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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

''OS CINCOS PILARES DA DOUTRINA ESPIRITA''

Existência de Deus
Imortalidade da alma
Pluralidade das existências
Pluralidade dos mundos habitados
Comunicabilidade dos espíritos
  1. Existência de Deus
Deus existe.  É a origem e o fim de tudo.  É o criador, causa de todas as coisas.  Deus é a suprema perfeição, com todos os atributos que a nossa imaginação lhe possa atribuir, e muito mais.
  1. Imortalidade da Alma
Antes de sermos seres humanos, filhos de nossos pais, somos, na verdade, espíritos, filhos de Deus.  O espírito é o princípio inteligente do universo, criado por Deus, simples e ignorante, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços.
Como espíritos, já existíamos antes de nascermos e continuaremos a existir, depois da morte física.
Quando o espírito está na vida do corpo, dizemos que é uma alma ou espírito encarnado.  Quando nasce para este mundo, dizemos que reencarnou; quando morre, que desencarnou. Desencarnado, volta ao plano espiritual ou espiritualidade, de onde veio ao nascer.
Os espíritos são, portanto, pessoas desencarnadas que, presentemente, estão na espiritualidade.
  1. Pluralidade das Existências
Criado simples e ignorante, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino.  Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal.  Desse modo, ele tem possibilidade de se desenvolver, evolucionar, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos.  Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e desencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimentos, através das múltiplas experiências de vida.
A reencarnação, portanto, permite ao espírito viver inúmeras existências no mundo, adquirindo novas experiências, para se tornar melhor, não só intelectualmente, mas, sobretudo, moralmente, aproximando-se cada vez mais do que estabelecem as Leis de Deus.
Mas, assim como o aluno pode repetir o ano escolar – uma, duas ou mais vezes – o espírito que não aproveita bem sua existência na Terra, pode permanecer estacionário pelo tempo necessário, conhecendo maiores sofrimentos, e atrasando, assim, sua evolução, até que desperte para a necessidade de caminhar em direção ao progresso.
Não podemos precisar quantas encarnações já tivemos e quantas teremos pela frente.  Sabemos, no entanto, que, como espíritos em evolução constante, reencarnaremos quantas vezes sejam necessárias, até alcançarmos o desenvolvimento moral exigido para nos tornamos espíritos puros.
Esquecimento do passado: não nos lembramos das vidas passadas e aí está também a sabedoria de Deus.  Se lembrássemos do mal que praticamos ou dos sofrimentos pelos quais passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos,  teríamos infinitas dificuldades para viver em plenitude a vida atual. Ocorre que, frequentemente, os inimigos do passado, hoje são trazidos ao nosso convívio próximo, na condição de filhos, irmãos, pais, amigos, nos oferecendo a oportunidade do resgate, da reconciliação, do amparo mútuo: esta é uma das razões da reencarnação.
Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as consequências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.  Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores.
A reencarnação, dessa forma, é uma oportunidade de reparação, como é também oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando a própria evolução espiritual.  Quando reencarnamos, trazemos um “plano de vida”, compromissos assumidos durante a espiritualidade, perante nós mesmos e nossos mentores espirituais, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.  Dependendo de nossas condições espirituais, poderemos ter participado ou não dessas escolhas, optando por provas, sofrimentos, dificuldades ou facilidades, que propiciarão meios para nosso desenvolvimento espiritual.
A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos por que existe tanta desigualdade no destino das criaturas na Terra.
Pelos mecanismos da reencarnação, verificamos que Deus não premia ou castiga. Pela misericórdia divina, somos nós os articuladores do próprio destino, por vezes necessitando de sofrimentos que nos instigam à melhora e crescimento, pela lei da “ação e reação”.
  1. Pluralidade dos Mundos Habitados
Nem todas as encarnações se verificam na Terra.  Existem mundos superiores e mundos inferiores ao nosso.  Quando evoluirmos, poderemos renascer num planeta de ordem elevada.  O Universo é infinito e “na casa do Pai há muitas moradas”, já dizia Jesus.
A Terra é um mundo de categoria moral inferior, haja vista o panorama lamentável em que se encontra a humanidade.  Contudo, ela está sujeita a se transformar numa esfera de regeneração, quando os homens se decidirem a praticar o bem e a fraternidade reinar entre eles.
“Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência.  Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil.  Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem a vista.  Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.” (O Livro dos Espíritos, questão 55)
  1. Comunicabilidade dos Espíritos
Os espíritos são seres humanos desencarnados. Eles são o que eram quando vivos; bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos.
Eles estão por toda parte.  Não estão ociosos.  Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas.
Não há lugar determinado para os espíritos. Geralmente os mais imperfeitos estão junto de nós, atraídos pela materialidade a qual estão ainda jungidos, e pela similaridade de sentimentos com as quais nos afinizamos.  Não os vemos, pois se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos.
Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria.  Para isso, eles precisam de pessoas que lhes ofereçam recursos especiais: essas pessoas são chamadas médiuns.
Pelo médium, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e quiser.  Essa comunicação depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium: pode ser pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia) etc…
Mas, toda e qualquer comunicação não deve ser aceita cegamente; precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para não sermos vítimas de espíritos enganadores.  A comunicação depende da conduta moral do médium.  Se for uma pessoa idônea, de bons princípios morais, oferece campo para a aproximação e manifestação de bons espíritos.
É preciso ficar alerta contra as mistificações e contra os falsos médiuns, que tentam iludir o público menos avisado em troca de vantagens materiais.  Por isso, é importante que, antes de ouvir uma comunicação, a pessoa se esclareça a respeito do Espiritismo.
Fonte:
– “Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita”, livreto elaborado pelo CE “Caminho de Damasco” – Revue Spirite – dez/1868
– Livro dos Espíritos Allan Kardec

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE OUSADIA.

