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segunda-feira, 9 de julho de 2018

"O ADVOGADO QUE ODIAVA O ESPIRITISMO"

Onde estivesse, se alguém falasse sobre algum tema Espírita, logo, começava com seus sarcasmos:
“Essa história de Espiritismo só num tratado psiquiátrico”– dizia irônico, fazendo difamações.
Aproveitando o período de férias em sua fazenda, resolveu escrever um livro contra os postulados espíritas.
Nos encontros, costumava ler para os amigos esse ou aquele trecho, em que médiuns eram criticados de maneira dura.
Ele e os companheiros, riam muito, entre um e outro gole de uísque.
O distinto advogado assumiu as primeiras responsabilidades para enviar o volume à editora, quando aconteceu o inesperado.
Enquanto dirigia seu carro nas proximidades de uma escola, um menininho correndo distraído, lhe caiu sob as rodas, morrendo instantaneamente.
Um grande tumulto formou-se na rua.
Saindo depressa do carro, e suportando a ameaça do povo, debruçou-se sobre o cadáver minúsculo e, de coração agoniado, chorou em desespero.
Em sã consciência não é culpado, mas tem o coração partido pela dor.
Os pais em pranto, logo se aproximam, e olham aquela cena aterrorizante sem a mínima queixa.
O pai acaricia os cabelos da criança, em silêncio, e a mãe começa a orar em lágrimas.
O advogado espera ser humilhado, acusado, ferido.
Mas encontra ali, porém, apenas paciência, aceitação e serenidade.
No outro dia, logo após o funeral da criança, o advogado consulta então a família sobre a instauração do processo de indenização, mas o chefe da família responde firme:
- Nada disso. O doutor não teve culpa alguma. Ninguém faria isso por querer. Os desígnios de Deus foram cumpridos...
E a mãe do menino enxugando o rosto, acrescenta:
- Choramos, estamos sofrendo muito, como é natural, mas não desejamos indenização alguma. Deus sabe o que faz. Não se preocupe. Compreendemos perfeitamente que o senhor não tem culpa. O senhor está sofrendo tanto quanto nós. Ore conosco, para tentar acalmar-se.
Totalmente transtornado, e sem entender a paciência cristã do casal, o advogado pergunta:
- Que religião professam?
- Nós somos espíritas – informou o pai da pequena vítima.
O advogado baixou a cabeça, e em silêncio retirou-se dali, com uma grande angústia no peito.
E à noite, em casa, de coração transformado, fechou-se no quarto e rasgou o livro que havia escrito."
Espírito Hilário Silva - História adaptada/sintetizada - A Colheita/ Renato Koenig.
Fonte: Espiritbook
 


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