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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

" A HISTÓRIA DE JÚLIA FETAL :INSPIRAÇÃO PARA A NOVELA ESPELHO DA VIDA."

Esta é uma história verídica. Aconteceu nos idos de 1847 na cidade do Salvador. É um momento na vida de João Estanislau da Silva Lisboa, no instante em que um amor desvairado invadiu o seu coração, obliterando todos os seus sentidos e transformando radicalmente a sua vida até então pacata, num redemoinho de uma paixão insana.
Tudo começou no dia 20 de abril de 1847…
João Estanislau era professor do então Liceu Regional em Salvador. Sua distinção e vasta cultura o distinguia dos demais colegas e a todos impunha um respeito pela sua postura irretocável. Nos seus dias de folga no Liceu, dava aulas particulares em residências de seus alunos, oportunidade em que conheceu uma moça de ascendência espanhola, dona de um temperamento alegre e jovial, de grande beleza e bastante jovem. Seu nome era Julia Fetal. Apaixonar-se por Julia foi inevitável para o professor. Como era costume naquele tempo, foi de muito gosto para a família de Julia o compromisso de aliança com João Estanislau, pois seguramente além de esposo o mesmo seria para ela a segurança de uma vida digna e honrada e de ótima posição social.
Seria, mas aí o destino resolve interferir. Talvez pela sisudez do professor, talvez pela diferença de idade, ou mesmo pelo “arranjo” do compromisso, tão comum então, Julia manteve o seu coração virgem de sentimentos. Certo dia ao conhecer um jovem de sua idade, encantou-se pelo mesmo e apaixonou-se loucamente. Na sua condição de jovem impetuosa, ainda com a cabeça navegando em sonhos, começou a viver secretamente o novo romance, para ela o primeiro, o início de sua viagem romântica tão natural para pessoas de sua idade. Como sempre acontece nesses casos, um dia o romance secreto chegou ao conhecimento do noivo ilustre.
A partir de então, começou a ruir o mundo do professor João Estanislau da Silva Lisboa, quando teve início o seu longo período de sofrimento. Sua vida transformou-se radicalmente, alternando momentos de uma sofrida lucidez com terríveis alucinações. Sua rotina escolar sofreu grandes transformações, ao ponto de causar aos seus próprios alunos a impressão que estavam lidando com dois homens diferentes.
Mesmo assim, com o pouco de racionalidade que lhe restava, ainda buscou um refúgio. Em virtude de residir em um casarão no topo da Ladeira da Montanha, próximo à praia da Preguiça, não raras vezes, alta madrugada ia até à mesma, e em suas águas atirava-se para em longas e cansativas braçadas tentar através o esforço, exorcizar as dores de seu grande martírio.
De nada adiantava. A traição o afetou profundamente e a maior parte do tempo ficava fora de si. Então, recolheu-se a um isolamento, ocasião em que começou a premeditar aquilo que viria a ser a catarse do seu sofrimento: o crime. A solução final.
No seu louco ciúme e também pela sua condição de ser um homem doravante marcado pelo sinal da traição, teve a certeza de que a sua amada não poderia jamais pertencer a outro homem. Caberia a ele resgatar a dignidade.
Sendo Julia uma pessoa única em sua vida, seu ídolo maior, sua paixão, sua razão de viver, teria de ter uma morte digna e compatível com a sua idolatria, alguma coisa superior e especial. João Estanislau da Silva Lisboa, armou-se de uma pistola. Mandou um artesão cunhar uma bala com a cápsula de ouro especialmente para a ocasião (segundo diz a tradição oral, teria mandado fazer com as alianças a bala de ouro). Certo domingo, no adro da Igreja da Graça onde sua amada costumava assistir à missa com seus pais, sorrateiramente aproximou-se dela. Julgado e condenado a 12 anos de prisão, passou a cumprir pena no Forte do Barbalho, onde como prêmio pelo seu excelente comportamento e erudição, recomeçou a lecionar para os detentos até o ano de 1861, época em que findava seu período de cárcere.
Nesse ano, Francisco Pereira de Almeida Brandão, fundador do Colégio São João no Corredor da Vitoria e que tinha o professor como seu mentor pedagógico, o convidou para assumir pessoalmente a direção do Colégio, fato que transformou a escola na melhor instituição de ensino da província. João Estanislau formou doutores, professores, industriais e militares e era amado pelos seus discípulos. Sempre à disposição de todos que o solicitavam, só abria exceção para o dia 20 de abril, ocasião em que se trajava de luto, e recolhia-se à sua cela num excêntrico ritual em homenagem à sua amada.
Convém ressaltar, que durante o cumprimento de sua pena no presídio, não quis aceitar um indulto concedido pelo Imperador, preferindo cumprir toda a pena.
Na ocasião, sua fama de excelente educador ultrapassou os muros do Forte, onde recebia visitas de mestres, colegas e discípulos. Alguns de seus alunos tinham aulas dentro dos muros da prisão, por autorização do Presidente da Província. O auge do reconhecimento ao professor se deu numa festa pomposa no Palácio da Vitoria, com a presença de sua majestade o Imperador.
Como testemunho do relato, o poema “O crime da bala de ouro”, gravado na lapide de Julia Fetal na Igreja da Graça, em Salvador, retrata poeticamente o amor passional de dois amantes que viveram na Bahia, uma terra cheia de encantos e mistérios.
Estavas bela Júlia descansada
Na flor da juventude e formosura,
Desfrutando das carícias e ternura
Da mão que por ti era idolatrada,
A dita de por todos ser amada
Gozavas sem prever tua alma pura
Que por mesquinho fado à sepultura
Brevemente serias transportada.
Eis que de fero algoz a destra forte
Dispara sobre ti, Júlia querida.
O fatal tiro que te deu a morte.
Dos olhos foi-te a luz amortecida
Do rosto te apagou a iníqua sorte
A branca e viva cor, com a doce vida.
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