Está aberta a temporada de ousadia. Faz o que tem vontade. Dá uma volta pela rua, pelo bairro, pela cidade, pelo mundo. Vai, joga a sua dor pela janela. Acorda para o dia. Escreve uma frase qualquer que traduza algo muito bom. Dá uma de doida e dança nas esquinas, rebola pro mundo acompanhar teu gingado. Hoje é dia livre. Vai, faz uma graça, usa o talento e faz uma aquarela, faz uma trança no cabelo e manda pro alto tudo que te absurda. Tagarela, mesmo sozinha. Faz um dengo sem ter par. Faz café e toma em goles generosos, mesmo sem companhia. Não limita a tua existência por falta de parceria. Faz par contigo. Faz um discurso, um verso, uma reclamação. Não engole seco. Desafoga o coração e diz tudo que tem vontade, discute com o universo, e relaxa aliviada. O temporal vai passar.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

VOCÊ NÃO TEM DORMIDO BEM? EXISTEM CAUSAS ESPIRITUAIS PARA ISSO?

A insônia se caracteriza pela dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado, podendo se tornar crônica e debilitante para quem sofre do transtorno.
Ter um sono tranquilo depende de uma série de fatores. Os cuidados com o corpo, com a mente e com o espírito possibilitam uma boa noite de sono. Dicas como mudar hábitos alimentares e rotina diária, podem ajudar a regularizá-lo e são medidas essenciais que refletem na saúde como um todo.
Algumas causas conhecidas que provocam o desequilíbrio do sono são: apneia, depressão, ansiedade, estresse, ambiente com muito barulho, luz excessiva, cafeína, álcool e outras drogas. A insônia induz alterações do humor, de memória, dificulta o aprendizado, raciocínio e pensamento, prejudicando também a saúde física.
Porém, além das causas conhecidas, ainda há muito por descobrir sobre o sono.
No âmbito da dimensão física, buscar a alimentação saudável, as atividades físicas, o contato com a natureza e os momentos de lazer, são recomendações pertinentes.
No plano mental é preciso diminuir os níveis de estresse e o excesso de estímulos. A prática meditativa é um aliado eficaz contra a insônia causada por condicionamentos mentais. Reconhecer pensamentos e sentimentos que possam estar alterando o ritmo normal do sono, criando conflitos e distúrbios.
Mas, tem algo mais que a ciência não explorou.

As causas da insônia podem ser energéticas e espirituais

Algumas pessoas se deitam e o sono não vem… Sem nenhuma explicação… Há uma interferência energética atuando no metabolismo, como um ruído em uma estação de rádio, quando não conseguimos sintonizá-la.
Você já sentiu alguma vez, um medo terrível ao se deitar para dormir? Angústia sem explicação, tremores, calafrio… Uma sensação de estar quase dormindo e de repente, um movimento brusco e involuntário do corpo, rouba-lhe o sono e os olhos arregalam.
Barulhos estranhos, pesadelos que fazem acordar… E muitas vezes, quando consegue adormecer, acorda no outro dia com um extremo cansaço, sem energia…
Estes sintomas estão relacionados às interferências do plano astral; presenças espirituais, desequilíbrios mediúnicos e outros distúrbios psicobioenergéticos.

Quando nos deitamos para dormir, inicia-se o processo natural de afrouxamento das sensações físicas e uma ampliação dos sentidos sutis. Nosso espírito acorda e nosso corpo dorme.

A insônia se caracteriza pela dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado, podendo se tornar crônica e debilitante para quem sofre do transtorno.
Ter um sono tranquilo depende de uma série de fatores. Os cuidados com o corpo, com a mente e com o espírito possibilitam uma boa noite de sono. Dicas como mudar hábitos alimentares e rotina diária, podem ajudar a regularizá-lo e são medidas essenciais que refletem na saúde como um todo.
Algumas causas conhecidas que provocam o desequilíbrio do sono são: apneia, depressão, ansiedade, estresse, ambiente com muito barulho, luz excessiva, cafeína, álcool e outras drogas. A insônia induz alterações do humor, de memória, dificulta o aprendizado, raciocínio e pensamento, prejudicando também a saúde física.
  • Porém, além das causas conhecidas, ainda há muito por descobrir sobre o sono.
No âmbito da dimensão física, buscar a alimentação saudável, as atividades físicas, o contato com a natureza e os momentos de lazer, são recomendações pertinentes.
No plano mental é preciso diminuir os níveis de estresse e o excesso de estímulos. A prática meditativa é um aliado eficaz contra a insônia causada por condicionamentos mentais. Reconhecer pensamentos e sentimentos que possam estar alterando o ritmo normal do sono, criando conflitos e distúrbios.
Mas, tem algo mais que a ciência não explorou.

As causas da insônia podem ser energéticas e espirituais

Algumas pessoas se deitam e o sono não vem… Sem nenhuma explicação… Há uma interferência energética atuando no metabolismo, como um ruído em uma estação de rádio, quando não conseguimos sintonizá-la.
Você já sentiu alguma vez, um medo terrível ao se deitar para dormir? Angústia sem explicação, tremores, calafrio… Uma sensação de estar quase dormindo e de repente, um movimento brusco e involuntário do corpo, rouba-lhe o sono e os olhos arregalam.
Barulhos estranhos, pesadelos que fazem acordar… E muitas vezes, quando consegue adormecer, acorda no outro dia com um extremo cansaço, sem energia…
Estes sintomas estão relacionados às interferências do plano astral; presenças espirituais, desequilíbrios mediúnicos e outros distúrbios psicobioenergéticos.
Quando nos deitamos para dormir, inicia-se o processo natural de afrouxamento das sensações físicas e uma ampliação dos sentidos sutis. Nosso espírito acorda e nosso corpo dorme.
No caso da insônia, entre o estado de vigília e de sono, há uma perturbação, que impede o fluxo natural desse processo. Apesar do cansaço físico, nota-se um alto grau de ansiedade, irritabilidade e sintomas físicos incômodos.
No âmbito do sexto sentido, pode-se sentir a aproximação de forças energéticas positivas ou não.
O campo áurico se sensibiliza com outras energias e consciências. Quando em desequilíbrio ele se torna mais suscetível as influencias sutis. Com isto, a pessoa começa a sofrer de problemas para desdobrar-se do corpo físico e manter sua regularidade do sono. Seu sistema endócrino é afetado pelas interferências que trazem sensações desagradáveis e insônia.
Além disto, atraímos as energias com as quais nos sintonizamos. Neste caso podemos sofrer de obsessões de espíritos que sintam afinidade com nossa frequência vibracional, ou que vampirizam nossas energias.
Podemos sofrer, também, as obsessões advindas de outras vidas, por vínculos de paixão ou vingança.

