A reencarnação mais antiga e
conhecida do Espírito Dr. Bezerra de Menezes, foi como Zaqueu. Sim, Bezerra de
Menezes foi Zaqueu, o coletor de impostos que subiu na árvore para poder ver
Jesus.
Zaqueu, o Publicano
Jesus entrou em Jericó, e atravessava
a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos publicanos. Ele
queria ver quem era Jesus, mas, sendo de pequena estatura, não o conseguia, por
causa da multidão. Assim, correu adiante e subiu numa figueira brava para
vê-lo, pois Jesus ia passar por ali.
Quando Jesus chegou àquele lugar,
olhou para cima e lhe disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar em sua casa
hoje”. Então ele desceu rapidamente e o recebeu com alegria.
Todo o povo viu isso e começou a se
queixar: “Ele se hospedou na casa de um ‘pecador’”.
Mas Zaqueu levantou-se e disse ao
Senhor: “Olha, Senhor! Estou dando a metade dos meus bens aos pobres; e se de
alguém extorqui alguma coisa, devolverei quatro vezes mais”.
Jesus lhe disse: “Hoje houve salvação
nesta casa! Porque este homem também é filho de Abraão. Pois o Filho do homem
veio buscar e salvar o que estava perdido”.
(Lucas, cap. 19, ves. 1 à 10)
O que aconteceu depois do que foi
narrado no Evangelho é objeto de outro relato, que partiu do mundo espiritual,
no qual se vê o apóstolo vivendo com simplicidade, sustentado pelo próprio
trabalho, ora professor ora realizando serviços gerais, longe do ambiente
luxuoso onde vivia quando encontrou Jesus. A partir daí estava atuando como
verdadeiro missionário de Jesus, seguindo adiante na sua trajetória evolutiva e
reencarnando outras vezes até chegar à época em que reencarnaria como Bezerra
de Menezes.
Apesar de odiando por muitos, Zaqueu
era um cidadão importante no meio onde vivia, devido ao cargo que ocupava, de
chefe dos publicanos. Sua presença, naquela encarnação, em um meio social e
profissional ligado às riquezas era relevante para o que aconteceria depois,
uma vez que a conversão súbita de um homem tão destacado teria repercussão de
grande monta entre os próprios afortunados e bem assim junto aos pobres.
Seria tal fato interpretado como uma
verdadeira demonstração da qualidade
superior da Mensagem do Cristo, uma
vez que um homem muito culto e rico, como era Zaqueu, não se deixaria iludir
por uma fantasia de um Sonhador e abandonaria tudo que possuía para segui-lo.
O planejamento de Jesus era de
profundo conhecedor da psicologia humana. O tempo que Zaqueu viveu
aparentemente perdido entre moedas e a contabilidade das coisas ligadas a
matéria seria rapidamente compensado pelo muito que ele realizaria
posteriormente.
Jesus tinha Seus discípulos colocados
em pontos estratégicos e nenhum dos verdadeiros pupilos do Divino Pastor deixou
de reconhecer-Lhe a Voz e segui-Lo.
Zaqueu passou grande parte da sua
encarnação junto a pessoas de má índole, onde os interesses materiais eram
tidos como os únicos a merecerem atenção, mas isso para ele exemplificar a
renúncia, tocando o coração de grande número de pessoas apegadas aos bens e interesses
materiais.
Nada mais convincente que a
exemplificação, pois, “se as palavras convencem, os exemplos arrastam”: Zaqueu
iria exemplificar a renúncia aos bens e interesses materiais, sendo essa uma
das facetas de sua tarefa naquela encarnação.
Pessoa muito conhecida no meio onde
vivia, sua mudança de estilo de vida abalou muitos avarentos e egoístas, na
certa que, no mínimo, preparando-os para lhe seguirem, algum dia, as pegadas.
Zaqueu não se restringiu a cumprir a
promessa que fez a Jesus, mas renunciou a tudo que pôde dispensar, tornando-se
um apóstolo tal como Pedro e Paulo de Tarso, vivendo a Mensagem de Jesus com
todas a sinceridade da sua alma generosa e fraternal. Assim, passou a se chamar
Mathias, informação histórica deixada por Clemente de Alexandria, em seu livro
Stromata, onde afirma ter sido Zaqueu chamado de Mathias,pelos apóstolos, e
ficado no lugar de Judas Iscariotes após a ascensão de Jesus.
Matias cria a Casa De Benefícios para
abrigar os desvalidos, doentes, perturbados e abandonados do mundo. Durante as
suas sucessivas reencarnações, fundou sete casas de benefícios. Com exceção da
última, todas foram destruídas pelos inimigos da luz.
OUTRAS VIDAS DE BEZERRA DE MENEZES
DEPOIS DE ZAQUEU
Quinto Varro e Quinto Celso
No livro Ave Cristo, pelo Espírito
Emmanuel, psicografia de Chico Xavier. Conhecemos mais duas encarnações de Dr.
Bezerra, como Quinto Varro e posteriormente como Quinto Celso. Para converter
seu filho Taciano, reencarna-se duas vezes: uma como Quinto Varro (irmão
Corvino) e a seguir como Quinto Celso.
Parmênio
Posteriormente no século V, volta
reencarna como Irmão Parmênio, onde, como as suas outras vidas, mais uma vez é
martirizado. Irmão Parmênio, que, em idade avançada é abandonado pela família
anticristã, construíra o recanto a que chamava Casa dos Benefícios, para melhor
cumprir os seus deveres de homem, cujo coração se represara dos ensinos do
Divino Mestre, abrigando sofredores de qualquer procedência. Leia aqui mais
sobre sua vida como Parmênio e sobre a Casa dos Benefícios.
Adolfo Bezerra de Menezes
Finalmente, reencarna no Brasil como
Adolfo Bezerra de Menezes, com o objetivo de concretizar a fixação do
Espiritismo em terras brasileira e à união dos espíritas.
Não foi por acaso que chegou ao
status de Bezerra de Menezes, em quem se realizaram as virtudes da humildade,
desapego e simplicidade: tudo isso já vinha sendo trabalhado no seu íntimo há
milênios, pois as virtudes somente se consolidam com o exercício, a repetição,
a impregnação, a troca dos valores do “homem velho” pelos do “homem novo”, ou
sejam, as coisas e interesses do mundo material vão sendo substituídas pelas
coisas e interesses do mundo espiritual, o que demanda esforço de milênios.
Fonte: Livro Bezerra de Menezes. Pelo
Espírito Irmão Gilberto. Psicografia de Luiz Guilherme Marques.
Livro O 13º Apóstolo. De Jorge Damas.
Site: Fronteira da Paz.
Mensagem recebida por Francisco
Cândido Xavier, na noite de 6 de novembro de 1986, em sua residência, em Uberaba
— MG.
Fonte: Blog Jardim Espírita
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