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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

“MUITO ALÉM DA MORTE”

Dentre os muitos problemas e mistérios  enfrentados pelo homem terreno,  o  maior deles, sem dúvida nenhuma é a  “Morte” , tal a magnitude de sua repercussão no campo físico e espiritual , deixando o ser humano sem alternativa. Não se trata de uma incógnita ou uma opção, e sim de uma certeza — a de que vamos morrer  —  temos que morrer.
A “Morte” é uma desagregação biológica, imperativa e natural. Ela faz parte  do ciclo da vida de todos os seres orgânicos, sem exceção, numa missão ingrata de transportar  para o além, todos aqueles que estão agendados  por essa “velha senhora”. Essa espada  impiedosa despedaça os heróis , proporcionando a todos os humanos, um encontro  certeiro com a própria consciência imortal.
       Praticamente quase todas as religiões pregam a imortalidade da alma, mas a Doutrina Espírita foi muito além: demonstrou a existência dos  espíritos, que vivem em outras faixas vibratórias  do Universo de Deus. O homem terreno sempre cultivou , instintivamente, uma crença forte  na vida depois da morte e na existência de entidades espirituais.  Tem ele  também conhecimento de que nossa origem  é espiritual, e que o corpo físico, é apenas uma vestimenta utilizada pelo espírito imortal , nas suas andanças, na condição de um viajor da eternidade,  um andarilho do infinito, ou  um nômade do espaço.
       Viemos do mundo espiritual, e para lá, um dia em definitivo, retornaremos. Não sem antes passarmos por sucessivas reencarnações, e estarmos devidamente depurados dos vícios, desejos e paixões.                                                                                                                                  A importância do mundo espiritual é preponderante para nós. O mundo físico até poderia  deixar de existir, e seríamos espíritos livres no espaço, sem as ordenações e as leis humanas, elaboradas pelo próprio homem, e que tanto aborrecem a quem  neste Planeta Terra reside. Depois da morte, o  ser humano conserva sua individualidade e todo o acervo de suas conquistas no campo do cerne e do espírito, nada perdendo absolutamente. Até mesmo sua fisionomia física é preservada , apresentando-se sempre com a forma humana.
       Se  a morte fosse a  destruição  do ser humano, os maus teriam uma grande vantagem,  pois se livrariam de todo o mal que praticaram. Os bons seriam prejudicados, mas o que acontece é que, ao encontrarmos nossa consciência imortal depois da morte, surge o remorso,  corrosivo letal para a mente humana. Enquanto não repararmos nossas faltas diante da vida, sofreremos anos a fio e só mesmo o trabalho de resgate, através de reencarnações sucessivas — muitas delas repetitivas —  nas quais aqui  voltamos  para fazermos as mesmas coisas que antes, buscando sempre a evolução, com vistas ao nosso progresso espiritual.
       Na realidade, o homem  é o árbitro de sua sorte  ou desdita. É o único responsável pelo seu destino, uma espécie de caçador de si mesmo, procurando por fora, o que já possui por dentro.
A benção da reencarnação constituindo um novo corpo físico —  geralmente  mais aperfeiçoado —  e uma nova vida, dará ao aprendiz terreno, condições de descobrir por si mesmo, os caminhos de retorno  à santidade Deus. Vencerá se quiser  as etapas reencarnatórias com dignidade, acompanhado sempre pelo esquecimento doado por Deus, que permite, possam todos  recomeçar  em paz, aproveitando para retificar os erros e as ilegalidades que cometeram contra o seu  próximo.
       A morte não nos transforma nem em santos, nem em sábios, mas   sim, nos leva ao encontro da nossa consciência imortal, que certamente nos cobrará pelo que fizemos de errado , não havendo nenhuma chance de escaparmos desse juiz terrível, que já em nosso âmago se encontra. Então, o certo é procedermos com educação enquanto vivos, agindo com ética e  sinceridade, convivendo pacificamente com nossos irmãos de luta,  começando dentro dos  nossos lares, junto à nossa parentela, para então depois  passarmos  ao nosso trabalho,  em outros lugares em que possamos estar.   
              A conquista do nosso próximo é fatal para o nosso aprendizado e para a nossa felicidade, pois dificilmente seremos felizes, se não estivermos dispostos a fazer felizes os outros.
Quando conseguires plantar nos corações daqueles que te cercam, a alegria e a felicidade, elas te buscarão, onde quer que você esteja, aqui ou no além, a fim de implantar em definitivo, a sua suprema ventura.                                                                                                                                                                                            Do  outro lado da vida, teremos outras oportunidades e aventuras. Os romances espirituais estão  aí para comprovar. As lindíssimas  histórias de personagens, que passaram por todo o tipo de experiência, e no fim saíram vitoriosas de seus destinos, porque acreditaram, trabalharam  em benefício próprio , e principalmente em beneficio dos outros. Construíram uma fulgurante aura humana, capaz de atrair espíritos iluminados e sábios, que automaticamente passam a lhes assessorar cotidianamente,  ajudando-os nessa missão tão difícil, que é a evolução terrena.
O encontro com os  nossos entes queridos depois da morte, depende do nosso merecimento, ou seja, do nosso desempenho no campo terreno, porque se mal  procedermos, dificilmente os encontraremos. De modo geral, a natureza em que vivemos,                                        as viciações e os crimes, cegam o espírito. Tudo que inclusive possa ao nosso próximo prejudicar,  provocam-nos distúrbios íntimos, que dificultam nossa estada no plano espiritual. Os felizardos do além-túmulo, são aqueles que cumpriram com seus deveres, viveram pacificamente e nenhuma maldade fizeram.
       Existem outras perguntas que fazem a respeito do outro lado da vida, com por exemplo: Alimenta-se sem o corpo físico? Qual o vestuário que  utilizaremos? Podemos construir casas, jardins, pontes  no além? E a resposta é simples: A alimentação é fluídica, e o  maior quantum é o oxigênio, mas  para os glutões, que aqui na Terra eram  viciados em prataraz, o jeito é ainda a alimentação grosseira, idêntica à da Terra, porém, fluídica.
O vestuário é o mesmo que usamos aqui enquanto “vivos”, com  raras exceções, e as construções fluídicas só podem ser concretizadas por pedreiros, engenheiros e demais profissionais, que na Terra exerceram essas profissões. A  morte é uma estrada deserta, que todos percorrerão, depois de um sono profundo ; continuando a viver...

Fonte: Correio Espírita.  Por Djalma Santos

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