Á medida em que se aperfeiçoam os
equipamentos de estudo do cérebro, e estes são aplicados no estudo da natureza
espiritual do ser humano, mais se constata que o homem é muito mais do que o
seu corpo físico. Acumulam-se, a cada dia, através de diversos pesquisadores,
as evidências em favor da Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec.
Vejamos, abaixo, três reportagens que
exemplificam bem este fato.
Reportagem do site do Globo Repórter:
“Viagens a um passado que
transcenderia ao nosso corpo físico. Teria a nossa memória um arquivo secreto
de momentos que não experimentamos nesta vida? O homem carrega com ele
lembranças de vidas passadas? Especialistas em terapias que utilizam a técnica da
regressão estão tentando desvendar esse mistério.
Os psicólogos paulistas Manoel Simão
e Júlio Peres fizeram o mapeamento cerebral de alguns dos seus pacientes,
durante as sessões de regressão, usando aparelhos de tomografia
computadorizada. Foi uma experiência inédita. E o que revelaram os exames?
A área do cérebro ativada quando os
pacientes entram em uma hipotética vida passada é a da memória. A parte que
comanda os circuitos da imaginação, durante a regressão, não entra em
atividade, garante o psicólogo.
"As vias neurofisiológicas
utilizadas para o resgate de memórias traumáticas de vida atual foram também
utilizadas para o resgate de situações traumáticas de vidas passadas - supostas
vidas passadas. Os circuitos neurofisiológicos que estão relacionados à
fantasia são outras estruturas”, explica o psicólogo Júlio Peres.
O publicitário Tertuliano Pinheiro se
submeteu à regressão e diz ter se encontrado em duas outras existências.
"A primeira vivência foi na Roma Antiga. Utilizava o poder para praticar o
mal. Vivia emitindo ordens. Ouvia os gritos das pessoas. Foram muitos erros
cometidos. Exercia o poder da forma mais errada. Ele tomou bens", revela.
Ao descobrir tudo isso, Tertuliano
encontrou o caminho para se livrar de todas as suas aflições. A depressão, o
medo do escuro, o pânico, tudo desapareceu. “Hoje eu sou outra pessoa, de bem
com a vida. Sem dúvida isso aconteceu por causa da regressão. Não é questão de
achar, é de sentir", diz o publicitário.
Sentir, mergulhar em uma memória
desconhecida sem perder a consciência. Isso seria mesmo possível? "Não
importa o nome que se atribua a esse conteúdo. De fato, ele é verdadeiro,
genuíno para o paciente, porque ele dispara emoções. E o paciente se liberta de
dificuldades a partir do resgate dessas situações", explica o psicólogo
Júlio Peres.”
Reportagem publicada na revista ISTOÉ
de 10/07/02 e extraída do site:
Há dois anos, ISTOÉ divulgou o
primeiro mapeamento de ondas cerebrais feito durante uma sessão de regressão
(ISTOÉ 1594). O estudo do psicólogo Júlio Peres, do Instituto de Terapia
Regressiva Vivencial Peres, de São Paulo, mostrava que a atividade cerebral é
muito lenta, mesmo quando o paciente mostra reações como suor e taquicardia. Na
época, Peres anunciou uma parceria de pesquisa com a Universidade da
Pensilvânia, nos Estados Unidos, para monitorar o fluxo sanguíneo e as
estruturas cerebrais acionadas durante a regressão. Quatro mulheres e dois
homens sadios, com idades entre 28 e 39 anos, se submeteram a uma tomografia
com emissão de radiofármaco (método spect), realizada no Hospital Beneficência
Portuguesa, em São Paulo. Depois, seus exames foram analisados pelo médico
Andrew Newberg, especialista em estados modificados de consciência da
universidade americana. Finalizados, os estudos revelaram que as áreas do
cérebro mais requisitadas neste processo são as do lobo médio temporal e as do
lobo pré-frontal esquerdo, que respondem pela memória e pela emoção. É mais um
passo na busca de comprovação de que essas experiências não são fruto da
imaginação. “Se o paciente estivesse criando uma história, o lobo frontal seria
acionado e a carga emocional não seria tão intensa”, explica Peres.
