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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

"AS DOENÇAS NÃO SÃO CASTIGOS DE DEUS."

As ciências médicas entendem que a causa de grande parte das doenças está no próprio doente, em suas atitudes perante a vida. São as doenças psicossomáticas. Por isso cabe a ele próprio maior esforço para curar-se. Em qualquer situação de enfermidade o papel mais importante no tratamento é o do próprio paciente, das suas posturas interiores. PERGUNTA FREQÜENTE: DOENÇAS SÃO CASTIGOS DE DEUS? As doenças não são castigos de Deus. Ele não é carrasco, é pai... um Pai justo e sábio que educa seus filhos com amor, ensinando-os a se conduzirem pelas leis da fraternidade e do respeito porque essa é a receita para os seres humanos poderem conviver bem uns com os outros e serem felizes. Devemos procurar as causas das enfermidades em outras fontes, e elas, certamente, estão em nós mesmos. Explica o espírito Miramez, que os maus pensamentos são um lixo que, por lei, deve ficar com quem o produziu. Todos nós produzimos, em maiores ou menores proporções, esse lixo mental e emocional, poluente da alma, através dos pensamentos, sentimentos e atitudes antifraternos, depressivos ou viciosos, tais como a inveja, o ódio, o rancor, o azedume, a revolta, assim como também a luxúria, o egoísmo, a ganância, a violência e tantos outros valores negativos dos quais nem sempre nos apercebemos. Quando isto acontece, nossa própria natureza se encarrega de expulsar parte desse lixo para que não nos sufoque, e essa carga mórbida, ao ser drenada para o corpo carnal, materializa-se nele em forma de doenças, ou de predisposições para determinadas enfermidades. PERGUNTA NATURAL: SE É ASSIM, POR QUAL RAZÃO NÃO ADOECEM TANTOS SERES PERVERSOS, IMORAIS, GANANCIOSOS, ANTIFRATERNOS E ASSEMELHADOS, QUE OMBREIAM CONOSCO NO COTIDIANO? Quanto mais atrasado o espírito, mais grosseiro e denso é seu corpo espiritual. Por isso ele pode conviver tranquilamente com o próprio lixo. Mas conforme vai evoluindo espiritualmente, através das reencarnações bem aproveitadas, também mais delicado e sensível vai ficando esse corpo e, com isso, maior e mais premente também se torna a necessidade dessas drenagens. PERGUNTA NATURAL: POR QUE PESSOAS DE EXCELENTE NÍVEL EVOLUTIVO, QUE CERTAMENTE NÃO GERAM ESSE “LIXO MENTAL”, TAMBÉM ADOECEM? Muitas enfermidades produzidas por estados de espírito negativos são geradas nesta mesma vida, mas há também as que procedem de vidas anteriores. Há pessoas que são verdadeiras indústrias de mau humor, que vivem a se lamentar, a maldizer e reclamar de tudo; outras cultivam emoções e sentimentos negativos como a inveja, o ciúme, o rancor, o azedume, o desamor... Esse tipo de atitudes ou procedimentos gera um energismo pesado que fica circulando no sistema energético, provocando bloqueios, produzindo males de maior ou menor gravidade. Mas nem sempre toda essa carga energética pesada é drenada nesta mesma vida, permanecendo esse “lixo” mental nas profundezas do ser, para vir à tona em futuras encarnações. Há também muitas narrativas dos espíritos contando como algum companheiro, ao programar sua futura encarnação inclui nela alguma enfermidade ou limitação. Isto, visando evitar maiores quedas espirituais, em sua futura jornada. A nós, aqui reencarnados, parece impossível que alguém programe sofrimentos para si mesmo. Ocorre que na dimensão espiritual, onde temos uma visão muito mais abrangente sobre as nossas próprias necessidades de evolução, preferimos enfrentar uma vida de lutas e dores, do que cair nos mesmos erros do passado. A evolução é o que há de mais importante para os espíritos mais esclarecidos, e sabemos o quanto as facilidades da vida podem induzir a quedas espirituais. Por exemplo, uma mulher muito bela que tenha usado sua beleza para destruir lares, ao conscientizar-se do mal que fez, ao programar sua reencarnação, poderá solicitar uma aparência feia ou um defeito físico, que a ajudará a livrar-se de novas tentações. Há ainda os casos em que a administração superior determina uma enfermidade, um acidente ou outro transtorno, visando desviar alguém do caminho que iria levá-lo a maiores quedas espirituais. Isto ocorre por misericórdia divina e quando para tanto há merecimento, ou ainda, por solicitação de algum espírito com suficientes méritos para endossar seu pedido. Mas há também as enfermidades causadas pelo descuido, o descaso com a própria saúde, pelos mais diversos vícios, pela gula, pela alimentação errada ou a vida sedentária. E há ainda aquelas doenças kármicas, como resultado de ações praticadas em vidas passadas. Como se vê, as causas profundas das enfermidades são muito variadas, mas estão em nós mesmos, tanto em nosso passado quanto no presente. PERGUNTA NATURAL: SE AS CAUSAS DAS ENFERMIDADES ESTÃO EM NOSSAS ATITUDES E AÇÕES, QUAL É ENTÃO O PAPEL DOS MICRÓBIOS, DOS VÍRUS E DA HEREDITARIEDADE? Acontece que através das nossas atitudes, ações e omissões criamos em nós mesmos campos favoráveis