Em seu livro, Brune reuniu vários
relatos historicamente comprovados, um deles envolvendo inclusive um Papa. O
Pe. François Charles Antoine Brune é bacharelado em Latim, Grego e Filosofia.
Cursou seis anos do “Grand Seminaire”, sendo cinco no Instituto Católico de
Paris e na Universidade de Tubingen. Tem cinco anos de curso superior de Latim
e Grego na Universidade de Sorbone. Estudou as línguas assírio-babilônico,
hebreu e hierógrifos egípcios. Foi licenciado em Teologia no Instituto Católico
de Paris em 1960, e em Escritura Sagrada, no Instituto Bíblico de Roma, em
1964.
Foi professor de diversos “Grands
Seminaires” durante sete anos e é da ordem de S. Sulpício. Estudou a tradição
dos cristãos do Oriente e dedica-se a estudos dos fenômenos paranormais.
Em 1983, o Pe. François Brune lançou
seu primeiro livro - “Pour Que L'Homme Devienne Dieu” (Para que o Homem se
Torne Deus).
Em 1989 lançou o seu segundo livro,
“Les Morts Nous Parlent”, que foi publicado no Brasil em 1991 com o título Os
Mortos nos Falam e em 1993, “En Direct Avec L’Au Dela”, com Chauvin Remy,
traduzido como Linha Direta do Além: Transcomunicação instrumental: realidade
ou utopia?
Na orelha do seu livro Os Mortos Nos
Falam, o Pe. Brune escreve:
“Escrevi este livro para tentar
derrubar o espesso muro de silêncio, de incompreensão, de ostracismo, erigido
pela maior parte dos meios intelectuais do ocidente. Para eles, dissertar sobre
a eternidade é tolerável; dizer que se pode entrar em comunicação com ela é
considerado insuportável.
Tomem este livro como um itinerário.
Abandonem, tanto quanto possível, suas ideias preconcebidas. Não tenham medo;
se este livro não os transformar, logo se aperceberão. Em todo caso, leiam esta
obra como a história de uma descoberta fabulosa e verdadeira.
Progressivamente então, surgirão
essas verdades essenciais que se tornarão, assim eu lhes desejo, a matéria de
suas vidas. A morte é apenas uma passagem. Nossa vida continua, sem qualquer
interrupção, até o fim dos tempos. Levaremos conosco para o além nossa personalidade,
nossas lembranças, nosso caráter.
O após vida existe e nós podemos nos
comunicar com aqueles que chamamos de mortos.”
Ainda neste livro, ele lamenta:
“O mais escandaloso é o silêncio, o
desdém, até mesmo a censura exercida pela Ciência e pela Igreja, a respeito da
descoberta inconteste mais extraordinária de nosso tempo: o após-vida existe e
nós podemos nos comunicar com aqueles que chamamos de mortos.”
E encerrando seu livro Linha Direta
do Além, afirma:
“Estou verdadeiramente convencido de
que, com a transcomunicação instrumental, dispomos de novos meios, fantásticos,
que nos garantem nossa sobrevivência após a morte.”
François Brune é o representante do
vaticano para assuntos de Transcomunicação Instrumental (T.C.I.), técnica pelo
meio da qual os mortos se comunicam com o mundo material através de aparelhos
eletrônicos.
O Padre François Brune viu na
transcomunicação instrumental uma forma de provar que a vida continua no
além-túmulo: “ Eu quero mostrar que a vida continua, que há Deus que nos ama,
que nos espera e que o único valor da vida é o amor. Quero mostrar que a vida
depois da morte depende de nossa vida neste mundo”.
Em seu livro, Brune reuniu vários
relatos historicamente comprovados, um deles envolvendo inclusive um Papa. Em
17 de setembro de 1952, o padre Gemelli, que era então presidente da Academia
Pontifícia de Ciências, tentava filtrar a qualidade do som de gravações de
Canto Gregoriano. Exasperado com os problemas técnicos que enfrentava,
exclamou: “Papai, me ajude!” Órfão desde a infância, padre Gemelli costumava
repetir essa invocação sempre que estava em dificuldade. Tarefa terminada, ele
voltou a escutar a fita.
Quase desmaiou quando, de repente, em
vez da gravação do canto, apareceu a voz de seu pai defunto que lhe dizia: “Mas
é claro que vou te ajudar, Zuccone (Abobrão, em italiano), eu estou sempre
perto de você!” Zuccone era o apelido que seu Pai lhe dera quando vivo.
