"Muitos
casamentos fracassam devido a essas influências nocivas de espíritos de
natureza má, que começam de forma sutil, sorrateira, evoluindo para verdadeiros
processos obsessivos que comprometem irreversivelmente a união conjugal.
Tanto a
vítima da obsessão quanto o cônjuge, na maioria das vezes, nada percebem,
porquanto os obsessores não criam o mal na vítima; apenas identificam as
tendências e as estimulam de forma intensa e persistente, procurando
exacerbá-las. [...]
Os espíritos
obsessores sondam os pensamentos mais íntimos do indivíduo visado procurando
identificar a tendência para a infidelidade. Constatando-a, passam a
alimentá-la, através de sugestão mental. Em seguida, pesquisam alguma pessoa,
que por ele sente alguma atração e que igualmente apresente necessidades
afetivas ou determinados desejos sensuais. Dando continuidade ao 'trabalho',
passam a influenciar os dois, facilitando os encontros e procurando despertar a
afetividade. Os obsessores não perdem a oportunidade de sugerir novos
pensamentos, verdadeiras ideias fixas, que criam as condições para a união
sexual infiel, que se consuma em clima de grande emotividade, pela carga
adicional dos obsessores. Segue-se um período de grandes prazeres que,
entretanto, não é longo. Passada a fase de júbilo, de grandes satisfações, os
obsessores mudam de tática. O que lhes interessa é o sofrimento das vítimas e
não a sua felicidade. Sem a ajuda deles, as grandes emoções se reduzem,
restando à vítima apenas a desilusão, a consciência do grande engano
cometido." (Umberto Ferreira, Vida conjugal, p. 113-115).
A
infidelidade
"[...]
Desses embates multimilenárias, restam, ainda, por feridas sangrentas no
organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na
patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e
a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações
sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.
Qual ocorre
aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que
acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a
pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por
instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na
equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso,
na balança do progresso e da vida." (Emmanuel, Vida e sexo,15. ed., p.
94-95).
"Quando
o homem e a mulher decidem casar-se, assumem o compromisso de cultivar a
fidelidade por toda a vida, mas muitos não o cumprem. [...].
Em muitos
casos, a infidelidade não traz maiores problemas, mas, em alguns, provoca
situações verdadeiramente dramáticas, não só em relação à mulher, como também
ao homem, com repercussões para o resto da vida.
A vítima da
infidelidade, seja homem ou mulher, fica seriamente lesada em sua
sensibilidade. Algumas se desestruturam totalmente, outras entram em depressão
profunda ou se desequilibram completamente, necessitando de tempo mais ou menos
longo para readquirir o equilíbrio. E o causador contrai um débito perante a
justiça divina.
As
consequências do ato infeliz, muitas vezes, se estendem às existências futuras,
porquanto não se rompe impunemente um compromisso afetivo. [...].
O infiel
lesa moralmente o cônjuge e a si próprio. Nesta época em que vivemos, não é
somente por questões psicológicas, espirituais ou morais que se deve conservar
a fidelidade, mas também por razões de saúde, porquanto há várias doenças
transmitidas sexualmente que a comprometem."
Autor:Umberto
Ferreira,
Nenhum comentário:
Postar um comentário