ao desenvolvimento dos microrganismos que geram doenças, além de desequilíbrios outros. Tanto é verdade que inúmeras pessoas infectadas com determinados vírus ou bacilos, não contraem tais doenças. Por essas razões, quanto mais a medicina e a farmacologia avançam em sua capacidade de curar, mais doenças novas e cada vez mais virulentas vão surgindo. A culpa não é da medicina, nem da farmacologia. É nossa. Por isso só nós mesmos, com a ajuda de Deus e da nossa vontade, poderemos gerar condições reais de cura e ficar imunes às enfermidades, ao menos nas futuras encarnações. E isto só se consegue através da reforma moral, da mudança de conduta e de atitudes, e ainda, do desenvolvimento de nossos potenciais interiores. Mas esse é um trabalho difícil e demorado. A Natureza não dá saltos. Se durante milênios fomos construindo o que somos hoje, não será de um momento para outro que vamos conseguir modificar toda essa estrutura. Mas se não começarmos, nunca chegaremos lá. Nos momentos de dor, ou quando a doença castiga nosso corpo costumamos “agarrar-nos” em Deus ou em quaisquer outros seres superiores, implorando o cessar do sofrimento, e dizemos: “Tenho fé em Deus, que Ele vai me curar”. Mas se a cura não acontece, a fé se abala, porque colocamos a cura como condição para a nossa fé. Nesses casos, todavia, em vez das lamentações e atitudes negativas, é muito importante buscarmos elevar nossa frequência vibratória, porque ela é a mais poderosa auxiliar na eliminação do lixo produzido por nossas próprias atitudes. E essa elevação conseguimos através da prece, dos sentimentos e atitudes de amor, de confiança, otimismo e alegria, buscando sempre desenvolver os valores nobres da alma. As enfermidades, na verdade, representam uma das maiores forças para nossa evolução. É como se o combalimento do corpo fizesse crescer a luz interior, ou o medo da morte nos aproximasse mais de Deus. Quanto à hereditariedade, a programação feita para o futuro corpo do reencarnante inclui a escolha dos seus futuros pais. Assim, ele herdará aquilo que estiver programado para ele. PERGUNTA FREQÜENTE: QUE ACONTECE NOS CASOS DE CURAS CONSIDERADAS MILAGROSAS? Não existem milagres, mas mecanismos naturais, com manipulação de energias, quando as condições são favoráveis. Na maioria dos “milagres” em que ocorrem curas, estas são momentâneas, com efeitos de curta duração. São produzidas pela dinamização das energias profundas de alguém, que é levado a um estado de superexcitação através de vigorosa atuação, altamente indutora, do “milagreiro”. É fácil observar como a maioria dessas curas ocorre num verdadeiro palco onde a fé é o ingrediente para a dramatização. Mas passados aqueles momentos, tudo volta ao que era antes. É claro que há casos de curas definitivas, quando a fé é profunda e verdadeira e quando há merecimento. Os “fazedores de milagres” são pessoas que possuem grande poder de indução, uma vontade firme e pensamento dominador. Com esses recursos, em alguns casos, eles conseguem levar os que neles creem a dinamizar de tal forma seus próprios potenciais, a sua fé, a ponto de gerar transformações orgânicas e outras ocorrências que são vistas como milagres. Nos cultos ou missas de cura e pedidos de ajuda divina a própria vibração do ambiente, poderosamente voltada para esse fim, é um veículo que favorece essa potencialização das energias, podendo produzir acontecimentos incomuns. PERGUNTA NATURAL: O QUE ACONTECE NOS EXORCISMOS OU “EXPULSÃO DE DEMÔNIOS”, QUANDO SÃO BEM-SUCEDIDOS? Nos casos de exorcismo ou “expulsão de demônios” é bem provável que o espírito obsessor ache mais prudente afastar-se daquela confusão. Também há situações em que as pessoas obsidiadas são tão maltratadas pelos que as exorcizam, ou lhes “expulsam demônios”, com tais repercussões em seus obsessores, que estes acabam perdendo momentaneamente a sintonia com elas, afastando-se. Igualmente há situações em que os espíritos obsessores ficam tão impressionados com toda aquela teatralidade, aquelas ordens imperiosas que lhes são dadas em nome de Deus, que acabam realmente afastando-se de suas vítimas. Mas esse tipo de atuação não é saudável porque a pessoa obsidiada, depois de curada, volta à sua vidinha de antes, sem ter aproveitado o episódio como alavanca para sua evolução, e o espírito obsessor vai continuar à espreita, aguardando nova oportunidade para recomeçar a perseguição com mais segurança. A melhor receita para esse tipo de problemas e todos os demais, é aquela que o Mestre ensinou: a reforma moral, a mudança nas atitudes e nas ações, orientada para o bem. Milagres, nem Jesus os fez. Ele usou seus próprios potenciais, sua energia, sua vibração de altíssima frequência e seus conhecimentos para realizar as curas e demais atos incomuns. Outras ocorrências tidas como sobrenaturais são apenas inusitadas, nas quais são utilizados recursos da própria natureza e das leis naturais, manipulados por espíritos.
 NEUZA MARIA R. BISCHOFF
Fonte:http://www.mundoespiritual.com.br/doencas.htm