Como dormir com tantas sensações desagradáveis?

Sentir o mundo astral e não saber como lidar com o desconhecido, é como ter que caminhar com uma venda nos olhos. Ser prejudicado por influências negativas de espíritos sofredores, sem ter a chance de se defender, por não saber o que fazer.
O corpo energético está intimamente relacionado a todos os sintomas mencionados. Por meio de nossa aura, pelos chacras, recebemos as impressões do plano astral. Alguns distúrbios neste sistema psicobioenergético, acarretam a alteração metabólica que resulta na insônia.
A glândula pineal é responsável pela melatonina, hormônio regulador do sono. Sua produção ocorre e se acelera com a falta de luminosidade.No processo de influenciações espirituais e energéticas negativas, a glândula é afetada , porque é por ela que se recebe os estímulos astrais. A glândula funciona como uma antena que capta as sensações sutis.
Tratar o ser físico, energético, emocional, mental e espiritual, é o caminho da cura integral.
O ser multidimensional tem sua morada no corpo físico e se expande a partir dele. A vida é resultado de sua manifestação e a saúde é o reflexo de seu fluxo saudável entre as dimensões que interage.

Causas espirituais da insônia

Compreenda que você em um microcosmo sob seu comando. Ele age segundo sua forma de pensar, sentir e se comportar. Ele reflete sua condição emocional e seu padrão vibratório.
O sono tranquilo é resultado do espírito que se encontra em paz com a vida e consigo mesmo.
Autora: NADYA RODRIGUES DA SILVA PRADO

domingo, 3 de novembro de 2019

''SE EXISTE A REENCARNAÇÃO PORQUE ESQUECEMOS AS NOSSAS VIDAS PASSADAS.?

Se formos mesmo todos reencarnados, por que não nos lembramos das existências passadas? É uma questão intrigante, causa mesmo de dúvidas em muita gente. O esquecimento do passado (existências anteriores) indica a sabedoria de Deus.
A lembrança viva de episódios vividos anteriormente traria vários inconvenientes, entre os quais relacionamos: a) poderia humilhar-nos intensamente, pela lembrança desagradável de muitos deslizes morais, especialmente quando envolvendo terceiros; b) exaltação do orgulho e da prepotência, em virtude de posições de destaque no passado; c) danosos efeitos nas relações sociais, pois se tivéssemos as nossas lembranças, teríamos a dos outros também; d) traumas continuariam impedindo condições de felicidade e progresso; e) ódios e vinganças estariam minando os relacionamentos e provocando novos agravamentos.
Entre as inumeráveis vantagens, fruto da Sabedoria Divina – repetimos –, encontramos: a) oportunidade de recomeço, sem lembranças perturbadoras; b) o progresso efetuado permite-lhe, agora com mais lucidez, optar por novos aprendizados; c) reconciliação com antigos adversários sem que necessariamente haja o constrangimento das recordações que a poderiam impedir; d) superação de traumas passados em circunstâncias ora renovadas; e) novas vivências e aprendizados sem que o passado venha a importunar; f) aquisição de novas experiências sem qualquer ligação com o passado.
Os que desconhecem o processo alegam que o esquecimento seria impeditivo para a reconstrução do próprio caminho, quando na verdade este apagar das lembranças significa verdadeira benção. Deus nos beneficia com o esquecimento, colocando como que um véu em nossa memória para que os erros e equívocos do passado não sejam amarras ou pesos que nos impeçam de construir ou reconstruir a própria felicidade.
Por outro lado, se quisermos saber o que fomos ou fizemos antes desta existência, basta observar com atenção nossas tendências, habilidades, quedas morais, laços que nos ligam a certas pessoas e poderemos avaliar que tipo de procedimento ou vivência adotamos nas existências anteriores.
Esta análise íntima permite corrigir os caminhos atuais. Para conhecer mais, leitor, procure ler e estudar as questões 392 a 399 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
O assunto é empolgante, mas a Doutrina Espírita recomenda muito discernimento, evitando curiosidades desnecessárias. Essencial mesmo é o bom comportamento agora para construir um futuro melhor.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

ESPIRITUALISMO FALA DE PECADO?


