo.
A Doutrina Espírita nos esclarece que os fenômenos mediúnicos ocorridos no dia de Pentecostes foram notáveis. Como a de mediunidade de efeitos físicos. Quando: “Todos estavam juntos num mesmo lugar e de repente veio do céu um ruído como de um vento que irrompe impetuoso. A casa, onde estavam reunidos, foi por ele preenchida.” (At. 2:1-2). Ou seja, os espíritos superiores lançaram mão desses efeitos com o intuito de fortificá-los na fé.
Os pontos luminosos percebidos sobre a cabeça de cada apóstolo, eram de espíritos “que não se mostraram visíveis de todo, mas apenas o suficiente para serem percebidos; e como brilhasse a parte que os discípulos puderam ver, interpretaram-na como línguas de fogo.” (Rigonatti, Eliseu. O Evangelho da Mediunidade. Cap. 2). Fenômeno, muito clássico hoje, que tem sido observado em inúmeras sessões espíritas e tem sido relatado pelos experimentadores, são as luzes, flocos de luzes, bolas de luzes, que assinalam a presença dos espíritos, fenômenos verificados no cenáculo e qualificados por Lucas como “umas como língua de fogo.”  A questão 88 de O Livro dos Espíritos, nos esclarece:
Pergunta: Os espíritos tem uma forma determinada, limitada e constante?
Resposta: Para vós, não; para nós, sim. O espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.
A questão deles terem começado a falar em outro idioma, é referente ao fenômeno mediúnico caracterizado por xenoglossia, médiuns poliglotas, que são médiuns que falam sob o efeito de um espírito, em línguas fora do conhecimento deles. Assim, o fenômeno de xenoglossia, é – “a faculdade de falar ou escrever em uma ou mais línguas estranhas, desconhecidas do médium, durante o transe mediúnico.”
Estes fenômenos se verificaram no dia de Pentecostes, no cenáculo, e maravilharam povos de todas as partes da Judeia, da Ásia, do Egito... Pois, naqueles dias, Jerusalém transbordava de peregrinos judeus, vindo de todas as partes do mundo. Não havia, pois, ocasião mais propícia para essas manifestações mediúnicas. E como os espíritos tendo tomado os discípulos, falassem em voz alta, os transeuntes correram a ver o que era e alguns de outras terras se admiraram de ouvir aqueles homens da Galileia falar corretamente suas línguas. Desta forma, pregando o Evangelho em muitas línguas, os Espíritos do Senhor demonstraram que se cumpria naquele momento a profecia de Jesus de que sua palavra seria ouvida por todas as nações da Terra.
Conforme o Discurso de Pedro, no cap. 2 de Atos dos Apóstolos. Pedro, aproveitando aquela oportunidade, esclareceu que os apóstolos não podiam estar bêbados como alguns julgavam, pois era muito cedo, ainda estavam na primeira hora do dia, isto é, nove horas da manhã. O que ocorreu fora previsto pelo profeta Joel, a respeito da mediunidade que desabrocharia por toda parte: “Depois disso acontecerá também o que vou dizer: Eu derramei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos velhos serão instruídos por sonhos e os vossos mancebos terão visões.”  (Joel 2-28)  Assim, Pedro percebendo que se iniciava o cumprimento de tal profecia, chamou a atenção daquela gente sobre o novo ciclo espiritual que a Terra começava a viver.  O Fenômeno de Pentecostes deu força ao Cristianismo nascente e muitos prosélitos se incorporaram à igreja naquele dia.
Outro fato importante no Pentecostes foi que havia naquele dia em Jerusalém pessoas de todas as partes do mundo conhecido da época e estes voltariam aos seus países como testemunhas oculares daqueles fatos maravilhosos. Muitos desses homens, no futuro, iriam ajudar o apóstolo Paulo na evangelização dos gentios. Pentecostes representa pois um momento importante na consolidação da fé e na expansão das primeiras comunidades cristãs.
Site: Revista Virtual Herança Judaica
Livro: A Casa do Caminho e os Primeiros Cristão. Sergito de Souza Cavalcanti.
Fonte: Blog. Jardim Espírita

"POR QUE REENCARNEI NESTA FAMÍLIA?" (VISÃO ESPÍRITA)


terça-feira, 15 de maio de 2018

"EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS NAS REUNIÕES MEDIÚNICAS."