“OS MILAGRES NA VISÃO ESPÍRITA.”

Milagres existem?        
Algumas pessoas se chocam ao saber que, pela doutrina espírita, milagres não existem. Vamos então analisar melhor tal ideia - tendo em mente que existe uma grande diferença entre o inexplicado e o inexplicável -, tomando a acepção moderna da palavra “milagre” (algo que contraria as leis naturais).
Vejamos o versículo abaixo:
João, 14:12
"Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas..."
São tais palavras ditas pelo próprio Jesus Cristo!
Teríamos então a capacidade de fazer tudo o que ele fez!? Os apóstolos chegaram a realizar alguns milagres.
A Igreja Católica, no processo de beatificação, requer a comprovação de certo número de milagres. Bom, se os apóstolos os faziam e hoje várias pessoas ainda os recebem, quer dizer que os milagres aconteceram e ainda acontecem em certo número. Mas então porque falar que se trata de um milagre algo que qualquer pessoa (atendendo ao pré-requisito citado no versículo acima) tem a capacidade de realizar?
Hoje trens se movem sem existir contato algum entre ele e o solo! Isso tempos atrás seria considerado um milagre. Afinal, como coisa tão sólida e pesada poderia “flutuar”?
Uma vez que um fenômeno se repete consideravelmente, voluntariamente ou não, pode-se dizer que existe aí uma lei (conjunto de regras) que determinam a realização ou não de tal fenômeno, conhecendo-se ou não tal lei.
Mas como Jesus sempre realizava tais "milagres"?
Porque ele tinha dentro de si amor e fé em sua completa essência! Sua fé, aliás, não era um ACREDITAR, mas um SABER tudo o que era possível se fazer através de Deus. Ele sabia o que era requerido para fazer as curas e possuía tais pré-requisitos: fé e amor. Por isso os apóstolos por vezes falharam. Eles não eram, claro, tão puros quanto Jesus Cristo, nem possuíam uma fé livre totalmente de quaisquer dúvidas sobre sua capacidade.
Tais fenômenos não vêm contrariar a lei natural das coisas. De uma ótica materialista, sim, os milagres existem, pois daí não sairão respostas às coisas que tem a ver mais com o plano espiritual que com o plano material. Não tiramos os méritos de Jesus ao não interpretar tais feitos como milagres. Pelo contrário, dá-se ainda mais méritos a ele! Ele realizou tais feitos através da fé, do amor e da superioridade moral que possuía em si mesmo. Se os tivéssemos, também conseguiríamos! Não nos esqueçamos de que o amor é a força maior do universo, uma vez que Deus, seu criador, é amor!
Mas resta ainda um último ponto: e Deus?
Seria Ele capaz de realizar um milagre?
Algo realmente sem nenhum nexo ou possível justificação, realmente contrário às leis naturais?
Não queiramos aqui interpretar os pensamentos e ideias de Deus, que são fruto de uma sabedoria infinita, mas tentemos pensar um pouco.
Deus criou o universo e tudo o que existe. Tal criação se dá sob certas leis naturais, que vêm Dele, claro, e que, por isso, são imutáveis (perfeitas).
Poderia Ele fazer alguma coisa que contrariaria uma lei natural emanada Dele mesmo?
Sim, Ele pode qualquer coisa.
E apenas Ele - pois não há nada maior que Ele - poderia fazer algo contrário a uma lei natural vinda Dele mesmo!
Mas, ao fazê-lo, não estaria aí uma afirmação de que tal lei não era perfeita, pois fora derrogada? Ou não, Ele faria isso apenas para nos mostrar que pode e consegue?
O que dizer-se-ia de um sábio mecânico que, para provar sua habilidade, desmantelasse um relógio construído pelas suas mãos, obra prima de ciência, a fim de demonstrar que pode desmanchar o que fizera? Seu saber, pelo contrário, não ressalta muito mais da regularidade e precisão do movimento de sua obra?
Sabe-se, pelo estudo da Bíblia, que até os maus teriam a capacidade de realizar milagres. Sinais que confundiriam os crentes menos atentos em sua fé. Se um espírito mau pode fazer, por si próprio, algo que vem a derrogar uma lei natural de Deus, isso o faz maior que Ele, e Deus não mais possuiria a onipotência.
Por outro lado, se tal espírito conseguisse realizar esse feito por Deus ter lhe delegado pessoalmente tal poder, para mais facilmente induzir os homens ao mal, faltaria a Ele a soberana bondade. Em ambos os casos, tem-se a negação de um atributo sem o qual Deus não seria Deus.
Não é o sobrenatural que é necessário às religiões, mas sim o princípio espiritual, confundido erradamente com o maravilhoso, e sem o qual não há religião possível. O Espiritismo considera a religião cristã de um ponto de vista mais elevado; dá-lhe uma base mais sólida do que os milagres: as leis imutáveis de Deus, que regem tanto o princípio material quanto o espiritual; esta base desafia o tempo e a ciência, porque ambos virão sancioná-la. Se há fatos que não compreendemos, é porque nos faltam ainda os conhecimentos necessários.
Quer se dar ao povo, aos ignorantes e aos pobres de espírito uma ideia do poder de Deus? É necessário mostrar-lhes a sabedoria infinita que preside a tudo, no admirável organismo de tudo o que vive; é necessário mostrar-lhes a sua bondade na sua solicitude por todas as criaturas, tão ínfimas que sejam; a sua previdência na razão de ser de cada coisa, da qual nenhuma é inútil; do bem que sai sempre do mal aparente e momentâneo.
Aonde está o maior poder: no mover-se uma montanha, ou na criação completa de um planeta? Na cura de um câncer, ou na criação do infinito universo, com todas as suas estrelas, planetas e galáxias?
Se tomarmos a palavra milagre em sua acepção etimológica (de mirari : admirar), aí sim poderemos dizer que milagres existem. Existem coisas admiráveis e surpreendentes que aconteceram, acontecem e acontecerão ainda neste mundo. Mas tomando a palavra em sua acepção moderna ou teológica, por assim dizer, como algo que contraria as leis naturais, aí dizemos que milagres não existem, por tudo que fora exposto acima.

