A chamada "ideologia de
gênero" consiste na ideia de que os seres humanos nascem
"iguais", sendo a definição do "masculino" e do
"feminino" um produto histórico-cultural desenvolvido tacitamente
pela sociedade. Para os defensores desta "ideologia", não existe
apenas o gênero "masculino" e "feminino", mas um espectro
que pode ser livremente escolhido pelo indivíduo.
Para a doutrina espírita a visão é
diferente. Nós somos “ESPÍRITOS” e espírito não tem sexo e nem forma definida
”enquanto está desencarnado”. Como está escrito no O Livro dos Espíritos,
questão 88, a aparência do Espírito é de uma chama, um clarão ou uma centelha
etérea. Mas, quando o espírito está se preparando para encarnar, o sexo é
planejado no plano espiritual, antes da concepção, segundo a necessidade
reencarnatória do espírito reencarnante. Podemos encarnar várias vezes num
corpo masculino, por exemplo, mas não será sempre. Chegará a hora que teremos
que encarnar num corpo feminino e vice versa. Faz parte do aprendizado e,
consequentemente, do crescimento do espírito. Como explica Joanna de Angelis no
livro "Dias Gloriosos": “A constituição do ser orgânico é decorrência
das suas necessidades evolutivas, que são trabalhadas pelo perispírito na
condição de modelo organizador biológico. Trazendo impressos os mecanismos da
evolução nos tecidos sutis da sua estrutura íntima, plasma, a partir do momento
da concepção, o corpo, no qual o Espírito se movimentará durante a vilegiatura
humana, a fim de aprimorar o caráter e resgatar os compromissos negativos que
ficaram na retaguarda... No momento da concepção o perispírito é atraído por
uma força incomparável, às células que se vão formando, nelas imprimindo
automaticamente, por força da Lei de causa e efeito, o que é necessário à sua
evolução, incluindo, sem dúvida, o sexo e suas funções relevantes.”
Assim, os pais devem orientar seus
filhos, sem violência, no período da infância, que esses são meninos ou meninas
e tratá-los como tal. Mais tarde, na idade madura, caso queiram seguir as
lembranças sutis que trazem de outra encarnação, fica por conta do livre
arbítrio deles. Por encarnar várias vezes num corpo masculino, por exemplo, o
espírito estranha quando encarna num corpo feminino. Ele traz na lembrança
reencarnatória as sensações, os desejos, os costumes do sexo masculino. Por
isso vemos mulheres masculinizadas e homens afeminados. Mas, através das
encarnações aprenderão a lidar com essa troca.
Kardec comenta na questão 202: Os
Espíritos encarnam-se homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem
progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, oferece-lhes provas e
deveres especiais, e novas ocasiões de adquirir experiências. Aquele que fosse
sempre homem, só saberia o que sabem os homens.
Então, o espírito que encarna no
corpo feminino, ele guardará na lembrança espiritual a experiência que passou
ao utilizar esse corpo, assim ocorre com o espírito que encarna num corpo
masculino. Assim, quando ele encarnar num corpo feminino, por exemplo,
respeitará o sexo oposto porque sua “sutil” lembrança reencarnatória sinalizará
como ele deve se comportar com o sexo oposto, porque ele sabe o que sentiu quando
esteve em outro corpo. Assim, o espírito vai aprendendo a amar, respeitar e,
consequentemente, vai evoluindo.
Segundo explica os Espíritos em O
Livro dos Espíritos, o espírito passa pelo estado da infância porque é um
período que ele assimila melhor a educação. Crianças são espíritos velhos em
corpos novos. Se deixarmos esses espíritos livres, sem educação, sem
orientação, estaremos liberando não só a escolha do sexo, mas se querem
continuar cometendo os erros de outras encarnações. Se um espírito foi um assassino,
por exemplo, devemos liberar sua tendência à criminalidade? Portanto, nossa
visão é reencarnatória, por isso é diferente e pede cuidado. Deus conta com os
pais ou responsáveis pela educação de Seus filhos para que saiam desse mundo
melhores do que aqui chegaram e cumprindo o papel que Deus os confiou.
Fonte: Grupo de Estudos Allan Kardec- Texto
da Rudymara
grupoallankardec.blogspot.com/
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