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sábado, 17 de novembro de 2018

A HISTÓRIA DE ENCARNADO DO "ESPÍRITO JÚLIO" E SUA PASSAGEM NA TERRA COM PARALISIA CEREBRAL.

Fui muito amado! Meus pais se desdobravam em atenção e cuidado para comigo. Fui o segundo filho deles. O primeiro, meu único irmão, Júnior, era perfeito e muito bonito. Não tenho muitas lembranças do período em que estive encarnado com deficiência. Fixo minha mente para recordar, sinto a sensação de que estava preso num saco de carne mole e disforme. Parecia que, ao estar encarnado, estava restrito a uma situação desconfortável e sofrida, porém sabia ser melhor que meu estado anterior, o de desencarnado. Realmente estava restrito, era deficiente físico e mental. Tive paralisia cerebral.
Lembro que cuidaram de mim com ternura imensa, gostava quando falavam comigo, me acariciavam.
Meus pais tentaram de tudo para que eu melhorasse, fisioterapias, especialistas e cuidados especiais.
Vivi três anos e seis meses nesse corpo que agora bendigo, que serviu para que me organizasse do tremendo desajuste em que eu me encontrava. Não andei, não falei, ouvia e enxergava pouco e era portador de muitas doenças no aparelho digestivo.
Uma pneumonia me fez desencarnar.
Recordo pouco essa minha permanência na carne. É como recordar adulto a primeira infância, O desconforto muito me marcou, como também o imenso amor que meus pais tiveram e têm por mim.
Socorrido ao desencarnar por socorristas, fui levado a um hospital de uma colônia.
Estive internado numa ala especializada em crianças e deficientes. Lembro-me que lá sentia a falta da presença física de meus pais. Eles foram levados muitas vezes para me ver. Alegrava-me com essas visitas.
Meus pais, pessoas boas e com alguns conhecimentos espirituais, puderam, enquanto dormiam, ser desligados do corpo físico e vir me ver. Foram encontros emocionantes. Isso é possível acontecer com muitos pais saudosos. Infelizmente poucos recordam esses comovidos encontros.
Recuperei-me. Com o carinho dos tios, trabalhadores do hospital, sarei das minhas deficiências. Retornei à aparência que tinha na encarnação anterior, antes de ter começado com meu vício e danificado meu corpo sadio.
Dessa vez gostei de estar desencarnado e mais ainda do hospital.
Normalmente em todas as colônias há no hospital uma parte onde são abrigados os que foram deficientes mentais quando encarnados, isso para que recebam tratamento especial para se recuperarem.
Ressalvo que muitos ao desencarnarem não têm o reflexo da doença ou das doenças e ao serem desligados da matéria morta são perfeitos, nem passam pelos hospitais. Infelizmente não foi o meu caso. Necessitei me recuperar, após um ano e dois meses estava tendo alta e fui para uma ala no Educandário para jovens.
Vou descrever a parte do hospital em que fui abrigado.
Os quartos são grandes, ficam juntos muitos internos. Não é bom ficar sozinho, é deprimente. Gostava de ter companhia, de ficar com os outros. Logo me tornei amigo deles.
As colônias não são todas iguais. Tudo nelas é visando o bem-estar de seus abrigados. Mas em todas há lugares básicos, como nas cidades dos encarnados, que têm escolas, hospitais, praças, ruas etc. Nas colônias também, só que com mais conforto, bem-estruturados, grandes e bonitos. Visitando tempos depois hospitais em outras colônias, vi que todas são aconchegantes, diferenciando-se nas repartições, no tamanho e nos adornos.
“Você, Júlio, não é mais doente. É sadio! Tem de se sentir sadio! Vamos tentar?”, dizia para mim Suely, uma das “tias”, sorrindo encantadoramente.
A deficiência estava enraizada em mim, necessitei entender muitas coisas para sanar seus reflexos.
Quando comecei a falar, passei a escutar e a enxergar normalmente e logo a andar.
O quarto em que estava, como todos os outros, tem a porta grande, sempre aberta, que dá para um jardim-parque com muitas árvores, flores, brinquedos e animais dóceis e lindos.
Nesse jardim há sempre muita claridade e brincadeiras organizadas. Ali há um palco onde há danças, aulas de canto, música e teatro. Do outro lado dos quartos estão as salas de aula. Gostei muito de ficar ali, naquela parte do hospital. Foi meu lar no período em que estive internado. Encantava-me com o jardim-parque e foi me divertindo sadiamente que me recuperei com certa facilidade. As brincadeiras fazem parte da recuperação. Não existem medicamentos como para os encarnados. Não senti mais dores nem desconforto.
O interno é transferido dali quando quer ou quando se sente apto. Sentindo-me bem, fui transferido, mudei para a ala jovem do Educandário, como já mencionei, onde estudei e passei a fazer tarefas.
Quando meu curso terminou, pedi para trabalhar na ala do hospital para recuperação de desencarnados que na carne foram viciados em tóxicos.
Esse meu pedido tinha razão de ser. Fiquei contente por ter sido aceito e passei a trabalhar com toda a dedicação.
Na minha penúltima encarnação tive meu corpo físico perfeito. Que fiz dele? Recordei.
Quando estava me recuperando no hospital, as lembranças vieram normalmente. Como “tia” Suely explicou-me, recordar não acontece com todos. Muitos recuperados voltam a reencarnar sem lembrar de nada do passado.
Lembrei-me sozinho, sem forçar o meu passado, e “tia” Suely me ajudou a entendê-lo e não “encucar”, pois o passado ficou para trás e só podemos tirar lições para o presente.
Principalmente no meu caso, tentar acertar e não repetir os mesmos erros.
(Do livro “Deficiente mental, porque fui um?” (Cap. 2) - Ditado por diversos espíritos - Psicografia de Ve
ra Lúcia Marinzeck Carvalho - Editora Petit)
Fonte:  