(Saber Espírita)

"LOCAIS ASSOMBRADOS"

As manifestações espontâneas verificadas em todos os tempos, e a insistência de alguns Espíritos em mostrarem a sua presença em certos lugares, constituem a origem da crença nos locais mal-assombrados. As respostas seguintes foram dadas a perguntas feitas a esse respeito.
1. Os Espíritos se apegam somente a pessoas ou também a coisas?
— Isso depende da sua elevação. Certos Espíritos podem apegar-se às coisas terrenas. Os avarentos, por exemplo, que viveram escondendo as suas riquezas e não estão suficientemente desmaterializados, podem ainda espreitá-los e guardá-los.
2. Os Espíritos errantes têm predileção por alguns lugares?
— Trata-se ainda do mesmo princípio. Os Espíritos já desapegados das coisas terrenas preferem os lugares onde são amados. São mais atraídos pelas pessoas do que pelos objetos materiais. Não obstante, há os que podem momentaneamente ter preferência por certos lugares, mas são sempre Espíritos inferiores.

3. Desde que o apego dos Espíritos por um local é sinal de inferioridade, será também de que são maus espíritos?
— Claro que não. Um Espírito pode ser pouco adiantado sem que por isso seja mau. Não acontece o mesmo entre os homens?
4. A crença de que os Espíritos freqüentam, de preferência, as ruínas, têm algum fundamento?
— Não. Os Espíritos vão a esses lugares como a toda parte. Mas a imaginação é tocada pelo aspecto lúgubre de alguns lugares e atribui aos Espíritos efeitos na maioria das vezes muito naturais. Quantas vezes o medo não fez tornar a sombra de uma árvore por um fantasma, o grunhido de um animal ou o sopro do vento por um gemido? Os Espíritos gostam da presença humana e por isso preferem os lugares habitados aos abandonados.
4.a. Entretanto, pelo que sabemos da diversidade de temperamento dos Espíritos, deve haver misantropos entre eles, que podem preferir a solidão.
— Por isso não respondi à pergunta de maneira absoluta. Disse que eles podem ir aos lugares abandonados como a toda parte. É evidente que os que se mantêm afastados é porque isso lhes apraz. Mas isso não quer dizer que as ruínas sejam forçosamente preferidas pelos Espíritos, pois o certo é que eles se acham muito mais nas cidades e nos palácios do que no fundo dos bosques.
5. As crenças populares, em geral, têm um fundo de verdade. Qual a origem da crença em lugares assombrados?
— O fundo de verdade, nesse caso, é a manifestação dos Espíritos em que o homem acreditou, por instinto, desde todos os tempos. Mas, como já disse, o aspecto dos lugares lúgubres toca-lhe a imaginação e ele os povoa naturalmente como os seres que consideram sobrenaturais. Essa crença supersticiosa é entretida pelas obras dos poetas e pelos contos fantásticos com que lhe embalaram a infância. (1)
6. Os Espíritos que se reúnem escolhem para isso dias e horas de sua predileção?
— Não. Os dias e as horas são usados pelo homem para controle do tempo, mas os Espíritos não precisam disso e não se inquietam a respeito. (2)
7. Qual a origem da idéia de que os Espíritos aparecem de preferência à noite?
— A impressão produzida na imaginação pelo escuro e o silêncio. Toda essas crenças são superstições que o conhecimento racional do Espiritismo deve destruir. O mesmo se dá com a crença em dias e horas propícias. Acreditai que a influência da meia-noite jamais existiu, a não ser nos contos.
7.a. Se for assim, porque certos Espíritos anunciam a sua chegada e a sua manifestação para àquela hora e em dias determinados, como a sexta-feira, por exemplo?
— São Espíritos que se aproveitam da credulidade humana para se divertirem. É pela mesma razão que uns se dizem o Diabo ou se dão nomes infernais. Mostrai-lhes que não sois tolos e eles não voltarão.
8. Os Espíritos visitam de preferência os túmulos em que repousam os seus corpos?
— O corpo não era mais que uma veste. Eles não ligam mais para o envoltório que os fez sofrer do que o prisioneiro para as algemas. A lembrança das pessoas que lhes são caras é a única coisa a que dão valor. (3)
8. a. As preces que se fazem sobre os seus túmulos são mais agradáveis para eles, e os atraem mais do que as feitas em outros lugares?
— A prece é uma evocação que atrai os Espíritos, como o sabeis. A prece tem tanto maior ação, quanto mais fervorosa e mais sincera. Ora, diante de um túmulo venerado as pessoas se concentram mais e a conservação de relíquias piedosas é um testemunho de afeição que se dá ao Espírito, ao qual ele é sempre sensível. É sempre o pensamento que age sobre o Espírito e não os objetos materiais. Esses objetos influem mais sobre aquele que ora, fixando-lhe a atenção, do que sobre o Espírito.
