Seguidores

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

"COMO É FEITO O SOCORRO DOS ESPÍRITOS NO UMBRAL?"

Também existem postos de socorro na Terra:

São destinados a socorrer e orientar espíritos recém-desencarnados. Pessoas que acabam de morrer costumam ficar totalmente desorientadas. Muitas não sabem que estão mortas. É fácil imaginar o sentimento horrível e a loucura que uma pessoa nesta situação pode passar. Estes postos estão localizados no mundo invisível exatamente no mesmo local onde estão hospitais, cemitérios, sanatórios, presídios, igrejas, centros espíritas etc. São nestes locais onde se pode encontrar o espírito de pessoas que acabam de desencarnar ou que estão procurando algum tipo de ajuda.

Os Samaritanos

Os samaritanos, que também são chamados de missionários, socorristas e emissários, são trabalhadores dos postos de socorro que saem em caravanas pelo Umbral e pela crosta do Planeta Terra à procura de pessoas e socorrem os que pedem auxílio. Se vestem com capas e gorros de cor bege ou marrom-claro e botas altas. Desta forma peregrinam pelo Umbral sem serem percebidos. Muitas vezes são invisíveis aos sentidos de espíritos de baixa vibração. Existem relatos onde os samaritanos contam com a ajuda de cavalos para percorrer distâncias maiores e cães que são utilizados como proteção.

Outros relatos falam sobre a existência de veículos especiais chamados de Aeróbus*.

Raras são as excursões em que não ocorrem ataques aos samaritanos. São atacados por espíritos maldosos que podem se transfigurar em criaturas horrendas com o intuito de intimidar e amedrontar as caravanas. Os que atacam jogam pedras, paus, lama, matéria podre e alguns chegam a construir armas que não fazem qualquer efeito aos samaritanos.
Para defesa utiliza-se ainda redes de proteção e armas que emitem eletricidade. Ao serem atingidos por este tipo de raio o espírito entra em um processo semelhante ao da morte, pois lhe faz relembrar todo sofrimento que passou em sua mais recente desencarnação. Com medo, muitos espíritos só tentam intimidar, e muitas vezes se afastam em desespero.
Existem situações em que os Samaritanos precisam resgatar pessoas dentro das populosas cidades do Umbral.
A forma como fazem isto depende do tipo de cidade. Existem casos em que pedem autorização aos lideres da região. Em outros a pessoa a ser resgatada não é de interesse dos moradores da cidade e neste caso não existe problema algum em entrar e levar estas pessoas. Existem ainda situações em que precisam utilizar disfarces ou entrarem sem serem vistos pelos habitantes do local. Em situações de perigo podem mudar de vibração, se tornando invisíveis. Desta forma não podem ser capturados pelos espíritos trevosos do Umbral. Muitos habitantes do Umbral sabem quem são e o que podem fazer e mantêm um ar de respeito quando estão presentes.
Ao resgatarem algumas dezenas de espíritos, os samaritanos retornam ao seu posto de socorro.
São verdadeiros farrapos humanos, alguns seminus, outros com suas roupas em trapos e o corpo imundo e ferido. No posto os espíritos são tratados e orientados. O tratamento pode levar alguns dias ou alguns meses. Continuam livres e podem optar por retornar ao Umbral ou seguir para uma Colônia, onde terminarão seu tratamento e passarão a frequentar aulas e cursos para que se informem sobre sua atual situação após a morte.
Um espírito só pode ser ajudado pelos samaritanos quando deseja com sinceridade ser ajudado. Não se pode ajudar ninguém à força. Não se perde tempo resgatando espíritos revoltados, pois se não querem mudar, não poderão mudar à força. Sua revolta ainda poderá atrapalhar os trabalhos e a recuperação de outros espíritos dentro dos postos e hospitais.
Existem casos em que os espíritos se encontram em níveis tão baixos de vibração que não conseguem ver e se comunicar com os samaritanos.
Desta forma não podem ser ajudados. Relatos mostram que em determinados casos os samaritanos podem convencer o espírito a ter vontade de melhorar, de ser socorrido e ajudado. É possível mostrar a estes espíritos imagens das colônias e da felicidade e paz que poderá ter. Este trabalho de convencimento pode passar pelo uso da força. É o caso de fazer o espírito se recordar do sofrimento, dor e angústia que passou no passado, fazendo o mesmo desejar sair daquela situação.
São muitos os espíritos que, mesmo em estado deplorável no Umbral, preferem continuar na vida em que estão.
Isto não é muito diferente do que existem aqui na Terra. Uma parcela dos moradores de rua, mendigos, idosos e crianças continuam nas ruas por opção. Não suportam os abrigos, a limpeza, a organização, a necessidade de obedecer a alguém. Preferem viver livres de qualquer lei, norma, organização, junto da miséria. Infelizmente só se pode ajudar alguém quando este alguém quer realmente ser ajudado.

Fonte: Espirit book

terça-feira, 14 de agosto de 2018

"UMBRAL, O VERDADEIRO ESTÁ INFERNO DENTRO DE SUA MENTE !"

Umbral - Nome atribuído a uma localidade do chamado “astral inferior”, onde se estabelecem os espíritos de baixa vibração espiritual, que precisam pagar por infrações cometidas contra as leis de Deus. Em geral …

► suicidas,
► homicidas,
► almas desajustadas
► e cometedoras de graves delitos.

