Através de uma carta André Luiz
enviou alguns conselhos valiosos para um amigo que buscava informações sobre
sua situação na terra.
CARTA:
Caro companheiro.
Você quer saber algo de sua
verdadeira situação na Terra.
Compreendo.
Quando a pessoa entra nessa grande
colônia de tratamento e cura, é convenientemente tratada.
A memória deve funcionar na dose
justa.
É natural.
A permanência aí poderá ser longa e,
por isso mesmo, certas medidas se recomendam em favor dos beneficiários.
Atende às instruções do internato e
não se preocupe, em demasia, com os problemas que não lhe digam respeito.
Não se prenda aos seus apetrechos de
uso e nem acumule utilidades que deixará inevitavelmente, quando as autoridades
observarem você no ponto de retorno.
Se algum colega de vivência estima
criar casos, esqueça isso. Não vale a pena incomodar-se. Ninguém ou quase
ninguém passa por aí sem dificuldades por superar.
Viva alegre, com a sua consciência
tranquila.
Em se achando numa estância de
refazimento, é aconselhável manter-se fiel à tarefa que a administração lhe
confie.
Procure ser útil, deixando o seu
lugar tão melhorado quanto possível, para alguém que aí chegue depois.
Quanto ao mais, considere você e os
demais companheiros de convivência e necessidade simplesmente acampados, unidos
numa instituição de tratamento oportuno e feliz.
Aí você consegue dormir mais tempo,
distrair-se na sua faixa temporária de esquecimento terapêutico, deliciar-se
com excelente alimentação, compartilhar de vários jogos e ensaiar muita
atividade nobre para o futuro.
Aproveite.
O ensejo é dos melhores.
Descanse e reajuste as próprias
forças porque o trabalho para você só será serviço mesmo, quando você deixar o
seu uniforme do instituto no vestiário da morte e puder regressar.
André Luiz
(Do livro: “Vida em Vida”, Francisco
Cândido Xavier)
NOSSA! QUE CONSELHO FORMIDAVEL, ISSO ACABA TIRANDO DA GENTE O MEDO DA MORTE...
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