9. Diante disso, a crença em locais assombrados não pareceria absolutamente falsa?
— Dissemos que certos Espíritos podem ser atraídos por coisas materiais: podem sê-lo por certos lugares, que parecem escolher como domicílio até que cessem as razões que os levaram a isso.
9. a . Quais as razões que podem levá-los a isso?
— Sua simpatia por algumas das pessoas que freqüentam os lugares ou o desejo de se comunicarem com elas. Entretanto, suas intenções nem sempre são tão louváveis. Quando se trata de maus Espíritos, podem querer vingar-se de certas pessoas das quais tem queixas. A permanência em determinado lugar pode ser também, para alguns, uma punição que lhe foi imposta, sobretudo se ali cometeram, para que tenham constantemente esse crime diante dos olhos. (4)
10. Os locais assombrados sempre o são por seus antigos moradores?
— Algumas vezes, mas não sempre, pois se o antigo morador for um Espírito elevado não ligará mais à sua antiga habitação do que ao seu corpo. Os Espíritos que assombram certos locais quase sempre o fazem só por capricho, a menos que sejam atraídos pela simpatia por alguma pessoas.
10. a . Podem eles fixar-se no local para proteger uma pessoa ou sua família?
— Seguramente, se são Espíritos bons. Mas nesse caso jamais se manifestam de maneira desagradável.
11. Há alguma coisa de real na estória da Dama Branca?
— É um conto extraído de mil fatos que realmente se verificaram. (5)
12. É racional temer os lugares assombrados por Espíritos?
— Não. Os Espíritos que assombram certos lugares e os põem em polvorosa procuram antes divertir-se à custa da credulidade e da covardia das criaturas, do que fazer mal. Lembrai-vos de que há Espíritos por toda parte e de que onde estiverdes tereis Espíritos ao vosso lado, mesmo nas mais agradáveis casas. Eles só parecem assombrar certas habitações porque encontram nelas a oportunidade de manifestar a sua presença. (6)
13. Há um meio de os expulsar?
— Sim, mas quase sempre o que se faz para afastá-los serve mais para atraí-los. O melhor meio de expulsar os maus Espíritos é atrair os bons. Portanto, atrai os bons Espíritos, fazendo o maior bem possível, que os maus fugirão, pois o bem e o mal são incompatíveis. Sede sempre bons e só tereis bons Espíritos ao vosso lado.
13. a. Mas há pessoas muito boas que vivem às voltas com as tropelias dos maus Espíritos.
— Se essas pessoas forem realmente boas, isso pode ser uma prova para exercitar-lhes à paciência e incitá-las a serem ainda melhores. Mas não acrediteis que os que mais falam da virtude é que a possuem. Os que possuem qualidades reais quase sempre o ignoram ou nada falam a respeito.
14. Que pensar da eficácia do exorcismo para expulsar os maus Espíritos dos locais assombrados?
— Vistes muitas vezes esse meio dar resultados? Não vistes, pelo contrário, redobrar-se a tropelia após as cerimônias de exorcismo? É que eles se divertem ao serem tomados pelo Diabo. Os Espíritos que não tem más intenções podem também manifestar a sua presença por meio de ruídos ou mesmo tornarem-se visíveis, mas não fazem jamais tropelias incômodas. São quase sempre Espíritos sofredores, que podeis aliviar fazendo preces por eles. De outras vezes são mesmo Espíritos benevolentes que desejam provar a sua presença junto a vós, ou, por fim, Espíritos levianos que se divertem. Como os que perturbam o repouso com barulhos são quase sempre Espíritos brincalhões, o que melhor se tem a fazer é rir do que fazem. Eles se afastam ao verem que não conseguem amedrontar ou impacientar. (7)
Resulta das explicações acima que há Espíritos que se apegam a certos locais, preferindo permanecer neles, se que, entretanto, tenham necessidade de manifestar a sua presença por meio de efeitos sensíveis. Qualquer local pode ser a morada obrigatória ou da preferência de um Espírito, mesmo que seja mau, sem que jamais haja produzido qualquer manifestação.
Os Espíritos que se ligam a locais ou coisas materiais nunca são superiores. Contudo, mesmo que não sejam superiores, não têm de ser necessariamente maus, ou alimentar más intenções. Não raro, são, algumas vezes, companheiros mais úteis do que prejudiciais, pois, caso se interessem pelas pessoas, podem protegê-las.