Sua descrição não foge muito as descrições dantescas do inferno. E aí pode estar uma das razões da lenda de um inferno de fogo e enxofre. Porém a realidade dos espíritos que expiam no umbral é bem diferente e por que não dizer bem pior que a do inferno católico:

O espírito, não raro, sofre incessantemente com a visão de seu suicídio ou de seus crimes. Ás vezes, por anos a fio, revê sem parar o instante em que com um tiro tirava a própria vida, sente a carne sendo dilacerada pelo projétil, vê a condição desamparada de seus filhos que porventura tenha deixado, é constantemente acusado de assassino, numa guerra psicológica fora de nossa compreensão.
Muitas vezes sente fome ou sede insuportáveis, as vezes por anos seguidos.
Sente frio ou calor inenarráveis.
E muito freqüentemente sentem o seu próprio corpo sendo consumido pelos vermes, o vê se deteriorando e sente todas as sensações decorrentes deste estado de putrefação.
O umbral se caracteriza, na linguagem dos espíritos, como um lugar de extremo sofrimento, “de choro e ranger de dentes”. Muitas vezes o espírito, tão ignorante, desencarna, passa ali vários anos e mesmo assim ignora sua condição desencarnado. Segundo as descrições dos espíritos, o umbral é a sede dos espíritos de baixo desenvolvimento espiritual da terra , e sua descrição é, não raro, de um lugar de trevas povoado de dor, gritos de sofrimento, gemidos, de um insuportável cheiro pútrido, o que já é suficiente para caracterizar o nível moral dos que ali residem. Essa descrição deve ser tomada como uma constante, pois o umbral, como já relatado alhures, se trata do nome do lugar onde existem essas características básicas e para onde os espíritos inferiores são encaminhados para resgatar dívidas, crimes e infrações.
Fonte: ESPIRIT BOOK



"COMUNICAÇÃO DE UM ATEU SUICIDA DESENCARNADO! QUAL A SITUAÇÃO DELE NO MUNDO ESPIRITUAL ?"

M. J.-B. D... era um homem instruído, mas em extremo saturado de idéias materialistas, não acreditando em Deus nem na existência da alma. A pedido de um parente, foi evocado dois anos depois de desencarnado, na Sociedade Espírita de Paris.

1. Evocação.
— R. Sofro. Sou um réprobo.

2. Fomos levados a evocar-vos em nome de parentes que, como tais, desejam conhecer da vossa sorte. Podereis dizer-nos se esta nossa evocação vos é penosa ou agradável?
— R. Penosa.

3. A vossa morte foi voluntária?
— R. Sim.

O Espírito escreve com extrema dificuldade. A letra é grossa, irregular, convulsa e quase ininteligível. Ao terminar a escrita encoleriza-se, quebra o lápis e rasga o papel.

4. Tende calma, que nós todos pediremos a Deus por vós.
— R. Sou forçado a crer nesse Deus.

5. Que motivo poderia ter-vos levado ao suicídio?
R. O tédio de uma vida sem esperança.

6. Quisestes escapar às vicissitudes da vida... Adiantastes alguma coisa? Sois agora mais feliz?
— R. Por que não existe o nada? [ essa é a pergunta que o espírito faz aos médiuns]

7. Tende a bondade de nos descrever do melhor modo possível a vossa atual situação.
— R. Sofro pelo constrangimento em que estou de crer em tudo quanto negava. Meu Espírito está como num braseiro, horrivelmente atormentado.

8. Donde provinham as vossas idéias materialistas de outrora?
— R. Em anterior encarnação eu fora mau e por isso condenei-me na seguinte aos tormentos da incerteza, e assim foi que me suicidei.

9. Quando vos afogastes, que idéias tínheis das conseqüências? Que reflexões fizestes nesse momento?
— R.Nenhuma, pois tudo era o nada para mim. Depois é que vi que, tendo cumprido toda a sentença, teria de sofrer mais ainda.

10. Estais bem convencido agora da existência de Deus, da alma e da vida futura?
— R. Ah! Tudo isso muito me atormenta!

11. Tornastes a ver vosso irmão?
— R. Oh! não.

12. E por que não?
— R. Para que confundir os nossos desesperos? Exila-se a gente na desgraça e na ventura se reúne, eis o que é.

13. Incomodar-vos-ia a presença de vosso irmão, que poderíamos atrair aí para junto de vós?
— R. Não o façais, que o não mereço.
14. Por que vos opondes?
— R. Porque ele também não é feliz.

15. Receais a sua presença, e no entanto ela só poderia ser benéfica para vós.
— R. Não; mais tarde...

16. Tendes algum recado para os vossos parentes?
— R. Que orem por mim.

17. Parece que na roda das vossas relações há quem partilhe das vossas opiniões. Quereis que lhes digamos algo a respeito?
— R. Oh! os desgraçados! Assim possam eles crer em outra existência, eis quanto lhes posso desejar. Se eles pudessem avaliar a minha triste posição, muito refletiriam.

(Evocação de um irmão do precedente, que professava as mesmas teorias, mas que não se suicidou. Posto que também infeliz, este se apresenta mais calmo; a sua escrita
é clara e legível.)

O Céu e o Inferno.
Fonte: ESPIRIT BOOK



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

"AS OBRAS DA VIRGEM MARIA NO PLANO ESPIRITUAL"