terça-feira, 13 de novembro de 2018

"ESPÍRITOS ESTÃO INFLUENCIANDO SEUS PENSAMENTOS E SUA VIDA?"


Ninguém avança pela estrada do progresso espiritual sem o auxílio de Deus.
Muitas vezes esse auxílio nos é oferecido por intermédio dos nobres Espíritos que se transformaram em guias da Humanidade.
Esses operosos servidores do bem estão sempre próximos de todos aqueles que lhes rogam ajuda ou que, por meio da oração e dos pensamentos elevados, sintonizam com suas presenças.
São conhecedores de algumas ocorrências que estão delineadas nas existências de seus pupilos e dos desafios que os mesmos devem vivenciar.
Por isso, inspiram-nos e guiam-nos pelo caminho mais apropriado para o sucesso, ou advertem-nos dos perigos iminentes que os espreitam.
Através dessa inspiração é que ocorre o pressentimento.
Ele é uma maneira eficaz da criatura parar e reflexionar em torno do que deve realizar e de como conduzir-se, contornando as dificuldades e avançando sem receio pela trilha do progresso.
No entanto, caso o ser se deixe levar por atitudes equivocadas e rebeldes, não será capaz de se manter em sintonia com os Espíritos superiores.
Em virtude das suas opções mentais e comportamentais, ele estará sob a influência de Espíritos infelizes.
Esses, hábeis na técnica de transmitir ideias deprimentes e de conteúdos perturbadores, atormentam e iludem os imprevidentes.
E, quando as entidades venerandas buscam de alguma forma orientá-los, esses, pela falta de hábito de assimilar-lhes as nobres ideias, recusam-nas, voltando às mesmas paisagens mentais que os infelicitam.
Os pressentimentos, desse modo, devem ser analisados com cautela, avaliando-se qual a sua origem e de que tipo de mensagem são portadores.
Afinal, podem ser valiosas orientações a afastar-nos do mal, ou maléficas sugestões a impelir-nos ao equívoco.
Cabe-nos o uso do discernimento para avaliar com imparcialidade nossa conduta usual e a natureza da influência que recebemos.
Há, ainda, a possibilidade de que os pressentimentos sejam ideias do próprio ser, que voltam à tela mental na forma de intuição, mas que nada mais são do que recordações de compromissos anteriormente assumidos.
Ressurgem do inconsciente pessoal como eficiente maneira de conduzir o ser ao reequilíbrio e, assim, evitar novos tropeços.
Os pressentimentos são fenômenos que muito podem contribuir para a felicidade das criaturas.
No entanto, quando negativos ou ameaçadores, devem nos servir de motivo para que nos entreguemos à prece e a elevados pensamentos.
Alterando, assim, nossa faixa vibratória, seremos capazes de nos afastar de influências funestas e infelizes e, por consequência, receber a orientação benfazeja da Espiritualidade superior.
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, indagou, certa ocasião, aos Espíritos superiores a respeito da influência dos Espíritos nos pensamentos e nos atos dos seres encarnados.
Foi-lhe respondido que essa influência é muito maior do que se poderia imaginar.
Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem – consta na resposta à questão número 459 de O livro dos Espíritos.
Ora, cientes de que tal influência é usual e intensa, cabe-nos aprender a distinguir nossos próprios pensamentos daqueles que nos são sugeridos.
Além disso, devemos ter em mente que os bons Espíritos sempre nos aconselham para o bem.
Os Espíritos infelizes, porém, são incapazes disso.
Resta-nos, portanto, usar o bom senso para fazermos tal diferenciação e nos valermos apenas das orientações que nos possam levar ao caminho do bem e da verdade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.13, do livroLições para a felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis,psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e no cap. IX,pt. 2, de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.

'EMOCIONANTE HISTÓRIA DE UM ESPÍRITO QUE APARECEU PARA O MÉDIUM "DIVALDO PEREIRA FRANCO".

