Esse questionamento tem chamado muito a atenção nos tempos
atuais. Há uma preocupação peculiar com a saúde, que hoje já tem um conceito
bastante ampliado e não restrito apenas aos órgãos e células, mas igualmente
abrangente para as questões emocionais e psicológicas e de relacionamento.
Afinal,
seria o caso de perguntarmos:
a) De dois homens da mesma idade que sofrem ataques
cardíacos, por que o homem solteiro e deprimido tem maior probabilidade de
falecer da doença cardíaca do que o homem que é casado e não está deprimido?
b) Se uma mulher sofre de artrite reumatoide, por que o
quadro se mantém relativamente estável quando sua vida está tranquila, mas se
agrava quando tem conflitos com um filho?
c) Por que pessoas com pouco poder de decisão no emprego
sofrem mais ataques cardíacos e desordens intestinais que seus superiores
hierárquicos na empresa?
d) E por que o isolamento social é tão prejudicial à saúde
quanto o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo?
Claro que o
assunto não se restringe apenas às questões propostas. Elas aí estão apenas
como exemplos. O assunto é inesgotável e abrange muitos fatores. Entre eles
estão o envelhecimento natural, inevitável, as enfermidades trazidas na bagagem
e aquelas adquiridas pelos vícios de toda espécie.
O que se
deseja enfatizar aqui é que as emoções influem decisivamente na saúde física. O
que pensamos, os sentimentos que alimentamos influem diretamente na saúde ou na
eclosão de doenças.
Daí pensar
que não vale a pena alimentar-se de rancor, de ódio, de vingança. Guardar
mágoas, ficar sentindo inveja ou ciúme só servem para destruir ou danificar as
células, comprometendo o equilíbrio orgânico. A melhor postura para se ter boa
saúde é alimentar pensamentos saudáveis, alegrar-se com o
dinamismo da própria vida e trabalhar incessantemente pelo
próprio crescimento
e, óbvio, aplicarmo-nos igualmente ao bem coletivo em ações
humanitárias e
construtivas.
Em síntese,
podemos resumir sem medo: amar! Amar a si mesmo, amar a Deus, confiar na vida,
amar o semelhante, continuar trabalhando. Eis o segredo!
O assunto é
amplo, envolve múltiplas questões. O objetivo aqui é destacar a importância da
alegria, do otimismo e citar o mais poderoso antibiótico que se pode usar no
tratamento das doenças. Ele não tem custo financeiro, não tem efeitos
colaterais e só pede o sacrifício do orgulho e do egoísmo. É o perdão!
Tenho
abordado o assunto em palestras, com ampla repercussão. É que as recomendações
de Jesus à humanidade constituem o mais poderoso medicamento para nossas
enfermidades, pois afinal somos os próprios autores de nossas doenças,
tragédias e sofrimentos. O Evangelho é o maior e melhor compêndio de saúde já
apresentado à Humanidade. Dele derivam ensinos que preservam
a saúde e trazem a
felicidade. A conquista dessa sonhada felicidade e da saúde
plena é o uso e
prática desse autêntico manual de relacionamento.
Não
tenhamos medo nem receio de adotá-lo em nossa própria vida. A síntese dele é
apenas respeitar a vida, respeitar a nós mesmos e entender que o próximo tem os
mesmos direitos que tanto reclamamos para nós mesmos!
Orson Peter Carra.
Escritor e orador espírita. Consultor Editorial residente em
Matão/SP
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