Texto retirado do “Livro dos Médiuns” (Capítulo 9 )– Allan Kardec

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

"PORQUE A REENCARNAÇÃO PASSOU A SER CONDENADA PELA IGREJA CATÓLICA.?

Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a
cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como
fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá
oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua
regeneração, em nova existência.
Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul,
na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino,
resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela
ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta
do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em
todos os seus elementos constitutivos.
É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e
muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e,
por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que
subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem
os desejos de Teodora eram lei.
E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu
rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos
que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram,
inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do
Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta
Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias
(Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).
Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia
dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem
afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos
vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto
Rohden, em seu livro ” Alegorias “, segundo a qual, os pirilampos aclamaram a
seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro
da mata, na calada da noite: ” Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por
isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos
que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente “.
E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas
trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando – “se havia a tal coisa
chamada Sol, deve agora ter morrido”. É o que deve ter acontecido com Teodora:
ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor
destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só
porque esta fora contestada pelos deuses do Olimpo, reunidos em majestoso
conclave.
Vivaldo J. de Araújo é Professor e Procurador de Justiça do Estado de Goiás.

O NASCIMENTO DESIGUALA, MAS A MORTE IGUALA A TODOS, NO QUE TANGE AO CORPO FÍSICO...

"Todos reclamam reformas, mas ninguém quer se reformar." O momento da morte ou da Desencarnação é igual para todos? A certeza da vida futura não exclui as apreensões do homem quanto à desencarnação. Há muitos que temem não propriamente a vida futura, mas o momento da morte. Será ele doloroso? Tentando elucidar essas questões, Kardec inquiriu os Espíritos e deles recebeu a informação de que o corpo quase sempre sofre mais durante a vida do que no momento da morte e que os sofrimentos que algumas vezes se experimentam no instante da morte são um gozo para o Espírito.
É preciso, no entanto, que consideremos que a desencarnação não é igual para todos e que, ao contrário, há uma variação muito grande, tão grande quanto as diferentes formas de viver adotadas pelos encarnados. Vendo-se a calma de alguns moribundos e as convulsões terríveis de outros, pode-se previamente julgar que as sensações experimentadas nem sempre são as mesmas.
A separação da alma é feita de forma gradual, pois o Espírito se desprende pouco a pouco dos laços que o prendem, de forma que as condições de encarnado ou desencarnado, no momento do desenlace, se confundem e se tocam, sem que haja uma linha divisória entre as duas.
Alguns fatores podem influir para que o desprendimento ocorra com maior ou menor facilidade, fatores que estão relacionados com o estado moral do homem quando encarnado. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego do indivíduo à matéria, que atinge o seu ponto máximo no homem cujas preocupações dizem respeito exclusivamente à vida de gozos materiais. Ao contrário disso, nas almas puras – que antecipadamente se identificam com a vida espiritual – o apego é quase nulo.
O desprendimento da alma jamais é brusco, mas gradual
Em se tratando de morte natural resultante da extinção das forças vitais por velhice ou enfermidade, o desprendimento opera-se gradualmente. Para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, ou seja, tendo o corpo ainda vida orgânica, o Espírito já começa a penetrar a vida espiritual, apenas ligado à matéria por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração.
No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do Espírito, e para quem a vida espiritual nada significa, tudo contribui para estreitar os laços materiais e, quando a morte se aproxima, o desprendimento, embora também se opere gradualmente, demanda contínuos esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às vezes procura romper os elos resistentes, e outras vezes se agarra ao corpo, do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.
O desconhecimento da vida espiritual faz com que o Espírito se apegue à vida material, estreitando os seus horizontes e resistindo com todas as forças, conseguindo prolongar a vida e, conseqüentemente, a sua agonia, por dias, semanas ou meses. Em tais casos, a morte não implica o fim da agonia, pois a perturbação continua e ele, sentindo que vive, sem saber definir seu estado, sente e se ressente da doença que pôs fim aos seus dias, permanecendo com essa impressão indefinidamente, uma vez que continua ligado à matéria por meio de pontos de contato do perispírito com o corpo.
Dá-se o contrário com o homem que se espiritualizou durante a vida. Depois da morte, nem uma só reação o afeta. Seu despertar na vida espiritual é como quem desperta de um sono tranqüilo, lépido, para iniciar uma nova fase de sua vida.
No suicídio, a separação da alma é bastante dolorosa
Nas mortes violentas, como nos acidentes, nenhuma desagregação teve início antes da separação do perispírito. Nesse caso, o desprendimento só começa depois da morte e seu término não ocorre rapidamente. O Espírito fica aturdido, não compreende o seu estado, permanecendo na ilusão de que vive materialmente por período mais ou menos longo, conforme o seu nível de espiritualização.
Nos casos de suicídio, a separação da alma é extremamente dolorosa. Constituindo o suicídio um atentado contra a vida, o sofrimento quase sempre permanece por período igual ao tempo em que o Espírito deveria estar encarnado. Além disso, as dores da lesão física provocada repercutem no Espírito. A decomposição do corpo e sua destruição pelos vermes são sentidas em detalhes pelo Espírito desencarnado, conquanto tal fato não constitua regra geral. Há ademais o remorso, gerando sofrimento moral para aquele que decidiu desertar da vida.
O espírita sério, adverte-nos Kardec, não se limita a crer, porque compreende, e compreende, porque raciocina. A vida futura é para ele uma realidade que se desenrola incessantemente aos seus olhos, uma realidade que ele toca e vê a cada passo e de tal modo que a dúvida não pode ter guarida em sua alma. A existência corporal, tão limitada, amesquinha-se diante da vida espiritual. Que lhe importam os incidentes da jornada, se compreende a causa e a utilidade das vicissitudes humanas quando suportadas com resignação?
A alma se eleva então em suas relações com o mundo visível; os laços fluídicos que o ligam à matéria enfraquecem-se, operando por antecipação um desprendimento parcial que facilita a passagem para a outra vida. A perturbação conseqüente à transição pouco perdura, porque, uma vez franqueado o passo, para logo se reconhece, nada estranhando, mas antes compreendendo a sua nova situação.
A prece é útil no desprendimento da alma
O desprendimento da alma, uma vez morto o corpo físico, começa pelas extremidades e vai-se completando na medida em que são desligados os laços fluídicos que a prendem ao veículo carnal.
No livro "Obreiros da Vida Eterna", cap. XIII, o instrutor Jerônimo informa que há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos, sediado no tórax, e o centro mental, situado no cérebro. Essa foi a ordem em que ele atuou para facilitar o desprendimento de Dimas, descrito no referido livro.
Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro

NÃO SUPORTEI PERDER MEU FILHO. DEPOIMENTO DE UM PAI SUICIDA.