A questão das Evocações nas Reuniões Mediúnicas, método utilizado aos tempos de Allan Kardec, surge de vez em quando nos encontros que realizamos para estudo da Mediunidade. É do conhecimento geral, que o Codificador usava esse processo nas sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sendo também adotada fora dali pelos grupos que se formaram à época. Também é sabido que as comunicações eram, em sua grande maioria, Psicográficas.
Julgam alguns que por ser este o método utilizado por Allan Kardec, deveria ser também o das reuniões mediúnicas da atualidade. Alegam outros que aguardar que os Espíritos se comuniquem espontaneamente é uma atitude passiva e alienante, e que significa subordinação.
Vejamos como Kardec trata do assunto em O Livro dos Médiuns.
Ele dedica um extenso capítulo às evocações, o de número 25. Inicialmente diz que as manifestações dos Espíritos podem ser de duas maneiras, pela evocação ou espontaneamente. Fala então das vantagens e desvantagens dos dois processos.
Nas comunicações espontâneas, esclarece, não chamar a nenhum Espírito em particular “é abrir a porta a todos os que queiram entrar”. O contrário acontece quando se faz a chamada direta de determinado Espírito, pois que isto “constitui um laço entre ele e nós.” (it.269)
Ressalta, em seguida, que as comunicações espontâneas não apresentam inconveniente algum e que dessa maneira “se podem obter coisas admiráveis.” Nos casos de evocação, prossegue, “surpreende, não raro, a prontidão com que um Espírito evocado se apresenta, mesmo da primeira vez. Dir-se-ia que estava prevenido.” E de fato, aduz, havendo a preocupação antecipada em evocar determinado Espírito, este é convocado pelo “Espírito familiar do médium, ou do interrogante, ou ainda um dos que costumam frequentar as reuniões.” (it. 271).
No item 272, há uma afirmativa muito interessante: 
“Frequentemente as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns (grifei) do que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas a questões circunstanciadas. Para isto, são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos (grifos do original) e já em o nº 193 vimos que estes últimos são bastante raros, por isso que, conforme dissemos, relações fluídicas nem sempre se estabelecem instantaneamente com o primeiro Espírito que se apresente.”
O item 193 citado está no capítulo referente aos médiuns especiais e ressalta a importância da afinização fluídica que deve existir entre o comunicante e o medianeiro. Esta afinização é uma das leis da comunicação espírita, conforme Léon Denis, em “No Invisível”.
Diante da alegação de que a identificação do Espírito é mais fácil quando ele vem espontaneamente declarando o seu nome, Kardec lembra que isto não significa autenticidade, porque qualquer Espírito pode-se fazer passar por outro. Nenhuma garantia há, a não ser a análise do conteúdo da mensagem e da linguagem do comunicante. São estes os meios básicos de controle.
A propósito da identidade dos Espíritos, Kardec escreveu o cap. 24 onde relaciona nada mais nada menos que 54 itens sobre o assunto, que auxiliam os médiuns e participantes em geral dos trabalhos mediúnicos no tocante à identificação, qualquer que seja o gênero da reunião. Infelizmente bem poucos conhecem estes itens. Todavia, a análise das comunicações é aconselhada pelos próprios Espíritos, que, se são realmente superiores, nada têm a temer.
