1 – A
vocação profissional é fruto da escolha do Espírito antes de reencarnar?
Pode ser. Há
Espíritos que planejam cuidadosamente as atividades que pretendem desenvolver.
Desde a infância revelam preferência por determinada profissão, envolvendo a
opção feita. O menino que estima brincar de médico, bem como a menina que
aprecia imitar a professora, oferecem pistas reveladoras dos compromissos que
assumiram.
2 – Há
escolas no plano espiritual?
Há escolas
em todos os planos da Criação. A educação é o maior de todos os recursos
evolutivos. Em cidades como Nosso Lar, segundo André Luiz, no livro homônimo,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, enfatiza-se o preparo dos Espíritos
para a reencarnação, envolvendo, dentre outros aspectos, a atividade
profissional.
3 – Existe
uma adequação física para a profissão escolhida?
Isso é
fundamental. O professor deve ter fluência, facilidade de expressão; o
neurocirurgião, habilidade manual, sistema nervoso bem ajustado; ouvido afinado
o músico; mãos fortes o trabalhador braçal; pernas ágeis o jogador de futebol.
Tudo isso pode ser preparado na estrutura perispiritual e na combinação dos
elementos hereditários, a partir da interferência de técnicos da
espiritualidade, quando ocorre a fecundação do óvulo, dando início ao processo
reencarnatório.
4 – A
facilidade para determinada atividade sempre indica uma profissão escolhida na
espiritualidade?
É indicativo
de que a pessoa tem experiência no ramo. Encontramos excelentes profissionais
em determinada área, que revelam vocação para atividades alheias à sua
profissão: um médico muito hábil em lidar com marcenaria ou engenheiro que é
excelente músico. Significa que já estiveram vinculados a essas atividades.
Hoje, a própria dinâmica da evolução impõe que diversifiquem suas experiências,
adquirindo novas aptidões.
5 – Por que
a maior parte dos jovens encontra grande dificuldade para escolher uma
profissão?
É que não
chegaram a defini-la previamente, na Espiritualidade. Deverão vincular-se a
determinada atividade que guarde compatibilidade com suas tendências, desejos e
experiências anteriores.
6 – Quem
reencarna com planejamento prévio não é um protegido?
Semelhante
tendência é característica das sociedades humanas. Na espiritualidade prevalece
sempre o merecimento. Se alguém tem a oportunidade de um melhor preparo para a
reencarnação, deva-se aos seus méritos e à natureza da tarefa que pretende
desempenhar. Considere-se, também, que sua responsabilidade será maior, já que,
como ensina Jesus, mais será pedido àquele que mais recebeu.
7 – Os
Espíritos que reencarnam com uma profissão definida não levam vantagem, não
obterão maiores facilidades?
Digamos que
é o corredor que sai na frente, mas a jornada é longa. O que pesa mesmo é a
dedicação, o esforço, a vontade de vencer. Como diz Amado Nervo, nem sempre o
que mais corre a meta alcança, nem mais longe o mais forte o disco lança, mas o
que, certo em si, vai firme e em frente, com a decisão firmada em sua mente.
8 – Como
enfrentar essa fase de incertezas, em que o jovem deve optar por uma profissão
que ainda não definiu?
Infelizmente
essa opção tem que ser feita na faixa dos dezesseis aos dezoito anos, período
de muitas incertezas para o Espírito reencarnado. Podem ajudá-lo os testes
vocacionais, o contato com as atividades profissionais (sei de um jovem que
descobriu sua vocação trabalhando como voluntário em grupo de assistência a
hospitais; outro optou pelo magistério, a partir de uma experiência com
evangelização infantil), o debate com professores e, sobretudo, a confiança em
Deus e a oração. Quem ora contrito, consciente da presença divina, sempre
colherá a orientação precisa do que deve fazer, que caminhos deve trilhar em
relação a todas as atividades humanas. Isso inclui a profissão.
RICHARD
SIMONETTI
Nenhum comentário:
Postar um comentário