Há diversas mensagens e descrições sobre as obras de Maria no plano espiritual relatadas em obras psicografadas por Chico Xavier e Yvonne A. Pereira. Existem citações importantes a respeito dos trabalhos sublimes realizados junto aos sofredores e oprimidos nas esferas umbralinas.
O livro Ação e Reação, ditado por André Luiz, mostra o poder da prece à Maria que diz:
“Mãe Santíssima! Anjo Tutelar dos náufragos da Terra, compadece-te de nós e estende-nos tuas mãos doces e puras! ...
Sabemos que o teu coração compassivo é luz para os que tresmalham nas sombras do crime e amor para todos os que mergulham nos abismos do ódio...
Mãe, atende-nos!
Estrela de nossa vida, arranca-nos da escuridão do vale da morte! ...”.
Mais adiante nas páginas 155-158, André Luiz descreve a sua visita ao santuário Mansão da Esperança, situada em regiões de extrema dor no plano espiritual. O livro Memórias de um Suicida psicografado pela médium Yvonne A. Pereira, pelo espírito de Camilo Cândido Botelho (cognome do suicida e escritor português Camilo Castelo Branco), descreve a tarefa da Legião dos Servos de Maria na ajuda aos suicidas. Vejamos alguns trechos das descrições citadas na obra através de Camilo, espírito em sofrimento na época:
“Imaginais uma assembléia numerosa de criaturas disformes - homens e mulheres- caracterizada pela alucinação de cada uma, correspondente a casos íntimos, trajando, todos, vestes como que empastadas do lodo das sepulturas, com feições alteradas e doloridas estampando os estigmas de sofrimento cruciantes! Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida em densos véus de penumbras, gélida e asfixiante, onde se aglomerassem habitantes de além-túmulo abatidos pelo suicídio, ostentando, cada um, o ferrete infame do gênero de morte escolhido no intento de ludibriar a Lei Divina - que lhes concedera a vida corporal terrena como precioso ensejo de progresso, inavaliável instrumento para a remissão de faltas gravosas do pretérito!...
Porém, mesmo em lugar tão terrível, a misericórdia de Deus se manifesta: periodicamente, singular caravana visitava esse antro de sombras. Vinha à procura daqueles dentre nós cujos fluídos vitais arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do invisível intermediário, ou de transição. Supúnhamos tratar-se, a caravana, de um grupo de homens. Mas na realidade eram espíritos que estendiam a fraternidade...
Senhoras faziam parte dessa caravana - Legião dos Servos de Maria.
Entravam aqui e ali, pelo interior das cavernas habitadas, examinando seus ocupantes. Curvavam-se, cheias de piedade, junto das sarjetas, levando aqui e acolá algum desgraçado tombado sob o excesso de sofrimento; retiravam os que apresentassem condições de poderem ser socorridos e colocavam-se em macas conduzidas por varões que se diriam serviçais ou aprendizes”.

O Hospital de Maria de Nazaré

Passaram-se os anos e finalmente Camilo tem condições de ser socorrido e é transferido para o hospital Maria de Nazaré. Vejamos o que ele nos narra: “Depois de algum tempo de marcha, durante o qual tínhamos a impressão de estar vencendo grandes distâncias, vimos que foram descerradas as persianas, facultando-nos possibilidade de distinguir no horizonte ainda afastado, severo conjunto de muralhas fortificadas, enquanto pesada fortaleza se elevava impondo respeitabilidade e temor na solidão de que se cercava...
Edifícios soberbos impunham-se à apreciação, apresentando o formoso estilo português clássico, que tanto nos falava à alma. Indivíduos atarefados, neles entravam e deles saiam em afanosa movimentação, todos uniformizados com longos aventais brancos, ostentando ao peito a cruz azul-celeste ladeada pelas iniciais: L.S.M. Dir-se-iam edifícios, ministérios públicos ou departamentos. Casas residenciais alinhavam-se, graciosas e evocativas na sua estilização nobre e superior, traçando ruas artísticas que se entendiam laqueadas de branco, como que asfaltadas de neve.
À frente de um daqueles edifícios parou o comboio e fomos convidados a descer. Sobre o pórtico definia-se sua finalidade em letras visíveis: Departamento de Vigilância. Tratava-se da sede do Departamento onde seríamos reconhecidos e matriculados pela direção, como internos da Colônia. Daquele momento em diante estaríamos sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações pertencentes à Legião chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, Aquele que foi o redentor dos homens!...
A um e outro lado destacavam-se outras em que setas indicavam o início de novos trajetos, enquanto novas inscrições satisfaziam a curiosidade ou necessidade do viajante: À direita- Manicômio, À esquerda- Isolamento. Ao contrário das demais dependências hospitalares, como o Isolamento e o Manicômio, o Hospital Maria de Nazaré, ou “Hospital Matriz”, não se rodeava de qualquer barreira. Apenas árvores frondosas, tabuleiros de açucenas e rosas teciam-lhe graciosas muralhas...”.

A Mansão da Esperança

A Legião dos Servos de Maria mantém também no plano espiritual outras instituições, em clima vibratório mais ameno.Uma dessas instituições é a Mansão da Esperança.
Camilo diz,“Não me permitirei à tentativa de descrever o encanto que se irradiava desse bairro onde as cúpulas e torres dos edifícios dir-se-iam filigranas lucidando discretamente, como que orvalhadas, e sobre as quais os raios do Astro Rei, projetados, em conjunto com evaporações de gases sublimados, emprestavam tonalidades de efeitos cuja beleza nada sei a que possa comparar! Emocionados, detivemo-nos diante das escolas que deveríamos cursar. Em tudo, porém, desenhava-se augusta superioridade, desprendendo sugestões grandiosas, inconcebíveis ao homem encarnado.
Aqui e ali, pelos parques que bordavam a cidade, deparávamos turmas de alunos ouvindo seus mestres sob a poesia dulcíssima de arvoredos frondosos, atentos e inebriados como outrora teriam sido, na Terra, os discípulos de Sócrates ou de Platão, sob o farfalhar dos plátanos de Atenas; os iniciados de Pitágoras e os desgraçados da Galiléia e da Judéia, os sofredores de Cafarnaum ou Genesaré, embevecidos ante a intraduzível magia da palavra messiânica!

A hora da Ave-Maria

Na terra quando o sol se põe, muitos elevam suas preces à Mãe de Jesus. No plano espiritual também assim acontece. A suavidade do crepúsculo, as estrelas que principiam a surgir, a natureza que silencia, tudo convida ao recolhimento
Acreditamos que isso que acontece na terra é reflexo de uma atitude muito maior e mais profunda que ocorre no Mundo dos Espíritos...”



FONTE: MANANCIALDELUZ.BLOGSPOT.COM.BR

www.espiritbook.com.br/


“INFERTILIDADE E FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA: UMA VISÃO ESPIRITA.”