O espiritismo e o espiritualismo não falam em pecado… também não desejam impor regras de conduta a ninguém.
Tanto o Espiritismo quanto o Espiritualismo, assim como a Luminosofia mostram apenas a causa e a consequência de nossa conduta, de nossas escolhas.
Não há nenhum mal em você seguir por um ou outro caminho… o mal está no sofrimento que isso vai lhe proporcionar. A escolha de um caminho te levará a uma consequência… a escolha de outro caminho te levará a outra consequência… a escolha de um terceiro caminho te conduzirá a uma terceira consequência. Não há nenhum problema você escolher o primeiro, segundo ou terceiro caminho… você tem o livre arbítrio para decidir.
O que o Espiritualismo nos adverte é que a escolha de um caminho pode te conduzir ao sofrimento. O único mal de seguir um caminho de trevas é que este caminho te fará sofrer lá na frente… ele tem uma causa, que é nossa escolha… e tem uma consequência, que será o sofrimento. A escolha por um caminho de trevas te conduzirá a uma vida de trevas… onde as trevas vão escurecer a sua visão e toda a sua existência se transformará em trevas. Mais uma vez vemos claramente a causa e a consequência. Nenhum código de moral pré-estabelecido, nenhuma regra inviolável, nenhum decreto divino que define pecados. Apenas causa e efeito. O caminho e os resultados desse caminho.
É como uma pessoa que fuma. Será que é pecado fumar? Não… não é pecado, até porque não existem pecados. Mas o fumo é uma causa… e essa causa trará uma consequência, como também uma série de problemas de saúde que o fumante vai experimentar ao longo da vida. Então fumar não é pecado… o problema é a intoxicação que você produz a si mesmo e que te fará sofrer, caso você continue nesse caminho. A escolha é sua… O caminho do mal é um caminho de autointoxicação, em que o único prejudicado será a própria pessoa.
É pecado você mentir para uma pessoa? Não…. O grande problema é, mais uma vez, a causa e a consequência. O mentir repetido fará com que, por exemplo, ninguém mais no futuro acredite em você… e você poderá começar a mergulhar mais e mais na ilusão que você mesmo criou para si. Viver nessa ilusão vai certamente lhe causar sofrimento no futuro. O mesmo ocorre, por exemplo, com julgar o próximo. Jesus já nos advertiu a esse respeito… O mestre disse que “Quem julgar será também julgado”. Jesus não disse que julgar era pecado, que é errado, que viola regras divinas… mas ele apenas mostrou a causa e a consequência que o julgamento pode nos proporcionar.
Outra situação, por exemplo, é da pessoa que vive apenas juntando dinheiro em sua vida. Trata-se de uma pessoa materialista e que gosta de sempre acumular coisas, depositando sua vida nos bens materiais. Essa é outra condição que Jesus também nos advertiu, de acordo com a lei de causa e efeito. Jesus disse para não acumularmos tesouros na Terra, pois as traças os consomem e os ladrões arrombam e roubam. Jesus estava alertando que os tesouros da terra são sempre passageiros e quem se apega a eles, vai sofrer quando perde-los. Por isso, Jesus nos adverte a apenas buscar os tesouros do céu, pois estes não são passageiros e ficarão conosco pela eternidade.
Assim, não é pecado desejar ganhar mais e mais dinheiro… o único problema disso é que um dia esse dinheiro será perdido e quando isso ocorrer, a pessoa vai sofrer com essa perda. Mais uma vez vemos a causa (desejo pelo dinheiro) e a consequência (sofrimento da perda do dinheiro). Precisamos todos compreender bem esse mecanismo de causa e efeito; de escolhas e de consequências dessas escolhas, posto que a única razão pela qual devemos evitar certos comportamentos, atitudes ou decisões em nossa vida é que futuramente eles serão fonte de muito sofrimento. É uma escolha que nos prejudicará muito e que, no final das contas, não vai valer a pena. Jesus também se referiu a causa e a consequência em outras ocasiões, quando disse, por exemplo, que quem vive pela espada também perecerá pela espada.
É apenas isso que o Espiritualismo nos sinaliza… a causa e o efeito… a semeadura e a colheita. Você pode semear o que você quiser, mas será obrigado a colher o que semeou… e essa colheita pode não ser nada agradável. Você pode seguir o caminho que você quiser… o espiritualismo fala do livre arbítrio…. e o livre arbítrio é sagrado e ninguém pode viola-lo, nem mesmo Deus. Mas essa livre escolha vai sempre te trazer uma consequência… a essa consequência pode ser de muito sofrimento, dependendo do que você escolheu e semeou.
(Hugo Lapa)

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

''AMOR AO DESAFETOS.''

O amor resume toda a Doutrina do Mestre Jesus.
Em resposta à pergunta dos fariseus, sobre qual era o maior mandamento, ensinou que o amor a Deus e ao próximo como a nós mesmos resumia toda a lei.
Mas quem será o próximo? Será apenas aquele que nos ama?
Em outra passagem do Evangelho, o Rabi nos recomenda que amemos nossos inimigos, que façamos o bem a quem nos odeia e que oremos pelos que nos perseguem e caluniam.
O Mestre nos fala que nenhum mérito teremos em amar somente quem nos ama ou fazermos o bem somente a quem nos faz o bem.
Amar quem nos ama, quem nos trata bem, quem para nós só tem pensamentos bons não nos exige qualquer esforço, é natural de nossa parte. Sorrir a quem nos sorri, ser amável a quem é amável para conosco é fácil.
O que ocorre, no entanto, é que costumamos amar somente quem tem atitudes amáveis para conosco.
Poucos agimos com amor para com aqueles que não conseguem nos amar.
A ideia de amar quem nos prejudica, quem para nós só tem pensamentos negativos, pode nos parecer um tanto absurda.
No entanto, é preciso entendamos o que o Mestre nos quis transmitir.
Ele não quis nos dizer que tenhamos para com nosso inimigo a ternura que dispensamos aos nossos amigos e irmãos, pois a ternura pressupõe confiança.
Não se tem confiança verdadeira em quem nos dirige pensamentos negativos, pois os pensamentos criam uma corrente de fluidos e, se esses são impregnados negativamente, não há como inspirar bons sentimentos.
Mas não devemos, em troca, emitir o mesmo padrão de pensamentos. Ou ter o mesmo tipo de atitudes de quem nos prejudica, pois assim nos igualamos a eles.
Amar os inimigos não é, portanto, ter para com eles uma afeição que não é compatível com os sentimentos negativos que deles emanam e aos quais não somos indiferentes. Mas é não guardar ódio ou rancor ou desejo de vingança.
Amar os inimigos é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem quaisquer condições impostas, o mal que nos tenham causado.
É não opor nenhuma restrição à reconciliação com eles, é desejar-lhes o bem e não o mal, é experimentar alegria com o bem que lhes aconteça, é ajudá-los, se possível.
É, por fim, jamais emitir pensamentos ruins e, muito menos ter atitudes negativas para com eles, abstendo-se por palavras ou por atos, de tudo aquilo que os possa prejudicar.
Como Jesus nos recomendou, é oferecer a outra face, a face da benevolência e do perdão, frente alguma agressão moral, física ou material.
É agir com caridade, pois, se amar o próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação deste princípio, e tal virtude representa uma das maiores vitórias contra o egoísmo e o orgulho.

