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terça-feira, 4 de setembro de 2018

"VOCÊ É ANSIOSO??? VEJA O QUE É ANSIEDADE E COMO COMBATE-LA!"

O DEBATE:
Ter ansiedade, vamos falar sério, não é nada engraçado. Segundo a OMS, o Brasil tem a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, são 18,6 milhões o número de brasileiros que viviam com algum transtorno de ansiedade poucos anos atrás (os dados são de 2017 coletados em 2015). A situação, se não continuou estável, pode ter piorado.
Os mais em risco são aqueles que vivem em grandes centros urbanos, especialmente a população feminina e os jovens.
Mas o que exatamente é a ansiedade e como lidar com ela?
No livro O Cérebro Ansioso – Editora Alaúde, o neurologista Leandro Teles explica que a ansiedade tem uma quantidade bastante extensa de sintomas que pode se manifestar em praticamente o corpo todo. É como se a doença tivesse um nome (ansiedade) e um sobrenome (tipo de ansiedade). Confira!
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG):
Essa é uma das formas mais frequentes de ansiedade patológica, ocorrendo em cerca de 4% da população adulta mundial. O TAG pode começar em qualquer idade, mas aparece geralmente em jovens adultos, entre os 20 e 30 anos. O transtorno é marcado por sintomas crônicos que se manifestam diariamente ou quase diariamente, sendo alguns deles tensão excessiva, irritabilidade e cansaço mental/físico.

Síndrome ou transtorno do pânico:
O transtorno do pânico é uma das ocorrências mais dramáticas conhecidas pela medicina. O termo é relativamente recente (1990), mas já foi chamado de vários outros nomes, como: coração irritável, astenia neurocirculatória, síndrome do esforço, entre outras. O paciente com transtorno do pânico apresenta uma tendência a ter crises recorrentes, marcadas por muita angústia e sofrimento, além dos sintomas físicos (taquicardia, falta de ar, formigamento dos membros, etc.).

Fobias específicas:
Trata-se de um transtorno ansioso muito comum, havendo casos intensos e incapacitantes e outros sem maior gravidade ou de impacto mais sutil. Fobias são medos exagerados provocados pela exposição a um fator gatilho, ou até pela expectativa da exposição, que gera uma cadeia de eventos ansioso, como sintomas desconfortáveis e comportamento de esquiva e evitação.

Síndrome do estresse pós-traumático (SEPT):
Também conhecido como transtorno do estresse pós-traumático, os sintomas iniciam depois de uma situação emocionalmente intensa e traumatizante, que geralmente envolve risco de vida ou lesões graves a si ou a pessoas queridas. Bastante comum em ex-combatentes de guerras no passado, o conceito tem incluído mais recentemente, quaisquer eventos extremos nos quais a pessoa sentiu-se profundamente ameaçada, horrorizada ou em um estado de franca vulnerabilidade.

Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC):
Como afirma o Dr. Leandro Teles, a realidade do paciente com TOC é bem menos glamorosa e engraçada do que encontramos em séries e filmes, que costumam romantizar a doença. É um dos distúrbios mais frequente e incapacitantes de que se tem conhecimento. Ele pode ser colocado dentro do grupo de doenças ansiosas, pois a ansiedade é uma marca entre o pensamento intrusivo (obsessivo) e o comportamento a ele associado (compulsivo). O TOC pode surgir em qualquer fase da vida, e é um transtorno crônico e oscilante, com fases de piora e melhora.