Infertilidade e Fertilização Assistida (Uma Visão Espírita)
Por Edson G. Tristão
Em 25 de julho de 1978, nascia em Bristol, na Inglaterra Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo. O método, idealizado pelo pesquisador britânico Robert Geoffrey Edwards, consiste em fertilizar o óvulo pelo espermatozoide em laboratório, e depois introduzi-lo no útero, para que o embrião se desenvolva. A técnica passou a se chamar FIV (Fertilização In Vitro).
Esse fato assombrou a Humanidade e, ao mesmo tempo, trouxe esperança para milhares de casais que não podiam procriar, e não são poucos. A Organização Mundial da Saúde relata que de cada cem casais, vinte têm dificuldades para ter filhos.
A Sociedade Europeia de Reprodução Humana e de Embriologia (ESHRE) calcula que já existam, nos dias de hoje, mais de cinco milhões de pessoas que nasceram por essa técnica. Informa também que devem nascer, anualmente, mais de trezentas e cinquenta mil crianças, concebidas pelas diversas técnicas de fertilização assistida.
Enquanto os casais inférteis regozijavam com a possibilidade da procriação, elevaram-se vozes no mundo inteiro chamando atenção quanto às consequências que esses métodos poderiam trazer. A fabricação de embriões não iria favorecer o comércio ilegal desse novo produto? Essa era apenas a primeira de muitas dúvidas que viriam, à medida em que as técnicas fossem se multiplicando. Os questionamentos éticos, culturais, biológicos, psicológicos e religiosos apareceram de todos os lados, chegando inclusive na área jurídica. A multiplicação das técnicas de fertilização assistida teve vários desdobramentos e hoje, em muitos países, é utilizada a doação de material genético, criopreservação de embriões, diagnóstico genético antes da implantação, doação temporária de útero, além das pesquisas em embriões. A norma ética para ser cumprida em todas essas atividades é respeitar a autonomia e o direito reprodutivo dos casais (beneficência), não desrespeitar o embrião, e preocupar-se com os interesses da criança (não-maleficência).
Todos esses mecanismos reprodutivos passam por um questionamento básico: em que momento começa a vida? Karl Ernst Van Baer, biólogo, geólogo, médico e o fundador da embriologia, que viveu na Estônia (Império Russo) entre 1792-1876, afirmava: A vida começa com a fecundação.
O Dr. Keith L. Moore(1), autor de renomados compêndios de embriologia, usados na maioria das universidades ensina: O ovo ou zigoto é uma célula resultante da fertilização de um ovócito por um espermatozoide, e é o início de um ser humano.
A Dra. Magdalena Zernicka-Goetz(2), do departamento de neurociências da universidade de Cambridge, publicou na revista Biology, uma das mais conceituadas do mundo, uma Revisão Molecular Celular, concluindo que A vida é um continuum!!! A primeira divisão do zigoto não se dá por acaso mas já define o nosso destino e todas as características que vamos desenvolver. Esta afirmação é importante para a comunidade espírita, pois já nos faz entender a presença do períspirito coordenando esta divisão e multiplicação celular. A matéria não poderia se diferenciar em células especializadas, partindo de uma única célula primitiva, para constituir os vários tecidos e órgãos do corpo físico caso não tivesse uma matriz. Ela é que exerce essa função e foi chamada por Kardec de períspirito. Esse termo tem registrado seu primeiro uso em O Livro dos Espíritos(3):
O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode se tornar acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede nas aparições.
Qual seria o entendimento do Espiritismo para definir em que momento começa a vida?
Na questão 344, de O Livro dos Espíritos, a resposta é bastante clara: A união começa na concepção (…) Desde o momento da concepção, o Espírito designado para habitar tal corpo a ele se liga por um laço fluídico que vai se apertando cada vez mais, até que a criança nasça.(…)
Estão aí, doutrina espírita e ciência, lado a lado, com a mesma concepção do início da vida humana. Qualquer afirmação, fora desse contexto, deve ser entendida como especulação ou opinião pessoal.
Nesse caso, o embrião passa a ter os mesmos direitos que uma pessoa. É merecedor de todo respeito e deve ser protegido contra qualquer agressão à sua saúde. Uma das maiores dúvidas a respeito da Fertilização In Vitro é a questão do embrião ser produzido em laboratório, podendo ser transferidos para outra pessoa que não a mãe, os cuidados com ele. Ficaria vulnerável, podendo ser descartado, congelado ou utilizado em pesquisas.
Outro dilema é referente ao congelamento dos embriões. Aproximadamente um terço das pacientes produz excesso deles, que acabarão congelados. Isso é feito para possibilitar seleções e transferências no caso de novas gestações. Este ato vai de encontro à dignidade do embrião, pois muitos acabam não sobrevivendo ao processo de congelamento e descongelamento. Eles podem ficar congelados por muitos anos. Há relatos de nascimentos após dez anos de congelamento. A dúvida que muitos têm: Existem espíritos nos embriões congelados?
O períspirito funciona como um modelo organizador biológico e ele deverá estar presente no embrião, para coordenar a diferenciação celular. Caso contrário, a matéria se tornaria um amontoado, sem forma. A situação de cada um, no entanto, pode variar, de acordo com a necessidade ou a evolução.
Para Eurípedes Kuhl(4), poderia haver várias possibilidades: a) Espírito voluntário que se ofereceu para o progresso da ciência; b) Semimorto. Padecem de sono pesado, como descrito no livro Nosso Lar(5); c) Ovoide. Espírito que passou pela segunda morte como relatado no livro Libertação(6); d) em alguns casos, pelo maior desenvolvimento espiritual, o Espírito que está renascendo pode ter graus maiores de liberdade. Dessa forma, ele pode realizar atividades no plano espiritual, enquanto seu corpo estiver congelado. Existe ainda a possibilidade de crianças natimortas, às quais não foram destinadas a encarnação de um Espírito (questão 356 de O livro dos Espíritos). Conclui-se, portanto, que os embriões congelados estão ligados a um Espírito, que pode estar sofrendo pelo uso indevido do seu corpo.
As crianças nascidas por fertilização assistida teriam o mesmo comportamento psicológico daquelas que não nascessem por essa técnica? Existem alguns trabalhos na literatura, dentre eles um realizado na França(7) com 422 crianças nascidas por FIV e a idade variando entre 6 a 13 anos. Observou-se rendimento escolar acima da média; 2,2% eram superdotados. Outro foi realizado na China(8). Foram avaliados 250 jovens nascidos de embriões congelados, e eles apresentaram mais sociabilidade, maior independência e melhores condições de comunicação. A provável explicação para esses fatos seria o maior grau de atenção e carinho que essas crianças receberam dos pais, além do bom nível socioeconômico desses genitores.
A fertilização assistida também veio contribuir para que os casais homossexuais, através da gestação de substituição (barrigas de aluguel) possam ter seus próprios filhos. Muitas vezes as discussões sobre esses novos modelos familiares geram dúvidas. Não é possível encontrarmos respostas para todas elas. Nesses casos, deve-se lembrar que o amor supera qualquer tipo de reação ou incompreensão.
Em todas essas situações de gravidez, pela via natural ou fertilização assistida, está envolvido ainda o fator psicológico. Ele se transforma em tensão e evolui para depressão quando as coisas não caminham como era esperado. O casal pode enfrentar esse tipo de situação, prestando, por exemplo, trabalhos voluntários em hospitais infantis, creches, orfanatos, evangelização, apadrinhamento de crianças carentes. Atividades como essas favorecem o desbloqueio de centros genésicos, muitas vezes alterados por condutas anteriores desequilibradas, contribuindo para a gravidez.
E quando os filhos não vêm? A convivência sem eles vai testar mais profundamente a maturidade espiritual e psicológica do casal. A decisão também de enfrentar as várias possibilidades da fertilização assistida pode ir de encontro às crenças de cada um, à cultura familiar e meio social.
A família não é somente aqueles que têm laços de sangue. Algumas vezes, o reencontro entre os que estão na Terra e os familiares do plano espiritual pode ocorrer por vias indiretas. O orgulho e egoísmo, ainda presentes em nossos corações, dificultam identificar a situação que pode estar à nossa frente. A adoção sempre poderá ser uma possibilidade, desde que o casal esteja preparado para esse desafio.
É necessário que cada um possa fazer a si próprio uma pergunta: Qual a função dos filhos? Qual o significado da família?
Os filhos são Espíritos, sintonizados conosco nesta ou em outra existência e que agora se aproximam para convivência, de várias formas, a fim de aprimorar seus conhecimentos, emoções e sentimentos. Com toda certeza essa responsabilidade nos será cobrada um dia.
Como ficará o futuro? É possível que se possa nascer através do útero artificial. Ranieri relata uma afirmação do saudoso Chico Xavier: A ciência vai desenvolver o ser humano no laboratório. Os cientistas vão fabricar um enorme útero e dentro dele vão gerar o ser. Pode demorar 200 a 400 anos, mas isso vai acontecer. Libertarão finalmente a mulher do parto.
A doutrina espírita é a favor das novas descobertas. Cobra, no entanto, a ética com os embriões, defende suas vidas e condena o aborto. Esclarece os cientistas sobre a imortalidade, renascimento e o início da vida humana. É a religião e a ciência caminhando juntos.
Fonte: www.espiritbook.com.br/