Redação do Momento Espírita com base nos cap. II e XI do livro
O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

TUDO PASSA.

Tudo passa...

Todas as coisas na Terra passam.
Os dias de dificuldade passarão...
Passarão, também, os dias de amargura e solidão.

As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar... Um dia passarão.

A saudade do ser querido que está longe, passará.

Os dias de tristeza...
Dias de felicidade...
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.

Se, hoje, para nós, é um desses dias,
repleto de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao Alto
e busquemos a voz suave da Mãe amorosa,
a nos dizer carinhosamente: 'isto também passará'

E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre,
semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.

Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau
e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a
agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade
e que um dia também passará.

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro
porque essa é a sua destinação.

Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos,
sem esmorecimento e confiemos em Deus,
aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará.

Tudo passa...
exceto Deus.

Deus é o suficiente!
Chico Xavier

sábado, 26 de outubro de 2019

AS NAVES ESPACIAIS UTILIZADAS PELOS ESPÍRITOS.

De acordo com informações do Espírito André Luiz, a colônia espiritual Nosso Lar está localizada na ionosfera, a 500 Km de altitude do solo da cidade do Rio de Janeiro.
É a mesma distância entre Rio Preto e a cidade de São Paulo. De avião, viajando a 600 Km/h, nosso percurso (encarnados) dura cerca de 1 hora.
Mas quanto tempo um Espírito (André Luiz) partindo de Nosso Lar demora para chegar à cidade maravilhosa, distante 500 Km, por exemplo?
Se vier a uma velocidade de 500 Km/h, demorará uma hora.
Mas usará André Luiz algum veículo ou virá volitando?
(volitar: é a capacidade que tem um espírito, sob certas condições e de acordo com o seu grau evolutivo, de poder transportar-se, elevar-se do solo e deslocar-se numa espécie de voo. Sob essas circunstâncias o espírito se transporta para onde quiser ou lhe for determinado, sob a ação e impulso da própria inteligência). (Wikipedia)
De acordo com relatos do próprio André, virá de uma ou outra forma, uma vez que existem veículos ou naves espaciais no mundo astral que facilitam o transporte dos Espíritos. Entendemos que o meio utilizado pelo Espírito dependerá da necessidade e o objetivo da sua viagem, bem como as regiões que atravessará até atingir a crosta terrestre.
A velocidade na volitação poderá ser extraordinária, tudo a depender da evolução do Espírito. Não há obstáculo material para eles, o que facilita muito a viagem. Alguns podem viajar à velocidade do pensamento que, de acordo com André Luiz, é maior que a da Luz.
Quase sempre viajam em grupos e o mais adiantado vai à frente. O mais experiente abre caminho para os menos adiantados e inseguros que seguem atrás. Nesse momento, o Espírito que vai à frente, cria um campo magnético de proteção aos demais do grupo, facilitando a volitação dos outros Espíritos do grupo.
O Espírito Galileu, em “A Gênese”, de Allan Kardec, servindo-se de expressões e conhecimentos vigentes à época das comunicações (1862-1863), num exercício de imaginação propõe uma viagem interplanetária.
Nessa viagem o espaço é percorrido “com a velocidade prodigiosa da faísca elétrica (que percorre milhares de léguas por segundo”).
Atualmente, após todo o avanço científico-tecnológico alcançado, a viagem proposta deixa de ser imaginária para ser real, executada por moderníssimas naves espaciais, viajando pelo Universo, a altíssimas velocidades.
As distâncias de “milhares de léguas por segundo” passaram a ser distâncias astronômicas, tendo com parâmetro a “faísca elétrica” medida a partir da velocidade da luz no vácuo (300.000 quilômetros por segundo, aproximadamente).
Para termos noção do que significa esta velocidade, façamos uma comparação: a sonda espacial Voyager 1 atinge apenas 0,00558% da velocidade da luz, equivalente a 16,72 km/seg. ou 602.223,09 quilômetros por hora. Um carro de fórmula 1, a 300 km/h., corre cerca de 2.000 vezes mais lento que a nave espacial.
A Ciência confirma o que o Espírito Galileu afirma em “A Gênese” sobre a relatividade do tempo.
Vejamos:
“O tempo não é senão uma medida relativa de sucessão das coisas transitórias. A eternidade não é suscetível de nenhuma medida, do ponto de vista de sua duração; para ela, não há começo nem fim; para ela, tudo é o presente.
“Se séculos e séculos são menos que um segundo em relação à eternidade, o que será então a duração da vida humana?”
“Do ponto de vista físico o tempo de vida – nascimento, existência e morte – é ínfimo em relação à eternidade; do ponto de vista espiritual ele é infinito. Somos Espíritos imortais!”
Podemos resumir assim, então: os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço, mas podem fazê-lo com a rapidez do pensamento. Muitas vezes têm consciência da distância que percorrem e dos espaços e paisagens que atravessam. Isso dependerá da sua vontade e evolução.
Alguns Espíritos relatam o percurso quando interessa ao nosso aprendizado. Estagiam em outras colônias, atravessam regiões a pé, volitando ou com naves espirituais, conforme a natureza da área que irão atravessar – mais ou menos trevosas ou perigosas.
Quando vêm à crosta de nave espiritual, costumam deixá-la estacionada próxima à cidade terrestre que irão visitar e continuar o percurso volitando ou a pé.
Não pense que você verá uma nave dessas por aí – elas são espirituais, compostas de matéria diferente da nossa. Bem, se você for médium vidente e os Espíritos quiserem….
Quando vêm visitar a crosta terrestre por alguns dias, costumam pernoitar em lares equilibrados onde reinam a harmonia e o amor, mas sempre com a aquiescência dos protetores espirituais da família. Outras vezes descansam em Casas Espíritas, também com a autorização dos mentores espirituais do Centro.
Fernando Rossit
Bibliografia:
1- O Livro dos Espíritos, questões 89 a 91.
2 – KARDEC, Allan. A Gênese. 19. ed., São Paulo, SP: LAKE, 1999, cap. VI, p.87-90 2 – FERREIRA, Aurélio B. H. Novo Aurélio – Século XXI. Ed. Nova Fronteira, 3. ed., Rio de Janeiro, RJ, 1999 3 – OLIVEIRA, Adilson, Prof. Dr. UFSCAR. Um novo tempo. Coluna Física sem Mistério. Instituto Ciência Hoje. http://cienciahoje.uol.com.br/53460
3 – http://www.cebatuira.org.br/Adelino Alves Chaves Jr.
4- Nosso Lar, Chico Xavier/Andre Luiz.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

'MORTE ANTES DE NASCER. ABORTO ESPONTÂNEO. VISÃO ESPIRITA.