Há muitos anos, um Espírito apareceu a Divaldo (médium espírita, dirigente da instituição Mansão do Caminho da Bahia), e contou-lhe sua triste história: “Eu era uma mulher bela, casada, também, com um homem muito atraente. Éramos felizes . . . até que um dia a beleza física dele nos desgraçou. Simpático, jovial e atraente, arranjou outra mulher mais bela e mais jovem do que eu. Uniu-se a ela, e disse-me: - A partir de hoje irei transferir-me de casa. Por você estar velha e desgastada, procurei outra mulher mais jovem para me estimular e dar colorido à minha vida.
Dizendo isso, arrumou suas malas e saiu. Enquanto ele saía, dei um tiro em minha cabeça, para que ele ouvisse e tivesse remorso para o resto da vida. Suicidei-me . . . Não posso lhe dizer quanto tempo se passou . . . Senti o tormento que me veio depois do suicídio, a crueldade do ato impensado, o desespero que me proporcionou.
Tudo quanto posso lhe dizer é que agora eu me libertei, momentaneamente do tiro, da bala que partira minha cabeça. E meu primeiro pensamento foi ver o homem por quem eu destruí minha vida. Quis visitá-lo, e uma força estranha como um magneto atraiu-me à uma casa majestosa, a uma mulher de meia idade e a um homem que estava atormentado e deitado em uma cama especial.
Era meu antigo marido, portador agora de uma doença degenerativa. Estava desmemoriado, deformado, hebetado, teve também, derrame cerebral, estava SEM CABELOS, sem dentes, trêmulo sobre a cama . . . Uma verdadeira pasta de carne!
Então eu olhei, e pensei: - Meu Deus! Foi por isso que eu me matei!? Como fui tão apegada à matéria, que murcha e se decompõe mesmo em vida. Hoje estou sofrendo moralmente! Como pude dar tanto valor à matéria! . . . Não confiei em Deus, e cheguei ao extremo de tirar minha vida por um homem que não a merecia, enceguecida por sua beleza física.
Apeguei-me muito, a ponto de anular minha personalidade. Não podia viver sem ele. Tem piedade de mim e de todos aqueles que estão presos às pastas de carnes que irão se decompor e morrer em breve tempo, mais breve do que esperamos.”
E o Espírito, saiu depressa, sem dar tempo de Divaldo falar com ela.
Dessa história, podemos tirar 3 lições:
1ª - Sobre o suicídio. A recomendação Espírita é: “Não se mate você não morre.”
2ª - Procurar parceiros (as) visando beleza física e não espiritual, é outro engano. O amor verdadeiro não é cego, mas a paixão sim. Na questão 969, os Espíritos disseram para Allan Kardec que: “Muitos são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o espírito vê a qualidade.”
3ª - Ninguém é de ninguém. Ninguém é posse de ninguém. Quando amamos verdadeiramente a outra pessoa, nós queremos vê-la bem, feliz, seja lá com quem for. Divaldo com muita propriedade nos exorta:
- É necessário libertar-nos dos apegos, das coisas escravocratas e seguirmos a direção do alvo, porque somos a flecha que o grande Arqueiro disparou.
Aprende pois a olhar, não com nossos olhos ,mas sim com o coração, amar verdadeiramente a alma e não o corpo, pois o corpo acaba e a alma se eterniza o Espírito é realmente a verdadeira luz , e nós como seres humanos deveríamos ver ,não com os olhos mas com o coração,pois este, nunca nos engana!!!!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

O QUE É MEDIUNIDADE INFANTIL? SEU FILHO TEM AMIGUINHOS IMAGINÁRIOS?