Referências:
  1. MOORE, Keith L. Embriologia Clínica. Elsevier Brasil, 8ª. ed., 2008.
    2. ZERNICKA-GOETZ, M. Nature, Review Molecular Cell. Biology, v. 6 (12), 919-928, 2005.
    3. Kardec, Allan. O livro dos Espíritos. São Paulo: LAKE, 2012. Introdução, item VI.
    4. Khul, Eurípedes. Genética além da Biologia. Belo Horizonte: Fonte Viva, 2003.
    5. Xavier, Francisco Cândido. Nosso lar. Pelo Espírito André Luiz. Brasília: FEB, 2009. cap. 27.
    6. ______Libertação. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 1971. cap. 6.
    7. Folha de São Paulo, 10/02/1996.
    8. Lan Feng Xing. Universidade de Ahejiang, 2014.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

"O QUE O ESPIRITISMO PENSA SOBRE O ABORTO????"

De conformidade com os ensinamentos espíritas, o aborto é crime dos mais condenáveis. Praticado no silêncio, covardemente, contra um ser indefeso, o aborto é um atentado à vida, dada por Deus e que somente pelo Criador pode ser tirada.
Dizer que a mulher é dona do seu corpo e dele pode dispor como bem entender, não é verdade, porque ninguém é dono do corpo, tanto assim que quando desencarnamos o nosso corpo fica na Terra. Somos apenas usufrutuários do próprio corpo. Portanto, uma das argumentações preferidas, a de que “a mulher é dona do seu corpo”, é radicalmente falsa e não pode ser aceita como pretexto para a prática do aborto.
Ainda assim, se pensássemos (erradamente) que a mulher “é dona do seu corpo”, ela não teria direito de fazer o aborto, porque o aborto atinge um outro corpo, um ser distinto da mãe. A própria lei dos homens ensina que o nosso direito vai até onde começa o do próximo.
Outra pseudo-justificativa preferida dos abortistas é a de que “não tem condições de criar o filho” ou “o filho não foi desejado”. Ambas as colocações não são justas, porque se levarmos adiante essa alegação de que “não tem condições de criar” ou “o filho não foi desejado”, muitas crianças seriam mortas, muitos velhos seriam eliminados sob o mesmo pretexto, pois a diferença é apenas de idade. O feto é igualmente um ser vivo, a partir da concepção, contando com alguns dias ou meses de vida, quando é assassinado sob as falsas justificativas acima expostas.
A verdade é que devemos fazer a opção antes da concepção, depois é assumir o que está feito. É uma questão de responsabilidade. Não merece crédito quem não assume o que faz. O que diríamos de uma pessoa que assinasse um contrato e depois não o cumprisse sob a desculpa de que “não tem condições” ou “não desejava”? Diríamos, certamente, é um irresponsável, um inconseqüente, não pensa para fazer as coisas, essa pessoa não merece mais confiança para negócios. No caso do aborto o compromisso é entre duas pessoas, homem e mulher e ambos têm responsabilidade pelo crime. As pessoas que aconselham, que divulgam o aborto, o cirurgião que executa, são coniventes com o crime e prestarão contas à justiça divina.
Há somente um caso em que o aborto é aceito pelo Espiritismo: quando está em risco a vida da mãe, comprovadamente. Nessa hipótese devemos salvar a mãe, que tem já sua vida em andamento, outros filhos para criar, muitas vezes. Somente nesse caso. Fora disso devemos aceitar o filho, Pois “não cai uma folha seca de uma árvore sem que Deus queira”.
Devemos promover campanhas de orientação às mães, aos pais, para que não cometam o crime que muito pesará em suas consciências.
PORTAL DO ESPÍRITO | Elias B. Ibrahim

