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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

“A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL DO SER HUMANO. ”

Meus irmãos, como falar do mal nos soa familiar, mas descrever nossa caminhada para a presença sublime do Criador ainda nos parece um desafio e isso ocorre porque já galgamos as etapas mais espinhosas do caminho, conhecemos o mal, mas ainda estamos muito distantes do nosso destino. É fácil olhar para baixo, mas muito difícil olhar para cima. A luz ainda nos cega.
O espírito imortal se origina de um “quantum divino”, a mônada primordial, daí dizer que temos a centelha de Deus e somos Sua imagem e semelhança. Essa mônada passa a residir, nascer, em diferentes formas de vida, de todos os domínios naturais, desde microrganismos, que vivem por minutos, até os animais ditos “superiores”. Ao Pai nenhuma forma de vida é superior a outra, visto que todas estão em um longo caminho que Dele se origina e para Ele converge. Durante esse processo, que envolve milhares de formas de vida pelo caminho e consome bilhões de anos, o comportamento instintivo e os sentimentos básicos afloram, moldando o ser espiritual em desenvolvimento, adquirindo experiências e desenvolvendo os potenciais latentes.
O período em que a mônada, em seus estágios iniciais de evolução, permanece na erraticidade é irrisório e, após a morte da forma de vida que a hospedava, um novo organismo hospedeiro a recebe. A transferência é quase imediata. Não existe, praticamente, tempo de erraticidade para as formas mais simples de manifestação do princípio inteligente.
A descrição da existência de animais nos planos não físicos, por assim dizer, não é nova entre vocês. Companheiros sérios, por médiuns diversos, já fizeram considerações detalhadas sobre a plenitude da vida em diversas esferas e isso é real. A evolução biológica e espiritual também se processa nas esferas vibratórias paralelas ao universo físico. A vida e a evolução encontram caminhos e caminham sempre juntas, em profunda parceria. Em nosso meio, espécies hoje extintas no plano físico ainda percorrem os prados e a mônada amplia as suas possibilidades.
Após nascer e renascer diversas vezes em espécies intelectualmente cada vez mais complexas, como os primatas e mamíferos aquáticos, a mônada, que há muito deveria ser chamada de espírito, por ter suas capacidades individualizadas pelo aprimoramento, passa a viver em outros orbes e dimensões paralelas do nosso mundo, reencarnam entre os elementais, seres míticos que povoam as lendas de todos os povos do mundo e que, de fato, existem. Muitos humanos preferem voltar a viver entre eles, preparando o crescimento desses irmãos para o renascimento como homens propriamente ditos.
Os elementais vivem nas dimensões mais próximas à crosta, em diferentes esferas vibratórias e ali completam o desenvolvimento das habilidades básicas, desenvolvendo o intelecto e ampliando o arcabouço moral que caracteriza os “humanos” ao redor do universo.
No passado, a transição entre os elementais e os humanos era realizada entre hominídeos pré-humanos, dotados de consciência ainda fragmentária, revendo os passos que já foram trilhados por aqueles que deram origem à espécie humana. Essa etapa do processo não mais ocorre no plano físico terreno, mas em orbes primitivos, que ainda não deram início ao desenvolvimento de sociedades complexas.
Futuramente, na condição humana, renascem em povos primitivos tecnologicamente, mas já plenos em seus atributos de consciência. Não podemos falar que os povos que apresentam cultura material mais pobre são “espiritualmente primitivos”, posto que muitos espíritos de grande envergadura, como Sequoyah e Si’ahl , conhecido como chefe Seattle, entre os índios norte-americanos, viveram entre esses povos como forma de colaborar para o contato com a civilização que os envolvia, e o fizeram brilhantemente. É pobreza espiritual nossa julgá-los pelas aparências.
Gostaria de deixar bem claro que não existe uma pirâmide evolutiva no sentido mais estrito, mas caminhos que podem ser percorrido de diferentes formas, sendo que, quando me refiro a “homens ou humanos”, englobo todas as espécies que possuem grande capacidade de interação entre seus indivíduos, consciência de sua existência pessoal e discernimento, independentemente do formato do corpo físico, que obedece às condições que imperam em cada planeta onde a vida atingiu níveis de consciência satisfatoriamente estruturada, como nos alerta o próprio Livro dos Espíritos. Em muitos desses mundos, a vida floresce apenas nas dimensões paralelas ao plano físico, de forma que, para vocês, diversos sistemas planetários podem parecer desertos inóspitos, enquanto para nós, vida hospitaleira pode ser contemplada.
Fenômenos como esse, somados à falta de conhecimento científico aí e aqui, geraram muita confusão, mesmo entre os espíritos, que são homens que perderam o invólucro carnal, de forma que comunicações abordando a Exobiologia ou Astrobiologia deixaram de ser encaminhadas para a Terra em função de orientações da espiritualidade. A maioria dos médiuns não tem condições de atuar no intercâmbio de assuntos que envolvem rigor científico e os doutores da lei das academias modernas são ainda mais ácidos do que aqueles que discutiam a Torah no tempo de Jesus. Contudo, devo colocar que grandes surpresas aguardam-nos nas décadas que se seguirão. Cientistas terrenos farão descobertas significativas a respeito do que eles julgam requisitos para a vida.  Acreditamos que o próprio conceito de “vida” deverá ser modificado com o tempo.