O site da revista época publicou, em
19 de Novembro do ano passado, uma reportagem que relata a experiência de vários
cientistas com médiuns, durante a realização da psicografia (quando o Espírito
escreve através do médium). Os resultados surpreenderam os cientistas. Abaixo,
transcrevemos parte da reportagem:
“Durante dez dias, dez médiuns
brasileiros se colocariam à disposição de uma equipe de cientistas do Brasil e
dos EUA, que usaria as mais modernas técnicas científicas para investigar a
controversa experiência de comunicação com os mortos. Eram médiuns psicógrafos,
pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens escritas ditadas
por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão bem
reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta
tecnologia durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam comparados.
Como jornalista, fui convidada a acompanhar o experimento. Estava ali, cercada
de um grupo de pessoas que acreditam ser capazes de construir pontes com o
mundo invisível. Seriam eles, de fato, capazes de tal engenharia?
A produção de exames de neuroimagem
(conhecidos como tomografia por emissão de pósitrons) com médiuns psicógrafos
em transe é uma experiência pioneira no mundo. Os cientistas Julio Peres,
Alexander Moreira-Almeida, Leonardo Caixeta, Frederico Leão e Andrew Newberg,
responsáveis pela pesquisa, garantiam o uso de critérios rigorosamente
científicos. Punham em jogo o peso e o aval de suas instituições. Eles
pertencem às faculdades de medicina da Universidade de São Paulo, da
Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás e da
Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia. Principal autor do estudo, o
psicólogo clínico e neurocientista Julio Peres, pesquisador do Programa de
Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), do Departamento de Psiquiatria
da Faculdade de Medicina da USP, acalentava a ideia de que a experiência
espiritual pudesse ser estudada por meio da neuroimagem.
Numa sala com aviso de perigo, alta
radiação, começaram os exames. Por meio do método conhecido pela sigla Spect
(Single Photon Emission Computed Tomography, ou Tomografia Computadorizada de
Emissão de Fóton Único), mapeou-se a atividade do cérebro por meio do fluxo
sanguíneo de cada um dos médiuns durante o transe da psicografia. Como tarefa
de controle, o mesmo mapeamento foi realizado novamente, desta vez durante a
escrita de um texto original de própria autoria do médium, uma redação sem
transe e sem a “cola espiritual”. Os autores do estudo partiam da seguinte
hipótese: uma vez que tanto a psicografia como as outras escritas dos médiuns são
textos planejados e inteligíveis, as áreas do cérebro associadas à criatividade
e ao planejamento seriam recrutadas igualmente nas duas condições. Mas não foi
o que aconteceu. Quando o mapeamento cerebral das duas atividades foi
comparado, os resultados causaram espanto.”
“Surpreendentemente, durante a
psicografia os cérebros ativaram menos as áreas relacionadas ao planejamento e
à criatividade, embora tenham sido produzidos textos mais complexos do que
aqueles escritos sem “interferência espiritual”. Para os cientistas, isso seria
compatível com a hipótese que os médiuns defendem: a autoria das psicografias
não seria deles, mas dos espíritos comunicantes. Os médiuns mais experientes
tiveram menor atividade cerebral durante a psicografia, quando comparada à
escrita dos outros textos. Isso ocorreu apesar de a estrutura narrativa ser
mais complexa nas psicografias que nos outros textos, no que diz respeito a
questões gramaticais, como o uso de sujeito, verbo, predicado, capacidade de
produzir texto legível, compreensível etc.”
ENDEREÇO ELETRÔNICO CONSULTADO:
http://www.istoe.com.br/reportagens/26515_DE+VOLTA+AO+PASSADO
http://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-43-2-1103,00.html
Fonte: Espiritismo para Iniciantes.
Por: Fábio José Lourenço Bezerra
Em: 13/12/2013
espiritismoparainiciantes.blogspot.com/
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