Voltando ao cap. 25, it. 283-a , o Codificador, tratando da evocação dos animais, interroga porque algumas pessoas ao evocarem animais obtiveram respostas, ao que os Espíritos declararam: “Evoca um rochedo e ele te responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a tomar a palavra sob qualquer pretexto.” Em seguida há uma nota de Kardec na qual ele conta o caso dos pintassilgos, que é uma graça e vale a pena ser lido.
No cap. 17, “Da formação dos médiuns”, Kardec recomenda ao aspirante a médium que não adote a evocação direta de um Espírito (it. 203), explicando as dificuldades do processo e aconselhando um apelo geral.
Estamos, portanto, diante de duas opções, dois métodos diversos.
Em Léon Denis, todavia, encontramos um tipo de reunião bastante aproximado da atual.. Na sua extraordinária obra literária encontram-se diversas citações sobre as sessões das quais participava. Em “No Invisível”, ele declara: “Não é indispensável fazer evocações determinadas. Em nosso grupo raramente as praticávamos. Preferíamos dirigir um apelo aos nossos guias e protetores habituais, deixando a qualquer Espírito a liberdade de se manifestar sob sua vigilância. O mesmo acontece em grupos de nosso conhecimento.”
Assim, como conciliarmos o método das evocações praticadas por Kardec e o que lemos em O Livro dos Médiuns, já que a soma das argumentações apresentadas pelo próprio Kardec parecem indicar que o melhor método seria o das comunicações espontâneas?
Para responder a esta pergunta é imprescindível ressaltar a natureza da missão de Allan Kardec. Ele era o missionário escolhido e convidado para a grandiosa tarefa da codificação da Doutrina dos Espíritos. A sua posição singular; as condições que o cercavam únicas e especialíssimas. O seu tempo, bem curto ante a grandeza da obra.
 Toda uma falange de Espíritos está a postos para assessorá-lo nos dois planos da vida, sob a direção do Espírito de Verdade. Kardec conta também com elementos encarnados em postos-chave que viriam a contribuir para o êxito da missão. Médiuns, também escolhidos, o rodeavam, absolutamente maleáveis, seguros, confiáveis, adestrados para uma psicografia mecânica pura, de altíssimo nível, em grupos familiares e posteriormente na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Além disso, há que se levar em consideração o trabalho de pesquisa que deveria efetuar.
Pode-se observar parte dessa pesquisa nas 66 comunicações inseridas na segunda parte de O Céu e o Inferno. As evocações eram feitas a partir de notícias de falecimentos publicadas nos jornais, ou nomes trazidos pelos participantes do grupo, desde que julgassem serem oportunos e úteis para os estudos e pesquisas. Feita a evocação a comunicação quase sempre era imediata. Kardec extraía da narrativa dos Espíritos as teorias compatíveis, sendo esta, aliás, uma das características marcantes da Doutrina: a teoria baseada em fatos. Os acontecimentos indicando os fundamentos, os princípios norteadores.
Outros fatores contribuíram para que se abandonasse a prática da evocação. Um deles foi o receio de haver indução, sugestionamento ou animismo por parte do médium, além de que, este acabaria quase que na obrigação de desempenhar, nesse contexto todo, o papel que dele se esperava. Até mesmo para agradar ao dirigente e ao grupo. Outro aspecto é o do constrangimento e inibição que, geralmente, acompanha esse tipo de prática, decorrentes da expectativa formada em torno do médium.
Pode-se deduzir que a mudança do método nas sessões mediúnicas seja, inclusive, por não ter o da evocação produzido, após Kardec, os resultados esperados. Ou por não se conseguirem médiuns em condições apropriadas. Ou as duas coisas simultâneas.