"PORQUE A REENCARNAÇÃO PASSOU A SER CONDENADA PELA IGREJA CATÓLICA?"

Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a reencarnação que a
cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, 

como
fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá
oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.
Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul,na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino,
resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.
É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e,por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.
E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram,
inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias.
(Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).
Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro ” Alegorias “, segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: ” Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente “.
E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando – “se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido”. É o que deve ter acontecido com Teodora:
ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso
conclave.
Vivaldo J. de Araújo é Professor e Procurador de Justiça do Estado de Goiás.
Fonte: Portal do Espírito.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

APARELHO DE NOSSO LAR TRANSPORTADO PARA A TERRA.

Fiz tratamento das coronárias por volta de 1980 na reunião de Materialização de Espíritos para assistência aos enfermos, no Grupo Espírita Dias da Cruz, na cidade de Caratinga. Posteriormente, já curado, dirigi essas reuniões, segundo orientação do médium Chico Xavier. Nessas reuniões os Espíritos se materializavam por intermédio do ectoplasma fornecido pelo médium Antônio Salles, nas quais realizaram-se inúmeras curas.

Depois de comentarmos o livro Boa Nova, fazíamos uma prece, e após isso, os espíritos materializados abriam a porta da cabine do médium, que ficava deitado, e saíam com um aparelho nas mãos para a cura do câncer, denominado de “raios curativos”. Ele tinha uma forma ovalada, emitindo pela extremidade uma luz vermelha, muito intensa.

Certo dia, após fazermos a prece de encerramento da reunião, tive a curiosidade de ver o tal aparelho na cabine onde ficava o médium. Ao procurá-lo, sem que fosse notado pelos presentes da sessão, nada encontrei. Porém, por volta de 1980, o grupo mediúnico, em torno de seis pessoas, foi convidado pelo Chico a comparecer a sua casa em Uberaba.

Dentro do quarto de Chico, além da cama, havia uma mesa e cadeiras onde nos acomodamos. Em dado momento, Chico vira-se para mim e com muita sutileza diz: “Gerson, aquele aparelho dos raios curativos, sabe, os espíritos trazem da Colônia Espiritual Nosso Lar, materializam na cabine onde fica o médium, e depois de feitos os tratamentos desmaterializam o aparelho e levam de volta para Nosso Lar. Entendeu?”.

Pelo visto, um Espírito participante da equipe espiritual do “Dias da Cruz”, me viu entrar na cabine por curiosidade para ver o aparelho dos raios curativos, e como não o encontrei, aproveitou a oportunidade para esclarecer através do Chico que ele era trazido de Nosso Lar, e levado de volta para lá. Esse fato está no meu livro: Morreram e Voltaram para Contar.


Gerson Simões Monteiros 

(Artigo publicado no Jornal EXTRA em 07/11/2010 
Coluna Em Nome de Deus)

Fonte: ESPIRIT BOOK

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

"A ROUPAGEM ESPIRITUAL."

Aqui na Terra, nos preocupamos muito com a nossa apresentação pessoal, de certa forma, há uma cobrança social, para que prestemos muita atenção à aparência física. Queremos ser desejados, valorizados e bem vistos por todos. Preocupamo-nos em sermos esbeltos e bonitos, de preferência o mais belo possível. Para isso, nos utilizamos da ciência, através das mais diversas técnicas de cirurgias plásticas, da lipoaspiração, de exercícios físicos com aparelhos sofisticados, além de medicamentos para emagrecer e/ou desenvolver fortes músculos, sem abrirmos mão dos cremes contra rugas, gorduras, celulites, estrias, manchas ou qualquer flacidez. Como se não bastasse tudo isso, recorremos à maquiagem, esmaltes, perfumes, constantes cortes modernos de cabelos, além das tinturas para garantir um maravilhoso tom de cabelo, sem falar nas pranchas e alisamentos dos fios, ou nos permanentes, que garantem lindos cachos e ondulações em nossa cabeleira, enfim nos esmeramos em nos especializar na utilização de cada um dos produtos citados... Porém, não ficamos totalmente satisfeitos, ainda precisamos estar na moda! Portanto, compramos roupas e acessórios, muito além do que necessitamos para nos vestir adequadamente, sem falar nos preços exorbitantes que pagamos para obtermos uma roupa ou acessório de marca reconhecida e valorizada, que nos garanta um status de classe... Pois é, essa é a roupagem que utilizamos na Terra, não apenas com o intuito de nos cobrir para nos proteger do clima ou da exposição da nudez, mas também para sermos valorizados pela sociedade...

