A siderurgia transforma a estrutura dos metais e os trabalha para
finalidades compatíveis com programas antes estabelecidos.
Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da
prata e lhes transmitem vida, lhes arrancando das entranhas, sob inspiração e
esforço, a beleza e a utilidade para enriquecimento da sociedade. 
Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da
sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se
desenvolve. 
A vida responde de acordo com a ação desencadeada. 
O violento tropeça com a truculência a cada passo. 
A paciência encontra a harmonia quando persiste. 
O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade. 
O pacifista adquire tranquilidade enquanto defende os ideais que o
dominam. 
O intrigante padece da neurose do medo. 
A lealdade produz confiança. 
A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e ao
desequilíbrio da emoção. 
A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar. 
O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação. 
O bem é luz irradiante a produzir alegria. 
Allan Kardec, em sua obra O céu e o inferno, ao abordar o tema Código
penal da vida futura, afirma: 
O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a consequência
das suas imperfeições. 
As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas
das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em
precedentes existências. 
O sofrimento é inerente à imperfeição. 
Toda imperfeição, assim como toda falta dela promanada, traz consigo o
próprio castigo nas consequências naturais e inevitáveis: 
Assim, a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio, sem
que haja mister de uma condenação especial para cada falta ou indivíduo. 
Da parte do bem que se faz, podemos aplicar o mesmo raciocínio: toda
virtude traz consigo sua felicidade própria.
 Quando cumprimos as leis Divinas
- inscritas na consciência - recebemos por consequência imediata a harmonia, o
refazimento e a paz íntima. 
É Deus dentro de nós afirmando diariamente que os caminhos do amor são
os mais seguros, e os únicos que nos levam à anelada felicidade plena e aos
braços do Criador. 
Que nos possamos moldar ao programa do dever de crescer para Deus,
domando as más inclinações. 
A princípio, essa atitude deve ser concentrada nas imperfeições de
pequena monta. 
Esse exercício, feito com disciplina e seriedade, já é caminho para a
vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso. 
O alvo permanente deve ser nos libertarmos delas. 
O homem torna-se o que se trabalha. 
Não há milagre de transformação moral, em quem não se exercitou nas
realizações humanas para a própria sublimação pessoal.
 Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita,

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