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sexta-feira, 27 de março de 2015

"MÃOS MARCADAS"

Em verdade, há milhares de mãos maravilhosamente limpas no jogo das aparências...
Mãos que se cobrem de jóias valiosas, mas que não se dispõem a partir um pão com o faminto.
Mãos que se agitam, vivazes, na mímica dos discursos comoventes, mas que não descem ao terreno de ação para ministrar uma gota de remédio ao doente.
Mãos que assinam decretos e portarias importantes na administração pública, recomendando a ordem e a virtude para os governados, mas que não hesitam em desmantelar os bens coletivos que lhes foram confiados.
Mãos que escrevem páginas admiráveis de literatura, sob a inspiração da gramática, ornada de tesouro artístico, e que jamais se preocupam com a prática de verbalismo brilhante que produzem.
Mãos que se movimentam em acervos de moedas e notas bancárias, exibindo poder, mas que não cedem o mais leve empréstimo dos recursos em que se demoram, sem pesados tributos ao irmão que suporta espinhosos fardos em escuro caminhos.
Mãos que indicam aos outros o roteiro da salvação e que escolhem a senda escura da maldição de si mesmas.
Realmente, não te esqueças da higiene de tuas mãos, contudo, guarda vigilância para com aquilo que fazes.
Nossas mãos constituem as antenas de amor que, orientadas pelo Evangelho, podemos converter a Terra em domínio da Luz.
Deixa que os teus braços se interagem no trabalho da verdadeira fraternidade e serás, desse modo, o instrumento vivo da Vontade Divina, onde estiveres, em favor do reinado da paz e da alegria para o engrandecimento do mundo inteiro.

Emmanuel
Do Livro Mãos Marcadas - Francisco C. Xavier (Espíritos Diversos)

quinta-feira, 26 de março de 2015

"A VIDA ME ENSINOU"...

A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros .
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

(Charles Chaplin)

"A PARTIR DO PRÓXIMO AMANHECER"...

Hoje "me dei um tempo" para pensar na vida. 
Na minha vida !!!
Decidi então que: A partir do próximo amanhecer, vou mudar alguns detalhes para ser a cada novo dia, um pouquinho mais feliz.
Para começar, não vou mais olhar para trás. O que passou é passado, se errei, agora não vou conseguir corrigir. 
Então, para que remoer o que passou?
Refletir sobre aqueles erros sim e então fazer deles um aprendizado para o "meu hoje"....
Nem todas as pessoas que amo, retribuem meus carinhos como "eu" gostaria....E daí?
A partir do próximo amanhecer vou continuar a amá-las, mas não vou tentar mudá-las.
Pode ser até que ficassem como eu gostaria que fossem e deixassem de ser as pessoas que eu amo.
Isso eu não quero.
Mudo eu...
Mudo meu modo de vê-los.
Respeito seu modo de ser.
Mas não pense que vou desistir de meus sonhos !!!!
Imagine !!!
A partir do próximo amanhecer, vou lutar com mais garra para que eles aconteçam.
Mas vai ser diferente.
Não vou mais responsabilizar a ninguém a minha felicidade.
Eu vou ser feliz !!!
Não vou parar a minha vida porque o que desejo não acontece, porque uma mensagem não chega,
porque não ouço o que gostaria de ouvir.
Vou fazer o meu momento...
Vou ser feliz agora...
Terei outros dias pela frente !!!
Nunca mais darei muita importância aos problemas que não tenho conseguido resolver
A partir do próximo amanhecer, vou agradecer a DEUS, todos os dias por me dar forças para viver,
Apesar dos meus problemas.
Chega de sofrer pelo que não consigo ter, pelo que não ouço ou não leio.
Pelo tempo que não tenho e até de sofrer por antecipação, pensando sempre, apenas no pior.
A partir do próximo amanhecer só vou pensar no que tenho de bom.
Meus amigos, nunca mais precisarão me dar o ombro para chorar.
Vou aproveitar a presença deles para sorrir, cantar, para dividir felicidade.
A partir do próximo amanhecer vou ser eu mesmo.Nunca mais vou tentar ser modelo de perfeição.
Nunca mais vou sorrir sem vontade ou falar palavras amorosas por que acho que sei o que os outros querem ouvir.
A partir do próximo amanhecer vou viver minha vida. SEM MEDO DE SER FELIZ.
Vou continuar esperando.
Não, não vou esquecer ninguém.
Mas...
A partir do próximo amanhecer, quando a gente se encontrar, com certeza, vou te dar "aquele" abraço bem apertado,
e com muita sinceridade dizer...
GOSTO MUITO DE VOCÊ E TENHO MUITO AMOR PARA LHE DAR.
Autoria de Rosalva Rela

"A VIDA É A VIDA"

A vida é como uma montanha:
Para subir, ascender e se elevar é bem difícil, mas o declive para o chão, para a perdição, é sempre banal, fácil e sem necessidade de esforço
.A vida é como a praia:
Quem vai mais para o fundo escapa das ondas, mas quem fica mais perto da terra é afetado pelo balanço, pelo vai-e-vem e pela oscilação das ondas e das coisas superficiais.
A vida é como as marés:
Alteram-se a todo momento, e só podemos entender seus horários e nos adaptar as suas constantes mudanças.
A vida é como um balão:
Não adianta tanto encher-se de motivação para ascender, mas basta retirar o peso dos traumas, das mágoas e do fardo do passado para que nossa alma se eleve com muito mais rapidez.
A vida é como a terra:
Todos pisam nela, defecam e ela tudo aceita, e justamente por se colocar abaixo de todos, ela a todos sustenta, nutre e nada há mais estável e firme que ela.
A vida é como a roda gigante:
Uma hora estamos por cima, nos achando o máximo e outra hora por baixo, aprendendo as lições de humildade necessárias ao bem viver.
A vida é como a natureza dos pássaros:
Os pássaros são felizes em cantar mesmo sem ninguém para os ouvir; assim eles demonstram ao homem que é possível expressar nosso potencial naturalmente sem precisar de plateia para nos admirar.
A vida é como os rios:
Eles fluem sempre, nunca param seu fluxo. Continuam sempre a fluir, sem se paralisar ou estagnar, pois assim conseguem chegar a algo muito maior, o oceano.
A vida é como a borboleta:
A lagarta morre para a borboleta renascer. O homem precisa entender que não se trata de morrer, mas sim de renascer para algo novo.
A vida é como a gota da chuva:
Cai do céu, vai se misturar a terra. Depois evapora e ascende novamente ao céu de onde veio, completando o ciclo perpétuo da natureza.
A vida é tudo isso, e nada disso ao mesmo tempo.
Poucos sabem, poucos reconhecem, mas a vida é simplesmente viver.
Viva pela vida, e não por isso ou aquilo.
A vida é somente a vida…
Autor: Hugo Lapa

sexta-feira, 20 de março de 2015

"EU SEI MAS NÃO DEVIA"

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti 

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...