As explicações da Doutrina Espírita para a predisposição natural das crianças para entrar em contato com espíritos. Segundo a doutrina espírita, todo ser humano tem a capacidade de se comunicar com os mortos do mundo espiritual. Não é um dom sobrenatural – é uma habilidade física, ligada à glândula pineal, no centro do cérebro, que capta o sinal do “além” como se fosse uma onda magnética e o converte em percepções. O que difere em cada um é a sensibilidade para interpretar essas percepções. Alguns entendem como pressentimento, um medo repentino ou uma intuição inexplicável. Uma pessoa só é considerada médium quando manifesta esse fenômeno de forma ostensiva, ou seja, quando as comunicações podem ser percebidas de forma clara.
Ela pode sentir, ver, ouvir, falar ou ainda psicografar textos ditados pelos espíritos. Não há idade determinada para o início das ocorrências e elas podem rolar mesmo se a pessoa não acreditar na interação com os mortos. Lá no começo
A crença na comunicação com espíritos existiu em quase todas as civilizações. Xamãs invocavam curandeiros, profetas recebiam mensagens divinas e pitonisas viam o futuro. Mas o fenômeno só foi estudado com mais rigor científico após o professor francês Allan Kardec (1804-1869) codificar a doutrina espírita e conceitos como imortalidade da alma e evolução por meio de várias reencarnações.
Entre dois mundos.
Ainda segundo a doutrina, o processo reencarnatório só se encerra por volta dos 7 anos. Até lá, a criança está ligada tanto ao mundo espiritual quanto ao físico. Por isso, é na infância que mais ocorrem casos de comunicação desse tipo. Isso não significa que ela seja médium – o título só será confirmado no restante da vida, se ela demonstrar essa capacidade de modo ostensivo.
As primeiras interações…
As ocorrências tendem a intensificar-se logo que a criança aprende a falar. Visões e audições são as manifestações mais comuns e podem ocorrer juntas. Na maioria das vezes, o pequeno não tem medo algum e não entende por que seus pais também não conseguem ver a presença que ele percebe. Ele não compreende o conceito de morte e por isso encara a “companhia” com naturalidade.
Fantasma camarada.
Na infância, as interações tendem a ser positivas. É comum, por exemplo, bebês rirem sozinhos, olhando para o “nada”. Em muitos casos, podem estar vendo amigos de vidas passadas ou espíritos protetores. Também são recorrentes as visitas de parentes falecidos ou de amiguinhos espirituais que assumem uma fisionomia mais infantil.
Recordações inexplicáveis.
Em alguns casos, o contato pode revelar lembranças pregressas: a criança reconhece gente da encarnação anterior e até renega a atual família. Para Léon Denis, filósofo francês e seguidor da doutrina espírita, a mediunidade também pode estar por trás de prodígios precoces: casos de genialidade podem ser manifestados, mesmo de forma inconsciente, pelo estímulo de espíritos.
De tremer a espinha.
“Assombrações” (em especial, aquelas chamadas de “obsessões” pela doutrina) são mais raras nessa fase da vida. Na maioria das vezes, são espíritos sofredores que habitam o mesmo local que a criança. Mesmo que não desejem causar mal, podem provocar medo. Há também os que querem assustá-la para punir alguém da família por alguma dívida passada. MEDIUNIDADE… OU IMAGINAÇÃO?
Como identificar se um “amiguinho invisível” pode ser mesmo um contato espiritual.
De olho nos pequenos.
Segundo estatísticas, três em cada dez crianças apresentam “amigos invisíveis” – algo encarado com naturalidade pela psicologia. Então, como diferi-los de um evento mediúnico? Para a vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Marta Antunes, não há uma receita exata: o fundamental é que os pais observem o comportamento dos filhos e conheçam bem sua personalidade e hábitos.
Tudo bem.
Segundo a autora espírita e especialista em terapia comunitária Walkiria Kaminski, as crianças que se comunicam com espíritos costumam ser saudáveis, sem sinais de apatia ou depressão. Interessam-se por brinquedos ou jogos tanto quanto as outras. Elas encaram as visões com naturalidade, sem espanto – e ficam até intrigadas com o fato de os pais não serem capazes de vê-las.
Tudo mal.
E se as visões forem sinal de uma doença psiquiátrica? Pode acontecer, mas é raro: esquizofrenia só acomete uma em cada 10 mil crianças. E traz indícios mais fáceis de detectar, como desejo por isolamento, depressão, mudanças repentinas de humor… Além disso, as “vozes” ouvidas costumam ser ameaçadoras e o pequenino tem dificuldade de relatar o fenômeno para os adultos.
Clube dos solitários.
A imaginação é uma característica comum nessa fase e pode servir como suporte a quem tem pouco ou nenhum contato com amiguinhos da sua idade. A construção fantasiosa também pode rolar quando os filhos não recebem a devida atenção dos pais e passam a maior parte do tempo sozinhos. Assim, as companhias de mentirinha servem para evitar a solidão.
MANUAL PARA PAIS PREOCUPADOS.
A principal dica é abordar o fenômeno com tranquilidade – ele passa com o tempo:
1. Para a educadora espírita Martha Guimarães, os pais devem encarar os relatos com naturalidade. Se eles entram na “brincadeira”, a criança fica à vontade para dar mais dados sobre o “amigo invisível”: nome, aparência, idade… Em alguns casos, ela pode até identificar nos álbuns da família a imagem do espírito como sendo a de um parente já falecido.
2. Evite incutir medo. Ele tem péssimas consequências. Aludir a figuras como “monstros” ou “bicho-papão” pode deixar o(a) garoto(a) com pavor de ficar sozinho(a) ou no escuro. Também se deve evitar dizer que “isso é coisa do capeta” ou que as vozes são “do demônio”. Além de apavorar a criança, ela poderá achar que está sendo possuída.
3. É importante achar um equilíbrio. Se os adultos acusarem a criança de mentir, ela pode começar um processo de negação da mediunidade e acreditar que é louca. Por outro lado, eles também não devem incentivar demais a habilidade, para que ela não perca interesse pelo mundo físico ou se sinta forçada a forjar relatos de contatos só para agradá-los.
4. Para quem estiver aberto à ideia, uma sugestão é buscar apoio num centro espírita. A maioria desenvolve trabalhos voltados às crianças que explicam, em linguagem apropriada, a definição de conceitos como mediunidade e vida após a morte. Além disso, a aplicação de passes e orações já é o suficiente para diminuir a frequência do fenômeno.
5. Outra opção é recorrer a um terapeuta profissional. A psicologia nega a existência da mediunidade, mas considera a criação de amigos imaginários natural e positiva. A criança tende a abandonar esse recurso de socialização quando envelhece – geralmente, na mesma época em que a doutrina espírita acredita que o processo reencarnatório se conclui, aos 7 anos.
FONTES Livros História do Espiritismo, de Arthur Conan Doyle, As Vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior,Mediunidade e Obsessão em Crianças, de Suely Caldas Schubert, No País das Sombras, de Elizabeth d’Espérance, e Recordações da Mediunidade, de Yvonne Pereira; documentário Edgar Cayce, do canal Biography.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

"BENDITA RESIGNAÇÃO", PSICOGRAFIA DE UM ESPÍRITO QUE SE IDENTIFICA APENAS COMO "LEPRA", DADO O TERRÍVEL SOFRIMENTO QUE SOFREU COM ESSA DOENÇA.