MENSAGEM DO ESPÍRITO EMMANUEL, SOBRE O ABORTO
De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida.
É pela conjunção sexual entre o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no Planeta; em virtude disso, entre pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na face do orbe.
Fácil entender que é assim justamente que nós, os Espíritos eternos, atendendo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo, gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor – do amor que nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.
Com semelhantes notas, objetivamos tão-só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado exclusivamente pela fuga ao dever.
Habitualmente – nunca sempre – somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre […].
[…] Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no plano espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje […] inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação.
Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.



"A MÃE QUE PRATICA ABORTO, VAI PAGAR EM OUTRA REENCARNAÇÃO?"


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

"SOFRIMENTO E DOENÇAS SÃO HERANÇAS DE NÓS MESMOS."

Os sofrimentos e as doenças compõem a lista das provas e das vicissitudes da vida terrena e são inerentes à grosseria da natureza material da Terra e à imperfeição moral do homem. Nos orbes mais avançados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades da Terra.
Sob o ponto de vista espírita, analisamos as doenças usualmente como espelhos dos distúrbios psicossomáticos. Tanto a medicina quanto a psicologia estão percebendo que não existe separação na inter-relação da mente e do corpo que transitam nos múltiplos contextos da vida social, familiar, profissional e pessoal. Ademais, há, sem dúvida, distintas ocasiões em que as “enfermidades” do corpo são convocadas para “curar” as ulcerações da “alma”.
Mens sana in corpore sano”, ou seja, “mente sã num corpo são” é uma referência atribuída ao poeta romano Juvenal. A intenção do autor foi lembrar àqueles dentre os cidadãos romanos que faziam orações ingênuas, ao passo que tudo que se deveria pedir numa oração era saúde física e espiritual. Podemos proferir que a frase de Juvenal é uma afirmação de que somente uma mente sadia pode produzir ou sustentar um corpo saudável.
É verdade! As células do nosso organismo se alimentam do mesmo teor das nossas vontades, pensamentos e desejos. Tudo que se passa na mente se passa no corpo. As doenças nascem não só do descuido com o corpo, mas principalmente da negligência sobre a nossa forma de pensar. A invasão microbiana comumente está vinculada a causas espirituais que fragilizam a imunidade biológica; assim sendo, as doenças nascem da mente desorganizada. E dentre os causadores de doenças estão a raiva, a mágoa, as frustrações, o rancor, a inveja, o sentimento de culpa.
Nossas imperfeições morais provocam naturalmente os sofrimentos e as moléstias do corpo físico. As emoções malsãs atingem imediatamente o corpo físico, que serve como um dreno por onde escoam essas potências negativas. Muitas vezes os acúmulos de emoções não escoam, não fluem; ficam presos ao corpo físico e se manifestam em algum órgão em forma de grave doença.
Somos livres para fazermos o que quisermos, mas também somos os responsáveis pelos atos que originam consequências naturais. Recebemos da vida aquilo que à vida oferecemos. Colhemos o que plantamos, pois os nossos males morais são provocados por nós mesmos; daí compete somente a nós modificá-los, a fim de que a doença não se instale em nossa vida como teste compulsório contra os desvios de conduta.
Os mecanismos de causa e efeito não têm caráter punitivo, mas educativo. Enquanto permanecermos na imperfeição moral o sofrimento e as doenças serão reflexos naturais das nossas livres escolhas, convidando-nos para as obrigações de esforços do aperfeiçoamento espiritual a fim de refazermo-nos conosco mesmos.
Em resumo, ainda que sob o tacão das provas e expiações, somos e sempre seremos herdeiros de nós mesmos, pois encontramo-nos em processo de crescimento interior na busca da auto iluminação, que é o destino do qual nenhum de nós consegue escapar.
Jorge Hessen
jorgehessen@gmail.com
A Luz na Mente
Fonte: Espirit book


"A LOUCURA E SUAS CAUSAS."