Sinto muito, muito mesmo, fui um tolo, eu pensei que seria o meu fim, mas infelizmente percebi que não tenho esse poder de acabar com uma vida, se não fui eu que criei.
Sou um homem covarde não suportei a dor de ver um filho morto, se eu tivesse o conhecimento que tenho hoje, jamais tiraria a minha vida. Hoje sei que vivo e tenho certeza que meu filho também vive e vive em melhores condições que eu.
Sofro dores horríveis e clamo por perdão, sei que Deus já quer e tem todo cuidado comigo, mas eu não consigo sair daquele lugar escuro com lamas pretas, árvores sem vida, rochas e mais rochas, escuto lamentos e choros dias e noites. Não sei por que não fiquei louco ainda.
Um dia eu orei a Deus e falei da minha dor e da saudade que sentia do meu amado filho e minhas chagas que tinha uma dor latente e constante foi amenizando e foi ficando cada vez menor até que não mais senti, e veio um calor, senti fome, lembrei da água como se eu renascesse naquele momento. E diante de tudo que sentia não parei de orar e sentia que o Pai queria ouvir algo de minha boca, mas a vergonha não deixou falar e pedir, voltei a sentir dores e tudo foi ficando escuro e tudo voltou como antes o horror, a angustia e o desespero.
Em breve momento pensei: “o que o Senhor quer que eu diga?”, mas não sou digno, sinto vergonha e não suporto mais esse sofrimento.
Eu peço socorro e peço perdão, perdão meu Deus, perdão meu filho, perdão meus familiares e esposa. Perdão, perdão a minha mãe querida.
Diante deste meu desespero e de verdadeiro sentimento de entrega, fui tomando de um sono, um sono incontrolável e hoje estou aqui diante de pessoas iluminadas e de bom coração me ensinando e mostrando para mim que estava totalmente errado em tirar a minha vida.
Sei que a qualquer momento estarei do lado do meu amado filho, onde iremos viver um tempo juntos até o meu retorno à Terra para acabar com a minha missão que eu mesmo interrompi.
Um grande e sincero abraço.
José Carlos Afonso.
Psicografia recebida por:
Médium: M. Nicodemos.
Republicação.

A DEPRESSÃO NA VISÃO ESPÍRITA.

Quando sua alma pede ajuda!

 

A depressão segundo o Espiritismo, não deve ser encarada apenas como uma doença clínica. Como o autor Francisco Cajazeiras intitula seu próprio livro “Depressão, doença da alma”, realmente não consigo ver diferente. É realmente uma doença da alma, mas se pudermos ser reflexivos, podemos tirar algum proveito dessa doença e vermos uma oportunidade. Calma!

Explicarei o que quero dizer, quando falo em oportunidade.

Espiritismo e depressão — Uma relação perfeitamente explicável

Primeiro, peço que siga uma analogia: ter febre é uma coisa incômoda, certo? Mas a febre por outro lado pode ser encarada como uma coisa positiva. Ela indica que algo em nosso corpo está errado, que talvez exista alguma infecção viral ou bacteriana. A febre é uma espécie de “alarme” sintomatológico, que nos avisa sobre algo muito mais prejudicial, que pode estar afetando nosso corpo.

Para combatermos efetivamente com a febre, temos que agir sobre a raiz do problema, devemos agir sobre a infecção. Quando usamos alguma estratégia para combatermos somente o estado febril, não estamos agindo sobre a patologia primária, portanto, a febre pode até passar, mas no dia seguinte, mais cedo ou mais tarde, ela retorna.

A depressão segundo o Espiritismo — Um grito de socorro!

Se você concorda que a depressão é uma doença da alma, então deveríamos buscar a fonte da problemática em nossa alma, no nosso íntimo. Podemos entender a depressão como um grito de socorro da alma, que o corpo somatiza através de sensações desagradabilíssimas. E, assim como a febre, agir somente contra a sintomatologia externa (tristeza, desânimo e pensamentos desordenados), não será o suficiente. Existe algo a mais a ser feito, é preciso restaurar as feridas da alma.

 

— Investigando as causas


Quem sabe, para o espírito encarnado, a depressão de uma pessoa seja, assim como a febre, um sinal de alerta. Há algo na vida que precisa de reparos, precisando mudar algo.

A avareza; a inveja; o narcisismo exacerbado; os vícios; a vaidade; o orgulho; a arrogância; a ira; intolerância; a criança interna, que não cresceu e tem dificuldades em lidar com frustrações, e tantos outros mais. Qual desses elementos ou outros que não cheguei a citar você carrega na sua personalidade? Você teria humildade o suficiente para identifica-los em si mesmo?

Veja bem, não precisaria você sair por aí falando de si mesmo de forma negativa diante de terceiros, apenas reflita em pensamentos e identifique algo que não esteja correto em sua vida e reflita sobre isso.

 

— O Centro Espírita cura a depressão?


Espiritismo e depressão: será que o Centro Espírita pode te ajudar?

O centro espírita em si não tem capacidade para isso. O que existe lá dentro sim, pode te auxiliar a caminho da cura. Isso não é uma promessa! Até porque a cura da depressão, quando está envolvida casos de obsessão espiritual instalada há muito tempo, demandará recursos que só o próprio enfermo poderá manipular.

Já ouvi muitas pessoas falarem que a depressão não tem cura. Inclusive li relatos de pessoas na internet, falando que foram para igrejas, inúmeros centros espíritas, pais de santo, pastores e padres e não tiveram seu problema resolvido.

Mas vale atentar que, as pessoas que falaram isso não deram detalhes sobre como estavam levando a vida, se tinham vícios, pois preferem ignorar a trave entre os próprios olhos. E digo mais, muitas pessoas preferem os imediatismos, algo como uma reza milagrosa que lhe retire o obstáculo no mesmo segundo. As pessoas adentram uma igreja ou qualquer outro templo, mal absorvem a filosofia dali e já saem falando mal desta ou daquela doutrina.

Logo mais nos últimos parágrafos citarei os recursos que existem nos centros espíritas que você poderá fazer uso gratuitamente, ajudando no processo de cura.

A depressão segundo o Espiritismo pode ser muito bem explicada e tratada. A cura existe e o enfermo não precisa perpetuar esse sofrimento.