Quanta tristeza carreguei na minha última existência, aos primeiros anos da minha juventude, onde os sonhos são tão leves e felizes, tudo é beleza, quando a vida nos sorri e nos sorrimos para ela. Foi nessa época que depois do aparecimento de manchas pelo corpo e a falta de sensibilidade nas pontas dos dedos fui levada pelo meu pai a uma consulta com famoso médico da época. O diagnóstico fora certeiro e aniquilante, o que era? Lepra, que hoje se chama Hanseníase.
A partir daquele momento meu mundo e o da minha família desabaram, e foi com muita dor que fui afastada do convívio dos meus, internada num hospital especifico para tratamento da tão temida Lepra.
Ali só os pacientes da terrível moléstia conviviam normalmente entre si, o restante, médicos e outros profissionais de saúde nos tratavam com certa diferença, acredito que a maioria deles não fazia isso por maldade, mas muito mais por falta de esclarecimentos.
Sabem que as cartas que enviávamos aos nossos familiares não saiam dali naturalmente, tudo passava por um processo de esterilização. Assim vivi nesse lugar.
No começo foi muito triste, não consegui terminar nem a escola normal, queria tanto ser professora..., a ausência da família e preconceito sofrido por toda gente.
Com o tempo fui me acostumando e com o passar desse tempo comecei a trabalhar lá, auxiliando pessoas menos cultas e desprovidas de tantas coisas que eu tive fartamente desde o meu nascimento, a vida ali era muito sofrida, as pessoas perdiam pedaços, quanta dor senti e vi ali.
Eu mesma, de uma moça bonita tive minha aparência física afetada pela doença.
Hoje eu consigo entender perfeitamente o porquê de tudo o que eu passei, e confesso, não foi mais do que eu mereci, cada dia, cada dor, cada desilusão que sofri me serviu como meio de resgate de coisas feitas em outras encarnações.
Mesmo durante os longos anos que lá passei consegui aceitar com resignação tudo aquilo. Lá me casei, tive filhos e vivi por muitos anos. Pude ainda ter a oportunidade de sair de lá e me estabelecer em uma casa com minha família, que a essa altura era formada por mim, meu marido e meu filho.
Ainda assim sofri muitos preconceitos, muitos tinham medo de se aproximar, mas como sempre encontramos almas esclarecidas e caridosas. Muitas pessoas também se aproximavam e nos abraçava dando mostra do enorme amor que sentiam.
Tudo passado! Tudo resolvido! Resgatei nessa última existência boa parte dos meus débitos e agradeço a Deus por cada dia que passei, por cada dor que senti naquele bendito lugar, naquela escola de amor e aprendizado. Bendita seja a resignação que tive durante toda minha vida.
Hoje sou tão feliz! Feliz de ter dado conta de tudo que passei. Obrigada meu Deus por toda a oportunidade de aprendizagem que me destes.
Um irmã, uma amiga chamada Lepra.
Médium: Irmã D.

Fonte:

terça-feira, 30 de outubro de 2018

"NENHUM ESPIRITO PERMANECE INATIVO DEVIDO AOS ERROS COMETIDOS."

A vida física requer do espírito mortal inteligência e preparo espiritual para que ele possa entrar em contato com os ciclos mais elevados da vida superior; mas poucos são os seres humanos que se preocupam com a vida espiritual, que é a verdadeira, e a que nos aguarda nos portais da eternidade, porém, o conluio diário com os vícios, desejos e paixões, praticamente, quase que anula nossos esforços no sentido de procurarmos nossa iluminação.
Podemos afirmar, no entanto, que a vida de silêncio, recolhimento e meditação, prece, e o Culto do Evangelho no Lar, é a ideal para iniciarmos esse esforço de encontrarmos nós mesmos, mas essa batalha pode durar anos. A expectativa de uma vida depois da morte nos acena com um mundo melhor, onde encontramos nossa verdadeira felicidade, sem nunca esquecer que essa vida que começa aqui na Terra, nesse relacionamento amoroso e sincero com os nossos irmãos de luta, é um preparo para a vida depois da morte.
Os espíritos são criados simples e ignorantes de acordo com a vontade de Deus, que os encaminha na evolução infinita por meio do automatismo, até que já bastante evoluídos possam receber dois instrumentos divinos – que são o Livre Arbítrio e o Pensamento Contínuo – , e juntamente com esses dois recursos, o espírito recebe a responsabilidade, que certamente terá pelos seus atos realizados pelas suas escolhas, nos campos da carne e do espírito, passando então, a partir daí, construir sua própria felicidade, com oportunidades ilimitadas para aprender as bênçãos valiosas da experiência humana.
As humanidades que vivem nos milhares de mundos espraiados no Universo de Deus, recebem a supervisão e administração educativa de espíritos superiores, que através dos milênios auxiliam os mais atrasados, não sendo portanto possível que, em parte alguma, possam existir espíritos fora das atividades do trabalho, da luta pelo seu próprio adiantamento, como também entidades espirituais inativas, sem fazer absolutamente nada, porque isso seria um atraso moral e intelectual, e que certamente atrofiaria a mente e o cérebro do viajor da eternidade.
Se Deus permitisse que os espíritos em determinada fase de sua evolução permanecessem em inatividade, certamente seria um Deus de coração endurecido e déspota, sem nenhuma caridade para com seus filhos, não lhes dando a mínima chance de melhorar, e assim contribuindo para que todos permanecessem atrasados e falíveis nas incontáveis faltas leves, médias e graves que o espírito pode cometer. O certo, porém, é que nenhum espírito fica eternamente entregue às suas imperfeições, porque não há falha no processo de reeducação dos filhos de Deus, por mais imperfeitas e rebeldes que sejam as entidades espirituais.
A Lei do Progresso atinge todos sem discriminação, dando oportunidades iguais em todos os setores da vida, e só não trabalha para alcançar méritos quem não quer; e os estímulos para que os espíritos se adiantem na senda evolutiva são muitos, sempre no sentido de fazer com que todos sejam felizes, vivam em paz, alegria e felicidade. Mesmo nas faixas vibratórias consideradas sombrias, o espírito mortal não fica sem atividade, porque a própria dor e o sofrimento o arremessam para frente e para cima, coroando de êxito as palavras do Apóstolo Paulo em uma de suas Cartas aos Gentios: “Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior se renova sempre”, numa demonstração cabal e completa que, mesmo estando no estágio do mal, o espírito está sempre progredindo, sem se estagnar na sua carreira evolutiva.
É interessante observar também, que as almas perversas e ignorantes que estagiam em locais trevosos, onde sofrem temporariamente suas culpas, não estão desamparadas da providência divina, e sim têm juntamente com elas espíritos superiores, que as amam e acompanham com muito interesse a escalada de cada uma, e, tão logo demonstrem rasgo de remorso e arrependimento, são retiradas para locais mais claros e rarefeitos, onde são tratadas como filhas de Deus, temporariamente afastadas das Leis Divinas, mas perfeitamente recuperáveis depois de algum tempo, fim de serem educadas e integradas a vida normal da sociedade.
Em síntese, o que funciona no Universo de Deus em que todos evoluímos é a Lei do Trabalho, como propulsora do espírito para o infinito de Deus, dando ao viajor da eternidade as oportunidades de que necessita para a sua iluminação, tendo sempre em foco que Jesus é o corretor de posições de nossas vidas, o maior dispensador de bens eterno do mundo. Qualquer que seja a inferioridade do espírito, Deus nunca o abandona, e cada um tem o seu anjo da guarda transmitindo bons pensamentos para o progresso de cada um, além da ideia de um novo recomeço através de uma nova reencarnação, em que infrator possa ressarcir seus débitos com a retaguarda da vida e avançar vitorioso para sua eternidade junto de Deus.