A aparência é tudo por aqui, se você quer vencer, ou deseja obter sucesso, não basta ser bom, tem que parecer bom. Tem que mostrar que é bom demais, afinal, o Marketing Pessoal é tudo, ele é o cartão de visitas de qualquer profissional que deseja obter um bom emprego, ou uma promoção, ou mesmo de qualquer pessoa que deseja conquistar alguém para se relacionar ou até para se casar... Essas são preocupações comuns a quase todos nós, com total aprovação da sociedade! Isso tudo não seria um problema, se a mesma preocupação existisse com relação à conquista de valores espirituais, às qualidades do coração e à elevação da alma. Poucos se preocupam com o caráter das pessoas, suas ações, suas verdades ou mentiras, desde que sejam bonitos e ricos, são bem aceitos e bem tratados, enquanto os gordos, feios e pobres, poucas chances têm de se realizarem, ou de serem respeitados.

Será que todos lembram que a roupagem terrestre, seja ela do mais alto nível material ou não, só pode ser utilizada, enquanto estivermos vivos? Ao desencarnarmos, não levamos nenhum dos apetrechos utilizados para nos embelezar, mas é exatamente aqui na Terra, enquanto estamos vivos, que tecemos a nossa roupagem espiritual. Mas afinal, no que consiste a nossa roupagem espiritual? A nossa alma, assim que se desliga do corpo carnal, fica completamente desnuda só nos restando nosso corpo espiritual, que se reveste apenas do perispírito. O perispírito consiste na estrutura de nossas vibrações pessoais, definida de acordo com a nossa personalidade, como uma impressão digital magnética, que reflete, como um espelho, a verdadeira e real imagem de nosso caráter geral, enfim, a nossa alma. No mundo espiritual, a questão da essência é fundamental, ou seja, nos revelamos exatamente como somos sem nenhuma possibilidade de nos escondermos atrás de máscaras ou disfarces, tão comuns e úteis em nossa vida terrena.

No mundo astral, a astúcia dos espíritos sem luz escraviza, com facilidade, espíritos que erraram aqui na Terra praticando o mal. Escraviza também, os que foram omissos na prática da caridade, ou simplesmente por não possuírem sentimentos mais elevados, os quais não se preocuparam em desenvolver, somados ao sentimento de medo, culpa ou vergonha por se sentirem expostos, revelando, sem nenhuma possibilidade de proteção, sua verdadeira essência. 

Quase todos os espíritos, que aqui não se preocuparam em evoluir espiritualmente, ao chegarem nesse novo mundo, ingenuamente, utilizam-se das mesmas técnicas de negociação, que muito sucesso lhes hauriu aqui na Terra, porém, extremamente inócuas no plano espiritual, porque além da roupagem ser transparente, revelando a alma, pura e simplesmente, exatamente como ela é, de fato, encontram um meio de comunicação no mundo espiritual, extremamente eficaz e rápido, que é o pensamento, revelando também, de maneira totalmente transparente e evidente, sem a necessidade de se falar, onde qualquer argumento, por mais inteligente e perspicaz que seja, será ineficaz, se não for verdadeiro e puro.

Somos o somatório de nossas ações, sentimentos e pensamentos. Levamos a vida, de acordo com nossos hábitos e costumes sociais. Escolhemos os grupos, aos quais queremos participar, e adotamos as regras que esses grupos nos impõem. Caso essas regras sejam contrárias à única regra vigente no mundo espiritual, que é a Lei do Amor Universal, de forma alguma, nós seremos desculpados por termos obedecido às regras humanas impostas, pois tivemos o livre arbítrio para escolher com quem queríamos conviver, de acordo com nossas conveniências sociais ou morais, e todos nós, principalmente os adultos, sabemos bem o que é certo ou errado, ou o que faz mal ao outro, pois não queremos que façam conosco. No plano espiritual, revelamos através da nossa própria alma, que é a única roupagem que teremos com, exatamente, os frutos doces ou podres que semeamos livremente aqui no plano terreno...

A maldade é tão comum em nossa vida, que chegamos até a achá-la normal, em muitas atitudes extremamente contrárias ao Amor Universal, como por exemplo, a infidelidade, a sedução, a ambição, a maledicência, a intriga, a fofoca, entre outras ações. Muitos erros cometidos aqui, que são totalmente aceitáveis pelos humanos, são muito contrários aos desígnios de Deus, enquanto muitas coisas, que consideramos erradas, Ele perdoa mais amorosamente, por compreender a nossa alma com o Poder e a Verdade Divinos. No plano espiritual, não adianta se desculpar, que viveu dentro dos padrões normais, acreditando estar sendo correto e justo, porque lá o que vale, é a verdade simplesmente, ou seja, o amor fraternal, o respeito e a caridade praticados, de coração!