“Estou na cozinha e de repente começo a sangrar. No entanto, hoje ao meio-dia ainda estava tudo bem no ultrassom. Tudo acontece muito rápido: meu marido chama a ambulância e vejo a poça de sangue embaixo de mim; tenho um pressentimento terrível. Acho que meu filho não vive mais. Fico desesperada. Quando os enfermeiros me deitam na maca, fico calma – tudo parece irreal. No hospital, todos que me atendem parecem agitados. A ultrassonografia confirma o que eu já sabia, mas insistia em não acreditar: meu bebê está morto. É preciso fazer logo uma curetagem. O médico diz que eu ainda poderei ter muitos filhos. Mas meu bebê está morto. Ele não pode ser substituído por nada nem por ninguém. Nunca.” (Depoimento de paciente do Hospital da Universidade de Münster que sofreu um aborto-Fonte:UOL/Folha)
A morte do filho antes do nascimento joga a maioria das mães e pais em uma profunda crise. Se os médicos supunham há 30 anos que o melhor para os casais seria esquecer o evento o mais rápido possível, hoje – graças à psicologia e à psicanálise – se sabe que as reações à perda de um filho antes do nascimento só se diferenciam fracamente das que ocorrem em outros casos de luto.
No entanto, sua magnitude raras vezes é percebida por aqueles que rodeiam as pessoas que passam por essa situação.
Dependendo do estudo, entre 10% e 30% das crianças morrem ainda antes de nascer.
Em muitos casos, alterações genéticas são responsáveis pela morte do feto. Nesses casos, o bebê não estaria apto a sobreviver e por isso é expelido pelo corpo da mãe. Às vezes, a falta do hormônio progesterona pode provocar o aborto. Nesse caso, o óvulo não se aninha na membrana mucosa do útero. Infecções e doenças maternas também facilitam a morte da criança durante a gestação. Mulheres grávidas de múltiplos têm um alto risco de perder o bebê.
………………………………….
Os estudos dos pesquisadores confirmam o que os Espíritos revelaram em “O Livro dos Espíritos” no que se refere às questões físicas, orgânicas das mortes.
Os Espíritos acrescentam informações importantes, esclarecendo-nos que o retorno ao corpo na Terra não é um processo fácil, considerando que nosso mundo é por demais material e grosseiro, ficando sujeito, portanto, às vicissitudes e instabilidade das coisas. É isso que os Espíritos Superiores nos ensinaram com essas palavras: “Dão-lhes causa (a morte), as mais das vezes, às imperfeições da matéria.”(2)
Além disso, acrescentam que a morte prematura pode ser o complemento de uma existência anterior que foi interrompida antes da hora determinada. Exemplo: se uma pessoa tinha que viver 70 anos numa existência anterior, mas morreu com 65 anos, poderá renascer para completar os anos que faltavam. Situação comum nos casos de suicídios. Também constitui provação para os pais, porque é notório o sofrimento deles.(1)
O Espírito reencarnante se assemelha a um viajor que nunca tem a certeza que passará pelas vias do nascimento sem que nada aconteça ao seu corpo em formação.
A médium Yvonne Pereira, no livro Cânticos do Coração, afirma que a desencarnação na infância verifica-se, na maioria dos casos, por fatores NÃO previstos espiritualmente. Isto quer dizer que a desencarnação prematura muitas vezes não era um acontecimento previsto anteriormente.
Quando morre um bebê em gestação ou recém-nascido, desligando os laços e voltando o Espírito para a pátria espiritual, isso, certamente, é uma prova muito forte para os pais, de modo a abalar os corações mais sensíveis.
A vida continua e, não raro, esses Espíritos que não conseguiram reencarnar, retornarão mais tarde, seja através da mesma mãe ou outra, preferencialmente da mesma família.
Fernando Rossit
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, questões 199 (1), 346(2) e 347(3)/Cânticos do Coração, Vol II –Yvonne Pereira/Mensagem do Pequeno Morto– Psicografia de Chico Xavier/Escola no Além – Psicografia de Chico Xavier/Crianças no Além – Psicografia de Chico Xavier/Resgate e Amor – Psicografia de Chico Xavier.



''COMO SERIA A NOSSA VIDA SE SOUBÉSSEMOS QUANDO VAMOS MORRER''

Você e todos os que já conheceu irão morrer um dia. De acordo com psicólogos, essa verdade desconfortável fica escondida no fundo de nossas mentes e acaba direcionando tudo o que fazemos, desde ir à igreja, comer vegetais e fazer ginástica a nos motivar a ter filhos, escrever livros e fundar um negócio.
Para pessoas saudáveis, a morte geralmente exerce uma influência subconsciente. "Na maior parte do tempo, passamos os dias sem pensar em nossa mortalidade", diz Chris Feudtner, pediatra e especialista em ética do Hospital Infantil da Filadélfia e da Universidade da Pensilvânia, nos EUA. "Lidamos com isso focando em coisas que estão mais à nossa frente".
O que aconteceria, no entanto, se não houvesse dúvida sobre o momento de nossa morte? E se de repente soubéssemos exatamente o dia e como morreríamos? Embora isso seja impossível, considerações cuidadosas desse cenário hipotético podem lançar luz sobre nossas motivações como indivíduos e sociedades - e dar pistas de como usar nosso tempo limitado na Terra da melhor forma possível.
Primeiramente, como a morte define o comportamento no mundo? Nos anos de 1980, psicólogos passaram a estudar como lidamos com a enorme ansiedade e o medo da percepção de que não somos nada além de "peças de carne conscientes que respiram e defecam e que podem morrer a qualquer momento", como define Sheldon Solomon, professor de psicologia de Skidmore College, em Nova York.
A teoria de gerenciamento de terror, cunhada por Solomon e colegas, sugere que os humanos se apegam a crenças culturalmente construídas - de que o mundo tem sentido, por exemplo, e de que nossas vidas têm valor - a fim de afastar o que de outra forma seria um terror existencial paralisante.