O Padre Gemelli foi contar tudo ao
papa Pio XII. Mas este, longe de mostrar espanto, tranqüilizou o sacerdote e
disse: “Isso nada tem a ver com Espiritismo. O gravador é um aparelho objetivo
que não podemos influenciar. Essa experiência poderá talvez suscitar estudos
científicos que confirmarão a fé no mundo do além”.
Além disso, o Papa João Paulo II,
perante mais de 20.000 pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de
1983, disse: “O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na
realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo”.
Vale a pena ler todo o conteúdo do
livro Os Mortos nos Falam e examinar os imensos desdobramentos da pesquisa que
este padre teve a coragem e ousadia de trazer à lume.
No capítulo VIII Brune faz mais uma
asserção constrangedora para a Igreja Católica: A REENCARNAÇÃO: ÚLTIMA PROVAÇÃO
DA ALMA INFELIZ
O que acontece, então, aos falecidos
que mais recusaram o Amor? Pierre Monnier afirma-nos que Deus concede-lhes uma
segunda oportunidade e permite-lhes voltar à terra. É a reencarnação.
Muitos outros mensageiros ou
pseudo-mensageiros afirmam a mesma coisa, evidentemente. Mas isto não bastaria
para convencer-me. Aceito esta teoria porque alguns daqueles que a sustentam
inspiram-me, por diversas razões, uma confiança especial. Pierre Monnier não é
o único, entre estes mensageiros de confiança, a afirmá-lo; mas é, talvez,
entre aqueles em quem confio, o que parece estar mais bem informado sobre o
fenômeno e o que aceita fornecer-nos maiores detalhes. Muitos outros dizem mais
que ele, evidentemente, mas o problema é que não gozam de minha confiança.
Portanto, segundo ele: “efetivamente,
a reencarnação ocorre, às vezes, com muito menor frequência do que imaginam
alguns”.1 Ela é “muitas vezes aconselhada como sendo o meio mais rápido de
realização da evolução obrigatória para que se atinja a felicidade para a qual
tendemos todos, e que só conheceremos na fusão com Deus”.
Entretanto, ela é, “por assim dizer,
sempre facultativa”,3 o que implica que, por vezes, não ocorra, o que é
confirmado mais adiante: “trata-se de uma obrigação excepcional”.4 Aliás, mesmo
quando uma alma compreende que sua evolução poderia ser mais rápida se
aceitasse reencarnar, muitas vezes renuncia a esta possibilidade para não
quebrar o laço de amor para com aqueles que deixou sobre a terra.
A reencarnação ocorre, às vezes, em
famílias inteiras, ou quase: os pais que arrastaram seus filhos em sua
infelicidade, por seus erros, pedem para reparar a falha dando a luz,
novamente, aos mesmos filhos, ou pelo menos àqueles que não souberam escapar de
sua má influência.
Alguns textos difíceis da Escritura,
a respeito da predestinação, podem ser explicados por este fenômeno da
reencarnação.
Por fim, a reencarnação é frequente
nos animais, particularmente nos cães. Há até mesmo casos bastante excepcionais
“permitidos por Deus, em circunstâncias bem raras, e com um objetivo definido”,
onde um animal reencarna como ser humano.
Portanto, baseado em tais mensageiros
(e não somente em Pierre Monnier), creio que uma certa forma de reencarnação
existe.
Ao contrário, não estou certo de que
tenhamos obtido, até hoje, provas absolutas da existência do fenômeno. Mas
creio nele, apesar disto, porém baseado no testemunho dos mensageiros, e não
devido à existência destas “provas”. E como creio, apesar de tudo, considero-me
dispensado de discutir, caso a caso, o valor das chamadas “provas”. Prefiro
admitir logo de início, sem discussão, que em cada um destes casos encontramos
um caso verdadeiro.
Os dois problemas que permanecem,
entretanto, em discussão são os seguintes:
- Estes casos são verdadeiramente
excepcionais como afirma, por exemplo, Pierre Monnier? Ou, ao contrário, é uma
regra, para todos os homens, voltar à terra, até mesmo várias vezes, como
afirmam outros mensageiros, sustentados por fortes correntes filosóficas e
religiosas?
- Em que consiste, verdadeiramente, a
reencarnação quando ela ocorre?
Fonte: ESPIRIT BOOK- Ana Maria Teodoro Massuci.
www.espiritbook.com.br/
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