PSICOGRAFIA DO "ESPÍRITO FLÁVIO AMORIM", DESENCARNE EM ACIDENTE DE CARRO, CONTANDO QUE ESTÃO EM TRATAMENTO NO HOSPITAL ESPIRITUAL.

Nem sei como conter minha emoção, é difícil para mim, pois que ainda estou em processo de adaptação, mas peço forças a Deus e aos companheiros espirituais aqui presentes. Então vamos lá. O nosso retorno por ter se dado de uma maneira repentina causou sofrimentos para vocês que aí ficaram, para nós dois também não foi fácil, fomos socorridos cada um a sua vez e nossa menina recebeu socorro imediato. Nunca poderíamos imaginar que aquele dia feliz se transformaria em uma tragédia tão grande, que nos tirasse a vida e nos privariam da alegria da feliz convivência em família.
Não pensem que foi fácil aceitar, foi um processo complicado, doloroso, cheio de perguntas e muitas saudades. Entre um dormir e acordar sentia-me entorpecido e assim passei longo tempo.
Hoje ainda nos encontramos em um hospital para tratamos o espírito rebelde e inconformado. Com tudo isso nossa situação hoje é muito boa, pois que já conseguimos aceitar e nos adaptar a nova vida.
Não quer dizer que a saudade passou, pois que isso não passará nunca.
Não pensem vocês que foi imprudência e não queiram atribuir culpa aos outros, tudo o que aconteceu teve uma razão de ser, ainda não sei qual foi essa razão, mas nessa encarnação nos três partiríamos novos, de forma violenta. Deus é perfeito em tudo o que faz e se deixou que nos acontecesse isso era porque precisávamos passar por isso.
Peço a vocês que não se revoltem contra Deus, em hora nenhuma Ele nos abandona, está sempre ao nosso lado na pessoa de um irmão iluminado a nos trazer a paz, por isso peço novamente: confiem Nele.
A melhor maneira de amenizar a dor da saudade é através da oração, portanto não deixem de orar, a oração nos liga ao mais alto e com isso conseguimos forças para todas nossas dificuldades.
Sei que sentem falta da alegria da nossa princesinha, mas podem ter certeza ela também está bem, ou melhor, muito bem. Crianças aqui têm tratamento especial, não se preocupem.
Quero pedir as duas famílias que se acalmem, que se perdoem, ninguém foi culpado de nada como já disse. Sei que vocês tinham expectativas em relações a nos três, afinal retornamos muito jovens. Nos criamos expectativas mais quem decide é Deus e não há como lutar contra isso, tudo em Deus é perfeito.
Estamos num lugar muito bonito e nos sentimos felizes, quando pensarem em nós, pensem como se estivéssemos viajando para outro país e que ficaremos por lá muito tempo, mas com a certeza de que um dia nos reencontraremos.
Fiquem na paz de Deus, acalmem os corações atordoados, nós não morremos, todos estamos vivos, a morte não existe.
Saudades sempre e de todos.
Flávio Amorim.
Médium: Débora S. C.