Defesa de crenças

Em mais de mil experimentos, pesquisadores concluíram que, quando lembrados de que vamos morrer, nos apegamos mais às nossas crenças e nos esforçamos para aumentar o senso de valor próprio. Também ficamos mais defensivos de nossas crenças e reagimos com hostilidade a qualquer coisa que as ameace.
Mesmo acenos sutis à mortalidade - como um flash de 42,8 milissegundos da palavra "morte" na tela do computador ou uma conversa que comece numa casa funerária - são suficientes para engatilhar mudanças comportamentais.
Como são algumas dessas mudanças? Quando lembrados da morte, tratamos aqueles que são semelhantes a nós em aparência, inclinação política, origem geográfica e crenças religiosas de forma mais favorável. E nos tornamos mais desdenhosos e violentos com pessoas que não compartilham dessas semelhanças.
Professamos um compromisso mais profundo com parceiros românticos que validam nossas visões de mundo. E estamos mais inclinados a votar em líderes mão de ferro que incitam o medo de pessoas de fora.
Também nos tornamos mais niilistas, bebendo, fumando, comprando e comendo em excesso - e ficamos menos preocupado com o meio ambiente.
Se todo mundo de repente soubesse o dia e a forma da morte, a sociedade poderia se tornar mais racista, xenófoba, violenta, belicista, auto e ambientalmente destrutiva do que já é.
Mas isto não é uma predestinação. Pesquisadores como Solomon acreditam que, ao se tornar cientes dos efeitos negativos da ansiedade pela morte, poderíamos combatê-los. Na realidade, cientistas já registraram alguns exemplos de pessoas derrubando essas tendências gerais.
Monges budistas da Coreia do Sul, por exemplo, não respondem dessa forma aos lembretes de morte.
Pesquisadores estudaram um estilo de pensamento chamado "reflexão sobre a morte" e notaram que as reações são diferentes se as pessoas pensam em morte de maneira ampla ou, ao contrário, se forem específicos sobre como o episódio ocorreria e qual impacto ele teria em suas famílias.
Nesse último caso, as pessoas ficaram mais altruístas - com a vontade, por exemplo, de doar sangue, mesmo que não houvesse uma demanda imediata. Elas também ficam mais abertas a refletir sobre os papéis positivos e negativos de eventos em suas vidas. Com essas descobertas, saber o dia da morte poderia levar indivíduos a focar mais em objetivos de vida e vínculos sociais em vez de se isolarem.
Isso seria especialmente verdadeiro "se promovêssemos estratégias para aceitar a morte como parte da vida e se esse conhecimento fosse integrado a nossas escolhas de vida e comportamento", diz Eva Jonas, professora de psicologia da Universidade de Salzburgo, na Áustria. "Entender a escassez da vida pode aumentar a percepção de valor da vida e desenvolver um senso de que 'estamos todos no mesmo barco', aumentando a tolerância e a compaixão e minimizando as respostas defensivas".

Personalidades mórbidas

Independentemente de a sociedade como um todo tomar um rumo bom ou ruim, como reagiríamos à informação de nossa morte poderia variar de acordo com a personalidade e as especificidades do grande evento?
"Quanto mais neurótico e ansioso você for, mais preocupado estará com a morte e incapaz de se concentrar em mudanças significativas na vida", diz Laura Blackie, professora-assistente de psicologia da Universidade de Nottingham, no Reino Unido. "Mas, por outro lado, se você souber que vai morrer em paz aos 90 anos enquanto dorme, talvez não se preocupe tanto com isso".
Se a vida termina aos 13 ou aos 113 anos, estudos sobre indivíduos com doenças terminais podem lançar luz sobre as típicas respostas à morte.
Os pacientes de cuidados paliativos, diz Feudtner, muitas vezes experimentam duas fases de pensamento. Primeiro, eles questionam a própria premissa de seu diagnóstico, perguntando-se se a morte é evitável ou não.



Depois disso, eles contemplam como aproveitar ao máximo o tempo que lhes resta. A maioria cai em uma das duas categorias: eles decidem colocar toda a sua energia e foco em fazer tudo o que podem para vencer a doença, ou optam por refletir sobre suas vidas e passar o maior tempo possível com os entes queridos, fazendo coisas que lhes tragam felicidade.
Os mesmos processos provavelmente aconteceriam sob o cenário hipotético da data de morte. "Mesmo que você saiba que tem mais 60 anos, eventualmente essa expectativa de vida será medida em apenas alguns anos, meses e dias", diz Feudtner. "Quando o relógio se aproxima do desfecho, acho que veríamos pessoas se movendo em duas direções diferentes".
Aqueles que tentam impedir a morte podem ficar obcecados em evitá-la, especialmente com o tempo se esgotando. Alguém que sabe que se afogará pode praticar natação incessantemente para ter uma chance de sobrevivência, por exemplo; e alguém que sabe que vai morrer em um acidente de trânsito pode evitar veículos a todo custo.
Outros, no entanto, podem seguir o caminho oposto - tentando terminar a vida em seus próprios termos. Isso permitiria, de certa forma, ter controle sobre o processo. Jonas e seus colegas descobriram, por exemplo, que quando pediam às pessoas que imaginassem que sofreriam uma morte lenta e dolorosa por uma doença, aquelas que tiveram a opção de terminar a vida sentiram ter mais controle e menos ansiedade da morte.
Aqueles que seguem o caminho aceitando a sentença de morte podem reagir de várias formas. Alguns ficariam energizados para aproveitar ao máximo o tempo que lhes resta, atingindo altos níveis de conquistas criativas, sociais, científicas e empreendedoras.
"Gosto de pensar que saber o dia da morte traria o melhor de nós, que nos daria uma amplitude psicológica para sermos capazes de fazer mais por nós mesmos e nossas famílias e comunidades", diz Solomon.
Realmente, há evidências promissoras de sobreviventes de traumas de que ter a noção do tempo limitado que nos resta pode motivar o autoaperfeiçoamento. Embora seja difícil coletar dados dessas pessoas, muitos insistem que eles mudaram profundamente, e de forma positiva.