Outra coisa importante de ser lembrada, é a de que não basta não ter feito mal algum a ninguém, é preciso também, ter realizado boas ações, feito algum benefício a alguém. A omissão é tão ruim, quanto o erro. O omisso é cúmplice, muitas vezes, pois não revelando o mal, nem defendendo alguém que esteja sendo injustiçado, é tão ruim, quanto quem pratica o mal... O egoísmo e a indiferença são muito nocivos, magoando muitos corações inocentes.

Agora é a hora de nos conscientizarmos de que, de nada vale nos escondermos em desculpas esfarrapadas, pois aqui, protegidos pela carne, podemos enganar a muitos, mas jamais a Deus! Nem ao menos enganamos os espíritos sem luz, que nos rodeiam todos os dias. No mundo espiritual não temos o poder de esconder nada, não conseguimos manipular nenhuma situação ou espírito, não podemos esconder nossos sentimentos e pensamentos mais vis, que hoje, através de mentiras e máscaras, conseguimos, ainda que por um tempo, pois a verdade sendo luz, sempre aparece, nós sabemos disso muito bem! Lá a indiferença também não tem espaço, e muitos de nós, se orgulham em não praticarem mal algum, acreditando-se até, os eleitos de Deus, surpreendente será quando se derem conta, de que pensamento ruim também conta, ódio e rancor também são ruins, falta de perdão e misericórdia, nem se fale... Será que podemos mesmo dizer, com tranquilidade, que estamos tecendo uma bela roupagem espiritual? A resposta para essa pergunta cabe a cada um, de acordo com suas obras, sentimentos e pensamentos... Que possamos tecer uma roupagem simples, porém eficaz, que nos proteja, pois só o amor, poderá nos garantir uma vida tranquila no mundo da verdade, que é o plano espiritual!

Todo e qualquer ato, pensamento ou sentimento produz uma marca em nosso perispírito, e isso ocorre durante toda a nossa vida, os efeitos de nossas ações se cristalizam em nosso campo energético, harmonizando-o ou desarmonizando-o, de acordo com nossas escolhas. Toda crueldade deforma o nosso perispírito, e só isso já gera muito sofrimento ao nosso espírito, pois se aqui nos preocupamos tanto com a nossa roupagem, por que acreditamos que lá, na verdadeira vida, não ligaremos para a nossa roupagem espiritual? Se agora damos tanta importância à nossa aparência física, porque acreditamos que não sofreremos pelas deformidades que se criarão em nosso corpo sutil, exacerbando a nossa culpa, por sermos os únicos responsáveis por isso? Eu pergunto, será que vale a pena? De que valem alguns momentos de prazer e glória, a custa do sofrimento alheio, para termos que enfrentar essa verdade inexorável, mais cedo ou mais tarde? A revolta e o ódio acumulados em nossos corações nos transformam de vítimas para algozes, e além de todo sofrimento já exposto, teremos que amargar a perseguição de nossos inimigos, aos quais não poderemos evitar, porque o único escudo possível, no mundo espiritual, é a prática do Amor Universal, do perdão incondicional e da caridade ao próximo... Os únicos atenuantes desse cenário horroroso serão as nossas ações na prática do bem comum, sem ostentação, o amor sincero e devotado a todos aqueles que nos compartilharam a vida, a renúncia e o sacrifício dos nossos próprios interesses mundanos e a caridade, verdadeiramente praticada. Apenas esses recursos serão levados em conta no mundo verdadeiro, onde reina a Justiça e o Amor Universal, sob as vistas do Poder Absoluto de Nosso Pai Maior, que Nos ama a todos, igualmente e incondicionalmente.

É imprescindível relembrar, que Deus, em Sua Infinita Bondade, deseja misericórdia e, de forma alguma, quer sacrifícios ou sofrimentos. Infelizmente, somente nós seremos responsabilizados por nossas escolhas erradas, a opção está em nossas mãos, já que temos o poder de tecer a nossa própria roupagem espiritual... No plano espiritual não existem privilégios, nem acordos escusos, apenas o retorno de nossa semeadura... Que possamos tecer, um pouco a cada dia, uma linda roupagem espiritual, a qual nos protegerá de todo e qualquer perigo, sofrimento ou vergonha...
Fonte: Espiritualidade

"COMO É A APARÊNCIA DOS ESPÍRITOS? COMO É A APARÊNCIA DAS PESSOAS NO MUNDO ESPIRITUAL?"