Entretanto, mesmo o processo da evocação coloca os encarnados numa certa passividade, ou seja, à espera de que os guias tragam o evocado ou que ele possa ou queira atender por si mesmo, ao chamado nominal.
Acresce ainda, que só pelo fato de se chamar determinado Espírito não quer dizer que ele virá; muitas dificuldades existem a serem vencidas. E se houver resposta isto não significa que seja o evocado. Entram aí os mesmos fatores que ocorrem nas comunicações espontâneas, isto é, a hipótese de mistificação, animismo, indução, etc. E no caso da evocação com um peso mais forte, pois exige-se, de imediato, a identificação. No outro processo isto acontece de modo bem mais natural e só vem ao final da comunicação, o que propicia ao médium ir-se afinizando, cada vez mais, com o Espírito, durante o transcurso da mensagem e estar mais seguro quanto a sua identidade.
É conveniente mencionar, contudo, que em muitos casos o médium identifica de pronto o comunicante, mesmo antes de iniciar a transmissão. Isto varia de médium para médium e depende também das circunstâncias.
O essencial é que, nesse atual método adotado pelas reuniões, não se deixe de lado a avaliação criteriosa das comunicações, passando-as sempre pelo crivo da razão. Que cada um exerça o seu direito pessoal e intransferível de analisar, de extrair ilações das mensagens. 
A aceitação cega e mística é que tem prejudicado a evolução dos trabalhos mediúnicos. O que, em última análise, evidencia a falta de estudo da Doutrina. A não assimilação dos ensinamentos, ou a sua deturpação por não compreensão dos mesmos, por ranços religiosos, opiniões pessoais, etc.
Exercer a mediunidade com amor não significa, em absoluto, desprezar o estudo, a avaliação meticulosa dos trabalhos, a investigação equilibrada e benéfica. Nada impede que sejam atendidas as duas partes.
Não sei quem estabeleceu em nosso meio a idéia de que a mediunidade com Jesus, a caridade, o amor ao próximo são incompatíveis com o estudo, a pesquisa, o aperfeiçoamento das atividades. Este modo de pensar não se coaduna, de modo algum, com o verdadeiro sentido da mensagem do Cristo.
Ao contrário, o que se vê, através, especialmente, das contribuições mediúnicas que nos chegam por intermédio de Chico Xavier, Divaldo Franco e Yvonne Pereira é o conselho constante, é o apelo maciço dos Benfeitores Espirituais conclamando os espíritas ao estudo. E a mediunidade exercida com amor, alicerçada nos ensinamentos de Jesus não abdica, em momento algum, dos critérios mais rígidos de controle e adestramento da faculdade.
Léon Denis legou-nos exemplos admiráveis de reuniões onde se cultivava o respeito profundo aos guias, onde a mediunidade era exercida com amor sem que houvesse prejuízo ao estudo e investigação.
Assim, a evocação teve a sua época. Como também o diálogo com os Espíritos através da psicografia. O retorno ao método da evocação, inclusive, não dinamizaria as atividades mediúnicas e nem propiciaria o surgimento de médiuns mais aptos e seguros. No caso destes é exatamente o contrário: o surgimento de médiuns mais adestrados é que possibilitaria (talvez) as condições para as evocações.
É recomendável também a leitura do it. 330 de O Livro dos Médiuns, que fala a respeito dos dos Espíritos que acompanham os participantes das reuniões. É muito interessante.
E Kardec conclui: “Perfeita seria a reunião em que todos os assistentes, possuídos de igual amor ao bem, consigo só trouxessem bons Espíritos. Em falta da perfeição, a melhor será aquela em que o bem suplante o mal. Muito lógica é esta proposição, para que precisemos insistir.”
Suely Caldas Schubert.
Fonte: 
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro




“QUANDO DESENCARNAMOS, DEMORAMOS PARA NOS DESLIGAR? PORQUE? NÃO SÃO TODOS DELIGAMENTOS IGUAIS?

Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O Espírito Desencarna quando se completa o Desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias. Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física. Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo.
No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais.
O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia.
Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!"
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que morte horrível! Quanto sofrimento!"
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais.
Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano.
Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso.
Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Fonte:  Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro




segunda-feira, 14 de maio de 2018

“PRETO VELHO NO CENTRO ESPÍRITA? ISSO PODE ACONTECER??”

1 – O que dizer da manifestação de pretos velhos no Centro Espírita, com seu linguajar peculiar? Não devem ser estimulados a mudar a postura, instruindo-se?
Parece-me que a evolução não tem nada a ver com a expressão física ou linguística. Espíritos que se manifestam como pretos velhos podem ser muito evoluídos, tanto quanto branquelos podem ser atrasados
2 –  O problema é quando Espíritos apresentam-se como orientadores. Fica complicado aceitar que um mentor não tenha aprendido a falar
Kardec orienta que devemos considerar o conteúdo, não a forma. Respeitando a opção do Espírito, tudo o que nos compete avaliar é se sua mensagem guarda compatibilidade com os princípios espíritas.
3 –  Não devemos, portanto, opor resistência à manifestação de pretos velhos, índios, caboclos?
Não vejo motivo para cultivar preconceitos, mesmo porque, não raro, Espíritos dessa condição, menos esclarecidos e ainda vinculados às tradições da raça, manifestam-se para serem ajudados, não para receberem lições de português.
4 –  E se estivermos diante de um condicionamento mediúnico, médiuns falando como pretos velhos por imitação?
É um problema que compete ao dirigente resolver, avaliando se está diante de manifestação autêntica ou de mero condicionamento a partir da influência de outros médiuns. Não costuma acontecer com médiuns que se preparam adequadamente em cursos específicos sobre mediunidade.
5 – Diante de uma manifestação autêntica, se o preto velho é um Espírito evoluído, não será razoável que se manifeste com linguagem escorreita, sem maneirismos?
Penso que não devemos impor condições ao manifestante. Os Espíritos desencarnados, quando evoluídos, podem adotar a forma e o linguajar que lhes aprouver. É uma opção e um direito.
6 – Por que o fazem?
Pretos velhos revivem, nas manifestações, o tempo em que estiveram em regime de escravidão, que lhes foi muito útil, ajudando-os a superar o orgulho que marca o comportamento humano. É uma homenagem que prestam à raça negra e um exercício de humildade.
7 – Quanto à morfologia perispiritual, tudo bem. Quanto à palavra, não seria interessante usar uma linguagem atual, não africanizada?
Pode acontecer, mas aí vai depender do próprio grupo e de uma adequação dos médiuns. O Centro Espírita Amor e Caridade, em Bauru, foi orientado desde sua fundação, em 1919, por uma corrente africana. Seus representantes, em dado momento, observando a evolução do grupo, na década de 40, disseram: Pretalhada vai vestir casaca. Anunciavam por esta metáfora que a partir daquele momento eliminariam as expressões africanizadas, o que de fato ocorreu.
8 – Devemos, então, admitir que esses Espíritos façam uma adequação do linguajar, de conformidade com as tendências ou necessidades do grupo?
Exatamente. Um confrade, médium vidente, visitou certa feita um grande terreiro de Umbanda, em Vitória, Espírito Santo. Viu algo que o perturbou: o Espírito Frederico Figner, que foi dedicado diretor da Federação Espírita Brasileira, manifestar-se como um preto velho. Julgou estar tendo uma alucinação e logo esqueceu. Algum tempo depois, em visita a Uberaba, ouviu alguém perguntar a Chico Xavier por onde andaria Frederico Figner. E o médium: Anda dando assistência a um terreiro de umbanda em Vitória, no Espírito Santo.
CEAC | Richard Simonetti