"Eles dizem estar mais fortes, mais espirituais, reconhecem mais possibilidades positivas e apreciam mais a vida", diz Blackie. "Eles chegam à conclusão de que 'uau, a vida é curta, eu vou morrer um dia, preciso tirar o máximo proveito disso'".
No entanto, nem todo mundo se tornaria o melhor de si próprio. Em vez disso, muitas pessoas provavelmente escolheriam acabar com a vida e parar de contribuir significativamente para a sociedade - não necessariamente porque são preguiçosos, mas porque são tomados pela sensação de falta de sentido. Como explica Caitlin Doughty, agente funerária, autora e fundadora do coletivo Ordem da Boa Morte: "Você estaria escrevendo esta reportagem se soubesse que morrerá no próximo mês?" (Provavelmente não).
Sentimentos de inutilidade também podem fazer com que muitas pessoas desistam do estilo de vida saudável. Se a morte está predestinada para um período específico, "não vou mais perder tempo comendo alimentos orgânicos, beberei minha Coca normal em vez da sem açúcar, talvez experimente algumas drogas e coma Twinkies (bolinho industrializado) o dia todo", lista Doughty. "Muito de nossa cultura é projetado para se evitar a morte".
Possivelmente, no entanto, a maioria dos indivíduos alternaria entre estar supermotivado e niilista, escolhendo uma semana para "sentar em casa e despejar Cheez Whiz (molho de queijo) em um pacote de biscoitos e assistir (à série) Law and Order no Netflix" e na outra "se voluntariaria para preparar sopa (para a população pobre)", diz Solomon. Mas independentemente de onde nesse espectro estejamos, até os mais iluminados - especialmente ao se aproximar do dia da morte - se tornariam ocasionalmente "uma ruína trêmula".
"Mudanças são estressantes", concorda Feudtner. "Estamos falando aqui da maior mudança que pode acontecer ao um indivíduo - a de não estar mais vivo".

Pausa religiosa

Em termos práticos, não importa onde vivemos, nossa vida mudaria totalmente se soubéssemos quando iríamos morrer.
Muitas pessoas podem começar terapia, que acabaria desenvolvendo uma subárea relacionada à morte. Novos rituais sociais e rotinas poderiam surgir, com dias da morte celebrados como aniversários, mas contados para baixo em vez de para cima.
E as atuais religiões seriam abaladas em seu cerne. Cultos podem surgir no rastro espiritual. "Vamos começar a adorar este sistema que nos diz quando vamos morrer? Fazer oferendas ao sistema? Entregar nossas filhas virgens?", questiona Doughty. "Sem dúvida isto impactaria a crença religiosa".
Os relacionamentos seriam certamente afetados. Descobrir alguém cujo dia da morte está perto do seu próprio se tornaria um requisito obrigatório para muitos, e aplicativos de encontros que filtrassem a informação tornariam a tarefa mais fácil.
"Uma das coisas que provocam medo da morte - geralmente mais do que sua própria morte - é a perda do ente amado", diz Doughty. "Por que eu ficaria com alguém que vai morrer aos 40 se eu vou viver até os 89?"
Da mesma forma, se fosse possível saber o dia da morte a partir de uma amostra biológica, alguns pais poderiam abortar os fetos que fossem morrer muito jovens para evitar a dor de perder o filho. Outros - sabendo que não sobreviveriam até certa idade - poderiam optar por não ter filhos, ou fazer o oposto, ter muitos filhos o mais rápido possível.
Também teríamos que lidar com novas leis e normas. De acordo com Rose Eveleth, criadora e produtora do podcast Flash Forward (no qual um episódio explorou uma hipótese parecida sobre o dia da morte), a legislação deveria ser pensada em torno da privacidade do dia da morte para evitar discriminação do empregador e do prestador de serviço. Figuras públicas, de um lado, podem ser obrigadas a compartilhar datas antes de se candidatar (ou podem causar polêmica se se negarem a fazê-lo). "Se um candidato à presidência sabe que morrerá três dias após o início do mandato, isso importa", ressalta Eveleth.
E se não for legalmente requisitado, alguns indivíduos podem escolher tatuar o dia da morte em seu braço ou numa plaqueta de identificação militar, de modo que - em caso de acidente - os profissionais de resgate saibam que não terão como revivê-los, diz Eveleth.
A indústria funerária também seria profundamente impactada: ofereceria serviços aos que ainda estão vivos e não a famílias em luto. "As casas funerárias não poderiam mais assediar pessoas em luto para tirar o máximo de dinheiro possível", diz Eveleth. "Isso coloca o poder nas mãos dos consumidores de uma forma positiva".
No grande dia, algumas pessoas podem dar festas como aqueles que optam pela eutanásia estão começando a fazer na vida real. Outros, especialmente aqueles que morreriam colocando outras pessoas em perigo, podem sentir-se ética ou emocionalmente compelidos a se isolar.
Outros ainda, diz Eveleth, podem escolher usar sua morte para um propósito artístico ou pessoal superior, participando de uma peça em que todos de fato morrem no final ou encenando uma morte por uma causa em que acreditam.
Se soubéssemos o dia e a forma como morreremos, nossas vidas seriam profundamente afetadas.
"A civilização humana se desenvolveu totalmente ao redor da ideia de morte", diz Doughty. "Eu acho que (esse conhecimento) iria minar completamente o nosso sistema de vida".

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...