Poucas pessoas tem consciência de que podem existir grandes diferenças entre a imagem de uma pessoa no mundo físico, e como essa pessoa se apresenta no mundo espiritual.
Essas diferenças estão relacionadas ao grau de evolução espiritual que a pessoa conquistou.
Quanto mais evoluída for uma pessoa, menos ela esta ligada a matéria física, e nesse caso, seu perispírito, menos denso, pode assumir mais facilmente a forma que melhor lhe convier. Assim as pessoa evoluídas, se apresentam no mundo espiritual da forma que mais lhe agradam.
De acordo com nossos irmãos espirituais, uma pessoa evoluída, após a desencarnação aos noventa anos, por exemplo, pode assumir sua aparência de quando tinha 40 anos, e se sentia melhor com esta imagem. Assim ela viverá e vai interagir com outros espíritos na pátria espiritual com essa imagem que mais lhe agrada, ao invés daquela imagem de quando desencarnou.
As pessoas que em vida, são muito apegadas as coisas materiais, e que têm um baixo grau evolutivo, em geral terão uma imagem não muito agradável na vida espiritual. Quando desencarnam por motivos de acidentes, por exemplo, preservam por muito tempo a mesma imagem de acidentados, com feridas, e hematomas. Quando falecem enfermos em hospitais, é essa imagem, de pessoa abatida e adoentada, que levam para a outra vida.
As pessoas pouco evoluídas tem dificuldade de aceitar a morte, após sua desencarnação. Em geral, ficam ligadas ao corpo físico durante certo tempo até serem convencidas pelos irmãos espirituais que os resgatam, que realmente estão mortas. O Corpo físico se deteriora rapidamente após a morte, por isso essas pessoas apresentam esses sofrimentos na sua imagem espiritual.
A sabedoria divina nos mostra uma situação interessante: as pessoas mais ligadas as coisas físicas, as vaidades, ao dinheiro, e as paixões desregradas, são exatamente aquelas que tem mais dificuldades de adaptação na pátria espiritual.
Não deixa de ser irônico que, em geral, aqueles que mais ostentaram luxo, riqueza e beleza, na vida física, uma vida que passa rápido, são as que pior se apresentam na outra vida.
E os mais humildes, mas que tinham a generosidade e a sabedoria espiritual, a elevação do coração, serão os mais nobres e bonitos na pátria espiritual.
Deixamos essa reflexão para os irmão e irmãs de nossa comunidade pensarem um pouco, enquanto ainda é tempo.
Que papel estão exercendo, atualmente, nesse mundo físico da crosta terrena, e que papel gostariam de ter na pátria espiritual.
Fiquem todos com as bençãos de Cristo.
EQUIPE ADOLFO BEZERRA DE MENEZES

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

OS PRÓXIMOS 50 ANOS DO PLANETA TERRA- por: Bezerra de Menezes :::


Irmãos amigos, devotados obreiros da seara de Jesus ! 
Abraçando-os em nome dos trabalhadores do lado de cá, rogamos ao Mestre Amigo bençãos de paz para todos.
Os novos tempos em transcurso no plano físico anunciam uma era de transformações necessárias à implementação do processo evolutivo do ser humano. 

Os dois planos da vida se irmanam e laços de solidariedade se estreitam, tendo em vista os acontecimentos previstos. 
Em atendimento aos compromissos firmados por orientadores do Planeta, almas abnegadas se desdobram em atividades, definindo responsabilidades e tarefas a serem desenvolvidas em épocas específicas.

Não longe, porém, nas regiões purgatoriais de sofrimento que assinalam o perfil dos seus habitantes, no mundo espiritual, almas se agitam, movimentam-se, produzindo ruídos e clamores na expectativa de se beneficiarem, de alguma forma, com a programação que o Alto determina. 

Desassossegados, temem as mudanças que já lhes foram anunciadas e, por não saberem ainda administrar emoções e desejos, dirigem se às praças públicas e aos templos religiosos de diferentes interpretações para debaterem e opinarem: ora aceitam os ventos das mudanças, ora se rebelam, posicionando se contra elas. Nesse processo, influenciam os encarnados que lhes acatam as opiniões vacilantes e, ao mesmo tempo, são por eles influenciados.

O certo é que a humanidade chegou a um ponto de sua caminhada evolutiva que não mais se lhe permite retrocesso de qualquer natureza. Para os próximos 50 anos, já se delineia um planejamento destinado a ser cumprido por uma coletividade de Espíritos que irão conviver com grandes e penosos desafios.
Trata-se de uma população heterogênea constituída de almas esclarecidas e de outras em processo de reajuste espiritual. As primeiras revelam-se iluminadas pelo trabalho desenvolvido na fieira dos séculos, quando adquiriram recursos superiores de inteligência e de moralidade. 

Retornam à reencarnação para exercer influência positiva sobre as mentes que se encontram em processo de reparação, necessitadas de iluminação espiritual.
A atual humanidade será pouco a pouco mesclada por esses dois grupos de Espíritos reencarnantes. Inicialmente na sua terça parte, abrangendo todo o Planeta, depois, dois e três terços. O trânsito entre os dois planos estará significativamente acelerado. Um trânsito de mão dupla, acrescentamos, pois coletividades de encarnados também retornarão à Pátria verdadeira. Anunciam-se, então, o processo renovador de consciências por meio de provações, algumas acerbas.

Uma operação de decantação que visa selecionar os futuros habitantes do Planeta, aqueles que deverão viver os alvores da Era da Regeneração. A mesma massa de sofredores, de Espíritos empedernidos, repetentes de anteriores experiências, retornará à gleba terrestre em cerca de 50 anos, mas os guardiões da Terra estarão à postos, ao lado de cada encarnado ou desencarnado convocando-os à transformação para o bem.