 
— Tratamento da depressão pelo Espiritismo

Espiritismo e depressão: A reforma íntima é o ponto-chave!
A reforma íntima é o caminho. Essa espécie de reforma não serviria somente para a cura de uma depressão, mas para o resgate de uma vida inteira de infortúnios. A reforma íntima é o pilar central da cura de qualquer indivíduo, para qualquer doença em que a alma seja a principal acometida.

A reforma íntima é o principal remédio que não compete ao psiquiatra, médico, médium da casa espírita, padre, pastor ou monge precisarem te receitar. É um remédio que depende somente do próprio indivíduo querer começar a tomar. A reforma íntima é um compromisso. E mais. Não é dose única ou se assemelha a um tratamento de alguns meses. É para a vida inteira.

A reforma íntima é o ato de se modificar por dentro, aprendendo a reconhecer os erros, os próprios defeitos, tentar corrigi-los. Se os erros já não podem ser corrigidos, pode-se policiar para que não se repita e assim por diante.

 
— Os recursos disponíveis nos centros espíritas para ajudar a curar a depressão

Em primeiro lugar quero deixar claro que qualquer prática religiosa pode (e deve) ser usada como um complemento no tratamento dos transtornos psíquicos, mas não se deve interromper tratamentos já em andamento.

Existem vários centros espíritas espalhados por aí, cada um com formas muito semelhantes de atuar, outros, com uma atuação mais diferenciada, porém não menos importante.

A pessoa que sofre de transtornos psíquicos, tendo encontrado uma casa espírita, com bons trabalhadores poderá ser encaminhado para o início do seu tratamento. Vale lembrar que, mesmo que a causa raiz dos transtornos psíquicos não esteja exatamente relacionado com o início da mediunidade, não minimiza o fato de que a pessoa terá que passar pelo tratamento espiritual. Ela será, do mesmo modo, incluída e amparada.

No site Portal do Espírito, o Grupo Apóstolo Paulo descreve 10 principais serviços que geralmente são encontrados nas casas espíritas, reforçando, inicialmente, que não existe obrigatoriedade de todos os serviços serem encontrados em uma casa, nem uma uniformidade no funcionamento dos mesmos.

Desses 10 recursos, destacaremos os 7 principais que julgamos mais imediatos à entrada do enfermo na casa espírita:

1. “Recepção: aquele que chega pela primeira vez no centro espírita geralmente tem uma série de dúvidas a respeito do funcionamento da casa. É necessário que a pessoa responsável pela recepção tenha total conhecimento das atividades da casa e que se mantenha simpática em todos os momentos. Precisamos lembrar que a recepção é o primeiro contato do visitante com o centro espírita. E quase sempre é a primeira impressão que cativará ou afastará o público do grupo”.

2. “Palestras: é o principal trabalho de uma casa espírita (veja exemplos de palestras escritas). O ser humano só consegue libertar-se de seus vícios morais ou materiais quando se esclarece dos malefícios que os mesmos trazem para sua existência. É através das palestras que os oradores conseguem levar o conhecimento espiritual existente na Doutrina Espírita”.

3. “Atendimento particular: chamado em alguns centros espíritas de consulta ou entrevista, este trabalho visa orientar e ajudar espiritualmente pessoas detentoras de problemas mais graves, e quando necessário, submetê-las a um tratamento espiritual. Em uma sala reservada, um atendente e um auxiliar (trabalhadores experientes da casa) receberão para uma conversa íntima indivíduos desajustados emocionalmente, desesperados, com dificuldades familiares, amorosas, financeiras, desiludidos da vida”.
4. “Reunião mediúnica: trata-se de uma reunião íntima onde apenas participam os médiuns (pessoas com maior capacidade de sentir a influência dos Espíritos) da casa e algum trabalhador auxiliar, pois ali muitas vezes serão tratados assuntos que dizem respeito à vida particular de pessoas que buscaram auxílio no centro espírita. Depois
de passarem pela sala de atendimento, e verificadas possíveis influências espirituais (obsessão), os casos serão levados às reuniões mediúnicas, ou de desobsessão.
Nestas reuniões, o dirigente da sessão fará o que Allan Kardec denominou de evocação, ou seja: solicitará a Jesus e aos Espíritos superiores que permitam a manifestação da entidade espiritual que está acompanhando determinado ser.”

5. “Tratamento espiritual: todo aquele em que foi diagnosticada uma influência espiritual (obsessão) deverá passar por um tratamento espiritual. Ele consiste na aplicação de passes semanais, a ingestão de água fluidificada e o acompanhamento das palestras no centro espírita, buscando a análise constante das imperfeições que possibilitaram à má influência instalar-se ao seu lado, tentando melhorar-se moralmente a cada dia”.

6. “Passes: os passes são transmissões de fluidos de um ser para outro através das mãos. Os fluidos são energias que fazem parte da estrutura material e espiritual dos seres. Nos centros espíritas é aconselhável que os médiuns passistas tenham uma vida regrada, sem os vícios já citados no item “Reuniões mediúnicas”.

7. Estudo doutrinário: é indispensável ao bom funcionamento do centro espírita o estudo semanal da Obras Básicas da Doutrina Espírita. Para os Estudo doutrinário: é indispensável ao bom funcionamento do centro espírita o estudo semanal da Obras Básicas da Doutrina Espírita. Para os trabalhadores em geral, é aconselhável a leitura de “O Livro dos Espíritos” e de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Médium
Hamilton Junior

Fonte: Estudante Espírita

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...