No presente, todos os encarnados e desencarnados possuem alguma etapa de sua vivência evolutiva fora do planeta Terra, uma vez que poucas sociedades ditas “primitivas” sobrevivem e possuem o papel de berços para espíritos humanos necessitados de conhecer a importância da simplicidade.
Nas sociedades de caçadores-coletores remanescentes, espíritos de longas jornadas pelas espécies hominais também estagiam na simplicidade da floresta como forma de recuperar a humildade e a simplicidade perdidas em suas existências anteriores, bem como irmãos envolvidos em obsessões severas, que podem, no seio desses povos, escapar, por algum tempo, da ação de inimigos que os estavam acompanhando. Assim, não devemos vê-los, na sua maioria, como entidades que principiam a jornada ao nosso lado. Muitos nos dariam aula e a literatura universal, nos diversos planos da vida, é capaz de apresentar palavras de rara beleza saídas da boca dessas pessoas aparentemente simples.
A humanidade cósmica caminha, da mesma forma que os espíritos que a compõem, de um planeta primitivo, como já fomos recentemente, onde entidades egressas de outros orbes, através de expurgos planetários compulsórios, encarnaram entre autóctones recém-libertos das amarras que constituíam sua vivência entre as diferentes espécies animais e entre os seres elementares. Após milênios, com o desenvolvimento das primeiras sociedades complexas e a noção de riqueza e poder, o orbe entra na condição de mundo de provas e expiações, como estamos hoje e logo passaremos à próxima condição, a de planeta em regeneração. Pessoalmente, acredito que adentramos essa última condição nos últimos anos, com a instituição dos direitos universais do homem, na forma de uma constituição planetária, além da criação de órgãos de gerenciamos e diálogo em âmbito global. Contudo, o processo apenas engatinha e o conteúdo dos livros precisa ser traduzido em fatos reais.
Com o desenvolvimento da civilização, as crises se sucederam e sucederão e o planeta passou a dar sinais claros de que reajustes eram necessários e urgentes. O governo divino passou a enviar numerosos missionários, como Siddhartha Gautama (Buda), Confúcio, Zaratustra, Moisés, Francisco de Assis e, acima de todos, Yeshua, nosso amado Jesus, líder espiritual do nosso planeta, para dar um rumo para nossas sociedades em expansão, trazendo diferentes nuances de um código moral e espiritual.
No caso da Terra, tivemos a honra de receber o próprio soberano planetário, Jesus, entre nós. E o crucificamos. A misericórdia divina sempre se fez presente em nossas existências na carne e fora dela e o ciclo de renovação se acelera com o fim do atual período evolutivo, que se aproxima de um clímax, com sérias consequências sobre a maneira com que encaramos o progresso e a vida. Toda transição é traumática, posto que aglutina elementos de um mundo anacrônico que não quer passar e de outro que produz o medo do desconhecido e que parece não chegar, mas chega. Quando e onde? Nem o Filho sabe exatamente quando o fenômeno se dará, somente o Pai conhece os detalhes do que virá a acontecer, uma vez que todo o processo evolutivo depende do desempenho dos seus atores principais, os espíritos encarnados e desencarnados em aprendizado constante.
Após o expurgo, que já vem ocorrendo em nosso meio, o planeta e suas coletividades ingressarão na longa fase de reconstrução da identidade espiritual e cada indivíduo que o habita, em suas diferentes dimensões, será chamado ao trabalho de reeducação. Haverá um crescimento assombroso da tecnologia e se desenvolverá nos homens o respeito pela sua morada planetária, ao mesmo tempo em que as cicatrizes da destruição por nós perpetrada no planeta irão se apagando lentamente. Será o nascimento de uma sociedade mais consciente de tudo que a envolve.
Espera-se que os primeiros contatos entre humanos e seus vizinhos cósmicos ocorra nessa fase e acelere ainda mais o desenvolvimento tecnológico e moral de nossas sociedades, que nessa altura passarão a se encarar de uma forma mais fraterna e mais distante dos pensamentos imperialistas de poucas décadas atrás. Os preconceitos motivados por aparências e crendices deverão desaparecer em função do maior intercâmbio entre os povos e pela difusão da educação como requisito para o sucesso pessoal e profissional.
Não pensem que as calamidades naturais deixarão de existir ou que o clima ficará mais ameno. Isso não ocorrerá. Alguns espíritos comunicantes e médiuns se equivocam quando falam das calamidades naturais em curso. Elas sempre ocorreram e se tornaram mais destacadas em função do crescimento de nossas coletividades e a fragilidade de nosso modo de vida. Elas representam a face jovem e mutante do planeta. As mesmas erupções vulcânicas que espalham destruição por cidades situadas nas encostas de vulcões, também trazem os elementos químicos indispensáveis à vida. Os mesmos movimentos tectônicos que provocam tsunamis e terremotos são os responsáveis pelo rejuvenescimento da face do planeta e por criar condições adequadas para a tectônica de placas, que distribui o calor do coração planetário à sua volta. As catástrofes representam, para o planeta, o que o ciclo encarnação-desencarnação representa para o espírito, ou seja, mudança e novas perspectivas. Precisamos a aprender mais com a natureza e deixar o misticismo de lado.