É a era do espírito, anunciada à clarinadas na manhã do dia de ontem, 18 de abril de 2010, no momento em que o Sol lançava os seus primeiros raios à Terra. Em região muito próxima ao plano físico, habitantes do Além quase que se fundiram com a humanidade encarnada para, em reunião de Luz e vibração amorosa, ouvir o mensageiro de Jesus que lhes traçou as diretrizes de uma nova ordem planetária, que ora começa a se estabelecer.
Ismael falou emocionado para os representantes de todas as nacionalidades, logo após a manifestação clamorosa dos seus patronos e guias. 

Revelou planos de Jesus relacionados á cristianização dos homens. Ao final da abençoada assembléia, Espíritos valorosos deram-se as mãos, envolvendo o Planeta em suas elevadas vibrações, transformadas em pérolas que caiam do alto sobre os seus habitantes, atingindo-lhes a fronte na forma de serafina luminosidade.

Estejam, pois, atentos para os acontecimentos, meus filhos. Reflitam a respeito do trabalho que se delineia e, do posto de serviço onde se encontrem, sejam, todos e cada um, foco de luz, ponto de apoio. Ouçam as vozes do céu, pois estão marcados pela luz dos guardiões planetários. Façam a parte que lhes cabem. Sejam bons, honestos, laboriosos, fraternos. Os dias futuros de lutas e dores assemelham-se aos “ ais “ apocalípticos. Surgirão aqui, acolá e mais além, implorando pela união, compaixão e misericórdia, individual e coletiva.

Assim ,irmãos e amigos, não cometam o equívoco de olhar para trás, mas coloquem as mãos na charrua do Evangelho e sigam adiante.
Não repitam a experiência da mulher de Ló, o patriarca hebreu que, possuidora de fé frágil, olhou para trás em busca dos prazeres perdidos, transformando-se em estátua de sal, desiludida pela aridez das falsas ilusões.

Façam brilhar a própria luz, meus filhos ! Este é o clamor do Evangelho, hoje e sempre ! ...

BEZERRA DE MENEZES


mensagem psicografada por Divaldo Franco no dia 19 de abril de 2010 durante reunião mediúnica no CEI - Conselho Espírita Internacional em Brasília.


Fonte: Transição Planetária à Luz do Espiritismo

Espiritbook

AERÓBUS", ESPÉCIE DE ÔNIBUS TODO DE VIDRO, QUE VOA COM RAPIDEZ INCRÍVEL EM "NOSSO LAR E TAMBÉM RESGATA DESENCARNADOS NO PLANO FÍSICO...