COMO A "SEGUNDA GUERRA MUNDIAL" ATINGIU TAMBÉM OS MORADORES DO "NOSSO LAR", COLOCANDO A "COLÔNIA ESPIRITUAL EM EXTREMO ALERTA.

…..Nos primeiros dias de setembro de 1939, “Nosso Lar” sofreu, igualmente, o choque por que passaram diversas "Colônias Espirituais", ligadas à civilização americana. Era a guerra européia, tão destruidora nos círculos da carne, quão perturbadora no Plano do Espírito. Entidades numerosas comentavam os empreendimentos bélicos em perspectiva, sem disfarçarem o imenso terror de que se possuíam. …..Sabia-se, desde muito, que as Grandes Fraternidades do Oriente suportavam as vibrações antagônicas da nação japonesa, experimentando dificuldades de vulto. Anotavam-se, porém, agora, fatos curiosos de alto padrão educativo.
Assim como os nobres círculos espirituais da velha Ásia lutavam em silêncio, preparava-se “Nosso Lar” para o mesmo gênero de serviço. Além de valiosas recomendações, no campo da fraternidade e da simpatia, determinou o Governador tivéssemos cuidado na esfera do pensamento, preservando-nos de qualquer inclinação menos digna, de ordem sentimental.
…..Reconheci que os Espíritos superiores, nessas circunstâncias, passam a considerar as nações agressoras não como inimigas, mas como desordeiras e cuja atividade criminosa é imprescindível reprimir.
…..- Infelizes dos povos que se embriaguem com o vinho do mal – disse-me Salústio -; ainda que consigam vitórias temporárias, elas servirão somente para lhes agravar a ruína, acentuando-lhes as derrotas fatais. Quando um país toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai, e pagará um preço terrível.
…..Observei, então, que as zonas superiores da vida se voltam em defesa justa, contra os empreendimentos da ignorância e da sombra, congregados para a anarquia e, conseqüentemente, para a destruição. Esclareceram-me os colegas de trabalho que, nos acontecimentos dessa natureza, os países agressores convertem-se, naturalmente, em núcleos poderosos de centralização das forças do mal.
Sem se precatarem dos perigos imensos, esses povos, com exceção dos espíritos nobres e sábios que lhes integram os quadros de serviço, embriagam-se ao contacto dos elementos de perversão, que invocam das camadas sombrias. Coletividades operosas convertem-se em autômatos do crime.
Legiões infernais precipitam-se sobre grandes oficinas do progresso comum, transformando-as em campos de perversidade e horror. Mas, enquanto os bandos escuros se apoderam da mente dos agressores, os agrupamentos espirituais da vida nobre movimentam-se em auxílio dos agredidos.
…..Se devemos lastimar a criatura em oposição à lei do bem, com mais propriedade devemos lamentar o povo que olvidou a justiça.
…..Logo após os primeiros dias que assinalaram as primeiras bombas na terra polonesa, encontrava-me, ao entardecer, nas Câmaras de Retificação, junto de Tobias e Narcisa, quando inesquecível clarim se fez ouvir por mais de um quarto de hora. Profunda emoção nos invadira a todos.
…..É a convocação superior aos serviços de socorro a Terra – explicou-me Narcisa, bondosamente.
…..- Temos o sinal de que a guerra prosseguirá, com terríveis tormentos para o espírito humano – exclamou Tobias, inquieto -, embora a distância, toda a vida psíquica americana teve na Europa a sua origem. Teremos grande trabalho em preservar o Novo Mundo.
…..A clarinada fazia-se ouvir com modulações estranhas e imponentes. Notei que profundo silêncio caiu sobre todo o Ministério da Regeneração.
…..Atento à minha atitude de angustiosa expectativa, Tobias informou:
…..- Quando soa o clarim de alerta, em nome do Senhor, precisamos fazer calar os ruídos de baixo, para que o apelo se grave em nossos corações.
…..Quando o misterioso instrumento desferiu a última nota, fomos ao grande parque, a fim de observar o céu. Profundamente comovido, vi inúmeros pontos luminosos, parecendo pequenos focos resplandecentes e longínquos, a librarem-se no firmamento.
-….. Esse clarim – disse Tobias igualmente emocionado – é utilizado por espíritos vigilantes, de elevada expressão hierárquica.
…..Regressando ao interior das Câmaras, tive a atenção atraída para enormes rumores provenientes das zonas mais altas da colônia, onde se localizavam as vias públicas.
…..Tobias confiou a Narcisa certas atividades de importância junto aos enfermos e convidou-me a sair, para observar o movimento popular.
…..Chegados aos pavimentos superiores, de onde nos poderíamos encaminhar à Praça da Governadoria, notamos intenso movimento em todos os setores. …..Identificando-me o espanto natural, o companheiro explicou:
…..- Estes grupos enormes dirigem-se ao Ministério da Comunicação, à procura de noticias. O clarim que acaba de soar, só vem até nós em circunstâncias muito graves. Todos sabemos que se trata da guerra, mas é possível que a Comunicação nos forneça algum detalhe essencial. Observe os transeuntes.
…..Ao nosso lado, vinham dois senhores e quatro senhoras, em conversação animada.
…..- Imagine – dizia uma – o que será de nós no Auxílio. Há muitos meses consecutivos, o movimento de súplicas tem sido extraordinário. Experimentamos justa dificuldade para atender a todos os deveres.
…..- E nós, com a Regeneração? – objetava o cavalheiro mais idoso – os serviços prosseguem consideravelmente aumentados. No meu setor, a vigilância contra as vibrações umbralinas reclama esforços incessantes. Estou avaliando o que virá sobre nós…
…..Tobias segurou-me o braço, de leve, e exclamou:
…..- Adiantemo-nos um pouco. Ouçamos o que dizem outros grupos.
…..Aproximando-nos de dois homens, ouvi um deles perguntando:
…..- Será crivei que a calamidade nos atinja a todos?
…..O interpelado, que parecia portador de grande equilíbrio espiritual, replicou, sereno:
…..- De qualquer modo, não vejo motivo para precipitações. A única novidade é o acréscimo de serviço que, no fundo, constituirá uma bênção.
Quanto ao mais, tudo é natural, a meu ver. A doença é mestra da saúde, desastre dá ponderação. A China está sob a metralha, há muito tempo, e não mostrou você, ainda, qualquer demonstração de assombro.
…..- Mas agora – objetou o companheiro, desapontado – parece que serei compelido a modificar meu programa de trabalho.
…..O outro sorriu e ponderou:
…..- Helvécio, Helvécio, esqueçamos o “meu programa” para pensar em “nossos programas”.
…..Atendendo a novo gesto de Tobias, que me reclamava atenção, observei três senhoras que iam na mesma direção à nossa esquerda, verificando que o pitoresco não faltava, igualmente ali, naquele crepúsculo de inquietação.
…..- A questão impressiona-me sobremaneira – dizia a mais moça -, porque Everardo não deve regressar do mundo agora.
…..- Mas a guerra – disse uma das companheiras -, ao que parece, não alcançará a Península. Portugal está muito longe do teatro dos acontecimentos.
…..- Entretanto – indagou a outra componente do trio -, por que semelhante preocupação? Se Everardo viesse, que aconteceria?
…..- Receio – esclareceu a mais jovem – que ele me procure na qualidade de esposa. Não o poderia suportar. É muito ignorante e, de modo algum, me submeteria a novas crueldades.
…..- Tola que és! – comentou a companheira – olvidaste que Everardo será barrado pelo Umbral, ou coisa pior?
…..Tobias, sorrindo, informou:
…..- Ela teme a libertação de um marido imprudente e perverso.
…..Decorridos longos minutos, em que observávamos a multidão espiritual, atingimos o Ministério da Comunicação, detendo-nos ante os enormes edifícios consagrados ao trabalho informativo.
…..Milhares de entidades acotovelavam-se, aflitamente. Todos queriam informações e esclarecimentos. Impossível, porém, um acordo geral.
…..Extremamente surpreendido com o vozerio enorme, vi que alguém subira a uma sacada de grande altura, reclamando a atenção popular. Era um velho de aspecto imponente, anunciando que, dentro de dez minutos, far-se-ia ouvir um apelo do Governador.
…..- É o Ministro Esperidião informou Tobias, atendendo-me a curiosidade.
Serenado o barulho, daí a momentos ouviu-se a voz do próprio Governador, através de numerosos alto-falantes:
…..- “Irmãos de “Nosso Lar”, não vos entregueis a distúrbios do pensamento ou da palavra. A aflição não constrói, a ansiedade não edifica. Saibamos ser dignos do clarim do Senhor, atendendo-Lhe a Vontade Divina no trabalho silencioso, em nossos postos.”
…..Aquela voz clara e veemente, de quem falava com autoridade e amor, operou singular efeito na multidão. No curto espaço de uma hora, toda a colônia regressava à serenidade habitual.
NOSSO LAR, CAP. 41 – ANDRÉ LUIZ.