1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é mostrar que o Espiritismo traz em seu bojo os principais subsídios para vencer os sintomas da loucura e do suicídio.2. CONCEITO
Louco – que perdeu a razão; alienado, doido, demente. Que está fora de si; contrário à razão ou ao bom senso; insensato. Em termos simbólicos, o louco está fora dos limites da razão, fora das normas da sociedade. Segundo o Evangelho, a sabedoria dos homens é loucura aos olhos de Deus, loucura aos olhos dos homens: por detrás da palavra loucura se esconde a palavra transcendência. (Dicionário de Símbolos)
Alucinação – Erro, ilusão da pessoa que crê ter percepção que realmente não tem. "Ver uma coisa que não está ali". "Ouvir uma voz". Quando continuados e persistentes, são apontados como sintomas de distúrbios mentais.
Alienação – Desarranjo das faculdades mentais. A expressão é usada como sinônimo de loucura (alienação mental); entretanto, é mais geral do que esta. Produz lesões que se distinguem em: parciais, gerais e mistas. As primeiras compreendem os delírios e os impulsos alucinatórios; as segundas, a depressão e a exaltação da inteligência; as terceiras, a dissociação de idéias e a abolição da inteligência. (Enciclopédia Brasileira Mérito)
Idiotia – define-se como sendo um sujeito que nunca ultrapassará dois ou três anos de idade mental. O que é um idiota na idéia materialista? Nada: apenas um ser humano. Conforme a Doutrina Espírita, é um ser dotado da razão, como todo o mundo, mas enfermo de nascença pelo cérebro, como outros membros. (Equipe da FEB, 1995)
3. HISTÓRICO
Por uma condição moral, a sociedade procura excluir uma parte de si mesma. Até o final da Idade Média, a figura excluída era a do leproso. Dada a intensa regressão dos leprosários, procurou-se outro objeto de exclusão: o louco que, durante o período da Idade Média, era sinônimo de possesso.
Ao entrarmos na fase do iluminismo, a razão desarmará a loucura. René Descartes (1596-1650) diz: "se minha existência é garantida por meu pensamento, eu, que penso, não posso estar louco". A loucura desaparece do exercício do pensar. O campo da exclusão é agora o Hospital Geral.
Quando foram criados os Hospitais Gerais, uma parte desses edifícios foi reservada aos alienados, mas os médicos da época não sabiam tratá-los por outros meios que não fossem os mais primitivos e bárbaros.
Em 1792, o alienista Pinel iniciou um trabalho racional, libertando-os do regime inumano a que estavam sujeitos. O alienado, então, deixou de ser considerado como possesso, para ser tratado como doente. Daí em diante a Ciência realizou grandes progressos no tratamento dos enfermos mentais, atingindo, em nossos dias, importante estádio de valiosas pesquisas, no campo da Psicanálise, com as teorias de Freud, Jung, Adler e Adolfo Meyer. (Enciclopédia Brasileira Mérito)
4. CAUSAS ORGÂNICAS DA LOUCURA
4.1. PREDISPOSIÇÃO FÍSICA
A primeira das causas é a própria predisposição física do indivíduo. Há muitas pessoas que reencarnam com um estoque de fluido vital limitado, como conseqüência de desregramentos cometidos em outras existências. Esse quadro mórbido fica como que em potência, esperando o desenrolar de suas atividades no plano dos encarnados. Chegado o momento, a doença se atualiza de maneira indelével.
4.2. CÉREBRO FRACO
A causa – cérebro fraco – é uma extensão da anterior. Sendo limitado em sua capacidade, o cérebro não é capaz de elaborar muitas informações, o que lhe dá um desgaste maior do que pode suportar. Nesse mister, a loucura pode acontecer em todas as áreas do saber: Ciência, Artes, Religião, inclusive no meio espírita.
4.3. IDEIA FIXA
A terceira causa orgânica é a idéia fixa. O cérebro não tendo capacidade de se diversificar, acaba por aderir a uma única idéia, conhecida por monoideísmo. Falta-lhe, nesse caso, a autocrítica, elemento por demais útil na elaboração dos raciocínios. Da mesma forma que a causa anterior, essa idéia fixa pode se referir a uma Religião, a uma Ciência, ou a uma Arte.
5. CAUSAS MORAIS E ESPIRITUAIS
5.1. DECEPÇÕES, DESGRAÇAS E AFEIÇÕES CONTRARIADAS
Visitados por um malogro sem esperança, por uma desilusão, por um desengano ou por um desapontamento, quantos não são os que procuram o suicídio como solução? Um exemplo clássico: briga entre namorados. Parece que o mundo desmorona e não se tem mais objetivo para viver.
Quantos não se suicidam porque perderam grandes fortunas na bolsa de valores?
A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialistas são os maiores excitantes à loucura e ao suicídio.
5.2. PAVOR DO DIABO
Entre as causas da loucura, devemos ainda incluir o pavor do diabo que, com o seu poder destruidor, já desequilibrou muitos cérebros. Sabe-se o número de vítimas que ele tem feito ao abalar imaginações fracas com essa ameaça, que cada vez se procura tornar mais terrível através de hediondos pormenores? A religião seria bem fraca se, por não usar o medo, seu poder ficasse comprometido.
5.3. AS OBSESSÕES E AS POSSESSÕES
De acordo com Bezerra de Menezes, é preciso incluir a causa da influência espiritual menos feliz, pois nos seus estudos a respeito do tema, percebeu que há loucura com e sem lesão cerebral. Para ele, primeiramente há um desfalecimento; depois, um arrastamento. (Menezes, 1983)
6. ORIENTAÇÕES EXTRAÍDAS DAS OBRAS ESPÍRITAS
6.1. VALOR RELATIVO DAS COISAS TERRENAS
"O verdadeiro espírita olha as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado; elas lhes parecem tão pequenas, tão mesquinhas, em face do futuro que o aguarda; a vida é para ele tão curta, tão fugitiva, que as tribulações não lhe parecem mais do que incidentes desagradáveis de uma viagem. Aquilo que para qualquer outro produziria violenta emoção, pouco o afeta, pois sabe que as amarguras da vida são provas para o seu adiantamento, desde que sofra sem murmurar, porque será recompensado de acordo com a coragem demonstrada em suportá-las". (Kardec, 1995, p. 43)
6.2. A FORÇA ESPÍRITA COMO ANTÍDOTO À FRAQUEZA MORAL
"A loucura tem como causa primeira uma relativa fraqueza moral que torna o indivíduo incapaz de suportar o choque de certas impressões, em cujo número figuram, ao menos em três quartas partes, a mágoa, o desespero, o desapontamento e todas as tribulações da vida. Dar aos homens a força necessária para ver essas coisas com indiferença, é, pois, atenuar nele a causa mais freqüente da loucura e do suicídio. Ora, essa força ele a colhe na Doutrina Espírita bem compreendida. Em presença da grandeza do futuro que ela desenrola aos nossos olhos e de que dá prova patente, as tribulações da vida se tornam tão efêmeras, que deslizam sobre a alma como a água desliza sobre o mármore, sem deixar traços... A contrariedade sofrida seria insuficiente ou nula, e uma desgraça imaginária não o teria arrastado a uma desgraça real.
Em resumo, um dos efeitos, e nós podemos apontar, um dos benefícios do Espiritismo, é o de dar à alma a força que lhe falta em muitas circunstâncias, e é nisto que ele pode reduzir as causas de loucura e de suicídio. Não está aí a verdadeira filosofia". (Revista Espírita de 1860, p. 191 e 192)
6.3. A FÉ NO FUTURO ACALMA O CORAÇÃO
"A calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura são devidos à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem força de suportar; se, pois, pela maneira como o Espiritismo lhe faz encarar as coisas deste mundo, ele recebe com indiferença, com alegria mesmo, os reveses, as decepções que o desesperariam em outras circunstâncias, é evidente que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, preserva sua razão dos abalos que, sem ela, o sacudiriam". (Kardec, 1984, cap. V, item 14, p. 79)
6.4. AS CONSEQÜÊNCIAS DA INDISCIPLINA E DA IGNORÂNCIA
"Excetuados os casos puramente orgânicos, o louco é alguém que procurou forçar a libertação do aprendizado terrestre, por indisciplina ou ignorância. Temos neste domínio um gênero de suicídio habilmente dissimulado, a auto-eliminação da harmonia mental, pela inconformação da alma nos quadros de luta que a existência humana apresenta. Diante da dor, do obstáculo ou da morte, milhares de pessoas capitulam, entregando-se, sem resistência à perturbação destruidora, que lhes abre, por fim, as portas do túmulo. A princípio, são meros descontentes e desesperados, que passam despercebidos mesmo àqueles que os acompanham mais de perto. Pouco a pouco, no entanto, transformam-se em doentes mentais de variadas gradações, de cura quase impossível, portadores que são de problemas inextricáveis e ingratos. Imperceptíveis frutos da desobediência começam por arruinar o patrimônio fisiológico que lhes foi confiado na Crosta da Terra, e acabam empobrecidos e infortunados". (Xavier, 1977, p. 210)
7. CONCLUSÃO
O Espiritismo, antes de ser o causador da loucura e do suicídio, é o seu grande médico, pois, através de seus princípios, o ser humano consegue haurir muita calma e muita resignação em todas as circunstâncias desfavoráveis de sua existência.
Sérgio Biagi Gregório-
 Fonte: Espirit book