“O DIA EM QUE UM PRETO VELHO FOI EXPULSO DO CENTRO ESPÍRITA

Essa é uma história verdadeira. Ela de fato aconteceu em um centro espírita de uma pequena cidade do estado de Minas Gerais, há algum tempo atrás.
Conta-se que os médiuns estavam realizando seus trabalhos de esclarecimento e doutrinação num centro espírita do estado de Minas Gerais. Subitamente um preto velho incorporou numa médium e começou a falar. No momento em que os trabalhadores perceberam que o espírito incorporado era um preto velho, mandaram suspender a incorporação. Nesse centro não eram aceitos pretos velhos, pois os dirigentes consideravam que os pretos velhos são espíritos não muito evoluídos. Por isso, ele não poderia ser admitido a orientar uma atividade de doutrinação. O espírito foi então convidado a se retirar do centro. O preto velho fez o que eles pediram e foi embora.
Logo depois, a médium incorporou um espírito de um filósofo, um doutor de nome difícil, provavelmente europeu, que foi muito bem recebido por todos os presentes. O filósofo deu instruções aos membros do centro, fez os trabalhos de doutrinação e todos ficaram felizes e maravilhados com a intervenção desse espírito, que consideraram um espírito muito elevado.
Os dirigentes então resolveram que já era hora de encerrar os trabalhos. No entanto, a médium novamente começou a incorporar um espírito. Todos olharam com interesse aquela manifestação mediúnica espontânea. Um dos trabalhadores disse que as atividades do dia já estavam terminando e perguntou quem estava ali. O espírito respondeu que era de novo o preto velho. O dirigente fez cara de tédio e perguntou o que ele ainda queria ali nos trabalhos do centro. O preto velho então disse:
– Zifio… Ce suncê mi permiti, só quiria que ocês sobessem qui o dotô que apareceu agora há poquinho era este preto velho aqui, que agora proseia com vosmicês.
Todos ficaram espantados com a revelação… O preto velho então começou a não mais falar como um preto velho:
– É engraçado isso, meus irmãos, pois quando eu apareci como preto velho, fui praticamente expulso dos trabalhos de vocês. Mas depois quando eu apareci no formato de um doutor, um filósofo europeu prestigiado, que tem conhecimento acadêmico, com toda a pompa e com ar de autoridade, todos me trataram muito bem, ouviram meus conselhos e ficaram felizes e maravilhados com a aparição. Por que isso, meus filhos? Devo alerta-los para esse comportamento de vocês. Prestem muita atenção nisso, meus irmãos…
No plano espiritual, assim como em toda a realidade universal, não existem aparências. As aparências existem apenas aqui na Terra. Deus, em sua sabedoria infinita, oculta aos vossos olhos as verdades do espírito camufladas pelas aparências do mundo… para que vocês aprendam a vê-las com os olhos do coração, com a visão da alma e possam enxergar a verdade como ela é. No plano espiritual, meus irmãos, não existem doutores, não existem classes sociais, não existem nacionalidades, não existem religiões, não existem raças, não existem essas divisões humanas que vocês criaram em toda parte para poderem se sentir melhores uns que os outros. No plano espiritual o que vale é o que você é lá no fundo, e não o que você tem. 
Não, meus irmãos… todas essas divisões são ilusórias. No plano espiritual o que vale é o amor, a verdade, a paz, a harmonia interior. No plano espiritual ninguém é julgado por ser rico ou pobre, branco ou negro, doutor ou uma pessoa simples. Lembram-se do que disse o nazareno sobre isso meus irmãos? O mestre disse: “Deus revela aos simples de coração aquilo que esconde dos doutos”.
Quando cada um de vocês chegar ao plano espiritual, meus filhos, os anjos de Deus não vão perguntar quantos títulos de doutor vocês conquistaram, quantos bens vocês acumularam, quanto sucesso vocês fizeram, quantos altos cargos vocês subiram na empresa ou quanto de boa fama vocês projetaram. Não meus queridos filhos… os anjos vão perguntar quanta luz você espalhou pela Terra; quanto você tocou o coração dos outros com justiça e benevolência e o quanto a sua obra foi pautada no amor e na paz… ou se sua passagem na Terra foi apenas um capricho do ego, voltada apenas para seu mundinho egoísta e para os prazeres da matéria.
Vamos tomar cuidado, meus queridos filhos, com o veneno da hipocrisia e do preconceito. Não permitam que as aparências do mundo roubem a sua essência. O importante, meus filhos, é o que cada um traz em sua alma, em seu espírito. O que importa de verdade é ser simples e verdadeiro… ser honesto e ter caráter, ser caridoso e ter o amor de Deus no coração. Não se deixem levar pelas aparências, todas elas estão erradas e vemos isso muito claramente quando chegamos ao plano espiritual. Lá, meus filhos, não existem discriminações, todos trabalham por Deus e Deus é a essência regente tudo. É isso que vocês devem buscar a partir de agora, meus queridos filhos.
O preto velho despediu-se de todos e então deixou a sala de atendimento do centro espírita. Os trabalhadores ficaram envergonhados com seu próprio comportamento, mas adquiriram uma pérola de sabedoria que nunca mais, em toda a sua vida, seria esquecida.
(Hugo Lapa)


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...