Fonte: 

"'SERÁ QUE EU VOU PARA O UMBRAL?"

Minha filha, meu filho, não existe julgamento para decidir nosso destino. Estamos sempre onde nossa vibração conectar.
Irmãos que passam um tempo no Umbral assim que desencarnaram estavam, ainda em vida carnal, conectados a entidades e energias presentes nessas regiões densas do astral.
  • Se pergunte: que tipo de entidades e energias você está atraindo para a sua vida com seus pensamentos, comportamentos e atitudes.
Estamos criando ao nosso redor uma energia de prazeres mundanos ou sentimentos nobres? Podemos sempre nos conectar com a energia que desejamos, em harmonia com nossa missão.
Muitos encarnados negam o caminho da missão que é nos apontado a cada instante – até os acontecimentos que nos machucam, muitos em decorrência de erros anteriores nossos, nos encaminha para a direção que precisamos.
Constantemente a Espiritualidade usa o mal, decorrente das nossas más tendências, para nos encaminhar para o bem de nossa missão.

  • Quando negamos esses alertas criamos laços cada vez mais fortes com energias e entidades menos nobres em região densas do astral, algumas próximas ou na própria crosta terrestre.
  • Isso deixa nosso espírito cada vez mais pesado para voar ao coração puro do Pai.
Reflita.
CHICO DE MINAS XAVIER | Irmão Luz

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...