O “AERÓBUS” , correndo numa velocidade que não permite fixar os detalhes da paisagem, e com paradas de três em três quilômetros, demora quarenta minutos para ir da Praça da Governadoria até o Bosque das Águas, que está localizado na planta. “Mal me refazia da surpresa, quando surgiu grande carro, suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros. Ao descer até nós, à maneira de um elevador terrestre, examinei-o com atenção. Não era máquina conhecida na Terra. Constituída de material muito flexível, tinha enorme comprimento, parecendo ligada a fios invisíveis, em virtude do grande número de antenas na tolda.
Mais tarde, confirmei minhas suposições, visitando as grandes oficinas do Serviço de Trânsito e Transporte.
Lísias não me deu tempo a indagações. Aboletados convenientemente no recinto confortável, seguimos silenciosos. Experimentava a timidez natural do homem desambientado, entre desconhecidos.
A velocidade era tanta que não permitia fixar os detalhes das construções escalonadas no extenso percurso.
A distância não era pequena, porque só depois de quarenta minutos, incluindo ligeiras paradas de três em três quilômetros, me convidou Lísias a descer, sorridente e calmo.
Deslumbrou-me o panorama de belezas sublimes.
O bosque, em floração maravilhosa, embalsamava o vento fresco de inebriante perfume.
Passeios de aeróbus. No livro “Nosso Lar”, de autoria de André Luiz e psicografado por Chico Xavier, temos uma curiosa descrição de um veículo de transporte público na colônia espiritual que dá título ao livro:
Mal me refazia da surpresa, quando surgiu grande carro [aeróbus], suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros. Ao descer até nós, à maneira de um elevador terrestre, examinei-o com atenção. Não era máquina conhecida na Terra. Constituída de material muito flexível, tinha enorme comprimento, parecendo ligada a fios invisíveis, em virtude do grande número de antenas na tolda. Mais tarde, confirmei minhas suposições, visitando as grandes oficinas do Serviço de Trânsito e Transporte.
Lísias não me deu tempo a indagações. Aboletados convenientemente no recinto confortável, seguimos silenciosos. Experimentava a timidez natural do homem desambientado, entre desconhecidos. A velocidade era tanta que não permitia fixar os detalhes das construções escalonadas no extenso percurso.
A distância não era pequena, porque só depois de quarenta minutos, incluindo ligeiras paradas de três em três quilômetros, me convidou Lísias a descer, sorridente e calmo (Trecho do início do Capítulo 10: “No Bosque das Águas”, onde André Luiz tem o primeiro contato com o aeróbus).
Uma pergunta muito comum dos céticos (espíritas ou não) em relação a algumas descrições detalhadas de veículos e construções nas colônias espirituais é bastante válida, a primeira vista: “Ora, se essas colônias dispõe de tamanho nível de tecnologia, porque os espíritos não nos entregam de mão beijada os planos e as plantas para que nossos engenheiros e arquitetos possam construir tais veículos e construções aqui na Terra?”.
Um espírita precavido irá citar outro trecho do próprio “Nosso Lar” para explicar porque um aeróbus não poderia viajar pela Terra:
Dirigi-me, incontinenti, a Narcisa, perguntando:
- Onde o aeróbus? Não seria possível utilizá-lo no Umbral?
Dizendo-me que não, indaguei das razões.
Sempre atenciosa, a enfermeira explicou:
- Questão de densidade da matéria. Pode você figurar um exemplo com a água e o ar. O avião que fende a atmosfera do planeta não pode fazer o mesmo na massa equórea. Poderíamos construir determinadas máquinas como o submarino; mas, por espírito de compaixão pelos que sofrem, os núcleos espirituais superiores preferem aplicar aparelhos de transição (Trecho do Capítulo 33: “Curiosas Observações”).
Mas será que isso resolve o problema? Não poderiam, por acaso, os espíritos ajudarem nossos engenheiros e homens de ciência a inovar nossa tecnologia atual? Mesmo que não fosse possível construir uma espécie de metrô que plana em alta velocidade muito acima do solo, certamente algum tipo de avanço descrito nos livros de André Luiz poderia ajudar, e muito, a Terra...
Arthur C. Clarke, célebre escritor de ficção científica, dizia que “qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinquível de magia”. Clarke foi, ele mesmo, um “antecipador” de algumas tecnologias que só viriam a ser viáveis muitos anos após a descrição – então fictícia – das mesmas em seus livros. Particularmente com o conceito dos satélites geoestacionários, Clarke não só antecipou o futuro, como contribuiu decisivamente para ele: nossas telecomunicações devem muito ao que antes era pura ficção.
Interessante que, num nível mais extraordinário (e incerto), é possível que algumas das tecnologias descritas em “Nosso Lar” – que diga-se de passagem, foi publicado em 1944 – possam ser igualmente antecipações de avanços futuros da tecnologia na Terra. Se a décadas atrás o aeróbus – uma espécie de metrô se movendo pelo ar, sem contato com o solo e a altas velocidades – parecia um veículo mágico, hoje talvez não chegue a tanto:
Um trem de levitação magnética ou maglev (Magnetic levitation transport) é um veículo semelhante a um metrô que transita numa linha elevada sobre o chão e é propulsionado pelas forças atrativas e repulsivas do magnetismo através do uso de supercondutores. Devido à falta de contato entre o veículo e a linha, a única fricção que existe, é entre o aparelho e o ar.
Por conseqüência, os maglevs conseguem atingir velocidades enormes, com relativo baixo consumo de energia e pouco ruído. Embora a sua enorme velocidade os torne potenciais competidores das linhas aéreas, o seu elevado custo de produção limitou-o, até agora, à existência de uma única linha comercial, o transrapid de Xangai. Essa linha faz o percurso de 30 km até ao Aeroporto Internacional de Pudong em apenas 8 minutos. No Brasil, existem projetos para se implementar o maglev, por exemplo, na Ilha do Fundão.
Ainda assim, talvez não se pareça tanto com um aeróbus... André Luiz disse que “ele parecia ligado a fios invisíveis”, e que se movimentava muito acima do solo. Será que tudo não passou de ficção da cabeça de Chico Xavier? Obviamente que para um cético em relação à existência de comunicação com espíritos desencarnados, tudo já seria ficção a priori. Mas e quanto aos que crêem na possibilidade – será mesmo possível que a tecnologia humana seja apenas uma sombra da tecnologia espiritual, e que a inspiração para as grandes descobertas se deva ao fato de que quase tudo já foi descoberto no plano espiritual?
Quem se preocupa com isso certamente irá sorrir ao conhecer uma distinta empresa americana, chamada Aerobus International, que constrói trens suspensos por fios condutores que parecem voar pelos céus. Dificilmente os engenheiros americanos leram “Nosso Lar”... Mas e daí? E se for mesmo verdade cada pequena descrição da colônia? E se a ela tem mesmo a forma de estrela e todos os Ministérios citados por André Luiz estão mesmo lá, até hoje – em que exatamente isso nos ajuda em nossa evolução espiritual?
Nosso Lar é apenas uma das muitas colônias espirituais a beira do Umbral, onde espíritos de elevada moral e caridade tentam a todo custo auxiliar aqueles que perambulam nas trevas de sua própria consciência... Que nos importa saber o perímetro da colônia? Ou em quanto tempo podemos atravessá-la em um aeróbus? Ou se ela tem restaurantes e casas noturnas? Certamente, se um dia estivermos por lá, essas serão nossas últimas preocupações.
Lendo alguns dos livros de André Luiz, percebi que eles nunca se trataram apenas de descrições – fictícias ou não – de colônias do plano espiritual da Terra. Ora, começando pelo “Nosso Lar” e passando por todos os outros, eles tratam principalmente da tão falada reforma íntima, da reforma de nós mesmos; Do caminho das trevas da consciência egoísta para as campos ensolarados da consciência amorosa, conectada ao Cosmos que pulsa e vibra com vida, em cada partícula e em cada plano de existência.
É possível que os espíritos nos inspirem descobertas e idéias para novas tecnologias. Mas é igualmente possível que estejam mais preocupados em nos inspirar o amor e o auto-conhecimento. Em todo caso, cada ser está onde seus pensamentos o sintonizam.
André Luiz (ou Chico Xavier, caso você seja cético) perderia fácil numa comparação com autores de ficção científica como Arthur C. Clarke... Mas André Luiz não pretendeu nos trazer aulas sobre a tecnologia ultra-avançada dos espíritos, e sim ensinamentos sobre a moral avançada dos seres de luz.
Se ele recorreu a histórias que ocorriam ao mesmo tempo na Terra e no plano espiritual, e acaso tenha se preocupado em descrever como é a vida enxergada do lado de lá, foi porque reconheceu o tempo perdido em sua encarnação prévia – um grande neurologista e médico sanitarista do Rio de Janeiro, que tinha muito conhecimento, mas pouca sabedoria.
Em seus livros, não encontramos batalhas fascinantes entre “o bem e o mal”, mas sim relatos sinceros e perturbadores da ignorância e falta de caridade de grande parte dos seres; A começar pelo próprio André Luiz, que passou anos no Umbral, e mesmo depois de socorrido em Nosso Lar custou a perder os vícios e a pompa de “grande médico”. Custou a vencer o próprio ego e reconhecer que a luz que vem de cima é sempre maior do que a nossa própria. Custou, mas venceu, e depois dedicou alguns de seus anos a ditar livros para um dos maiores médiuns de que se tem notícia. E o resto é história.
Fonte: Espiritbook