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CHEVALIER, J., GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
ENCICLOPÉDIA BRASILEIRA MÉRITO.
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro: FEB, 1995.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
KARDEC, A. Revista Espírita de 1860. São Paulo: Edicel.
MENEZES, A. B. de. A Loucura sob Novo Prisma: Estudo Psíquico-Fisiológico. 4. ed., Rio de Janeiro, 1983.
XAVIER, F. C. No Mundo Maior, pelo Espírito André Luiz. 7. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.


terça-feira, 31 de julho de 2018

"MÉDICOS ESPIRITUAIS: COMO ELES NOS AJUDAM?"

Muitas vezes, por imaginarmos o Mundo dos Espíritos imaterial ou muito fluido e etéreo, pensamos que as técnicas e procedimentos médicos sejam bem diferentes daqueles que conhecemos aqui na Terra. No entanto, não podemos perder de vista que nosso mundo é uma cópia mal feita do que existe depois da morte. O que temos por aqui em termos de tratamento e procedimentos médicos, há muito tempo já é usado lá. O progresso material segue o Espiritual que lhe serve de matriz original.
No livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, temos os seguintes esclarecimentos a respeito desse intrigante assunto. Vejamos.
Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Muitas vezes, por imaginarmos o Mundo dos Espíritos imaterial ou muito fluido e etéreo, pensamos que as técnicas e procedimentos médicos sejam bem diferentes daqueles que conhecemos aqui na Terra. No entanto, não podemos perder de vista que nosso mundo é uma cópia mal feita do que existe depois da morte. O que temos por aqui em termos de tratamento e procedimentos médicos, há muito tempo já é usado lá. O progresso material segue o Espiritual que lhe serve de matriz original.
No livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, temos os seguintes esclarecimentos a respeito desse intrigante assunto. Vejamos.
Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspeções instrumentais e laboratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.
Curial, portanto, é que o médico espiritual se utilize ainda, de certa maneira, da medicação que vos é conhecida, no socorro aos desencarnados em sofrimento, porque, mesmo no mundo, todo remédio da farmacopeia humana, até certo ponto, é projeção de elementos quimio-elétricos sobre agregações celulares, estimulando-lhes as funções ou corrigindo-as, segundo as disposições do desequilíbrio em que a enfermidade se expresse.
Contudo, é imperioso reconhecer que na Esfera Superior o médico não se ergue apenas com o pedestal da cultura acadêmica, qual ocorre frequentemente entre os homens, mas sim também com as qualidades morais que lhe confiram valor e ponderação, humildade e devotamento, visto que a psicoterapia e o magnetismo, largamente usados no plano extrafísico, exigem dele grandeza de caráter e pureza de coração.
Resumindo para melhor compreensão:
1-Usam medicamentos;
2-Fazem exames com aparelhos sofisticados, que provavelmente teremos no futuro aqui na Terra;
3-A psicoterapia é muito utilizada;
4-Magnetismo (passes, transfusão de energias);
5-Os médicos são preparados espiritual e moralmente;
6-algumas doenças, porque arraigadas no períspirito, somente desaparecerão após nova reencarnação, quando poderão ser expurgadas pelo corpo físico.
As cirurgias promovidas pelos médiuns de cura aqui na Terra (auxiliados pelos médicos e benfeitores espirituais), ocorrem acordo com o descrito acima também. As doenças com origens em lesões no períspirito sendo eliminadas, advém, em seguida, a cura do corpo físico.
Esclarecem os amigos espirituais, igualmente, que os tratamentos e cirurgias realizados aqui na Terra em nosso corpo físico nos hospitais terrestres, podem auxiliar sobremaneira na cura definitiva das doenças enraizadas no períspirito. Trata-se de uma via de duas mãos. Acima de tudo, está o merecimento do paciente que se dá através do aprendizado e progresso.
Bibliografia:
Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – pelo Espírito André Luiz


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...