As modificações na biosfera são consequências de nossos próprios atos e demorarão séculos para readquirirem o equilíbrio. Quando os espíritos falam de mudanças, os encarnados pensam logo nas transformações físicas que tomarão o mundo como palco, mas acreditamos que as principais modificações que ocorrerão se darão no ambiente psíquico e espiritual do planeta.
O que observamos e esperamos que ocorra é que, em função da maior solidariedade entre os povos, o sofrimento das vítimas dessas catástrofes naturais seja mitigado e, com o desenvolvimento de novas tecnologias, possamos nos tornar menos susceptíveis a essas ocorrências e deixemos as áreas de maior risco. Nesse ponto, muitas descrições dignas de ficção, como as escritas por Júlio Verne, nada mais são do que “flashes” do desenvolvimento que o mundo hoje apresenta ou logo contemplará. Seus autores, além de bons escritores, eram, em sua quase totalidade, médiuns clarividentes ou intuitivos.
Os mundos de regeneração progridem para coletividades mais estáveis e integradas à consciência universal que emana de Deus. Quando o coletivo passa a ter mais importância do que o individual e quando sentimos alegria com a alegria alheia, entramos na distante condição de sociedades e mundos felizes, como descrito pela espiritualidade, na codificação do Espiritismo.
Nos mundos felizes, os encarnados pouco diferem dos desencarnados, no que concerne à sua sensibilidade e habilidades. Para os atuais habitantes encarnados da Terra, esses irmãos que vivem nos mundos felizes seriam considerados espíritos, de forma que teremos que relativizar o que chamamos de “planos espirituais”. Contudo, antes que a vida atinja o estágio dos mundos felizes, no final do processo regenerativo a existência física de cada um na matéria ordinária perdurará por séculos e milênios, em função de terapias médicas e regeneração celular, o mesmo período de tempo que permaneceremos na erraticidade.
A condição dos mundos felizes somente poderá ser atingida quando a nossa materialidade for vencida. A humanidade, como a conhecemos, terá de “morrer” para que outra renasça em planos mais iluminados do que o nosso. Nessa condição, o que poderá ser considerado encarnado ou desencarnado representará apenas um detalhe, como pode ser lido no Evangelho Segundo o Espiritismo, quando o assunto da evolução planetária é contemplado.
Nessa fase, a alternância de vidas nas esferas de trabalho e esferas de refazimento (5) seguirá a vontade do próprio espírito e a necessidades de correção de suas imperfeições, que irão sugerir como e onde deverá se iniciar mais um ciclo entre os encarnados. Nessa fase, o intercâmbio mediúnico será corriqueiro e constante, enquanto as religiões irão se tornando cada vez mais indistinguíveis umas das outras, deixando de lado a estrutura hierárquica e a fé dogmatizada do passado distante e apresentando uma estrutura mais fluída e que representa a lenta ascensão em direção a Deus. Os homens passarão a dar mais valor às semelhanças, que os unem, do que para as diferenças, que ainda os separam.
No âmago de nossos corações conseguimos sentir como esses mundos são e o nosso deverá se tornar e isso como um estímulo para o nosso próprio crescimento. Com o tempo, a necessidade de mundos mais densos, físicos, em nossa dimensão do contínuo tempo-espaço, irá se reduzindo e, por fim, se extinguirá. A civilização, como a conhecemos, precisa agonizar para que entremos no universo dos mundos plenos, chamados de reinos angelicais pelos egressos do cristianismo mais tradicional, nos quais os espíritos comungam diretamente da fonte divina, livres do processo de renascimento e morte.
Nessas condições, não perdemos a nossa consciência ou individualidade, mas podemos interagir de diferentes formas com a criação e com o Criador. Os verdadeiros anjos já se libertaram da sua humanidade e com ela aprenderam o seu real papel no universo e passaram a guiar os irmãos que iniciaram a jornada e estão dando os primeiros passos. Por isso sempre estivemos e estaremos amparados nesse processo contínuo.
Somente assim, quando os segredos da criação deixarem de nos limitar e passarmos a sentir plenamente a presença do Criador é que estamos libertos. Aqui, costuma-se dizer que nessa fase o Pai comunga com Suas criaturas, as maravilhas da criação. Bilhões de anos terão transcorrido até que isso tenha ocorrido conosco.
Estamos, no presente, mais próximos do começo do que do fim desse caminho, mas os trechos mais difíceis da jornada já foram atravessados
Autor espiritual: Joseph Gleber-Médium: Elerson Gaetti

Texto retirado do livro “Vida Além da Vida” volume 1, de autoria de Ishmael ben Gurion e Joseph Gleber

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