A MARAVILHOSA LEI DA REENCARNAÇÃO POSSIBILITOU QUE ESSE IRMÃO PORTADOR DA ARTE DE DESENHAR, RETORNASSE AO CORPO FÍSICO, A FIM DE EXERCER NOVAMENTE O QUE MAIS SABE FAZER.

A ideia da Reencarnação é muito antiga, fazendo parte da tradição cultural e religiosa dos povos que constituem a humanidade terrestre. Não foi inventada pelo Espiritismo e foi confirmada por Jesus, em seu diálogo com o fariseu Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo,não pode ver o reino de Deus.” (João,3:3)
No túmulo de Allan Kardec, em Paris, contem a inscrição que resume o pensamento espírita a respeito do assunto: “Nascer, morrer, renascer, ainda e progredir sem cessar, tal é a lei (a citação consta também do livro O que é o Espiritismo).
Encarnar, para os que acatam esta doutrina, refere-se ao primeiro nascimento do Espírito em um corpo físico, ou em determinada Humanidade. Reencarnar, diz respeito aos renascimentos sucessivos do Espírito, em um mesmo Planeta ou em outros. Assim, Deus impõe aos homens a “encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. […] Mas para alcançarem essa perfeição, têm de sofrer todas as vicissitudes da existência corporal […].”1
A encarnação tem ainda outra finalidade: a de por o Espírito em condições de cumprir sua parte na obra da Criação. Para executá-la é que, em cada mundo, ele toma um instrumento [corpo físico] em harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É dessa forma que, contribuindo para obra geral, ele próprio se adianta. 1
A reencarnação é aceita como lei natural, que favorece a evolução do Espírito. Em cada existência corpórea, o Espírito recebe oportunidades para reparar equívocos cometidos em existências anteriores e para desenvolver novos aprendizados. Cada reencarnação é precedida de um planejamento, que permite ao reencarnante renascer no meio propício e junto a pessoas onde se faz necessário desenvolver aprendizados e os acertos espirituais.
A Reencarnação expressa a justiça e a misericórdia divinas que, não condenando o infrator — tal como apregoa algumas interpretações religiosas — concede ao Espírito a oportunidade de corrigir erros, cometidos devido à própria ignorância de não saber medir as consequências das próprias ações, magoando ou prejudicado pessoas.
Nesses termos, a reencarnação é, por princípio, o reajuste da consciência culpada perante as leis sábias e amorosas que governam o Universo. Ninguém dela está livre.
É processo superior de aquisição de felicidade a que está destinada todas as criaturas, por efeito de sua herança divina: “A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia.”1
Os reajustes promovidos e viabilizados pela reencarnação assumem a forma de provas e de expiações, sempre de acordo com os erros cometidos e no âmbito da aquisição moral e intelectual de cada indivíduo. As provas são obstáculos naturais, impulsionadores do progresso. Já as expiações são provas mais difíceis, dolorosas, a que o Espírito se submete, decorrentes de um endividamento maior.
As reparações Reencarnatórias ocorrem, então, segundo os ditames da lei de causa e efeito, mas a quitação da dívida pode ser feita pela dor (provações/expiações) ou pela prática do amor, segundo ensinamento do apóstolo Pedro: “Tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” 1, Pedro, 4:8.

Antonio Carlos Piesigilli
Referência
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010, questão 132, p.147.
Crédito Nguyễn Văn Đoàn.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...