Atenção ao nível de ansiedade!
Se os sintomas aparecem apenas ocasionalmente, baixos níveis de ansiedade são geralmente funcionais para lidar com situações e, portanto, devem ser bem-vindos e usados ​​proativamente como estímulo (bem como um indicador de alerta personalizado). Não devem ser considerados patológicos ou serem eliminados com remédios. Mas se os sintomas se tornarem sérios, afetarem sua qualidade de vida ou durarem mais de seis meses, é importante entrar em contato com um profissional, psicólogo ou um psicoterapeuta
Não confunda ansiedade com medo:
Ansiedade não é medo. Um estudo publicado em 2016 no American Journal of Psychiatry por Joseph LeDoux e Daniel Pine, dois neurocientistas bem conhecidos, enfatizou como o medo e a ansiedade dependem de diferentes circuitos neuronais. É certamente verdade que um estado ansioso pode ser ativado em situações percebidas como perigosas, mas a maioria dessas experiências estão relacionadas à percepção do estresse: em certos ambientes, vivendo em situações estressantes que perduram ao longo do tempo, muitas pessoas tendem a desenvolver respostas ansiosas. Vários estudos mostraram que algumas pessoas são mais predispostas à sua constituição genética ou porque vivem ou cresceram em um ambiente familiar ansioso.
Desempenho e autoimagem:
Uma forma particular é a ansiedade do desempenho: acontece quando você se sente chamado a responder a níveis de visibilidade, produtividade, rendimento, padrões de “perfeição” que, se não forem alcançados, podem colocar em risco o lugar, o respeito, a ideia que os outros têm de nós ou a imagem que temos de nós mesmos. Da mesma forma, uma experiência de ansiedade pode indicar que você não está realmente se sentindo realizado, mas está seguindo pressões sociais, modelos externos ou, novamente, há uma experiência difusa e profunda de baixa autoestima.
Por trás, às vezes há raiva:
Ansiedade, às vezes, é a parte visível de um sentimento profundo de raiva (que se expressa, socialmente, como menos aceitável e compreendido): é uma espécie de máscara que permite abaixar, não declarar o que você realmente sente porque teme. Quase sempre esse “esconderijo” não é feito conscientemente, mas é uma transformação que acontece no nível inconsciente.

A mensagem simbólica, a leitura psicossomática:
Do ponto de vista psicossomático, a ansiedade – sempre – fala de uma grande riqueza, de um potencial que precisa ser libertado, vivido, reconhecido: “Através dele, o cérebro assume a responsabilidade de nos sacudir na raiz para sinalizar que estamos excluindo de nossas vidas uma parte essencial de nós mesmos, algo que obviamente não pode ser suprimido sem recaídas: criatividade, sexualidade, sentimentos, liberdade, desejos, modos de ser”, explicam especialistas. Naturalmente, para isso, primeiro precisamos reconhecê-lo, aceitá-lo.
Boas práticas para lidar com um estado produtor de ansiedade:
A ansiedade não é irresolúvel. Se, naturalmente, é melhor preveni-la no momento em que ela se apresenta, você pode adotar pequenos remédios estratégicos. Por exemplo:-ouça e tente “entrar” em uma música que você realmente gosta-respire profundamente, traga sua atenção apenas na respiração e nas sensações do corpo-faça um belo passeio na natureza-uma corrida (ou qualquer atividade física que “force” a atenção para o que você estiver fazendo)-e em geral, adote estilos de vida mais corretos (horas adequadas de descanso, alimentação saudável e orgânica, boas relações construtivas, ter tempo para se dedicar às coisas boas da vida e não apenas para trabalhar, colocar limites claros de trabalho), incluindo a relação com a tecnologia: essencial, entre outras coisas, desconectar-se do PC, telefone celular, não assistir TV por pelo menos meia hora antes de ir para a cama.
A eficácia da meditação mindfulness:
A meditação é absolutamente eficaz contra os transtornos de ansiedade. Numerosos estudos demonstraram a eficácia da atenção plena (mindfulness). É importante esclarecer que, se você ainda não tem o hábito, começar a meditar enquanto estiver em um estado de ansiedade é bastante difícil. Portanto, é melhor começar a aprender esse tipo de atividade quando você estiver num estado emocional mais sereno: praticar mindfulness aumenta, em todo o caso, o bem-estar pessoal, a autoestima, a autoconsciência.
Em um “terreno” físico e emocional mais centrado e consciente, você estará menos propenso a ter episódios de ansiedade e, em qualquer caso, será capaz de enfrentá-los e resolvê-los mais facilmente.
Redação Cura Plena.
Fonte: Chico de Minas Xavier


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