O resultado desses trabalhos
mediúnicos, quase sempre dolorosos, é o despertamento de homens e espíritos
desencarnados para a necessidade e o valor de uma compreensão espiritual da
vida.
A doutrinação de uma entidade
perturbadora contagia muitas outras, as despertando para o sentimento de amor e
dignidade humana.
Muitas pessoas entendem que o
problema do vampirismo pertence aos Espíritos, não competindo aos homens cuidar
desses casos. São criaturas comodistas, que só desejam participar de reuniões
mediúnicas agradáveis, em que somente se manifestam Espíritos elevados.
Esquecem-se de que vivemos num mundo
inferior, onde o mal predomina, como vemos ainda agora, com as atrocidades
espantosas deste século de transição. Se voltassem os olhos para o passado,
veriam que a História da Humanidade é suficiente para justificar todas as
formas de obsessão e vampirismo que campeiam no planeta, desde as nações mais
bárbaras às mais civilizadas.
Deus, que nos considera como filhos
amados que amadurecem na carne para florirem no espírito, na integridade do
ser, dando frutos de luz para os que sofrem nas trevas da ignorância, do crime
e da ignomínia, espera de nós um pouco de boa-vontade em favor de nossos irmãos
sofredores da população da Terra.
As sessões espíritas de desobsessão
podem cansar e aborrecer os que só pensam em si mesmos, alegando dificuldades
como as do vampirismo e do animismo, para justificarem sua preferência pelas
sessões de elevada instrução espiritual.
Essa é ainda uma prova do nosso
egoísmo, da nossa inferioridade e falta de compreensão da realidade terrena.
Não temos o direito de suspirar por sessões angélicas, pois estamos muito
distantes dos planos da Angelitude, característicos dos planos superiores, dos mundos
felizes.
Temos ainda muito trabalho a
enfrentar neste pequeno planeta que alvitamos ao invés de elevá-lo. E só pelo
trabalho e a abnegação poderemos um dia merecer a nossa transferência para os
mundos em que a Humanidade é realmente humana.
Basta olharmos de relance o
noticiário dos jornais para vermos o que se passa em nosso mundo. Seremos tão
tardos de raciocínio para não entendermos que somos os responsáveis por todas
as calamidades que assolam o planeta?
O vampirismo nasceu e vive das nossas
entranhas e das nossas mãos. No gigantesco processo da evolução dos milhões de
seres que passaram pela Terra e ainda continuam passando, ao nosso lado, o
papel que exercemos foi sempre o de vampiros. Os Espíritos que não mancharam
suas mãos no crime de Caim há muito que deixaram o nosso mundo de provas e
expiações.
Edição de trechos do livro
“Vampirismo”, de José Herculano Pires
Fonte: Espirita na Net
https://www.espiritismo.net/
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